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VIAS AÉREAS INFERIORES- APG22

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DLl 
 
 
 
A laringe, ou caixa de voz, se estende por aproximadamente 
5 cm a partir do nível da terceira até a sexta vértebra cervical. 
Superiormente, esta ́ fixada ao osso hio ́ide, com sua abertura 
conectada a ̀ parte laríngea da faringe. Inferiormente, a laringe 
é contínua com a traquéia. 
O ar inspirado sai da faringe e entra na laringe passando por 
uma abertura denominada ádito da laringe. 
Funções: 
 Passagem de ar; 
 Alternador para direcionar o ar e o alimento; 
 Produção da voz; 
 
 CARTILAGENS DA LARINGE: 
A estrutura da laringe é composta de um complicado arranjo 
de nove cartilagens conectadas por membranas e ligamentos. 
A maior cartilagem é a tireóidea, tomada pela união de dois 
discos de cartilagem; 
Todas as cartilagens são de hialina, exceto a cartilagem 
epiglote, que é de elastina. 
A cartilagem tireóidea, vista em secção sagital, é incompleta 
posteriormente Durante o desenvolvimento, as lâminas direita 
e esquerda da cartilagem: tireóidea fundem-se anteriormente 
na linha mediana e constituem uma crista saliente, a 
proeminência laríngea. Essa crista é facilmente vista palpada, e 
a cartilagem tireóidea é popularmente conhecida como 
“pomo-de-Adão”. 
Acima dessa proeminência, as lâminas se separam para formar 
uma incisura tireóidea superior, em forma de V. A pequena 
incisura tireóidea inferior é um entalhe raso, situado no meio 
da margem inferior da cartilagem. A margem posterior de 
cada lâmina se projeta superiormente, como o corno superior 
e, inferiormente, como o corno inferior 
A cartilagem tireóiidea e ́ tipicamente maior em homens do 
que em mulheres devido a ̀ estimulação do seu crescimento 
por hormônios sexuais masculinos durante a puberdade. 
Localizada inferiormente a ̀ cartilagem tireóiidea esta ́ a 
cartilagem cricóidea, com seu formato de anel, posicionada 
acima da traqueia e ancorada inferiormente a esta. Esta 
cartilagem e um anel completo cuja parte posterior e muito 
expandida, oferecendo sustentação na ausência da cartilagem 
tireoidea. As cartilagens cricoidea e tireoidea protegem a 
região da glote e a entrada da traquéia. 
 
 
A parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea é a lâmina 
da cartilagem cricóidea, e a parte anterior (aro) é o arco da 
cartilagem cricóidea. 
Três pares de pequenas cartilagens, chamadas de 
aritenóideas, cuneiformes e corniculadas, formam partes das 
paredes laterais e posterior da laringe. As mais importantes 
são as cartilagens aritenóideas, que, com seu formato de 
pirâmide, ancoram as pregas vocais. 
A nona cartilagem, flexível e semelhante a uma colher, e ́ a 
epiglote (“acima da glote”), composta por cartilagem ela ́stica e 
quase inteiramente coberta por uma mucosa contendo 
botões gustativos. 
A epiglote se estende da parte posterior da língua até o seu 
local de fixação, na borda anterior da cartilagem tireo ́idea 
Quando somente ar está fluindo pela laringe, sua entrada e ́ 
alargada e a epiglote e ́ projetada verticalmente. Durante a 
deglutição a laringe é tracionada superiormente e a epiglote e ́ 
deslocada para cobrir a entrada da laringe. Assim, a epiglote e ́ 
conhecida como a guardiã das vias aéreas por evitar a entrada 
do alimento nas vias respirato ́rias mais inferiores. 
Qualquer substância que entre na laringe, com exceção do ar, 
inicia o reflexo da tosse, que atua com o objetivo de expelir 
esta substância. Este reflexo protetor na ̃o funciona quando se 
está inconsciente; por isso, na ̃o se deve administrar líquidos a 
uma pessoa inconsciente enquanto tenta reanima ́-lá. 
Posicionados sob a mucosa, em cada lado da laringe, estão os 
ligamentos vocais, que fixam as cartilagens aritenóideas à 
cartilagem tireóidea. Estes ligamentos, compostos 
principalmente por fibras elásticas, formam o nu ́cleo de cordas 
mucosas chamadas de pregas vocais, ou pregas verdadeiras, 
que parecem ligeiramente esbranquic ̧adasde devido à 
escassez de vasos sanguíneos. 
As pregas vocais vibram, produzindo sons enquanto o ar é 
expelido pelos pulmões. As pregas vocais e a abertura me- 
dial entre elas, por onde o ar passa, são chamadas de glote. 
Superiormente as pregas vocais esta ́ um par semelhante de 
pregas mucosas chamadas de pregas vestibulares, ou pregas 
falsas. Elas não exercem nenhuma função na produção de 
sons, mas ajudam a fechar a glote durante a deglutição. 
A parte superior da laringe, uma área sujeita ao contato com 
o alimento, é revestida por epitélio plano estratificado. Abaixo 
das pregas vocais, o epitélio é do tipo pseudoestratificado 
colunar ciliado, atuando como um filtro para poeira e outras 
substâncias. 
 LIGAMENTOS DA LARINGE: 
Vias aéreas inferiores; 
Laringe 
A margem superior e os cornos superiores se fixam ao hioide 
por meio da membrana tíreo-hióidea. A parte mediana espessa 
dessa membrana é o ligamento tíreo-hióideo mediano e suas 
partes laterais são os ligamentos tíreo-hióideos laterais. 
A cartilagem cricóidea é muito menor, porém, mais espessa 
e forte do que a cartilagem tireóidea. A cartilagem cricóidea 
se fixa na margem inferior da cartilagem tireóidea por meio 
do ligamento cricotireóideo mediano e na primeira cartilagem 
da traqueia por meio do ligamento cricotraqueal. Esse 
ligamento cricotireóideo pode ser sentido como um ponto 
mole, durante a palpação abaixo da cartilagem tireóidea, onde 
a laringe está mais próxima da pele e mais acessível.. 
Uma série de ligamentos intrínsecos une todas as noves 
cartilagens que formam a laringe. Ligamentos extrínsecos 
unem a cartilagem tireóidea ao hióide e a cartilagem cricóidea 
à traquéia. 
Os ligamentos vestibulares e os ligamentos vocais estendem-
se entre a cartilagem tireóidea e as aritenóideas. 
Os ligamentos vocais e vestibulares são recobertos por pregas 
do epitélio da laringe que se projetam em direção à glote; 
Os ligamentos vestibulares situam-se no interior do par de 
pregas superiores conhecidas como pregas vestibulares, que 
são relativamento inelásticas, ajudam a impedir que corpos 
estranhos entrem na região da glote e oferecem proteção às 
pregas vocais. 
As pregas vocais são elásticas, pois o ligamento vocal é tecido 
elástico, logo, estão envolvidas na produção do som. 
 
 INTERIOR DA LARINGE: 
 Vestíbulo da laringe: entre o ádito e as pregas 
vestibulares; 
 Parte média da cavidade da laringe: a cavidade 
central, entra as pregas vestibulares e vocais; 
 Ventrículo da laringe: recesso que se estende 
lateralmente a partir da parte média da cavidade da 
laringe, entre as pregas vestibulares e vocais. 
O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre 
em cada ventrículo revestida por glândulas mucosas. 
 
 
 PRODUÇÃO DO SOM: 
A passagem do ar através da glote determina a vibração das 
pregas vocais e produz ondas sonoras. 
A frequência do som depende do: 
 Diâmetro; 
 Comprimento 
 Tensão das pregas: controlada pela contração dos 
músculos voluntários que mudam as posições 
relativas da cartilagem tireóidea e aritenóideas. 
Quando a distância aumenta, as pregas vocais ficam tensas e 
a frequência aumenta; já quando a distância diminui, as pregas 
vocais relaxam e a frequência diminui. 
Quando o diâmetro e o comprimento é maior, a frequência é 
reduzida (agudo), quando o diâmetro e o comprimento é 
menor, a frequência aumenta (grave). 
As crianças com pregas vocais curtas e delgadas, apresenta 
voz mais agudas, portanto, com frequência reduzida. 
Na puberdade, a laringe masculina aumenta em relação à 
feminina, logo, apresenta pregas vocais maiores e mais 
espessas, produzindo tons mais baixos em relação as 
mulheres. 
Quando os músculos cricoaritenóides posteriores contraem, 
afasta as pregas vocais, abrindo a rima da glote, no movimento 
de abdução. 
Quando os músculos cricoaritrnóides laterais contraem, fecha 
a rima da glote, no movimento de adução. 
Observação: a ampliaçãoe os ecos do som ocorrem na 
faringe, cavidade oral, nasal e nos seios paranasais. A produção 
final de diferentes padrões de sons e ressonâncias dependem 
dos movimento voluntários da língua, lábios, bochechas, 
gerando os fonemas. 
 
 MÚSCULOS DA LARINGE: 
 
A laringe contém 2 tipos de músculos: intrínsecos e 
extrínsecos; 
Os músculos intrínsecos apresentam duas funções: movem as 
partes laríngeas, alterando o comprimento e a tensão das 
pregas vocais e o tamanho e o formato da rima da glote. 
Todos os músculos intrínsecos da laringe são supridos pelo 
nervo laríngeo recorrente, um ramo do NC X, com exceção 
de um. O músculo cricotireóideo é suprido pelo ramo externo, 
um dos dois ramos terminais do nervo laríngeo superior 
 Regula a tensão nas cordas vocais: inserem na 
cartilagem tireóidea, aritenóides e corniculadas; 
 Fechamento da rima da glote: dependem do 
movimento de rotação das cartilagem aritenóideas, 
que aproximam ou afastam as pregas vocais. 
Os músculos extrínsecos da laringe posiciona e estabiliza a 
laringe, movem a laringe como um todo. Os músculos infra-
hióideos abaixam o hioide e a laringe, enquanto os músculos 
supra-hióideos e estilofaríngeo são levantadores do hioide e 
da laringe. 
Durante a deglutição, os músculos extrínsecos e intrínsecos 
cooperam para evitar entrada de alimentos pela glote. Antes 
da deglutição, o material é triturada e mastigado até tornar-se 
um bolo alimentar. Os músculos extrínsecos então, elevam a 
laringe, dobrando a epiglote sobre o ádito da laringe, fazendo 
o bolo deslizar pela superfície da epiglote e não penetrar na 
laringe. Durante esse movimento, os músculos intrínsecos 
fecham a glote. 
 INERVAÇÃO: 
 
 
Teoria mioelástica e aerodinâmica: inicalmente, 
há o fechamento completa das pregas vocais. O 
fluxo expiratório encontrada, então, uma barreira 
no nível glótico (resistência glótica) que acaba 
gerendo uma pressão subglóticas, que cresce 
até vencer a resistência glótica e deslocar as 
pregas vocais, gerando a abertura e criando um 
fluxo de ar que passa pelas cordas vocais; 
 
O nervo vago origina o nervo laríngeo recorrente e o nervo 
laríngeo superior, ambos contendo fibras mistas; 
O nervo laríngeo superior: 
 Ramo externo: fibras motoras responsável pela 
motricidade do músculo cricotireóide e do músculo 
constritor inferior da faringe. 
 Ramo interno: fibras sensitivas responsável pela 
sensibilidade das fibras do nível das pregas vocais 
para cima, epiglote, base da língua e do dorso da 
cartilagem aritenóides. 
O nervo laríngeo recorrente: 
 Ramo anterior: supre os músculos cricoaritenóide 
lateral e tireoaritenoídeo 
 Ramo posterior: supre o músculo cricoaritenóide 
posterior e os aritenóides. 
 
 
 
 
 
A traquéia descende a partir da laringe ao longo do pescoço, 
segue até o mediastino e termina com a sua bifurcação em 
dois brônquios principais no tóraz medial. 
Em humanos, apresenta 10 a 12 cm de comprimento e 2 cm 
de diâmetro, sendo muito flexível e mo ́vel. Interessante é que 
os primeiros anatomistas erroneamente consideravam a 
traquéia como uma arte ́ria de parede irregular. 
A parede da traque ́ia é constituída por várias camadas comuns 
a muitos órgãos com estrutura tubular – mucosa, submucosa 
e adventi ́cia. 
O revestimento da traquéia consiste em epitélio respiratório 
sobreposto a uma camada de tecido conectivo frouxo 
denominada de lâmina própria, com fibras elásticas e 
reticulares. A lâmina própria separa o epitélio respiratório das 
cartilagens subjacente. O epitélio e a lâmina própria são 
interdependentes e a combinação é um exemplo de túnica 
mucosa. 
A camada mucosa apresenta um epite ́lio pseudo-estratificado 
ciliado e células caliciformes na maior parte do trato 
respiratório. Os cílios desta camada propelem continuamente 
o muco contendo partículas residuais em direção à faringe. 
Este epitélio está sobreposto a uma camada ligeiramente 
espessa de membrana basal, rica em fibras ela ́sticas 
A submucosa, uma camada de tecido conjuntivo mais 
profunda que a mucosa, contém glândulas seromucosas que 
ajudam a produzir o “manto” de muco dentro da traqueia.. 
Além disso, a tela submucosa contém glândulas mucosas que 
se comunicam com a superfície epitelial por meio dos ductos 
secretores. 
A camada adventícia, mais externa e tambe ́m formada por 
tecido conjuntivo, é reforçada internamente por 16 a 20 ane ́is 
com formato de “C” constitui ́dos por cartilagem hialina. – 
cartilagens traqueais. 
Cada cartilagem traqueal está ligada á cartilagem adjacente 
por ligamentos anulares elásticos. 
As cartilagens traqieais enrijecem as paredes traqueiais, 
protegem a via aérea e evitam o colabamento decorrentes 
das modificações de pressão no interior do sistema 
respiratório. 
Devido a seus elementos ela ́sticos, a traquéia é flexível o 
suficiente para se estirar e mover inferiormente durante a 
inspiração e retornar durante a expiração. 
Entretanto, os ane ́is de cartilagem previnem o seu 
colabamento, mantendo as vias ae ́reas abertas, apesar das 
mudanças de pressão durante o ciclo ventilatório. As partes 
abertas posteriores dos ane ́is de cartilagem, adjacentes ao 
esôfago, são preenchidas por fibras de mu ́sculo liso do 
músculo traqueal e por tecido conjuntivo mole.. Esta porção 
da parede da traquéia não é ri ́gida, permitindo, assim, que o 
esôfago seja ampliado anteriormente enquanto o alimento 
deglutido passa por ali. 
A contração do músculo traqueal diminui o dia ̂metro da 
traquéia, fazendo com que o ar expirado seja exalado dos 
pulmões com maior intensidade. ou seja, reduzem a resistência 
do fluxo aéreo. 
A estimulação simpática produz o relaxamento do músculo 
traqueal, aumentando o diâmetro da traqueia e facilitando a 
movimentação de grandes volumes de ar pelas vias 
respiratórias. 
 
 
Traqueia 
Qual a vantagem de a cartilagem traqueal não ter anéis 
completos entre a traqueia e o esôfago: 
Os 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina 
se assemelham à letra C, estão empilhados uns sobre os 
outros e estão ligados por tecido conjuntivo denso. Podem ser 
palpados através da pele inferiormente à laringe. A parte 
aberta de cada anel de cartilagem em formato de C está 
voltada posteriormente em direção ao esôfago e é cruzada 
por um uma membrana fibromuscular. Nessa membrana estão 
fibras musculares lisas transversais – chamadas músculo 
traqueal – e tecido conjuntivo elástico, que possibilita que o 
diâmetro da traqueia mude sutilmente durante a inspiração e 
a expiração; isso é importante para manter o fluxo de ar 
eficiente. Os sólidos anéis de cartilagem em formato de C 
fornecem um suporte semirrígido para manter a 
desobstrução de modo que a parede traqueal não colapse 
para dentro (especialmente durante a inspiração) obstruindo a 
passagem de ar. A túnica adventícia da traqueia é composta 
por tecido conjuntivo areolar que une a traqueia aos tecidos 
circunvizinhos. 
 
 
 
Região a qual as estruturas da zona condutora são substituídas 
pela zona respiratória. 
ESTRUTURA DA ZONA CONDUTORA: 
Os brônquios principais (primários) direito e esquerdo são 
formados pela divisão da traquéia aproximadamente no nível 
da sétima vértebra torácica em uma pessoa em pe ́. 
Cada brônquios segue obliquamente no mediastino antes de 
mergulhar na depressão medial (hilo) do pulmão de seu 
próprio lado. 
O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais 
vertical que o esquerdo, sendo o local que instala mais objetos 
estranhos inalados acidentalmente. 
Quando o ar inspirado atinge os bro ̂nquios, ele já se encontra 
aquecido, limpo das principais impurezas e saturado com vapor 
de água. 
Uma vez dentro dos pulmo ̃es, cada bro ̂nquio principal é 
subdividido em brônquios lobares (secundários) – três à direita 
e dois à esquerda – um para cada lobo pulmonar. 
Osbrônquios lobares se ramificam em brônquios segmentares 
de terceira ordem, que se dividem repetidamente em 
brônquios cada vez menores (quarta ordem, quinta ordem, 
etc.) no total, há 23 ordens de ramificações. 
As vias menores que 1 mm de dia ̂metro são chamadas de 
bronquíolos (“pequenos brônquios”), e as menores que 0,5 
mm de diâmetro, de bronqui ́olos terminais. Devido a este 
padrão de ramificações, a rede de condução do ar dentro dos 
pulmões é freqüentemente chamada de árvore bronquial ou 
respiratória. 
 A composiça ̃o tecidual das paredes dos bro ̂nquios principais 
se assemelha a ̀ da traquéia, mas conforme os tubos 
condutores se tornam menores, ocorre a seguinte 
modificaça ̃o estrutural: 
 
1) Estrutura de sustentação muda: os anéis de 
cartilagem são substituídos por placas irregulares de 
cartilagem; no nível dos bronquíolos, essa cartilagem 
de sustentação desaparece. No entanto, fibras 
elásticas são encontradas nas paredes dos tubos ao 
longo da árvore bronquial; 
2) O tipo de epitélio muda: o epitélio mucoso vai ficando 
mais delgado até que se modifica de 
pseudoestratificado colunar para apenas colunar e, 
após para epitélio cúbico simples nos bronquíolos 
terminais. Os cílios são esparsos e as células 
produtoras de muco estão ausentes nos bronquíolos. 
Asism, as substâncias residuais presentes no ar, no 
nível abaixo dos bronquíolos, só podem ser 
removidas pelos macrófagos alvéolos. 
3) A quantidade de músculo liso aumenta: a quantidade 
aumenta conforme as paredes se tornam menores. 
uma camada completa de músculo liso circular nos 
bronquíolos e a falta de cartilagem de suporte 
permitem que os bronquíolos exerçam uma 
resistência substancial à passagem do ar sobre certas 
condições. 
Durante o exercício, a atividade na parte simpática da divisão 
autônoma do sistema nervoso (SNA) aumenta e a medula da 
glândula suprarrenal libera os hormônios epinefrina e 
norepinefrina; estes dois eventos causam o relaxamento do 
músculo liso nos bronquíolos, que dilata as vias respiratórias. 
Como o ar chega aos alvéolos mais rapidamente, a ventilação 
pulmonar melhora. A parte parassimpática do SNA e os 
mediadores de reações alérgicas, como a histamina, têm efeito 
oposto, causando contração do músculo liso brônquico, o que 
resulta em constrição dos brônquios distais. 
 
Brônquios 
 
ESTRUTURA DA ZONA RESPIRATÓRIA: 
Definida pela presença de sacos de ar com paredes finas 
chamadas de alvéolos; 
A zona respiratória inicia-se a partir do momento em que os 
bronquíolos terminais originam os bronquíolos respiratórios 
dentro do pulmão. 
A partir dos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares 
sinuosos aparecem, cujas paredes são constituídas por anéis 
de músculo lisos dispostos difusamente, fibras de tecido 
conjuntivo e alguns alvéolos. 
Os ductos alveolares segue formando os sacos alveolares. Este 
é a união dos alvéolos 
A MEMBRANA RESPIRATÓRIA: união da membrana dos 
alvéolos e dos capilares. 
Camada única de células epiteliais de revestimento, chamadas 
de células do tipo 1, envolta por uma membrana basal. 
A superfície externa dos alvéolos é coberta por uma teia de 
capilares pulmonares; 
As trocas gasosas ocorrem prontamente por difusa ̃o simples 
através da membrana respirato ́ria – o O2 passa do alvéolo 
para o sangue e o CO2 deixa o sangue para entrar no alve ́olo 
preenchido por ar. 
Dispersas entre as numerosas ce ́lulas pavimentosas do tipo I 
estão as células do tipo II cubo ́ides. As células do tipo II 
secretam um fluido contendo surfactante que cobre a 
superfície alveolar exposta ao ar. A func ̧ão do surfactante de 
reduzir a tensa ̃o superficial do fluido alveolar 
Além dessa, possuem características como: 
 Envoltos por fibras elásticas finas; 
 Apresentam poros conectando os alvéolos 
adjacentes, permitindo que a pressão do ar nos 
pulmões seja distribuída. 
 Macrófagos alveolares: circulam livremente pela 
superfície interna alveolar. 
 
Apesar de um grande número de microrganismos infecciosos 
estar continuamente chegando aos alve ́olos, a superfi ́cie 
alveolar normalmente e ́ estéril. Devido aos al- véolos serem 
“becos sem saída”, os macrófagos velhos e mortos devem ser 
eliminados para evitar seu acúmulo no local. Grande parte dos 
macrófagos é simplesmente arrastada através das vias aéreas 
pelo movimento dos ci ́lios de regiões superiores e carregados 
passivamente até a faringe. Desta maneira, mais de 2 milhões 
de macrófagos alveolares sa ̃o eliminados e deglutidos por hora! 
 
 
Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua função 
principal é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado em 
contato com o sangue venoso nos capilares pulmonares. 
Embora pulmões de cadáveres possam estar retraídos, duros 
ao toque e com alteração de cor, pulmões saudáveis nas 
pessoas vivas normalmente são leves, macios e esponjosos. 
Além disso, são elásticos e retraem-se até aproximadamente 
um terço de seu tamanho quando a cavidade torácica é 
aberta.. 
Os pulmões ocupam toda a cavidade tora ́cica com exceça ̃o 
do mediastino, onde esta ̃o alojados o corac ̧ão, os grandes 
vasos sangüíneos, os brônquios, o eso ̂fago e outros órgãos. 
As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. 
O pulmão direito possui três lobos; o esquerdo possui dois. O 
pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, 
mas é mais curto e mais largo porque a cúpula direita do 
diafragma é mais alta, e o coração e o pericárdio estão mais 
voltados para a esquerda. A margem anterior do pulmão 
direito é relativamente reta, enquanto a margem anterior do 
pulmão esquerdo possui uma incisura cardíaca. Isso 
frequentemente cria um prolongamento fino e linguiforme do 
lobo superior — a língula 
 
CADA PULMÃO APRESENTA: 
 Ápice: a extremidade superior arredondada do 
pulmão que sobe acima do nível da 1a costela até a 
raiz do pescoço, sendo revestida pela cúpula da 
pleura. 
 Três faces: a face costal, adjacente ao esterno, 
cartilagens costais e costelas; a face mediastinal, 
incluindo o hilo do pulmão e relacionada medialmente 
com o mediastino e posteriormente com os lados 
das vértebras; e a face diafragmática, repousando 
sobre a cúpula convexa do diafragma. 
 Três margens: margem anterior, na qual as faces 
costal e mediastinal se encontram anteriormente e 
encobrem o coração (a incisura cardíaca endenta 
essa margem do pulmão esquerdo); a margem 
inferior, que circunscreve a face diafragmática do 
pulmão e separa a face diafragmática das faces costal 
e mediastinal; a margem posterior, na qual as faces 
costal e mediastinal se encontram posteriormente (é 
Alvéolos Pulmões 
grande e arredondada, e situa-se adjacente à região 
torácica da coluna vertebral). 
Cada pulma ̃o, com sua forma de cone, esta ́ suspenso na sua 
própria cavidade pleural e unido ao mediastino por conexo ̃es 
brônquicas e vasculares, coletivamente chamadas de raiz 
pulmonar 
As superfi ́cies anterior, lateral e posterior dos pulmo ̃es estão 
em contato íntimo com as costelas, formando sua superfi ́cie 
costal continuamente curva. Logo abaixo das clavi ́culas esta ̃o 
os ápices, as estreitas extremidades superiores dos pulmo ̃es. 
A superfície inferior côncava sobre o diafragma e ́ a base do 
pulmão. 
Na superfície de cada pulmão em contato com o mediastino 
há uma pequena cavidade chamada de hilo, por onde os vasos 
sangüíneos siste ̂micos e pulmonares chegam e deixam os 
pulmões.. 
Os brônquios principais também mergulham no hilo de seu 
respectivo lado e, logo apo ́s, começam a se ramificar. Todas 
as vias aéreas condutoras e respirato ́rias, distais aos brônquios 
principais, encontram-se dentro dos pulmo ̃es. 
O ápice do coraça ̃o está posicionado ligeiramente a ̀ esquerda 
do plano mediano e, por isso, os dois pulmões diferem em sua 
forma e tamanho. O pulma ̃o esquerdo e ́ menor do que o 
direito. 
O pulmão esquerdoé subdividido pela fissura obli ́qua em lobos 
superior e inferior, enquanto o pulma ̃o direito é partido em 
lobos superior, me ́dio e inferior pelas fissuras oblíqua e 
horizontal. 
Cada lobo contém uma quantidade de segmentos 
broncopulmonares com formato de pira ̂mide, separados por 
septos de tecido conjuntivo. Cada segmento é irrigado por sua 
própria artéria e veia, recebendo ar de um ramo individual dos 
brônquios segmentares (terciários) 
Inicialmente, cada pulma ̃o contém dez segmentos organizados 
em padro ̃es similares, mas na ̃o idênticos; contudo, a 
subseqüente fusão de artérias segmentares adjacentes no 
pulmão esquerdo reduz o nu ́mero para oito ou nove 
segmentos. Os segmentos pulmonares sa ̃o clinicamente 
importantes pelo fato de que as doenc ̧as pulmonares esta ̃o 
freqüentemente confinadas em um ou alguns segmentos. 
Suas separações de tecido conjuntivo permitem que os 
segmentos acometidos sejam cirurgicamente removidos sem 
danificar os segmentos vizinhos sauda ́veis e sem prejudicar 
seu suprimento sangu ̈íneo. 
 
As menores subdivisões dos pulmões visíveis a olho nu são os 
lo ́bulos, que na superfi ́cie pulmonar parecem hexa ́gonos. 
Na maioria dos indivi ́duos que moram em cidades e nos 
fumantes, o tecido conjuntivo que separa cada lo ́bulo está 
escurecido por carbono. 
 Como mencionado anteriormente, os pulmo ̃es consistem em 
amplos espaços aéreos. A sustentac ̧a ̃o do te- cido pulmonar, 
ou seu estroma (literalmente “colchão” ou “cama”), e ́ 
constituída principalmente por tecido conjuntivo ela ́stico. Como 
conseqüência, os pulmões são órgãos moles, esponjosos e 
elásticos que juntos pe- sam um pouco mais de 1 kg. A 
elasticidade dos pulmões sadios ajuda a reduzir o trabalho 
ventilatório 
IRRIGAÇÃO SANGUÍENA E INERVAÇÃO DOS PULMÕES: 
Os pulmões são perfundidos por duas circulac ̧ões, a pulmonar 
e a brônquica, que diferem em relac ̧a ̃o ao tamanho, a ̀ origem 
e à função. 
Cada pulmão possui uma grande artéria pulmonar que fornece 
sangue e duas veias pulmonares que drenam o sangue; 
Circulação sistêmica: 
As artérias pulmonares direita e esquerda originam-se do 
tronco pulmonar no nível do ângulo do esterno. As artérias 
pulmonares conduzem sangue desoxigenado aos pulmões 
para oxigenação. As artérias pulmonares passam para a raiz 
do pulmão correspondente e dão origem a um ramo para o 
lobo superior antes de entrar no hilo. No pulmão, cada artéria 
desce posterolateralmente ao brônquio principal e se divide 
em artérias lobar e intersegmentar. Consequentemente, um 
ramo arterial vai para cada lobo e segmento broncopulmonar 
do pulmão, normalmente posicionando-se na face anterior do 
brônquio correspondente. 
As veias pulmonares, duas de cada lado, conduzem sangue 
rico em oxigênio (“arterial”) dos pulmões para o átrio esquerdo 
do coração. Começando nos capilares pulmonares, as veias se 
unem em vasos cada vez maiores. As veias intrassegmentares 
drenam o sangue dos segmentos broncopulmonares 
adjacentes para as veias intersegmentares nos septos, que 
separam os segmentos. A veia principal drena cada segmento 
broncopulmonar, normalmente na superfície anterior do 
brônquio correspondente. 
 
Circulação pulmonar: 
As veias da pleura parietal unem-se às veias sistêmicas nas 
partes adjacentes da parede torácica. As veias da pleura 
visceral drenam para as veias pulmonares. 
As artérias bronquiais fornecem sangue para as estruturas que 
formam a raiz do pulmão, os tecidos de sustentação do 
pulmão e a pleura visceral. As artérias bronquiais esquerdas 
originam-se da parte torácica da aorta; entretanto, a artéria 
bronquial direita pode originar-se de: 
 Uma artéria intercostal posterior superior; 
 Um tronco comum da parte torácica da aorta com a 
terceira artéria intercostal posterior direita; 
 Uma artéria bronquial superior esquerda. 
As pequenas artérias bronquiais emitem ramos para a parte 
superior do esôfago e, em seguida, passam ao longo das faces 
posteriores dos brônquios principais, suprindo-os, e seus 
ramos seguem distalmente até os bronquíolos respiratórios. 
Os ramos mais distais das artérias bronquiais anastomosam-se 
com ramos das artérias pulmonares nas paredes dos 
bronquíolos e na pleura visceral. 
As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue conduzido 
aos pulmões pelas artérias bronquiais, principalmente o sangue 
distribuído para a parte mais proximal da raiz dos pulmões ou 
próximo dela (Figura 1.22B). O restante do sangue é drenado 
pelas veias pulmonares. A veia bronquial direita drena para a 
veia ázigo e a veia bronquial esquerda drena para a veia 
hemiázigo acessória ou para a veia intercostal superior 
esquerda. 
 
O endotélio dos capilares pulmonares e ́ o local ideal para a 
aça ̃o de enzimas que atuam sobre substa ̂ncias presentes no 
sangue. Como exemplo, inclui-se a enzima conversora da 
angiotensina, que ativa um importante hormo ̂nio regulador da 
pressão sangüínea, além de enzimas que inativam certas 
prostaglandinas. 
Os pulmões recebem inervac ̧ões de fibras motoras 
parassimpáticas e simpáticas, além de fibras sensoriais viscerais. 
Estas fibras nervosas alcançam cada pulmão através de plexos 
pulmonares na raiz pulmonar e seguem ao longo dos tubos 
brônquicos e dos vasos sangüíneos pulmonares. As fibras 
parassimpáticas estimulam a constriça ̃o das vias aéreas, 
enquanto que o sistema nervoso simpa ́tico as dilata. 
 INERVAÇÃO: 
Os nervos dos pulmões e da pleura visceral derivam dos 
plexos pulmonares anteriores e (principalmente) posteriores 
às raízes dos pulmões; 
Essas redes nervosas contêm fibras parassimpáticas 
provenientes do nervo vago (NC X) e fibras simpáticas 
provenientes dos troncos simpáticos. 
As células ganglionares parassimpáticas — corpos das células 
dos neurônios parassimpáticos pós-ganglionares — estão 
situadas nos plexos pulmonares e ao longo dos ramos da 
árvore bronquial. As fibras parassimpáticas provenientes do NC 
X são motoras para o músculo liso da árvore bronquial 
(broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares 
(vasodilatadoras) e secretoras para as glândulas da árvore 
bronquial (secretomotoras). 
 
Fibras aferentes viscerais do nervo vago são distribuídas para: 
 A túnica mucosa dos brônquios e provavelmente 
tem relação com a sensibilidade tátil para reflexos da 
tosse. 
 Os músculos bronquiais, possivelmente envolvidos 
com a percepção do estiramento. 
 O tecido conjuntivo interalveolar, em associação com 
os reflexos de Hering-Breuer (mecanismo que tende 
a limitar as excursões respiratórias). 
 As artérias pulmonares, que servem aos receptores 
pressores (sensíveis à pressão arterial), e veias 
pulmonares, que servem aos quimiorreceptores 
(sensíveis aos níveis de gases no sangue). 
 
As células ganglionares simpáticas — corpos celulares dos 
neurônios simpáticos pós-ganglionares — estão nos gânglios 
simpáticos paravertebrais dos troncos simpáticos. As fibras 
simpáticas são inibidoras para o músculo bronquial 
(broncodilatadoras), motoras para os vasos pulmonares 
(vasoconstritoras) e inibidoras para as glândulas alveolares da 
árvore bronquial. 
 
 
 Pleuras: 
 
As pleuras formam um fina camada dupla seroSO 
Cada pulmão é revestido e fechado por um saco pleural 
seroso que consiste em duas membranas contínuas — as 
pleuras 
A pleura pariental cobre a parede torácica e a face superior 
do diafragma. Também envolve o coração e o interespaço 
entre os pulmões, formando a parede lateral do mediastina, 
ajustando-se à raiz do pulmão. DIVIDE-SE EM: 
 Parte costal: reveste as faces internas da parede 
torácica (esterno, costelas, cartilagens costais, 
músculos e membranas intercostais, e faces laterais 
das vértebras torácicas) e é separada da parede pela 
fáscia endotorácica. 
 Parte mediastinal: reeste as faces laterais do 
mediastino; Parte diafragmática: reveste as faces superior do 
diafragma; 
 Cúpula da pleura: Estende-se pela abertura superior 
do tórax até a raiz do pescoço, 2 a 3 cm acima do 
nível do terço médio da clavícula, no nível do colo da 
1a costela 
A pleura visceral, cobrindo a superfície externa do pulmão, 
delineando e se inserindo nas suas fissuras. 
A raiz do pulmão é envolvida na área de continuidade, entre 
as pleuras visceral e parietal, a bainha pleural. Inferiormente à 
raiz do pulmão, essa continuidade entre as pleuras parietal e 
visceral forma o ligamento pulmonar, entre o pulmão e o 
mediastino 
A cavidade pleural — o espaço potencial entre as pleuras 
visceral e parietal — contém uma camada capilar de líquido 
pleural seroso, que lubrifica as faces pleurais e permite às 
camadas da pleura deslizar suavemente uma contra a outra 
durante a respiração. Sua tensão superficial também fornece 
a coesão que mantém a face do pulmão em contato com a 
parede torácica. Consequentemente, o pulmão se expande e 
se enche de ar quando o tórax se expande, e ainda permite 
que o deslizamento ocorra de modo semelhante a uma 
camada de água entre duas lâminas de vidro. 
As pleuras também ajudam a dividir a cavidade tora ́cica em 
tre ̂s câmaras – o mediastino central e os dois compartimentos 
pleurais laterais, cada um contendo um pulma ̃o. Esta 
compartimentaça ̃o previne que um o ́rgão móvel (p. ex., o 
pulmão ou o coração) interfira no outro. Isto tambe ́m limita a 
proliferaça ̃o de infecço ̃es locais. 
 
 
 
O pulmão pode ser visto como uma coleção de bolhas, essa 
condição é inerentemente instável. Em virtude da tensão 
superficial do liquido que reveste os alvéolos desenvolvem-se 
forças relativamente grandes que tendem a colapsar os 
alvéolos. Felizmente algumas das células que revestem os 
alvéolos secretam uma substância chamada surfactante, que 
diminui a tensão superficial da camada de revestimento 
alveolar. 
O surfactante pulmonar é um líquido que reduz de forma 
significativa a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, 
prevenindo o colapso durante a expiração. Consiste em 80% 
de fosfolípideos, 8% de lípidos e 12% de proteínas. 
O surfactante é produzido no pneumócito tipo II. Os 
fosfolipídeos e as proteínas SP-B e SP-C são sintetizados no 
retículo endoplasmático rugoso, onde são armazenados; 
inicialmente, no complexo de Golgi, e, posteriormente, nos 
Para visualizar a relação entre os pulmões e as pleuras, coloque 
sua mão fechada dentro de um balão não muito cheio de ar. A 
parte da parede do balão adjacente à pele de sua mão (que 
representa o pulmão) é comparável à pleura visceral; o restante 
do balão representa a pleura parietal. A cavidade entre as paredes 
do balão é análoga à cavidade pleural. No seu punho (raiz do 
pulmão), as paredes interna e externa do balão são contínuas, 
assim como o são as pleuras visceral e parietal, que juntas 
formam a pleura (saco pleural). Observe que o pulmão está do 
lado de fora do saco pleural, mas envolvido por ele, assim como 
sua mão foi envolvida pelo balão, mas do lado de fora dele. 
Surfactante 
corpos lamelares. Periodicamente, estes últimos são expulsos 
do pneumócito II, quando o surfactante é liberado para a luz 
alveolar, organizando a mielina tubular. 
A cinética da síntese e secreção para o interior do alvéolo é 
muito lenta, atingindo de 30 a 48 horas em recém-nascidos, 
e, de modo geral, este tempo é maior em recém-nascidos, 
quando comparado com adultos. 
Após a secreção para o interior do alvéolo, o surfactante passa 
por um complexo ciclo. Inicialmente, as moléculas de gordura 
se organizam (particularmente com ajuda das proteínas), para 
formar a monocamada que reveste a superfície alveolar, a 
mielina tubular. Com sucessivos movimentos de contração e 
estiramento, que ocorrem a cada ciclo respiratório, parte da 
mielina tubular se desorganiza e se desprende do filme 
principal, na forma de pequenas vesículas, que são 
reabsorvidas para o interior do pneumócito II. 
Dentro da célula, uma pequena parte é catabolizada, enquanto 
que a maior parte do surfactante que é reabsorvido é 
misturada aos corpos lamelares, nos quais é reorganizado, num 
processo de reciclagem. Assim, nos prematuros, cerca de 
50% do pool alveolar é composto de surfactante com boa 
capacidade de reduzir a tensão superficial, e 50% é composto 
por vesículas inativas a serem recicladas. 
Este processo de reciclagem minimiza a necessidade de 
síntese de surfactante, enquanto mantém um pool alveolar 
adequado, ao mesmo tempo em que ativa os componentes 
do surfactante, reabsorvidos para o pneumócito II através da 
adição de novos elementos (particularmente proteínas) e da 
reorganização estrutural dos lipídeos e proteínas. 
O surfactante pulmonar parece ser produzido continuamente 
no pulmão, mas ele também é continuamente consumido ou 
eliminado do pulmão. Parte do surfactante pulmonar volta para 
o interior das células tipo II (recaptação), onde é reciclado e 
novamente secretado e degradado e utilizado na síntese de 
outros fosfolipídeos. Outra parte do surfactante é eliminada 
dos alvéolos por macrófagos alveolares, absorvido para o 
interior dos linfáticos ou migra até as pequenas vias aéreas e 
a escada mucociliar. 
A tensão superficial é a força que atua através de uma linha 
imaginaria na superfície do liquido. Ela se origina porque as 
forças de atração entre as moléculas adjacentes do liquido são 
muito mais fortes do que aquelas entre o liquido e o gás, 
resultando em diminuição da superfície liquida, gerando uma 
pressão dentro do alvéolo. 
A classe predominante de fosfolípideos é a 
dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC), além da fosfatidilcolina 
insaturada, fosfatidilglicerol e fosfatidilinositol. De todos esses, a 
DPPC, por si só, tem as propriedades de reduzir a tensão 
superficial alveolar, porém necessita das proteínas de 
surfactante e outros lipídeos para facilitar sua absorção na 
interfase ar-líquido. 
O colesterol e os ésteres do colesterol representam menos 
do que 5% do surfactante em massa, sendo que o seu papel 
não é bem conhecido até o momento, embora ele modifique 
a fluidez e a organização das membranas lipídicas. 
No entanto, a fosfatidilcolina sozinha não é capaz de explicar 
as principais características do surfactante: 
 Estabilidade durante a compressão; 
 Rápida adsorção da subfase para a superfície alveolar 
 Capacidade de reorganizar a monocamada quando 
dispersa em um ambiente aquoso. 
As proteínas representam cerca de 10% da massa do 
surfactante, sendo reconhecidas quatro proteínas: SP-A, SP-B, 
SP-C e SP-D. 
SP-A: A SP-A é uma proteína hidrossolúvel, sendo a mais 
abundante proteína do surfactante, representando 5% de sua 
massa. É composta por um grupo de monômeros, de 26-KD, 
unidos por forte ligação covalente, resultando em uma 
molécula de 650 KD. Entre suas funções, se destaca um papel 
na defesa imune pulmonar, em decorrência da capacidade de 
se ligar a carboidratos, e por interagir com células imune 
pulmonares.. A ausência de SP-A prejudica a eliminação, tanto 
de bactérias como de vírus dos pulmões, facilitando a 
disseminação sistêmica de infecções. Entre os principais papéis 
da SP-A, ainda se destaca o mecanismo protetor do 
surfactante em relação à inibição de sua função pelas 
proteínas presentes no edema alveolar. 
SP-B: é uma pequena proteína hidrofóbica de 18 KD, 
fundamental para a função do surfactante pulmonar, sendo 
sua ausência congênita incompatível com a vida. Entre suas 
funções, se destacam a formação e a organização da mielina 
tubular no interior do alvéolo, além do papel facilitador na 
adsorção da fosfatidilcolina na temperatura fisiológica. 
SP-C: também é um peptídeo hidrofóbico, que forma uma 
estrutura helicoidal rígida, de 4,2 KD. Embora tenha funções 
semelhantes à SP-B, particularmente permitindo a adsorção 
da fosfatidilcolina na temperatura fisiológica, sua deficiência 
congênita não resultaem morte por insuficiência respiratória, 
embora possa haver evolução para doença pulmonar 
intersticial familiar. Pode-se dizer que, de todos os seus 
componentes, os lipídeos SP-B e SP-C são os principais 
responsáveis pelas propriedades biofísicas e funcionais do 
surfactante pulmonar. 
SP-D: é uma glicoproteína hidrossolúvel, formada por 
agregados de monômeros de 43 KD, resultando em 
multímeros de 560 KD. De forma semelhante, a SP-A não 
está presente nos preparados de surfactante de origem 
animal obtidos por processo de extração lipídica, e não tem 
atividade de redução da tensão superficial, parecendo 
determinar um papel na defesa antiinfecciosa do pulmão, por 
se ligar com uma variedade de complexos carboidratos e 
glicolipídeos, interagindo com a superfície de bactérias e 
outros microrganismos. 
Consequência da ausência de surfactante pulmonar: 
O surfactante não é produzido pelos pulmões fetais até 
aproximadamente o quarto mês de gestação, e ele pode não 
ser totalmente funcional até o sétimo mês ou mais. Neonatos 
prematuros que não possuem surfactante pulmonar funcional 
apresentam grande dificuldade para insuflar os pulmões, 
especialmente nas primeiras respirações. Mesmo quando seus 
alvéolos são insuflados artificialmente, a tendência ao colapso 
espontâneo é grande porque seus alvéolos são muito menos 
estáveis sem surfactante pulmonar. Por essa razão, a ausência 
de surfactante funcional em um neonato prematuro pode ser 
um fator importante na síndrome da angustia respiratória 
neonatal. O surfactante pulmonar também pode ser 
importante na manutenção da estabilidade das vias aéreas 
pequenas. 
 
 
Os órgãos respiratórios inferiores começam a formar na 
quarta semana. 
O primórdio do sistema respiratório inferior é o culsco 
laringotraqueal, desenvolve-se caudalmente ao quarto par de 
bolsas faríngeas. O revestimentos endodérmico do sulco 
laringotraquel dá origem ao epitélio e as glândulas. O tecido 
conjuntivo, a cartilagem e o músculo liso se desenvolve a partir 
do mesoderma esplânico que rodeia o intestino anterior. 
Formação dos brotos pulmonares: 
Quando o embrião tem aproximadamente 4 semanas, surge 
o divertículo respiratório (broto pulmonar) no sulco 
laringotraqueal, uma protuberância na parede ventral do 
intestino anterior 
O aparecimento e a localização do broto pulmonar dependem 
do aumento do ácido retinoico (AR) produzido pelo 
mesoderma adjacente, que eleva a expressão do fator de 
transcrição TBX4 no endoderma do tubo intestinal no local 
do divertículo respiratório. TBX4 induz a formação do broto, 
a continuidade de seu crescimento e a diferenciação dos 
pulmões. 
Assim, o epitélio do revestimento interno da laringe, da 
traqueia e dos brônquios, bem como o do pulmão, são 
integralmente de origem endodérmica. 
Os tecidos cartilaginosos muscular e conjuntivo, que compõem 
a traqueia e os pulmões, são derivados do mesoderma visceral 
(esplâncnico) que cerca o intestino anterior. 
Inicialmente, o broto pulmonar está em comunicação aberta 
com o intestino anterior, Entretanto, quando o divertículo se 
expande caudalmente, duas pregas longitudinais, as pregas 
traqueoesofágicas, separam-no do intestino 
Subsequentemente, quando essas pregas se fusionam para 
formar o septo traqueoesofágico, o intestino anterior é 
dividido em uma porção anterior, o esôfago, e em uma 
porção ventral, a traqueia. 
O primórdio respiratório mantém sua comunicação com a 
faringe pelo orifício faríngeo 
 
 
Laringe: 
O revestimento interno da laringe se origina no endoderma, 
mas as cartilagens e os músculos têm origem no mesênquima 
do quarto e sexto arcos faríngeos. 
Como resultado da rápida proliferação desse mesênquima, o 
orifício laríngeo muda de aparência, de uma fenda sagital para 
uma abertura em formato de “T”. Subsequentemente, quando 
o mesênquima dos dois arcos se transforma nas cartilagens 
tireóidea, cricóidea e aritenóidea, o formato característico do 
orifício laríngeo no adulto pode ser reconhecido. 
Por volta do período em que as cartilagens se formam, o 
epitélio laríngeo também prolifera rapidamente, resultando em 
oclusão temporária do lúmen. Subsequentemente, a 
vacuolização e a recanalização produzem um par de recessos 
laterais, os ventrículos laríngeos. Esses recessos são limitados 
por pregas teciduais que se diferenciam em pregas vocais 
falsas e verdadeiras. 
Uma vez que a musculatura da laringe é derivada do 
mesênquima do quarto e sexto arcos faríngeos, todos os 
músculos laríngeos são inervados por ramos do décimo nervo 
craniano, o nervo vago; o nervo laríngeo superior inerva os 
derivados do quarto arco faríngeo, e o nervo laríngeo 
recorrente, os derivados do sexto arco faríngeo; 
 
Traqueia, brônquios e pulmões: 
Embriologia do sistema respiratório: 
Durante a separação do intestino anterior, o broto pulmonar 
forma a traqueia e duas evaginações laterais, os brotos 
brônquicos principais 
No início da quinta semana, cada um desses brotos se alarga 
para formar os brônquios principais direito e esquerdo. O 
brônquio principal direito constitui três brônquios secundários, 
e o brônquio principal esquerdo forma dois, prenunciando, 
assim, os três lobos do pulmão do lado direito e os dois do 
lado esquerdo. 
Com o crescimento subsequente nos sentidos caudal e lateral, 
os pulmões se expandem para a cavidade corporal. 
Os espaços para os pulmões, os canais pericardioperitoneais, 
são estreitos. Eles se encontram de cada lado do intestino 
anterior e gradualmente são preenchidos pelo crescimento 
dos pulmões. Finalmente, as pregas pleuroperitoneais e 
pleuropericárdicas separam os canais pericardioperitoneais das 
cavidades peritoneal e pericárdica, respectivamente, e os 
espaços restantes formam as cavidades pleurais primitivas 
O mesoderma, que cobre o exterior dos pulmões, torna-se 
a pleura visceral. A camada de mesoderma somático, que 
cobre a superfície interna da parede corporal, torna-se a 
pleura parietal. O espaço entre a pleura parietal e a visceral é 
a cavidade pleural. 
 
 
Com a continuação do desenvolvimento, os brônquios 
secundários se dividem repetidamente de modo dicotomizado, 
formando dez brônquios terciários (segmentares) no pulmão 
direito e oito no lado esquerdo, criando os segmentos 
broncopulmonares do pulmão adulto. 
Até o fim do sexto mês, estabeleceram-se aproximadamente 
17 gerações de subdivisões. Entretanto, antes que a árvore 
brônquica chegue a sua configuração final, formam-se seis 
divisões adicionais durante a vida pós-natal. 
A ramificação é regulada por interações epiteliomesenquimais 
entre o endoderma dos brotos pulmonares e o mesoderma 
visceral que o cerca. Os sinais para a ramificação, que são 
emitidos do mesoderma, envolvem os membros da família do 
fator de crescimento de fibroblasto. 
Enquanto todas essas novas subdivisões estão ocorrendo e a 
árvore brônquica está se desenvolvendo, os pulmões adotam 
uma posição mais caudal, de modo que, no nascimento, a 
bifurcação da traqueia é oposta à quarta vértebra torácica. 
Depois que os canais pericardioperitoneais separam-se das 
cavidades pericárdica e peritoneal, respectivamente, os 
pulmões se expandem nas cavidades pleurais. Observe as 
pleuras visceral e parietal, e a cavidade pleural definitiva. A 
pleura visceral se estende entre os lobos dos pulmões. 
 
 
 
 
Até o sétimo mês pré-natal, os bronquíolos se dividem 
continuamente em um número maior de canais cada vez 
menores (fase canalicular), enquanto o suprimento vascular 
aumenta constantemente. Os bronquíolos terminais se dividem 
para formar os bronquíolos respiratórios, e cada um deles se 
divide em três a seis ductos alveolares 
Os ductos terminam nos sacos terminais (alvéolos primitivos), 
que são cercados por células alveolares achatadas em contato 
próximo com os capilares vizinhos. No fim do sétimo mês, há 
quantidade suficiente de sacos alveolares e de capilares 
maduros para garantir uma troca gasosaadequada, e o 
prematuro consegue sobreviver 
Durante os últimos 2 meses da vida pré-natal e por alguns 
anos após o nascimento, a quantidade de sacos terminais 
aumenta gradualmente. Além disso, as células que revestem 
os sacos, conhecidas como células alveolares epiteliais do tipo 
I, tornam-se mais achatadas, de modo que os capilares 
circunjacentes se projetam para os sacos alveolares. 
Esse contato entre as células epitelial e endotelial forma a 
barreira sangue-ar. Não existem alvéolos maduros antes do 
nascimento. Além das células endoteliais e das células 
alveolares epiteliais achatadas, outro tipo celular se desenvolve 
no fim do sexto mês. Essas células, as células alveolares 
Maturação dos pulmões 
epiteliais do tipo II, produzem surfactante, um líquido rico em 
fosfolipídios que diminui a tensão superficial na interface 
alvéolo. 
Antes do nascimento, os pulmões estão cheios de líquido que 
contém alta concentração de cloreto, pouca proteína, algum 
muco das glândulas brônquicas e surfactante das células 
alveolares epiteliais (tipo II). A concentração de surfactante no 
líquido aumenta, particularmente durante as últimas 2 semanas 
antes do nascimento. 
Conforme as concentrações de surfactante aumentam 
durante a trigésima quarta semana de gestação, alguns desses 
fosfolipídios entram no líquido amniótico e agem sobre os 
macrófagos na cavidade amniótica. Uma vez que tenham sido 
“ativados”, há evidências de que esses macrófagos migram 
através do cório para o útero, onde começam a produzir 
proteínas do sistema imunológico, incluindo a interleucina-1β 
(IL-1β). O aumento da expressão dessas proteínas resulta no 
aumento da produção de prostaglandinas, que causam as 
contrações uterinas. Assim, pode ser que sinais do feto 
precipitem o início do trabalho de parto e o nascimento. 
Os movimentos respiratórios fetais começam antes do 
nascimento e causam a aspiração de líquido amniótico. Esses 
movimentos são importantes para a estimulação do 
desenvolvimento pulmonar e para o condicionamento dos 
músculos respiratórios. 
Quando a respiração começa no nascimento, a maior parte 
do líquido nos pulmões é absorvida rapidamente pelo sangue 
e pelos capilares linfáticos, e um pequeno volume 
provavelmente é expelido pela traqueia e pelos brônquios 
durante o parto. Quando o líquido é reabsorvido dos sacos 
pulmonares, o surfactante permanece depositado como um 
revestimento fosfolipídico fino sobre as membranas celulares 
alveolares. 
Com a entrada de ar nos alvéolos durante a primeira 
respiração, o revestimento de surfactante evita o 
desenvolvimento de uma interface ar-água (sangue) com altas 
tensões superficiais. Sem a camada gordurosa de surfactante, 
os alvéolos colapsariam durante a expiração (atelectasia). 
 
 
 
 
 
 Fases do desenvolvimento 
 
 Período pseudoglandular: 
 (6-16 semanas) 
Os pulmões se assemelham com base na histologia, como uma 
glândula exócrina. Com 16 semanas, todos os principais 
elementos dos pulmões estão formados, exceto aqueles 
envolvidos com as trocas gasosas. A respiração não é possível, 
portanto, os fetos que nascem durante esse período não 
consegue sobreviver. 
A ramificação continua a formar bronquíolos terminais. Não há 
bronquíolos respiratórios nem alvéolos 
 
 Período canalicular 
 (16-26 semanas) 
Sobrepõe ao período pseudoglandular, pois os segmentos 
cranias dos pulmões amadurecem mais rápido que os caudais. 
Durante esse período, a luz dos brônquios e dos bronquíolos 
terminais torna-se altamente vascularizada. 
Com 24 semanas, cada bronquíolo terminal, origina dois ou 
mais bronquíolos respiratórios, que se dividem em três a seis 
passagen tubulares chamadas de ductos alveolares; 
A respiração é possível, pois no final desse período, surgem 
alguns sacos terminais de paredes delgadas nas extremidades 
dos bronquíolos respiratórios. O tecido também se encontra 
bastante vascularizado. 
O feto já pode respirar, entretanto, os sistemas estão 
imaturos, podendo vir um óbito. 
 Período do saco terminal 
 (26 semanas até o nascimento) 
Desenvolve mais sacos terminais, seus epitélios tornam-se 
mais delgados e os capilares começam a fazer saliência dentre 
desses alvéolos em desenvolvimento. 
O contato ´´intimo entre as células epitelias e endoteliais 
estabelece a barreia-hematoaérea, possibilitando as trocas 
gasosas para a sobrevivência. 
Com 26 semanas, os sacos terminais são revestidos por 
células epiteliais pavimentosas de origem endodérmica, os 
pneumócitos tipo 1, por meio das quais ocrrem as trocas 
gasosas. 
A rede capilar prolifera no mesênquima em torno dos alvéolos 
e há um desenvolviemento, concomitante dos capilares 
linfáticos. 
Dispersas entre as células epiteliais pavimentosas encontra-se 
as células epiteliais secretoras- pneumocitos tipo 2, que 
secretam o surfactante pulmonar. 
A maturação das células alveolares tipo 2 e a produção de 
surfactante variam amplamente nos fetos de diferentes idades. 
A produção do surfactante começa com 20 semanas, mas 
obtém em pequena quantidade nas crianças prematuras, só 
atingindo níveis adequados no fim do período fetal. 
O aumento da produção de surfactante induzido por 
corticosteroides e a terapia de reposição de surfactante pós-
natal têm aumentado as taxas de sobrevivência dessas 
crianças; 
 
 Período alveolar 
 (32 semanas a oito anos) 
Cada bronquíolo respiratório termina em um aglomerado de 
sacos terminais de paredes delgadas, separados uns dos 
outros por tecido conjuntivo fouxo. Esses sacos terminais 
representam os futuros ductos alveolares. 
A membrana alveolocapilar é suficientemente delgada para 
possibilitar a difusão. 
A transição da dependência da placenta por trocas gasosas 
para a autônoma requer certas adaptações: 
 Produção adequada de surfactantes; 
 Transformação dos pulmões em órgãos de trocas 
gasosa. 
 Estabelecimento paralelo da circulação sistêmica e 
pulmonar. 
95% das características dos alvéolos maduros desenvolve-se 
na vida pós natal. Antes do nascimento, os alvéolos primitivos 
aparecem como pequenas protuberâncias nas paredes dos 
bronquíolos respiratórios e nos sacos terminais. 
Após o nascimento, os alvéolos alargam-se como os pulmões 
expandem-se, no entanto, essa expansão se dá pelo aumento 
contínuo do número de bronquíolos respiratórios e de alvéolos 
primitivos 
O desenvolvimento completo ocorre nos 3 anos, mas novos 
alvéolos podem ser adicionados até 8 anos. 
Diferente dos maduros, os alvéolos imaturos tem capacidade 
de formar alvéolos adicionais. 
Pela radiografia, os pulmões dos recém-nascidos aparecem 
mais denso do que os dos adultos. 
Fatores essenciais para o desenvolvimento normal do pulmão: 
 Espaço torácico para o crescimento pulmonar; 
 Volume adequado de líquido amniótico; 
 Movimentos respiratórios fetais; 
 
REFERÊNCIAS: 
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