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Interrogatório sist digestivo - Moisés Lopes Atm 24

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MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 1 
 
Interrogatório do sistema digestivo 
Noções de anatomia e fisiologia 
 Ler essa parte no Porto semiologia médica, pois está bem resumido. 
Anamnese 
 Cavidade bucal e seus anexos 
 As manifestações clínicas dessa região são muito variadas, em função da 
complexidade estrutural dessa região. A idade, o sexo, os antecedentes pessoais e 
familiares, os hábitos de vida, as condições socioeconômicas e culturais são itens 
importantes na anamnese. 
 Dor: A causa mais comum de dor de dente são as caries dentarias. Além dela 
abscessos agudos periodontais e periapicais também causam dor. 
 Halitose: Odor bucal desagradável. Pode ser causado por problemas de má 
higiene bucal, doenças e lesões da cavidade oral. No entanto, a maior causa de halitose é 
de origem de outros respiratória ou de outro órgão do sistema digestivo. 
 Esôfago 
 Disfagia: Define-se como dificuldade à deglutição. Pode ser de bucofaríngea 
ou esofagiana. A primeira é facilmente reconhecida, pois o alimento permanece todo ou 
parcialmente na cavidade bucal após a tentativa de deglutição, podendo haver aspiração, 
seguida de tosse ou regurgitação nasal. Na disfagia esofagiana, o paciente tem a sensação 
de parada do bolo alimentar no esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 2 
 
 Odinofagia: Dor que surge com a ingestão do alimento. Normalmente 
associado a disfagia. 
 Pirose: Comumente chamada de azia, queimor ou queimação, a pirose é um 
sintoma considerado patognomônico do refluxo gástrico. 
 Dor: A dor esofagiana “espontânea” difere da odinofagia por não depender do 
ato de ingerir, podendo, todavia, com ela coexistir. A dor espontânea pode ser causada por 
mudanças do pH intraluminal, atividade motora anormal e processos inflamatórios ou 
neoplásicos da parede esofágica. 
 Regurgitação: É a volta do alimento ou secreções contidas no esôfago ou 
estomago de volta a cavidade bucal, sem náuseas e sem participação dos músculos 
abdominais. 
 Eructação: Não constitui um sintoma próprio de doenças do esôfago e ocorre, 
geralmente, em consequência da ingestão de maio quantidade de ar durante as refeições 
ou em situações de ansiedade. A deglutição de grande quantidade de ar com o objetivo de 
eructar constituir a aerofagia. No entanto, em pacientes com megaesôfago, é considerado 
um sintoma. 
 Soluço: Não é considerado um sintoma, mas em pacientes com hérnia hiatal 
ou megaesôfago é considerado. 
 Sialose: Também denominada sialorréia ou ptialismo, é caracterizada pela 
produção excessiva de secreção salivar. 
 Hematêmese: É o vomito de sangue com característica de hemorragia 
digestiva alta (da boca até o ângulo de Treitz). 
 Estômago 
 Dor: É o sintoma mais frequente em doenças estomacais e deve-se sempre 
analisar suas características semiológicas (LICIDEF). 
 Náuseas e vômitos: Manifestações comuns de doenças estomacais e 
duodenais. Frequentemente, são associadas à dor. 
 Dispepsia: É a designação de qualquer dor ou desconforto abdominal com 
localização principal no epigástrico, acompanhada ou não de saciedade precoce, plenitude 
epigástrica, distensão ou náuseas. 
o Dispepsia funcional: Qualquer dispepsia persistente ou recorrente, 
ocorrendo por pelo menos 12 semanas durante 12 meses antes da consulta, sem alivio 
pela defecação, não associada a modificação da frequência das evacuações ou formato 
das fezes e sem qualquer evidencia de doença que explique os sintomas. É um diagnóstico 
de exclusão. 
 Dispepsia funcional tipo úlcera: O sintoma principal é dor 
epigástrica. 
 Dispepsia funcional tipo dismotilidade: Caracterizada por 
desconforto na região epigástrica, associado à saciedade precoce e, às vezes, vômitos e 
distensão abdominal. 
 Dispepsia funcional tipo inespecífica: Quando os sintomas não 
se encaixam nos dois grupos anteriores. 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 3 
 
 Pirose; 
Intestino delgado 
 Diarreia: É o sintoma mais comum de doença do intestino delgado. É 
conceituada como o aumento do teor líquido das fezes, frequentemente associadas ao 
aumento do número de evacuações e do volume fecal em 24h. Diferentes mecanismos 
causam diarreia: 
o Aumento da pressão osmótica do conteúdo intraluminal (diarreia 
osmótica): Ocorre quando há defeito na digestão ou má absorção. 
o Aumento da secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal 
(diarreia secretora): Causado por estimulo a síntese de AMP-cíclico intracelular, causando 
a secreção ativa de água e eletrólitos. Bactérias e alguns medicamento também podem 
causa-la. 
o Alteração da motilidade do intestino delgado (diarreia motora): Ocorre 
quando há alteração capaz de modificar o padrão normal do trânsito do intestino delgado. 
 
 Esteatorréia: É definida como 
aumento da quantidade de gordura nas 
fezes. Causa da esteatorréia estão no quadro 
ao lado. 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 4 
 
 Dor abdominal: A dor abdominal é um sintoma comum das doenças do 
intestino delgado. NA 
caracterização semiológica 
desse tipo de dor, é 
importante considerar o 
LICIDEF. O quadro a seguir 
mostra os mecanismos 
causadores de dor 
abdominal. 
 
 Distensão abdominal, flatulência e dispepsia; 
 Hemorragia digestiva: Não é 
uma manifestação comum das doenças do 
intestino delgado, mas possui importância para 
o diagnóstico etiológico e prognóstico. As 
manifestações dependem de vários fatores, tais 
como: localização e sua relevância, velocidade 
e duração da perda sanguínea. Em geral, é o 
relato de melena que sugere que a hemorragia 
se originou no intestino delgado (há tempo para 
digestão do sangue, caso a hemorragia seja 
entra o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal). 
Menos comumente, a hemorragia do intestino 
delgado configura-se em enterorragia, ou seja, 
saída de sangue vivo pelo ânus e menos ainda 
gerar hematêmese. Quadro ao lado 
 Febre: Sintoma comum em 
doenças infeccionas, inflamatórias e 
neoplásicas do intestino delgado. Normalmente 
está associada a diarreia ou dor abdominal, 
mas pode ocorrer isoladamente. 
 Perda de peso: É uma 
alteração comum nas doenças do intestino delgado, estando relacionadas à alimentação 
deficiente, má absorção ou aumento do consumo metabólito. 
 Anemia: As doenças do intestino delgado podem provocar anemia, mas esse 
sintoma, em geral, está relacionado ao sistema cardíaco e respiratório. A anemia 
decorrente do intestino delgado ocorre por deficiência de ferro, vitamina B12 ou folatos 
desnutrição proteica, depressão toxica da eritropoiese e hemorragia digestiva. 
 Edema: Pode ser visto em vários problemas do intestino delgado, sendo 
quase sempre a expressão clínica da redução da pressão coloidosmótica do plasma, 
acarretada por hipoalbuminemia. A redução da ingestão proteica, alteração da síntese de 
albumina pelo fígado ou perda excessiva são as hipoalbuminemia. Normalmente, o edema 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 5 
 
está associado à diarreia, esteatorreia, dor 
abdominal ou sintomas indicativos de 
hemorragia intestinal. Além disso, o edema 
constitui, não raro, a única manifestação de 
perda gastrointestinal de proteínas. 
 Manifestações de carências 
nutricionais: Doenças do intestino delgado 
pode ocasionar má-absorção de um ou mais 
nutrientes. Olha quadro abaixo. Além disso, 
existem condições que são associadas à 
má-absorção de nutriente. Olhar quadro 
82.7 
 
 Insuficiência endócrina: 
Quando se compromete a absorção de 
nutriente, pode-se instalar insuficiência de 
glândulas endócrinas. 
 
 
 
 
 
 Intestino grosso, reto e ânus 
 Dor: É o sintoma mais comum nas doenças do colón, reto e ânus enem 
sempre é de fácil avaliação. A dor pode ter origem: 
o Dor perineal: É a mais fácil de ser avaliada, pois é uma região que pode 
ser investigada ao exame físico. Além disso, é originada, na maioria das vezes, por lesões 
agudas da região. Um tipo especial de dor que localizada no períneo é o tenesmo. 
o Dor abdominal: É mais difícil de ser interpretada devido ao grande 
número de vísceras e órgãos nessa região. Ela pode ser aguda ou crônica e pode ser 
separada em 5 grupos: 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 6 
 
 Dor difusa: Apesar surgir em uma determinada região, o que a 
caracteriza é que, com o passar do tempo, ela difunde-se por todo o abdome. 
 Dor no quadrante superior direito; 
 Dor no quadrante superior esquerdo; 
 Dor no quadrante inferior direito; 
 Dor no quadrante inferior esquerdo; 
 Diarreia e disenteria: A diarreia é caracterizada pelo número aumentado de 
dejeções (mais de 3 evacuações no dia), diminuição da consistência fecal e, às vezes, 
presença de restos alimentares. A disenteria é uma síndrome na qual, além da diarreia, 
acompanha cólicas intensas, fezes mucossanguinolentas e após a evacuação ocorre 
tenesmo. 
 Mudança no ritmo intestinal; 
 Obstipação intestinal: Quando as fezes ficam retidas por mais de 48h, diz-
se que há obstipação ou constipação intestinal. Os mecanismos causadores podem ser 
divididos em: 
o Mecânicas: Quando há obstrução do lúmen ou lesão que impede a 
contração das paredes intestinais. 
o Neurogênicas: Ocorre comprometimento dos componentes nervosos. 
o Metabólico e hormonais; 
o Psicogênicas: Quando ocorre alterações emocionais. 
o Medicamentosas; 
o Alimentação inadequada: Falta de fibras. 
o Inibição do reflexo da evacuação; 
o Hipossensibilidade senil; 
 Sangramento anal; 
 Prurido anal; 
 Distensão abdominal; 
 Náuseas e vômitos: Não são frequentes em doenças do intestino grosso, 
mas podem ocorrer. 
 Anemia e emagrecimento; 
 Pâncreas 
 Dor: Sintoma mais frequente sobretudo nos processos inflamatórios do 
pâncreas (pancreatite). Na forma da doença está presente quase sempre, varia de 
intensidade, podendo ser branda ou muito intensa. Aumenta gradualmente ou se agrava 
em curto período. Ela costuma ser continua e de longa duração, localizada na região 
epigástrica e hipocôndrio esquerdo e, geralmente, irradia para o dorso, piorando ao 
alimentar-se. Já nos casos crônicos, é diferente, pois pode estar ausente ou ser substituída 
por uma sensação de mal-estar epigástrica. 
 Náuseas e vômitos: Presentes em 75% dos casos de pancreatites. Em geral, 
o vômito é de difícil controle, podendo causar desiquilíbrio hidroeletrolítico. 
 Anorexia; 
 Astenia; 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 7 
 
 Icterícia: Ocorre quando o pâncreas obstrui o ducto colédoco. 
 Diarreia; 
 Má-absorção: Pode levar a esteatorreia e creatorreia, pois ocorre deficiência 
de lipases e proteases. 
 Diabetes; 
 Hemorragias: Pode ocorrer rupturas dos vasos que irrigam o pâncreas em 
casos de pancreatite. 
 Antecedentes pessoais: As doenças pancreáticas podem estar associadas 
ou manifestarem-se como complicação de afecções primitivas de outros órgãos: 
o Afecções biliares; 
o Traumatismos abdominais; 
o Afecções respiratórias crônicas; 
o Hiperparatireoidismo; 
o Úlcera péptica; 
o Desnutrição; 
o Medicamentos; 
o Antecedentes familiares; 
 Fígado e vias biliares 
 É comum pacientes associarem os seguintes sintomas a problemas hepáticos e 
biliares: cefaleia, dispepsia, vômitos, boca amarga, acne e discromias (hiperpigmentação 
da pele). Esses problemas podem estar ligados ao fígado, assim como podem não estar. 
Logo, deve-se tomar cuidado com ao realizar a anamnese de um paciente com suspeita de 
problemas hepáticos. 
 Dor: Em geral, localiza-se no quadrante superior direito do abdome e 
apresenta características diferentes conforme sua causa. O parênquima hepático não tem 
sensibilidade a dor, mas a capsula de Glisson, quando distendida abruptamente, ocasionar 
dor continua no hipocôndrio direito e epigástrico, sem irradiação. Hepatomegalia por ICC, 
hepatites agudas e abscessos também podem ocasionar dor. Ainda existe a dor originada 
das vias biliares, em geral, causadas por obstrução dessas vias. 
 Icterícia: Coloração amarelada da pele e das mucosas causada por defeitos 
no metabolismo da bilirrubina. 
 Náuseas e vômitos;

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