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Aconselhamento não diretivo

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Aconselhamento não-diretivo
O aconselhamento se caracteriza, segundo a perspectiva de Carl Rogers, por uma relação não diretiva, por parte do conselheiro (terapeuta), em que o sujeito (cliente) tem a oportunidade de se compreender, dando condições para ele tomar decisões de acordo com suas perspectivas, reconfigurando seu campo perceptual neste processo.
Descreva como se caracteriza o aconselhamento sob uma perspectiva não diretiva.
Carl Rogers foi precursor do aconselhamento não diretivo, principalmente após a publicação de sua obra Aconselhamento e psicoterapia, em 1942. Para Rogers, o papel do conselheiro é facilitar o processo de exploração e crescimento pessoal do cliente, proporcionando um ambiente que estimule o cliente a se expressar de forma livre e a ter novas percepções (insights). 
O termo “não diretivo” se dá por que para ele o cliente deve ser autodirigido, sem “conselhos” por parte do conselheiro e tem as seguintes características:
1. Concepção do potencial positivo do ser humano;
2. Conselheiro deve dar apenas as condições para que o cliente possa desenvolver esse potencial;
3. O ser humano possui uma tendência para a reorganização;
4. A não valorização das próprias experiências, ao se considerar somente o olhar do outro, leva a alienação e desadaptação.
Portanto o Aconselhamento Não-Diretivo segue uma abordagem de orientação centrada no cliente baseando-se no princípio de que o cliente deve ser encarado como pessoa e não como problema, assim como, evita a centralização nos problemas e diagnósticos. 
Desse modo, o objeto central dessa abordagem é ajudar o indivíduo a obter:
1. Integração, 
2. Independência e 
3. Amadurecimento.
Conduz ao profissional a uma postura com seu cliente de:
1. Confiança,
2. Aceitação e 
3. Respeito.
Um aspecto importante do processo não diretivo é permitir que o cliente seja autodirigido sem "conselhos" do profissional, ou seja, interferências do mesmo. Com isso, os sentimentos do cliente sobre si mesmo tornam-se o tema central do aconselhamento, porque constituem os elementos de autoconceito, e segundo Rogers, o autoconceito de uma pessoa tem grande influência no seu modo de responder aos desafios da vida levando o cliente a conquistar o amadurecimento psicológico e restaurando o processo unificado de valorização. (PATTERSON; EISENBERG, 1988, p. 174).
Outro ponto importante é que não há preocupação com um diagnóstico, como na orientação diretiva, a principal função do profissional é criar um ambiente favorável para que o cliente atinja, ele próprio, autoconhecimento.
Dessa forma, outros pontos que podem ser colocados a respeito da abordagem não diretiva:
· A maior responsabilidade no direcionamento do processo é o do cliente (daí o nome abordagem centrada na pessoa, ou no cliente).
· Visa-se, em primeiro lugar, a pessoa, e não seu problema.
· Objetivo de proporcionar amadurecimento pessoal.
· Não dá grande importância à conteúdos factuais ou intelectuais, mas sim a conteúdos emocionais.
De acordo com Rogers (1989, p.16) a função prioritária dessa abordagem é levar o indivíduo à busca de “libertá-lo para o crescimento e o desenvolvimento normal, de remover obstáculos, de modo que possa novamente caminhar para frente".
O aconselhamento sob uma perspectiva não diretiva tem como premissa básica o fato de que, desde que seja fornecida a circunstância conveniente e ambiente adequado, todos os indivíduos possuem potencial e capacidade para resolver seus próprios problemas e adversidades. A finalidade da orientação não diretiva é auxiliar o sujeito a alcançar a independência, amadurecimento e integração, para que assim, consiga resolver os problemas que possam aparecer no decorrer de sua vida. (SCHEEFFER,1076).
Nesta abordagem Rogers propõe que a postura do orientador seja de catalizador através de uma atitude de profundo respeito, aceitação e confiança na capacidade de autocompreensão e autodeterminação do orientando. Portanto, durante o Aconselhamento, há uma obtenção gradativa de insights por parte do aconselhando, pois este é ouvido com o objetivo de que ele possa situar-se através de sua própria fala. Vale salientar que o orientador não deve fornecer diretamente uma solução para as queixas do cliente.
As principais características do aconselhamento não dirigido segundo Scheeffer (1976) se referem ao fato de que este não é apenas um oferecer conselhos, mas sim um esforço psicológico do próprio orientando e não sugestionado pelo orientador. Dessa forma, o processo gera mudanças no indivíduo, capacitando-o a tomar suas próprias decisões e resolver eventuais problemas que possam aparecer. A abordagem foca mais nas atitudes do que com as ações, visto que estas se resultam das mudanças de atitudes. Ademais, trabalham-se mais com conteúdo emocionais, enfatizando mais na relação do que com técnicas.
Segundo May, quando o aconselhando entra em contato com o seu “eu” abre um leque de possibilidades de entender sua existência sob vários aspectos como: angústias, dores, traumas, neuroses etc. Em função disto, ele será capaz de tomar atitudes para modificar sua vida, assumindo a responsabilidade pelas suas escolhas. Para que isso ocorra o psicoterapeuta precisa sentir empatia pelo aconselhando e precisa estar livre dos conceitos pré-estabelecidos, então ele próprio crescerá também.
Com relação a sua concepção do homem, podemos apontar como destaque:
· O homem como homem é maior que a soma de suas partes. Ele deve ser considerado como algo mais que o produto ou soma de várias partes e funções;
· O homem conduz sua existência em um contexto humano. Sua natureza se expressa em suas relações com outros seres humanos;
·  O homem é consciente. A consciência forma a parte essencial do seu ser;
· O homem tem capacidade de escolha. A consciência faz com que o homem não seja um mero espectador de seu destino, mas atuante de suas experiências;
· O homem é intencional. A intencionalidade é a base sobre a qual o homem constrói sua identidade.

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