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Resumo PLANTÃO PSICOLÓGICO UNIP (1)

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O Plantão Psicológico como Modalidade Clínica Distinta
O plantão psicológico é uma modalidade clínica que se diferencia da psicoterapia.
Sua proposta enfatiza a escuta, a intervenção psicológica e o acolhimento em situações de crise.
É baseado nas potencialidades humanas e nas autopercepções das situações-problema.
Origem do Plantão Psicológico no Brasil
No Brasil, o plantão psicológico teve origem no Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP) do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP).
Desenvolvimento das Terapias de Curta Duração nas Décadas de 1970-1980
Nas décadas de 1970-1980, houve um intenso desenvolvimento de terapias de curta duração.
O plantão psicológico, com orientação na Abordagem Centrada na Pessoa, e a psicoterapia breve, norteada pela Psicanálise, foram objeto de estudos.
Inserção da Clínica Psicológica em Diversos Contextos
As discussões sobre a inserção da clínica psicológica predominavam em práticas hospitalares, escolares e clínicas-escola.
Expansão do Plantão Psicológico na Saúde Coletiva
A Reforma Psiquiátrica Brasileira e o Sistema Único de Saúde (SUS) permitiram à Psicologia brasileira atuar na Saúde Coletiva.
Os psicólogos começaram a utilizar o plantão psicológico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Isso levou a mudanças nos processos de formação e atuação dos psicólogos.
Escassez de Produção Científica
Há uma escassez na produção científica relacionada ao uso do plantão psicológico na atenção básica à saúde.
Objetivo do Estudo
O estudo visa problematizar os desafios e possibilidades do plantão psicológico como estratégia de clínica ampliada na atenção básica à saúde.
Considera aspectos históricos, conceituais e práticos envolvidos nessa relação.
Três Eixos Temáticos da Reflexão
O estudo se desdobra em três eixos temáticos:
1. O advento do plantão psicológico no contexto de reorientação do modelo assistencial no Sistema Único de Saúde (SUS).
2. As confluências conceituais do plantão psicológico como prática de clínica ampliada.
3. A implementação do plantão psicológico na atenção básica à saúde, incluindo na Estratégia Saúde da Família (ESF) e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Evolução do Plantão Psicológico:
Nas décadas de 1990, o Conselho Federal de Psicologia começou a reconsiderar o plantão psicológico.
Em 1999, o livro "Plantão psicológico: novos horizontes" ampliou seu escopo para além das clínicas-escola.
Na década de 2000, o plantão psicológico se tornou um serviço comum em instituições de ensino superior no Brasil.
Foi objeto de estudo em pesquisas de mestrado e doutorado.
Sua disseminação foi favorecida pela Reforma Psiquiátrica e os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Plantão Psicológico na Atenção Básica à Saúde:
Concentra-se na prevenção de transtornos mentais e na promoção da saúde mental.
Alinha-se com os princípios do SUS, como o acolhimento, a integralidade e a humanização do cuidado.
Sistema Único de Saúde (SUS):
Surgiu após a VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986.
Baseou-se na busca por uma concepção ampliada da saúde como direito e dever do Estado.
Estabeleceu um sistema único de saúde com princípios como universalidade, integralidade, descentralização e hierarquização dos serviços.
Valoriza a participação popular no controle dos serviços de saúde.
 Estratégia de Saúde da Família (ESF):
Foi implementada em 1994 e é o maior programa assistencial em larga escala no Brasil.
Fortalece a Atenção Primária à Saúde (APS).
Representa o primeiro ponto de contato dos usuários com o sistema de saúde.
Enfatiza a continuidade e a integralidade do atendimento, bem como a coordenação da assistência.
Promove a atenção centrada na família e a participação comunitária.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF):
Criado em 2008, dá suporte à ESF por meio do apoio matricial.
Enfatiza a interdisciplinaridade e a intersetorialidade para superar a clínica centrada na doença.
Clínica Ampliada:
Busca integrar várias abordagens para lidar com a complexidade do trabalho em saúde.
Valoriza as relações intersubjetivas na produção do cuidado.
Enfatiza a integralidade e a continuidade da atenção, bem como a participação da comunidade.
Promove um pacto entre profissionais e usuários para garantir a integralidade nas práticas de saúde.
Busca uma abordagem ética e humanizada no cuidado à saúde e na promoção da cidadania.
Mudança nos Modelos Assistenciais em Saúde Mental:
Mudança de modelos asilares baseados em paradigmas somaticistas e biologicistas na saúde mental.
Essa mudança foi impulsionada pela Reforma Psiquiátrica e pelo movimento antimanicomial.
Práticas hospitalocêntricas passaram a ser criticadas por causarem exclusão social, despersonalização e cronicidade em pacientes psiquiátricos.
Saúde Mental e Modelo Psicossocial:
O termo "saúde mental" está associado ao modelo psicossocial, que visa desospitalização, desmedicalização e a horizontalização das relações de poder entre profissionais e usuários.
O modelo psicossocial propõe a reapropriação da história de vida e do processo de saúde/adoecimento dos usuários.
3Desinstitucionalização e Política Nacional de Saúde Mental:
A desinstitucionalização, que visa reduzir gradualmente os leitos em hospitais psiquiátricos, é parte da Política Nacional de Saúde Mental.
A política enfatiza uma abordagem preventiva e de promoção à saúde em oposição ao foco em tratamento curativo e médico-centrado.
Inclusão da Atenção em Saúde Mental na Atenção Básica:
A inclusão da atenção em saúde mental na atenção básica é essencial para desmontar o hospital psiquiátrico e agenciar o cuidado no território.
O plantão psicológico pode ser uma estratégia valiosa para atender agravos psicossociais e problemas comunitários nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A integração entre os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é fundamental.
Plantão Psicológico na Atenção Básica:
O plantão psicológico é uma modalidade de escuta especializada que atende a demanda espontânea em saúde mental na comunidade.
Deve ser acompanhado por uma rede bem estruturada em saúde mental para garantir a continuidade do cuidado.
Requer colaboração entre o psicólogo e o Agente Comunitário de Saúde (ACS) na identificação de casos que necessitam do plantão.
 Desafios na Implementação do Plantão Psicológico:
A falta de psicólogos nas equipes da ESF é um obstáculo.
O papel do psicólogo no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) pode dificultar a implementação do plantão, devido à sobrecarga de trabalho.
O plantão pode sobrecarregar a UBS, e a falta de um psicólogo nas equipes da ESF pode inviabilizar o serviço.
O plantão psicológico e a clínica ampliada convergem para as políticas de saúde mental e promovem práticas centradas na integralidade e humanização do cuidado.
Mais pesquisas e aprimoramentos são necessários para consolidar o plantão psicológico na atenção básica em saúde.