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7 - EMPRESÁRIO INDIVIDUAL

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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
O empresário individual é uma pessoa física que “exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços.” (Art. 966, CC). 
Nesse sentido, o Código Civil estabelece algumas vedações ao exercício 
individual da empresa no artigo 972: 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”. 
 
Impedimentos legais 
Normalmente os impedimentos estão em normas de direito público que 
visam proteger a coletividade, evitando que está negocie com determinadas 
pessoas em virtude de sua função ou condição ser incompatível com o exercício 
livre de atividade empresarial. Os que possuem impedimentos legais para o 
exercício de empresa são: 
• Servidores públicos federais – Art. 117, X, Lei 8.112/1990 
“Art. 117. Ao servidor é proibido: 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;” 
• Magistrados – Art. 36, I, LC 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura 
Nacional) 
“Art. 36 - É vedado ao magistrado: 
I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de 
economia mista, exceto como acionista ou quotista;” 
• Membros do Ministério Público – Art. 44, III, Lei 8.625/1993 
“Art. 44. Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes 
vedações: 
III - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto 
como cotista ou acionista;” 
• Militares – Art. 29, Lei 6.880/1980 
“Art. 29. Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na 
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, 
exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por 
quotas de responsabilidade limitada.” 
• Deputados e Senadores – Art. 54, II, a 
“Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou 
nela exercer função remunerada;” 
• Falidos não reabilitados – Lei 11.101 
Os falidos não reabilitados, pelo fato de não terem recuperação judicial 
ou extrajudicial, sendo a perda seus bens e até a administração deles, 
são considerados parte da massa falida. E por esse motivo, não poderão 
exercer a atividade empresarial até sua reabilitação que é decretada 
pelo juiz, extinguindo suas obrigações civis ou penais. 
“Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei: 
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial; 
II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de 
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei; 
III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de 
negócio.”. 
• Médicos em relação à farmácia e laboratórios – Art. 1.246 (Código de 
Ética Médica) 
“É vedado ao médico: 
Art. 98 - Exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, 
laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à 
fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de prescrição 
médica de qualquer natureza, exceto quando se tratar de exercício da 
Medicina do Trabalho.”. 
• Leiloeiros e Corretores não podem exercer atividade empresarial; 
• Estrangeiros com relação à pesquisa e lavra de recursos minerais e 
hidráulicos – Art. 176, §1º, CF/88 
“§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos 
potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser 
efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse 
nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e 
que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que 
estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se 
desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.” 
• Estrangeiro com relação à empresa jornalística de radiofusão (só pode 
ser sócio, com no máximo, 30% do capital social) – Art. 222, §1º, CF/88 
“§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e 
do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e 
de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a 
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão 
obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo 
da programação.” 
• Empresários individuais e sociedades que sejam devedoras da 
previdência social. – Art. 95, §2º, Lei 8.212 
“Art. 95 § 2º A empresa que transgredir as normas desta Lei, além das 
outras sanções previstas, sujeitar-se-á, nas condições em que dispuser o 
regulamento 
d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil 
ou comerciante individual;” 
 
Pode-se ver que alguns impedimentos para o exercício de empresa não 
vetam o ser sócio de sociedades empresárias, isso porque: 
“O sócio, no entanto, não é, juridicamente, um empresário; é apenas o 
titular de um direito pessoal com expressão patrimonial econômica: uma ou mais 
frações ideais do patrimônio social, frações essas que são chamadas de quotas, nas 
sociedades contratuais e na sociedade cooperativa, e de ações, nas sociedades 
anônimas e nas sociedades em comandita por ações.” 
“No entanto, a possibilidade de os impedidos participarem de sociedades 
empresárias não é absoluta, somente podendo ocorrer se forem sócios de 
responsabilidade limitada e, ainda assim, se não exercerem funções de gerência ou 
administração.” 
 
Impedimentos legais em razão da natureza da atividade 
• Pesquisa e lavra de recursos minerais - Art. 176, §1º, CF/88 
“Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os 
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à 
União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. 
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos 
potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser 
efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse 
nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e 
que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que 
estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se 
desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.” 
• Propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – Art. 222, CF/88 
“Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou 
naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas 
sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.” 
 
Obrigação de pessoa legalmente impedida se exercer 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” 
 
Incapacidade – não pode exercer 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” 
 
Capacidade civil 
Código Civil: 
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa 
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria;” 
 
Invalidade do Negócio Jurídico 
Código Civil: 
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;” 
“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o 
negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente;” 
 
Hipóteses excepcionais de exercício individual de empresa por incapaz 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais 
ou pelo autor de herança. 
• É importante destacar que o artigo diz respeito a exercício individual de 
empresa; 
• As duas situações excepcionais que permitem o exercício de empresa 
por incapaz são para que ele CONTINUE a exercer, mas NUNCA para 
que INICIE. 
O incapaz que já exerce empresa é permitido a continuar nos casos em que: 
(i) ele mesmo já exercia atividade empresarial, sendo a incapacidade, 
portanto, superveniente (posterior); 
(ii) a atividade empresarial era exercida por outrem, de quem o incapaz 
adquire a titularidade do seu exercício por sucessão causa mortis. 
A autorização para que o incapaz continue o exercício da empresa será 
dada pelo juiz, por meio do procedimento de jurisdição voluntário e após a oitiva 
do MP (art. 178, inciso II, CPC). 
A decisão do magistrado observará o Código Civil: 
“Art. 974. § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após 
exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em 
continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores 
ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos 
adquiridos por terceiros.”. 
O juiz concederá alvará autorizando o menor a exercer empresa por meio 
de representante ou assistente – segundo o grau de sua incapacidade. Se o 
assistente ou representante foi impedido, haverá nomeação de um ou mais 
gerentes com aprovação do juiz (art. 975, caput, §1º e §2º). 
Na empresa individual, em regra, o empresário responde com seus bens, 
não havendo distinção entre bens afetados ao exercício da empresa e os bens 
particulares. Porém, no caso da autorização de exercício por incapaz, o artigo 974, 
§2º estabelece: 
“Art. 974. § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o 
incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao 
acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.” 
 
Emancipado pode exercer empresa? 
Pode e independe de autorização judicial. Enunciado 197 da III Jornada de 
Direito Civil do CJF: 
“A pessoa natural, maior de 16 e menor de 18 anos, é reputada empresário 
regular se satisfizer os requisitos dos arts. 966 e 967; todavia, não tem direito a 
concordata preventiva [termo substituído por recuperação pela Lei 11.101/2005], 
por não exercer regularmente a atividade por mais de dois anos”. 
 
Sócio incapaz 
O art. 974 não se aplica a entrada de incapaz em sociedade, já que sócio de 
uma sociedade não é empresário (empresário é a própria pessoa jurídica). Por isso, 
foi incluído o §3º, que estabelece os requisitos para que o incapaz seja sócio: 
“§ 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que 
envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes 
pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais.” 
 
Regras aplicáveis ao empresário casado 
Art. 978 do CC e Enunciado 58 da II Jornada de Direito Comercial: 
“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real” 
Enunciado 58: “O empresário individual casado é o destinatário da norma 
do art. 978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar ou gravar de 
ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia 
averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio 
empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do 
ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.” 
Embora a alienação e a gravação de ônus sobre o imóvel utilizado no 
exercício da empresa pelo empresário individual sejam livres do consentimento 
conjugal, no teor do art. 978, CCB, a sua destinação ao patrimônio empresarial 
necessita da concordância do cônjuge, para passar da esfera pessoal para a 
empresarial. Essa autorização para que o bem não integre o patrimônio do casal, 
mas seja destinado à exploração de atividade empresarial exercida individualmente 
por um dos cônjuges pode se dar no momento da aquisição do bem, em apartado, 
a qualquer momento, ou no momento da alienação ou gravação de ônus. 
 
Art. 979 do CC 
“Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no 
Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do 
empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de 
incomunicabilidade ou inalienabilidade.” 
 
Art. 980 do CC 
“Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do 
empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de 
arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.”

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