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ESTUDO_DIRIGIDO_-_SEGURIDADE_SOCIAL_-_ATIVIDADE_COMPLEMENTAR

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ESTUDO DIRIGIDO
SEGURIDADE SOCIAL
Disserte sobre o Estado como intermediador dos processos de expropriação de direitos no capitalismo contemporâneo, se constituindo como funcional aos interesses do capital e degradante para as conquistas da classe trabalhadora. 
 Há alguns anos estamos acompanhando o desmonte das políticas sociais brasileiras e o fortalecimento do Estado como intermediador dos processos de expropriação de direitos no capitalismo contemporâneo, objetivando a privatização de vários serviços públicos e flexibilizando o trabalho informal. Sabemos que essa flexibilização acarreta a ausência dos direitos trabalhistas que foram decorrentes de muitas lutas e conquista da classe trabalhadora por melhores condições de vida. O empobrecimento da classe trabalhadora vai intensificando-se cada vez mais com esse tipo de estado e a classe ficando refém do capitalismo, reforçando o desfinanciamento das políticas anticapitalistas e a necessidade das lutas em defesa dos direitos.
É necessário impor limites ao capital a fim de mantermos e protegermos os direitos já garantidos e também lutarmos para que a classe trabalhadora consiga emancipar-se da exploração capitalista, porém é um importante desafio alcançar esse objetivo diante dessa expropriação dos direitos e por não possibilitarem essa emancipação, os processos destrutivos dos direitos acabam favorecendo a precarização e em consequência a exploração e acumulação do capital, restringindo os direitos a classe trabalhadora. Essas lutas são de suma importância no processo de organização política dessa classe a fim de lutarem pelos seus direitos e evitarem que o capital continue se fortalecendo, intensificando e acumulando o capital às custas da exploração do trabalhador.
A redução dos direitos sociais e trabalhistas trouxe muitas implicações e consequências para a classe trabalhadora, sendo expostos a exaustivas jornadas de trabalho sem remuneração, a precarização e a baixa remuneração. Esses fatores restringiram seus direitos e ganhos, intensificando-se a exploração da classe trabalhadora e a acumulação do capital através do mais valia, ou seja, o capitalista lucra a partir do trabalho excedente do trabalhador, tendo em vista que a força do seu trabalho não terá aumento da remuneração, o valor recebido pelo trabalhador é inferior ao suor do seu trabalho, então é a partir dessa exploração que há o acúmulo da riqueza do capital.
Dessa forma, diante desses ataques, privações de direitos e perdas recorrentes, o trabalhador acaba aceitando trabalhos inadequados ou jornadas exaustivas para poder sobreviver. Com isso tem sua perspectiva de vida reduzida devido serem expostos a muitos riscos, pois devido à necessidade de sobrevivência acabam aceitando trabalhar muitas vezes em lugares insalubres e inadequados, além da baixa remuneração que não atende as suas necessidades básicas.
 A ausência de proteção e garantias que acobertem esses trabalhadores intensifica a vulnerabilidade social e em consequência acarreta a necessidade dessas pessoas na busca de políticas públicas que garantam suas necessidades básicas. Nesse sentido, a destruição desses direitos reafirma a importância da classe trabalhadora na defesa de direitos nas constantes lutas para que estes sejam mantidos, tendo em vista que ultimamente a nossa luta é para que consigamos mantê-los. Não devemos nos calar diante de tamanha crueldade e constantes ameaças de novos ataques.
Somos desafiados diariamente a lutar pelos nossos direitos e resistir ao governo, aos ataques e perdas que estamos sofrendo desde a década de 1990. Desde a década em questão percebemos uma redução significativa nos investimentos em política social e a abertura de investimento para a privatização. Nos últimos tempos, temos presenciado um desmonte aos direitos e às conquistas das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros, por isso precisamos intensificar nossas lutas para que seja assegurado o que está previsto na Constituição Federal de 1988.
Precisamos estar atentos aos discursos sobre os ajustes fiscais permanentes dos governos porque está sendo a partir deles que os direitos estão sendo reduzidos e expropriados. Eles utilizam esses programas para massacrarem e atingir a classe trabalhadora ao reduzirem cada vez mais as suas condições de vida. Fomos entregues à mercê do capitalismo. Há décadas que estamos sendo vítimas desses cortes e por isso precisamos defender e lutar por nossos direitos, pois caso não façamos isso seremos engolidos pelos inúmeros ajustes que surgirão no decorrer de nossas vidas, aumentado cada vez mais as desigualdades sociais já existentes.
 O governo utilizou a promessa do aumento da geração de empregos e redução da informalidade como uns dos argumentos para a implantação da reforma, porém a taxa do trabalho informal tem crescido de forma considerável ao longo dos anos desde a reforma trabalhista e isso tem favorecido a diminuição da contribuição previdenciária, tendo em vista que os trabalhadores informais não possuem direitos trabalhistas. Além disso, a reforma trabalhista foi uma das principais responsáveis pelo aumento do desemprego e precarização da mão de obra.
Conforme o que foi exposto acima fica evidente os reais objetivos da reforma da previdência, assim como a trabalhista, não se trata de “reformas” que visam assegurar e proteger os direitos dos trabalhadores ao representar os interesses da sua classe, e sim de desmanche dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do país, protegendo o empregador ao permitir o enfraquecimento das entidades sindicais, barateando o custo da mão de obra através da terceirização ou até mesmo pela ampliação da jornada de trabalho.
As características da atual conjuntura demonstram o alto nível da desproteção social da classe trabalhadora e intensificou-se mais ainda com a aprovação da reforma trabalhista e previdenciária, massacrando, fragilizando as condições de trabalho e emprego e restringindo ainda mais o acesso dos trabalhadores aos benefícios previdenciários, direitos sociais e seus direitos fundamentais.
Por fim, o Brasil precisa gerar emprego de qualidade e acabar com essas novas modalidades de emprego em que não há contratação empregatícia com amplas jornadas de trabalho e trabalho precarizado, comprometendo a sobrevivência dos trabalhadores e o enriquecimento do sistema capitalista com a redução dos direitos sociais, ou seja, o capitalismo enriquece às custas da exploração do trabalhador e este se encontra numa situação de precarização das relações de trabalho e miserabilidade devido às más condições de trabalho.
REFERÊNCIAS
BOSCHETTI, Ivanete Salete. Limitações do Estado Social Capitalista Contemporâneo: expropriações, acumulação, exploração e violência. JMPHC| Journal of Management & Primary Health Care| ISSN 2179-6750, v. 12, p. 1-13, 2020. Disponível no SIGAA.
Live: Estado social capitalista, ajuste fiscal e expropriação de direitos – Ivanete Boschetti. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vqtZhubN0Ws&t=11s&ab_channel=IvaneteBoschetti

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