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APOSTILA - ADM DE MAT E PATRIMÔNIO - UNIFATECIE

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Prévia do material em texto

Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
BIAZON, Victor Vinicius.
Administração de Materiais e Patrimônio.
Victor Vinicius. Biazon.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 141 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
Doutor em Comunicação Social (Metodista - 2014 - 2017), Mestre em Administração 
(FPL - 2010-2012), Pós graduado em Gestão Estratégica de Empresas (IPE - 2010), pós 
graduado em Comunicação, Publicidade e Negócios (CESUMAR - 2008) com graduação 
em Administração de Empresas pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de 
Apucarana (2005). Coordenador dos cursos na EAD UNICESUMAR. Experiência como 
coordenador de curso de Tecnologia e Bacharelado; atuei como coordenador de Projeto de 
Iniciação Científica e núcleo de pesquisa (FATECIE 2011-2017), Professor em graduação 
e pós-graduação (presencial e EAD). Organizador de material didático (conteudista EAD) 
em diversas áreas. Jornalista profissional, com experiência na área de Administração, pro-
dução para TV e mais recentemente desde 2015, membro Comissão Assessora de Área 
CAA-INEP para assuntos de ENADE, além da atuação como avaliador ad hoc de cursos 
pelo Brasil.
O endereço para acessar meu currículo é o: http://lattes.cnpq.br/2114473479088002
AUTOR
http://lattes.cnpq.br/2114473479088002
Olá caro aluno, não nos conhecemos ainda por isso permita que eu me apresente: 
sou o professor Victor Vinicius Biazon. Ao longo destes anos de experiência com a docência 
tive muitas oportunidades de crescimento pessoal e intelectual com experiências teóricas 
e práticas, o que me fez e me faz sempre galgar e alcançar novos desafios, disciplinas, 
cargos e responsabilidades graças ao desempenho intelectual e emocional adquirido ao 
longo dos anos no ensino presencial e EAD. Estas experiências são renovadas a cada 
aula, a cada ciclo e a cada conteúdo. Espero que tenhamos, ao longo deste livro, uma boa 
parceria, que a leitura seja fácil e ilustrativa e que possa contribuir para o seu aprendizado.
Este material foi dividido em quatro unidades contendo conteúdos específicos e 
evolutivos, na Unidade I vamos conhecer alguns conceitos importantes sobre a gestão 
de materiais e patrimônio e suas particularidades, acredito que antes de entendermos as 
aplicações precisamos destes conceitos para continuarmos e ainda nesta unidade veremos 
o supply chain ou cadeia de suprimentos que vai desde os in puts até os out puts dos 
materiais dentro do processo produtivo. Veremos ainda as atividades e processos do setor 
e fechamos com as especificidades da ARMP – Administração de Recursos Materiais e 
Patrimonial na gestão pública.
Na unidade II veremos que para que o nosso almoxarifado seja perfeito, precisamos 
antes de tudo adquirir os materiais e escolher bem as fontes das nossas matérias primas 
ou produtos acabado, e um item que merece muita atenção. Hoje podemos lançar mão 
de tecnologias para nos auxiliar nesses processos e ainda o transporte. Não podemos nos 
esquecer dos cuidados com o meio ambiente e isto será nossa pauta por aqui também.
A unidade III está repleta de conteúdo para melhor organizarmos nossos estoques, 
com conceitos importantes, níveis, custos e formas de controle. E ainda vamos começar a 
perceber a importância de se ter um bom local para armazenar nossos materiais.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
A última unidade, IV, trata-se justamente deste local, deste arranjo físico que deve 
ser preparado e adequado ao armazenamento com layout que possibilite o transporte in-
terno e veremos ainda que novamente a tecnologia nos dê suporte, mas antes precisamos 
compreender os conceitos não é mesmo?
Bem, agora que já sabemos sobre o que vamos conversar ao longo destas uni-
dades e vamos começar. Desejo uma boa leitura e que possa além de teorizar, explorar a 
prática em seu dia a dia.
Bons estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 7
Conceitos Básicos de Administração de Materiais
UNIDADE II ................................................................................................... 37
Administração de Compras, Distribuição e Transporte
UNIDADE III .................................................................................................. 75
Dimensionamento e Controle de Estoques
UNIDADE IV ................................................................................................ 109
Armazenamento e Movimentação de Materiais
7
Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições de administração de bens materiais e patrimoniais
• Importância e atividades e processos relevantes da gestão de materiais
• Cadeia de suprimentos e sua relação com o meio ambiente
• Previsão de demanda
• Conceito de administração de materiais na área pública
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender os conceitos de administração de bens materiais e patrimoniais;
• Explicar o que é a cadeia de suprimentos e sua relação com o meio ambiente;
• Elencar os meios de previsão de demanda;
• Relacionar os conceitos da ARMP à gestão pública
UNIDADE I
Conceitos Básicos de 
Administração de Materiais
Professor Doutor Victor Vinicius Biazon
8UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
INTRODUÇÃO
Olá estudante! 
Se eu perguntasse a você, por exemplo, em uma avaliação, o que vem a ser Admi-
nistração de materiais, O que você responderia? Já tem algum conceito formulado? Posso 
ajudar com alguns autores. Desta forma você saberá rapidamente como responder.
Vamos aprender primeiro o que é um material. De acordo com Baily (2000, p. 427) 
são “quaisquer commodities usados direta ou indiretamente na produção de um produto ou 
serviço, como matérias-primas, peças componentes, montagens e suprimentos”. Ou ainda 
na versão de Viana (2006) Material são todas as coisas contabilizáveis que entram como 
elementos constituídos ou constituintes na linha de atividade e uma empresa;
Agora que sabemos o que são materiais podemos entender como administrá-los. 
Podemos dizer que a Administração de materiais é um conjunto de atividades desenvolvidas 
dentro de uma empresa, podendo ser centralizada ou não e que são destinadas a suprir 
uma unidade da empresa, ou ainda, caso a empresa tenha filiais, as diversas unidades, 
com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. “Ativi-
dade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo 
de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto 
terminado ao cliente” (FRANSCISCHINI; GURGEL, 2002, p. 5)
Ainda te ajudando a responder, posso dizer que a Administração de Materiais visa à 
garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo à nunca faltar nenhum 
dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total.
Para fechar, Chiavennato (2005, p. 37) nos mostra que “a administração de ma-
teriais consiste em ter os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no 
tempo certo a disposição (...)”.Bem mais fácil não é mesmo? Vamos avançar e conhecer tudo que essa unidade 
nos reserva? #partiu
9UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 1 Importância da gestão de materiais
Sabemos então que a administração de materiais é importante por lidar com ati-
vidades como o planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades 
ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua 
concepção até o seu consumo final.
Emprestando os conceitos do trabalho de Tchamo (2007, p. 10) “a administração 
de materiais passou de um centro de custos para aquele que determina o sucesso de uma 
empresa, ou seja, um centro de lucros, pois atualmente é a área que procura alcançar a 
produtividade e a qualidade”
A Administração de Materiais é uma função coordenadora responsável pelo pla-
nejamento e controle do fluxo de materiais e tem por principais objetivos: (a) maximizar a 
utilização dos recursos da empresa; (b) fornecer o nível de serviços requerido ao consumi-
dor; (c) reduzir os custos.
A administração de materiais tem o conceito de se ter um departamento responsá-
vel pelo fluxo de materiais a partir do fornecedor, passando pela produção até o cidadão 
é relativamente novo. Arnold (2008), afirma que se as empresas desejam minimizar seus 
custos totais nesta área e prover um melhor nível de serviços aos clientes devem agir deste 
modo.
Vamos pensar assim, entendemos que a A.M tem função de suprir, de fazer girar 
estoques, insumos e etc, mas precisa fazer isso na hora e na forma correta, pois caso 
contrário trará problemas.
10UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Siga o raciocínio, devemos agir no tempo certo para que nossos objetivos sejam 
alcançados e não agir com inconformidades, veja o exemplo, caso as empresas tenham 
uma ação, obviamente terão uma reação:
– Comprar antes do tempo correto – estoques altos, acima da necessidade da 
empresa;
– Comprar após o tempo correto – falta de material para atendimento das necessi-
dades;
– Comprar além da quantidade necessária – representam imobilizações em esto-
que ocioso;
– Comprar sem atributos de qualidade – acarretam custos e maiores oportunidades 
de lucros não realizados;
– Comprar aquém da quantidade necessária – pode levar à insuficiência de esto-
ques.
(...) a administração de materiais na maioria das empresas é crucial para seu 
sucesso porque o custo para comprar, armazenar, movimentar e despachar 
materiais é responsável por mais de metade do custo do produto. Produtivi-
dade basicamente significa impulsionar para o baixo custo de fazer negócios, 
e realizar melhor a tarefa de administração de materiais é cada vez mais vista 
como a chave para uma produtividade mais elevada em muitas empresas 
atualmente (GAITHER; FRAZIER, 2001, p. 427).
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho 
dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques 
altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do 
suprimento após esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento 
de determinada necessidade da administração.
Então, seguindo o pensamento de Tchamo (2007), chegamos às mesmas con-
clusões ao afirmar que o administrador de materiais necessita ter uma visão estratégica 
da empresa, porque, na verdade este setor pode conduzir a empresa ao sucesso ou ao 
fracasso.
Fica claro que a Administração de materiais compreende as certezas que a empre-
sa precisa ter para continuar produzindo seus bens e serviços, onde essas certezas estão 
ligadas aos insumos necessários para a produção contínua.
11UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 2: Atividades relevantes na gestão de materiais
Nós adoramos quando os livros nos trazem os conceitos e as etapas em tópicos 
não é mesmo? Então nesta parte vou tentar trazer as funções ou as atividades que são 
geridas no setor de materiais para que você possa ir se acostumando.
Aqui temos as etapas componentes do processo da gestão de materiais, podemos 
citar que, uma vez que funcionem harmoniosamente, compreendem:
• Cadastramento de itens da empresa: (classificação, codificação, especificação, 
catalogação e padronização de materiais);
• Gerenciamento do estoque: (planejamento das necessidades, quais materiais, 
em que quantidades e em que época deve ser adquiridos, visando o estabeleci-
mento do equilíbrio entre estoque e consumo);
• Obtenção do material: (cadastro de fornecedores, concorrência, negociação, 
contratação e follow-up);
• Guarda e distribuição: (recebimento físico, armazenagem, preservação e distri-
buição de materiais);
• Inventário: (critérios que envolvem o processo de acuracidade dos estoques).
Para visualizar este setor de uma forma mais ampla, vamos utilizar uma figura.
12UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Figura 1 - Amplitude da Administração de Materiais
Fonte: Viana (2005)
Com uma figura para ilustrar fica bem mais fácil este entendimento não é mesmo?! 
Agora podemos ter uma visão mais abrangente quando falarmos em administração de 
material. Mas ainda não acabou não. 
O objetivo da Administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir 
para repor o estoque, o que determina que a estratégia de abastecimento sempre seja 
acionada pelo usuário à medida que como consumidor ele detona o processo. “Todas as 
coisas contabilizáveis que entram como elementos constituídos ou constituintes na linha de 
atividades de uma empresa” (VIANA, 2002, p. 41).
Uma tradicional organização de sistema de materiais pode ser dividida contemplan-
do outras atividades ou outra nomenclatura de acordo com Dias (2006):
Controle de estoque: Fa-se necessário para que o processo de produção/vendas opere com o míni-
mo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, 
produtos em fabricação e produtos acabados. Este setor acompanha e contro-
la o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.
Compras: Preocupa-se com o estoque de matéria-prima e de todos os insumos neces-
sários. Inclui nesta atividade a responsabilidade pela quantidade correta, pra-
zo e preço.
13UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Almoxarifado: Também conhecido como depósito ou armazém, é o local responsável pela 
guarda física destes estoques, dos produtos, medicamentos, alimentos e etc.
Planejamento e controle 
da produção:
É o setor responsável pela programação e controle do processo produtivo.
Importação: Processo de compra, porém no exterior, levando-se em conta a legislação 
vigente.
Transportes e distribuição: A entrega de valor, a entrega do produto, do serviço ao cidadão.
Quadro 1: atividades do sistema de materiais
Fonte: Dias (2006)
De acordo com Tchamo (2007), é notório que o administrador de materiais neces-
sita ter uma visão estratégica da empresa, porque, na verdade este setor pode conduzir a 
empresa ao sucesso ou ao fracasso.
O autor ainda traz um quadro adaptado de Corrêa et al. (2001, p. 22-26), que 
aborda de forma elementar as responsabilidades e preocupações que devemos ter ao ser 
promovido a gerente de materiais:
Planejar as neces-
sidades futuras 
de capacidade 
produtiva da orga-
nização.
A necessidade de planejar necessidades futuras de capacidade deve-se a uma carac-
terística fundamental dos processos decisórios que envolvem obtenção de recursos: 
a inércia da decisão ou, em outras palavras, o tempo que necessariamente tem de 
decorrer entre o momento da tomada de decisão e o momento em que os efeitos da 
decisão passam a fazer-se sentir. [...] não só é necessário planejar as necessidades 
futuras de capacidade produtiva, como também fazê-lo levando em conta vários ho-
rizontes futuros. É importante, por exemplo, enxergar as necessidades futuras com 
um longo horizonte de antecedência [...] para que se possam tomar hojedecisões 
melhores quanto a possíveis grandes incrementos de capacidade, que são decisões 
de grande inércia. 
Planejar materiais
comprados
Para que estes não cheguem nem antes nem depois, nem em quantidade maiores 
ou menores do que aquelas necessárias ao atendimento da demanda. Isto para não 
causar interrupções prejudiciais ao atendimento do nível pretendido, [...] para que a 
organização não arque com os custos decorrentes de eventual sobra por compras 
excessivas. Estes custos podem incluir os custos de manutenção de estoque, o custo 
de obsolescência, entre outros. O planejamento dos materiais pode ser uma atividade 
extremamente complexa. [...] Tratar esse nível de complexidade sem apoio de um 
sistema de informações é impossível.
14UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Planejar os ní-
veis adequados 
de estoques de 
matérias-primas, 
semi-acabados e 
produtos finais nos 
pontos certos
Nos anos 80, algumas empresas sofreram reveses competitivos importantes ao bus-
carem de forma míope o chamado sistema de “estoque zero”. Elas muitas vezes 
baixaram de estoques a níveis inferiores a suas necessidades estratégicas [...] fragi-
lizando-se e tornando-se mais vulneráveis aos ataques competitivos de concorrentes 
mais precavidos e sensatos.
Hoje, entende-se que os estoques devem ser reduzidos sim, aos níveis mínimos ne-
cessários a atender às necessidades estratégicas da organização.
Programar ativida-
des de produção 
para garantir que 
os recursos pro-
dutivos envolvidos 
estejam sendo uti-
lizados, em cada 
momento, nas 
atividades certas e 
prioritárias
A questão da priorização é central em sistemas de administração de produção. Os 
recursos são, na maioria das vezes, escassos. Toda vez que um recurso acaba de 
executar determinada atividade, ficando vago e pronto para executar a próxima, a se-
guinte questão é colocada: [...] Qual das atividades, entre aquelas que aguardam para 
ser realizadas por aquele recurso, deveria merecer prioridade? [...] É fácil perceber 
que as possibilidades diversas de sequenciar (ou priorizar) atividades em situações 
reais, onde estas possibilidades são combinadas e multiplicadas por dezenas de má-
quinas e milhares de ordens de produção que passam, não por uma máquina, mas 
por várias, com roteiros diversos e variados, representam um problema combinatório 
complexo, grande e de múltiplas variáveis. É, também, fácil perceber que a forma de 
priorizar as atividades pode ter impacto no desempenho de todo o sistema de produ-
ção, em relação a indicadores como cumprimento médio de prazos, tempos médios 
de atravessamento das ordens pelo sistema produtivo, taxas de geração de caixa, 
estoques médios em processo.
Ser capaz de sa-
ber e de informar 
corretamente a 
respeito da situa-
ção corrente dos 
recursos (pes-
soas, equipamen-
tos, instalações, 
materiais) e das 
ordens (de compra 
e produção)
Essencial na provisão destas informações, aos parceiros do negócio (clientes e for-
necedores, internos e externos, do sistema produtivo), para alavancar positivamente 
a contribuição estratégica destes parceiros para o bom desempenho da cadeia de 
suprimento a que pertencem. [...] A falta de exatidão e atualização das informações 
disponíveis nos sistemas de informação das empresas é quase um problema endê-
mico no Brasil, geralmente mais sério e com consequências mais graves do que seus 
gerentes crêem.
Ser capaz de pro-
meter
os menores pra-
zos
possíveis aos 
clientes e
depois, fazer cum-
pri-los
Dificilmente se encontram empresas em que as promessas de prazos feitas aos clien-
tes são baseadas em informações firmes e confiáveis da fábrica. Com muita freqüên-
cia, encontram-se empresas em que a força de vendas tende a subdimensionar os 
prazos prometidos aos clientes potenciais no ímpeto de conseguir fechar a venda. 
[...] muitas vezes, a força de vendas age assim pela falta de apoio informacional. 
Simplesmente não há informação disponível sobre a situação de carregamento atual 
e futuro da fábrica em forma simples e disponível para que o vendedor possa, com 
certa segurança, prometer prazos que tenham ao menos uma mínima probabilidade 
de ser cumprido. [...] Este é o motivo pelo qual é necessário o apoio de um sistema 
de administração de produção eficaz que apoie os tomadores de decisões nessas 
importantes atividades, com evidentes implicações estratégicas
15UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Ser capaz de agir 
eficazmente
O mundo competitivo de hoje demanda que os sistemas produtivos sejam capazes de 
adaptar-se rapidamente a mudanças: mudanças no processo produtivo, mudanças 
na disponibilidade de suprimentos e, acima de tudo, mudanças na demanda. [...] Um 
bom sistema de administração da produção deve ser sensível o suficiente para identi-
ficar os desvios da realidade em relação ao plano com rapidez necessária e com base 
nisso, se necessário, que seja capaz de rapidamente replanejar o futuro, levando em 
conta as novas ocorrências.
Quadro 2: O que se Espera de um Sistema de Administração de Materiais
Fonte: Tchamo (2007, p. 13-14)
Dando uma simplificada Chiavenato (2005, p. 38), diz que: “refere-se a totalidade 
das funções relacionadas com os materiais” programação, compra, estocagem e distribui-
ção. Logo, o controle da entrada, manutenção e saída.
16UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 3: Administração de bens patrimoniais
Vamos agora entender do patrimônio, dos recursos patrimoniais (“todos os bens 
necessários para a empresa operar, criar valor e proporcionar satisfação ao cliente”. Pozo 
(2001, p. 181)) ou ativos imobilizado (Francischini; Gurgel (2002, p. 285) conceituam como 
“todo o ativo de natureza relativamente permanente, que é normalmente mantido na empre-
sa para a utilização na produção de mercadorias ou prestação de serviços”.)
Constituem-se em elementos que são primordiais para as operações tanto de uma 
organização produtora de bens como a de prestação de serviços que é uma sequência de 
operações que, tal qual a administração de materiais precisa ser iniciada com a identifica-
ção da fonte de fornecimento, passando pela compra e recebimento do bem para depois 
lidar com sua conservação, manutenção e ainda alienação (quando for o caso) (MARTINS, 
2005).
 Entendeu? Não? Vamos melhorar isso.
 
Os bens patrimoniais são as instalações, prédios, terreno, equipamentos, veícu-
los, maquinários, e também todo o arranjo físico necessário para que ocorra o processo 
produtivo da empresa, (prestadora de serviços ou manufatureira). Já os equipamentos são 
as máquinas operatrizes, caldeiras, reatores, pontes rolantes, computadores e móveis, os 
prédios e terrenos são os edifícios e instalações prediais em geral.
17UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
MATÉRIA · Corpóreos;
· Incorpóreos;
· Materiais;
· Imateriais;
· Tangíveis;
· Intangíveis;
MOBILIDADE · Móveis;
· Imóveis;
DIVISIBILIDADE · Divisíveis;
· Indivisíveis;
FUNGIBILIDADE: · Fungíveis;
· Infungíveis;
Quadro 3: classificação dos bens
Fonte: Martins (2005)
Tchamo (2007), diz que a administração de recursos patrimoniais deve prestar 
atenção no estado de cada um dos elementos que fazem parte desse grupo de recursos, 
pois estes são determinantes para as operações da empresa.
 
O autor salienta ainda que a aquisição dos bens patrimoniais é um processo 
complexo e precisa de um bom planejamento para poder responder às necessidades do 
projeto. Por esse motivo, em geral pode conhecer duas etapas, sendo a primeira durante 
a implantação do projeto inicial do negócio e a segundo quando a empresa é ampliada ou 
quando há troca de recursos. Para a aquisição dos bens patrimoniais há necessidade de 
elaboraçãode um planejamento em que estejam envolvidas todas as necessidades e de 
acordo com a capacidade financeira da empresa.
 
Você sabia que uma das atividades mais importantes na administração dos recursos 
patrimoniais são o registro e o controle de todos os bens patrimoniais da empresa? E para 
que esse controle possa acontecer precisamos antes registrar, conhecer todos os bens que 
a empresa possui. E isso fazemos com a codificação de bens. Olhe sob sua cadeira, sua 
mesa no seu escritório e verifique se há uma plaquinha com uma sequencia numérica, esta 
18UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
plaquinha identifica o bem, é o “registro de nascimento” dele.
A função básica é registrar, controlar e codificar os bens considerados imobiliza-
dos (passíveis de depreciação). Este controle é feito sob o auxilio de uma ficha individual 
(física ou virtual) onde se registram normalmente a data da aquisição do bem; o código 
(colocando-se chapas em bens móveis), o valor inicial, critério e prazo para a depreciação, 
depreciação do período e acumulada, centro de custo em que o bem encontra-se alocado 
e espaço para registrar possíveis melhorias deste bem desde que não alterem seu valor 
contábil (MARTINS 2005).
Com a colocação destas plaquinhas facilita a nossa vida quando vamos fazer os 
balanços físicos, levantamento físico dos materiais permanentes e de consumo será reali-
zado pelo menos uma vez ao ano e no início e término de gestão, bem como nas trocas dos 
responsáveis por sua guarda e conservação (CORREIA, 2009).
19UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 4 Cadeia de suprimentos e sua relação com o meio ambiente
O gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain management) veio revo-
lucionar a forma de comprar, produzir e distribuir bens e serviços. A tecnologia da informação 
veio auxiliar a administração de forma geral inclusive reduzir o tempo de estocagem e do 
número de fornecedores e pelo aumento da satisfação de clientes.
Eis o conceito de gerenciamento da cadeia de suprimento “administrar o sistema 
de logística integrada da empresa (...) uso de tecnologias avançadas, entre elas o geren-
ciamento de informações e pesquisa operacional para planejar e controlar uma complexa 
rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente” 
(MARTINS; ALT, 2009, p. 377-378).
Trazendo um conceito mais contemporâneo temos o Portal Logística Descomplica-
da (online1) que nos diz que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conjunto de 
métodos que são usados para proporcionar uma melhor integração e uma melhor gestão de 
todos os parâmetros da rede: transportes, estoques, custos, etc. Esses parâmetros estão 
presentes nos fornecedores, na sua própria empresa e finalmente nos clientes. A gestão 
adequada da rede permite uma produção otimizada para oferecer ao cliente final o produto 
certo, na quantidade certa. O objetivo é, obviamente, reduzir os custos ao longo da cadeia, 
tendo em conta as exigências do cliente – afinal, isso é qualidade: entregar o que o cliente 
quer, no preço e nas condições que ele espera.
1 Sem data. Disponível em < http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-suprimentos-
%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-melhoria/>
20UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Conforme Arnold (2008), existem três fases no fluxo de materiais sendo que maté-
rias-primas fluem para uma empresa fabricante com base em um sistema de suprimento 
físico, são processadas pela produção e finalmente produtos acabados são distribuídos 
para os clientes finais por meio de um sistema de distribuição física.
O a figura #2 abaixo apresenta melhor essas este sistema de for
Figura 2: Visão cíclica da Cadeia de Suprimentos
Fonte: http://aulasonline.net.br/gestao-da-cadeia-de-suprimentos/
Este gerenciamento é a forma como as empresas administram o sistema de entre-
ga, transporte e recebimento de seus produtos e serviços aos seus consumidores, numa 
rede de organizações interligadas.
Esta cadeia de suprimento inclui todas as atividades e processos necessários ao 
fornecimento de produto/serviço ao consumidor/população e o cliente pode ser também 
um fornecedor de outro cliente de modo que a cadeia total possua muitas relações do tipo 
fornecedor-cliente (interligações) e lidando um pouco com canais de marketing. Podemos 
trazer aqui que o sistema de distribuição se dá diretamente do fornecedor para o consumidor, 
dependendo dos produtos e dos mercados podendo conter ainda diversos intermediários 
(ou distribuidores) como o caso de grandes empresas como a Nestle.
Contudo, vimos que a função “redução de custos” e “maximização de lucros” estão 
presentes aqui na GCS – Gestão da cadeia se Suprimento, porém com os problemas am-
bientais que estamos enfrentando, temos que pensar em outras formas de praticá-la.
O Grupo de pesquisa em sustentabilidade e inovação2 diz que esta temática está 
relacionada à inclusão de preocupações socioambientais na gestão das cadeias de supri-
2 Disponível em <http://www.ufrgs.br/gps/pesquisa/cadeia-de-suprimentos>
http://aulasonline.net.br/gestao-da-cadeia-de-suprimentos/
21UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
mentos. O estabelecimento de uma gestão sustentável implica em uma série de mudanças 
gerenciais, estruturais e organizacionais ao longo da cadeia, com a inserção de relaciona-
mentos mais colaborativos com fornecedores e clientes, redução do impacto ambiental dos 
produtos e valorização social de colaboradores e comunidades. A gestão sustentável da 
cadeia de suprimentos visa, portanto, obter o desempenho positivo nas três dimensões da 
sustentabilidade: econômica, ambiental e social.
 O conceito da gestão sustentável da cadeia de suprimentos é composto por outros 
conceitos que podem, também, ser tratados de forma mais específica, como a Logística 
reversa. A logística reversa trata do processo de reversão de determinado produto no canal 
de distribuição, visando a que o produto (ou parte dele) possa ser reciclado, remanufaturado 
e reutilizado na cadeia de valor deste produto. O objetivo é reduzir os impactos ambientais 
da produção a partir da reinserção de materiais na cadeia e evitar o consumo de novos 
materiais.
E na prática que tipo de mudança nós gestores precisamos nos atentar? Paiva 
(2007), nos faz algumas perguntas importantes que podemos tomar como base.
Na esfera AMBIENTAL:
● Os equipamentos usados nos processos de movimentação de materiais são 
modernos e energeticamente eficientes?
● Os materiais recicláveis (ex: embalagens) são processados adequadamente?
● Os projetos de embalagens são desenhados para proteger o produto com o 
mínimo de material possível?
● As empresas da cadeia de suprimento apóiam iniciativas ambientais e ecológi-
cas nas regiões em que atuam?
● É analisada a viabilidade do uso de meios de transporte menos poluentes?
Na espera SOCIAL:
● Os salários pagos aos funcionários da cadeia de suprimento são justos?
● Todos os equipamentos de segurança necessários são usados adequadamen-
te?
● A pressão pela produtividade e velocidade não se sobrepõe à segurança dos 
funcionários e da sociedade? (ex: horas de trabalho dos caminhoneiros)
● Os programas sociais das comunidades locais recebem apoio das empresas 
participantes da cadeia de suprimento?
22UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Na esfera ECONÔMICA:
● Os fornecedores da cadeia recebem um preço justo pelos seus produtos ou são 
pressionados a reduzir sua margem de lucro a quase zero?
● Todos os elos da cadeia recebem um lucro adequado pelo serviço oferecido?
● A competição é feita de forma ética e responsável?
● Os riscos de longo prazo para as empresas e a cadeia de suprimento como um 
todo são analisados regularmente, e ações preventivas são tomadas?
● As leis são respeitadas e seguidas?
● Os clientes finais e intermediáriosda cadeia recebem o valor pelo qual estão 
pagando?
SAIBA MAIS
Que tal visualizar com exemplos como a Logística Reversa está sendo pensada por 
empresas que conhecemos? Para tanto, assista a esse vídeo e aproveite.
Logística Reversa Coca-Cola. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=-
v9jFteBmgyE>
https://www.youtube.com/watch?v=v9jFteBmgyE
https://www.youtube.com/watch?v=v9jFteBmgyE>
https://www.youtube.com/watch?v=v9jFteBmgyE>
23UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 5: Atividades e processos na gestão de materiais
Entendendo o setor de materiais como um departamento da empresa, precisamos 
ter em mente que atividades serão desempenhadas, é o ideal de trabalho de toda empresa 
saber quais são elas, tempo correto e a um custo reduzido, e a figura de um gestor de uni-
dade se faz necessário. Esta gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na 
redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção 
quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na 
filosofia da empresa e em sua organização.
Podemos dizer aqui, adaptando os conceitos de Francischini & Gurgel (2002), para 
facilitar seu entendimento que é função, ou atividade da administração de materiais alguns 
itens como:
a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu 
funcionamento (Compras eficientes gerando abastecimento com qualidade, pontualidade, 
condições financeiras e preço baixo);
b) avaliar outras empresas como possíveis fornecedores (Abertura no tratamento 
com os fornecedores e uma negociação sistemática para o aprimoramento do fornecimen-
to);
c) supervisionar os almoxarifados da empresa;
d) controlar os estoques;
e) aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, 
Lotes Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo 
24UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
critérios aprovados pela direção da empresa;
f) manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Enge-
nharia de Produto, Financeira etc.;
g) estabelecer sistema de estocagem adequado;
h) coordenar os inventários rotativos.
i) sistema Econômico de transporte e Recebimento bem informado para somente 
receber o material adequado para empresa;
j) atenção especial para detectar desperdícios mínimos, mas repetitivos e ainda 
Não permitir a deteriorização dos materiais de combate;
k) facilitar a reciclagem de todos os materiais de maneira seletiva e proveitosa;
l) planejar a reutilização de embalagens e controlar perdas nas embalagens de 
produtos acabados.
m) utilização de novas tecnologias, ainda não dominadas integralmente pela em-
presa.
n) simplificação do projeto do produto e padronização de sues componentes.
Ainda é possível que diversos autores incluam mais atividades, que você por expe-
riência na função também possa fazer o mesmo. O conhecimento compartilhado é sempre 
bem-vindo. Que tal elencarmos outras atividades do setor?
25UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 6: Previsão de demanda
Vamos pensar lá na frente, ou seja, realizar nosso planejamento, e esta é uma 
tarefa fácil porque já temos em nossas veias as características de gestores então como 
premissa da administração o “planejar” é preciso. Mas nosso planejamento será em torno 
do que ainda vamos vender.
Uma empresa prever o futuro do mercado com total certeza e garantia é algo im-
praticável de ser feito. Porém, existem muitas empresas de diferentes ramos que precisam 
trabalhar com métodos de prever o futuro, para que seja possível fazer uma previsão de 
demanda (venda) o mais exata possível, sendo que a empresa obtendo resultado positivo 
a consequência será a fidelidade de clientes e a permanência da empresa no mercado 
(MESQUITA, 2012).
Empresas de software dizem que “A previsão da demanda é a base para o de-
senvolvimento de uma cadeia de abastecimento eficiente. Uma boa previsão permite à 
organização integrar os processos de produção, distribuição e gestão de estoques de forma 
a responder rapidamente às mudanças na demanda do mercado.”3 Podemos pensar que 
eles querem só nos vender algo e usam um discurso exagerando na importância do assun-
to. Pode até ser que queiram nos vender algo, mas, esta previsão realmente é importante.
Pensando que em época de fim de ano, em que as vendas aumentam, precisamos 
ter insumos necessários para produzir nossas mercadorias em tempo hábil não é mesmo?! 
Ou ainda ter em estoque produtos acabados para oferecer aos clientes. Para tanto prever 
3 Disponível em <http://inovatech.com.br/produtos/service-optimizer-99/demanda/> Acesso em 16 abr 2019.
26UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
a demanda é um exercício importante.
Vamos agora prever esta demanda, e vale aqui um lembrete sobre o que vem a ser 
demanda sendo que procura de determinado produto é determinada pelas várias quanti-
dades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis 
possíveis de preços, em dado período de tempo (BERGO, 2011). Demandas são desejos 
por produtos específicos, respaldados pela habilidade e pela disposição de comprá-los 
(KOTLER E ARMSTRONG, 2009)
Então, como não temos bola de cristal, precisamos prever sob determinadas formas 
a nossa demanda para os períodos. Para entender esta previsão de demanda, veremos 
como diversos autores a compreendem:
Gaither e Frazier
(2002-2004)
Pever, ou estimar a demanda futura de produtos e serviços e os recursos neces-
sários para produzi-los é o primeiro passo da etapa do planejamento. E o ponto 
de partida para a elaboração das demais previsões da empresa está na estimativa 
das vendas futuras.
Ritzman e Krajewski
(2008)
A previsão é a avaliação de acontecimentos futuros, utilizada para fins de planeja-
mento. Ele afirma ainda que as previsões são necessárias para auxiliar na deter-
minação dos recursos necessários, na programação dos recursos existentes e na 
aquisição de recursos adicionais.
Quadro 4: previsão de demanda
Fonte: adaptado de Rossetto et. al (2011)
Os autores ainda dizem que para realizar boas previsões de demanda, é neces-
sário conhecer bem os produtos e o mercado, afinal, é dessa forma que se entendem as 
informações de venda, identifica-se a sazonalidade, as tendências, entre outros. Mas esse 
processo de entender os produtos e o mercado deve envolver todos os setores da empresa, 
pois quanto mais informações disponíveis, melhores serão os resultados da previsão.
De modo geral, pode-se dizer que técnicas de previsão de demanda são os mode-
los utilizados pelas empresas para realizarem suas previsões de modo que se obtenham 
resultados mais acurados. Sendo que estas técnicas devem ser definidas de acordo com os 
objetivos da empresa. Sobre as técnicas ou métodos de prever esta demanda, vou utilizar 
os resultados de trabalhos compilando em outro quadro para facilitar seu entendimento.
Moreira (2009) Os métodos de previsão podem ser classificados de acordo com crité-
rios variados, no entanto a classificação mais comum é a que leva em 
consideração o tipo de abordagem utilizado, ou seja, o tipo de instru-
mentos e conceitos que formam a base da previsão. Por este critério 
os métodos podem ser qualitativos e quantitativos.
27UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Martins e Laugeni (2005) As previsões costumam ser de curto prazo (até 3 meses), médio prazo 
(até 2 ou 3 anos) e longo prazo (acima de 2 anos). Sendo assim, no 
curto prazo normalmente são utilizados métodos estatísticos, enquan-
to que no médio e longo prazo utilizam-se modelos explicativos ou 
econométricos.
Tubino (2000) Os métodos qualitativos: privilegiam principalmente dados subjetivos, 
os quais são mais difíceis de representar numericamente; enquanto 
que os métodos quantitativos: envolvem a análise numérica de dadospassados, isentando-se de opiniões pessoais ou palpites.
Quadro 5: métodos de previsão de demanda
Fonte: adaptado de Rossetto et. al (2011)
Vale ressaltar que segundo Tubino (2000, apud Rossetto et. al, 2011), embora exis-
tam inúmeras técnicas de previsão, com diferenças significativas entre elas, existem certas 
características que são comuns entre as técnicas, tais como a suposição de que as causas 
que influenciaram a demanda passada continuarão a agir no futuro; a imperfeição das 
previsões, visto que não se consegue prever todas as variações aleatórias que podem vir a 
acontecer; a diminuição da acuracidade à medida que aumenta o período de tempo inves-
tigado; a previsão para grupos de produtos é mais precisa que para produtos individuais.
Ainda no mesmo trabalho, temos outra contribuição sobre a importância de escolher 
bem as técnicas:
[...] a importância da escolha do tipo de técnica a ser utilizada, visto que às 
vezes tem-se de optar entre precisão e custos de previsão. O objetivo funda-
mental é que se desenvolva uma técnica de previsão apropriada para as dife-
rentes características de demanda. Além disso, um fator que deve ser levado 
em consideração no momento da escolha da técnica é o horizonte de tempo, 
ou seja, se as projeções são de curto, médio ou longo prazo. (RITZMAN E 
KRAJEWSKI, 2008, apud ROSSETTO et. al, 2011).
Vamos conhecer algumas técnicas ou métodos qualitativos para prever esta de-
manda com base em Rossetto et. al, (2011, p.3) “As técnicas qualitativas apresentadas por 
Moreira (2009) são: Técnica Delphi, Opiniões de Executivos, Opinião da Forças de Vendas 
e Pesquisas de Mercado”.
Técnica delphi: A previsão é estabelecida de acordo com a opinião de um grupo de es-
pecialistas. Julgamento coletivo, que quando bem organizado apresenta 
resultados mais acurados do que um julgamento individual.
Análise de cenários: A elaboração de cenários (situações hipotéticas futuras) pode ser utilizada 
como forma de estruturar as análises e facilitar o processo de planejamento 
facilitando a tomada de decisão.
28UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Opiniões de executivos: As previsões são realizadas com base na opinião dos executivos da em-
presa, um grupo de executivos da empresa vindos de diferentes áreas, cujo 
interesse é desenvolver em conjunto uma previsão.
Opinião da força de vendas: A previsão é obtida por meio da opinião da equipe de vendas, que realizam 
estimativas regionais futuras, individualmente, para posterior combinação, 
formando então, uma única previsão para todas as regiões.
Pesquisas de mercado: Permite a coleta de dados de várias maneiras objetivando testar hipóteses 
sobre o mercado, a demanda é determinada pelos consumidores.
Analogia histórica: Trata-se da comparação de um produto proposto com outro já estabeleci-
do.
Quadro 6: técnicas qualitativas de previsão de demanda
Fonte: adaptado de Rossetto et. al (2011)
Mesquita (2012), conclui que o uso de uma previsão de demanda ajuda a empresa, 
diante dos resultados obtidos através do método escolhido, a buscar melhorias e soluções 
para se aperfeiçoar e ir em busca do seu espaço no mercado, este estando cada vez mais 
concorrido e difícil de se estabilizar. Agora cabe a cada empresa, cada gestor ou no caso, 
você, escolher a melhor forma, a que mais de adapta a sua realidade para prever suas 
demandas. 
REFLITA
De acordo com o Portal Terra (2015), não Importa se você pretende abrir um negócio 
ou se já tem uma empresa em operação, a previsão de demanda é uma das princi-
pais ferramentas para o bom planejamento de qualquer companhia. Além de interferir 
nos custos com estoque e pessoal, ela também afeta as estimativas de investimento.
Fonte: http://economia.terra.com.br/a-importancia-da-previsao-de-demanda-para-o-
-sucesso-da-sua-empresa,3248db5ce8704b51039074e090e50a5edr208phr.html
Nós sabemos que na prática, esta previsão é muito mais difícil de fazer do que em 
teoria isso porque esta demanda é influenciada por diversos fatores.
Você acredita que está preparado para escolher o método de previsão da demanda 
da sua empresa ou pensa em contratar um serviço especializado?
http://economia.terra.com.br/a-importancia-da-previsao-de-demanda-para-o-sucesso-da-sua-empresa,3248db5ce8704b51039074e090e50a5edr208phr.html
http://economia.terra.com.br/a-importancia-da-previsao-de-demanda-para-o-sucesso-da-sua-empresa,3248db5ce8704b51039074e090e50a5edr208phr.html
http://economia.terra.com.br/a-importancia-da-previsao-de-demanda-para-o-sucesso-da-sua-empresa,3248db5ce8704b51039074e090e50a5edr208phr.html
29UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Tópico 7 Conceito de administração de materiais na área pública
Em nível de estado, a administração é a gestão de todos os recursos públicos a fim 
de executar a prestação de serviços, dar direção ou ainda governar buscando alcançar o 
objetivo de ser eficaz para a sociedade.
Na esfera pública, a administração de material reflete as compras, armazenamento 
e distribuição de materiais para que o setor não pare e continue operando de forma contínua 
e eficiente.
Vamos pensar agora trazendo os conceitos que já vimos até aqui. Você chega até 
o postinho de saúde do seu bairro para retirar um medicamento, com receita, e quando 
o atendente volta do almoxarifado te diz que não há em estoque o que você foi procurar. 
Vemos até aqui alguns problemas de gestão, pois não há conhecimento por parte do funcio-
nário dos medicamentos em estoque, não houve uma boa gestão de compras que deixou 
acabar o medicamento antes de realizar um novo pedido, ou pediu muito em cima da hora 
não conhecendo a saída deste na unidade do seu bairro.
Viu como é fácil entender a gestão de materiais no setor público, e tamanha a sua 
importância, porque lida com bairros e/ou cidades inteiras. Logo é necessário uma boa ges-
tão para suprir o cidadão de remédio, merenda escolar ou ainda suprir os departamentos 
de material de limpeza, de escritório e etc.
Como vimos no exemplo, uma importante divisão da administração de materiais 
no setor público é o setor de compras, responsável pela aquisição de bens ou serviços de 
melhor qualidade, com garantia de preço acessível, garantindo que estejam a disposição 
30UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
na quantidade certa e período desejado. Sabemos que no setor público, esse processo 
acontece de forma um pouco diferente, por meio de lei específica. LEI Nº 8.666, DE 21 DE 
JUNHO DE 1993. A licitação permite que os bens sejam adquiridos em conformidade com o 
princípio da isonomia, ou igualdade de critérios, atendendo os interesses da administração 
pública com a melhor proposta, o que envolve qualidade, melhor preço e tempo hábil de 
entrega.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para 
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administra-
tivos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e loca-
ções no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da admi-
nistração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou 
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Fonte: Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm>
SAIBA MAIS
COMPRAS GOVERNAMENTAIS - VÍDEO INTRODUÇÃO A LICITAÇÃO PÚBLICA
Com este vídeo você vai conhecer mais sobre as licitações e os porquês a adminis-
tração pública precisa seguir esta lei para adquirir bens materiais e patrimoniais para 
sua gestão.
https://www.youtube.com/watch?v=TkKefogzfHw
Na condição de gestor público, é importante que você,aluno, conheça alguns dos 
objetivos de compra, elencados, conforme Batista e Maldonado (2008) em: suprir a orga-
nização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a suas necessidades; 
garantir a continuidade de fornecimento para manter relacionamentos efetivos com fontes 
existentes, ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas; comprar de forma 
eficiente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; administrar estoques, 
proporcionando a melhor prestação de serviço ao menor custo; manter relacionamentos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm
https://www.youtube.com/watch?v=TkKefogzfHw
31UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
cooperativos com outros departamentos, fornecendo informações necessárias garantindo 
o desenvolvimento de atividades eficazes na organização e; desenvolver funcionários, 
políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos previstos.
Já a gestão patrimonial é uma das grandes atribuições da administração pública 
inclusive para que se amplie ao máximo a permanência, duração destes bens servindo a 
todos os usuários/cidadãos pela maior quantidade de tempo possível e de preferência com 
qualidade.
De acordo com Garcia (2004)4 Patrimônio público, é o conjunto de bens e direitos 
que pertence a todos e não a um determinado indivíduo ou entidade, é um direito difuso, 
um transindividual, de natureza indivisível de que são titulares pessoas indeterminadas e 
ligadas pelo fato de serem cidadãos, serem o povo, para o qual o Estado e a Administração 
existem.
Logo, é bem fácil perceber que os princípios da administração de materiais são 
aplicadas a gestão pública obedecendo a suas particularidades legais e a administração 
patrimonial também.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para a compreensão desta unidade é muito importante que você consiga discutir 
os seguintes assuntos:
● Justificar a importância da gestão de materiais e de patrimônio para as empre-
sas privadas e públicas;
● Apontar meio de previsão de demanda e sua efetiva importância para a manu-
tenção sadia dos negócios;
● Salientar a ligação entre a Cadeia de suprimento e a necessária adaptação das 
empresas em pensar sua responsabilidade socioambiental. 
4 Procuradora Regional da República, mestre em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da USP, autora do 
livro “Responsabilidade do Agente Público” (Fórum, 2004). 
https://www.youtube.com/watch?v=TkKefogzfHw
32UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Leitura Complementar
BIAZON, Victor Vinicius; SILVA, Priscila Pereira Florentino. Fundamentos da ad-
ministração de recursos materiais e patrimoniais na gestão pública – estudo sobre o 
funcionamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento – SEAB – de Paranavaí 
– PR. Disponível em <http://cac-php.unioeste.br/eventos/conape/anais/ii_conape/Arquivos/
adm/Artigo46.pdf> Acesso em 15 dez 2015.
http://cac-php.unioeste.br/eventos/conape/anais/ii_conape/Arquivos/adm/Artigo46.pdf
http://cac-php.unioeste.br/eventos/conape/anais/ii_conape/Arquivos/adm/Artigo46.pdf
33UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
Material Complementar
Sinopse: Esta obra originou-se do conjunto de um trabalho 
desenvolvido pelo autor em duas etapas, consubstanciadas na 
publicação de relatos acerca das experiências no exercício de 
suas funções na COSIPA, pela Associação Brasileira de Metais 
- ABM, por meio de sua Comissão Técnica de Aprovisionamento - 
COAPRO, e no desenvolvimento de apostilas para orientação de 
seus alunos, alicerçado na experiência profissional, com enfoque 
eminentemente prático.
Administração de Materiais - Um Enfoque Prático
Autor: João José Viana
Editora: Atlas
WEB
Sobre sustentabilidade e a Cadeia de Suprimento eu recomendo:
DIAS, Sylmara Lopes Francelino Gonçalves; LABEGALINIB, Letícia; CSILLAGC, 
João Mário. Sustentabilidade e cadeia de suprimentos: uma perspectiva comparada de 
publicações nacionais e internacionais. Produção, v. 22, n. 3, p. 517-533, maio/ago. 2012. 
Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012005000034> Acesso em 15 dez 
2015.
Para saber mais sobre Patrimônio Público sugiro um pequeno texto :
GARCIA, Mônica Nicida. (2004). Patrimônio Público. Disponível em < http://escola.
mpu.mp.br/dicionario/tiki-index.php?page=Patrim%C3%B4nio%20p%C3%BAblico > Aces-
so em 15 dez 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012005000034
http://escola.mpu.mp.br/dicionario/tiki-index.php?page=Patrim%C3%B4nio%20p%C3%BAblico
http://escola.mpu.mp.br/dicionario/tiki-index.php?page=Patrim%C3%B4nio%20p%C3%BAblico
34UNIDADE I Conceitos Básicos de Administração de Materiais
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Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034=76122008000400003-&script-
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37
Plano de Estudo:
• Controles e processos de gestão de pedidos.
• Sistemas de processamento de pedidos e compras.
• Tecnologia da informação aplicada à função de compras.
• Processos da função de compras.
• Condições de compras e negociação.
• Fontes de fornecimento e cuidados com a responsabilidade ambiental.
• Características e funções do sistema de transporte.
• Conceito de administração de compras e sustentabilidade na área pública.
Objetivos de Aprendizagem:
• Compreender os sistemas de compras de materiais;
• Reconhecer a tecnologia como aliada na gestão de compras;
• Conhecer as fontes de fornecimento e transporte bem como suas particularidades;
• Entender as especificidades de compras no setor público.
UNIDADE II
Administração de Compras, 
Distribuição e Transporte
Professor Doutor Victor Vinicius Biazon
38UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
INTRODUÇÃO
Caro aluno, para iniciar esta unidade vamos pensar de forma simplificada para que 
possamos compreender de forma micro para depois ampliar nossos horizontes quanto aos 
controles e processos na gestão de pedidos. E para tanto acredito que facilita nosso estudo 
se pudermos entender por partes, concordam? 
O que é controle? Bem com uma pequena pesquisa conseguimos saber que “Con-
trole é o mecanismo pelo qual é medido o resultado de um processo comparando com um 
valor desejado e atuando no mesmo de forma a alterar o resultado, medindo novamente 
o resultado e assim sucessivamente. No controle estão presentes o processo, a medição 
(feedback), o valor desejado (setpoint) a comparação e a ação de controle”
E os processos, o que podemos dizer deles? Podemos entendê-los como “conjunto 
de atos por que se realiza uma operação qualquer” ou ainda “sequência contínua de fatos 
que apresentam certa unidade, ou que se reproduzem com certa regularidade; andamento, 
desenvolvimento” logo, já conseguimos entender que os processos são as etapas de uma 
atividade.
Pensando que cada empresa tem sua rotina de pedidos e que a agilidade nos 
serviços são fundamentais para a nossa manutenção no mercado, precisamos utilizar os 
recursos disponíveis de maneira eficiente para alcançar excelentes resultados. Dentre os 
recursos, vou abordar a tecnologia.
E tem muito mais coisas para compreendermos sobre como comprar, pedir e en-
tregar. Vamos lá?
39UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
Tópico 1 Controles e processos de gestão de pedidos
Mendonça (2011), colabora explicando que a palavra controle pode assumir vários 
e diferentes significados. Quando se fala em controle, pensa-se em significados como frear, 
cercear, regular, conferir ou verificar,exercer autoridade sobre alguém, comparar com um 
padrão ou um critério. No fundo, todas essas conotações constituem meias verdades a 
respeito do que seja controle. E como função administrativa, o controle “é o controle como 
parte do processo administrativo, como o planejamento, a organização e a direção” (p.11).
Então podemos entender que o controle é um tipo de vistoria, uma forma de verifi-
cação, uma conferência, no caso dos processos de pedido.
Já os processos, de acordo com Martins; Alt (2009, p. 28) sendo um processo 
um conjunto de atividades muitas vezes não pertencentes a apenas uma área funcional, 
a melhor forma de analisá-los e promover melhorias é com equipes multifuncionais. Os 
processos são divididos em dois grandes grupos: operacionais e gerencial de suporte:
● Processos Operacionais: trata-se de entender mercados e clientes, projetar pro-
dutos, produção e entregas para a organização de produção e etc. Por exemplo, 
uma empresa de manufatura, pode corresponder ao planejamento e aquisição 
de recursos necessários e a administração da produção. Em uma organização 
de serviços pode incluir que esta competência está voltada a aquisição e desen-
volvimento de recursos humanos para garantir a qualidade do serviço.
● Processos Gerenciais e suporte: envolve o desenvolvimento e gerenciamento 
de recursos humanos, a administração da informação, o gerenciamento de 
40UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
recursos físicos e financeiros.
Há empresas que adotaram uma metodologia de trabalho chamada Gestão por 
processos que de acordo com Carvalho, et al. (2005, p. 217), trata-se de “uma metodologia 
para a avaliação contínua, análise e melhoria do desempenho dos processos que exercem 
mais impacto na satisfação dos clientes e dos acionistas (processos-chaves)”. Ou ainda 
para Paim, et al. (2009), trata-se de uma especificidade de gestão de processos, no qual 
não se separa a organização de maneira funcional, e sim integra os diferentes processos. 
Nesta gestão, há mudanças na estrutura organizacional, priorizando a gerência dos proces-
sos e não mais apenas o funcional.
Agora que já temos uma noção básica vamos exemplificar, creio que fica mais fácil 
de entender. Vamos pensar assim: imaginando que trabalhamos em uma fábrica de unifor-
mes escolares, se tivermos que rastrear os passos que a camiseta, uniforme da pré-escola 
“FATECIE MAX” passa desde o pedido feito pelo cliente no balcão até a entrega, vamos 
enumerar os processos:
1. Realização do pedido (atendimento): imaginando que a mãe do aluno foi até a 
sua loja e fez o pedido de 2 camisetas tamanho “m” para seu filho. Obviamente 
a cliente vai querer saber qual o prazo para retirada.
2. Condições de pagamento (financeiro): precisamos ter em mente as formas de 
pagamento e também os valores unitários dos produtos para então possibilitar-
mos as diversas formas de acerto. Se será a vista, a prazo, no cartão e etc.
3. Fabricação: uma vez que as condições anteriores foram finalizadas será ne-
cessário repassar este pedido para a confecção que conta ainda com outras 
subpartes como, por exemplo, corte do tecido no tamanho solicitado, costura, 
acabamento, estamparia, controle de qualidade, deixar as camisas passadas, 
embalagem e envio para ser retirado. Uma vez que o cliente foi avisado ele 
irá retirar o pedido. E pensando sempre que o prazo deve ser cumprido (o que 
requer um conhecimento prévio do tempo gasto para a confecção – todos se 
lembram da teoria de tempos e movimentos de Taylor? Este estudo mesmo 
antigo pode ser empregado neste caso)
4. Retirada do produto: quando o consumidor retira seu produto pronto e nas con-
dições em que foram solicitadas. Há a necessidade de uma conferência para 
saber se está sendo entregue o produto certo, na quantidade certa, no tamanho 
solicitado e se o pedido já foi pago.
Veja que em 4 etapas pudemos explicar o processo de pedido, mas sabemos que 
esta confecção foi possível em tempo hábil porque havia em estoque malha suficiente para 
41UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
que as camisetas pudessem ser feitas, ou seja, os insumos, a matéria-prima necessária 
para a produção. Neste caso, outros processos também foram necessários e alguém preci-
sa monitorar o andamento destes para que tudo saia como deve ser.
Com este exemplo, simples, podemos perceber que há a necessidade de controle 
de cada um desses processos, das etapas de um pedido, para que não haja troca de nume-
ração, troca de tecido, confusão com o pagamento e etc. E eu acredito da seguinte forma: 
só poderei controlar os processos se eu souber quais processos existem. E neste caso, 
cada empresa tem seus processos, suas rotinas (que por sua vez precisam ser criadas), 
rotinas de compras, rotinas de venda, rotinas de pagamento enfim... rotina parece algo 
chato não é? Mas são importantes e essas rotinas precisam ser colaborativas e difundidas 
para que todos tenham conhecimento real do que fazem para quem fazem e a importância 
do seu trabalho.
A gestão do conhecimento neste caso é fundamental.
SAIBA MAIS
Uma bem-sucedida sistematização da gestão do conhecimento deve considerar que o 
conhecimento pode existir em dois formatos, tanto na mente das pessoas, quanto em 
registros diversos; e a tecnologia da informação tem grande importância no acesso 
e na renovação dos conhecimentos. Seguindo essas preocupações, a essência da 
ideia de “criação do conhecimento” utilizada na área de gestão organizacional reside 
em pessoas poderem se encontrar e trocar experiências com outras pessoas que 
têm ou trabalham com certos tipos de conhecimentos, e a importância da tecnologia 
da informação é construir um suporte para que isso ocorra. Considerando esse ponto 
de vista, discutem-se, no presente artigo, esforços para trocas de conhecimentos, 
utilizando-se, para isso, o relacionamento entre dois formatos de conhecimentos – 
aqueles que são inerentes às habilidades pessoais (conhecimento tácito) e aqueles 
que são possíveis de verbalizar e registrar (conhecimento explícito) – em quatro tipos 
de conversões do conhecimento: socialização (tácito de um indivíduo para outro), ex-
ternalização (explicitando partes do conhecimento tácito), combinação (conhecimento 
explícito de um indivíduo para o grupo) e internalização (captando no formato tácito 
o conhecimento explícito do grupo). Os argumentos aqui apresentados baseiam-se 
no fato de que uma efetiva criação e trabalho com o conhecimento apenas ocorre 
em um ambiente em que existe uma contínua conversão entre os dois formatos do 
conhecimento.
Fonte: Gestão do conhecimento: uma revisão crítica orientada pela abordagem 
da criação do conhecimento. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/
a15v33n2.pdf>
http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a15v33n2.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a15v33n2.pdf
42UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
Com base nisso e nos conhecimentos que ainda vamos ter como você desenvol-
veria a gestão do conhecimento para garantir o controle dos processos da empresa, ou do 
setor que você atua?
Para Rodrigues et al (2010), o Processamento de Pedidos é uma das três atividades 
primárias da logística, e o tempo despendido nesta atividade pode influenciar diretamente 
nos custos e níveis de serviço oferecidos ao cliente. Com base neste contexto pode-se 
perceber a importância de um eficaz sistema de Processamento de Pedidos.
43UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
Tópico 2 Sistemas de processamento de pedidos e compras
Pensando que cada empresa tem sua rotina de pedidos e que a agilidade nos 
serviços são fundamentais para a nossa manutenção no mercado, precisamos utilizar os 
recursos disponível de maneira eficiente para alcançar excelentes resultados. Dentre os 
recursos, vou abordar a tecnologia.
“A administração de recursos é em grande parte baseada em técnicas que integram 
oselementos de tecnologia de manufatura e otimizam a utilização de pessoas, materiais e 
instalações ou equipamentos” (MARTINS; ALT, 2006, p. 67)
Entende-se a organização como um sistema e falamos muito de “sistemas” e cabe 
uma breve explicação do que esta palavra significa. Conforme Tchamo (2007, p. 9) “é um 
conjunto de partes coordenadas que concorrem para a realização de um conjunto de ob-
jetivos, segundo um plano. Qualquer sistema pode ser encarado como um subsistema de 
outro maior, sendo isso denominado hierarquia de sistemas”.
De acordo com Fleury (2003) a velocidade, abrangência e qualidade dos fluxos 
de informações impactam diretamente o custo e a qualidade das operações logísticas. 
Ou seja, fluxos de informações lentos e erráticos resultam, normalmente, em queda na 
qualidade dos serviços, aumento dos custos, e perda de participação no mercado.
O autor ainda aborda que sistemas logísticos se compõem de fluxos de informações 
e de materiais, onde os fluxos de informações acionam e controlam os fluxos de materiais. 
Sugiro então a você caro aluno, que para melhor entender o ciclo do pedido e o sistema de 
processamento de pedidos, examine as atividades que ocorrem desde o instante em que 
44UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
o cliente decide considerar a possibilidade de efetuar um pedido, até o momento em que 
recebe este pedido e efetua o pagamento (os fluxos de informações e materiais).
Para facilitar veja a figura #
Figura 3 - modelo de ciclo de pedido.
Fonte: Fleury (2003)
A respeito do ciclo de pedido Hill (2011), também afirma que se trata de um elo entre 
fornecedor e cliente dentro das operações logísticas. “O serviço percebido pelo cliente de-
pende da eficiência com que o Ciclo de Pedido é executado. Sua duração indica a rapidez 
do serviço logístico; sua variância afeta o nível de confiabilidade do serviço, enquanto a 
visibilidade garante a agilidade na eventual remediação de falhas”.
Como não é interessante do ponto de vista de custos gerarem um ciclo para cada 
cliente, o ideal é utilizar um modelo padrão e por meio de sistemas de informação efetuar os 
cadastros e controles. Lembrando que a agilidade é necessária e gera percepção de valor 
para os clientes.
“O serviço percebido pelo cliente depende da eficiência com que o Ciclo de Pedido 
é executado. Sua duração indica a rapidez do serviço logístico; sua variância afeta o nível 
de confiabilidade do serviço, enquanto a visibilidade garante a agilidade na eventual reme-
diação de falhas” (HILL, 2011).
Vamos entender melhor como funciona esse processo. A figura # traz a sequência 
de etapas de forma mais clara para que você compreenda.
45UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
Figura 4 - Ciclo de pedido
Fonte: Hill (2011) 
Este é um esquema mais teórico e completo daquelas etapas que vimos um pouco 
mais acima com o exemplo da confecção de uniformes escolares. Veja que todos os itens 
que abordamos naquelas quatro etapas estão aqui contemplados. Consegue visualizar?
Para não gerar transtornos de promessas de entrega e a não consecução deste 
prazo para o cliente, conhecer ou controlar os estoques se torna imperativo e para não ficar 
sem receber pelo produto, a verificação de crédito se torna necessária conforme Fleury 
(2003): Após a entrada do pedido, diversas verificações e decisões precisam ser efetuadas, 
antes que o pedido seja confirmado, e a expedição do mesmo seja autorizada. Duas das 
mais importantes verificações que necessitam ser feitas, dizem respeito à disponibilidade 
de estoques e a confirmação do crédito do cliente.
E como este tópico pede por sistemas de processamento vou inserir alguns 
exemplos de tecnologia da informação, softwares que estão disponíveis no mercado para 
desenvolver este trabalho de forma mais ágil.
Hill (2011), aborda em seu texto sobre as tecnologias aplicadas ao ciclo de pedido 
que será aqui apresentado:
Quando se fala em mercado provedor de software para os sistemas de geren-
ciamento integrado de pedidos a Order Management Systems (OMS) é referência. São 
aplicativos que servem de “guarda-chuva”, sob o qual o passo-a-passo no processamento 
de pedidos é integrado e controlado.
Todo o ciclo está composto no sistema desde a emissão de pedidos até o fechamento 
dos mesmos. É a implantação da abordagem ponta-a-ponta (end-to-end) no gerenciamento 
do ciclo de vida de um pedido, ou seja, do processo integrado da emissão ao pagamento 
dos pedidos (from order to cash).
Hill (2011) diz ainda que alguns provedores de tecnologia oferecem soluções de 
46UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
OMS que vão além de apenas controlar o fluxo de processamento de pedidos. Existem 
soluções chamadas de VMI (Vendor Managed Inventory) – gerenciamento de estoque pelo 
fornecedor –, nas quais o sistema monitora o nível de estoque do cliente e gera pedidos de 
reposição automática, baseado em regras colaborativas. A partir daí, o pedido é processado 
até sua entrega e pagamento.
Veja algumas das vantagens da implantação do OMS:
● Automação do processamento do pedido (a eliminação de tarefas manuais, 
demoradas e com risco de erros e retrabalhos). A automação reduz a duração e 
a variância do tempo de processamento;
● Visibilidade que o sistema cria ao longo de cada etapa do processamento de 
pedidos: essa visibilidade permite um gerenciamento da rotina de trabalho 
(workflow) e garante a máxima conformidade com as regras de negócio e polí-
tica de serviço ao cliente.
● Monitorar o fluxo do pedido passo-a-passo permite uma atuação contínua no 
sentido de “desencalhar” os pedidos retidos em uma etapa, como, por exemplo, 
pedidos retidos na verificação de cadastros, crédito ou estoque
Um exemplo muito contemporâneo de sistema de pedido é o IFood. Um sistema 
rápido e prático e que mudou a forma como pedimos por refeições. Obviamente o sistema 
desenvolvido por eles faz o controle dos pedidos tal qual estamos conhecendo, ou seja, 
desde o pedido do cliente ( e a forma como ele faz isso) passando pelo pagamento, e a 
entrega.
Figura 5 - IFOOD – como faço para pedir?
Fonte: https://www.ifood.com.br/como-pedir
Como vimos, não precisamos mais fazer este controle de forma exclusivamente 
manual. Poder contar com sistemas, com a tecnologia, fará com que tenhamos tempo para 
nos preocupar com outras atividades, ou ainda acumular outras funções. O mesmo vale 
para as compras, conforme veremos a seguir.
https://www.ifood.com.br/como-pedir
https://www.ifood.com.br/como-pedir
47UNIDADE II Administração de Compras, Distribuição e Transporte
Tópico 3 Tecnologia da informação aplicada à função de compras
“Os sistemas de controle e informações envolvem as operações de manufatura, 
definições de produtos e processos e integração de sistemas tecnológicos” (MARTINS, 
ALT, 2009, p. 72) esta citação para iniciar o tópico é fundamental para que você, caro aluno, 
possa sempre ter em mente que a empresa funciona com sob a realização de diversos 
processos e a tecnologia, por exemplo para que possamos realizar nossas compras de 
insumos, também é pensada e realizada sob este enfoque. 
Tchamo (2007) aborda em sua dissertação esta situação de revolução tecnológica 
trazendo alguns autores consagrados como podemos ver a seguir:
Na terceira onda de Toffler as organizações precisam sobressair em um mundo de 
negócios globalizado através de recursos à informação, porque “os trabalhos são projeta-
dos em torno da aquisição de informações. A economia precisa de pessoas que possam 
preencher essas funções e elas serão bem remuneradas por seus serviços” (ROBBINS, 
2003, p. 8).
O autor ainda aborda Laudon; Laudon (2004, p. 7) explicando que sistema de 
informação é “um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), 
processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a 
coordenação e controle de

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