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Introdução a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) Ênfase em aplicações práticas 1) Definições Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva É uma filosofia de tratamento, uma abordagem global, onde o enfoque terapêutico é positivo, visa alcançar o mais alto nível funcional. Herman Kabat, Margareth Knott e Dorothy Voss Procedimentos e técnicas baseados nos achados de Sherrington. · Procedimentos básicos: Resistência Irradiação e reforço Contato manual Posição corporal e biomecânica Comando verbal Visão Tração e aproximação Estiramento Sincronização de movimentos Padrões de facilitação * Efeitos gerais do uso da FNP: iniciativa motora, aprendizado motor, modificação da velocidade do movimento, aumento da força muscular, aumento da estabilidade, aumento da coordenação e controle, aumento da resistência, aumento da amplitude do movimento, relaxamento, diminuição da dor Nomenclatura: Funcional – D1 Primitiva – D2 Principal – ida e volta com extensão da articulação intermediária Primeira variante – ida terminando em flexão da articulação intermediária Segunda variante - ida saindo de flexão e terminando em extensão da articulação intermediária Outras nomenclaturas para diagonais de membro superior (MS) e inferior (MI) Funcional MS / D1 Principal (volta): flexão, adução, RE de ombro, extensão de cotovelo, flexão de punho e dedos Volta e ida Primeira variante (volta): flexão, adução, RE de ombro, flexão de cotovelo, flexão de punho e dedos .Volta e ida Segunda variante (volta): flexão, adução, RE de ombro, extensão de cotovelo, flexão de punho e dedos Volta e ida Primitiva MS/D2 Principal (volta): flexão, abdução, RE de ombro, extensão de cotovelo, extensão de punho e dedos .Volta e ida Primeira variante (volta): flexão, abdução, RE de ombro, flexão de cotovelo, extensão de punho e dedos .Volta e ida Segunda variante (volta): flexão, abdução, RE de ombro, extensão de cotovelo, punho e dedos Volta e ida Funcional MI/D1 Principal: flexão, adução e RE de quadril, extensão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida Primeira variante: flexão, adução e RE de quadril, flexão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida Segunda variante: flexão, adução e RE de quadril, extensão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida Primitiva MI/D2 Principal: flexão, abdução e RI de quadril, extensão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida Primeira variante: flexão, abdução e RI de quadril, flexão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida Segunda variante: flexão, abdução e RI de quadril, extensão de joelho e dorsiflexão de tornozelo Volta e ida 2) Diagonais 2.1 Cintura Escapular Pct: DL, joelhos e coxofemorais flexionados de modo confortável; colocar almofada no pescoço – posição neutra. Fisioterapeuta: de pé atrás ou na frente do paciente, em direção a linha da diagonal escapular. Ântero-elevação Atrás do pct, virado para cima e em direção à cabeça do paciente. Posicione uma das mãos na face anterior da articulação glenoumeral e do acrômio, com os dedos em “cunha”. A outra mão cobre e apoia a primeira. O contato é feio com os dedos, e não com a palma da mão. Puxe toda a escápula para baixo e para trás, em direção à coluna torácica baixa. Certifique-se de que o complexo glenoumeral está posicionado posterior à LM do plano frontal. “Eleve seu ombro em direção ao nariz.” “Puxe.” Ântero-depressão Posiciona uma mão posteriormente com os dedos, segurando a borda lateral (axilar) da escápula). A outra mão posiciona-se anteriormente na borda axilar do M. peitoral maior e no processo coracoide. Os dedos de ambas mãos apontam para o ílio oposto, e os braços alinham-se na mesma direção. “Puxe sua escápula para baixo, em direção ao umbigo.” “Puxe.” A escápula move-se para baixo e frente, em uma linha direcionada para a crista ilíaca anterior oposta. Póstero-elevação Leve a escápula para baixo e para frente, em direção ao ílio oposto, até sentir que a posição superior do M. trapézio está estirada. “Encolha os ombros para cima.” “Empurre.” A escápula eleva-se posteriormente (cranialmente) e para trás (AD), em uma linha direcionada para a metade do topo da cabeça do pct. Póstero-depressão O terapeuta estará posicionado de frente e próximo à cabeça do paciente. Coloque as mãos ao longo da borda inferior da escápula, de modo que uma mão fique sobre a outra. Seus dedos posicionam-se sobre a escápula. Empurre a escápula para cima e para frente (ântero-elevação), até sentir e ver que os músculos posteriores, sutados abaixo da espinha da escápula, estão estirados. “Empurre sua escápula para baixo, na minha direção.” “Empurre.” A escápula move-se para baixo (caudal) e para trás (adução), em direção à coluna torácica inferior. Pelve + Escápula Exs. Simétricos-recíprocos Exs. assimétricos 2.2 Membro superior Primitiva principal IDA: sua mão E se apoia na palma da mão do paciente. Seus dedos estão do lado radial (2º MTC), e seu polegar oferece uma contrapressão na borda ulnar (5ª MTC); sua mão D vem do lado radial e segura o antebraço do pct um pouco acima do punho. Seus dedos apoiam a borda ulnar, e o polegar, a borda radial. Posicione o punho em E radial e o antebraço em supinação. Mantenha o punho e a mão em posição enquanto move o ombro em F e AB. Deve-se utilizar uma leve tração para ajudar no alongamento dos Mm. do ombro e da escápula. A palma da mão volta-se aproximadamente a 45º para o plano lateral. A tração leva a escápula para póstero-elevação. A continuidade da tração alonga o tronco do paciente diagonalmente da E para D. A AB em excesso impede o alongamento do tronco. A RE excessiva impede a total amplitude de póstero-elevação escapular. Na posição final, o ombro está em E, AD e RI com o úmero cruzando a LM para D. O antebraço está pronado, o punho e os dedos fletidos, com a palma da direcionada para o ílio D. VOLTA: punho em F ulnar e antebraço em pronação. Mantenha o punho e a mão em posição enquanto move o ombro para extensão e adução. Pode-se usar uma leve tração para alongar os Mm. do ombro e escápula. O úmero cruza a LM para direita, e a palma está voltada para o ílio D. A tração leva a escápula para ântero-depressão. A continuação desse movimento pode trazer o pct para F de tronco para D. “Mão para cima, levante seu braço.” “Eleve seu braço.” Na posição final, o úmero encontra-se em total F, e a palma voltada em torno de 45º para o plano coronal (lateral). A escápula está em póstero-elevação. O cotovelo em extensão e o punho em total E radial, além assim como os dedos. Primitiva primeira variante IDA: A posição da mão distal é a mesma do padrão com o cotovelo E. Envolva o úmero por baixo com sua mão proximal, permitindo que seus dedos o pressionem em direção oposta à rotação. Durante a posição de partida, o terapeuta pode aplicar resistência posicionando o seu antebraço contra o do paciente, no lado palmar. Os dedos e o polegar flexionam-se e o punho faz F ulnar. O ombro começa seu movimento de E-AB para baixo em direção ao quadril oposto. O cotovelo completa sua total E quando o ombro e a escápula completam seus movimentos. VOLTA: a mão proximal deve começar com o mesmo contato utilizado para o padrão com o cotovelo E. À medida que o ombro e o cotovelo começam a F, mova a mão para cima para fazer o contato no úmero. Envolva sua mão em torno do úmero do lado medial e use seus dedos para exercer pressão oposta à direção do movimento. A resistência à rotação provém da linha dos seus dedos e do antebraço. “Mão para cima, levante seu braço, dobre o cotovelo.” “Levante!” Na resistência, a sua mão distal resiste ao punho e ao antebraço, como no padrão com o cotovelo E. Adicione resistência à F de cotovelo, aplicando tração em direção à posição inicial. Sua mão proximal combina resistência rotatória com tração no úmero, em direção à posição inicial. Aplique forças distintas com cada mão, utilizando assim, resistência apropriada à força do ombro e cotovelo. Na posição final, o úmero está em total F, com escápula em póstero-elevação.O cotovelo está F, e o antebraço do pct toca sua cabeça. O punho está novamente em total E radial; os dedos e o polegar estão estendidos para o lado radial. As rotações no ombro e no antebraço são as mesmas do padrão com cotovelo E. Se estender o cotovelo do pct, a posição fica sendo a mesma do padrão com o cotovelo E. Primitiva segunda variante IDA: os dedos e o polegar flexionam-se, e o punho faz F ulnar. O ombro começa o seu movimento de E-AD, e o cotovelo começa a F. O cotovelo atinge sua total F quando o ombro e a escápula completam seus movimentos. VOLTA: a mão distal deve estar na mesma posição que no padrão com o cotovelo estendido. Com a mão próxima, envolva o úmero no lado medial, permitindo assim que seus dedos exerçam pressão oposta à direção do movimento. Os dedos e o polegar se estendem, e o punho faz extensão radial. Os movimentos do ombro e do cotovelo vêm a seguir. A extensão do cotovelo provoca o movimento da mão e do antebraço na frente da face à medida que o ombro flexiona. O movimento atinge total E enquanto o ombro e a escápula completam o seu movimento. A posição final é a mesma do padrão com o cotovelo estendido. “Mão para cima, levante seu braço esticando o cotovelo.” “Empurre.” Funcional principal VOLTA: IDA: Funcional primeira variante VOLTA: IDA: Funcional segunda variante VOLTA: IDA: 2.3 Cintura Pélvica Ântero-elevação Póstero-depressão Ântero-depressão Póstero-elevação 2.4 Membro inferior Primitiva principal VOLTA: IDA: Primitiva primeira variante VOLTA: IDA: Primitiva segunda variante VOLTA: IDA: Funcional principal VOLTA: IDA: Funcional primeira variante VOLTA: IDA: Funcional segunda variante VOLTA: IDA: 2.5 Diagonais de cervical Na E, o movimento será ao contrário. 2.6 Diagonais de face 2.6 Diagonais de tronco 2.7 Mudanças de decúbito 2.8 Técnicas específicas Iniciação rítmica: movimentos rítmicos na amplitude desejada, iniciando passivo, progredindo até ativo resistido Combinação de isotônicas: contrações concêntricas, excêntricas e mantidas de um grupo muscular sem relaxamento Inversão dinâmica (lenta): alternância do movimento ativo de uma direção para a oposta, sem interrupção ou relaxamento Estiramento repetido: reflexo de estiramento ao longo da execução da diagonal Estabilização rítmica: contrações isométricas alternadas contra uma resistência com ausência de intenção de movimento Contrair-relaxar: contrações isotônicas de músculos encurtados seguidas de relaxamento e de movimento na amplitude adquirida Manter-relaxar: contração isométrica resistida, seguida de relaxamento 2.9 Aplicações práticas/casos clínicos Cintura escapular Paciente com escápula alada Paciente com fraqueza de rombóides Paciente com retração de peltoral maior MMSS Quadro de fraqueza de deltóide anterior e bíceps braquial Quadro de retração de flexores de punho e de cotovelo Quadro de adução de ombro associado a rotação interna Cintura pélvica Paciente com anteversão pélvica Paciente com pouca dissociação pélvica Paciente com escoliose lombar convexa a D MMII Quadro de retração de iliopsoas Quadro de fraqueza de quadríceps e adutores de quadril Espasticidade extensora Cervical e face Hiperlordose cervical Pós imobilização cervical (colar) Tronco Pouco controle de tronco Fraqueza de abdominais superiores Fraqueza de paravertebrais lombares Mudanças de decúbito Hemiparesia a direita – trabalhando rolamentos Fraqueza MID – trabalhando em gato TRM torácico alto – trabalhando em prono Cadeirante com força diminuída de tronco e plegia de MMII – usar cadeira Marcha Pouca dissociação de cinturas Dificuldade na fase de apoio médio Referência Adler, Beckers, Buck. PNF – Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva. Editora Manole. 2ª ed., 2007. ISBN 978-85-204-1140-7.
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