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Esclerose Múltipla Doença inflamatória desmielinizante do SNC, geralmente incapacitante, de caráter crônico. ➢ Causa: desconhecida; ➢ Etiologia autoimune: desencadeada por uma infecção viral – herpesvírus, rubéola, catapora; o Exposição a um agente ambiental, como vírus de ação lenta que possa permanecer latente no SNC; o Produção de anticorpos antimielina: a reação imune-inflamatória seria a responsável pela lesão das bainhas de mielina. ➢ Fisiopatologia: pode haver inflamação local, edema e infiltração, provocando efeito de massa e diminuição de massa e diminuição na condutividade da fibra nervosa; o Áreas desmielinizadas são preenchidas por fibrose e sofrem gliose (cicatrizes); o Podem chegar ao axônio. ➢ Patologia: doença inflamatória crônica desmielinizante, podendo acometer tanto a substância branca, quanto a cinzenta do SNC; o Destruição axonal: • Primeiro: fase ativa da desmielinização – muitos axônios sofrem injúria; • Segundo: ao longo dos anos – os axônios sofrem lesão dentro de placas inativas de desmielinização. Formas de Apresentação ➢ EM Surto-Remissão (EMSR): forma mais comum, caracterizada por períodos de surtos, geralmente com recuperação ao estado basal ou normal; ➢ EM Secundário Progressivo (EMSP): pode se desenvolver após uma fase inicial de surto- remissão com duração variável (superior a 10 anos); o Ao longo do tempo pode ser classificada em ativa (presença de surtos ou lesões novas na RM) ou não ativa. ➢ EM Primária Progressiva (EMPP): sintomas se agravam de forma gradual e progressiva desde o início do diagnóstico. A incapacidade evolui gradualmente; ➢ EM Progressivo Recorrente (EMPR): início progressivo com a presença de surtos bem definidos e evolução progressiva. Diagnóstico ➢ RM: capaz de diferenciar áreas recentes e ativas de áreas antigas de desmielinização; ➢ Potenciais evocados: lentificação e/ou bloqueio das vias avaliadas. Capaz de observar lesão subclínica de nervo óptico; ➢ Líquor: elevação de leucócitos e proteínas axonais. Manifestações Clínicas ➢ Depende da localização das lesões específicas; ➢ Variam ao longo do tempo; ➢ Os primeiros sintomas sofrem remissão e podem ficar anos sem aparecer; ➢ Comprometimentos sensoriais: parestesia, disestesia, propriocepção, neuralgia do trigêmeo, Sinal de Lhermitte (lesão do cordão posterior da medula), dor neuropática (desmielinização de espinotalâmico); ➢ Comprometimentos visuais: diplopia, nistagmo (lesões no cerebelo ou vias vestibulares); o Nervo óptico: diminuição da acuidade visual, neurite óptica (embaçamento), escotoma (marcha escura no centro campo visual). ➢ Comprometimentos motores: perda do recrutamento ordenado e diminuição na frequência dos disparos, perturbação agonista- antagonista, fraqueza muscular (paresia até paralisia); Esclerose Múltipla o Síndrome MNS: paresia, espasmos, espasticidade, hiperreflexia, Clônus, Sinal de Babinski; o Fadiga: piora com exercícios vigorosos, estresse e depressão; o Sintomas cerebelares: ataxia, tremores intencionais, hipotonia, déficit de equilíbrio; o Fala escandida: lenta, com longas pausas e melodia alterada; o Disartria e disfagia; o Outros: 90% espasticidade, MMII > MMSS, flutuante, pode ser exacerbada por extremos de temperatura, umidade, infecções e estímulos nocivos (roupa apertada). ➢ Disfunção cognitiva e comportamental: relacionado ao local específico da lesão, déficits na memória, atenção, concentração, aprendizado, tempo de reação, funções executivas (planejar, autocorreção), deterioração mental é rara, depressão (por lesões e pelo estado da doença); ➢ Disfunção vesical, intestinal e sexual: lesão medular. Principais Sintomas ➢ Embaçamento da visão ou diploplia; ➢ Fala escandida; ➢ Fatigabilidade fácil; ➢ Alterações psicológicas; ➢ Fraqueza ou paralisia dos membros; ➢ Ataxias e tremor dos membros; ➢ Marcha vacilante; ➢ Déficit de equilíbrio; ➢ Controle vesical ou intestinal ruim; ➢ Sintomas iniciais mais comuns: sensitivos, ópticos, piramidais, medulares, tronco encefálico, cerebelares; ➢ Tríade Neurológica de Charcot: nistagmo, tremor de intenção e disartria. Avaliação A EDSS é um método de qualificar as incapacidades ocorridas durante a evolução da EM ao longo do tempo. A escala quantifica as incapacidades em 8 sistemas funcionais. ➢ Prognóstico favorável: surgimento de apenas um sintoma, EM recorrente-remitente; ➢ Prognóstico desfavorável: surgimento antes dos 40 anos, piora do estado neurológico após 5 anos. Fisioterapia ➢ Cuidado com fadiga e altas temperaturas; ➢ Tratamento voltado aos sinais e sintomas apresentados; ➢ Avaliação: função motora, sensibilidade, coordenação, tremor, reflexos profundos, tônus muscular, pares cranianos, equilíbrio, marcha/ utilização de órteses e próteses, atividades funcionais, função cardiorrespiratória, padrões motores, fadiga, sono, fala, deglutição, diploplia, nistagmo... ➢ Objetivos: manter/melhorar FM, adequar sensibilidade, melhorar a coordenação motora, otimizar a integração sensorial, melhorar o equilíbrio, adequar o padrão de marcha, padrões motores, propiciar independência funcional, indicar órteses e próteses. Exercícios Físicos na EM Pode melhorar a fadiga crônica em vez de piorá-la.
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