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Aula 13 Paralisia Facial

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Nervos Cranianos 
 Trocam informações entre os sistemas 
nervosos periférico e central. 
 Inervam estruturas da cabeça e pescoço. 
 Possuem funções sensoriais, motoras e 
autônomas. 
 São 12 pares de nervos cranianos. 
➢ Nervo Facial (VII): nervo misto que 
contém fibras sensoriais e motoras 
(predominantes). 
o Ramificações: temporal, zigomático, 
bucal, mandibular e cervical. 
o Informação sensorial: transmitem 
informações de tato, dor e pressão da 
língua, faringe e pele próxima ao canal 
auditivo; 
o Função autônoma: controlam as 
glândulas salivares, nasais e lacrimais. 
o Função motora: inervam músculos que 
produzem expressões faciais, exceto 
o levantador da pálpebra. 
Paralisia Facial Central 
➢ Localização da lesão: córtex frontal até 
imediatamente acima do núcleo do 7º NC; 
➢ Sinais e sintomas: plegia ou paresia do 
quadrante inferior contralateral ou ipsilateral 
da face, hipertonia e hiperreflexia; 
➢ Acomete o neurônio superior; 
➢ Não há envolvimento dos músculos da 
testa; 
➢ Associado à paralisia espástica; 
➢ Causas: vascular, tumoral, traumática e 
etc. 
Paralisia Facial Periférica 
➢ Localização da lesão: em qualquer porção 
do seu caminho; 
➢ Sinais e sintomas: plegia ou paresia em 
toda hemiface ipsilateral a lesão, hipotonia e 
hiporreflexia, desvio contralateral e início 
agudo; 
➢ Acomete o neurônio inferior; 
➢ Associada à paralisia flácida; 
➢ Causas: idiopática, alérgica, autoimune e 
etc; 
➢ Paralisia de Bell: 
o Hipótese: herpes simples; 
o Sinais e sintomas: fraqueza muscular 
em hemiface, diminuição do paladar, 
dor articular, ressecamento ocular, 
sincinesias, lacrimejamento 
excessivo, logoftalmo (incapacidade 
de fechar a pálpebra). 
Avaliação 
➢ História do paciente: 
o Para obter uma visão geral sobre a 
condição do paciente; 
o Fatores de risco e problemas de 
saúde coexistentes; 
o Motivo que o levou a buscar os 
serviços de fisioterapia; 
o Documentação fotográfica e de vídeo 
padronizados. 
➢ Tônus: 
o Hipotonia: quando o tônus é menor do 
lado com paralisia; 
o Normal: ambos os lados da face 
apresentam a mesma tonicidade; 
o Hipertonia: quando a musculatura do 
lado acometido da face apresenta 
uma contração maior. 
➢ Escala – Facial Disability Index: 
 
 
➢ Classificação do Grau de Paralisia – House 
& Brockmann: 
 
Paralisia Facial 
Tratamento Fisioterapêutico 
➢ Retreinamento Neuromuscular Facial: 
reaprender o movimento fascial usando 
feedback específico; 
o Objetivo: normalizar o tônus em 
repouso e melhorar a expressão 
inibindo os movimentos sincinéticos; 
o Como: terapeuta orienta o paciente 
através de uma série de movimentos 
faciais, focando no isolamento de 
movimentos anormais e normais. Uso 
de feedback proprioceptivo, visual e 
sensorial; 
o Educação: compreensão da anatomia 
facial para isolar músculos 
específicos, trazendo movimentos 
normalmente involuntários sob 
controle consciente. 
➢ Terapia de Mímica: automassagem, 
consciência das tensões faciais, exercícios para 
coordenar as duas metades da face; 
o Objetivo: promover a simetria da 
face em repouso e durante o 
movimento e controlar a sincinesia; 
o Entendimento relaxamento/tensão; 
o Exercícios de alongamento; 
o Exercícios específicos para 
coordenar hemiface; 
o Exercícios bilaterais: enrugamento 
da testa, fechamento dos olhos e 
sorriso. 
➢ Massagem: pode ser usada isoladamente 
ou em conjunto com outras terapias para ajudar 
a avaliar a tensão; 
➢ Não indicados: 
o Estimulação Elétrica: reforça os 
padrões sincinéticos; 
o Exercícios faciais grosseiros: são 
indiferentes dos movimentos faciais 
vistos nas interações humanas 
normais. 
➢ Pouca evidência: Laser e FNP. 
➢ Toxina botulínica: recomenda-se um 
período de pelo menos 6 meses de 
retreinamento neuromuscular facial (RNF) antes 
de iniciar o tratamento com botox; 
o Exceção: pacientes muito jovens ou 
cognitivamente incapazes de 
participar da terapia; 
o Isso permite que o paciente tenha 
tempo suficiente para começar a 
aprender a melhorar o controle 
motor; 
o A adição de toxina botulínica é 
considerada quando o paciente atinge 
um platô no programa de RMN; 
o Visa apenas os músculos sincinéticos 
resistentes e tensos. 
Prognóstico 
➢ Periférico: bom prognóstico, mesmo se 
não for tratado. Cerca de 70% dos pacientes se 
recuperam totalmente em 6 – 9 meses; 
➢ Pacientes com paralisia menos grave se 
recuperam melhor do que aqueles com paralisia 
mais grave; 
➢ Idosos se recuperam menos que jovens; 
➢ Homens se recuperam menos que as 
mulheres.

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