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Patologia Uterina

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1 Patologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
 
 
 
 
Útero 
Composto por corpo e colo + anexo (tubas e ovários) 
Posicionamento anteversofletido, ovários para trás e peritônio 
maior na região posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
Cérvice: junção escamo-colunar. Junção da parte externa do 
colo uterino com a parte interna. É a área mais afetada pelas 
neoplasias 
 
A parte da ectocérvice é composta por bastante glicogênio, por 
isso fica mais branca. 
CÉRVICE/COLO 
CERVICITES 
Inflamações de maior ou menor monta causadas por 
desequilíbrio da flora lactobacilos (duchas, relações sexuais, 
hormônios) ou por microrganismos infectantes (Clamídia, 
Gonococo, HSV). Inflama mais comumente a ectocérvice, pois 
ela que está em contato com o meio externo. 
A inflamação persistente pode gerar metaplasia escamosa. Isso 
ocorre pelo contato com o meio externo. Conforme há agressão, 
o epitélio endocervical, na junção, vai adquirindo características 
do epitélio escamoso. 
CISTOS DE NABOTH 
Aprisionamento de muco nas 
glândulas que ficam 
obstruídas pelo epitélio 
metaplásico. Há uma 
influência do epitélio 
metaplásico, pois diminui a 
drenagem e com isso há 
maior acúmulo. Não há muita 
manifestação clínica. 
 
PÓLIPOS ENDOCERVICAIS 
Não se sabe o porquê aparecem e 
causam bastante sintomatologia 
São formações do estroma cervical, 
formando vascularização própria. 
Muitas vezes é acompanhado por 
hiperplasia, geralmente “simples”. Em 
alguns casos pode ter a hiperplasia 
florida, com mistura de glândulas e 
pode ser um diagnóstico diferencial 
com adenocarcinoma, embora não 
seja maligna. 
Pólipo sem hiperplasia / hiperplasia 
florida 
 
 
 
 
 
 
NEOPLASIAS INTRAEPITELIAIS CERVICAIS PRÉ-
MALIGNAS – NICS 
Elas não ultrapassaram a membrana basal, então são lesões 
localizadas. 
Por definição não causam metástase. 
Patogênese: 
• HPV 
o Baixo risco (tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 
61, 70, 72, 81 e CP6108) tendem a fazer 
lesões de baixo grau e são depurados pelo 
nosso copro em cerca de 8 meses. Mais 
comum são o 6 e 11. 
o HPVs de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 
45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82) 
bloqueiam proteínas de reparo celular e se 
ligam ao nosso DNA de forma mais 
duradoura, levando mais tempo para serem 
eliminados. Os mais comuns são o 16 e 18. 
o O HPV infecta a célula basal e fica se 
multiplicando e toma conta do epitélio, 
tomando conta do tecido. Se a pessoa tem 
muito tempo de infecção ou 
imunodepressão, pode haver progressão 
para carcinoma. 
Além da infecção pelo HPV, outros fatores como: 
• Fatores co-carcinogênicos, 
• Status imune 
• Exposição/tempo de infecção 
São necessários para a oncogênese (lesões de alto grau e 
progressão para câncer) 
Quando progridem → Carcinoma epidermoide de colo uterino. 
Por isso as intraepiteliais são chamadas de pré-malignas. 
Patologia Uterina 
 
2 Patologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
 
O NIC é classificado de acordo com a espessura das atipias. 
NIC 1 – Atipia acometendo 1/3 do epitélio escamoso 
NIC 2 – Atipia acometendo 2/3 do epitélio escamoso 
NIC 3 – Atipia acometendo toda a espessura do epitélio. → como 
invade todo o epitélio, mas não passa a membrana basal, pode 
ser chamado de “in situ” 
NIC 1 e 2 são de baixo grau e NIC 3 de alto grau. 
As coletas para a avaliação são feitas pelo exame Papanicolau. 
CORPO 
 
 
O endométrio na fase proliferativa possui estroma (células que 
dão sustentação às outras estruturas, como as glândulas). As 
glândulas são simples e com apenas uma camada células. O 
nível de estrogênio aumenta até chegar ao momento da 
ovulação. Após isso, há queda do estrógeno e aumento da 
progesterona. Com isso, o estroma diminui, mas há muitas 
células e as glândulas começam a ganham complexidade. 
Ao chegar o período menstrual, o estroma e as glândulas 
mudam. O estroma passa por alteração deciduóide (a decídua é 
a camada que “segura o bebê”) e as glândulas perdem um pouco 
da complexidade, mas continuam em grande número. Ao não 
ocorrer fecundação, há descamação até chegar o estroma 
deciduóide. 
Patologias No Endométrio 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
Sangramento proveniente do corpo uterino, com anormalidade: 
seja na regularidade, no volume, na frequência ou duração, em 
mulheres não-grávidas. 
Ciclo Anovulatório 
• Há persistência estrogênica, havendo sempre descamação, 
sem fase progestágena. 
• Causas: distúrbio endócrino, lesão primária ovariana, 
distúrbio metabólico generalizado 
• Patologia: endométrio proliferativo persistente, hiperplasia 
Fase Lútea Inadequada 
• Corpo lúteo disfuncional 
• Baixa secreção de progesterona 
• Infertilidade com sangramento ou amenorreia 
• Patologia: Endométrio secretor pós-ovulatório, porém não 
corresponde com a data (defasagem) 
Uso de Anticoncepcionais Orais 
• Alterações dependentes do tipo de esteróide e da dose 
• Discordância entre glândulas e estroma 
• Patologia: glândulas inativas em meio a estroma 
deciduóide. 
Climatério e pós-menopausa 
• Basicamente por alterações hormonais. O climatério é um 
pouco mais associado a hiperplasias do que na menopausa. 
INFLAMAÇÕES 
Endometrite aguda 
• Infecções bacterianas relacionadas a partos ou aborto 
Endometrite crônica 
• Causas: Inespecífica (15%), DIP, Tecido gestacional, DIU, 
tuberculose. 
• Patologia: Plasmócitos (são os marcadores de endometrite 
crônica), macrófagos e linfócitos 
Patologias No Miométrio 
ADENOMIOSE 
Tecido endometrial no interior do miométrio 
15 a 20% dos úteros 
Causa desconhecida 
Patologia: 
• Expansão uterina 
• Pequenos cistos 
• Ninhos de tecido endometrial no miométrio 
ENDOMETRIOSE 
Tecido endometrial em localizações anormais, fora do útero 
Mais comum nos ovários, depois ligamentos uterinos, septo 
retovaginal, peritônio pélvico, cicatrizes de laparotomia e outros 
raros 
Infertilidade, dismenorréia, dor pélvica 
10% das mulheres na 3ª e 4ª décadas 
Causa: células uterinas que se deslocam (teoria da regurgitação 
e teoria da disseminação vascular) X células que se diferenciam 
em endométrio (teoria da célula tronco) 
Patologia: 
• Sofrem alterações hormonais = menstruais 
• Nódulos vermelho-azulados 
• Aderências fibrosas 
Diagnóstico Padrão ouro: laparoscopia com biópsia → identifica 
glândulas, estroma e hemossiderina (2 desses). 
 
3 Patologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
 
 
Os grânulos marrons são a hemossiderina (marcador de 
sangramento antigo). 
PÓLIPOS ENDOMETRIAIS 
São bem comuns 
Tamanho variável, não havendo correlação 
clínica com tamanho e sintomatologia. 
Assintomáticos ou sangramento anormal 
2 tipos 
• Endométrio funcional 
• Hiperplásicos 
 
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL 
Causa sangramento anormal 
Lesão pré-neoplásica / lesão 
progressiva / “continuum” de atipia 
glandular 
Relação com aumento de 
estrógeno e diminuição da 
progesterona 
(menopausa/anovulação) - exposição prolongada ao estrogenio: 
Causas: obesidade, menopausa, SOP, tumores de células da 
granulosa em funcionamento do ovário, terapia de reposição de 
estrogênio. 
 
Classificação: 
• Sem atípicas (típicas) 
• Com atipias (atípica) - fator de risco para adenocarcinoma 
endometrial → aumento da espessura, aumento da 
celularidade... 
 
 
 
 
 
 
TUMORES 
Leiomioma - Corpo 
• Neoplasia benigna miometrial, originada de células 
musculares lisas. 
• São os tumores mais comuns em mulheres (25% das em 
idade reprodutiva) 
• Respondem aos estrogênios. Em alguns casos diminuem e 
até regridem pós-
menopausa 
• Sangramento anormal 
(submucosos), sintomas 
por compressão de 
estruturas adjacentes. 
• Malignização rara 
(leiomiossarcoma) menos 
de 1% 
• Geralmente não se faz biópsia, pois são bem visualizados 
por exames de imagem (US). 
• A indicação cirúrgica depende da clínica do paciente (se é 
jovem e quer engravidar). 
Leiomiossarcomas - Corpo 
• Neoplasia maligna 
miometrial,originada de 
células musculares lisas 
atípicas. 
• Critérios: Atipia nuclear, 
Mitoses, Necrose 
• 40 a 60 anos 
• Recorrência e Metástases 
(pulmão, osso, cérebro) 
• Sobrevida 5 anos em média 40% 
• Perde sua característica muscular fusiforme 
Adenocarcinoma Endometrial 
• 7% cânceres em mulheres 
• CLASSIFICAÇÃO: 
o Tipo 1 (Endometrióide) e 
o Tipo 2 (Seroso) 
o Tipo 1 = mais comum (80%) 
o Tipo 2 = mais agressivo 
 
“Aspecto Back to Back” 
 
Pólipo endometrial parido

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