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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ENFERMAGEM ALLAN PATRIQUE ALMEIDA CORREA EDMILSON BORGES DIAS HANDERSON LINO CARDOZO KARINA ALVES DE AZEVEDO MARILOURDES M. ALVES NARCISO FRANCISCO SOUZA CASO CLÍNICO Santana-AP 2022 Caso clínico H.D.A: Mãe relata que há 3 dias a criança iniciou um quadro de fraqueza em membros que evoluiu com surgimento de paresia simétrica, inicialmente em MMII e, posteriormente, atingindo MMSS. Antes do aparecimento do déficit motor, queixava-se de parestesias nos membros, além de leve mialgia predominante em MMII. Refere-se ainda que a criança apresentou dificuldade importante na marcha que evoluiu com total incapacidade na para manter-se em ortostatismo. Nega alterações de consciência, esfincterianas, respiratórias e qualquer quadro semelhante prévio. Antecedentes pessoais: nasceu de parto normal, a termo, hospitalar, sem complicações na gestação, e parto (p: 3600g). refere sorologias maternas negativas; desenvolvimento neuropsicomotor adequado; calendário vacinal em dia. Nega viagem para áreas endemias do agravo. Nega contato com substância toxica e nega história de injeção intramuscular. Dados clínicos: diarreia, dores musculares, coriza, deficiência motora aguda ascendente, diminuição da forca muscular e sensibilidade do MSE e MSD. Sem comprometimento da musculatura respiratória, da musculatura da região cervical e da musculatura da face. Sinais de irritação meníngeas: kernig, rigidez de nuca Brudzinski ausentes. Reflexo cutâneo plantar e flexão e extensão ausentes. Responda: 1- O caso suspeito é de qual agravo? R= SÍNDROME DE GUILLAIN BARRE 2- Quais exames devem ser feitos para confirmação do caso suspeito? Tempo para a realização? R= Exame físico; Exames laboratoriais; • Dengue. • Chikunguya. • Zika. • Infecções pulmonares por Mycoplasma. • Infecções intestinais por Campylobacter. https://portugues.cdc.gov/zika/healtheffects/gbs-qa.html • Lupus e Sjogren. • Paraproteinemias, linfomas e leucemias. Exames de Eletroneuromiografia; Exame de Líquido Cefalorraquidiano (Líquor ou LCR); Exames de Imagem; Teste de Função Pulmonar; 3- O agravo é de notificação compulsória? qual o período? R= Não é, para incorporar um agravo ou doença à lista de notificação compulsória é necessário considerar alguns aspectos, a exemplo de características que possam apresentar riscos à saúde pública: potencial para surto ou epidemia; doença ou agravo de causa desconhecida; alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas; considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade na população 4- Qual o fluxograma de notificação do agravo? R=Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan 5- Como é feito o monitoramento do agravo? R= Uma grande porcentagem de pacientes continua a ter problemas relacionados à fadiga. As sugestões de tratamento variam de exercícios leves a melhorias no sono e alívio da dor ou depressão, se houver. https://portalsinan.saude.gov.br/ 6- Quais as recomendações da saúde pública para evitar a transmissão do agravo? R= Guillain Barrè O Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de tratamento para a síndrome de Guillain Barrè, incluindo procedimentos, diagnósticos clínicos, de reabilitação e medicamentos. A Guillain Barrè é uma doença rara e não é de notificação compulsória. O Brasil conta hoje com 136 Centros Especializados em Reabilitação, que atendem pacientes com a Síndrome de Guillain Barrè pela rede pública de saúde. Além disso, a maior parte dos pacientes com Guillain Barrè é acolhida em estabelecimentos hospitalares. O tratamento visa acelerar o processo de recuperação, diminuindo as complicações associadas à fase aguda e reduzindo os déficits neurológicos residuais em longo prazo. O SUS dispõe de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Síndrome de Guillain Barrè, que prevê entre outros tratamentos, a disponibilidade do medicamento imunoglobulina intravenosa (IgIV) e do procedimento plasmaférese, que é uma técnica de transfusão que permite reiterar plasma sanguíneo de um doador ou de um doente. O médico é o profissional responsável por indicar o melhor tratamento para o paciente, conforme cada caso. 7- Quais as causas e consequências do gravo? R= Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarreia, a mais comum. Outras infecções encontradas na literatura cientifica que podem desencadear essa doença incluem Zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, vírus de influenza A, Mycoplasma pneumoniae, enterovirus D68, hepatite A, B, C, HIV, entre outros. Muitos vírus e bactérias já foram associados temporalmente com o desenvolvimento da Síndrome de Guillain Barré, embora em geral seja difícil comprovar a verdadeira causalidade da doença. O diagnóstico é dado por meio da análise do líquido cefalorraquidiano (líquor) e exame eletrofisiológico. Tanto a imunoglobulina quanto a plasmaferese interrompem o processo inflamatório, mas não regeneram os nervos já lesados. Para isso é necessário reabilitação intensiva. A reabilitação de um paciente com Guillain-Barré é o processo longo que pode demorar de 6 meses a 3 anos e o mais importante é nunca desistir. Os resultados podem ser lentos e é necessário persistência e apoio familiar. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/d/dengue https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/c/chikungunya https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/s/sarampo https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/h/aids-hiv • Dificuldade de engolir com segurança; • Pneumonia por aspiração; • Ulceração da córnea quando há paralisia facial; • Contraturas de membros, ossificação e paralisia por pressão em pacientes com fraqueza de membros. • Dor, alucinações, ansiedade e depressão também são frequentes em pacientes com SGB. https://drdiegodecastro.com/eletroneuromiografia-de-face-no-diagnostico-da-paralisia-facial/ REFERÊNCIAS https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao
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