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Malária: Causas, Sintomas e Tratamento

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Malária
O que é malária?
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium
transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como
mosquito-prego.
A malária também é conhecida como impaludismo, paludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã
benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.
Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um
estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade
esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado
adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie
parasitária.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica, composta pelos estados do Acre,
Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-Amazônica,
composta pelas demais unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações, a doença
não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade que chega a ser 100 vezes maior que na
região amazônica.
A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença
diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do
mosquito Anopheles (mosquito-prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos
são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados
picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade. 
IMPORTANTE: A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, a
doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e
adequada.
Publicado em 16/11/2020 16h04 Atualizado em 29/08/2022 11h55 Compartilhe:   
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Quais são os sintomas da malária?
Os sintomas mais comuns da malária são:
febre alta;
calafrios;
tremores;
sudorese;
dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos,
cansaço e falta de apetite.
Quais são as complicações da malária?
A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas:
prostração;
alteração da consciência;
dispnéia ou hiperventilação;
convulsões;
hipotensão arterial ou choque;
hemorragias;
Entre outros.
As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da
doença, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo
hábil, podem ser letais.
Como é feito o diagnóstico da malária?
O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos
relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir:
Gota espessa
É o método oficialmente adotado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas
diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização.
Quando executado adequadamente, é considerado padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sua técnica baseia-se na visualização do parasito por meio de microscopia óptica, após coloração com
corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos, a partir da
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análise da sua morfologia, e dos seus estágios de desenvolvimento encontrados no sangue periférico. A
determinação da densidade parasitária, útil para a avaliação prognóstica, deve ser realizada em todo paciente
com malária, especialmente nos portadores de P. falciparum. O exame da gota espessa permite diferenciação
das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do parasito circulante. Por meio desta técnica é
possível detectar outros hemoparasitos, tais como Trypanosoma sp. e microfilárias.
Esfregaço delgado
Possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa é cerca de 30 vezes mais eficaz na detecção da
infecção malárica). Porém, este método permite, com mais facilidade, a diferenciação específica dos parasitos
a partir da análise de sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado.
Testes de diagnóstico rápido (TDRs)
Testes rápidos para a detecção de componentes antigênicos de plasmódio – testes imunocromatográficos
representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária. São realizados em fitas de nitrocelulose
contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito. Em parasitemia superior a 100
parasitos/μl, pode apresentar sensibilidade de 95% ou mais quando comparados à gota espessa. Grande
parte dos testes hoje disponíveis discrimina, especificamente, o Plasmodium falciparum das demais espécies.
Por sua praticidade e facilidade de realização, são úteis para a confirmação diagnóstica. Os TDRs devem ser
utilizados para ampliação da rede diagnóstica local e priorizado em situações onde não é possível a
realização do exame da gota espessa por microscopista certificado e com monitoramento de desempenho,
como áreas longínquas e de difícil acesso aos serviços de saúde e áreas de baixa incidência da doença. Estes
testes não avaliam a densidade parasitária nem a presença de outros hemoparasitos e não devem ser usados
para controle de cura, devido a possível persistência de partes do parasito, após o tratamento, levando a
resultado falso positivo.
A qualidade diagnóstica de um teste de diagnóstico rápido (TDR) depende da experiência do examinador e
dos cuidados com o qual ele é preparado e interpretado. A execução e a acurácia dos TDRs podem ser
afetadas por vários fatores, tais como problemas na fabricação do teste, condições de armazenamento e
transporte, competência e desempenho do manipulador.
Atualmente, o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM) utiliza para diagnóstico de
malária o SD-BIOLINE MALARIA AG Pf/Pf/Pv, que é um teste combinado que trabalha com a HRP-II e pLDH
de P. falciparum e pLDH de P. vivax. Oferece sensibilidade para P. falciparum HRP-II de 100%, P. falciparum
pLDH de 99,7% e P. vivax de 98,2% e especificidade de 99,3%. Orientações acerca desse teste rápido para o
diagnóstico de malária podem ser acessadas aqui.Para a utilização dos testes rápidos, alguns critérios devem ser atendidos:
Onde não exista e não seja viável a instalação de serviço de microscopia, especialmente em áreas rurais
de difícil acesso, garimpos e áreas indígenas;
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Onde não exista possibilidade de garantir diagnóstico em menos de 24 horas de outra forma;
Em determinadas localidades que ficam inacessíveis em alguns períodos do ano e somente seja possível
disponibilizar o diagnóstico por meio de teste rápido;
No período em que a microscopia não esteja disponível no serviço, como plantões e finais de semana;
na região extra-Amazônica, em todas as unidades de referência para o diagnóstico de malária, para
orientar imediatamente o tratamento, ainda que sem o resultado do exame por gota espessa.
Além disso, para o uso dos TDRs da malária, os seguintes requisitos devem ser atendidos:
1) somente usar em caso suspeito de malária que esteja apresentando algum sintoma;
2) não usar para lâmina de verificação de cura (LVC), devido à grande possibilidade de falsos positivos nessas
situações;
3) para todo teste realizado deve ser preenchida uma ficha de notificação de caso do Sivep-Malária (na região
Amazônica) ou do Sinan (na região extra-Amazônica);
4) os testes devem ser realizados por profissionais devidamente capacitados e devem ser seguidas as
orientações do fabricante.
Técnicas moleculares
O diagnóstico molecular para malária começou a ser testado em meados dos anos 80 e tem mostrado
grande progresso para aprimoramento e simplificação das técnicas de extração do DNA. As técnicas
moleculares mais utilizadas para o diagnóstico da malária são o Nested PCR ou PCR convencional e o PCR em
tempo real. No entanto, em virtude do custo elevado, da necessidade de infraestrutura e mão de obra
especializada seu uso ainda é restrito a laboratórios de referência. Estudos têm demonstrado que técnicas de
PCR são mais sensíveis e específicas quando comparadas às técnicas microscópicas e ao teste
imunocromatográfico, portanto com capacidade de detecção do parasito em pacientes com baixa
parasitemia.
O PNCM, baseado em estudos realizados no Brasil e em vários países do mundo, considera que pacientes
com PCR positivo para malária, mesmo assintomáticos, podem infectar mosquitos e /ou se tornar
sintomáticos, sendo assim devem ser tratados quando o diagnóstico for realizado unicamente por essa
técnica molecular. Para essa situação, o item 3 (técnicas moleculares) disponível no campo 43 (tipo de exame)
da ficha de notificação do Sivep-Malária deve ser marcado.  Para mais informações, acesse o Guia de
tratamento de malária no Brasil.
Todos os casos suspeitos de malária devem ser diagnosticados e todos os resultados positivos para malária
devem ser tratados imediatamente e adequadamente. Para mais informações, consulte o Guia de tratamento
de malária no Brasil e o folder Testes rápidos para o diagnóstico de malária – Pf/Pf/Pv. 
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Atenção! A sorologia não deve ser realizada no caso de suspeita de malária. Seu resultado é relacionado a
exposição prévia e é restrito a estudos científicos. Sua solicitação no contexto clínico leva a retardo
diagnóstico e maior risco de complicações.  
Diagnóstico diferencial da malária
O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, febre amarela, leptospirose, hepatite
infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda, febres hemorrágicas e outros processos febris.
Na fase inicial, principalmente na criança, a malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos
respiratório, urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre intermitente, as
principais doenças que se confundem com a malária são as infecções urinárias, tuberculose miliar,
salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral, endocardite bacteriana e as leucoses. Todas apresentam
febre e, em geral, esplenomegalia. Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia.
Desta maneira, a malária não pode ser diagnosticada pela sintomatologia. Apenas o diagnóstico laboratorial
confirma ou descarta a malária. O tratamento é dispensado apenas para casos positivos por exame
laboratorial.
Para mais informações, consulte o Manual de diagnóstico laboratorial da malária e o folder Testes rápidos
para o diagnóstico de malária-Pf/Pf/Pv
Como é feito o tratamento da malária?
Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos
que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves
deverão ser hospitalizados de imediato.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e o
peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade
da doença.
IMPORTANTE: Quando realizado de maneira correta e em tempo oportuno, o tratamento garante a cura da
doença.
Objetivos do tratamento contra a malária:
O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais efetivos para
interromper a cadeia de transmissão e reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O tratamento da malária
visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em:
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção; 
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale,
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evitando assim as recaídas tardias; 
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas
sexuadas dos parasitos (gametócitos).
Orientações para o tratamento
É da maior importância que todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento da malária, desde o
agente comunitário de saúde até o médico, orientem os pacientes, adequadamente e com uma linguagem
compreensível, quanto ao tipo de medicamento que está sendo oferecido, a forma de ingeri-lo e os
respectivos horários e a importância de se completar o tratamento. Em diversos lugares, os responsáveis por
distribuir e orientar o uso dos medicamentos utilizam envelopes de cores diferentes para cada medicamento.
Muitas vezes, os pacientes são pessoas que não dispõem nem mesmo de relógio para verificar as horas. O
uso de expressões mais simples, como manhã, tarde e noite, para a indicação do momento da ingestão do
remédio é recomendável. A expressão de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas muitas vezes não ajudao
paciente a saber quando deve ingerir os medicamentos. Sempre que possível, deve-se orientar os
acompanhantes ou responsáveis, além dos próprios pacientes, pois estes geralmente encontram-se
desatentos, devido à febre, dor e mal-estar causados pela doença.
Os medicamentos devem ser ingeridos, preferencialmente após uma refeição, evitando assim vômitos. Em
caso de vômitos até 60 minutos da tomada, repetir toda a medicação da dose e, se ocorrer após 60 minutos,
não é necessário repetir a medicação.
No caso da combinação, artemeter + lumefantrina devem ser, preferencialmente, ingeridos com alimentos
gordurosos. Caso surjam urina escura, icterícia (pele e olhos amarelos), tontura ou falta de ar, orientar o
paciente a buscar urgentemente auxílio médico. Caso surja icterícia durante o tratamento, a primaquina deve
ser suspensa imediatamente, antes de procurar o médico, pois é sintoma de hemólise e pode ser fatal.
Sempre que possível, deve-se optar pela supervisão das doses dos medicamentos para garantir uma melhor
adesão ao tratamento.
O paciente deve completar o tratamento conforme a recomendação, mesmo que os sintomas desapareçam,
pois a interrupção do tratamento pode levar a recidiva da doença ou agravamento do quadro, além de manter
o ciclo de transmissão da doença, permitindo que outras pessoas também adoeçam por malária.
Esquemas de tratamento
Para otimizar o trabalho dos profissionais de saúde e garantir a padronização dos procedimentos necessários
para o tratamento da malária, o Guia de Tratamento da Malária no Brasil apresenta tabelas e quadros com
todas as orientações relevantes sobre a indicação e uso dos antimaláricos preconizados no Brasil de acordo
com a espécie parasitária, o grupo etário e o peso dos pacientes.
Embora as dosagens constantes nas tabelas levem em consideração o grupo etário do paciente, é
recomendável que, sempre que possível e para garantir boa eficácia e baixa toxicidade no tratamento da
malária, as doses dos medicamentos sejam fundamentalmente ajustadas ao peso do paciente. Quando uma
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balança para verificação do peso não estiver disponível, recomenda-se a utilização da relação peso/idade
apresentada nas tabelas.
Malária por P. vivax ou por P. ovale
Utiliza-se a cloroquina por 3 dias para o tratamento das formas sanguíneas em associação com a primaquina
por 7 dias para o tratamento das formas hepáticas latentes. No caso de pacientes com mais de 120 kg, a dose
da primaquina deve ser ajustada ao peso. Gestantes, puérperas com até um mês de aleitamento e crianças
menores de 6 meses não podem usar a primaquina. Gestantes devem usar o tratamento convencional com
cloroquina por três dias e cloroquina profilática (5 mg/kg/dose/semana) até o fim do primeiro mês de
lactação, para prevenção de recaídas. O tratamento com ACT e primaquina por 14 dias está indicado para
casos de recorrências de Plasmodium vivax.
Malária por P. malariae
O tratamento de P. malariae assemelha-se ao tratamento para malária vivax (apenas Cloroquina por três dias),
porém sem a necessidade de uso da primaquina.
Malária por P. falciparum
Utiliza-se o tratamento com combinações fixas de derivados de artemisinina (ACT), artemeter + lumefantrina
ou artesunato + mefloquina, por 3 dias para o tratamento clínico e a primaquina em dose única para
eliminação dos gametócitos. Gestantes, puérperas com até um mês de lactação e crianças menos de 6
meses não podem usar primaquina e são tratadas apenas com ACT.
Malária mista (P. falciparum e P. vivax ou P. ovale)
Para pacientes com infecção mista por P. falciparum e P. vivax (ou P. ovale), o tratamento deve incluir artemeter
+ lumefantrina ou artesunato + mefloquina, que são drogas esquizonticidas sanguíneas eficazes para todas as
espécies, associando-as à primaquina por sete dias (para o tratamento radical de P. vivax), nas doses
especificadas nas tabelas do Guia de tratamento de malária no Brasil.
No caso de pacientes com mais de 120 kg a dose da primaquina deve ser ajustada ao peso. O tratamento
com primaquina em 14 dias está indicado quando ocorre uma recaída após o tratamento em 7 dias com a
dose adequada de primaquina. Gestantes não devem receber a primaquina; o tratamento deve ser feito com
artemeter + lumefantrina ou artesunato + mefloquina conforme o Guia de tratamento da malária no
Brasil. Crianças menores de 6 meses não devem receber a primaquina, portanto serão tratadas apenas com
ACT.  
Caso o paciente apresente alguma parasitemia na gota espessa, seja de formas sexuadas ou assexuadas, e já
tenha sido tratado para malária por P. falciparum há mais de 42 dias, tratar como se fosse caso novo, ainda
que o paciente não apresente sintomas.
Malária grave e complicada por P. falciparum ou P. vivax
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Embora a maioria dos casos de malária grave seja causada por infecções por P. falciparum, os casos
provocados por P. vivax também podem acarretar doença grave e morte, seja por ruptura espontânea ou
traumática do baço, complicações respiratórias ou anemia grave, especialmente em pacientes com doenças
concomitantes, pacientes debilitados e desnutridos. Também não é raro que formas complicadas de malária
vivax (com icterícia ou sangramento) estejam associadas a coinfecções, tais como a dengue.
A orientação da OMS é tratar adultos e crianças com malária grave (incluindo crianças menores/lactentes e
gestantes em todos os trimestres de gestação e em período de amamentação) com artesunato intravenoso
(IV) ou intramuscular (IM), um antimalárico potente e de ação rápida, por no mínimo 24 horas e até que
possam tomar medicação oral (completar então o tratamento preconizado por espécie parasitária –
respeitando as restrições de uso da primaquina) (Figura 3). Crianças com peso inferior a 20 kg devem receber
maior dose parenteral de artesunato (3,0 mg/kg/dose) do que crianças com mais de 20 kg e adultos (2,4
mg/kg/dose) para garantir uma exposição equivalente ao medicamento.
Para mais informações, consulte o Guia de tratamento de malária no Brasil. 
Controle de cura
Recomenda-se o controle de cura, apenas por meio da lâmina de verificação de cura (LVC), para todos os
casos de malária. O controle de cura tem como objetivo a observação da redução progressiva da parasitemia
e da eficácia do tratamento e a identificação oportuna de recaídas. Recomenda-se a realização de LVC da
seguinte forma:
 P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento.
P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após o início do tratamento.
IMPORTANTE: O dia que se inicia o tratamento é considerado como dia zero (D0). Por exemplo, se o
tratamento se iniciou no dia 2 de agosto, este dia é considerado D0, 3 dias após o início do tratamento será o
dia 5 de agosto (D3).
Mais informações sobre o tratamento da malária estão disponíveis no Guia de tratamento de malária no
Brasil.
Doação de sangue e a malária
As orientações vigentes estão disponíveis na Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017 no
ANEXO IV, Título II, Seção II “Da Doação de Sangue”.
Em áreas endêmicas de malária, considera-seinapta a doar sangue a:
1) pessoa que tenha tido malária nos 12 meses que antecedem a doação; 
2) pessoa com febre ou suspeita de malária nos últimos 30 dias; 
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3) pessoa que tenha se deslocado ou procedente de área de alto risco (IPA ≥50,0 casos/1.000 habitantes) há
menos de 30 dias.
Se a pessoa teve malária por Plasmodium malariae, ela não poderá mais doar sangue. Já para as outras
espécies, depende do tempo entre a doença e a doação de sangue. Os hemocentros sabem orientar o
doador. 
Como a malária é transmitida?
A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou
mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium.
O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda.
Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando
durante todo o período noturno, em menor quantidade. Apenas as fêmeas de mosquitos do
gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água.
Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos
(criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia
Brasileira. 
O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos
(plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando
estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo levando os parasitos de uma pessoa para outra. Desta
forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e o homem.
O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea do mosquito
até o surgimento dos primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para Plamodium
falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias.
A transmissão da malária também pode ocorrer em casos mais raros por transfusão sanguínea, uso de
seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.
Como prevenir a malária?
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:
uso de mosquiteiros;
roupas que protejam pernas e braços;
telas em portas e janelas;
uso de repelentes.
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16/10/22, 09:48 Malária — Português (Brasil)
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/malaria 10/22
Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:
borrifação intradomiciliar;
uso de mosquiteiros;
drenagem;
pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
aterro;
limpeza das margens dos criadouros;
modificação do fluxo da água;
controle da vegetação aquática;
melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
uso racional da terra.
Para mais informações, acesse o Boletim Epidemiológico Vol. 52 - Nº 37
IMPORTANTE: Não existe vacina contra a malária no Brasil. A vacina disponível serve apenas para alguns
países Africanos com alta transmissão de malária por Plasmodium falciparum e é exclusiva para crianças
pequenas. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade para a malária estão sendo estudadas no Brasil
e no mundo, mas os resultados encontrados ainda não são satisfatórios para implantação da vacinação como
medida de prevenção da malária.  Vale ressaltar que no Brasil quase 90% da malária é causada pelo
Plasmodium vivax e não há ainda previsão de alguma vacina eficaz para esta espécie.
Situação epidemiológica da malária
A malária é considerada um grave problema de saúde pública no mundo, sendo uma das doenças de maior
impacto na morbidade e na mortalidade da população dos países situados nas regiões tropicais e
subtropicais do planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 241 milhões de casos de
malária foram registrados em 2020 em 85 países endêmicos (incluindo o território da Guiana Francesa), em
2019 eram 227 milhões de casos. A maioria deste aumento ocorreu em países da Região Africana da OMS. A
proporção de casos por Plasmodium vivax reduziu cerca de 8% (18,5 milhões) em 2000 para 2% (4,5 milhões)
em 2020. Os óbitos por malária reduziram no período 2000-2019, de 896.000 em 2000 para 562.000 em
2015 e para 558.000 em 2019. Em 2020, as mortes por malária aumentaram 12% em comparação ao ano de
2019, para um número estimado de 627.000; estima-se que 47.000 (68%) das 69.000 mortes adicionais
foram devido a interrupções de serviço durante a pandemia de COVID-19.
A região Amazônica brasileira é considerada a área endêmica do país para malária com 99% dos casos
autóctones, compreende os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato
Grosso e Maranhão. Nas áreas fora da região amazônica mais de 80% dos casos registrados são importados
dos estados pertencentes à área endêmica, outros países amazônicos, como os do continente africano, mas
existe transmissão residual de malária em estados da região extra-Amazônica, principalmente em áreas de
Mata Atlântica (SP, MG, RJ e ES).
Dados do Ministério da Saúde apontam uma queda na frequência de casos de malária a partir de 2010 até
2016. Porém, em 2017, foi registrado um aumento de aproximadamente 52,7% nos casos autóctones em
relação ao ano de 2016, com 189.557 casos. Em 2018, houve redução de 1%. A partir de 2019 observa-se uma
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redução mais expressiva de 18,4%, sendo notificados 153.294 casos autóctones. Em 2020, foram cerca de
143.395 casos autóctones no país, uma redução de 6,5% em comparação ao ano anterior e em 2021 foram, de
acordo com dados preliminares, 137.857 casos autóctones, representando uma redução de quase 4%. Do total
de casos autóctones registrados no país em 2021, 17% foram de malária por P. falciparum e malária mista,
sendo os outros 83% de malária por P. vivax e outras espécies.
O número de óbitos por malária no Brasil tende a uma constante redução desde 2005, com exceção dos
anos de 2009, 2018 e 2020 que apresentaram aumento. Em 2021, de acordo com dados preliminares, foram
registrados 49 óbitos por malária no Brasil. A letalidade por malária na região amazônica é baixa (3,27/10.000
habitantes) enquanto no restante do país a letalidade chegou a ser 107,4 vezes maior em 2021 (dados
preliminares). O óbito nestas áreas ocorre, na maior parte, em pessoas que vêm infectadas de outros países
ou de estados da região amazônica e não recebem o diagnóstico e tratamento oportunos e adequados
devido à dificuldade na suspeição de uma doença relativamente rara nestas áreas e desinformação dos
viajantes a respeito dos seus riscos.
A malária está fortemente associada à pobreza. A estimativa de mortalidade é maiorem países com menor
PIB per capita. Países com uma maior proporção de sua população vivendo na pobreza possuem as maiores
taxas de mortalidade por malária. No Brasil, em 2021, 71% dos casos ocorreram em áreas rurais ou indígenas e
outros 21% dos casos ocorreram em áreas de garimpo ou assentamentos, que são áreas prioritárias para
malária por serem altamente receptivas. Do total de municípios prioritários devido ao baixo IDH (menor que
0,550) e baixa renda per capita, entre outros indicadores de pobreza, nos quatro estados com maior
transmissão, 10% (24), são também prioritários para malária, ou seja, registraram IPA ≥ 10 em 2021, de acordo
com dados preliminares.
A sazonalidade da malária é diferente em cada estado da região Amazônica e está relacionada com
precipitação, temperatura e nível da água que são fatores que afetam a proliferação de mosquitos nos
criadouros. De forma geral, há um pico sazonal de casos de malária no período de transição entre as estações
úmida e seca. A malária é uma doença com alto potencial epidêmico, sofrendo variações bruscas de acordo
com variações climáticas e socioambientais, mas principalmente, variações na qualidade e quantidade de
intervenções de controle.
Dados, boletins e mapas interativos
Regiões amazônica e extra-amazônica 
Malária nas fronteiras e importada de outros países
Dados para o cidadão
Mapa de risco
Mapa de risco por município de infecção, Brasil, 2007
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