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Logística Internacional - ebook (1)

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g ni:e criando o futuro 
 
 
1elesap1ens 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística Internacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
tO by Editora Telesapiens 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de infmmação, sem prévia 
autorização, por escrito, da Editora Telesapiens. 
 
 
 
D.ados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva - CRB l 0/854) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística Internacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@2020 by Telesapiens 
Todos os direitos reservados 
Créditos Institucionais 
 
Fundador e Presidente elo Conselho de Administração: 
Janguê Diniz 
Diretor-Presidente: 
JânyoDiniz 
Diretor de Inovação e Serviços: 
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino: 
Adriano Azevedo 
Direto1ia de Ensino a Distância: 
Enzo Moreira 
 
AAUTORA 
ANA CELIA VIDOLIN 
Olá. Meu nome é Ana Celia Vídolin. Sou formada em 
Engenharia e Ad1ninistração, c01n uma experiência técnico- 
profissional na área de logística internacional, comércio 
exte1ior por de mais de 20 anos. Passei por empresas do setor 
aut01nobilístico, autopeças, quúnico e freight forwarder; além de 
atuar na docência nos níveis de graduação e pós-graduação. Sou 
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando e1n suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! 
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- 
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ICONOGRAFICOS 
Esses ícones que irão aparecer em sua t1ilha de aprendizagem 
significam: 
 
OBJETIVO 
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; 
 
CITAÇÃÇ) 
Parte retirada de um texto; 
 
TESTANDO 
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo; 
 
IMPORTANTE 
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado; 
 
' 
, DICA 
Um atalho para resolver 
P0 
liiiÍ 
 
 
t 
 
OBSERVAÇÃO 
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito; 
RESUMINDO 
Uma sintese das 
últimas abordagens; 
 
DEFINIÇÃO 
Definição de um 
conceito; 
 
ACESSE 
Links úteis para 
fixação do c.Qnteúdo; 
 
SAIBAMAIS 
Informações adicionais 
, ' algo que foi introduzido no 
conteúdo; 
 
EXPLICANDO 
DIFERENTE 
Um jeitoctifei-ente e ruais 
shnples deexplicar o que 
acaba deser "-"'Plicado; 
 
EXEMPLO 
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático; 
 
PALAVRA DO AUTOR 
Uma opinião pessoal e 
pruticular do autor da obra; 
sobre o conteúdo e 
temas afins; 
 
SOLUÇÃO 
Resolução passo a 
passo de umproblema 
ou exercício; 
 
CURIOSIDADE 
Indicação decuriosidades e 
fatosreiareflexão sobre·o 
teim emestudo; 
 
REFLITA 
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão. 
A 
(D 
fx 
- 
- 
, 
SUMARIO 
 
UNIDADE 01 
Logística na Economia globalizacla ........................................ 1. 4 
Economias globais .................................................................. 14 
Integração global da cadeia .................................................... 17 
Logística em uma economia global ........................................ 18 
ALogística no Brasil ............................................................. 19 
Aevolução da globalização e logística ................................... 21 
Aspectos da Logística globalizada...................--················.·. ···25 
Estratégias de globalização.................................................-.- ..····· ..... 25 
Gerenciando a logística global.............................. _________ 30 
Estágios das Operações Globalizadas ...................................... 34 
Aspectos da logística globalizada ............................................34 
A empresa global .................................................................... 36 
Estágios de operações globalizadas ........................................ 37 
Estágios de operações globalizadas ........................................ 40 
Organizando-se para a Logística Internacional .................... 47 
Organizando a logística global ............................................... 47 
Redes de comunicação, to111ada de decisão .............................. 5. 0 
Definição e aplicação deindicadores-chave de desempenho ... 52 
UNIDADE 02 
Economia global integrada...................................................... 6. 2 
O papel da área da logística nas empresas .............................. 6. 2 
Funções da Logística....................................................... 6. 6 
Objetivo da Logística ...................................................... 69 
Cadeia de suprimentos globalizada...................................................................... 
O papel dos suptimentos nas empresas .................................. ..-7l 
Segmentação de mercado ....................................................... 73 
Integração e globalização da cadeia de suprimentos ............... 7 6 
Integração e globalização ................................................ 77 
Globalização das estratégias de operações ............................. 81 
O ambiente organizacional ..................................................... 81 
Integração da cadeia de suprilnentos globalizada ................... 84 
Logística na economia glóbalizada ......................................... 86 
Estratégias dos mercados globais ............................................ 90 
A tendência à intemacionalização ........................................... 90 
Direcionadores da logística internacional ............................... 91 
Marketing e Logística ............................................................ 9. 3 
Composto ou Mix de Marketing ............................................. 95 
O desafio futuro dos mercados globais ................................... 9. 5 
UNIDADE03 
Projetos de Rede para Operações Globais ........................... 102 
Natureza dos Problemas de Concepção das Redes Logísticas._102 
Projeto de Redes Logísticas Globais ..................................... 106 
Projeto de Redes Logísticas Globais .................................... 1. 07 
Comércio exterior importação e expo11açâo.................- ...... 11O 
Exportação....................................................................... .............11O 
llnpo1tação......................................................................................................................l l 6 
Operações especiais de exportação e modalidades de 
exportaçâo ................................................................................ 1. 23 
Aspectos dos regimes aduaneiros .......................................... !23 
Documentos Especiais de Exportaçâo ................................... 131 
Documentos de Exportação.. ........................ ........................... 13 l 
Detalhamento dos Documentos ............................................ 135 
Fasede negociação ........................................................ !3 5 
Profonna Invoice ou Fatura Proforma ........................................J 3 5 
 
Embarque e remessa ..................................................... 1. 35 
C0111mercial Invoice ou Fatura Comercial................... ....J 36 
Packing List ou Romaneio ............................................. l36 
Conhecimento de En1barque........ ........ ..... ············- ······ J 36 
Certificado de Orige1n ................................................... l37 
Apólice ou Certificado de Seguro de Transporte ............138 
Carta de Crédito..................................................·-·························- · 138 
Documentos obrigatórios no Brasil ............................... 138 
Registró de Exportaçào..........-........................- ..........- ................. 1. 39 
Nota Fiscal .................................................................... 1. 39 
Cmnprovante de Exportação (CEl ................................. 139 
Contrato de Câinbio ....................................................... 139 
Contrato de Câ.J.nbio de Cmnpra - Tipo 01._ ..................... 139 
UNIDADE04 
Ope1·ações especiais cóm benefícios dos incentivos fiscais ...... 144 
Regi.J.ne aduaneiro·-·····-·············-·····---············ -- ······················ 144 
Tipos de recintos alfandegados.....................................................................J 45 
Estação Aduaneira de Fronteira (EAF) .............................. l46 
Centro Logístico e Industlial Aduaneira (CLIA) ........... J. 46 
Terminal retroportuário..... ..... ............ ..... ....................... 146 
Regimes aduaneiros especiais ............................................... 1. 47 
Admissão te1nporária·-····························· .......................... l 4 7 
Entreposto aduaneiro .................................................... 1. 48 
Entreposto Industrial sob Controle Informatizado - 
RECOF ................................................................................ 149 
Exportação temporária··························-················.·....................._ .... l 50 
Drawback ..................................................................... 150 
Loja franca (free shop} .................................................. 151 
Depósito Alfandegado Certificado (DAC} ..................... 152 
Depósito Afiançado (DAF) ............................................... 1. 53 
Depósito Aduaneiro de Distribuição (DAD)..... .... ,_J53 
Depósito Especial (DE) ...................................................... 1. 54 
Depósito franco.. ·-····.·.··••··•.•.•·••·····.·•.•·.........._.........._.. ..................._ .......... 155 
Regime Especial de lmportaçãó de Insumos (RECOM}..._156 
Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais ........157 
Área de Livre Comércio (ALC}.......................................................J 57 
Zona Franca de Manaus (ZFM} ........................................ 157 
Entreposto Industrial da ZFM (EIZOF) ............................ 158 
Zona de Processamento de Exportação (ZPE).................. 158 
Linha azul...................·-········....·········-··················......._...... ..............................l 5 9 
Processos e procedimentos administrativos nas 
importações.............................................................. ................. 161 
Impo1tação................................................................................................................... ...l 6l 
Burocracia na Ílnportaçào .......................................................... 162 
Formação dos custos na importação ......................................... !63 
Iinposto de Importação (IIt .................................................................J 63 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) .............J64 
Iinposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) ....................................................................................... 1. 64 
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante 
(AFRMM) ..................................................................................1.65 
PIS/COFINS 165 
Taxa de capatazia e armazenagem .................................. l65 
Pagamentos na importação......................................................- ................_ 165 
Composição das normas de c01nércio exterior no Brasil ........ 166 
Órgãos que intervee1n na importação no Brasil ................... 167 
Docu1nentos na ilnportação ...................................................... 1. 68 
 
Habilitação para importação ............................................. 171 
Sistema integrado de c01nércio exterior - Sisc01nex.............J 71 
Perfil do importadore acésso·················-····..························- J72 
Outros perfis do 1nercado...............................................................................J 7 4 
Procedimentos alfandegários e cambiais ........................ 176 
Procedimentos alfandegários ................................................... 176 
Licença automática de importação................................. 176 
Licença não automática de importação .......................... !78 
Licença Simplificada de Importação LSI....................... l82 
Declaração de lmpo1iação Dl.............·--·······..············-·················18 3 
Descrição dos procedimentos de importação e despacho 
aduaneiro de impoitação ........................................................ 185 
Antes do embarque das 1nercadorias .............................. l85 
Após chegada no destino......................................................................-186 
Procedimentos para o Despacho Aduaneiro .................. !86 
Após registro DI e liberação da carga ........................... 189 
Documentos utilizados na importação ............................ !89 
Procedimentos cambiais.................................................................................._190 
Logística Internacional ) ( 11 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
 
12 ), 
 
( Logística Internacional 
_,, 
INTRODUÇAO 
Dividiinos nosso tempo co1n a tecnologia que adentrou 
e1n nossas vidas sob diversas formas, e nos negócios não é 
diferente. Os clientes querem e buscain atendimento de suas 
necessidades e1n teinpos cada vez menores, com qualidade e 
preço justo. A realidade da globalização trouxe mudanças na 
econonúa, no estilo de vida, c-riou novas necessidades e essa 
condição chegou nos processos internos, inclusive na logística 
nas organizações. Assim nesse cenário de vida, economia 
globalizados, a logística asslm1e papel de relevante in1portância 
pois é e ela que irá disponibilizar o bem demandado segundo 
o cliente deseja para seu pleno atendimento. A tecnologia de 
iiúormação trouxe ii1ovação e agilidade aos processos; logo ter 
visão do todo é fundainental para a tomada de decisão para ser 
competitivo no mercado. Alcançar a vantagem competitiva e 
resguardar essa condição tem sido objeto de muitas empresas. A 
organização queprospectar as demandas do mercado, direcionai· 
a força logística nessa demanda con1suporte das demais áreas da 
organização certamente terá a confiança do cliente. Todas essas 
mudanças transfo1ma o entendimento empresai·ial, sua postura 
no mercado, e a logística se posiciona comoferramenta gerencial 
nesse escopo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste u1úverso! 
 
Logística Internacional) ( 13 
--- 
OBJETIVOS 
Olá. Seja 1nuito be1n-vindo a nossa Unidade l. Nesta 
unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo 110 desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais: 
 
 
Entender o campo de atuação da logística na 
economia globalizada; 
 
 
 
 
 
Entender os aspectós da logística globalizada; 
 
 
 
 
 
 
Entender os aspectos dos estágios de operações 
globalizadas; 
 
 
 
 
 
Entender como se preparar para a logística 
internacional. 
 
 
 
 
Então? Está preparado para uma viagem sem volta 111mo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
 
 
14 ), ( Logística Internacional 
 
 
Logística na Economia globalizada 
 
 
 
Economias globais 
A globalização oferece desafios e oportunidades 
para as estratégias logísticas e para as operações 
na cadeia de suprimentos. Como oportunidades 
compreende o incremento de mercados, gaina 
maior de opções de produção com uma gama 
de vantagens absolutas ou relativas, quando 
analisamos em relação aos recursoshumanos 
e mateiiais. Algumas áreas do mundo podein 
oferecer economia de escala expressiva em função 
de salários menos expressivos; já outras oferece1n 
flexibilidade devido à especialização. Em termos de 
desafios encontrados temos an1bientes operacionais 
logísticos mais exigentes, analises de custo total e 
segurança mais co1nplexas (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
 
 
 
 
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como a 
logística na econo1nia globalizada atua e tem papel relevante. 
Essa condição lhe auxiliará a compreender várias situações. A 
correta compreensão auxiliará na to1nada de decisão precisa 
e com qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante! 
 
Logística Internacional) ( 15 
--- 
 
 
Muitas empresas estão envolvidas nofornecimento 
e na entrega global. As empresas que operam 
globalmente devido à busca por fornecedores 
e produção n1ais baratos, tambéin existem 
muitos outros 1notivos (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
As principais razões pelas quais as e111presas 
desenvolvem capacidades globais podein ser 
analisadas no Quadro 1 que relaciona os objetivos 
das organizações que buscam a globalização 
ou ser globalizadas. Entretanto há aqueles que 
pensam que a 1notivação maior para transferir a 
pródução e a cadeia de suprimentos seja devido a 
mão de obra de custo reduzido, oferta de serviços. 
Mas e1n mercados que oferece1n baixos salários 
há opção da rápida expansão (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
 
 
 
 
Agrande mai01ia das empresas no mundo tem um certo nível 
de operação global, pois trabalham co1n 1natérias-primas ou 
produtos 01iginados de outros países ou ainda tem clientes 
empresas de outros países. 
 
 
16 _,) ( Logística Internacional 
 
Quadro 1: Fundamentação da lógica de e,--pansão 
 
Objetivo Fundamentação lógica 
 
Aumentara 
receita. 
Abrir mais mercados. 
Expandir-se mais que os concorrentes. 
Obter acesso a mercados que limitam o acesso sem 
operações locais. 
 
 
Conseguir 
economias de 
escala. 
Reduzir os custos 
diretos. 
Obter vantagem da capacidade de produção 
disponível 
Obter vantagem de salários ou despesas imobiliárias 
mais baixos. 
Reduzir os requisitos de combustível, diminuindo a 
distância ou alterando o modal de transporte. 
Obter vantágem das diferenças dos requisitos de 
produção. 
 
Avançar a 
tecnologia. 
Obter acesso à tecnologia avançada que pode não 
estar disponível nos locais atuais. 
Obter acesso a conhecimentos especializados ou 
habilidades de linguagem. 
 
 
Reduzir a carga 
tributária global 
da empresa. 
Obter beneficies fiscais locais ou regionais 
relacionados à propriedade, ao estoque ou à receita. 
Obter reduções nos impostos de valor agregado 
devido à localização da produção ou outros 
serviços com valor agregado (isto é, embalagem, 
gerenciamento de estoque, customização). 
Reduzir a 
incerteza de 
acesso ao 
mercado. 
Comprar produtos de locais que envolvem menos 
incerteza nos transportes. 
Comprar produtos de locais que envolvem menos 
restrições de segurança. 
 
 
Melhorar a 
sustenta bitidade. 
Obter produtos ou outros recursos (incluindo 
recursos humanos) de locais que tenham 
disponíbilidade contínua de materiais e 
especialização, como energia ou profissionais 
treinados. 
Fome: BOWERSOX: CLOSS; COOPER; BOWERSOX 2014, pág. 277). 
 
Logística Internacional) ( 17 
--- 
Oaumento da receita se dá co1no consequência da 
abertura de mais mercados, 1nais opções de oferta dos produtos, 
crescendo 1nais que os concoITentes, e atuar em mercados que 
sem atuação local não seria possível acessa-los. Outro aspecto é 
a redução dos custos fixos e a economia em escala; o avanço da 
tecnologia diferenciada que pode ser de difícil acesso no local 
atual. A obtenção de benefícios :fiscais oureduções contribuindo 
com a redução da carga tributária da e1npresa. Esses são alguns 
benefícios que podem ser alcançados por 1neio da expansão da 
operação da en1presa em função da econon1ia globalizada e que 
a logística vem a servir de instrumento para que isso ocorra 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
 
 
 
Comovia deregra as operações globais da cadeia desuprimentos 
estão se tornando habituais seja de fonna direta ou indiretamente. 
O dese1npenho da e1npresa pode ser 1nelhorado empregando 
as compras porque o mercado global oferece oportunidades 
em tennos de volume, receita e participação de 1nercado 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
 
 
Integração global da cadeia 
A 1nanufatura e o comércio global serão be1n-sucedidos, 
se existir u1n sistema logístico eficaz para integrar a cadeia 
de suprimentos. A logística é responsável pelas atividades de 
movimentação, armazenamento para apoiar a integração da 
cadeia de suprin1entos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
 
 
18 ), 
 
( Logística Internacional 
 
A variedade de cenáiios nacionais, políticos e econômicos 
serve de pano de fundo para a logística, que também faz a gestão 
da distância, demanda, diversidade e os documentos reque1idos 
no comércio internacional (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
Cada granderegião do n1u11do temos desafios operacionais 
distintos em seussistemas logísticos. Asdiferentes características 
demandam queas empresas comoperações globais desenvolva1n 
e 1nantenham habilidades e competências específicas para 
cada região ou situação (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
Devemos pensar que a atuar regionalmente ainda é 
factível e viável para algun1as empresas; entretanto aquelas que 
desejam crescer e prosperar tem de enfrentar os desafios de atuar 
como uma organização globalmente integrada (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
 
 
As iniciativas das estratégias dos negócios devem se adequar 
à "medida que uma e1npresa e sua cadeia de sup1imentos se 
tornain progressivamente maisglobais" (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014, pág. 278). 
 
 
Logística em uma economia global 
Operações globais aumentrun o custo devido ao grau 
de c0111plexidade da operação logística. Países da América 
do N01ie gastain cerca de 8,5% de seus respectivos PIBs c01n 
logística. E1n relação à complexidade, as operações globais 
são caracterizadas por maior variabilidade e incerteza, menor 
 
Logística Internacional) ( 19
---
 
controle e visibilidade ao longo de todo processo. As distancias 
geram certo grau de incerteza na operação, prazos de entrega 
1nais extensos e menor conhecimento do mercado são outros 
fatores que influenciam na logística globalizada (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
O incremento na variação é fn1to da documentação e 
ambientes políticos inconstantes. Há usointensivo de intervenção 
gove1nrunental nas áreas de alfândega e restrições c01nerciais; e 
a visibilidade düninui por causa dos tempos maiores de trânsito 
e menos capacidade demonitorar e deterrninru· a localização das 
cru·gas. Essas condições représentrun desafios é complicam o 
desenvolvünentodeumaestratégia comefetividade paraa cadeia 
de suprimentos global (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
 
A Logística no Brasil 
A globalização atingiu praticamente a maioria das nações 
com o incremento do comércio internacional, e trouxe uina 
competição mais acirrada entre os mercados con1petitivos, 
requerendo das organizações alinhamento das suas estratégias às 
estratégias competitivas globais. Assim investimentos em logística 
para alcançru· a economia e produtividade (SEGRE, 2018). 
Hoje a logística se apresenta n1ais estratégica, processo 
coordenado e integrado c01no necessidades do cliente, prazos, 
valor agregado entre outros (SEGRE, 2018). 
A logística está ligada a cadeia de suprimento integrando 
processos-chaves do negócio, com informações que agregam 
valor de forma a todos (SEGRE, 2018). 
Segundo dadosda Associação Brasileü·a de Movünentação 
e Logística - ABML, o índice de redução de custo de uma 
organizaçãó pode chegar a 25% a pru·tir de uma eficiente cadeia 
de sup1imentos (SEGRE, 2018). 
 
 
20 ), 
 
( Logística Internacional 
 
No Brasil e no inundo a logística passa por 1nudanças, 
e1n termos de práticas empresariais, que atingen1 e requere1n 
eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de 
ttansportes e comunicações. O crescimento do comércio 
internacional em função da velocidade da globalização criou 
uma demanda por mn refinamento na logística ínten1aciona4 
que reivindica infraestrutura e práticas empresariais modernas 
para o pleno exercício (SEGRE, 2018). 
No Brasil, a condição econômica do plano Rea4 fez com 
que o comércio internacional, as privatizações da infraestrutura 
são fatores que impulsionaram esse processo. O fim do processo 
inflacionário gerou uma das maiores ünportantes mudanças na 
prática da logística empresarial no país. (SEGRE, 2018). 
Comgastosequivalentes a 10%do PIB,o transporte 
brasileiro possui uma dependência do modal 
rodoviário. No Brasil o transporte rodoviário é 
responsável por 58% da carga transportada (e1n 
toneladas-km), na Austrália, EUA e China os 
valores são 30%, 28% e 19%, respectivamente 
(SEGRE, 2018). 
O crescimento do con1ércio exterior brasileiro 1nostrou 
uma série de fragilidades logísticas do país, c01no as condições 
das rodovias, ferrovias com baixa eficiência, malha insuficiente, 
dificuldade de integração entre as malhas. O transporte marítilno 
sofre pela desorganização e excesso de burocracia dos portos; já o 
transporte aéreo comcustos elevados e carência de investimento e1n 
infraestiutura limitain a competitividadedo modal (SEGRE, 2018). 
O crescnnento do comércio exte1ior brasileiro contribuiu 
para o munente da participação do Brasil nas exportações 
mundiais, que saltou de 0,86% para 1,03% (SEGRE, 2018). 
O modo dutoviário de uma forma mais eficiente esbarra 
no monopólio do setor petrolífero; e o transporte aquaviário 
apresenta ineficiências da n1fraestrutura e altos custos. Apesar 
dos pontos de ineficiência da logística no Brasil, a esperança 
 
Logística Internacional ) ( 21 
---
 
pode ser as perspectivas de investünento e expansão do setor 
(SEGRE, 2018). 
A evolução da globalização e logística 
C01no ténnino da Segunda Guerra Mundial houve o 
desenvolviinento econômico, do fenômeno da globalização dos 
1nercados (DAVID; STEWART, 2010). Assim váiios segmentos 
industriais foram afetados, a demanda por competitividade e 
novas tecnologias. Essas condições obrigaram as empresas a 
atuarem de forma diferenciada em suas atividades e decisões. 
Segundo Bowersox e Closs (2001), en1bora pensem que a 
transferência do sistema produtivo para outro país seja 1não de 
bora de baixó custo, pode ter motivos distintos, como: 
.. aumento da receita; 
h. atingir economia de escala; 
e reduzir custos diretos; 
alavancar tecnologia; 
redução carga de tributos; 
r. dirimir incertezas do mercado. 
A logística internacional enfrenta vários desafios de uma 
região para outra, pois além de aumentar os custos tem u111 grau 
de complexidade expressivo. A complexidade diz respeito às 
especificações legislações de cada país em teimos de aduanas, 
documentos, taxas, procedimentos. Outro fator é a redução 
da certeza na óperação pois as cargas percorrem distancias 
maiores e o controle e acon1panhan1ento dos processos demanda 
conhecimentos específicos para garantir que o planejado com o 
transpo1te da carga ócórrerá (BOWERSOX; CLOSS, 2001) 
Apesar dos enfrentamentos que a logística inte1nacional 
vivencia, não há condições de parar ou dúninuir o processo de 
globalização. Assim deve a logística encontrar soluções para os 
proble1nas e c01nplexidades (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
22 ), 
 
( Logística Internacional 
 
As empresas buscam a aumentar suas áreas de atuação 
baseadas na globalização, que é facilitada pelo desenvolvimento 
de novas tecnologias e inovações (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
 
 
os cinco fatores que conduzem as operações globalizadas são 
a própria cadeia de suprimentos, o crescimento econômico, 
tecnologia,desregulamentaçãoe aregionalização (BOWERSOX; 
CLOSS, 2001). 
 
O crescilnento econfünico após 1945, co1n o fim da IIGM, 
muitos países tiverru.11 suas receitas aumentadas, seja como 
fruto do aumento de países onde atuavain, au1nento do portfólio 
de produtos, crescimentos dos 1nercados, eficiência de seus 
processos. Como o crescimento dos países ricos estabilizou, 
houve a necessidade de buscar novos mercados, para continuar a 
crescer, aumentar a receita e o lucro ao se estabelecer em novos 
mercados. Logo o crescin1ento e o lucros são forças propulsaras 
da abertura de novos mercados (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
Outro fator importante está relacionado com a cadeia de 
suprimentos, e1n grande escala, mas os empresários notaram 
que ao aumentar a cadeia, trunbém tinham que aumentar os 
ativos necessários para o controle efetivo. Então a opção foi 
a terceirizar, contratar serviços de terceiros para dar subsídio 
no crescimento globalizado; firmando parcerias, alianças com 
novas empresas para atuar de 1nelhor forma nos novos mercados 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
A regionalização foi Uin fator preponderante para dar 
sustentabilidade para o desenvolvimento de novos mercados fora 
de seu país deorigem.Aregionalizaçãose explica pela preferência 
da escolha de países localizados na mesma área geográfica, 
 
Logística Internacional ) ( 23 
 
 
de países de semelhanças de população, poder econômico. O 
comércio nessas regiõesé facilitado, seja pordeduções ou isenções 
de tarifas, exigências tarifárias e alfandegáiias, documentações 
semelhantes, fómentando o trânsito de 1nercadorias e o comércio 
entre os países, como se estivesse acontecendo dentro do próprio 
país (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
Todavia a logística globalizada tenha tantos pontos 
que favorecem e traz oportunidades a vái·ios países e pessoas 
de desenvolvimento, pode1nos elencar barreiras a logística 
globalizada, apesar de toda a tecnologia. Três barreiras são 
significativas: barreiras financeiras, canais de distribuição e 
mercados e concorrência. 
Figura 1 - Barreiras à logist,ca inremac,onal 
 
Mer1..adoe 
Concorrenc1a 
 
Fntr;ida; 
lnformaç..,1o; 
r ormulaçao de 
Preço 
Con 
Barrt1ras 
Financeira 
 
Prc•v1sao; 
l)ehcl<'ncla, 
lnstrtuclonats 
Canc:11sde 
D1str1bu,cao 
 
lntra<>stnmira, 
He, trlçoes de 
Comerc10; 
 
 
 
 
Barreiras.a 
Logrstlc., lnt marlonal 
 
 
Gerenclam<'nto da 
1ogr,tl<a Globalizada 
Su1..e:,50 nas Operaçô-es 
lnternaoona,s 
 
 
VantagensPolene1a1\. 
do Comilrclo Internacional 
 
 
Fonte: Editorial Telesap,ens 
 
A concorrência e 111ercados tornan1 mais trabalhosa ou 
dificultrun a entrada de concorrentes, a oferta de informações 
e ainda podem dificultar a formaçâo de preços. Também há 
as bruTeiras fisicas e legais às Ílnportações, as dificuldades e 
barreiras ilnpostas pelos gove1nos,, a falta de informações, a 
documentação e tarifas alfandegárias. 
 
 
24 ), 
 
( Logística Internacional 
 
As baITeiras :financeiras se configuram em função das 
dificuldades de previsões, taxa de câmbio, novainente as 
atividades alfandegárias e as políticas gove1namentais no que 
diz respeito as ações :financeiras. Nesse escopo as brureiras de 
infraest1utura institucional estão relacionadas con10 bancos, 
seguradoras, assessores ju1ídicos e transportadoras atuam. 
A incerteza :financeira sómada a insegurança institucional, 
traz dificuldade ao planejamento :financeiro que acarreta até 
problemas de estoque e de1nandru· maiores volumes :financeiros 
para dar suporte a operação. 
 
 
 
 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Aliigo: "O 
papel da logística no processo de globalizaçãoe de integração 
teITitorial brasileira, no link: http://bit.ly/2N8KAJ8 
 
 
E então? Gostou do que lhe1nostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para tennos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que a econonúa globalizada, 
de1nanda para seu suporte uma logística globalizada igualmente 
para dar suporte e pleno atendimento. As empresas tem vários 
objetivose buscamaintegaração globaldascadeiasdesuprimentos. 
A logística internacional enfrenta vários tipos de brureiras nos 
diversos países, sejam barreiras :financeiras, no mercado e de 
distribuição. Tainbém as definições governrunentais trazem 
outros tipos de baneiras como crunbio, :financeiras, aduaneiras, 
documentação de que a logística internacional deve superar para 
prover um serviço comefetividade pru·a o atendimento aosclientes 
e1n qualquer parte do mundo. 
http://bit.ly/2N8KAJ8
 
Logística Internacional ) ( 25 
--- 
Aspectos da Logística globalizada 
 
 
 
 
 
Ao término deste capítulo você será capaz de entender os aspectos 
da logística globalizada que tem dependência direta com a cadeia 
de suprimentos. O entendimento desta relação será in1portante 
para o exercício profissional. A correta compi-eensão auxiliará na 
tomada de decisão precisa e c01n qualidade. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 
 
 
 
Estratégias de globalização 
A logística acompanha a globalização da cadeia de supri- 
1nentos e pode ser caracterizada utilizando-se quatro estratégias 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014): 
nenhu1na estratégia internacional; 
h estratégia doméstica múltipla; 
e estratégia global; 
d estratégia transnacional. 
Vamos conhecer os tipos de estratégias. A primeira 
representa as e1npresas que não dispõem de uma estratégia 
internacional e ten1 apenas operações domésticas. Pode até ter 
umas poucas transações inten1acionais na forma de tercei:rização 
ou entrega. massem ter definidó uma estratégia sistemática ou um 
plano para organizar ou aumentar as operações inte111acionais. 
Como vantagem das operações domésticas é ter complexidade 
reduzidas e baixa complexidade e reduzida coordenação entre a 
cadeia de supriinentos e as outras funções da organização. Como 
desvantagens estão a dificuldade de responder a clientes globais 
 
 
26 ), ( Logística Internacional 
 
 
e o crescimento lünitado aos mercados locais (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
A segunda estratégia doméstica múltipla, que se define 
por einpresas que operain em vários países, tendo o país de 
orige1n como dominante. As empresas costumam ter cadeias 
de sup1i1nento específicas e parciahnente autônomas e1n cada 
região de atuação. As operações internacionais são utilizadas 
para apoiar as operações domésticas, com suprimento de 
matérias primas e bens para venda; logo cada operação logística 
e da cadeia de suprimentos dentro de cada região é independente 
de outra. Como vantagem da estratégia doméstica múltipla é que 
a empresa pode se concentrar nos 1nercados locais, reduzindo 
a necessidade de coordenação geral. Já como desvantage1n 
pode elencar que não responde be1n aos clientes globais e tem 
dificuldade de desenvolver economias de escala (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
A terceira estratégia - operações globais, está relacionada 
com as operações transfronteiriças, tendo alguma adaptação 
para o n1ercado de atuação. Nonnaln1ente há uma única sede 
que coordena as operações a nível globo, as atividades logísticas 
e da cadeia de suprimento oconem em pelo mundo todo. As 
características do mercado regional estão concentradas na região 
de atuação. Pode até haver forças para coordenar as atividades da 
cadeia de supri1nentos entre as regiões; todavia não há desejo em 
reduzir a con1plexidade da fabricação, da logística. As transações 
entre países diferentes são vistas como transferências internas da 
empresa. A integração 1nais avançada nessas organizações ocorre 
na integração global das finanças. Outras integrações como o 
desenvolvimento de produtos, o marketing, são menos usuais. 
Como vantagens das operações globais são a concentração e1n 
vários mercadoslocais, atendimento das necessidades dos clientes 
locais, e a condição de ter vantagem de produtos e marcas globais. 
Mas co1no desvantagens estão a dificuldade para responder de 
maneira integrada aos clientes globais e não ter economia escalável 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
Logística Internacional ) ( 27
---
 
Aúltima mas não 1nenos importante estratégia é a 
transnacional, que caracteliza as empresas que mantém 
operações m regiões distintas em todo o globo, e usain est:J.uturas 
centralizadas para au1nentar a eficácia das atividades da empresa 
e seu desempenho. Pode ter operações regionalizadas, mas 
certas atividades podem estar e1n regiões estratégicas para 
assegurai· a perspectiva global. O objetivo é gerir as atividades 
na região que consegue coordenar ou executai· melhor essas 
atividades. Assiln as empresas pode1n optai· por 1nanter uma 
quantidade limitada de centros de atendimento ao cliente, 
instalações de cont:J.·ole da produção e quantidade limitada de 
centros de c01npras. C01no vantagens da estratégia transnacional 
são foco global no desenvolvünento e no fornecin1ento de 
soluções. oferecer economias de escala, ser expansível. E como 
desvai1tagens requer coordenação especializada e integração 
das inforn1ações, reduzindo a capacidade da empresa responder 
aas particularidades de cada mercado (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
A Figura 2 representa co1no as empresas conseguem 
evoluir sen1 ter uma estratégia internacional. No eixo horizontal 
está a capacidade deresposta local, e não eixo vertical o nivel de 
integração global. A categoria nenhu1na est:J.·atégia internacional 
pode ter uma capacidade de resposta no país de origem, mas 
não demonstra qualquer capacidade de resposta fora do país 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
Mas a estratégia doméstica múltipla pode ser focada 
nos mercados individuais, se1n un1 caminho para a integração 
global. A empresa com estratégia global se move para uma 
operação global ampla, co1n adaptações e operações pai·a o 
1nercado local, mas mantén111111a sede global central que tende 
a orientar a estratégia e as operações. Esforços são feitos para 
padronizar produtos e soluções, e as atividades são centralizadas 
co1n a perspectiva global (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
 
 
28 _,) ( Logística Internacional 
 
figura 2 - Estratégias de globalização 
 
 
 
 
Integração Global 
Alta 
 
 
 
Baixa 
Estratégia 
global 
 
 
 
internacional 
Estratégia 
Transnacional 
 
 
doméstica múltipla 
 
Baixa Alta 
Capacidade de Resposta Local 
 
Fonte: Editorial Te1esapiens 
O Quadro 2 compara as varias características da 
lógística e da cadeia de suprimento globais pelas perspectivas 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014): 
a. produtos; 
. estratégia de mercado; 
e estratégia da cadeia de suprimentós; 
cl. estratégia de gestão; 
\ . desenvolvilnento de recursos humanos. 
Quadro 2 - Característicasdiferencia,is das estratégias globais 
 
 
Estágios de 
globalização. 
 
 
Produtos. 
 
fatratégia.s de 
mercado 
 
Estratégia 
da cacle,a de 
suprunemos. 
 
Estratégia de 
Gestão. 
Desenvol- 
Yimeruo de 
recursos 
humanos. 
 
Nenhuma 
estratégia 
iruemacional. 
Produto 
padrão para 
o mercado 
local. 
 
Estratégia 
única focada no 
mercado local 
 
Direto ao 
·cliente. 
 
Finanças 
Simples. 
 
Inmirivo. cow 
especialização 
limitada. 
 
Estratégia 
doméstica 
múltipla. 
Comercia- 
liza,ão e 
logística 
domê,sticas. 
 
Clierues 
domésticos 
 
 
Colaboração. 
Transação 
condllzida 
por finanças 
integradas. 
 
Gestão com 
foco nopais de 
engem. 
Nenhumaestratégia Estratégia 
 
Logística Internacional ) ( 29 
 
 
 
 
Estratégia 
global.. 
 
CllSIOlllÍza- 
çâopara 
mercaclo.s 
locais. 
Foco em áreas 
especificas do 
mercado que 
podematravessar 
froméu:as interna- 
CIOl13JS. 
 
Subsidiárias 
com 
presença 
local 
Operações 
clesceruralizadas 
com responsa- 
b1lic!acle pela 
renfabiliclacle 
local 
 
Afta direção 
comcerm 
expenéneta 
internacional 
 
Estratégia 
Transna- 
cional. 
Marcas 
globais e 
operações 
integradas. 
 
 
Clientes globais. 
Fluxo 
mundial de 
recursos- 
chave. 
PlaneJamento 
c.entrahzaclo 
em escritórios 
globais. 
 
Tre1namemo 
e ei-.-periênoa 
internacionais. 
Fonte: (BO\VERSOX: CLOSS; COOPER; BO\VERSOX, 2014, pág. 2Sl} 
 
Mesmo que considerarmos haver mais sinergia com 
marketing, portfólio de produtos e operações quando a empresa 
passa a evoluir do estágio de nenhuma estratégia para uma 
estratégia transnacional, há desafios relativos à gestão e ao 
desenvolvimento de recursos hu1nanos (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
As decisões logísticas em várias dimensões são afetadas 
nas estratégias domésticas múltiplas, globais e transnacionais. 
As opções de suprimentos e recursos podem ser influenciadas 
por restrições aitificiais como definidas por governos sob a forma 
de restrições de uso, leis de nacionalização ou sobretarifas. Uma 
restrição de uso é u1na limitação que restlinge o nível de vendas 
ou compra de produtos importados; ou as leis de nacionalização 
de componentes especificam o percentual dos componentes de 
um produto que devem ser fornecidos pela economia local; e 
as sobretarifas envolvem cobranças mais elevadas por produtos 
de origem estrangeira (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
A escolha do fornecedor preferido, pode ser aferrada pela 
c01nbinação das restrições de uso, as leis de nacionalização 
de componentes e as sobretarifas (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
Para a logística a complexidade do planejamento amnenta 
face as restrições do local; sendo que um objetivo fi.mda111ental 
da logística é proporcionar um fluxodeprodutos afundefacilitar 
 
 
30 ), ( Logística Internacional 
 
 
a utilização eficiente da capacidade (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
Uma terceira condição, as operações globais runplirun os 
sisten1as e práticas de logística domésticas pru·a uma gama de 
locais e runbientes de operação. Apesar da estratégia doméstica 
introduzir diferenças regionais nas operações logísticas, as 
operações globais aportrun un1a complexidade maior. A gestão 
logística quase sempre deve se ambientai· com a cultura, idioma, 
e1npregabilidade e política do local de atuação (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
Gerenciando a logística global 
A capacidade global de uma empresa é aprimorada quando 
a gerência delogística considera cincodiferenças entre operações 
domésticas e internacionais e que deve1n ser incorporadas 
à estratégia operacional global da empresa (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
a. estrutura do ciclo de atividades; 
., transpo1ies; 
•'. considerações operacionais; 
cl. integração dos sistemas de informação; 
'. alianças. 
A estrutura do ciclo de atividades, a duração do ciclo de 
atividades é u1na grande diferença entre as operações domésticas 
e as internacionais. Os motivos dessa diferença temporal estão 
vários sintomas como atrasos nas co1nunicações, .financeiro, 
embalagem, frete e a liberação alfandegária, entre outros. A 
comunicação pode teratraso porcausade fusohorário e idioma; os 
problemas financeiros são causados pelas exigências de tradução 
de documentos e câinbio das1noedas. Nas embalagens especiais 
podem ser necessárias para proteção dos itens no trru1Sporte. Os 
problemas de segurança pode1n gerar atrasos adicionais; assim 
como a disponibilidade de contêineres para os envios mruitiinos 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
Logística Internacional ) ( 31 
--- 
Esses são alguns fatores que contribuem para que os 
ciclos de atividades logísticas internacionais sejam mais longos 
e 1nenos flexíveis do que nas operações do1nésticas típicas. 
Essas condições tórnam ó planejamento e a coordenação mais 
c01nplexas. Um ciclo de atividades mais longo ta1nbém requer 
um maior compro1netÍlnento de ativos, visto que há u1n estoque 
significativo em trânsito (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
Nos ttansportes houve quatro importantes mudanças 
globaiscomoapropriedade eoperação intermodal; aprivatização; 
a cabotage1n e acordos bilaterais e as restrições de infraestrutura 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
Apesar de algumas restrições existirem no transporte, os 
ruTanjos de marketing e aliru1ças entre países contribuírrun para a 
flexibilidade dostransportes (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; 
BOWERSOX, 2014). 
Outra importante condição que regiões sofre111 con1 as 
restrições na infraestrutura tisica, pois as operações globais 
aumentam a demanda por capacidades portuárias e aeroportuárias. 
Apesru· da tecnologia da informação, o aumento do volume 
ainda resulta em congestionrunentos e111 portos e aeroportos 
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
C01no considerações operacionais, as operações 
inte1nacionais normahnente requerem idiomas distintos para 
os produtos e para documentos. Sob a perspectiva lógística, os 
 
 
Acesse o artigo 'Segundo o Banco Mundial nossa logística 
1nelhorou', disponibilizadono Guia Marítimo e faça suas análises. 
Acesse: http://bit.ly/2QD4IoX. 
http://bit.ly/2QD4IoX
 
 
32 ), ( Logística Internacional 
 
 
idiomas au1nentam a complexidade. As operações internacionais 
podem exigir documentação em diversos idiomas para cada 
país pelo qual a carga deve passar; mas essas dificuldades de 
comunicação e documentós podem ser deixadas de lado usando 
as transações eletrônicas padrões (BOWERSOX; CLOSS; 
COOPER; BOWERSOX, 2014). 
A integração dos sistemas de infonnação é um desafio na 
globalização. A integração operacional exige a capacidade de 
direcionar as ordens dos clientes e gerir os estoques e111 todo 
o mundo. A integração tecnológica representa investi.J.nento 
de capital, para apoiar as operações globais (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
A crescente i.J.nportância das alianças com outras empresas 
sejam ilnpmtantes nas operações no seu país de origem são 
fundamentais no comércio inte1nacional; pois sem as alianças, a 
e1npresa deveria operar no 111undo todo. As alianças internacionais 
oferecem acesso ao mercado e à especialização, pois as 
alternativas e a cmnplexidade da globalização requer alianças. 
Logo a globalização é uma fronteira evolutiva que exige cada 
vez mais integração na cadeia de suprimentos. À 1nedida que as 
e1npresas expandem para mercados internacionais, a demanda por 
c01npetência logística aumenta, pois, as cadeias de suprimentos, 
as vaiiações e as incertezas ficam 1naiores, e será necessário 
providenciar mais documentação. O desafioé posicionar a e1npresa 
pai·a obter vantagens dos beneficies do mercado e da produção 
globais co1n competência logística mundial (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 
 
Logística Internacional ) ( 33 
 
 
 
 
 
 
 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte 
fonte de consulta: Artigo: A logística e o n1undo globalizado. O 
1naterial está disponível no link: http://bit.ly/2tFuJeq. 
 
 
E então? Gostou do que lhe móstramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você reahnente 
entendeu o te1na de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter notado com os aspectos da logística 
globalizada a empresa pode optar por qual estratégia adotar para 
acessar o mercado internacional,1nesmo não tendo uma estratégia 
definida. Mas pode evoluir segundo seu posicionan1ento no 
1nercado. Para dar suporte e desenvolvimento a essa condição 
acadeia de suprimentos e a logística são importantes para 
atender as deinandas do cliente con1 demandas específicas em 
uma economia globalizada. A logística por estar presente desde 
a estrutura da organização sede até o cliente, deve se adaptar as 
condições do mercado inteinacional no que tange o transporte, 
as legislações inte1nacionais, as definições governamentais, 
as aplicações de tarifas. Trunbém deve fazer atenção em 
relação as restrições aplicadas no sisteina logístico em tennos 
operacionais. As alianças no âinbito inten1acional fomentam 
parcerias in1portantes para a empresa em outro país que não o 
seu de orige111 facilitando seu desenvolvimento. 
http://bit.ly/2tFuJeq
 
 
34 ), ( Logística Internacional 
 
 
Estágios das Operações Globalizadas 
 
 
 
 
 
Ao término deste capítulovocêserá capazde entender os aspectos 
dos estágios das operações globalizadas. O entendimento 
desta relação será importante para o exercício profissional. A 
coneta compreensão auxiliará na tó1nada de decisão precisa 
e com qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante! 
 
Aspectos da logística globalizada 
Atuahnente há movimentos no mercado inten1acional, 
pois novos 1nercados são abertos e os mercados que já existia1n 
estão em cresci1nento. As econ01nias das nações industlializadas 
estão saturadas e assün buscam outras opções de mercado em 
outros países (NOGUEIRA, 2018). 
Devido ao au1nento da competitividade, a diminuição 
dos ciclos de vida dos produtos e o aumento na diversificação, 
consumismo intensificado, tecnologia, a globalização nos 
dá acesso a qualquer produto em qualquer parte do mundo 
(NOGUEIRA, 2018). Assim a globalização está relacionada à 
crescente dependência entre ospaíses, traduzida pelos crescentes 
fluxos internacionais de bens, serviços, capital e conhecimentos 
(NOGUEIRA, 2018). 
Mas para queos produtos sejam Ílnportados ouexportados, 
deveinos seguir as definições de regras internacionais e do 
país de origem para que a operação ocona dentro das normas 
específicas da lei, desde a solicitação de con1pra do cliente até o 
recebimento do material (NOGUEIRA, 2018). 
 
Logística Internacional ) ( 35 
---
 
Ai n 1 p o r t â n c i a de definirmos o modal de transporte 
adequado, os procedimentos e documentos utilizados devem 
seguir todos os trfunites e exigências da legislação em vigor 
(NOGUEIRA, 2018). 
Deve-se pensar que em um mundo crescentemente global, 
ne1n todos os países estão integrados da 1nesn1a forma na 
econo1nia global (NOGUEIRA, 2018). 
A gestão de um sistema de distribuição global é mais 
complexa quando comparado com a logística doméstica. Assim 
analisar o ambiente internacional e planejar e desenvolver 
procedimentos para monitorar o do sistema logístico no exterior 
é necessário (NOGUEIRA, 2018). 
Para ser global a empresa deve coordenar um complexo 
conjunto de atividades para ter o n1enor custo logístico total; 
assim ganha vantagem c01npetitiva em seus mercados-alvo 
internacionais (NOGUEIRA, 2018). 
As e1npresas devem estruturar sua organização logística 
glóbal, sendo que (NOGUEIRA, 2018): 
estlutura estratégica e o controle geral dos fluxos 
logísticos: centralizados para a otimização dos custos en1 nível 
inundo· 
' 
-controle e o gerencia1nento do serviço ao cliente devem 
ser locais para garantir a obtenção e manutenção de vantagem 
c01npetitiva; 
L aumento da tendência para a aquisiçãó de todas as 
necessidades em terceiros. 
'- siste111a global de informações logísticas é o pré- 
requisito que possibilita a satisfação das necessidades locais de 
serv1çós. 
 
 
36 ), ( Logística Internacional 
 
 
A empresa global 
A empresa global devem ser apresentar múltiplas 
identidades para fazer frente às demandas do 1nercado. A 
einpresa globalizada deve saber identificar e avaliar estratégias 
alternativas; e em termos de logística deve ser analisado c01n 
cuidado pois os investiinentos em fo1necedores, estrutura fisica 
e alianças com clientes são ünportantes. O escopo geográfico 
exerce papel fundamental nos custos operacionais, riscos de 
investiinentos face as dimensões do negócio e sua complexidade 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
Outro aspecto importante esta relacionado com o 
desenvolvimento e Ílnplantação de sistemas e procedimentos 
flexíveis. Alogística noescopo macro se ocupac01nas econo1nias 
de escala em operações globalizadas; mas o atendimento deve 
ser local para não perder a sensibilidade e o contato com esse 
mercado, c01no idi01na, cultura do país. Atenção deve ser feita 
a documentaçãó exigida, tipos de embalagens, por exemplo. A 
e1npresa deve ter procedimentos, mas tainbém deve ser flexível 
ao ponto de cada operação ter a liberdade e a facilidade dentro 
do escopo maior da organização em adaptar-se as demandas 
locais (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
 
Para saber um pouco mais a respeito de exportações e a cultura 
de outros países, acesso o artigo: Exportação: como as diferenças 
culturais podem in1pactar seu negócio no link:http://bit1yi37UMLbn. 
 
http://bit1yi37umlbn/
 
Logística Internacional ) ( 37 
 
 
Estágios de operações globalizadas 
Asempresas podem apresentar diferentes níveisde estágios 
de operações globalizadas, desde o estágio inicial classificado 
co1no relacionamento distante até o mais evoluído denominado 
operações desnacionalizadas. 
Figura 3 - Grâfico relação nsco retomo nas Opel'ações global1.zadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o 
E 
a.: 
8 
Ili 
ii: 
 
 
 
 
 
Relacionamento AtividadeInterna 
Distante de uportação 
(Estágio11 (Estóglo2) 
 
Operações em Operações com Operaçõe.s 
p1lsestrangeiro conhecimento desnacionalizadas 
(Estágio 31 genuln•m•mle locol (EmgloS) 
(EsláQlo4) 
 
Fonte: Editorial Telesap,ens 
 
Outro detalhe in1portante é 0 ciclo de duração de cada 
estágio, que retrata a filosofia da gestão da e1npresa. Os cinco 
estágios são (BOWERSOX; CLOSS, 2001): 
Relacionamento distante; 
h. Atividade inte1na de exportação; 
e Operações em país estrangeiro; 
Operações com conhecimento genuinamente local; 
Operações desnacionalizadas. 
 
 
38 ), 
 
( Logística Internacional 
 
A situação do relacionamento distante é marcada pelo 
distanciamento da empresa e um distiibuidor internacional 
que atende uma região ou país. A empresa tem expeiiência 
inte1naciónal restrita, age pôr consignação ou venda de seus 
produtos para mna terceira en1presa que por sua vez atua 
no 1nercado internacional. Essa empresa terceira assume a 
responsabilidade de receber pedidos de compras, gerir estóque, 
gerenciar as operações. Esse tipo de situação tein seu lado 
positivo que é a redução significativa do risco da e111presa no 
mercado inte1nacional, pois está atuando em conjunto sob a 
liderança da empresa terceira no mercado internacional; logo 
está mais preservada de problemas. Mas te1n também o lado 
negativo, queé a redução da margem de contribuição da empresa 
e menor controle logístico na operação, além da redução do 
controle comercial iguahnente (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
O segundo estágio está relacionado com a atividade interna de 
exportação, que envolvem as e111presas que já tem habilidades 
para gerir documentos e transporte internacionais. Mas ainda 
temos a presença do agente ou distribuidor local que se ocupa 
do controle do estoque, da comercialização, faturamento e todo 
suporte para o produto. Se a empresa decidir assumir 1nais 
funções podesignificar aumento de custooperacional. A empresa 
consegue manter sua 111argem de contribuição, ocupando-se de 
algmnas atividades de exp01tação, mas ainda dispondo de um 
terceiro especializado em 111arketing, comercial. Pelo fato da 
e1npresa não ter presença estabelecida no exterior, as percepções 
de oportunidades no mercado externo con10 necessidades 
especiais, particularidades (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
 
Logística Internacional ) (39 
---
 
As operações em país estrangeiro têm como característica 
principal o desenvolvimento de atividades locais no país 
estrangeiro, como atividades de marketing, produção, vendas e 
distribuição. A condição de estar instalada no país estrangeiro 
aumenta a condição de sensibilidade e percepção do n1ercado 
das demandas do mercado e a empresa começa a ter presença no 
1nercado local. As empresas tem por hábito aplicar as normas e 
procedilnentos da empresa 111atéria em sua nova unidade para a 
manutenção de padrão; inclusive1não de obra para garantir que as 
novas operações tenham os mesmos padrões dan1atriz. Essa nova 
empresa refletirá co111 intensidade as definições da empresa sede. 
A presença no país amnente a percepção do mercado local,.mas 
ainda tem total apoiodaen1presa sede emte1mos de procedimento, 
condutas, valores e operações (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
Um estágio mais evoluído diz respeito as operações 
internacionais tem menos relações com a nacionalidade, e 
desenvolve práticas comerciais locais. A e111presa nesse estágio já 
contrata executivos locais para as áreas de vendas e n1arketing, os 
quais sãoapoiados pela empresa sedeemrelação a procednnentos. 
Assim que se estabelece o conhecimento local com originalidade, 
começa a ser criada uma filosofia distinta daquela do país de 
origem, mas a filosofia da en1presa sede continua presente e 
donlinante na empresa local. Todas as operações internacionais 
sãoainda avaliadas sobo controleda empresa sede(BOWERSOX; 
CLOSS, 2001). 
O estágio final da evolução das e1npresas é o de operações 
desnacionalizadas, na quais s.ào mantidas as operações no país 
local e tein se a criação de uma sede regional para acompanhar 
e supervisionar a coordenação das operações na área. A empresa 
não tem nacionalidade definida, pois muitas vezes éun1conjunto. 
As operações operam em ações de marketing e vendas tem apoio 
de operações globalizadas de produção e logística; ta1nbém 
as fontes de sup1imentos e decisões de marketing tem opções 
globalizadas igualmente. Os procedimentos são elaborados para 
atender as demandas lócais (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
 
 
40 ), ( Logística Internacional 
 
 
Estágios de operações globalizadas 
Agora vamos estudar a internacionalizaçãodas empresas e 
as demandas nas empresas e benefícios. 
As empresas atuantes no c01nércio exterior buscam manter 
suas marcas e produtos nos mercados estratégicos; e esse nível 
de envolvimento está diretamente ligado ao grau de potencial do 
mercado, e dizrespeito também ao quanto os futuros consu1nídores 
são exigentes. Assim a c9nstante pesquisa dá condições para a 
empresa saber definir o n101nento correto de investir no mercado 
estratégico. O ato de pesquisar é Uln ato desafiador, seja pelas 
análises de cenáiios, propostas e a gestão de fatores internos e 
externos a e111presa. Um importante aspecto na formulação da 
estratégia de marketing é definir qual será o mercado alvo para a 
exportação, com estudo de possibilidades, c1itérios de marketing, 
estratégia global da empresa (PIGOZZO, 2012). 
As empresas que atuam no mercado nacional já demandain 
Ulnesforço concentrado, atuar no mercado inte1nacional apresenta 
Ulna 1naior complexidade e requer da empresa candidata a esse 
mercado externo uma gestão adequada do marketing internacional 
(BERNARD, 2013). 
A definição da entrada em empresa no n1ercado exten10 
seja co1no estágio inicial de um processo de ínte1nacionalização, 
ou um estágio mais evoluído como extensão de desenvolvimento 
da empresa (PIGOZZO, 2012): 
Definir 0 mercado alvo é prévio ao desenvolvin1ento do 
programa de marketing; a localização e a natureza dos mercados 
e sua capacidade de coordena-los dirão ó quanto a empresa é 
competente e o estabelecimento no mercado inten1acional deve 
estai·adequada a estratégia global da empresa (PIGOZZO, 2012). 
Vale destacar que a estratégia, a decisão de seleção do 
mercado, do modo de entrada, óperação e direcionrunento do 
mercado normaln1ente afetam n1ais as operações de exportação 
(PIGOZZO, 2012). 
 
Logística Internacional) ( 41
---
 
Oprimeiro passo para a seleção do1nercado alvodiz respeito 
ao estabelecimentodo perfil do produto mercado, e conhecer quem 
compra ou não compra o produto, a funcionalidade do produto, 
qual preço praticar, onde e quando pode ser cómprado o produtó, 
que soluções o produto apresenta. O mix de 1narketing serve de 
fonamenta para definir seginentos e nichos de 1nercado para o 
próduto, o preçó, a praça e a distribuição (PIGOZZO, 2012). 
Uma fo1ma 1nais ágil e menos custosa para a entrada no 
processo de entrada e expansão é abordar os países próximos, 
por ter condições culturais semelhantes e devem considerar 
os indicadores econô1nicos, sociode1nográficos, o acesso a 
esse mercado e suas legislações, custos logísticós, valór do 
frete e demanda temporal, eventuais adequações ao produto. 
Os mercados são c01nparados por critérios de PIB, taxa de 
crescin1ento, condições logísticas, legais (PIGOZZO, 2012). 
Como fontes de informações dos mercados alvos, tem- 
se as inte1nas obtidas dentro da empresa, as fontes externas, as 
institucionais, docun1entais ruretas ou indiretas (PIGOZZO, 2012). 
As pequenas e médias empresas óptam pela exportação 
como forma de internacionalização da e1npresa, pois instalar- 
se em outro país envolve u1na grande gama de riscos e custos. 
Em te1mos financeiros deve-se definir cmn atenção a condição 
de pagainento e financia1nento, conhecer as normas bancárias 
pai·a as operações de cà1nbio, gestão logística e financeira com 
exatidão (PIGOZZO, 2012). 
As exportações pode1n ser diretas na qual o exportador 
é fabricante das n1ercadorias e isenta de impostos; e a indireta 
o expoliador é runa empresa comercial exportadora, que tem 
suspensão dos impostos até que seja con1provada a exportação 
através do e1nbarque e o recebimento do pagamento. Há um 
terceiro tipo, com a venda realizada dentro do país, na qual o 
fabricante entrega as mercadorias para uma comercial expmtadora 
(trading company), constituída segundo a Lei nº 1248 de 29 de 
novembro de 1972, que define incentivos fiscais específicos para 
as exp01tações realizadas sob essa tipologia (PIGOZZO., 2012). 
 
 
42 ), 
 
( Logística Internacional 
 
Para que a comercialização internacional ocorra é 
necessário u1n conjunto de ações para se ter a concretização dos 
negócios no mercado internacional; e essas ações c01nbina1n 
a pesquisa e seleção de mercados, eventualmente negociação 
com intermediários, contatos com futuros clientes, publicidade, 
propaganda, questões logísticas de armazenagem distribuição, 
ttansporte no país de destino, questões financeiras e bancárias, 
atendin1ento das normas legais, documentações, entre outros 
(PIGOZZO, 2012). 
Aexportação direta ofabricante trunbém é o exportador; logo 
desde o processo produtivo, ação c01nercial no exterior, logística 
de exportação, atividades do mru·keting internacional, pesquisa e 
seleção de compradores, negociações dentre outras atividades são 
responsabilidade do exportador. Apreparação conforme acordada, 
datas e prazos devem ser respeitados. O exportador te111 controle 
total do processo de exportação e do composto de 1narketing, 
o acesso aos incentivos fiscais, aprendizagem sob todas essas 
atividades, desenvolvimento da vantagem con1petitiva, 1nelhoria 
contínua, imagem mais valorizada no mercado e presença 
internacional damarca.Aempresa precisa ter disciplina, organizar- 
se internamente (PIGOZZO, 2012). 
 
 
Aexp01iação indireta, oprocessofabriléderesponsabilidade 
do fabricante; n1as o processo de c01nercialização no mercado 
internacional e pacote logístico é subordinado a runinte1mediário. 
A trading compru1y ou agente de c01npra, compram a mercado1ia 
 
 
 
O artigo a respeito 'Será que já estamos preparados?' Aborda 
reflexões que dizem respeito a postura da empresa brasileira,do 
exportador. O material está disponível em: http://bit.lv/2T7hldF 
http://bit.lv/2T7hldF
 
Logística Internacional ) ( 43 
---
 
ee f e t u a m a venda no mercado externo. O fabricante atua co1n a 
venda usual no n1ercado interno; o intermediário é responsável 
pela expo1tação. Esse tipo de operação tem algumas vantagens 
como o produtor objetivar a produção, agilidade nas vendas no 
país de origem, nãohánecessidade deter estrutura especializada, 
sem custos de comercialização no exterior e sem demanda de 
estrutura logística. Porém o lucró maior nessa operação fica com 
o intermediário queefetua a vendanoexte1ior (PIGOZZO, 2012). 
O produtor também te1n lucro; porém a maior parte fica 
c01n o intermediário. Esse tipo de operação é recomendado 
para empresas de pequenó pórte que estãó iniciando suas 
operações, além de sere111 esporádicas. Já o intermediário pode 
auxiliar o produtor em outras atividades, como design, gestão de 
suprimentós. Destaque-se que quando houver um inte1mediário 
na operação de exportação, os incentivos e beneficies oferecidos 
por parte do governo federal aplicam-se ao exportador, e não ao 
fabricante (PIGOZZO, 2012). 
Temos trunbém a expórtação associativa que diz respeito, a 
produção te111a responsabilidadedividida entre váriosprodutores, 
sendo a c01nercialização e a logística estão sob responsabilidade 
de uma cooperativa de exportação ou consórcio. A produção 
está sob controle da associação, além de atividades co1no gestão 
de suprimentos, design, desenvolvnnento e pesquisa, gestão 
ad1ninistrativa e financeira (PIGOZZO, 2012). 
O consórcio pode oco1Ter sob a forma ocorrer sob a 
fo1ma de consórcio horizontal, quando os produtores produzem 
os mes1nos tipos de itens, para ter incremento de volume de 
exportação. Ou pode ser trunbém sob a fonna de consórcio 
vertical, que ocorre quando os produtores produze111 partes 
distintas que se comple1nentam. Há vantagens nesse processo, 
c01no a concentração do exportador na produção, mercados 
diversificados, custos reduzidos devido a divisão entre as 
empresas, riscoscompaitilhados e incentivos próprios destinados 
a consórcios (PIGOZZO, 2012). 
 
 
44 ), 
 
( Logística Internacional 
 
As exportações podem oconer sob meios não comerciais 
de entrada e operações nos 111ercados externos; e dentre essas 
condições estão as modalidades contratuais que constituem os 
contratos de fabricação, montagem, licenciamento, franquia e joint 
venture (formação de associação de en1presas) (PIGOZZO, 2012). 
O contrato de fabricação consiste no contrato de u1n 
fabricante local que fica responsável pela produção da produção, 
tendo o controle do111arketing inte1nacional, ações comerciais no 
mercado alvo. Condição útil para e1npresas destinadas a países no 
qual o tamanho do mercado ainda não garante a instalação de uma 
fábrica no exterior. O contrato deve ter cláusulas que o fabricante 
guardará os padrões de qualidade e entregas (PIGOZZO, 2012). 
 
 
 
Temós também os contratos de montagem de produtos 
no exterior que consiste em enviar partes, peças e efetuar a 
montagem no país de destino; tendo a vantage1n de iinposto 
de importação no país de destino seren1 menores quando 
comparados com os impostos de produtos acabados. S empresa 
exportador envia kits com os co1nponentes e peças chrunados 
CKD (C01npletely Knock-Donw). O contrato para montagem 
no exterior a empresa montadora não pode estabelecer relações 
com produtos de conconentes (PIGOZZO, 2012). 
 
 
 
O artigo Exportação na pequena e média e1npresa - bicho de 
sete cabeças? Joga luz e1n um problema sensível que atinge a 
grande 111aioria das e111presas brasileiras. Há grande potencial 
nas empresas, 1nas por desconhecimento e 1nedo deixa111 
oportunidades comerciais passarem sem atuar. O 111ateiial está 
disponível e1n: http://bit.ly/2t20iPw 
http://bit.ly/2t20iPw
 
Logística Internacional ) ( 45 
--- 
Outra opção é o contrato de licenciainento é runa f01ma de 
ingresso no mercado internacional quando a e1npresa apresenta 
patente de produtos, direitos autorais, softwai·e, livros, filmes, 
fotógrafias. Nessa modalidade a empresa licenciadóra concede 
ao licenciado o direito de usar a tecnologia quefoi patenteada, 
perante o pagamento da taxa de royalty (PIGOZZO, 2012). 
E os contratos de franquia é uma forma de licencia1nento 
na indústria de serviços, como por exemplo o serviço de 
refeições con10 fast food, agencias de emprego, de auto1nóveis. 
O franqueador libera ao franqueado o direito de negociar 
sob especificações definidas por causa dó nome e da marca 
(PIGOZZO, 2012). 
O estabelecimento de joint venture com um parceiro 
local ocorre quando duas empresas privadas, uma do 1nercado 
alvo e outra do mercado externo pai·a atuar no mercado alvo 
(PIGOZZO, 2012). 
 
 
 
E então? Gostou do que lhe1nostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter notado que os estágios das operações 
globalizadas se relacionam con1 o mercado internacional e 
conduz ao crescente processo deglobalização entreospaíses. As 
empresas precisam desenvolver novas posturas estratégicas que 
 
 
 
 
 
 
Quer se aprofundar neste te1na?Recomendainos o acesso àseguinte 
fonte de consulta e aprofundainento: Artigo: "Internacionalização 
deempresas: importância,c01no conduzir e1nodos deimplantação". 
O 1naterial está acessível e1n: http://bit.ly/2T3C4z0 
http://bit.ly/2T3C4z0
 
 46 ), 
 
( Logística Internacional 
 
as conduziram aos estágios de globalização de suas operações; 
bem co1no organizar sua logística internacional. Poden1os 
entender c01no se dá o processo de inteinacionalização da 
e1npresa, e as opções de diversificação de 1nercado, crescimento 
e consolidação da n1arca; além dos beneficias internos como 
melhoras de processos produtivos, ad1ninistrativos em a 
estratégia da empresa. Nesse prócesso é importante a definição 
de indicadores para avaliação da efetividade dos processos. 
 
Logística Internacional ) ( 47 
--- 
Organizando-se para a Logística 
Internacional 
 
 
Organizando a logística global 
Como desenvolvimentodasoperações comerciais, as cadeias 
de supriinentos também forrunob1igadas a tere1ndilnensões maiores 
para dar atendünento as novas demandas; por consequência as 
empresas forain obrigadas a também adequar suas estiuturas 
logísticas a nível global (CHRISTOPHER, 2009). 
Co1n estudos desenvolvidos, as empresas chegaram na 
1nes1na dedução que somente com centralização pode auxiliar na 
eficácia da operação logística global. Esse arguinento parece que 
segue no sentido contrário do compruiilhamento das decisões 
locais, todavia essa condição se contrapõe quando analisamos 
a t01nada de decisão a nível global para as estratégias globais 
integradas (CHRISTOPHER,.2009). 
 
 
 
 
 
 
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como se 
preparar paraa logística internacional queé o meio de atendin1ento 
ao cliente que pode estar em qualquer país. Mas preparar-se não é 
suficiente, a informação deve ser de qualidade, no momento certo 
e devemos ter métricas aplicadas indicadores. Vamos entender os 
indicadores, para saber comoaplicar e melhorar nossaperformance 
enquanto empresa no mercado, garantindo nossaco1npetitividade. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá! 
 
 
48 ), 
 
( Logística Internacional 
 
Para definir os trade-offs em potencial naracionalização do 
compras, processo produtivo e dist1ibuição além das fronteiras 
nacionais é preciso definir u1na base central para a tomada de 
decisões logísticas. 
 
 
Então c01no estabelecer o equilíbrio nasdecisões empresariais? 
Cada organização é única e deveotimizar oscustos, a estratégia e 
o controle dos fluxos logísticos de forma em uma sede central; e 
o controle doserviço prestado ao cliente deve ser local, por estar 
próximo e conhecer as especificidades do mercado. Ta1nbéin 
run sistema de informação na logística global é requisito 
para atender o cliente e atingir a otimização do custo global 
(CHRISTOPHER, 2009). 
Quanto mais as organizações condizerem seus negócios 
a manufatura global, tanto mais deverão ter em consideração a 
decisão de onde posicionar as unidades por meio do custo total.] 
A operação lógística centralizada vein a contribuir na 
estratégia global con1 a visão e o entendin1ento de todas as 
operações em curso, bem c01no o entendnnento dos custos para 
a minimização e a maximização do nível de se1viço prestado. 
A tomada de decisão é importante pois onde produzir_, montar, 
estocar são fundamentais no cotidiano da empresa, podendo 
levar ao lucro ou ao prejuízo (CHRISTOPHER, 2009). 
Cmn a avaliação óu reavaliação da rede logística há 
possibilidade de n1elhorar e eficiência da rede logística global, 
no que tange o posicionrunento do processo produtivo e do 
 
 
 
 
acesso a matéria 'Trade-off uma decisãó enti:e custó e beneficies' 
em: http://bit.ly/2s7IGkI e saiba mais a respeito de trade-off. 
http://bit.ly/2s7IGkI
 
Logística Internacional ) ( 49 
--- 
estoque. Já com a gestão de serviços para o cliente requer o 
controle das necessidades de serviço, do nível de desempenho, 
1nas resguardando a gestão local de serviços para o cliente, 
pois cada mercado lócal te1n suas próprias características 
(CHRISTOPHER, 2009). 
No escopo da terceilização e parcerias, deve-se seguir a 
coerência da einpresa investir tempo e energia ein suasprincipais 
co1npetências; e estabelecer parcerias e terceirizar serviços. O 
foco deve ser naquelas atividades da cadeia de valor que tragam 
posição e vantagem distintiva (CHRISTOPHER, 2009). 
Outro importante aspecto é o gerenciainento das 
infonnações logísticas globalizada, que fornece visibilidade dos 
itens ao longo da cadeia de sup1imentos. Deve-se lembrar que a 
introdução do siste1na de resposta rápida depende de dofluxo de 
infonnação. 
 
 
 
 
 
acesso o link : A importância de sistemas de info1mação pai·a a 
c01npetitividade logística, acesse: http://bit.ly/302vYjU e saiba 
1nais a respeito do sistemas de inío1mação e a logística. 
 
 
 
Desta forma formamos umpensamento quetrata da coorde- 
nação global e local. O Quadro 3 apresenta estas considerações. 
http://bit.ly/302vYjU
 
 50 ), 
 
( Logística Internacional 
 
Quadro 3 - Coordenação global e local 
 
Global Local 
Estrntura da rede para otimização 
de produção e transporte. 
Gestão de serviços para o cliente. 
Desenvolvimento e controle de 
sistemas de informação. 
Acumulação de inteligência de 
mercado. 
Posicionamento do estoque. 
Gerenciamento de armazém e 
entrega local. 
Decisões de aquisições. 
Análises de lucratividade do 
cliente. 
Modo de transporte internacional e 
decisões de aquisições. 
Contato com vendas locais e 
gerenciamento de marketing. 
Análises de trade-off e controle de 
custo da cadeia de suprimentos. 
Gestão de recursos humanos. 
Fonte: Chnstopher(2009. pág. 230) 
 
Redes de comunicação, tomada de decisão 
O valor da informação é U111 conceito muito relativo, pois 
nem todas as info1mações apresentam a111es111a importância para 
uma decisão. Além dissó, por melhor que seja a informaçãó, se 
ela não for comunicada para as pessoas interessadas de fonna 
e c01n conteúdo adequados, perde todo o seu valor. Por conta 
dissó, a informação pode ser reutilizada infinitamente, não se 
deprecia e seu valor é determinado pelo usuário. 
Aeficiência na utilização do recurso é medida pela relação 
do custoparaobtê-la e o valor do beneficio de seu uso. O valor da 
informação deve ser avaliado, também, quanto a sua finalidade. 
Sua qualificação se torna evidente confon11e possibilita a 
düninuição do grau de incerteza no processo de tomada de 
decisão, permitindo a melhoria da qualidade das decisões. 
As empresas têm como opção a utilização de tecnologias 
modernas para facilitar esse processo, visando atender a 
complexidade, o crescünento, a 1nodernidade, a perenidade, a 
rentabilidade e a c01npetitividade. Em uma abordagem mais 
 
Logística Internacional ) ( 51 
 
 
prática e moderna, a informação deixa de estar dividida em 
estratégica, tática e operacional, passando a ser executiva e dando 
suporte à tomada de decisões oportunas. 
Nesse sentido, quando se discute sobre informação 
empresarial, há a necessidade de se discutir a respeito das 
estratégias empresariais. A estratégia e1npresarial deve ser 
emanada da alta adininistração da organização, contemplando a 
organização como umtodo. A palavra "estratégia" esta vinculada 
a objetivos macros, ações globais, de maior tempo e amplitude. 
Ela pode ser decomposta por diversas táticas e objetivos 
definidos, com ações menores, direcionadas, de 1nenor temo e 
menor ainplitude, a :fin1 de atender as respectivas estratégias. O 
conceito mais simples de estratégia é a arte de planejai·. 
A estratégia é um conjunto de decisões, diretrizes e regras 
formuladas com o objetivo de orientai· o posicionamento da 
empresa em seu ambiente e mercado. Para alcançar isso, quatro 
fatores podem ser postos em prática: 
• sobrevivência: redução de custos, desinvestimento e 
liquidações; 
h.1nanutenção: estabilidade, nicho e especialização; 
e crescimento: inovação, internacionalização, associação 
e expai1Sào; 
1 desenvolvimento:111ercado, produto ou serviço,:financeiro, 
capacidades e estabilidade. 
O respónsável pela tomada de decisão deve decidir mesmo 
coma possibilidade de en-ar. Assim, a ton1ada dedecisão envolve 
um ciclo de controle, decisão e execução, em que é fundainental 
a existência de infonnações apropriadas pai·a cada etapa. 
Para o processó de decisãó, é preciso diferenciai· as 
infor111ações em gerenciais e operacionais, sendo que: 
infon11ações gerenciais se destinain a alin1entai· 
processos de tomada de decisão. Cada nível de gerência depende 
 
 
 
52 ), ( Logística Internacional 
 
 
 
de info1mações diferentes, e a organização deve conhecer as 
necessidades e1n todos os níveis; 
. infonnações operacionais são as que pennitem que 
determinadas operações continuem ocorrendo dentro do ciclo 
operacional da empresa. 
Outro fatorÍlnportante paraato111ada dedecisão é a qualidade 
dasinfon11ações, que devem ser comparativas>confiáveis, geradas 
em tempo hábil e no nível de detalhe adequado. Isso porque 
t01nar uma decisão nada 1nais é do que escolher uma alternativa, 
obedecendo c1ité1ios preestabelecidos. Assim, quanto n1aior o 
valor e a qualidade da inf01mação, maior é a probabilidade de 
acerto na tomada de decisão. Essa mesma informação servirá 
como instrumento de avaliação da qualidade da decisão tomada 
por 1neio da ali1nentação de um processo de feedback. 
A n1fonnação desempenha papéis importantes tanto 
na definição quanto na execução da estratégia. Ao atuar na 
definição sobre o ambiente competitivo e sobre a organização, 
a inf01mação auxilia os executivos a identificarem as ameaças 
e as oportunidades para a empresa, ciiando um cenário para a 
resposta competitiva e eficaz. 
 
Definição e aplicação de indicadores-chave 
de desempenho 
Assim, deve-se fazer a definição e escolha de indicadores 
de perfonnance, alinhados ao planejainento estratégico. A boa 
escolha de aspectos organizacionais para as métricas auxiliará 
a organização a reconhecer en1 qual caminho está seguindo. 
Nesse contexto, o gerencian1ento de processos de negócio é 
muito importante, pois pe1mite ao gestor conhecer as atividades 
e, consequente1nente, contiibuir para a melhora dos processos. 
 
Logística Internacional ) ( 53 
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Oindiscadores merecem atenção porquefazem a represen- 
tação 1nétrica da perfo1mance dos processos organizacionais. 
Nesse cenário, o sistema de infonnações gerenciais é de grande 
valia,

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