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fot-3!;l01\o 00 ser g ni:e criando o futuro 1elesap1ens Logística Internacional tO by Editora Telesapiens Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de infmmação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora Telesapiens. D.ados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva - CRB l 0/854) Logística Internacional @2020 by Telesapiens Todos os direitos reservados Créditos Institucionais Fundador e Presidente elo Conselho de Administração: Janguê Diniz Diretor-Presidente: JânyoDiniz Diretor de Inovação e Serviços: Joaldo Diniz Diretoria Executiva de Ensino: Adriano Azevedo Direto1ia de Ensino a Distância: Enzo Moreira AAUTORA ANA CELIA VIDOLIN Olá. Meu nome é Ana Celia Vídolin. Sou formada em Engenharia e Ad1ninistração, c01n uma experiência técnico- profissional na área de logística internacional, comércio exte1ior por de mais de 20 anos. Passei por empresas do setor aut01nobilístico, autopeças, quúnico e freight forwarder; além de atuar na docência nos níveis de graduação e pós-graduação. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando e1n suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! :�, - ' - , ICONOGRAFICOS Esses ícones que irão aparecer em sua t1ilha de aprendizagem significam: OBJETIVO Breve descrição do objetivo de aprendizagem; CITAÇÃÇ) Parte retirada de um texto; TESTANDO Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do conteúdo; IMPORTANTE O conteúdo em destaque precisa ser priorizado; ' , DICA Um atalho para resolver P0 liiiÍ t OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa sobre o que acaba de ser dito; RESUMINDO Uma sintese das últimas abordagens; DEFINIÇÃO Definição de um conceito; ACESSE Links úteis para fixação do c.Qnteúdo; SAIBAMAIS Informações adicionais , ' algo que foi introduzido no conteúdo; EXPLICANDO DIFERENTE Um jeitoctifei-ente e ruais shnples deexplicar o que acaba deser "-"'Plicado; EXEMPLO Explicação do conteúdo ou conceito partindo de um caso prático; PALAVRA DO AUTOR Uma opinião pessoal e pruticular do autor da obra; sobre o conteúdo e temas afins; SOLUÇÃO Resolução passo a passo de umproblema ou exercício; CURIOSIDADE Indicação decuriosidades e fatosreiareflexão sobre·o teim emestudo; REFLITA O texto destacado deve ser alvo de reflexão. A (D fx - - , SUMARIO UNIDADE 01 Logística na Economia globalizacla ........................................ 1. 4 Economias globais .................................................................. 14 Integração global da cadeia .................................................... 17 Logística em uma economia global ........................................ 18 ALogística no Brasil ............................................................. 19 Aevolução da globalização e logística ................................... 21 Aspectos da Logística globalizada...................--················.·. ···25 Estratégias de globalização.................................................-.- ..····· ..... 25 Gerenciando a logística global.............................. _________ 30 Estágios das Operações Globalizadas ...................................... 34 Aspectos da logística globalizada ............................................34 A empresa global .................................................................... 36 Estágios de operações globalizadas ........................................ 37 Estágios de operações globalizadas ........................................ 40 Organizando-se para a Logística Internacional .................... 47 Organizando a logística global ............................................... 47 Redes de comunicação, to111ada de decisão .............................. 5. 0 Definição e aplicação deindicadores-chave de desempenho ... 52 UNIDADE 02 Economia global integrada...................................................... 6. 2 O papel da área da logística nas empresas .............................. 6. 2 Funções da Logística....................................................... 6. 6 Objetivo da Logística ...................................................... 69 Cadeia de suprimentos globalizada...................................................................... O papel dos suptimentos nas empresas .................................. ..-7l Segmentação de mercado ....................................................... 73 Integração e globalização da cadeia de suprimentos ............... 7 6 Integração e globalização ................................................ 77 Globalização das estratégias de operações ............................. 81 O ambiente organizacional ..................................................... 81 Integração da cadeia de suprilnentos globalizada ................... 84 Logística na economia glóbalizada ......................................... 86 Estratégias dos mercados globais ............................................ 90 A tendência à intemacionalização ........................................... 90 Direcionadores da logística internacional ............................... 91 Marketing e Logística ............................................................ 9. 3 Composto ou Mix de Marketing ............................................. 95 O desafio futuro dos mercados globais ................................... 9. 5 UNIDADE03 Projetos de Rede para Operações Globais ........................... 102 Natureza dos Problemas de Concepção das Redes Logísticas._102 Projeto de Redes Logísticas Globais ..................................... 106 Projeto de Redes Logísticas Globais .................................... 1. 07 Comércio exterior importação e expo11açâo.................- ...... 11O Exportação....................................................................... .............11O llnpo1tação......................................................................................................................l l 6 Operações especiais de exportação e modalidades de exportaçâo ................................................................................ 1. 23 Aspectos dos regimes aduaneiros .......................................... !23 Documentos Especiais de Exportaçâo ................................... 131 Documentos de Exportação.. ........................ ........................... 13 l Detalhamento dos Documentos ............................................ 135 Fasede negociação ........................................................ !3 5 Profonna Invoice ou Fatura Proforma ........................................J 3 5 Embarque e remessa ..................................................... 1. 35 C0111mercial Invoice ou Fatura Comercial................... ....J 36 Packing List ou Romaneio ............................................. l36 Conhecimento de En1barque........ ........ ..... ············- ······ J 36 Certificado de Orige1n ................................................... l37 Apólice ou Certificado de Seguro de Transporte ............138 Carta de Crédito..................................................·-·························- · 138 Documentos obrigatórios no Brasil ............................... 138 Registró de Exportaçào..........-........................- ..........- ................. 1. 39 Nota Fiscal .................................................................... 1. 39 Cmnprovante de Exportação (CEl ................................. 139 Contrato de Câinbio ....................................................... 139 Contrato de Câ.J.nbio de Cmnpra - Tipo 01._ ..................... 139 UNIDADE04 Ope1·ações especiais cóm benefícios dos incentivos fiscais ...... 144 Regi.J.ne aduaneiro·-·····-·············-·····---············ -- ······················ 144 Tipos de recintos alfandegados.....................................................................J 45 Estação Aduaneira de Fronteira (EAF) .............................. l46 Centro Logístico e Industlial Aduaneira (CLIA) ........... J. 46 Terminal retroportuário..... ..... ............ ..... ....................... 146 Regimes aduaneiros especiais ............................................... 1. 47 Admissão te1nporária·-····························· .......................... l 4 7 Entreposto aduaneiro .................................................... 1. 48 Entreposto Industrial sob Controle Informatizado - RECOF ................................................................................ 149 Exportação temporária··························-················.·....................._ .... l 50 Drawback ..................................................................... 150 Loja franca (free shop} .................................................. 151 Depósito Alfandegado Certificado (DAC} ..................... 152 Depósito Afiançado (DAF) ............................................... 1. 53 Depósito Aduaneiro de Distribuição (DAD)..... .... ,_J53 Depósito Especial (DE) ...................................................... 1. 54 Depósito franco.. ·-····.·.··••··•.•.•·••·····.·•.•·.........._.........._.. ..................._ .......... 155 Regime Especial de lmportaçãó de Insumos (RECOM}..._156 Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais ........157 Área de Livre Comércio (ALC}.......................................................J 57 Zona Franca de Manaus (ZFM} ........................................ 157 Entreposto Industrial da ZFM (EIZOF) ............................ 158 Zona de Processamento de Exportação (ZPE).................. 158 Linha azul...................·-········....·········-··················......._...... ..............................l 5 9 Processos e procedimentos administrativos nas importações.............................................................. ................. 161 Impo1tação................................................................................................................... ...l 6l Burocracia na Ílnportaçào .......................................................... 162 Formação dos custos na importação ......................................... !63 Iinposto de Importação (IIt .................................................................J 63 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) .............J64 Iinposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ....................................................................................... 1. 64 Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) ..................................................................................1.65 PIS/COFINS 165 Taxa de capatazia e armazenagem .................................. l65 Pagamentos na importação......................................................- ................_ 165 Composição das normas de c01nércio exterior no Brasil ........ 166 Órgãos que intervee1n na importação no Brasil ................... 167 Docu1nentos na ilnportação ...................................................... 1. 68 Habilitação para importação ............................................. 171 Sistema integrado de c01nércio exterior - Sisc01nex.............J 71 Perfil do importadore acésso·················-····..························- J72 Outros perfis do 1nercado...............................................................................J 7 4 Procedimentos alfandegários e cambiais ........................ 176 Procedimentos alfandegários ................................................... 176 Licença automática de importação................................. 176 Licença não automática de importação .......................... !78 Licença Simplificada de Importação LSI....................... l82 Declaração de lmpo1iação Dl.............·--·······..············-·················18 3 Descrição dos procedimentos de importação e despacho aduaneiro de impoitação ........................................................ 185 Antes do embarque das 1nercadorias .............................. l85 Após chegada no destino......................................................................-186 Procedimentos para o Despacho Aduaneiro .................. !86 Após registro DI e liberação da carga ........................... 189 Documentos utilizados na importação ............................ !89 Procedimentos cambiais.................................................................................._190 Logística Internacional ) ( 11 UNIDADE 12 ), ( Logística Internacional _,, INTRODUÇAO Dividiinos nosso tempo co1n a tecnologia que adentrou e1n nossas vidas sob diversas formas, e nos negócios não é diferente. Os clientes querem e buscain atendimento de suas necessidades e1n teinpos cada vez menores, com qualidade e preço justo. A realidade da globalização trouxe mudanças na econonúa, no estilo de vida, c-riou novas necessidades e essa condição chegou nos processos internos, inclusive na logística nas organizações. Assim nesse cenário de vida, economia globalizados, a logística asslm1e papel de relevante in1portância pois é e ela que irá disponibilizar o bem demandado segundo o cliente deseja para seu pleno atendimento. A tecnologia de iiúormação trouxe ii1ovação e agilidade aos processos; logo ter visão do todo é fundainental para a tomada de decisão para ser competitivo no mercado. Alcançar a vantagem competitiva e resguardar essa condição tem sido objeto de muitas empresas. A organização queprospectar as demandas do mercado, direcionai· a força logística nessa demanda con1suporte das demais áreas da organização certamente terá a confiança do cliente. Todas essas mudanças transfo1ma o entendimento empresai·ial, sua postura no mercado, e a logística se posiciona comoferramenta gerencial nesse escopo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste u1úverso! Logística Internacional) ( 13 --- OBJETIVOS Olá. Seja 1nuito be1n-vindo a nossa Unidade l. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo 110 desenvolvimento das seguintes competências profissionais: Entender o campo de atuação da logística na economia globalizada; Entender os aspectós da logística globalizada; Entender os aspectos dos estágios de operações globalizadas; Entender como se preparar para a logística internacional. Então? Está preparado para uma viagem sem volta 111mo ao conhecimento? Ao trabalho! 14 ), ( Logística Internacional Logística na Economia globalizada Economias globais A globalização oferece desafios e oportunidades para as estratégias logísticas e para as operações na cadeia de suprimentos. Como oportunidades compreende o incremento de mercados, gaina maior de opções de produção com uma gama de vantagens absolutas ou relativas, quando analisamos em relação aos recursoshumanos e mateiiais. Algumas áreas do mundo podein oferecer economia de escala expressiva em função de salários menos expressivos; já outras oferece1n flexibilidade devido à especialização. Em termos de desafios encontrados temos an1bientes operacionais logísticos mais exigentes, analises de custo total e segurança mais co1nplexas (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Ao término deste capítulo você será capaz de entender como a logística na econo1nia globalizada atua e tem papel relevante. Essa condição lhe auxiliará a compreender várias situações. A correta compreensão auxiliará na to1nada de decisão precisa e com qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Logística Internacional) ( 15 --- Muitas empresas estão envolvidas nofornecimento e na entrega global. As empresas que operam globalmente devido à busca por fornecedores e produção n1ais baratos, tambéin existem muitos outros 1notivos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). As principais razões pelas quais as e111presas desenvolvem capacidades globais podein ser analisadas no Quadro 1 que relaciona os objetivos das organizações que buscam a globalização ou ser globalizadas. Entretanto há aqueles que pensam que a 1notivação maior para transferir a pródução e a cadeia de suprimentos seja devido a mão de obra de custo reduzido, oferta de serviços. Mas e1n mercados que oferece1n baixos salários há opção da rápida expansão (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Agrande mai01ia das empresas no mundo tem um certo nível de operação global, pois trabalham co1n 1natérias-primas ou produtos 01iginados de outros países ou ainda tem clientes empresas de outros países. 16 _,) ( Logística Internacional Quadro 1: Fundamentação da lógica de e,--pansão Objetivo Fundamentação lógica Aumentara receita. Abrir mais mercados. Expandir-se mais que os concorrentes. Obter acesso a mercados que limitam o acesso sem operações locais. Conseguir economias de escala. Reduzir os custos diretos. Obter vantagem da capacidade de produção disponível Obter vantagem de salários ou despesas imobiliárias mais baixos. Reduzir os requisitos de combustível, diminuindo a distância ou alterando o modal de transporte. Obter vantágem das diferenças dos requisitos de produção. Avançar a tecnologia. Obter acesso à tecnologia avançada que pode não estar disponível nos locais atuais. Obter acesso a conhecimentos especializados ou habilidades de linguagem. Reduzir a carga tributária global da empresa. Obter beneficies fiscais locais ou regionais relacionados à propriedade, ao estoque ou à receita. Obter reduções nos impostos de valor agregado devido à localização da produção ou outros serviços com valor agregado (isto é, embalagem, gerenciamento de estoque, customização). Reduzir a incerteza de acesso ao mercado. Comprar produtos de locais que envolvem menos incerteza nos transportes. Comprar produtos de locais que envolvem menos restrições de segurança. Melhorar a sustenta bitidade. Obter produtos ou outros recursos (incluindo recursos humanos) de locais que tenham disponíbilidade contínua de materiais e especialização, como energia ou profissionais treinados. Fome: BOWERSOX: CLOSS; COOPER; BOWERSOX 2014, pág. 277). Logística Internacional) ( 17 --- Oaumento da receita se dá co1no consequência da abertura de mais mercados, 1nais opções de oferta dos produtos, crescendo 1nais que os concoITentes, e atuar em mercados que sem atuação local não seria possível acessa-los. Outro aspecto é a redução dos custos fixos e a economia em escala; o avanço da tecnologia diferenciada que pode ser de difícil acesso no local atual. A obtenção de benefícios :fiscais oureduções contribuindo com a redução da carga tributária da e1npresa. Esses são alguns benefícios que podem ser alcançados por 1neio da expansão da operação da en1presa em função da econon1ia globalizada e que a logística vem a servir de instrumento para que isso ocorra (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Comovia deregra as operações globais da cadeia desuprimentos estão se tornando habituais seja de fonna direta ou indiretamente. O dese1npenho da e1npresa pode ser 1nelhorado empregando as compras porque o mercado global oferece oportunidades em tennos de volume, receita e participação de 1nercado (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Integração global da cadeia A 1nanufatura e o comércio global serão be1n-sucedidos, se existir u1n sistema logístico eficaz para integrar a cadeia de suprimentos. A logística é responsável pelas atividades de movimentação, armazenamento para apoiar a integração da cadeia de suprin1entos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 18 ), ( Logística Internacional A variedade de cenáiios nacionais, políticos e econômicos serve de pano de fundo para a logística, que também faz a gestão da distância, demanda, diversidade e os documentos reque1idos no comércio internacional (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Cada granderegião do n1u11do temos desafios operacionais distintos em seussistemas logísticos. Asdiferentes características demandam queas empresas comoperações globais desenvolva1n e 1nantenham habilidades e competências específicas para cada região ou situação (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Devemos pensar que a atuar regionalmente ainda é factível e viável para algun1as empresas; entretanto aquelas que desejam crescer e prosperar tem de enfrentar os desafios de atuar como uma organização globalmente integrada (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). As iniciativas das estratégias dos negócios devem se adequar à "medida que uma e1npresa e sua cadeia de sup1imentos se tornain progressivamente maisglobais" (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014, pág. 278). Logística em uma economia global Operações globais aumentrun o custo devido ao grau de c0111plexidade da operação logística. Países da América do N01ie gastain cerca de 8,5% de seus respectivos PIBs c01n logística. E1n relação à complexidade, as operações globais são caracterizadas por maior variabilidade e incerteza, menor Logística Internacional) ( 19 --- controle e visibilidade ao longo de todo processo. As distancias geram certo grau de incerteza na operação, prazos de entrega 1nais extensos e menor conhecimento do mercado são outros fatores que influenciam na logística globalizada (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). O incremento na variação é fn1to da documentação e ambientes políticos inconstantes. Há usointensivo de intervenção gove1nrunental nas áreas de alfândega e restrições c01nerciais; e a visibilidade düninui por causa dos tempos maiores de trânsito e menos capacidade demonitorar e deterrninru· a localização das cru·gas. Essas condições représentrun desafios é complicam o desenvolvünentodeumaestratégia comefetividade paraa cadeia de suprimentos global (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A Logística no Brasil A globalização atingiu praticamente a maioria das nações com o incremento do comércio internacional, e trouxe uina competição mais acirrada entre os mercados con1petitivos, requerendo das organizações alinhamento das suas estratégias às estratégias competitivas globais. Assim investimentos em logística para alcançru· a economia e produtividade (SEGRE, 2018). Hoje a logística se apresenta n1ais estratégica, processo coordenado e integrado c01no necessidades do cliente, prazos, valor agregado entre outros (SEGRE, 2018). A logística está ligada a cadeia de suprimento integrando processos-chaves do negócio, com informações que agregam valor de forma a todos (SEGRE, 2018). Segundo dadosda Associação Brasileü·a de Movünentação e Logística - ABML, o índice de redução de custo de uma organizaçãó pode chegar a 25% a pru·tir de uma eficiente cadeia de sup1imentos (SEGRE, 2018). 20 ), ( Logística Internacional No Brasil e no inundo a logística passa por 1nudanças, e1n termos de práticas empresariais, que atingen1 e requere1n eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de ttansportes e comunicações. O crescimento do comércio internacional em função da velocidade da globalização criou uma demanda por mn refinamento na logística ínten1aciona4 que reivindica infraestrutura e práticas empresariais modernas para o pleno exercício (SEGRE, 2018). No Brasil, a condição econômica do plano Rea4 fez com que o comércio internacional, as privatizações da infraestrutura são fatores que impulsionaram esse processo. O fim do processo inflacionário gerou uma das maiores ünportantes mudanças na prática da logística empresarial no país. (SEGRE, 2018). Comgastosequivalentes a 10%do PIB,o transporte brasileiro possui uma dependência do modal rodoviário. No Brasil o transporte rodoviário é responsável por 58% da carga transportada (e1n toneladas-km), na Austrália, EUA e China os valores são 30%, 28% e 19%, respectivamente (SEGRE, 2018). O crescimento do con1ércio exterior brasileiro 1nostrou uma série de fragilidades logísticas do país, c01no as condições das rodovias, ferrovias com baixa eficiência, malha insuficiente, dificuldade de integração entre as malhas. O transporte marítilno sofre pela desorganização e excesso de burocracia dos portos; já o transporte aéreo comcustos elevados e carência de investimento e1n infraestiutura limitain a competitividadedo modal (SEGRE, 2018). O crescnnento do comércio exte1ior brasileiro contribuiu para o munente da participação do Brasil nas exportações mundiais, que saltou de 0,86% para 1,03% (SEGRE, 2018). O modo dutoviário de uma forma mais eficiente esbarra no monopólio do setor petrolífero; e o transporte aquaviário apresenta ineficiências da n1fraestrutura e altos custos. Apesar dos pontos de ineficiência da logística no Brasil, a esperança Logística Internacional ) ( 21 --- pode ser as perspectivas de investünento e expansão do setor (SEGRE, 2018). A evolução da globalização e logística C01no ténnino da Segunda Guerra Mundial houve o desenvolviinento econômico, do fenômeno da globalização dos 1nercados (DAVID; STEWART, 2010). Assim váiios segmentos industriais foram afetados, a demanda por competitividade e novas tecnologias. Essas condições obrigaram as empresas a atuarem de forma diferenciada em suas atividades e decisões. Segundo Bowersox e Closs (2001), en1bora pensem que a transferência do sistema produtivo para outro país seja 1não de bora de baixó custo, pode ter motivos distintos, como: .. aumento da receita; h. atingir economia de escala; e reduzir custos diretos; alavancar tecnologia; redução carga de tributos; r. dirimir incertezas do mercado. A logística internacional enfrenta vários desafios de uma região para outra, pois além de aumentar os custos tem u111 grau de complexidade expressivo. A complexidade diz respeito às especificações legislações de cada país em teimos de aduanas, documentos, taxas, procedimentos. Outro fator é a redução da certeza na óperação pois as cargas percorrem distancias maiores e o controle e acon1panhan1ento dos processos demanda conhecimentos específicos para garantir que o planejado com o transpo1te da carga ócórrerá (BOWERSOX; CLOSS, 2001) Apesar dos enfrentamentos que a logística inte1nacional vivencia, não há condições de parar ou dúninuir o processo de globalização. Assim deve a logística encontrar soluções para os proble1nas e c01nplexidades (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 22 ), ( Logística Internacional As empresas buscam a aumentar suas áreas de atuação baseadas na globalização, que é facilitada pelo desenvolvimento de novas tecnologias e inovações (BOWERSOX; CLOSS, 2001). os cinco fatores que conduzem as operações globalizadas são a própria cadeia de suprimentos, o crescimento econômico, tecnologia,desregulamentaçãoe aregionalização (BOWERSOX; CLOSS, 2001). O crescilnento econfünico após 1945, co1n o fim da IIGM, muitos países tiverru.11 suas receitas aumentadas, seja como fruto do aumento de países onde atuavain, au1nento do portfólio de produtos, crescimentos dos 1nercados, eficiência de seus processos. Como o crescimento dos países ricos estabilizou, houve a necessidade de buscar novos mercados, para continuar a crescer, aumentar a receita e o lucro ao se estabelecer em novos mercados. Logo o crescin1ento e o lucros são forças propulsaras da abertura de novos mercados (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Outro fator importante está relacionado com a cadeia de suprimentos, e1n grande escala, mas os empresários notaram que ao aumentar a cadeia, trunbém tinham que aumentar os ativos necessários para o controle efetivo. Então a opção foi a terceirizar, contratar serviços de terceiros para dar subsídio no crescimento globalizado; firmando parcerias, alianças com novas empresas para atuar de 1nelhor forma nos novos mercados (BOWERSOX; CLOSS, 2001). A regionalização foi Uin fator preponderante para dar sustentabilidade para o desenvolvimento de novos mercados fora de seu país deorigem.Aregionalizaçãose explica pela preferência da escolha de países localizados na mesma área geográfica, Logística Internacional ) ( 23 de países de semelhanças de população, poder econômico. O comércio nessas regiõesé facilitado, seja pordeduções ou isenções de tarifas, exigências tarifárias e alfandegáiias, documentações semelhantes, fómentando o trânsito de 1nercadorias e o comércio entre os países, como se estivesse acontecendo dentro do próprio país (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Todavia a logística globalizada tenha tantos pontos que favorecem e traz oportunidades a vái·ios países e pessoas de desenvolvimento, pode1nos elencar barreiras a logística globalizada, apesar de toda a tecnologia. Três barreiras são significativas: barreiras financeiras, canais de distribuição e mercados e concorrência. Figura 1 - Barreiras à logist,ca inremac,onal Mer1..adoe Concorrenc1a Fntr;ida; lnformaç..,1o; r ormulaçao de Preço Con Barrt1ras Financeira Prc•v1sao; l)ehcl<'ncla, lnstrtuclonats Canc:11sde D1str1bu,cao lntra<>stnmira, He, trlçoes de Comerc10; Barreiras.a Logrstlc., lnt marlonal Gerenclam<'nto da 1ogr,tl<a Globalizada Su1..e:,50 nas Operaçô-es lnternaoona,s VantagensPolene1a1\. do Comilrclo Internacional Fonte: Editorial Telesap,ens A concorrência e 111ercados tornan1 mais trabalhosa ou dificultrun a entrada de concorrentes, a oferta de informações e ainda podem dificultar a formaçâo de preços. Também há as bruTeiras fisicas e legais às Ílnportações, as dificuldades e barreiras ilnpostas pelos gove1nos,, a falta de informações, a documentação e tarifas alfandegárias. 24 ), ( Logística Internacional As baITeiras :financeiras se configuram em função das dificuldades de previsões, taxa de câmbio, novainente as atividades alfandegárias e as políticas gove1namentais no que diz respeito as ações :financeiras. Nesse escopo as brureiras de infraest1utura institucional estão relacionadas con10 bancos, seguradoras, assessores ju1ídicos e transportadoras atuam. A incerteza :financeira sómada a insegurança institucional, traz dificuldade ao planejamento :financeiro que acarreta até problemas de estoque e de1nandru· maiores volumes :financeiros para dar suporte a operação. Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Aliigo: "O papel da logística no processo de globalizaçãoe de integração teITitorial brasileira, no link: http://bit.ly/2N8KAJ8 E então? Gostou do que lhe1nostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para tennos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a econonúa globalizada, de1nanda para seu suporte uma logística globalizada igualmente para dar suporte e pleno atendimento. As empresas tem vários objetivose buscamaintegaração globaldascadeiasdesuprimentos. A logística internacional enfrenta vários tipos de brureiras nos diversos países, sejam barreiras :financeiras, no mercado e de distribuição. Tainbém as definições governrunentais trazem outros tipos de baneiras como crunbio, :financeiras, aduaneiras, documentação de que a logística internacional deve superar para prover um serviço comefetividade pru·a o atendimento aosclientes e1n qualquer parte do mundo. http://bit.ly/2N8KAJ8 Logística Internacional ) ( 25 --- Aspectos da Logística globalizada Ao término deste capítulo você será capaz de entender os aspectos da logística globalizada que tem dependência direta com a cadeia de suprimentos. O entendimento desta relação será in1portante para o exercício profissional. A correta compi-eensão auxiliará na tomada de decisão precisa e c01n qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Estratégias de globalização A logística acompanha a globalização da cadeia de supri- 1nentos e pode ser caracterizada utilizando-se quatro estratégias (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014): nenhu1na estratégia internacional; h estratégia doméstica múltipla; e estratégia global; d estratégia transnacional. Vamos conhecer os tipos de estratégias. A primeira representa as e1npresas que não dispõem de uma estratégia internacional e ten1 apenas operações domésticas. Pode até ter umas poucas transações inten1acionais na forma de tercei:rização ou entrega. massem ter definidó uma estratégia sistemática ou um plano para organizar ou aumentar as operações inte111acionais. Como vantagem das operações domésticas é ter complexidade reduzidas e baixa complexidade e reduzida coordenação entre a cadeia de supriinentos e as outras funções da organização. Como desvantagens estão a dificuldade de responder a clientes globais 26 ), ( Logística Internacional e o crescimento lünitado aos mercados locais (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A segunda estratégia doméstica múltipla, que se define por einpresas que operain em vários países, tendo o país de orige1n como dominante. As empresas costumam ter cadeias de sup1i1nento específicas e parciahnente autônomas e1n cada região de atuação. As operações internacionais são utilizadas para apoiar as operações domésticas, com suprimento de matérias primas e bens para venda; logo cada operação logística e da cadeia de suprimentos dentro de cada região é independente de outra. Como vantagem da estratégia doméstica múltipla é que a empresa pode se concentrar nos 1nercados locais, reduzindo a necessidade de coordenação geral. Já como desvantage1n pode elencar que não responde be1n aos clientes globais e tem dificuldade de desenvolver economias de escala (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A terceira estratégia - operações globais, está relacionada com as operações transfronteiriças, tendo alguma adaptação para o n1ercado de atuação. Nonnaln1ente há uma única sede que coordena as operações a nível globo, as atividades logísticas e da cadeia de suprimento oconem em pelo mundo todo. As características do mercado regional estão concentradas na região de atuação. Pode até haver forças para coordenar as atividades da cadeia de supri1nentos entre as regiões; todavia não há desejo em reduzir a con1plexidade da fabricação, da logística. As transações entre países diferentes são vistas como transferências internas da empresa. A integração 1nais avançada nessas organizações ocorre na integração global das finanças. Outras integrações como o desenvolvimento de produtos, o marketing, são menos usuais. Como vantagens das operações globais são a concentração e1n vários mercadoslocais, atendimento das necessidades dos clientes locais, e a condição de ter vantagem de produtos e marcas globais. Mas co1no desvantagens estão a dificuldade para responder de maneira integrada aos clientes globais e não ter economia escalável (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Logística Internacional ) ( 27 --- Aúltima mas não 1nenos importante estratégia é a transnacional, que caracteliza as empresas que mantém operações m regiões distintas em todo o globo, e usain est:J.uturas centralizadas para au1nentar a eficácia das atividades da empresa e seu desempenho. Pode ter operações regionalizadas, mas certas atividades podem estar e1n regiões estratégicas para assegurai· a perspectiva global. O objetivo é gerir as atividades na região que consegue coordenar ou executai· melhor essas atividades. Assiln as empresas pode1n optai· por 1nanter uma quantidade limitada de centros de atendimento ao cliente, instalações de cont:J.·ole da produção e quantidade limitada de centros de c01npras. C01no vantagens da estratégia transnacional são foco global no desenvolvünento e no fornecin1ento de soluções. oferecer economias de escala, ser expansível. E como desvai1tagens requer coordenação especializada e integração das inforn1ações, reduzindo a capacidade da empresa responder aas particularidades de cada mercado (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A Figura 2 representa co1no as empresas conseguem evoluir sen1 ter uma estratégia internacional. No eixo horizontal está a capacidade deresposta local, e não eixo vertical o nivel de integração global. A categoria nenhu1na est:J.·atégia internacional pode ter uma capacidade de resposta no país de origem, mas não demonstra qualquer capacidade de resposta fora do país (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Mas a estratégia doméstica múltipla pode ser focada nos mercados individuais, se1n un1 caminho para a integração global. A empresa com estratégia global se move para uma operação global ampla, co1n adaptações e operações pai·a o 1nercado local, mas mantén111111a sede global central que tende a orientar a estratégia e as operações. Esforços são feitos para padronizar produtos e soluções, e as atividades são centralizadas co1n a perspectiva global (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). 28 _,) ( Logística Internacional figura 2 - Estratégias de globalização Integração Global Alta Baixa Estratégia global internacional Estratégia Transnacional doméstica múltipla Baixa Alta Capacidade de Resposta Local Fonte: Editorial Te1esapiens O Quadro 2 compara as varias características da lógística e da cadeia de suprimento globais pelas perspectivas (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014): a. produtos; . estratégia de mercado; e estratégia da cadeia de suprimentós; cl. estratégia de gestão; \ . desenvolvilnento de recursos humanos. Quadro 2 - Característicasdiferencia,is das estratégias globais Estágios de globalização. Produtos. fatratégia.s de mercado Estratégia da cacle,a de suprunemos. Estratégia de Gestão. Desenvol- Yimeruo de recursos humanos. Nenhuma estratégia iruemacional. Produto padrão para o mercado local. Estratégia única focada no mercado local Direto ao ·cliente. Finanças Simples. Inmirivo. cow especialização limitada. Estratégia doméstica múltipla. Comercia- liza,ão e logística domê,sticas. Clierues domésticos Colaboração. Transação condllzida por finanças integradas. Gestão com foco nopais de engem. Nenhumaestratégia Estratégia Logística Internacional ) ( 29 Estratégia global.. CllSIOlllÍza- çâopara mercaclo.s locais. Foco em áreas especificas do mercado que podematravessar froméu:as interna- CIOl13JS. Subsidiárias com presença local Operações clesceruralizadas com responsa- b1lic!acle pela renfabiliclacle local Afta direção comcerm expenéneta internacional Estratégia Transna- cional. Marcas globais e operações integradas. Clientes globais. Fluxo mundial de recursos- chave. PlaneJamento c.entrahzaclo em escritórios globais. Tre1namemo e ei-.-periênoa internacionais. Fonte: (BO\VERSOX: CLOSS; COOPER; BO\VERSOX, 2014, pág. 2Sl} Mesmo que considerarmos haver mais sinergia com marketing, portfólio de produtos e operações quando a empresa passa a evoluir do estágio de nenhuma estratégia para uma estratégia transnacional, há desafios relativos à gestão e ao desenvolvimento de recursos hu1nanos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). As decisões logísticas em várias dimensões são afetadas nas estratégias domésticas múltiplas, globais e transnacionais. As opções de suprimentos e recursos podem ser influenciadas por restrições aitificiais como definidas por governos sob a forma de restrições de uso, leis de nacionalização ou sobretarifas. Uma restrição de uso é u1na limitação que restlinge o nível de vendas ou compra de produtos importados; ou as leis de nacionalização de componentes especificam o percentual dos componentes de um produto que devem ser fornecidos pela economia local; e as sobretarifas envolvem cobranças mais elevadas por produtos de origem estrangeira (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A escolha do fornecedor preferido, pode ser aferrada pela c01nbinação das restrições de uso, as leis de nacionalização de componentes e as sobretarifas (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Para a logística a complexidade do planejamento amnenta face as restrições do local; sendo que um objetivo fi.mda111ental da logística é proporcionar um fluxodeprodutos afundefacilitar 30 ), ( Logística Internacional a utilização eficiente da capacidade (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Uma terceira condição, as operações globais runplirun os sisten1as e práticas de logística domésticas pru·a uma gama de locais e runbientes de operação. Apesar da estratégia doméstica introduzir diferenças regionais nas operações logísticas, as operações globais aportrun un1a complexidade maior. A gestão logística quase sempre deve se ambientai· com a cultura, idioma, e1npregabilidade e política do local de atuação (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Gerenciando a logística global A capacidade global de uma empresa é aprimorada quando a gerência delogística considera cincodiferenças entre operações domésticas e internacionais e que deve1n ser incorporadas à estratégia operacional global da empresa (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). a. estrutura do ciclo de atividades; ., transpo1ies; •'. considerações operacionais; cl. integração dos sistemas de informação; '. alianças. A estrutura do ciclo de atividades, a duração do ciclo de atividades é u1na grande diferença entre as operações domésticas e as internacionais. Os motivos dessa diferença temporal estão vários sintomas como atrasos nas co1nunicações, .financeiro, embalagem, frete e a liberação alfandegária, entre outros. A comunicação pode teratraso porcausade fusohorário e idioma; os problemas financeiros são causados pelas exigências de tradução de documentos e câinbio das1noedas. Nas embalagens especiais podem ser necessárias para proteção dos itens no trru1Sporte. Os problemas de segurança pode1n gerar atrasos adicionais; assim como a disponibilidade de contêineres para os envios mruitiinos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Logística Internacional ) ( 31 --- Esses são alguns fatores que contribuem para que os ciclos de atividades logísticas internacionais sejam mais longos e 1nenos flexíveis do que nas operações do1nésticas típicas. Essas condições tórnam ó planejamento e a coordenação mais c01nplexas. Um ciclo de atividades mais longo ta1nbém requer um maior compro1netÍlnento de ativos, visto que há u1n estoque significativo em trânsito (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Nos ttansportes houve quatro importantes mudanças globaiscomoapropriedade eoperação intermodal; aprivatização; a cabotage1n e acordos bilaterais e as restrições de infraestrutura (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Apesar de algumas restrições existirem no transporte, os ruTanjos de marketing e aliru1ças entre países contribuírrun para a flexibilidade dostransportes (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Outra importante condição que regiões sofre111 con1 as restrições na infraestrutura tisica, pois as operações globais aumentam a demanda por capacidades portuárias e aeroportuárias. Apesru· da tecnologia da informação, o aumento do volume ainda resulta em congestionrunentos e111 portos e aeroportos (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). C01no considerações operacionais, as operações inte1nacionais normahnente requerem idiomas distintos para os produtos e para documentos. Sob a perspectiva lógística, os Acesse o artigo 'Segundo o Banco Mundial nossa logística 1nelhorou', disponibilizadono Guia Marítimo e faça suas análises. Acesse: http://bit.ly/2QD4IoX. http://bit.ly/2QD4IoX 32 ), ( Logística Internacional idiomas au1nentam a complexidade. As operações internacionais podem exigir documentação em diversos idiomas para cada país pelo qual a carga deve passar; mas essas dificuldades de comunicação e documentós podem ser deixadas de lado usando as transações eletrônicas padrões (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A integração dos sistemas de infonnação é um desafio na globalização. A integração operacional exige a capacidade de direcionar as ordens dos clientes e gerir os estoques e111 todo o mundo. A integração tecnológica representa investi.J.nento de capital, para apoiar as operações globais (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). A crescente i.J.nportância das alianças com outras empresas sejam ilnpmtantes nas operações no seu país de origem são fundamentais no comércio inte1nacional; pois sem as alianças, a e1npresa deveria operar no 111undo todo. As alianças internacionais oferecem acesso ao mercado e à especialização, pois as alternativas e a cmnplexidade da globalização requer alianças. Logo a globalização é uma fronteira evolutiva que exige cada vez mais integração na cadeia de suprimentos. À 1nedida que as e1npresas expandem para mercados internacionais, a demanda por c01npetência logística aumenta, pois, as cadeias de suprimentos, as vaiiações e as incertezas ficam 1naiores, e será necessário providenciar mais documentação. O desafioé posicionar a e1npresa pai·a obter vantagens dos beneficies do mercado e da produção globais co1n competência logística mundial (BOWERSOX; CLOSS; COOPER; BOWERSOX, 2014). Logística Internacional ) ( 33 Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta: Artigo: A logística e o n1undo globalizado. O 1naterial está disponível no link: http://bit.ly/2tFuJeq. E então? Gostou do que lhe móstramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você reahnente entendeu o te1na de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter notado com os aspectos da logística globalizada a empresa pode optar por qual estratégia adotar para acessar o mercado internacional,1nesmo não tendo uma estratégia definida. Mas pode evoluir segundo seu posicionan1ento no 1nercado. Para dar suporte e desenvolvimento a essa condição acadeia de suprimentos e a logística são importantes para atender as deinandas do cliente con1 demandas específicas em uma economia globalizada. A logística por estar presente desde a estrutura da organização sede até o cliente, deve se adaptar as condições do mercado inteinacional no que tange o transporte, as legislações inte1nacionais, as definições governamentais, as aplicações de tarifas. Trunbém deve fazer atenção em relação as restrições aplicadas no sisteina logístico em tennos operacionais. As alianças no âinbito inten1acional fomentam parcerias in1portantes para a empresa em outro país que não o seu de orige111 facilitando seu desenvolvimento. http://bit.ly/2tFuJeq 34 ), ( Logística Internacional Estágios das Operações Globalizadas Ao término deste capítulovocêserá capazde entender os aspectos dos estágios das operações globalizadas. O entendimento desta relação será importante para o exercício profissional. A coneta compreensão auxiliará na tó1nada de decisão precisa e com qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Aspectos da logística globalizada Atuahnente há movimentos no mercado inten1acional, pois novos 1nercados são abertos e os mercados que já existia1n estão em cresci1nento. As econ01nias das nações industlializadas estão saturadas e assün buscam outras opções de mercado em outros países (NOGUEIRA, 2018). Devido ao au1nento da competitividade, a diminuição dos ciclos de vida dos produtos e o aumento na diversificação, consumismo intensificado, tecnologia, a globalização nos dá acesso a qualquer produto em qualquer parte do mundo (NOGUEIRA, 2018). Assim a globalização está relacionada à crescente dependência entre ospaíses, traduzida pelos crescentes fluxos internacionais de bens, serviços, capital e conhecimentos (NOGUEIRA, 2018). Mas para queos produtos sejam Ílnportados ouexportados, deveinos seguir as definições de regras internacionais e do país de origem para que a operação ocona dentro das normas específicas da lei, desde a solicitação de con1pra do cliente até o recebimento do material (NOGUEIRA, 2018). Logística Internacional ) ( 35 --- Ai n 1 p o r t â n c i a de definirmos o modal de transporte adequado, os procedimentos e documentos utilizados devem seguir todos os trfunites e exigências da legislação em vigor (NOGUEIRA, 2018). Deve-se pensar que em um mundo crescentemente global, ne1n todos os países estão integrados da 1nesn1a forma na econo1nia global (NOGUEIRA, 2018). A gestão de um sistema de distribuição global é mais complexa quando comparado com a logística doméstica. Assim analisar o ambiente internacional e planejar e desenvolver procedimentos para monitorar o do sistema logístico no exterior é necessário (NOGUEIRA, 2018). Para ser global a empresa deve coordenar um complexo conjunto de atividades para ter o n1enor custo logístico total; assim ganha vantagem c01npetitiva em seus mercados-alvo internacionais (NOGUEIRA, 2018). As e1npresas devem estruturar sua organização logística glóbal, sendo que (NOGUEIRA, 2018): estlutura estratégica e o controle geral dos fluxos logísticos: centralizados para a otimização dos custos en1 nível inundo· ' -controle e o gerencia1nento do serviço ao cliente devem ser locais para garantir a obtenção e manutenção de vantagem c01npetitiva; L aumento da tendência para a aquisiçãó de todas as necessidades em terceiros. '- siste111a global de informações logísticas é o pré- requisito que possibilita a satisfação das necessidades locais de serv1çós. 36 ), ( Logística Internacional A empresa global A empresa global devem ser apresentar múltiplas identidades para fazer frente às demandas do 1nercado. A einpresa globalizada deve saber identificar e avaliar estratégias alternativas; e em termos de logística deve ser analisado c01n cuidado pois os investiinentos em fo1necedores, estrutura fisica e alianças com clientes são ünportantes. O escopo geográfico exerce papel fundamental nos custos operacionais, riscos de investiinentos face as dimensões do negócio e sua complexidade (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Outro aspecto importante esta relacionado com o desenvolvimento e Ílnplantação de sistemas e procedimentos flexíveis. Alogística noescopo macro se ocupac01nas econo1nias de escala em operações globalizadas; mas o atendimento deve ser local para não perder a sensibilidade e o contato com esse mercado, c01no idi01na, cultura do país. Atenção deve ser feita a documentaçãó exigida, tipos de embalagens, por exemplo. A e1npresa deve ter procedimentos, mas tainbém deve ser flexível ao ponto de cada operação ter a liberdade e a facilidade dentro do escopo maior da organização em adaptar-se as demandas locais (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Para saber um pouco mais a respeito de exportações e a cultura de outros países, acesso o artigo: Exportação: como as diferenças culturais podem in1pactar seu negócio no link:http://bit1yi37UMLbn. http://bit1yi37umlbn/ Logística Internacional ) ( 37 Estágios de operações globalizadas Asempresas podem apresentar diferentes níveisde estágios de operações globalizadas, desde o estágio inicial classificado co1no relacionamento distante até o mais evoluído denominado operações desnacionalizadas. Figura 3 - Grâfico relação nsco retomo nas Opel'ações global1.zadas o E a.: 8 Ili ii: Relacionamento AtividadeInterna Distante de uportação (Estágio11 (Estóglo2) Operações em Operações com Operaçõe.s p1lsestrangeiro conhecimento desnacionalizadas (Estágio 31 genuln•m•mle locol (EmgloS) (EsláQlo4) Fonte: Editorial Telesap,ens Outro detalhe in1portante é 0 ciclo de duração de cada estágio, que retrata a filosofia da gestão da e1npresa. Os cinco estágios são (BOWERSOX; CLOSS, 2001): Relacionamento distante; h. Atividade inte1na de exportação; e Operações em país estrangeiro; Operações com conhecimento genuinamente local; Operações desnacionalizadas. 38 ), ( Logística Internacional A situação do relacionamento distante é marcada pelo distanciamento da empresa e um distiibuidor internacional que atende uma região ou país. A empresa tem expeiiência inte1naciónal restrita, age pôr consignação ou venda de seus produtos para mna terceira en1presa que por sua vez atua no 1nercado internacional. Essa empresa terceira assume a responsabilidade de receber pedidos de compras, gerir estóque, gerenciar as operações. Esse tipo de situação tein seu lado positivo que é a redução significativa do risco da e111presa no mercado inte1nacional, pois está atuando em conjunto sob a liderança da empresa terceira no mercado internacional; logo está mais preservada de problemas. Mas te1n também o lado negativo, queé a redução da margem de contribuição da empresa e menor controle logístico na operação, além da redução do controle comercial iguahnente (BOWERSOX; CLOSS, 2001). O segundo estágio está relacionado com a atividade interna de exportação, que envolvem as e111presas que já tem habilidades para gerir documentos e transporte internacionais. Mas ainda temos a presença do agente ou distribuidor local que se ocupa do controle do estoque, da comercialização, faturamento e todo suporte para o produto. Se a empresa decidir assumir 1nais funções podesignificar aumento de custooperacional. A empresa consegue manter sua 111argem de contribuição, ocupando-se de algmnas atividades de exp01tação, mas ainda dispondo de um terceiro especializado em 111arketing, comercial. Pelo fato da e1npresa não ter presença estabelecida no exterior, as percepções de oportunidades no mercado externo con10 necessidades especiais, particularidades (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Logística Internacional ) (39 --- As operações em país estrangeiro têm como característica principal o desenvolvimento de atividades locais no país estrangeiro, como atividades de marketing, produção, vendas e distribuição. A condição de estar instalada no país estrangeiro aumenta a condição de sensibilidade e percepção do n1ercado das demandas do mercado e a empresa começa a ter presença no 1nercado local. As empresas tem por hábito aplicar as normas e procedilnentos da empresa 111atéria em sua nova unidade para a manutenção de padrão; inclusive1não de obra para garantir que as novas operações tenham os mesmos padrões dan1atriz. Essa nova empresa refletirá co111 intensidade as definições da empresa sede. A presença no país amnente a percepção do mercado local,.mas ainda tem total apoiodaen1presa sede emte1mos de procedimento, condutas, valores e operações (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Um estágio mais evoluído diz respeito as operações internacionais tem menos relações com a nacionalidade, e desenvolve práticas comerciais locais. A e111presa nesse estágio já contrata executivos locais para as áreas de vendas e n1arketing, os quais sãoapoiados pela empresa sedeemrelação a procednnentos. Assim que se estabelece o conhecimento local com originalidade, começa a ser criada uma filosofia distinta daquela do país de origem, mas a filosofia da en1presa sede continua presente e donlinante na empresa local. Todas as operações internacionais sãoainda avaliadas sobo controleda empresa sede(BOWERSOX; CLOSS, 2001). O estágio final da evolução das e1npresas é o de operações desnacionalizadas, na quais s.ào mantidas as operações no país local e tein se a criação de uma sede regional para acompanhar e supervisionar a coordenação das operações na área. A empresa não tem nacionalidade definida, pois muitas vezes éun1conjunto. As operações operam em ações de marketing e vendas tem apoio de operações globalizadas de produção e logística; ta1nbém as fontes de sup1imentos e decisões de marketing tem opções globalizadas igualmente. Os procedimentos são elaborados para atender as demandas lócais (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 40 ), ( Logística Internacional Estágios de operações globalizadas Agora vamos estudar a internacionalizaçãodas empresas e as demandas nas empresas e benefícios. As empresas atuantes no c01nércio exterior buscam manter suas marcas e produtos nos mercados estratégicos; e esse nível de envolvimento está diretamente ligado ao grau de potencial do mercado, e dizrespeito também ao quanto os futuros consu1nídores são exigentes. Assim a c9nstante pesquisa dá condições para a empresa saber definir o n101nento correto de investir no mercado estratégico. O ato de pesquisar é Uln ato desafiador, seja pelas análises de cenáiios, propostas e a gestão de fatores internos e externos a e111presa. Um importante aspecto na formulação da estratégia de marketing é definir qual será o mercado alvo para a exportação, com estudo de possibilidades, c1itérios de marketing, estratégia global da empresa (PIGOZZO, 2012). As empresas que atuam no mercado nacional já demandain Ulnesforço concentrado, atuar no mercado inte1nacional apresenta Ulna 1naior complexidade e requer da empresa candidata a esse mercado externo uma gestão adequada do marketing internacional (BERNARD, 2013). A definição da entrada em empresa no n1ercado exten10 seja co1no estágio inicial de um processo de ínte1nacionalização, ou um estágio mais evoluído como extensão de desenvolvimento da empresa (PIGOZZO, 2012): Definir 0 mercado alvo é prévio ao desenvolvin1ento do programa de marketing; a localização e a natureza dos mercados e sua capacidade de coordena-los dirão ó quanto a empresa é competente e o estabelecimento no mercado inten1acional deve estai·adequada a estratégia global da empresa (PIGOZZO, 2012). Vale destacar que a estratégia, a decisão de seleção do mercado, do modo de entrada, óperação e direcionrunento do mercado normaln1ente afetam n1ais as operações de exportação (PIGOZZO, 2012). Logística Internacional) ( 41 --- Oprimeiro passo para a seleção do1nercado alvodiz respeito ao estabelecimentodo perfil do produto mercado, e conhecer quem compra ou não compra o produto, a funcionalidade do produto, qual preço praticar, onde e quando pode ser cómprado o produtó, que soluções o produto apresenta. O mix de 1narketing serve de fonamenta para definir seginentos e nichos de 1nercado para o próduto, o preçó, a praça e a distribuição (PIGOZZO, 2012). Uma fo1ma 1nais ágil e menos custosa para a entrada no processo de entrada e expansão é abordar os países próximos, por ter condições culturais semelhantes e devem considerar os indicadores econô1nicos, sociode1nográficos, o acesso a esse mercado e suas legislações, custos logísticós, valór do frete e demanda temporal, eventuais adequações ao produto. Os mercados são c01nparados por critérios de PIB, taxa de crescin1ento, condições logísticas, legais (PIGOZZO, 2012). Como fontes de informações dos mercados alvos, tem- se as inte1nas obtidas dentro da empresa, as fontes externas, as institucionais, docun1entais ruretas ou indiretas (PIGOZZO, 2012). As pequenas e médias empresas óptam pela exportação como forma de internacionalização da e1npresa, pois instalar- se em outro país envolve u1na grande gama de riscos e custos. Em te1mos financeiros deve-se definir cmn atenção a condição de pagainento e financia1nento, conhecer as normas bancárias pai·a as operações de cà1nbio, gestão logística e financeira com exatidão (PIGOZZO, 2012). As exportações pode1n ser diretas na qual o exportador é fabricante das n1ercadorias e isenta de impostos; e a indireta o expoliador é runa empresa comercial exportadora, que tem suspensão dos impostos até que seja con1provada a exportação através do e1nbarque e o recebimento do pagamento. Há um terceiro tipo, com a venda realizada dentro do país, na qual o fabricante entrega as mercadorias para uma comercial expmtadora (trading company), constituída segundo a Lei nº 1248 de 29 de novembro de 1972, que define incentivos fiscais específicos para as exp01tações realizadas sob essa tipologia (PIGOZZO., 2012). 42 ), ( Logística Internacional Para que a comercialização internacional ocorra é necessário u1n conjunto de ações para se ter a concretização dos negócios no mercado internacional; e essas ações c01nbina1n a pesquisa e seleção de mercados, eventualmente negociação com intermediários, contatos com futuros clientes, publicidade, propaganda, questões logísticas de armazenagem distribuição, ttansporte no país de destino, questões financeiras e bancárias, atendin1ento das normas legais, documentações, entre outros (PIGOZZO, 2012). Aexportação direta ofabricante trunbém é o exportador; logo desde o processo produtivo, ação c01nercial no exterior, logística de exportação, atividades do mru·keting internacional, pesquisa e seleção de compradores, negociações dentre outras atividades são responsabilidade do exportador. Apreparação conforme acordada, datas e prazos devem ser respeitados. O exportador te111 controle total do processo de exportação e do composto de 1narketing, o acesso aos incentivos fiscais, aprendizagem sob todas essas atividades, desenvolvimento da vantagem con1petitiva, 1nelhoria contínua, imagem mais valorizada no mercado e presença internacional damarca.Aempresa precisa ter disciplina, organizar- se internamente (PIGOZZO, 2012). Aexp01iação indireta, oprocessofabriléderesponsabilidade do fabricante; n1as o processo de c01nercialização no mercado internacional e pacote logístico é subordinado a runinte1mediário. A trading compru1y ou agente de c01npra, compram a mercado1ia O artigo a respeito 'Será que já estamos preparados?' Aborda reflexões que dizem respeito a postura da empresa brasileira,do exportador. O material está disponível em: http://bit.lv/2T7hldF http://bit.lv/2T7hldF Logística Internacional ) ( 43 --- ee f e t u a m a venda no mercado externo. O fabricante atua co1n a venda usual no n1ercado interno; o intermediário é responsável pela expo1tação. Esse tipo de operação tem algumas vantagens como o produtor objetivar a produção, agilidade nas vendas no país de origem, nãohánecessidade deter estrutura especializada, sem custos de comercialização no exterior e sem demanda de estrutura logística. Porém o lucró maior nessa operação fica com o intermediário queefetua a vendanoexte1ior (PIGOZZO, 2012). O produtor também te1n lucro; porém a maior parte fica c01n o intermediário. Esse tipo de operação é recomendado para empresas de pequenó pórte que estãó iniciando suas operações, além de sere111 esporádicas. Já o intermediário pode auxiliar o produtor em outras atividades, como design, gestão de suprimentós. Destaque-se que quando houver um inte1mediário na operação de exportação, os incentivos e beneficies oferecidos por parte do governo federal aplicam-se ao exportador, e não ao fabricante (PIGOZZO, 2012). Temos trunbém a expórtação associativa que diz respeito, a produção te111a responsabilidadedividida entre váriosprodutores, sendo a c01nercialização e a logística estão sob responsabilidade de uma cooperativa de exportação ou consórcio. A produção está sob controle da associação, além de atividades co1no gestão de suprimentos, design, desenvolvnnento e pesquisa, gestão ad1ninistrativa e financeira (PIGOZZO, 2012). O consórcio pode oco1Ter sob a forma ocorrer sob a fo1ma de consórcio horizontal, quando os produtores produzem os mes1nos tipos de itens, para ter incremento de volume de exportação. Ou pode ser trunbém sob a fonna de consórcio vertical, que ocorre quando os produtores produze111 partes distintas que se comple1nentam. Há vantagens nesse processo, c01no a concentração do exportador na produção, mercados diversificados, custos reduzidos devido a divisão entre as empresas, riscoscompaitilhados e incentivos próprios destinados a consórcios (PIGOZZO, 2012). 44 ), ( Logística Internacional As exportações podem oconer sob meios não comerciais de entrada e operações nos 111ercados externos; e dentre essas condições estão as modalidades contratuais que constituem os contratos de fabricação, montagem, licenciamento, franquia e joint venture (formação de associação de en1presas) (PIGOZZO, 2012). O contrato de fabricação consiste no contrato de u1n fabricante local que fica responsável pela produção da produção, tendo o controle do111arketing inte1nacional, ações comerciais no mercado alvo. Condição útil para e1npresas destinadas a países no qual o tamanho do mercado ainda não garante a instalação de uma fábrica no exterior. O contrato deve ter cláusulas que o fabricante guardará os padrões de qualidade e entregas (PIGOZZO, 2012). Temós também os contratos de montagem de produtos no exterior que consiste em enviar partes, peças e efetuar a montagem no país de destino; tendo a vantage1n de iinposto de importação no país de destino seren1 menores quando comparados com os impostos de produtos acabados. S empresa exportador envia kits com os co1nponentes e peças chrunados CKD (C01npletely Knock-Donw). O contrato para montagem no exterior a empresa montadora não pode estabelecer relações com produtos de conconentes (PIGOZZO, 2012). O artigo Exportação na pequena e média e1npresa - bicho de sete cabeças? Joga luz e1n um problema sensível que atinge a grande 111aioria das e111presas brasileiras. Há grande potencial nas empresas, 1nas por desconhecimento e 1nedo deixa111 oportunidades comerciais passarem sem atuar. O 111ateiial está disponível e1n: http://bit.ly/2t20iPw http://bit.ly/2t20iPw Logística Internacional ) ( 45 --- Outra opção é o contrato de licenciainento é runa f01ma de ingresso no mercado internacional quando a e1npresa apresenta patente de produtos, direitos autorais, softwai·e, livros, filmes, fotógrafias. Nessa modalidade a empresa licenciadóra concede ao licenciado o direito de usar a tecnologia quefoi patenteada, perante o pagamento da taxa de royalty (PIGOZZO, 2012). E os contratos de franquia é uma forma de licencia1nento na indústria de serviços, como por exemplo o serviço de refeições con10 fast food, agencias de emprego, de auto1nóveis. O franqueador libera ao franqueado o direito de negociar sob especificações definidas por causa dó nome e da marca (PIGOZZO, 2012). O estabelecimento de joint venture com um parceiro local ocorre quando duas empresas privadas, uma do 1nercado alvo e outra do mercado externo pai·a atuar no mercado alvo (PIGOZZO, 2012). E então? Gostou do que lhe1nostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter notado que os estágios das operações globalizadas se relacionam con1 o mercado internacional e conduz ao crescente processo deglobalização entreospaíses. As empresas precisam desenvolver novas posturas estratégicas que Quer se aprofundar neste te1na?Recomendainos o acesso àseguinte fonte de consulta e aprofundainento: Artigo: "Internacionalização deempresas: importância,c01no conduzir e1nodos deimplantação". O 1naterial está acessível e1n: http://bit.ly/2T3C4z0 http://bit.ly/2T3C4z0 46 ), ( Logística Internacional as conduziram aos estágios de globalização de suas operações; bem co1no organizar sua logística internacional. Poden1os entender c01no se dá o processo de inteinacionalização da e1npresa, e as opções de diversificação de 1nercado, crescimento e consolidação da n1arca; além dos beneficias internos como melhoras de processos produtivos, ad1ninistrativos em a estratégia da empresa. Nesse prócesso é importante a definição de indicadores para avaliação da efetividade dos processos. Logística Internacional ) ( 47 --- Organizando-se para a Logística Internacional Organizando a logística global Como desenvolvimentodasoperações comerciais, as cadeias de supriinentos também forrunob1igadas a tere1ndilnensões maiores para dar atendünento as novas demandas; por consequência as empresas forain obrigadas a também adequar suas estiuturas logísticas a nível global (CHRISTOPHER, 2009). Co1n estudos desenvolvidos, as empresas chegaram na 1nes1na dedução que somente com centralização pode auxiliar na eficácia da operação logística global. Esse arguinento parece que segue no sentido contrário do compruiilhamento das decisões locais, todavia essa condição se contrapõe quando analisamos a t01nada de decisão a nível global para as estratégias globais integradas (CHRISTOPHER,.2009). Ao término deste capítulo você será capaz de entender como se preparar paraa logística internacional queé o meio de atendin1ento ao cliente que pode estar em qualquer país. Mas preparar-se não é suficiente, a informação deve ser de qualidade, no momento certo e devemos ter métricas aplicadas indicadores. Vamos entender os indicadores, para saber comoaplicar e melhorar nossaperformance enquanto empresa no mercado, garantindo nossaco1npetitividade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá! 48 ), ( Logística Internacional Para definir os trade-offs em potencial naracionalização do compras, processo produtivo e dist1ibuição além das fronteiras nacionais é preciso definir u1na base central para a tomada de decisões logísticas. Então c01no estabelecer o equilíbrio nasdecisões empresariais? Cada organização é única e deveotimizar oscustos, a estratégia e o controle dos fluxos logísticos de forma em uma sede central; e o controle doserviço prestado ao cliente deve ser local, por estar próximo e conhecer as especificidades do mercado. Ta1nbéin run sistema de informação na logística global é requisito para atender o cliente e atingir a otimização do custo global (CHRISTOPHER, 2009). Quanto mais as organizações condizerem seus negócios a manufatura global, tanto mais deverão ter em consideração a decisão de onde posicionar as unidades por meio do custo total.] A operação lógística centralizada vein a contribuir na estratégia global con1 a visão e o entendin1ento de todas as operações em curso, bem c01no o entendnnento dos custos para a minimização e a maximização do nível de se1viço prestado. A tomada de decisão é importante pois onde produzir_, montar, estocar são fundamentais no cotidiano da empresa, podendo levar ao lucro ou ao prejuízo (CHRISTOPHER, 2009). Cmn a avaliação óu reavaliação da rede logística há possibilidade de n1elhorar e eficiência da rede logística global, no que tange o posicionrunento do processo produtivo e do acesso a matéria 'Trade-off uma decisãó enti:e custó e beneficies' em: http://bit.ly/2s7IGkI e saiba mais a respeito de trade-off. http://bit.ly/2s7IGkI Logística Internacional ) ( 49 --- estoque. Já com a gestão de serviços para o cliente requer o controle das necessidades de serviço, do nível de desempenho, 1nas resguardando a gestão local de serviços para o cliente, pois cada mercado lócal te1n suas próprias características (CHRISTOPHER, 2009). No escopo da terceilização e parcerias, deve-se seguir a coerência da einpresa investir tempo e energia ein suasprincipais co1npetências; e estabelecer parcerias e terceirizar serviços. O foco deve ser naquelas atividades da cadeia de valor que tragam posição e vantagem distintiva (CHRISTOPHER, 2009). Outro importante aspecto é o gerenciainento das infonnações logísticas globalizada, que fornece visibilidade dos itens ao longo da cadeia de sup1imentos. Deve-se lembrar que a introdução do siste1na de resposta rápida depende de dofluxo de infonnação. acesso o link : A importância de sistemas de info1mação pai·a a c01npetitividade logística, acesse: http://bit.ly/302vYjU e saiba 1nais a respeito do sistemas de inío1mação e a logística. Desta forma formamos umpensamento quetrata da coorde- nação global e local. O Quadro 3 apresenta estas considerações. http://bit.ly/302vYjU 50 ), ( Logística Internacional Quadro 3 - Coordenação global e local Global Local Estrntura da rede para otimização de produção e transporte. Gestão de serviços para o cliente. Desenvolvimento e controle de sistemas de informação. Acumulação de inteligência de mercado. Posicionamento do estoque. Gerenciamento de armazém e entrega local. Decisões de aquisições. Análises de lucratividade do cliente. Modo de transporte internacional e decisões de aquisições. Contato com vendas locais e gerenciamento de marketing. Análises de trade-off e controle de custo da cadeia de suprimentos. Gestão de recursos humanos. Fonte: Chnstopher(2009. pág. 230) Redes de comunicação, tomada de decisão O valor da informação é U111 conceito muito relativo, pois nem todas as info1mações apresentam a111es111a importância para uma decisão. Além dissó, por melhor que seja a informaçãó, se ela não for comunicada para as pessoas interessadas de fonna e c01n conteúdo adequados, perde todo o seu valor. Por conta dissó, a informação pode ser reutilizada infinitamente, não se deprecia e seu valor é determinado pelo usuário. Aeficiência na utilização do recurso é medida pela relação do custoparaobtê-la e o valor do beneficio de seu uso. O valor da informação deve ser avaliado, também, quanto a sua finalidade. Sua qualificação se torna evidente confon11e possibilita a düninuição do grau de incerteza no processo de tomada de decisão, permitindo a melhoria da qualidade das decisões. As empresas têm como opção a utilização de tecnologias modernas para facilitar esse processo, visando atender a complexidade, o crescünento, a 1nodernidade, a perenidade, a rentabilidade e a c01npetitividade. Em uma abordagem mais Logística Internacional ) ( 51 prática e moderna, a informação deixa de estar dividida em estratégica, tática e operacional, passando a ser executiva e dando suporte à tomada de decisões oportunas. Nesse sentido, quando se discute sobre informação empresarial, há a necessidade de se discutir a respeito das estratégias empresariais. A estratégia e1npresarial deve ser emanada da alta adininistração da organização, contemplando a organização como umtodo. A palavra "estratégia" esta vinculada a objetivos macros, ações globais, de maior tempo e amplitude. Ela pode ser decomposta por diversas táticas e objetivos definidos, com ações menores, direcionadas, de 1nenor temo e menor ainplitude, a :fin1 de atender as respectivas estratégias. O conceito mais simples de estratégia é a arte de planejai·. A estratégia é um conjunto de decisões, diretrizes e regras formuladas com o objetivo de orientai· o posicionamento da empresa em seu ambiente e mercado. Para alcançar isso, quatro fatores podem ser postos em prática: • sobrevivência: redução de custos, desinvestimento e liquidações; h.1nanutenção: estabilidade, nicho e especialização; e crescimento: inovação, internacionalização, associação e expai1Sào; 1 desenvolvimento:111ercado, produto ou serviço,:financeiro, capacidades e estabilidade. O respónsável pela tomada de decisão deve decidir mesmo coma possibilidade de en-ar. Assim, a ton1ada dedecisão envolve um ciclo de controle, decisão e execução, em que é fundainental a existência de infonnações apropriadas pai·a cada etapa. Para o processó de decisãó, é preciso diferenciai· as infor111ações em gerenciais e operacionais, sendo que: infon11ações gerenciais se destinain a alin1entai· processos de tomada de decisão. Cada nível de gerência depende 52 ), ( Logística Internacional de info1mações diferentes, e a organização deve conhecer as necessidades e1n todos os níveis; . infonnações operacionais são as que pennitem que determinadas operações continuem ocorrendo dentro do ciclo operacional da empresa. Outro fatorÍlnportante paraato111ada dedecisão é a qualidade dasinfon11ações, que devem ser comparativas>confiáveis, geradas em tempo hábil e no nível de detalhe adequado. Isso porque t01nar uma decisão nada 1nais é do que escolher uma alternativa, obedecendo c1ité1ios preestabelecidos. Assim, quanto n1aior o valor e a qualidade da inf01mação, maior é a probabilidade de acerto na tomada de decisão. Essa mesma informação servirá como instrumento de avaliação da qualidade da decisão tomada por 1neio da ali1nentação de um processo de feedback. A n1fonnação desempenha papéis importantes tanto na definição quanto na execução da estratégia. Ao atuar na definição sobre o ambiente competitivo e sobre a organização, a inf01mação auxilia os executivos a identificarem as ameaças e as oportunidades para a empresa, ciiando um cenário para a resposta competitiva e eficaz. Definição e aplicação de indicadores-chave de desempenho Assim, deve-se fazer a definição e escolha de indicadores de perfonnance, alinhados ao planejainento estratégico. A boa escolha de aspectos organizacionais para as métricas auxiliará a organização a reconhecer en1 qual caminho está seguindo. Nesse contexto, o gerencian1ento de processos de negócio é muito importante, pois pe1mite ao gestor conhecer as atividades e, consequente1nente, contiibuir para a melhora dos processos. Logística Internacional ) ( 53 --- Oindiscadores merecem atenção porquefazem a represen- tação 1nétrica da perfo1mance dos processos organizacionais. Nesse cenário, o sistema de infonnações gerenciais é de grande valia,
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