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1 Khilver Doanne Sousa Soares Pcr – Ritmos Chocáveis & não Chocáveis Habilidades Médicas VI; PALS A PCR pediátrica é comumente resultado de insuficiência respiratória ou choque. Na criança o acesso intraósseo é o mais rápido e útil para administrar fluidos e medicamentos em emergências – qualquer medicamento que possa ser administrado através de uma veia pode ser administrado na medula óssea sem ajuste da dose. Via Aérea Ventilação com máscara de bolsa: boca e nariz devem ser cobertos firmemente. Via aérea orofaríngea: utilizar cânula orofaríngea – dispositivo em forma de J que se encaixa sobre a língua para manter estruturas moles e a língua longe da parede posterior da faringe. É contraindicada em pacientes conscientes ou semiconscientes ou que permaneçam com reflexo de vômito à colocação. Via aérea nasofaríngea: utilizar cânula nasofaríngea – tubo de borracha/plástico macio que fornece um canal para o fluxo de ar entre as narinas e a faringe. É contraindicado em casos de fratura na face. Aspiração: necessária se houverem secreções abundantes sangue ou vômito em vias aéreas – a sucção não deve exceder 10 segundos. Durante a aspiração é importante monitorar a saturação de O2, aparência clínica e FC. Ritmos Chocáveis – TV e FV sem pulso A FV é um tremor rápido dos ventrículos que não conseguem realizar fluxo sanguíneo pela ausência de contração forte. A TV sem pulso é um quadro de contrações tão rápidos que não conseguem criar pulso palpável. Em ambos os casos o paciente não está sendo perfundido adequadamente. Esses pacientes precisam de choque de desfibrilação o mais rápido possível. 2 Khilver Doanne Sousa Soares A desfibrilação pode ser realizada por forma de onda bifásica ou monofásica. A dose de energia recomendada é de 2 joules/kg no primeiro choque; ir aumentando de 2 em 2 joules até o valor máximo de 10 joules/kg. Desfibriladores externos automáticos (DEAs) com cabos para adultos podem ser usados em crianças a partir de 1 ano de idade, mas um DEA com cabos pediátricos (choque bifásico máximo de 50 joules) é preferido para crianças entre 1 e 8 anos. Ciclos de choques + medicação de ressuscitação em ritmos chocáveis: 1. Desfibrilação (1º 2 j/kg), seguido de RCP por 2 min. Realiza-se acesso venoso adequado nesse primeiro ciclo. Após 2 min paciente permanece sem pulso e ritmo chocável? 2. Desfibrilação (4 j/kg), seguido de RCP por 2 min. Realiza-se aplicação de adrenalina/epinefrina 0,01 mg/kg. Após 2 min paciente permanece sem pulso e ritmo chocável? 3. Desfibrilação (6 j/kg), seguido de RCP por 2 min. Realiza-se aplicação de amiodarona 5 mg/kg. Após 2 min paciente permanece sem pulso e ritmo chocável? 4. Desfibrilação (8 j/kg), seguido de RCP por 2 min. Realiza-se aplicação de adrenalina/epinefrina 0,01 mg/kg. Após 2 min paciente permanece sem pulso e ritmo chocável? 5. Desfibrilação (10 j/kg), seguido de RCP por 2 min. Realiza-se aplicação de amiodarona 5 mg/kg. Após 2 min paciente permanece sem pulso e ritmo chocável? 6. Desfibrilação. . . 7. O ponto é: ritmos chocáveis sem pulso seguem a ordem de aplicação medicamentosa de adrenalina, amiodarona, adrenalina, amiodarona, adrenalina, amiodarona, adrenalina, nada, adrenalina, nada. . . de forma que a adrenalina seja aplicada em intervalos de 3-5 minutos e respeitando a quantidade máxima de aplicações de amiodarona (máx 3x). Depois de feitas as 3 doses intercaladas de amiodarona com adrenalina o paciente ficará recebendo apenas adrenalina, RCP e choques de desfibrilação até melhora do quadro ou mudança do ritmo para não chocável. Ritmos não Chocáveis – Assistolia e AESP As principais causas dos ritmos chocáveis e não chocáveis são os 6 H’s e 6 T’s. 6 H’s 6 T’s Hipovolemia Tamponamento cardíaco Hipoxia Tromboembolismo pulmonar Hipo/hipercalemia Trombose de coronária Acidose metabólica (H+) Tensão no pneumotórax Hipotermia Tóxicos Hipoglicemia Trauma A assistolia é a ausência de atividade cardíaca elétrica ou mecânica. No ECG se apresenta como uma linha reta. A AESP é qualquer ritmo organizado no ECG em que o paciente não apresente pulso. Na assistolia realiza-se o protocolo da linha reta, também conhecido como CAGADA (cabos, ganho e derivação): Cabos: verificar se os cabos do aparelho estão ligados e conectados adequadamente; Ganho: aumentar os ganhos; Derivação: mudar pelo menos duas derivações do aparelho. Se com todo protocolo acima realizado o paciente permanece em assistolia, inicia-se RCP + adrenalina 0,01mg/kg (ou 0,1 ml/kg) a cada 3- 5 min. Logo. . . 3 Khilver Doanne Sousa Soares Nos ritmos chocáveis há a realização de desfibrilação e aplicação de adrenalina e amiodarona conforme adequado. Nos ritmos não chocáveis, como o próprio nome já diz, não há desfibrilação. O paciente receberá RCP e a cada 2 min será verificado pulso, ritmo e continuação da conduta conforme ritmo apresentado no monitor. Se o paciente permanecer em assistolia ou AESP, continua-se o RCP + adrenalina 0,01mg/kg (ou 0,1 ml/kg) a cada 3-5 min. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Referências ACLS Suporte Avançado de Vida em Cardiologia: Emergências em Cardiologia. 2020- 2025 diretrizes e padrões.
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