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AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ARTE NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
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CURSO DE 
ARTE NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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MÓDULO III 
 
 
3 AS CONSTRUÇÕES EDUCACIONAIS PELA ARTE 
 
 
Começando pelas ideias de Pilloto (2007), muitas são as questões sobre o 
currículo que permeiam o contexto da arte na educação e, também, muitas são as 
inquietações. Uma delas está relacionada aos conteúdos de arte. 
Não há como não tomar emprestadas as palavras de Pilloto (2007) e 
delinear sua posição quanto a este quesito. Para ela, ainda hoje, as escolas e as 
ações docentes permeadas por estereótipos. O norte das práxis docentes está nas 
datas comemorativas, nas técnicas para colorir, no mimeografo, na cópia, e em 
tantos outros equívocos. 
Continuando, ela aponta que são várias as razões para esse fato e podemos 
destacar algumas delas: a fragilidade nos currículos de formação de professores, 
ainda presos a estruturas fragmentadas e disciplinares; a quase ausência de uma 
política de formação continuada por parte das escolas, das universidades e das 
redes educacionais; o espaço arquitetônico escolar, que não condiz com os 
pressupostos filosóficos contemporâneos; os projetos políticos que praticamente não 
saem do papel, entre tantos outros. 
Outra posição que a mesma autora relata é que com a construção e a 
disseminação dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (1998) e de outros 
documentos pensados, sistematizados e materializados em estados e municípios 
brasileiros, as dúvidas em torno da necessidade ou não desses documentos têm sido 
motivo de muitas discussões em grupos de estudos, seminários, congressos e encontros. 
Pontua também que não há como negar que os PCNs têm beneficiado 
alguns estados brasileiros, especialmente aqueles que ainda não possuem suas 
propostas curriculares. No entanto, é preciso que tenhamos discernimento que o 
referido documento não substitui a criação de propostas curriculares e ações 
específicas para cada região do País, pois é preciso respeitar e valorizar as 
diversidades culturais. 
 
 
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Pilloto (2007) também ressalta que é importante considerar que as propostas 
curriculares devem ter uma função democrática e que não existem fórmulas mágicas 
ou caminhos definitivos e homogêneos para todas as regiões. Uma proposta 
curricular será um instrumento funcional para a escola se, paralelamente, houver um 
trabalho de formação continuada, composta de estudos, relatos de experiência das 
ações docentes, avaliação da aprendizagem e construção contínua do documento. 
 
 
3.1 PERSPECTIVAS DE AMPLIAÇÃO DA EDUCAÇÃO: DO TRADICIONAL AO 
ARTÍSTICO 
 
 
Integrando a legislação educacional que se seguiu à Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs) constituem documentos que visam a esboçar as principais linhas de 
referência para a educação escolar na perspectiva do desenvolvimento do ensino, 
com a finalidade de orientar a formulação das propostas curriculares das diversas 
regiões do Brasil, os projetos pedagógicos, as escolas e as ações dos docentes 
quanto à elaboração do planejamento didático propriamente dito. 
Mendes et. al. [s.d.] apontam que é preciso um olhar histórico sobre as 
diferentes iniciativas (teóricas, metodológicas, práticas) desenvolvidas no ensino de 
Arte. Essas iniciativas foram criadas atendendo a demandas diversas. Embora 
algumas delas tenham dominado o ensino de Arte em determinados momentos, 
outras se colocaram como possibilidades alternativas. No conjunto, essas diferentes 
iniciativas formam um corpus de conhecimento pedagógico acumulado na área do 
ensino de Arte. 
Para os mesmos autores, a educação tradicional baseava-se no ensino de 
Arte que era claramente hierarquizado nos seus conteúdos e em relação ao seu 
público-alvo. A arte era estudada nas academias de belas-artes e conservatórios de 
música. Na escola regular, encontravam-se as cadeiras de Desenho, Ginástica e 
Música. O ensino do Desenho orientava-se pela cópia e pela vertente geométrica. 
Esta representava uma simbiose entre as correntes positivista e liberal, ora voltada 
para a qualificação industrial, ora para o desenvolvimento do raciocínio. 
 
 
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Ainda apontam que, contrapondo-se ao domínio do desenho geométrico, 
houve ainda a proposta de inserir a Arte como atividade extracurricular, 
posteriormente integrada ao currículo com o objetivo de expressar e fixar os 
conteúdos de outras matérias. No ensino da Música, associa-se a tendência 
tradicional a um modelo tecnicista, centrado na aprendizagem de elementos técnico-
musicais e realizado, por exemplo, por meio do solfejo. Aprender música, nessa 
acepção, significa aprender a decodificar uma partitura musical de modo mecânico, 
no qual a expressividade musical não tem lugar. As aulas de música nas escolas 
brasileiras, iniciadas ainda no século XIX, que alcançaram um destaque significativo 
a partir de 1930 com o movimento de canto orfeônico, estiveram baseadas nessa 
tendência tradicional. 
Mendes et. al. [s.d.] ainda contribuem que as atividades cênicas eram 
valorizadas na escola apenas em datas festivas, mediante apresentações de peças 
e outras formas dramáticas, geralmente visando ao desenvolvimento de valores 
cívicos e morais. No campo da Dança, esse período foi marcado pela ausência de 
uma proposta pedagógica efetivamente aplicada. O que se tinha era uma proposta 
de trabalho corporal equivocadamente ligada à Educação Física. A presença da 
Ginástica como disciplina indica a preocupação higienista e disciplinar com o corpo 
do educando. Nas novas escolas, associava-se a postura correta a uma escrita clara 
e legível. A disciplinarização do corpo do aluno atendia também às normas 
higiênicas necessárias para indicar a diferença entre o contexto familiar e o escolar. 
No entanto, os autores anteriores ainda colocam que o estudo da estética do 
movimento, contemplado pela dança, ainda não estava estruturado como construção 
pedagógica no ambiente escolar. Durante o Estado Novo, inicia-se a chamada 
“pedagogização da arte” na escola: Desenho Geométrico nas escolas secundária e 
primária; Desenho Pedagógico nas Escolas Normais; cópia de estampas como 
forma de embelezamento das redações e dos trabalhos de outra natureza. Enquanto 
isso, nos liceus de artes e ofícios – destinados à classe operária visando à formação 
de mão de obra para o artesanato e a indústria emergente – o ensino de Arte 
assumia funções ainda mais utilitárias. 
Deve-se notar que a pedagogia tradicional é uma tendência que atravessou 
um vasto período, marcado pela coexistência de várias dimensões do ensino: 
formação artística; formação para o trabalho; desenvolvimento de aspectos técnicos, 
 
 
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cognitivos, éticos e cívicos; utilização de meios convencionais de transmissão cultural 
em conformidade com o trabalho no ateliê do mestre artesão, na preparação de 
corais, no treinamento teatral conforme os métodos de preparação profissional, etc. 
No entanto, estes autores citados anteriormente informam que o acesso a 
esses conteúdos não era democratizado no espaço escolar, mas efetivado de 
maneira discriminatória, de acordo com as classessociais. O ensino era centrado no 
professor e nos conhecimentos normativos, voltado apenas para a aquisição de 
informações, sem qualquer contextualização ou apreciação crítica, traduzindo o que 
Paulo Freire denominou de “educação bancária”. 
Quanto à situação da nova escola, relacionada à situação do artístico, a 
transcrição das palavras de Mendes et. al. [s.d.] apontam que nesta tendência 
teórico-metodológica, o ensino centra-se no aluno, sendo a arte utilizada para a 
liberação emocional, o desenvolvimento da criatividade e do espírito experimental na 
livre solução de problemas. Em decorrência da aproximação entre a Pedagogia e a 
Psicologia, valoriza-se a pesquisa sobre a “arte da criança”, com influência filosófica 
de John Dewey e Herbert Read, da psicologia cognitiva de Piaget, entre outros 
autores. Entra em pauta também o estudo da expressão dos doentes mentais, 
campo que desaguará nas conexões entre arte e terapia. Importante trabalho nesse 
campo foi o da Doutora Nise da Silveira com os internos do Hospital Psiquiátrico 
Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. 
Nas Artes Plásticas, os mesmos autores pontuam que foram marcantes as 
pesquisas e as experiências educacionais de Victor Lowenfeld e Helena Antipoff, 
profundamente ligados ao trabalho nos ateliês. Na Música, a influência escolanovista 
evidenciou-se na proposta de iniciação musical feita por Antônio Sá Pereira e Liddy 
Chiaffarelli Mignone, no final da década de 1930, no Rio de Janeiro – proposta que 
ocorreu paralelamente ao movimento do canto orfeônico; ambos tiveram influência de 
pedagogos musicais europeus, dentre eles Dalcroze, que buscava, no início do século 
XX, inovações no ensino da música. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela própria 
experiência com a Música. Linddy Chiaffarelli Mignone, na mesma perspectiva, 
propunha jogos musicais e corporais e o uso de instrumentos de percussão. 
Envolvendo todas as áreas artísticas, destaca-se o movimento das 
Escolinhas de Arte do Brasil (EABs), o que Moreira et. al. [s.d.] apontam que se 
tornaram importantes centros de formação de professores por meio dos Cursos 
 
 
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Intensivos de Arte-Educação (CIAEs). Merecem destaque os educadores Augusto 
Rodrigues, Noêmia Varela, Hilton, Carlos Araújo, Susana Rodrigues, Lucia Valentim, 
Margareth Spencer e outros. O ensino das Escolinhas, baseado na livre expressão, 
contrapunha-se ao modelo diretivo da escola regular, normatizado pelo Ministério da 
Educação e pelas Secretarias de Educação Estaduais, e ao modelo de formação de 
professores, ainda incipiente. No entanto, apesar da inovação conceitual, as 
propostas e experiências didáticas organizadas em apostilas nos cursos dados pelas 
EABs, converteram-se, posteriormente, em receituários de técnicas. 
Mais especificamente Mendes et. al. [s.d.] esclarecem que nas Artes 
Cênicas, com a criação do Curso Prático de Teatro do Serviço Nacional de Teatro 
(SNT), em 1939, e da Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita (1948), 
surgiram oportunidades relacionadas ao ensino do teatro em muitos lugares do 
Brasil. A maioria delas em espaços informais, sendo difundido o modelo curricular 
pautado no tripé “formação cultural, fundamentos técnicos e trabalho de 
interpretação/encenação”. Contudo, a repercussão na educação básica demorou a 
ser disseminada, talvez pelo formalismo dessa proposta e posteriormente em 
decorrência da pressão da Educação Artística. Na área de Dança, a Universidade 
Federal da Bahia cria, em 1956, o primeiro curso de ensino superior de Dança no 
Brasil. O curso nasceu com um caráter de vanguarda, tendo como primeira diretora 
a dançarina polonesa Yanka Rudzka, que trouxe as marcas do expressionismo 
alemão, contrariando a corrente do balé clássico, dominante na época. 
Na década de 1960, a formação de professores de Arte tem novo impulso 
com a implantação do projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a 
Universidade de Brasília. Apesar de cerceada logo nos seus primórdios pelo regime 
militar, essa proposta de ensino de Arte foi sendo concebida baseada na 
interdisciplinaridade, profundamente ligada ao trabalho nos ateliês de artes plásticas 
e a experimentações no campo da Música. 
Quanto a proposta da Escola Nova, Mendes et. al. [s.d.] citam que é reconhecida 
pela ênfase nos aspectos afetivo e psicológico do aluno. É criticada por desconsiderar o 
contexto sociocultural e político. A concepção “espontaneísta” do conhecimento que 
floresceu no seio dessa tendência, típica também do experimentalismo das vanguardas 
artísticas, é criticada por recusar o saber sistematizado e o acesso à tradição artística a 
fim de preservar a “inocência” criativa das crianças. 
 
 
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3.2 O AUXÍLIO DA ARTE À COGNIÇÃO 
 
 
A influência da Psicologia sobre a Educação se constitui em um tema 
sempre presente no estudo do desenvolvimento cognitivo e sua relação com o 
processo ensino-aprendizagem. A Psicologia é sempre uma fonte natural 
fornecedora de aportes teóricos para o estudo do comportamento e da 
aprendizagem humana e, porque não também sobre a própria arte. 
Japiassu [s.d.] traz que o entendimento da Arte enquanto processo de 
cognição que mobiliza tanto o intelecto como a intuição ou afetividade do sujeito 
desafia o paradigma científico positivista da modernidade a reconhecê-la como 
modalidade cultural de pensamento-ação. 
Almeida (2005) faz uma busca histórica sobre a temática e destaca que no 
Livro X de A República, Platão exprime uma opinião desfavorável à arte e ao papel 
que ela deve ter na formação dos cidadãos, argumentando que a arte é imitação e 
que, justamente por isso, não proporciona conhecimento. Kant, por sua vez, na 
secção da Crítica do Juízo intitulada Analítica do Belo, estabelece uma clara 
distinção entre os interesses estéticos e os interesses cognitivos. O objetivo desta 
dissertação é mostrar que nem Platão nem Kant têm razão e que, ao contrário do 
que sustentam, a arte tem valor cognitivo, permitindo-nos alargar o nosso 
conhecimento do mundo e da própria natureza humana. 
O mesmo autor cita ainda que já não é pacífico afirmar que a arte em geral, 
e não apenas uma pequena parte das obras de arte, aumenta o nosso 
conhecimento – não é de modo algum óbvio que muita da chamada “pintura 
abstrata”, grande parte da arquitetura e alguma música instrumental tenham uma 
função cognitiva. E menos pacífico ainda é sustentar que a importância geralmente 
atribuída à arte reside, sobretudo, no seu conteúdo cognitivo. 
Almeida (2005) ainda relata que, basicamente, podemos encontrar dois tipos 
de teorias anticognitivistas: as teorias instrumentalistas e as teorias não 
instrumentalistas. 
 
 
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As teorias não instrumentalistas defendem que a arte não é um meio para 
seja o que for exterior a si mesma, pelo que o valor da arte é autônomo. Ou, como 
alguns filósofos dizem, é intrínseco às obras de arte. O formalismo é o principal 
exemplo de uma teoria não instrumentalista. 
As teorias instrumentalistas, por sua vez, defendem que o valor da arte 
depende daquilo que ela nos permite alcançar, que tanto pode ser o prazer como 
qualquer outro tipo de experiências que consideramos compensadoras e 
importantes. 
As teorias não instrumentalistas têm tendência a ser também 
anticognitivistas, ao passo que o cognitivismo é geralmente visto como uma forma 
particular de instrumentalismo. Para o cognitivismo estético, é o conhecimento de 
certos aspectos da realidade, de outro modo inacessíveis, que justifica o valor 
geralmente atribuído à arte. Neste sentido, a arte não tem valor autônomo. 
Almeida (2005) questiona então se “a arte proporciona conhecimento acerca 
de quê?” De um modo geral, as obras de arte exigem ser compreendidas, 
requerendo algum tipo de atividade cognitiva, pois tal compreensão envolve ideias, 
sentimentos e atitudes. Isto sugereque as obras de arte são acerca de algo, que 
têm conteúdo ou que veiculam algo. Resta saber se trata ou não de algo exterior às 
próprias e o quê. Como resposta à pergunta colocada, David Novitz1 (1998) indica 
três possibilidades acerca do tipo de coisas que a arte nos permite conhecer: 
• O conteúdo das próprias obras de arte, ou seja, o universo imaginário e 
ficcional por elas criado; 
• O mundo real (não ficcional), disponibilizando informação relevante ou 
contribuindo com um importante insight sobre a melhor forma de o sistematizar e 
compreender; 
• A natureza da emoção e seu funcionamento. 
E Efland (1998) traz que a suposição de que as Artes exigem menos 
intelectualmente do que as ciências vêm do conceito de cognição, limitada em 
grande parte aos meios formais de pensamento que possuem caráter proposicional. 
Os conceitos de cognição expandiram-se e passaram a incluir outras formas de 
pensamento: a cognição é processamento de símbolos; a cognição está situada no 
 
1
 Ver: NOVITZ, David. Aesthetics and Epistemology. In: KELLY, Michael. Encyclopedia of 
Aesthetics, Oxford: Oxford University Press, 1998. 
 
 
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contexto cultural do aprendiz; a cognição construtivista alega que o aluno constrói 
sua própria compreensão, que a realidade que nós atribuímos ao mundo em que 
habitamos é construída. 
O pensament(o)ação artístico portanto, conformde define Japiassu[s.d.] é 
uma modalidade de "pensamento não verbalizado" e sua expressão constitui 
"linguagem não intelectual". Ocorre que a influência "distante e indireta" da fusão do 
pensamento e da linguagem - do pensamento verbal expresso através da linguagem 
intelectual - sobre o pensament(o)ação á qual se refere Vygotsky na citação acima 
apenas se aplica á uma distinção heurística entre o modo biológico (inferior) e o 
modo cultural (superior) de atividade psíquica dos seres vivos, isto é, ás suas 
origens orgânicas. 
 
 
3.3 DESENVOLVENDO A MEMÓRIA 
 
 
“A memória é como um músculo. Precisa de exercícios, senão fica flácida.” 
A frase é do neurocientista Inván Izquierdo, diretor do Centro da Memória da 
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Os benefícios de 
se ter uma memória em sua melhor forma são inegáveis. “Cuidando bem do cérebro, 
temos uma vida equilibrada, porque conseguimos dar conta do mundo. Isso eleva 
nossa autoestima e nos permite ter um bom desempenho social e profissional” 
(INVÁN IZQUIERDO). 
Brito (2011) ainda acrescenta: 
 
Manter a memória ativa também ajuda a envelhecer melhor e diminui as 
chances de desenvolver doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer. E 
tem mais: estudos comprovam a relação entre a boa memória e a criatividade. 
Para criar coisas novas, é fundamental acessar referências de livros, filmes, 
cursos, além de lembrar as boas histórias que nos contam. Se temos 
passagem livre para nossos arquivos, o cérebro ganha maior capacidade de 
abstração e temos mais facilidade para pensar em algo inédito. 
 
Segundo Goetry e Pinheiro (2012), a memória envolve as capacidades de 
extrair a informação, registrá-la na memória de curto prazo, e eventualmente de 
longo prazo, e de lembrá-la. É bem conhecido que muitas crianças com dislexia têm 
 
 
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dificuldades com a memória de curto prazo. Por exemplo, elas podem ter esquecido 
o começo da sentença ao chegarem ao seu final. As técnicas para visualização e o 
uso dos mapas mentais que descrevemos para melhorar a compreensão e a 
composição ajudam a memória em todos os contextos. 
 
TABELA 1 - TÉCNICAS PARA VISUALIZAÇÃO E USO DE MAPAS MENTAIS PARA 
MELHORAR COMPREENSÃO E AJUDAR NA MEMORIZAÇÃO 
 
 
 
 
Imagine que você está no seu lugar favorito, que você conhece bem, 
e siga os seguintes procedimentos: 
 
1 - Ver 
Veja este lugar em sua cabeça, esteja neste lugar. Está bem claro este 
lugar em sua cabeça? Que cores você pode ver? A cena está como numa boa 
foto? 
2 - Ouvir 
Você pode usar sua imaginação e ouvir os sons associados a este lugar? 
Pode ouvir os sons do vento nas árvores? Das ondas na praia? Os sons são 
claros? São eles uma parte importante da cena? 
3 - Toque 
Toque algumas coisas nesse lugar imaginário. Sinta um objeto. Você pode 
sentir sua textura, temperatura, e a brisa em sua pele? 
4 - Cheiro 
Transforme este lugar em sua mente e traga para dentro dela os perfumes 
associados à cena (fumaça saindo das chaminés, o perfume da brisa, ou o cheiro 
de iodo do mar) 
5 - Teste 
Você pode sentir o gosto de sal em sua boca? Se você tivesse que comer nesse 
lugar, pode imaginar a comida, e os sucos digestivos que estão fluindo? 
 
 
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Há outras dez situações que favorecem a memória conforme a Union Brasil 
(1999): 
 
1 - Saiba que no aprendizado, retemos: 10% do que é lido, 20% do que é 
escutado, 30% do que é visto, 50% do que é visto e escutado (audiovisual), 70% do 
que é ouvido e logo discutido, 90% do que é ouvido e logo realizado. Utilize esses 
conhecimentos para melhorar sua aprendizagem e para perceber amplamente o 
universo ao seu redor. 
 
2 - Mantenha-se alerta e presente em suas atividades diárias. Não se 
preocupe. 
3 - Escreva recados e lista de compras de maneira organizada. Visualize na 
tela mental as imagens correspondentes, segundo as técnicas aprendidas. Faça as 
compras guiando-se pela sua memória e no final confira sua lista. 
4 - Identifique a voz da pessoa com quem fala ao telefone. Antes que ela se 
identifique. 
5 - Escolha um ambiente e observe-o em todos os detalhes. Localize os 
objetos, avalie suas formas, cores e a distância entre eles. Após cinco dias, 
reconstrua as imagens na sua tela mental. 
6 - Imagine uma música que você gosta e tente ouvi-la com todos os 
detalhes. O mesmo pode ser feito com sabores e com outros sons. 
7 - Faça cálculos menores de cabeça ou no papel. Use a calculadora só 
para conferir. 
8 - Mantenha-se atualizado. Leia livros e revistas. Vá ao teatro, cinema, 
shows, exposições, etc. Observe tudo e depois comente a respeito. 
9 - Quando estudar um assunto, não sobrecarregue o cérebro estudando 
horas seguidas. Prefira sessões curtas (de 50 minutos a 1 hora e 30 minutos) e nos 
intervalos de descanso faça alguma atividade bem diferente. 
10- Encare as dificuldades, o novo, como uma oportunidade de exercitar sua 
flexibilidade e capacidade de encontrar novas soluções. 
 
 
 
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Acredita-se que artistas, por exemplo, desenvolvem mais estes potencias, 
pois trabalham mais com este tipo de linguagem e imagem, a qual encontra-se ligada 
ao mundo das emoções. Motivo este que pode gerar um ponto de vista diferente. 
 
 
FIGURA 6 -DIFERENTES PONTOS DE VISTAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres? >. Acesso em: 14 jan. 2103. 
 
 
A imagem acima serve para exemplificar o que é ter um ponto de vista 
diferente, cuja escola gestáltica2 aponta para o princípio de percepções. 
 
 
 
2
 Gestalt, palavra alemã sem tradução exata em português, refere-se a um processo de dar forma, de 
configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra gestalt tem o significado 
"(...) de uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem 
uma forma ou configuração como um de seus atributos”. A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no 
início do século XX e, diferente da gestalt-terapia, criada pelo psicanalista berlinense Fritz Perls(1893-
1970), trabalha com dois conceitos: supersoma e transponibilidade. O psicólogo austríaco Cristian 
von Ehrenfels apresentou esses critérios pela primeira vez em 1890, na Universidade de Graz. De 
acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois 
o todo é maior que a soma de suas partes: "(...)‘A+B’ não é simplesmente ‘(A+B)’, mas sim um 
terceiro elemento ‘C’, que possui características próprias." FONTE: Disponível em: < 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt>. Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fritz_Perls
http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Graz
 
 
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3.4 DESENVOLVENDO A IMAGINAÇÃO. 
 
 
Rischbieter (2011) aponta que desenvolver a imaginação é um objetivo que 
pode e deve ser perseguido ao longo de toda a escolaridade, da educação infantil ao 
ensino universitário. Entre os chamados “temas transversais”, o desenvolvimento da 
imaginação é um dos menos discutidos, mas um dos mais importantes. 
Para Vygotsky (1983), é na atividade do jogo, fundamental para o 
desenvolvimento da criança em idade pré-escolar, que surgem os primeiros sinais 
da mais importante das capacidades humanas: a capacidade de imaginar. 
Brincando, a criança cria situações fictícias, transformando o significado dos 
objetos com suas ações. Um cabo de vassoura vira um cavalo, um pedaço de pano 
vira um bebê, que a menina acalanta... Só a criança que brincou poderá tornar-se 
um adulto capaz de imaginar. Em um artigo clássico sobre o jogo infantil, Vygotsky 
(1983) afirma que “o velho adágio de que o brincar da criança é imaginação em ação 
deve ser invertido; podemos dizer que a imaginação, nos adolescentes e nas 
crianças, é o brinquedo sem ação”. 
 
 
FIGURA 7 - CAIXA DE PAPELÃO SE TRANSFORMA EM TV DURANTE 
BRINCADEIRA DE CRIANÇA 
 
FONTE: Disponível em: <http://lh4.ggpht.com/RIgu-
ioKGCFD86Vm4OweAhp1w7tke4frE3AdTIRMhR2ul9AWH5HZWG7d6ZrtfZU9VLLIbdM=s170>. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
Rischbieter (2011) salienta que as crianças, até mesmo quando inventam 
personagens fantásticos, imitam os adultos em suas brincadeiras. Como dizia um 
dos grandes parceiros de Vygotsky, Leontiev: “Tanto nas histórias de fadas como 
 
 
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 66 
nas brincadeiras, os animais figuram como possuidores das funções e propriedades 
humanas em geral.” 
Para o mesmo autor acima, quando jogam, as crianças não se limitam a 
recordar “mecanicamente” ou “automaticamente” suas experiências sociais: 
 
Ao contrário, ao jogar, elas reorganizam suas experiências criativamente: A 
brincadeira da criança não é uma simples recordação do que vivenciou, 
mas uma reelaboração criativa de impressões vivenciadas. É uma 
combinação dessas impressões e, baseada nelas, a construção de uma 
realidade nova que responde às aspirações e aos anseios da criança. 
Assim como na brincadeira, o ímpeto da criança para criar é a imaginação 
em atividade. 
 
Quando falamos sobre Célestin Freinet3 e sua técnica do Texto Livre. 
Nesse contexto, é possível que muitas crianças queiram contar seus sonhos. É claro 
que você pode provocar as crianças, com uma pergunta como: “Alguém quer contar 
algum sonho que teve, ou até mesmo um pesadelo?” 
Por exemplo, uma criança pode contar que sonhou “que era um gigante”. 
A partir de um sonho desses, você pode fazer várias coisas como: 
• Sugerir que a criança desenhe o sonho, se quiser, ou o represente com 
fantoches, ou escreva-o. 
 
3
 Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua 
carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma 
mudança da escola, pois a considerava teórica e portanto desligada da vida. Suas propostas de 
ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela 
construía seu conhecimento. Através da observação constante, ele percebia onde e quando tinha que 
intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem 
por meio da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o 
repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do 
professor. Na proposta pedagógica de Freinet, a interação professor-aluno é essencial para a 
aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas 
atuais de jornal escolar, troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são ideias 
defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século passado. Além das técnicas 
pedagógicas, o aspecto político e social ao redor da escola não deve ser ignorado pelo educador. Isto 
porque sua pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que atua no 
presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade, criando as 
associações, os conselhos, eleições, enfim as várias formas de participação e colaboração de tudo 
na formação do aluno, direcionando o movimento pedagógico em defesa da fraternidade, respeito e 
crescimento de uma sociedade cooperativa e feliz. Há princípios no saber Pedagógico que Freinet 
considerava invariáveis, ou seja, independentes do local ou período histórico, certos pressupostos 
deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional. Desta forma, postulou as chamadas 
"Invariantes Pedagógicas", consideradas como pilares de sua proposta pedagógica. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estudante
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 67 
• Perguntar sobre o sonho: se ela teve medo; onde estava?; havia outras 
pessoas?, etc.. 
• Conforme o interesse da criança, e de outras crianças, pelo sonho, você 
pode até propor a invenção de uma história que comece com: “Eu sonhei que era 
um gigante e que todos tinham medo de mim...” 
E ainda Rischbieter (2011) contribui sobre a questão da imaginação e 
educação e seu desenvolvimento em que fantoches e marionetes podem gerar 
situações de comunicação e de expressão riquíssimas, ajudando a contar e a 
inventar histórias. Qualquer sala que tenha seu teatrinho (que pode até ser também 
a “televisão”) estará abrindo mais um canal para a expressão das crianças e para o 
desenvolvimento de sua imaginação. 
Seguindo sua linha de raciocínio, quando houver um espetáculo com 
fantoches por perto, será ótimo ir vê-lo e, se possível, conversar com as pessoas 
que o fazem, convidá-las para vir nos visitar, etc. Na era da internet, vídeos de 
qualidade – mostrando espetáculos de marionetes, dicas de como fabricá-las, etc. – 
também podem ser pesquisados, e os que tiverem mais qualidade podem ser 
aproveitados em nossas atividades. Mas o mais bacana mesmo é conhecer “ao vivo” 
o trabalho de bonequeiros e fazer parte da plateia de peças de teatro com fantoches. 
 
 
3.5 DESENVOLVENDO O ENTENDIMENTO 
 
 
Segundo Veloso [s.d.], para alguns autores, competência significa o conjunto 
de qualificações que permite que uma pessoa tenha performance superior em um 
trabalho ou situação. 
Felippe [s.d.] traz neste aspecto que a resposta está na arte como uma 
manifestação criadora do homem que constrói a sua história e contribui para a 
construção da cultura de seu tempo. Não é difícil perceber como a arte ocupou 
função indispensável desde os primórdios da civilização e continua presente no 
cotidiano das pessoas. Conhecer arte hoje é participar melhor da vida. É buscar a 
qualidade de vida do ponto de vista emocional, mental, aumentando sua cultura e 
sensibilidade. Pinturas, desenhos, esculturas e todas as modalidades de arte são 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
formas expressivas que dizem sem falar, contam histórias sem palavras, pois 
utilizam outros códigos, outra sintaxe. É linguagem que expressa o que as palavras 
não alcançam explicitar, por isso tão importante para o homem e para a 
comunicação entre os homens. Fazer arte é experimentar o universo da criação, que 
de certa forma, nos aproxima da essência de sermos humanos. Fazer arte é correr 
os riscos da criação, é estar disponível e aberto para um olhar singular sobre os 
fenômenos, capturá-los, reordená-lospara chegar a formas originais. 
E, conforme a SAPT (2004), de um ponto de vista lato poder-se-á falar de 
Artes-Terapias, sendo estas intervenções psicoterapêuticas que recorrem aos 
mediadores: Pintura, Desenho, Modelagem, Escultura, Colagens, Drama e Jogos 
Dramáticos, Marionetes, Jogo de Areia, Expressão Corporal, Música, Canto, Poesia, 
Escrita Livre Criativa e Contos. O entendimento do fenômeno psicológico em Arte-
Terapia deverá ter em conta as perspectivas afetiva-relacional, existencial e 
cognitiva. A expressão artística é central nesta psicoterapia. Através do objeto de 
criação temos acesso à informação e registro sobre o que é, acerca de quê e para 
quê, como e por que, sentimentos no momento e após, benefícios para o próprio e 
para os outros, etc. Assim, o objeto de arte tem uma função cognitiva, fornecendo ao 
sujeito informações sobre si próprio e ao arte-terapeuta um registro do processo. 
No entanto, o objeto de arte não interessa pelo seu valor informativo, ou 
mesmo estético, mas sim pelo seu valor como mediador da expressão, como veículo 
de elaboração e como ensaio do processo criativo. O contexto do processo arte-
terapêutico não é usado para análise. O foco desta se situará na relação terapêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
 
3.6 DESENVOLVENDO HABILIDADES ANALÍTICAS 
 
 
Segundo Abaurre (2011), embora todos os documentos oficiais estabeleçam 
as grandes metas a serem alcançadas com a educação básica, cabe à escola, e 
particularmente ao professor, decidir quais estratégias favorecerão o 
desenvolvimento de habilidades e competências em sala de aula. Esse é, na 
verdade, o maior desafio a ser enfrentado por aqueles que acreditam na importância 
da adoção de novos parâmetros no processo de construção do conhecimento. 
Ela acrescenta que a matriz de referência para a área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias procura identificar as operações essenciais 
(habilidades) que um aluno deve desenvolver ao longo da escolaridade básica, de 
modo a concluir sua formação dominando importantes competências relacionadas 
ao uso das linguagens. 
Elucidando, a autora ainda menciona que no momento de trabalhar as 
habilidades relacionadas a essa competência, devemos lembrar que as operações 
básicas a serem desenvolvidas pelos alunos envolvem: a capacidade de identificar 
recursos expressivos; propor soluções para problemas sociais a partir do 
conhecimento sobre linguagens e sistemas de comunicação; relacionar 
informações considerando a função social dos sistemas de comunicação; e 
posicionar-se criticamente em relação ao uso social das diferentes linguagens. 
Abaurre (2011) complementa que de modo geral, o trabalho com a 
linguagem corporal na escola tem sido prioritariamente associado a práticas físicas. 
A matriz de referência da área de Linguagens deixa clara a expectativa de que os 
alunos sejam capazes de reconhecer o importante papel das práticas corporais na 
expressividade e comunicação humanas. Nesse sentido, a instituição de ensino 
precisa abrir espaço para o trabalho com diferentes manifestações culturais que 
tenham no corpo o foco de sua realização. 
Para outro pensador, Magill (1977, p. 440), a educação geral-liberal é a 
expressão contemporânea da sabedoria prática. Na sua perspectiva, três são os 
objetivos fundamentais da educação geral: 
 
 
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 70 
1 - Ajudar no desenvolvimento de uma compreensão e perspectiva sobre o 
mundo adequadas à era pós-moderna; 
2 - Desenvolver um senso de vocação ou de sentido na vida, para além do 
simples treinamento ou orientação para a "carreira"; 
3 - Desenvolver nas pessoas a "arte de utilizar o conhecimento", ou seja, as 
competências básicas ou habilidades que equipem o indivíduo a viver feliz e 
efetivamente. 
Entre as competências relacionadas ao terceiro objetivo, Magill inclui as 
seguintes: 
a) Habilidades de comunicação – a capacidade de escrever, falar, e ouvir 
efetivamente e de usar a linguagem simbólica como a matemática e a linguagem do 
computador; 
b) Habilidades analíticas – a capacidade de raciocinar, formular e resolver 
problemas; 
c) Habilidades interpessoais – a capacidade de desenvolver e cultivar 
relações íntimas, viver e trabalhar efetivamente dentro de situações de grupo; 
d) Habilidades recreacionais – a capacidade de se engajar 
prazerosamente em atividades que são pessoalmente autorrenovadoras, tais como, 
jogo e educação permanente; 
e) Habilidades de cidadania – a capacidade de viver efetiva e 
responsavelmente na polis, sua própria sociedade ou estado, e em nosso tempo na 
sociedade mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 71 
 
 
3.7 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE SÍNTESE 
 
 
Para Federicce (2011), a síntese de texto consiste em reproduzir, em poucas 
palavras, o que um autor expressou de forma mais ampla. Desse modo, só devem 
ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário. 
Para a realização de uma boa síntese é necessário, antes de mais, ter 
compreendido o texto original, para depois redigir um novo, com base no primeiro. 
A autora acima comenta que é importante que sublinhe as partes mais 
importantes e anote os pontos que deverão ser relatados em sua síntese. Introduza 
o texto, apresentando o tema, o nome do autor e exponha os fatores inerentes ao 
tema, ou seja, os pontos centrais do texto original. A ordem dos acontecimentos não 
tem necessidade de ser a mesma do texto original, mas devem-se respeitar as 
relações entre fatos, sem alterar significados que o autor quis transmitir. Evite copiar 
na íntegra, partes do texto original. 
Deve-se ter em mente que para ampliar as habilidades de uma boa síntese, 
é necessário, antes de mais, ter compreendido o texto original, para depois redigir 
um novo, com base no texto-fonte. 
1ª fase: compreensão do texto original - Após a leitura global do texto em 
questão, deve-se proceder a detecção das ideias e dos acontecimentos principais, 
sublinhando as articulações lógicas e os exemplos. 
2ª fase: construção do novo texto – Deve-se introduzir o texto, 
apresentando o tema, o nome do autor e a tese (se existir) e, depois, ilustrá-lo com a 
exposição dos fatores inerentes ao tema, ou seja, o problema do texto (o ponto 
central). Sendo uma síntese, a ordem dos acontecimentos não tem de ser igual à do 
texto original, mas tem-se que respeitar as relações entre fatos, sem alterar o seu 
significado. A síntese é sempre redigida na terceira pessoa, de forma concisa e 
clara, nunca transcrevendo em discurso direto. 
 
 
 
http://explicatudo.com/como-fazer-uma-sintese
http://explicatudo.com/como-fazer-uma-sintese
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
 
 
3.8 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE CRIAR: “A ARTE QUE VEM DO LIXO” 
(RECICLAGEM – HISTÓRICO E EXEMPLOS.) 
 
 
Segundo o G1, um dos grandes problemas da reciclagem é o lixo 
tecnológico. O que fazer com o celular e o computador velho que já não usamos 
mais? Os resíduos de aparelhos eletroeletrônicos podem causar danos irreversíveis 
ao meio ambiente e à sua saúde, pois contêm chumbo, fósforo e outras substâncias 
e, por isso não podem ser descartados com o lixo comum. Estima-se que em um 
ano são produzidas cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico. Foi 
pensando nisso que a artista brasileira Naná Hayne4 começou a criar telas e 
bijuterias, as "tecnojoias", a partir de eletrônicos usados. 
 
Nesse processo de criação, vale apostar em fios coloridos para dar forma à 
mulher da tela e preencher seus lábios com um pedaço de placa-mãe 
vermelha (sim, agora a opção de tons é maior). Se essa mesma peça ainda 
agradar no tom verde, ela pode servir de matéria-prima para um par de 
brincos ou pingente de colar. Dá também para usar teclas, sejam elas de 
PCs ou de celulares, na montagem de anéis. NANÁ HAYNE 
 
Donadeli (2010) contribui que tudo tem iníciocom a ideia do artista de que 
qualquer coisa se transforma em arte e, portanto, que também as pessoas possam 
se transformar com a arte. 
Outro ponto importante de compreensão são as imagens que brotam da 
criatividade de agentes de limpeza que transformam o lixo em luxo ou, no mínimo, 
em objetos para várias utilidades e acessórios. Com papéis de jornal e revistas, 
papelão, garrafas pet, copos descartáveis e isopor, o resultado misturado à tinta, 
verniz, cola e outros materiais podem ser surpreendentes aos olhos. 
 
 
 
4
 Naná Hayne é de Mairiporã, São Paulo. É artista plástica e artesã de joias muito especiais que 
denomina “tecnojoias”, trabalhando com lixo-digital. 
 
 
 
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 73 
 
 
FIGURA 8 - VASSOURAS PARA JARDIM COM GARRAFAS PET 
 
Estas vassouras para jardim com garrafas pet parecem versões ecológicas da vassoura da bruxa. 
Ótima para varrer folhas no jardim substituindo as vassouras de piaçava. 
FONTE: Disponível em: <http://reciclaedecora.com/reciclagem/passo-a-passo-de-vassouras-de-
garrafas-pet/>. Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
Veja o passo a passo para fazer a vassoura de garrafa pet: 
 
1) Retire o rótulo da garrafa; 
2) Retire o fundo cortando com estilete; 
3) Faça cortes até a parte arredondada da garrafa; 
4) A garrafa deverá ficar com várias tirinhas de cerca de 0,5 cm de 
comprimento; 
5) Retire o gargalo com uma tesoura; 
6) Faça 17 peças sem o gargalo e deixe somente uma com o gargalo; 
7) Encaixe todas as peças sem o gargalo sobre a peça com o gargalo; 
8) Está formada a base da vassoura; 
9) Corte a parte superior de outra garrafa e encaixe por cima da base que 
você acabou de montar; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
10) Encaixe com cuidado para não soltar as outras peças; 
11) Faça dois furos; 
12) Encaixe o arame para amarrar a vassoura; 
13) Puxe o arame até o outro lado e amarre as pontas bem firmemente com 
a ajuda de um alicate; 
14) Encaixe a vassoura em um cabo; 
15) Bata um prego para fixar; 
16) Está pronta a vassoura! 
 
 
3.8.1 Dez maneiras de reutilizar garrafas pet 
 
 
FIGURA 9 - Vaso de planta feito com garrafa pet 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>. Acesso em: 
14 jan. 2013. 
 
 
As garrafas pet estão presentes no nosso dia a dia e são responsáveis por 
grande volume nos lixões e aterros sanitários, bem como pela contaminação do 
solo. Encaminhar estes resíduos para reciclagem é de extrema importância. 
Apesar disso, infelizmente a reciclagem não consegue dar conta de todo o 
material produzido pelas indústrias. Por isso, os trabalhos artesanais também são 
ótimas alternativas para diminuir a quantidade de plástico descartada e dar vida 
nova aos materiais. 
O CicloVivo separou dez ideias de como você pode reutilizar as garrafas pet 
usando muita criatividade. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
 
 
3.8.1.1 Vaso de “cristal” 
 
 
A dica é fazer um vaso de garrafa plástica, com um acabamento que lembra 
um vaso de cristal, mas com a vantagem de ser inquebrável, sem custo algum e que 
ainda pode ser reciclado posteriormente. 
 
 
FIGURA 10 - VASO DE “CRISTAL” FEITO DE GARRAFA PET 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>.Acesso em: 
14 jan. 2013. 
 
 
3.8.1.2 Luminária oriental 
 
 
Usando a criatividade é possível criar peças úteis e personalizadas. A 
luminária oriental pode ser facilmente produzida, mas com o toque criativo dos 
ideogramas ela fica muito mais bonita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 76 
 
 
FIGURA 11 - LUMINÁRIA FEITA COM PET 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>. Acesso em: 
14 jan. 2013. 
 
 
3.8.1.3 Quadro de tampinhas 
 
 
Apesar de grande parte das garrafas pet serem recicladas ou reutilizadas, 
muitas pessoas não sabem o que fazer com as suas tampinhas. Pensando nisso, 
ensinamos como fazer um quadro com estes objetos, o resultado é uma ótima peça 
de decoração, que pode ser feito por adultos e crianças. 
 
 
FIGURA 12 - QUADRO COM TAMPINHAS DE GARRAFA 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.>. Acesso em: 14 
jan. 2013. 
 
 
 
 
 
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 77 
 
3.8.1.4 Horta vertical do “lar doce lar” 
 
 
O arquiteto Marcelo Rosenbaum, que comanda o quadro “Lar Doce Lar”, no 
programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, embarcou de vez na onda da 
sustentabilidade. Um de seus projetos incluiu a Horta Vertical feita com garrafas pet. 
A ideia foi tão apreciada pelos internautas que ele explicou passo a passo como 
fazer um modelo parecido. 
 
 
FIGURA 13 - HORTA VERTICAL COM GARRAFAS PET 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>. Acesso em: 14 
jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
3.8.1.5 Jardineira 
 
 
A jardineira de garrafa pet é muito simples e pode ser feita em poucos 
minutos. Além disso, sua praticidade estimula o plantio de hortas em casa. 
 
 
 
 
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 78 
 
 
FIGURA 14 - JARDINEIRA DE GARRAFA PET 
 
FONTE: Disponível em: <http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html>. Acesso em: 
14 jan. 2013. 
 
 
3.8.1.6 Cofrinho 
 
 
A norte-americana Martha Stewart ensinou uma técnica simples para 
transformar a garrafa pet em um cofrinho em formato de porco. O artesanato aplica 
a técnica de Upcycle e também serve para ensinar as crianças como cuidar 
adequadamente das finanças. 
 
FIGURA 15 - COFRE ESTILO PORQUINHO FEITO DE GARRAFA PET 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ciclovivo.com.br/noticia/saiba_como_fazer_um_cofrinho_reaproveitando_garrafas_pet>. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 79 
3.8.1.7 Horta caseira 
 
 
Damos a dica de como se construir uma horta caseira suspensa, reutilizando 
garrafas pet. A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas 
próprias hortaliças. Além disso, a horta caseira é decorativa e deixa um aroma 
agradável no ambiente. 
 
 
FIGURA 16 - HORTA QUE UTILIZA GARRAFAS PET COMO VASOS 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.planeta10.com.br/Kids/paginas_internas_kids/Noticias_internas/Lixo/421.html>. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
 
 
3.8.1.8. Porta-lápis 
 
 
Nesta matéria ensinamos a reutilizar garrafas de refrigerante para fazer um 
porta-lápis sustentável. Ele é muito prático e ainda tem um design muito criativo. 
 
 
 
 
FIGURA 17 - PORTA-LÁPIS FEITO COM GARRAFAS PET 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 80 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.planeta10.com.br/Kids/paginas_internas_kids/Noticias_internas/Lixo/421.html>. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
3.8.1.9 Vasos decorativos 
 
 
As flores são sempre ótimas opções para decoração doméstica. Por isso, 
separamos uma dica diferente: um vaso plantado de cabeça para baixo, criado a 
partir de materiais reciclados, como as garrafas plásticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 18 - VASO FEITO COM GARRAFA PET 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.planeta10.com.br/Kids/paginas_internas_kids/Noticias_internas/Lixo/421.html >. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 81 
 
 
3.8.1.10 Caixinha “porta-treco” 
 
 
Uma sugestão muito criativa de artesanato com este material é transformá-lo 
em pequenas caixas “porta-treco” ou apenas decorativas. O efeito fica muito legal. 
 
 
FIGURA 19 - CAIXINHA PORTA-TRECO 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.planeta10.com.br/Kids/paginas_internas_kids/Noticias_internas/Lixo/421.html>. 
Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
 
3.9 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS 
 
 
Reciclar, conforme o site Suapesquisa.com (2012), significa transformar 
objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi 
despertada pelos seres humanos, a partir do momentoem que se verificaram os 
benefícios que este procedimento traz para o planeta Terra. 
As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de 
fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de 
resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração. O 
conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado 
original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas 
características. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 82 
O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. O reaproveitamento 
ou reutilização consiste em transformar um determinado material já beneficiado em 
outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento 
do papel. O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi 
beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e 
gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material 
utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do 
processo resulta em um novo material de características diferentes. 
Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja "derretido", nunca irá ser feito 
outro com as mesmas características tais como cor e dureza, pois na primeira vez 
em que foi feito, utilizou-se de uma mistura formulada a partir da areia. Já uma lata 
de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de volta ao estado em que estava 
antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a 
ser uma lata com as mesmas características. 
 A palavra reciclagem ganhou destaque na mídia a partir do final da década 
de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-
primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de 
espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão 
vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo). Como disposto sobre a diferença 
entre os conceitos de reciclagem e reaproveitamento, em alguns casos, não é 
possível reciclar indefinidamente o material. Isso acontece, por exemplo, com o 
papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo 
de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das fibras de celulose. Em outros 
casos, felizmente, isso não acontece. 
A reciclagem do alumínio, por exemplo, não acarreta em nenhuma perda de 
suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado continuamente. 
De acordo com Kazazian (2005), o consumo humano de recursos naturais 
começou a ultrapassar as capacidades biológicas da Terra nos anos 1970. Contudo, 
vale lembrar que, somente a partir de então começaram a surgir os primeiros 
movimentos em prol do pensamento ecológico, pois o meio ambiente já 
demonstrava fragilidade e a sobrevivência “saudável” das gerações futuras começou 
a ser ameaçada. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 83 
Ferreira (2008) aponta que os resíduos ou lixos eletrônicos são considerados 
como aqueles aparelhos/materiais que são dados por inúteis, supérfluos e/ou sem 
valor gerados pela atividade humana. O maior perigo do avanço da tecnologia é o seu 
considerável impacto ambiental. Principalmente a indústria de computadores e seus 
periféricos eletrônicos que constituem um dos setores industriais que 
proporcionalmente ao peso dos seus produtos consomem recursos naturais tanto na 
forma de matéria-prima, como em termos de água e energia. Somando-se a esses 
dados, o consumismo em alta incentiva as indústrias a produzirem cada vez mais, 
diferenciando seus produtos, tanto pela forma quanto pela função, e os consumidores 
acabam comprando, não pelo produto em si, mas por impulso. 
De acordo com o site Planeta Sustentável, para reaproveitar latinhas de leite 
condensado, creme de leite e ervilhas, basta depois de usá-las tirar a “tampa”, lavar 
bem e enxugar a lata. Junte uma boa quantidade e faça pequenos bolos, que podem 
ser usados em sua casa como sobremesa ou como lembrancinhas de um 
aniversário. Para fazer o bolo, basta untar as latas por dentro, com manteiga, e 
despejar massa pronta até a metade e colocar no forno para assar. Para que a 
massa se acomode bem, bata de leve na bancada para tirar bolhas de ar. Se quiser, 
depois de pronto, coloque uma cobertura e enfeite com um papel colorido. 
Para aproveitar os espetinhos de churrasco, basta lavá-los bem com sabão 
de coco, que é menos prejudicial ao meio ambiente, e deixá-los secar sob o sol. Em 
seguida, basta amarrar em zigue-zague, as extremidades com um barbante que 
estará pronto um jogo americano. Para cada jogo serão usados 30 espetos. 
Cascas de frutas cítricas como laranja e limão podem virar um aromatizante 
de ambiente. Para isso é necessário apenas colocá-los ao fogo e o vapor será 
espalhado por toda a casa. 
Para fazer um pote com revistas antigas é preciso seguir os seguintes 
passos: primeiro, pegue uma folha e faça um canudinho; em seguida enrole-o bem 
apertado, como um caracol, esta será a base do seu pote; em cima desta base, cole 
outros canudinhos, um em cima do outro, sempre deixando um pedaço sobrando na 
parte de cima. Faça até a altura desejada. Os potes podem ter tamanhos variados 
para entrarem em harmonia com toda a composição. 
Segundo Californians Against Waste (2010), o chamado 3 Rs – Reduzir, 
Reutilizar e Reciclar –, continuam a ser visto como uma lista hierárquica. Muitas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 84 
pessoas pulam para reciclagem, com as melhores intenções, pensando que é a 
melhor coisa a fazer. No entanto, a intenção do 3 Rs é colocar ênfase na redução da 
primeira fonte, em seguida, enfatizando a reutilização de nossos recursos, e em 
seguida, a reciclagem quando as duas primeiras opções foram exercidas. Reutilização 
é uma funcionalidade extremamente importante em nossa sociedade quando 
flexionada e pode desviar milhões de toneladas de lixo dos aterros a cada ano. 
Precisa de algumas dicas sobre como praticar a reutilização em sua vida 
diária? Aqui estão algumas sugestões para diferentes tipos de materiais (alguns são 
uma cortesia da cidade de Nova Iorque): 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&tbo=d&bih=613&biw=1152&tbm=isch&tbs=simg:CAQSYxphCxCo1NgEGgAMCxCwjKcIGjwKOgg
BEhSFBPUEgAWGBPMEgQWCBYME9wTQBBog83lZR2vAc2WydLSWf_1rMUnyYc58kt5nKvCpo3zi
nAX4MCxCOrv4IGgoKCAgBEgRxybH1DA&sa=X&ei=M1_kULGHAYX69QSYqoHgBg&ved=0CCgQw
g4>. Acesso em: 14 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
3.9.1 Papel 
 
 
 Economize papel utilizado para listas de compras como notas e papéis 
de desenho para crianças; 
 Escreva suas listas de compras em envelopes usados; 
 Use aqueles pacotes postais para encapar livros; 
 Reutilize jornal como papel de embrulho, ou use como revestimento 
para a gaiola de um bicinho de estimação. Você pode até mesmo melhorar a sua 
caixa de compostagem com algumas folhas de jornal. 
 
 
3.9.2 Plástico 
 
 
 Preencha garrafas plásticas vazias (como embalagens de enxaguantes 
bucais) com água e gelo para usar em seus refrigeradores para piqueniques 
e camping; 
 Use potes de iogurte vazios, ou recipientes de requeijão para 
armazenar porções individuais de alimentos; 
 Leve Tupperware quando sair para jantar, para trazer a sua casa 
sobras em vez de um solicitar saco ou caixa para a embalagem do alimento (ou usá-
los para embalar biscoitos e batatas fritas que eles não ficar esmagados). 
 
 
3.9.3 Vidro 
 Transforme um frasco de palmito grande em um pote de biscoitos ou 
um pote de moedas; 
 Mantenha pedaços e peças, como parafusos ou pregos, em frascos 
usados. 
 
 
 
 
 
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 86 
3.9.4 Metais 
 
 
 Reutilize folhas de alumínio; 
 Limpe bem as latas de alumínio usadas de ervilhas ou milho e cubra 
com papel velho para usar como porta-caneta ou porta-lápis.3.9.5 Em casa 
 
 
 Use esponjas e toalhas, em vez de toalhas de papel descartáveis; 
 Lave e reutilize sacolas plásticas; 
 Use o pão velho para croutons, migalhas, recheio ou rabanada; 
 Use pilhas recarregáveis; 
 Use a sua própria caneca de café quando frequentar cafeterias; leve 
sua própria caneca para o trabalho em vez de usar copos descartáveis. 
 Use escovas de dentes velha para engraxar sapatos. 
 Reduza os resíduos perigosos associados com produtos de limpeza, 
substituindo-os por alguns menos nocivos. Por exemplo, vinagre e jornal para a 
limpeza de janelas, fermento em pó e água para remover mofo e bolor e vinagre 
para limpar os banheiros. 
 Compre lâmpadas eficientes de supermercados, lojas de ferragens e 
lojas elétricas. Elas duram mais e você vai economizar dinheiro. 
 Você dirige cinco minutos para pegar um pedaço de pão no 
supermercado? Vinte e cinco por cento de todas as viagens de carro são menos de 
um quilômetro. Ao andar de bicicleta ou a pé para viagens curtas, você vai 
economizar energia e dinheiro. 
 
 
 
 
3.9.6 No escritório 
 
 
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 87 
 
 
 Imprima cópias dos dois lados; 
 Se possível, não imprima arquivos e, sim, salve-os eletronicamente; 
 Faça circular um original de memorando em vez de fazer várias cópias; 
 Use os dois lados de um papel de rascunho para anotações; 
 Use canetas recarregáveis, lápis e dispensadores de fita. Segundo o 
Escritório de Assistência Ambiental de Minnesota, americanos (o público-alvo do 
estudo) jogam fora 1,6 bilhão de canetas cada ano. 
 Desligue o monitor do computador quando sair por mais de uma hora. 
 
 
3.9.7 Com as crianças 
 
 
 Dê às crianças seus papéis já usados e que não precisa mais, restos 
de papelão e embalagens – a criatividade delas vai assumir a partir daí. 
 
 
3.10 PINTURA COM TINTA DE TERRA 
 
 
Na China, tingimento com plantas, cascas e insetos foi rastreado como 
tendo mais de cinco mil anos. O processo de tingimento essencial mudou pouco ao 
longo do tempo. Tipicamente, o material corante é colocado numa panela de água e, 
em seguida, os tecidos a serem tingidos são adicionados ao vaso, o qual é aquecido 
e agitado até que a cor é transferida. Fibras têxteis podem ser tingidas antes da 
fiação, mas a maioria dos tecidos é tingida após a tecelagem. Muitos corantes 
naturais requerem o uso de produtos químicos chamados mordentes para ligar o 
corante para as fibras têxteis, tanino de galhas de carvalho, sal natural, alúmen, 
vinagre e amônia foram utilizados pelos primeiros tintureiros. Alguns corantes 
produzem odores fortes. 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Spinning_(textiles)&usg=ALkJrhh40PbFBnZG-7AhrIyIgpODFCAUdA
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Weaving&usg=ALkJrhhPFGRLE3H38KNn7f2BR_9-jGogcQ
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Mordant&usg=ALkJrhhqpEay2Ih9cGASNnwRiW8VWJGxsA
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Tannin&usg=ALkJrhjYaPFVOFCR8v7Z-guHYN_KOcIOPw
 
 
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 88 
Ao longo da história, as pessoas têm seus tecidos tingidos usando materiais 
disponíveis localmente, mas corantes escassos que produzem cores brilhantes e 
permanentes, como os corantes naturais de invertebrados tornaram-se itens de luxo 
altamente valorizados no mundo antigo e medieval. Corantes à base de plantas, tais 
como pastel, índigo e açafrão foram criados comercialmente e foram bens 
comerciais importantes nas economias da Ásia e da Europa. Em toda a Ásia e 
África, tecidos estampados foram produzidos usando técnicas de tingimento para 
controlar a absorção de cor em peças tingidas, como cochonilha e campeche, que 
foram levados para a Europa pelos espanhóis, e os corantes da Europa, que foram 
levados pelos colonos para a América. 
 
 
 
3.10.1 Vermelho e rosa 
 
Uma variedade de plantas produz tinturas vermelhas, incluindo um número 
de liquens, henna, alkanet ou bugloss tintureiro, e plantas relacionadas da família 
Rubia. São nativas de muitas zonas temperadas em todo o mundo, e têm sido 
usadas como fonte de bom corante vermelho (rosa garança) desde a pré-história. 
Madder foi identificado em linho no túmulo de Tutankhamon. Madder era um corante 
de importância comercial na Europa, sendo cultivada na Holanda e França para 
tingir os casacos vermelhos de uniformes militares até que o mercado entrou em 
colapso após o desenvolvimento do sintético alizarina, em 1869. Madder também foi 
utilizada para tingir os caças da Grã-Bretanha de rosa. 
Munjeet ou garança indiana (Rubia cordifolia) é nativo do Himalaia e outras 
montanhas da Ásia e Japão. Munjeet era um corante importante para a indústria de 
algodão asiático e ainda é usado por tintureiros de artesanato no Nepal. 
Puccoon ou bloodroot (sanguinaria canadensis) é um corante vermelho 
popular entre os nativos do sudeste americano. Artistas do Texas e da Louisiana 
usavam a água de carvalho para produzir vermelho. 
A delicada cor de rosa em tapetes da etnia americana navajo vem do cacto 
de pera espinhosa fermentado. Tecelões navajos também usavam a água da chuva 
e terra vermelha para criar corantes rosa-salmão. 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Cochineal&usg=ALkJrhhm4xvPTaGb_asIngLDIwrWL7eW7Q
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Spain&usg=ALkJrhgF01sqUPmWF0TwFan0PDxrbMJoyg
 
 
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3.10.2 Laranja 
 
 
Tintureiros navajos criaram corantes laranja de uma planta chamada zimbro, 
da qual faziam um tipo de chá. 
 
 
3.10.3 Amarelo 
 
Corantes amarelos são quase tão numerosos quanto os vermelhos, e podem 
ser extraídos do açafrão, da casca de romã e de algumas plantas daninhas. Foi uma 
tintura importante do antigo Mediterrâneo e Europa e é indígena para a Inglaterra. 
Dois brilhantes corantes amarelos de importância comercial na Europa que surgiram 
a partir do século XVIII são derivados de árvores das Américas: quercitron da casca 
interna de carvalhos nativa da América do Norte e tatajuba de amoreira, das Índias 
Ocidentais e do México. 
Artistas navajos criam corantes amarelos de pequenas ervas daninhas, 
cascas de cebola marrom, e da planta de borracha. 
 
 
3.10.4 Verde 
 
 
Tons pastel e índigo têm sido usados desde os tempos antigos em 
combinação com corantes amarelos para produzir tons de verde. A Inglaterra 
medieval e moderna foi especialmente conhecida por suas tinturas verdes. Os 
tintureiros de Lincoln, uma cidade grande, em alta Idade Média, produziu o Lincoln 
verde pano, tingiam a lã. 
O pano verde fosco comum à Idade do Ferro apresenta traços de ferro, e 
possivelmente foi colorida por pano amarelo tingido fervido em uma panela de ferro. 
Os povos indígenas do planalto noroeste da América do Norte usavam para tingir 
líquen e palha de milho para terem um verde mar. Primeiro, o fio de lã Churro era 
tingido de amarelo com artemísia e, então, era é embebido em corantes pretos e 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Parthenium_incanum&usg=ALkJrhiwaja6frUu6asWti_nd8EnTlwKVA
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Lincoln,_Lincolnshire&usg=ALkJrhiwTnCeTX6wvhakg2HWgUBbmX1_9A
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/High_Middle_Ages&usg=ALkJrhhffo-70Wz2jNXyM1FJphRKpI44Zwhttp://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Lincoln_green&usg=ALkJrhhJSL0gbsaDi909dLYvH2nJL8VwAg
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Lincoln_green&usg=ALkJrhhJSL0gbsaDi909dLYvH2nJL8VwAg
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Sagebrush&usg=ALkJrhiyPJ6U7C1GmSSXi2LNce_v3NGG_A
 
 
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 90 
cascas de cebola vermelha. Isto também era utilizado por tintureiros Navajo para 
produzir verde. 
 
 
3.10.5 Azul 
 
 
Acredita-se ser a Índia o mais antigo centro de tingimento índigo no Velho 
Mundo. Foi o principal fornecedor de índigo para a Europa na era greco-romano. A 
associação entre a Índia e o tom anil é refletida na palavra grega para o corante, que 
é indikon (ινδικόν). Os romanos usaram o indicum, que passou para o dialeto italiano 
e, eventualmente, para o inglês e português como a palavra índigo. 
Nas Américas central e do sul, os corantes azuis importantes eram o añil ( 
indigofera suffruticosa ) e índigo natal (indigofera arrecta). 
Em climas temperados, incluindo a Europa, o índigo foi obtido principalmente 
a partir de tom pastel (isatis tinctoria), uma planta nativa da Assíria e do Levante, 
que tem sido cultivada no norte da Europa há mais de dois mil anos, embora a partir 
do século XVIII tenha sido substituída principalmente por um superior índigo indiano, 
importado pela Companhia Britânica das Índias Orientais. 
 
 
3.10.6 Roxo 
 
 
Na Europa medieval, roxo, violeta, vermelho-escuro e cores semelhantes 
foram produzidos por tingimento da lã com pastel ou índigo e, em seguida, 
molhando a peça com tingimento de corantes em tecidos vermelhos. 
 
 
3.10.7 Marrom 
 
 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Greek_language&usg=ALkJrhhghTHF722MxB-32JmRgd5Dxh0uMw
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Ancient_Rome&usg=ALkJrhiRR9U5JmWxdktmTzA2ZNzQTtGoWQ
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/British_East_India_Company&usg=ALkJrhjzeg07SYr4IvzbnSPJQ6g53Qey8Q
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Murrey&usg=ALkJrhh6Bcb2F2AtzbmttYo7tSMM48vI5g
 
 
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Cutch é uma antiga tinta marrom conseguida a partir da madeira de árvores 
de acácia, particularmente catechu acácia, usada na Índia para o tingimento de 
algodão. 
 
 
3.10.8 Cinza 
 
 
Para uma tintura cinza, tecelões Navajo criaram o preto do mineral amarelo 
ocre misturado com pedaços da árvore de pinhão (pinus edulis). Eles também 
produzem um corante cinza fresco com um tipo de flor azul e um cinza quente do 
visco de uma planta chamada planta juniper (phoradendron juniperinum). 
 
 
3.10.9 Líquen 
 
 
O líquen rocella tinctoria foi encontrado ao longo do Mar Mediterrâneo e foi 
usado pelos antigos fenícios. Nos últimos tempos, corantes líquens têm sido 
importantes das tradições da tintura de Gales, Irlanda, Escócia, e os povos nativos 
do sudoeste e planalto dos Estados Unidos. Corantes liquens escoceses incluem 
corante vermelho (também chamado de urzela na Inglaterra e decisivo na Holanda). 
 
 
3.10.10 Fungos 
 
E, segundo a Revista Escola, temos ainda as seguintes tintas: 
 
 
3.10.11 Tinta de legumes e/ou verduras 
 
 
Ingredientes: Água e pedaços de beterraba ou couve. 
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Catechu&usg=ALkJrhhjiQb191UWa1OpvwXYG5lriuDMYA
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Acacia_catechu&usg=ALkJrhg74DRT_4MrYOtdH9DwXC9iAXq6cw
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Cotton&usg=ALkJrhjiaKIXgtQYOqcG4MqWV5pmzr6A5w
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Ochre&usg=ALkJrhhE9M0_H4EEoM9B3MGPhGYf2OWtHQ
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Pi%25C3%25B1on_tree&usg=ALkJrhhXc0CZDoLDQsNBfhxZ3ZqB0FgnyQ
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Phoenicia&usg=ALkJrhh8rLUW4uchkeTS4nmEPXEVACYyTw
 
 
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Modo de preparo: Bata no liquidificador o legume ou a verdura com pouca 
água. Não é necessário coar. 
Variações: Para obter uma massa mole, tipo meleca, acrescente farinha de 
trigo e óleo. Para conseguir efeito aquarela, acrescente água. Ainda é possível 
engrossar a tinta colocando tudo em uma panela, acrescentando amido de milho ou 
farinha de trigo à mistura e cozinhando até ficar com aparência de mingau. 
Poderá ser usada quando estiver fria ou morna. 
 
 
3.10.12 Tinta de terra 
 
 
Ingredientes: Água, terra (preta, vermelha ou marrom) e cola branca. 
Modo de preparo: Em um recipiente, amoleça a terra com pouca água e 
acrescente a cola. A massa deve ficar com aparência de mingau mole. 
Variações: Ponha serragem ou pó de serra para adquirir textura. 
 
 
3.10.13 Tinta guache 
 
 
Essa tinta é comprada pronta e encontrada em variados tamanhos de 
embalagens. 
Variações: Para conseguir relevo, quando a tinta secar, acrescente farinha 
de trigo. Para adquirir aparência de lixa, coloque areia e cola. Com um pouco de 
água, é possível ter aspecto de aquarela. 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO III

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