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AN02FREV001/REV 4.0 95 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE ARTE NA EDUCAÇÃO Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 96 CURSO DE ARTE NA EDUCAÇÃO MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 97 MÓDULO IV 4 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO BRASIL E DO MUNDO E SUAS ARTES As artes plásticas no Brasil nasceram tardiamente em relação à descoberta e colonização do território. Apesar de haver registros de atividade de pintores, desenhistas e aquarelistas em atividade no Brasil desde 1556, estes vieram apenas de passagem, realizando a mera documentação visual destas terras para os monarcas e naturalistas europeus. Entretanto, passado um século, o Brasil já experimentava um desenvolvimento considerável na pintura e na escultura, e, desde então, conheceu um progresso ininterrupto e sempre com maior pujança e refinamento, com grandes momentos assinaláveis primeiro no apogeu do barroco, com a pintura, estatuaria e talha dourada para decoração das igrejas. Depois, na segunda metade do século XIX, com a atuação da Academia Imperial de Belas Artes, que institucionalizou o método acadêmico e promoveu os estilos neoclassicismo e logo o romantismo e o realismo, além de ser a primeira escola de artes de nível superior a funcionar no país. E, em tempos recentes, quando a arte brasileira começa a se destacar no exterior de modo consistente e o sistema de ensino e divulgação da pintura estão firmemente estabilizados e largamente difundidos por intermédio de um sem número de universidades e escolas menores, museus, exposições, ateliês e galerias. Durante o barroco, os maiores nomes a serem destacados são Aleijadinho e Mestre Ataíde, respectivamente na escultura e na pintura. Após a consolidação da Academia Imperial se notabilizaram principalmente os pintores Victor Meireles, Pedro Américo e Almeida Júnior, e o escultor Henrique Bernardelli. Comprometidos com o governo de Dom Pedro II, os dois primeiros fizeram obras artísticas com o intuito de enaltecer o império e o nacionalismo do país ainda recentemente independente. Um exemplo disso é o quadro de Victor Meireles: "A Batalha de Guararapes", hoje no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Outro AN02FREV001/REV 4.0 98 exemplo famoso é o quadro de Pedro Américo "Independência ou Morte", que se encontra no Museu do Ipiranga, em São Paulo, e é a mais famosa imagem do episódio da Independência do Brasil. No movimento modernista, destaca-se a atuação de grupos como o Pau- Brasil e o Movimento Antropófago, que se autoproclamavam vanguardistas. Várias tendências das vanguardas europeias convergiram na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo e tornada um marco no modernismo brasileiro. O site Suapesquisa.com (2004) aponta os principais artistas brasileiros que tiveram renomes, conforme pontuado a seguir: 4.1 CÂNDIDO PORTINARI Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política. Durante sua trajetória, estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos. Em 1935, recebeu uma premiação em Nova York por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida. Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco de Assis" e Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu autorretrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade. No dia 6 de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o País fosse reconhecido entre outras nações. A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas tintas. AN02FREV001/REV 4.0 99 4.1.1 Características da obra de Portinari Dentre as características principais das obras de Portinari estão: Retratou questões sociais do Brasil; Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia; Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos; Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura. 4.1.2 Principais obras de Portinari Dentre as principais obras de Portinari estão: Meio ambiente; Colhedores de café; Mestiço; Favelas; O Lavrador de Café; O sapateiro de Brodósqui; Meninos e piões; Lavadeiras; Grupos de meninas brincando; Menino com carneiro; Cena rural; A primeira missa no Brasil; São Francisco de Assis; Os Retirantes; AN02FREV001/REV 4.0 100 4.2 DI CAVALCANTI Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897. Desde jovem demonstrou grande interesse pela pintura. Com 11 anos de idade teve aulas de pintura com o artista Gaspar Puga Garcia. Seu primeiro trabalho como caricaturista foi para a revista Fon-Fon, em 1914. Participou do Primeiro Salão de Humoristas em 1916. Mudou para a cidade de São Paulo em 1917, ano em que realizou a primeira exposição individual para a revista "A Cigarra". No ano de 1919, fez a ilustração do livro Carnaval, de Manuel Bandeira. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo. Em 1923, foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil dois anos depois e foi morar na cidade do Rio de Janeiro. Em 1926, fez a ilustração da capa do livro O Losango de Cáqui, de Mário de Andrade. Neste mesmo ano, participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da Noite. Em 1927, colaborou como desenhista no Teatro de Brinquedo. Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil. Em 1934, foi morar na cidade de Recife. Morou na Europa novamente entre os anos de 1936 e 1940. Em 1937, recebeu medalha de ouro pela decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira. Em 1938, trabalhou na rádio francesa Diffusion Française. Em 1948, fez uma exposição individual de retrospectiva no IAB de São Paulo. Em 1953, foi premiado, junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo. http://www.suapesquisa.com/biografias/manuelbandeira/ http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/semana22/ http://www.suapesquisa.com/biografias/mariodeandrade/ http://www.suapesquisa.com/biografias/mariodeandrade/ AN02FREV001/REV 4.0 101 Em 1955, publicou um livro de memórias com o título de Viagem de Minha Vida. Recebeu o primeiro prêmio, em 1956, na Mostra de Arte Sacra (Itália). Em 1958, pintou a Via-Sacra para a catedral de Brasília. Em 1971, ocorreu a retrospectiva da obra de Di-Cavalcanti no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Morreu em 26 de outubro de 1976, na cidade do Rio de Janeiro. 4.2.1 Estilo artístico e temática de Di-Cavalcanti Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismoe dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo). Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. O cenário geográfico brasileiro também foi muito retratado em suas obras como, por exemplo, as praias. Em suas obras, são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc.). Tinha estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos. Usou as cores do Brasil em suas obras, em conjunto com toques de sentimentos e expressões marcantes dos personagens retratados. 4.2.2 Principais obras de Di-Cavalcanti Pierrete - 1922 Pierrot - 1924 Samba - 1925 Samba - 1928 Mangue - 1929 Cinco moças de Guaratinguetá - 1930 http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/artemoderna http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/artemoderna http://www.suapesquisa.com/samba AN02FREV001/REV 4.0 102 Mulheres com frutas - 1932 Família na praia - 1935 Vênus - 193 Ciganos - 1940 Mulheres protestando - 1941 Arlequins - 1943 Gafieira - 1944 Colonos - 1945 Abigail - 1947 Aldeia de Pescadores - 1950 Nu e figuras - 1950 Retrato de Beryl - 1955 Tempos Modernos - 1961 Tempestade - 1962 Duas Mulatas - 1962 Músicos - 1963 Ivette - 1963 Rio de Janeiro Noturno - 1963 Mulatas e pombas - 1966 Baile Popular - 1972 AN02FREV001/REV 4.0 103 4.3 CARYBÉ Hector Julio Paride Carybe, conhecido popularmente e artisticamente como Carybé, foi um importante artista plástico (pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista) argentino, naturalizado brasileiro. Nasceu na cidade argentina de Lanús, em 7 de fevereiro de 1911, e faleceu em Salvador (Bahia), em 2 de outubro de 1997. Apaixonado pela Bahia, Carybé tornou-se conhecido com suas obras que valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas naturais e arquitetônicas da Bahia. Carybé fez ilustrações para livros de escritores famosos. Ilustrou a capa de livros do escritor baiano Jorge Amado e também do livro Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez. A ilustração do livro Macunaíma, de Mario de Andrade, também foi feita por Carybé. Em 1947, Carybé trabalhou no jornal Diário Carioca, do Rio de Janeiro. Entre 1949 e 1950, trabalhou no jornal Tribuna da Imprensa. Uma de suas obras mais conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores”, de 1988. Estas obras fazem parte da decoração do mural do Memorial da América Latina, situado no bairro da Barra Funda (cidade de São Paulo). Fez também murais para o Aeroporto Internacional de Miami, no estado americano da Flórida. Carybé também atuou na área pública, assumindo o cargo de secretário da educação do estado da Bahia. http://www.suapesquisa.com/jorgeamado/ http://www.suapesquisa.com/biografias/gabriel_garcia_marquez.htm http://www.suapesquisa.com/biografias/mariodeandrade/ AN02FREV001/REV 4.0 104 FIGURA 21 - QUADRO LIBERTADORES Libertadores - painel de 1988 de Carybé, exposto no Memorial da América Latina, em São Paulo. FONTE: www.google.com.br/search?Acessado 08/04/2013 4.3.1 Algumas obras de Carybé São Jorge – nanquim (1956) Baianas – óleo sobre madeira (1957) Cidade Baixa – nanquim sobre papel (1964) Feira – nanquim sobre papel (1964) Nu sentado - óleo sobre tela (1965) Cabaré – óleo sobre tela (1966) Capoeira – crayon sobre papel (1974) Cangaceiros – vinil sobre cartão colado em eucatex (1987) Murais do Memorial da América Latina (1988) Jogos – vinil encerado (1990) Os Conjurados – vinil encerado (1995) http://www.google.com.br/search?Acessado AN02FREV001/REV 4.0 105 4.4 ANITA MALFATTI Anita Malfatti foi uma importante e famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889, e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro de 1964. Era filha de Bety Malfatti (americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art, em Nova York). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos, teve contato com o movimento modernista. Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras. Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia. Entre os anos de 1923 e 1928, foi morar em Paris. Retornou a São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa. 4.4.1 Principais obras de Anita Malfatti A boba As margaridas de Mário Natureza Morta - objetos de Mário A Estudante Russa AN02FREV001/REV 4.0 106 O homem das sete cores Nu Cubista O homem amarelo A Chinesa Arvoredo Interior de Mônaco 4.5 TARSILA DO AMARAL Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista. Nasceu na cidade de Capivari (interior de São Paulo), em 1º de setembro de 1886. Na adolescência, Tarsila estudou no Colégio Sion, localizado na cidade de São Paulo, porém, completou os estudos numa escola de Barcelona, na Espanha. Desde jovem, Tarsila demonstrou muito interesse pelas artes plásticas. Aos 16 anos, pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Coração de Jesus. Em 1906, casou-se pela primeira vez, com André Teixeira Pinto, e, com ele teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começa a estudar escultura. Somente aos 31 anos começou a aprender as técnicas de pintura com Pedro Alexandrino Borges (pintor, professor e decorador). Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de artes plásticas), na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salão Oficial dos Artistas da França, utilizando em suas obras as técnicas do cubismo. Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco", junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Este grupo foi o mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos com vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as décadas de 1920 e 1930, pintou suas obras de maior importância e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operários (1933). http://www.suapesquisa.com/artesplasticas/ http://www.suapesquisa.com/artesplasticas/ AN02FREV001/REV 4.0 107 No final da década de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau Brasil e Antropofágico. Entre as propostas desta fase, Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europeia, porém deveriam criar uma estética brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus. Em 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade, separando-se em 1930. Entre os anos de 1936 e 1952, Tarsila trabalhou como colunista nos Diários Associados (grupo de mídia que envolvia jornais, rádios, revistas). Tarsila do Amaral faleceu na cidade de São Paulo, em 17 de janeiro de 1973. A grandiosidadee importância de seu conjunto artístico a tornou uma das grandes figuras artísticas brasileiras de todos os tempos. 4.5.1 Características das suas obras de Tarsila do Amaral Uso de cores vivas; Influência do cubismo (uso de formas geométricas); Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil; Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica). 4.5.2 Principais obras de Tarsila do Amaral Autorretrato (1924) Retrato de Oswald de Andrade (1923) Estudo (Nú) (1923) Natureza-morta com relógios (1923) O Modelo (1923) Caipirinha (1923) Rio de Janeiro (1923) A Feira I (1924) http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/cubismo http://www.suapesquisa.com/surrealismo AN02FREV001/REV 4.0 108 São Paulo – Gazo (1924) Carnaval em Madureira (1924) Antropofagia (1929) A Cuca (1924) Pátio com Coração de Jesus (1921) Chapéu Azul (1922) Auto-retrato (1924) O Pescador (1925) Romance (1925) Palmeiras (1925) Manteau Rouge (1923) A Negra (1923) São Paulo (1924) Morro da Favela (1924) A Família (1925) Vendedor de Frutas (1925) Paisagem com Touro (1925) Religião Brasileira (1927) O Lago (1928) Coração de Jesus (1926) O Ovo ou Urutu (1928) A Lua (1928) Abaporu (1928) Cartão Postal (1928) Operários (1933) AN02FREV001/REV 4.0 109 4.6 ALFREDO VOLPI Alfredo Foguebecca Volpi foi um artista plástico ítalo-brasileiro. É considerado um dos principais artistas da Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Ganhou destaque com pinturas representando casarios e bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada). Nasceu na cidade de Lucca (Itália), em 14 de abril de 1896. Morreu na cidade de São Paulo, em 28 de maio de 1988. Atuou como pintor decorador de residências de famílias da alta sociedade paulistana, fazendo pinturas em paredes e murais. Ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na Bienal de Artes de 1953. Fez afrescos na Capela São Pedro de Monte Alegre. Participou da 1ª Exposição de Arte Concreta em 1956. Explorou as formas e composição de cores com grande impacto visual. Nos anos 50, enveredou para o campo do abstracionismo geométrico. Foi neste período que começou a retratar bandeirinhas de festas juninas. 4.6.1 Principais obras de arte de Alfredo Volpi Mulata Fachada e Rua Festa de São João Grande Fachada Festiva Fachadas Sereias Bandeirinhas Bandeirinhas Geométricas Mastro de São Pedro Madona AN02FREV001/REV 4.0 110 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Falar sobre arte é trazer o sentimento e expressão do homem nas suas mais diferentes áreas. Elucidar a criatividade, explorar o cognitivo, abarcar na educação e suas mais diferentes aplicações, é fazer o educando explorar a si mesmo e do mestre, seu guia e provocador de inovações. Buscar conceituar a arte e suas interfaces com a educação foi elucidar as principais formas que esta contempla o aprendizado e sua expressão, permeada pelas ideias de Ostrower, Vygostky, Pontes e Pires et. al. Dessa forma ímpar, uma maneira de encontrar dentro do ambiente escolar não somente arte como aspecto de desenhos, rabiscos ou modelagem, mas a forma que a criança expressa o que sente, deseja, almeja, aprende ou mesmo, o que pode o professor observar pela expressividade psicológica da criança. A ludicidade que a criança busca apresentar e o seu sentimento, de mesma forma, a própria aprendizagem. Outro aspecto importante, são as modalidades artísticas que podem ser desenvolvidas dentro do ambiente escolar, por meio de artes visuais, musica, dança, jogos teatrais como forma de expressão do corpo, do conhecimento de artes e expressões dentro do país, permeados por culturas de um país continental. Conhecer a historicidade da arte do Brasil em cumplicidade com a educação escolar buscou apresentar situações para mostrar que o trabalho da arte incluída no ambiente escolar é fazer com que o educando estabeleça uma proximidade do contexto desta e sua expressão pela historia do Brasil artístico. A provocação, como dito anteriormente pelo professor dentro do ambiente escolar, e provocar a criatividade, produto latente de ser. Não era dado o espaço para que esta se manifestasse de forma livre, sem que o mesmo tivesse obrigado a copiar, escanear, xerocar o produto pronto e, sim, deixar, quer a expressão venha de seu sentimento e criatividade, no uso de materiais, cores, texturas, matéria-prima ou mesmo, materiais reciclados, como forma de (re)utilização de materiais já utilizados e descartados pela sociedade. AN02FREV001/REV 4.0 111 No que tange à esfera psicológica sobre a arte, citações de Cruces, Helena, Japiassu fecham esta temática, informando que a arte, o lúdico, a expressividade, a arte-terapia têm contribuído para o entendimento de situações estressoras que a criança ou mesmo o adulto passa pelo momento, que o falar, dialogar, é difícil para ele, porém, pela expressão artística é capaz de demonstrar o sentimento, expressar sua criatividade latente. E, do outro lado do teatro da vida, o educador perceber facetas que podem aprimorar seu trabalho de educação e a transmissão do novo e desconhecido, permitindo que a criança aproxime-se da arte não apenas pela faceta de avaliação, mas sim pela ótica de criação e motivação pessoal. AN02FREV001/REV 4.0 112 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABAURRE, Maria Luiza. Linguagens e Códigos: ações para o desenvolvimento de competências aplicadas à área. [S. I.]. 2011. 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