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Bactérias Patogênicas - Streptococcus spp

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Microbiologia clínica
Dr. César Augusto Caneschi
2019
Bactérias Patogênicas
Streptococcacea
Famílias Streptococcacea
Cocos Gram + / cadeia
catalase negativa
Streptococcus spp
Streptococcus spp.
✓Microbiota residente;
✓Oportunista – (Escarro, secreção traqueal, vaginal, uretral, secreção de 
orofaringe, orelha, maxilar, conjuntival e urina.)
✓Fermenta glicose → ácido lático
✓Crescimento em ágar sangue (5-10% sangue de carneiro) –
β, α e gama - hemolíticos.
Presença de carboidrato C na parede celular 
Classificação sorológica:
Classificação de Lancefild – 20 grupos (A, B, C, D, E, F,
G, H, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U e V).
Muito empregado para β – hemolíticos - S. pyogenes, S. agalactiae, S. dysgalactiae, S. 
pneumoniae.
Streptococcus agalactiae – mastite bovina
Presente na região
vaginal e intestino.
Ocasiona: Bacteremias, 
pneumonias e meningites em crianças com menos de 3 meses de idade.
Infeções urinárias: mulheres/ homens → situação 
debilitante e > 60 anos.
Diagnóstico presuntivo – fator CAMP
(proteína) potencializa a ação
hemolítica de S. aureus.
Presença de antígeno específico na parede celular (polissacarídeo –
ramnose + glicose + fosfato) → grupo B (GSB);
Fator CAMP positivo e presença de cápsula;
Maioria beta-hemolítica;
Inúmeros fatores de virulência – polissacarídeo capsulares.
Origem da amostra - vagina, cérvice uterina
e região anorretal. Em recém-nascidos 
coletar logo após o nascimento, a partir
do cordão umbilical, canal auditivo externo, 
garganta e reto → ÁGAR SANGUE
S. agalactiae
Incubar em Anaerobiose
S. agalactiae
S. pyogenes
- faringite, endocardite, erisipela, piodermite.
- Exotoxinas pirogênicas –SPEs e diversos fatores de virulência.
Infecções iniciam nas vias aéreas superiores – faringe – ou na pele.
-Faringite → transmissão por aerossóis
-Bacteremias
-Escarlatina
-Choque tóxico
-glomerolonefrites
- Síndrome do choque tóxico.
toxinas
“bactéria que come carne humana” 
S. pyogenes
S. pyogenes
- beta-hemolítico – principal representante;
- formação de cadeias em caldo;
- ágar sangue e caldo glicosado;
- GSA (polímero – N-acetil-D-glicosamina e ramnose);
- Produção duas hemolisinas: estreptolisina S e estreptolisina O. 
Estreptolisina S → halo de hemólise em torno das colônias
Estreptolisina O → só é ativa na ausência de oxigênio. Paciente produz 
anticorpos contra a mesma. 
Ação lítica em hemácias, leucócitos e possivelmente outras células.
Diagnóstico:
- Teste do PYR 
PYR + (possuem a enzima aminopeptidase pirrolidonilarilamidase
[PYRase])
Teste pirrolidonil arilamidase (PYR). 
Positivo para cepas de S. lugdunensis.
Disco impregnado com L-pirrolidonul-beta-naftilaminda (PYR) em 
lâmina.
Umedecer o disco com água e adicionar esfregaço da bactéria e 
aguardar 5’;
Pingar uma gota do reagente PYR;
Formação de cor vermelho-cereja – positivo 
(presença de enzima que hidrolisa o PYR –
Pirrolidonil arilamidase).
S. pyogenes
Caldo infusão cérebro coração - BHI
Meio Mueller hington sangue
disco de bacitracina e sulfametoxazol
35ºC 18 a 24 horas
Positivo (Sensível) - presença de halo
Negativo (resistente) – ausência de haloƒ
- Sensível à bacitracina e sulfametoxazol.
S. pyogenes
- PCR
- MALDI-TOF MS
S. pyogenes
S. pneumoniae – pneumococo
- Trato respiratório superior;
- Infecções graves em crianças e idosos;
- Fatores de virulência: cápsula;
Parede celular e proteínas extracelulares
(Antígeno F, Polissacarídeo C, autolisina,
hemolisina, proteases ...)
S. pneumoniae – pneumococo
– Portador assintomático;
- Anaeróbio facultativo
- Alfa-hemolíticos (ágar sangue ou chocolate) – meio
esverdeado.
Cocos aos pares com 
Extremidade achatada.
Sensível a optoquina:
ƒ
Meio Mueller hington sangue disco de optoquina
35ºC 18 a 24 horas em jarra com vela acesa 
Positivo (Sensível):
ƒ Disco de 6 mm: halo de inibição ≥ 14 mm.
ƒ Disco de 10 mm: halo de inibição ≥ 16 mm.
S. pneumoniae
→ Bile-solubilidade positiva:
Caldo:
ƒ Inocular 2-5 gotas de (sais biliares) desoxicolato de Sódio 2% 
sobre as colônias suspeitas;
ƒ Incubar a 35°C por 30 minutos;
ƒ As colônias positivas irão desaparecer 
por lise bacteriana.
→ PCR - escarro, sangue, líquor e secreções em
geral – infecções pneumocócicas.
Identificação de genes específicos como o
que codifica a autolisina.
S. pneumoniae
Teste em tubo
Streptococcus grupo C e G isoladas de seres humanos → S.
dysgalactiae subsp. equisimilis ou
S. equi subsp. zooepidemicus → semelhantes ao S. pyogenes
(fatores de virulência). 
São responsáveis por: bacteremias, endocardites, meningites, 
artrites sépticas, infecções respiratórias, infecções cutâneas de 
menor gravidade.
Streptococcus do grupo viridans
S. mutans, S. salivarius, S. sanguinis, S. mitis e S. 
anginosus.
-Alfa-hemolíticos, resistentes a optoquina.
Estreptococos do grupo D → Streptococcus bovis ou “Complexo 
S. bovis”:
S. gallolyticus ssp. gallolyticus, S. gallolyticus ssp. pasteurianus
e S. infantarius
Responsáveis por quadro de endocardite (Idosos);
- Gama-hemólise, PYR -.
Gama-hemolítico
Cocos Gram positivos
Catalase negativa
S. pyogenes
S. agalactiae
Streptococcus spp
Beta-hemolítico
Coagulase positiva
Catalase positiva
S. aureus
Coagulase negativo
S. saprophyticus
S. epidermidis
S. . lugdunensis
CNS
PYR -
S. do grupo D
S. do grupo 
viridans
CAMP
+ -
PYR+ -
Outros S. beta 
hemolíticos
Sensível a 
bacitracina e 
sulfametoxazol
Alfa-hemolítico
Sensível
bile-solubilidade
S. pneumoniae
Resistente
Opitoquina
S. do grupo 
viridans
Ex.: S. bovis; 
S. mutans, 
S. salivarius, 
S. sanguinis

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