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N1 SAÚDE COMUNITÁRIA -

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N1 SAÚDE COMUNITÁRIA 
 
Alunos: 
Iara Salomão 
Gabriel de Melo Corrêa 
Raphaella Vergilino dos Santos 
Jaqueline Duarte Azevedo Madruga 
Rita de Cassia Oliveira de Oliveira 
 
Professora: Raquel Malta Fontanele 
 
CASO CLÍNICO 
A Equipe de ESF João de Barro, visita a SraP.H.O, 60 anos em seu domicílio, 
mas ao realizar a visita, percebe que a neta, que tem 16 anos, que mora com 
ela, se aproxima e começa a realizar perguntas sobre o uso de preservativos. 
Você questiona se ela tem vida sexual ativa, a mesma desvia a pergunta e 
muda de assunto. Você convida a jovem a comparecer à ESF para 
conversarem. No dia seguinte a jovem chega à unidade, ainda tímida, 
solicitando falar com você. Quando questionada sobre seu estado atual, relata 
que se sente ansiosa e inquieta, apresentando desvio no olhar. Refere não 
estar fazendo uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas, mas que já utilizou em 
outros momentos, na companhia de alguns amigos. Gostaria de receber 
algumas orientações a respeito dos cuidados com sua saúde atual, como, por 
exemplo, atividade sexual. Diz ter tido sua menarca aos 12 anos, com início da 
atividade sexual aos 13 anos. Possui novo parceiro sexual há 1 mês. Nunca 
realizou exame ginecológico e não faz uso de qualquer método 
anticoncepcional. Veio à unidade por queixa principal de disúria, prurido e 
com corrimento purulento a cerca de 1 semana. Já fez uso de algumas 
pomadas que amigas lhe forneceram e não foi efetivo. A adolescente relata 
achar que os sintomas podem estar relacionados com o atual parceiro, que 
tem 22 anos e é “meio bruto”. Ele relata não gostar de usar camisinha. 
 
 
Com base no caso hipotético acima, realize a estruturação do caso segundo a 
metodologia SNAPPS. 
 
 
SINTETIZAR : 
Em visita domiciliar a Sr.a P.H.O, a neta de 16 anos solicita informações sobre “o 
uso de preservativos”. A jovem tem 16 anos e desvia o assunto quando questionada 
se possui vida sexual ativa. Afirma sentir-se ansiosa e inquieta, nega uso de álcool e 
drogas, mas que já fez uso dos mesmos na companhia de amigos. Informa que 
monarca foi aos 12 anos e a vida sexual iniciou-se aos 13, solicita informações 
sobre a atividade sexual, nega uso de anticoncepcional. Convido a jovem á realizar 
 
 
uma visita na ESF. Na unidade a jovem chega com queixas de corrimento, fazendo 
uso de pomadas que “amigas” usam, afirma que as pomadas não fizeram efeito de 
melhora, nega ter feito coleta de CP, e acredita que os sintomas podem estar 
relacionado ao novo parceiro que é “meio bruto” (SIC). 
 
NUMERAR: 
PROBLEMAS: Falta de informação para as atividades da vida sexual, ansiedade, 
vulnerabilidade social, início da vida sexual precoce, automedicação, falta de 
conhecimento sobre o próprio corpo. 
 
DIAGNÓSTICOS: 
- Padrão de sexualidade ineficaz, evidenciado por conhecimento insuficiente sobre 
alternativas relacionadas à sexualidade, caracterizado por alteração no 
comportamento sexual. 
 
- Conforto prejudicado, evidenciado por recursos insuficientes, caracterizado por 
desconforto com a situação e incapacidade de relaxar. 
 
- Risco de lesão, evidenciado por alteração na sensibilidade e exposição a 
patógeno. 
 
- Risco de mutilação genital feminina, caracterizado por falta de coonhecimento da 
familia sobre o impacto da prática na saúde reprodutiva. 
 
 
ANALISAR: 
1º - Padrão de sexualidade ineficaz: causado devido a falta de conhecimentos 
sobre os métodos contraceptivos. 
 
2º Conforto prejudicado: causado devido ao estresse relacionado a falta de 
informação e a ansiedade de querer entender sua situação atual. 
 
3º Risco de lesão: causado pelos sintomas que a paciente apresenta e que refere 
a sensibilidade a patógeno já que tem a presença do corrimento que não cessa. 
 
4º Risco de mutilação genital feminina: devido ao relato da paciente sobre 
parceiro sexual ser “bruto”. 
 
 
PERGUNTAR: 
 
Como é o vínculo na família, e diálogos sobre a vida sexual, gravidez, Proteção? 
 
Quantos parceiros essa jovem já teve desde o início de sua vida sexual? 
 
 
 
Se usou preservativos com algum deles? 
 
Quais foram os nomes das pomadas utilizadas pela jovem? 
 
o seu atual parceiro faz exames periódicos? 
 
Seu parceiro relata algum tipo de sintoma ou desconforto na região genital? ou já 
fez algum tipo de tratamento nesse sentido? 
 
Perguntar quem mais reside na casa, além da sr de 60 anos e a neta de 16 anos? 
 
Perguntar a jovem se ela conhece os métodos contraceptivos? 
 
Perguntar a jovem se ela sabe os riscos que ela está correndo em exercer uma 
atividade sexual sem proteção? 
 
Perguntar a jovem se ela, sabe o que significa uma gravidez não planejada e os 
riscos que a mesma pode causar? 
 
Já realizou vacinas de HPV? 
 
 
PLANEJAR; 
Direcionar a adolescente para consultas com ginecologista, psicólogo, e grupos de 
orientação sobre orientação sexual. 
 
Cuidar da higiene pessoal e genital diariamente. 
 
Orientar á fazer o uso correto de métodos contraceptivos e preservativos. 
 
Destacar a importância de não ficar tendo uma rotatividade de parceiros contínua, 
devido aos riscos de ists, como também a necessidade de Conhecer o parceiro para 
minimizar possíveis riscos de contaminação sexual. 
 
Orientar á ir imediatamente ao médico ao sentir, qualquer tipo de desconforto ou 
quando sentir que algo de errado está acontecendo com o seu corpo ou mente. 
 
Salientar bastante que: o prejuízo de se pegar uma infecção sexualmente 
transmissível é mil vezes pior que uma gravidez indesejada, como também os riscos 
de uma gravidez na adolescência. 
 
Relatar que devido a sua pouca idade, sua estrutura física e seu emocional não 
estão preparados para terem um bebê se esse for o caso. 
 
 
 
Explicar que o anticoncepcional evita uma gravidez não desejada, mas não evita o 
risco de contágio por uma IST. 
 
Alertar sobre o uso de drogas, e escolha do grupo de pessoas de convívio no seu 
dia-dia. 
 
Evitar uso de drogas injetáveis. 
 
Realizar testagem rápida para Sífilis, HIV e hepatite no momento do atendimento. 
Caso a unidadenão possua material de testagem rápida, encaminhar a jovem para 
exames laboratoriais. 
 
SELECIONAR: 
A adolescência é definida pela OMS como o período de vida que decorre entre 10 e 
19 anos, e é dividida em 2 fases: adolescência inicial, que varia de 10 a 14 anos, e 
adolescência final que inclui dos 15 aos 19 anos. 1 Esta fase e os primeiros anos da 
juventude são cruciais, pois produzem profundas mudanças físicas, psicológicas e 
sociais que impactam o resto da vida do ser humano. 
As mudanças físicas incluem o crescimento corporal, o desenvolvimento sexual e o 
início da capacidade reprodutiva, que por sua vez levam ao início das relações 
sexuais; e entre as mudanças psicológicas estão a necessidade de independência 
que acarreta relações conflituosas com os pais, a busca de sua identidade, 
contradições nas manifestações de comportamento e oscilações de humor. Da 
mesma forma, entre as mudanças sociais, está a tendência de se reunir em grupos, 
a escolha de uma ocupação, bem como a necessidade de treinamento e 
qualificação para o desempenho daquela ocupação que se tornará seu projeto de 
vida. 
Adolescentes e jovens estão expostos a fatores e comportamentos de risco que 
são, respectivamente, os elementos que aumentam a probabilidade de surgimento, 
ou de estarem associados ao desencadeamento de algum evento indesejável, 
adoecer ou morrer; e ações repetidas fora de certos limites podem desviar ou 
comprometer seu desenvolvimento psicossocial normal, com repercussões 
prejudiciais para sua vida atual ou futura. 
A falta de informação para se proteger das IST e a atividade sexual indiscriminada e 
desprotegida que os adolescentes e jovens costumam ter, são os fatores de risco e 
comportamentos mais frequentes na aquisição destas doenças, que afetam 
principalmente a população entre 15 e 24 anos, e que constituem um verdadeiro 
problema de saúde nessas idades, a que se soma o risco à saúde da gravidez 
precoce se for do sexo feminino, e a frustração social que isso traz para a 
 
 
adolescente ou jovem. que ela geralmente é impedida de completar seu projeto de 
vida. 
Embora existam alguns detratores do preservativo como meio de proteção eficaz, 
fundamentalmente ligado às concepções religiosas, foi demonstrado que é o melhor 
anticoncepcional nessas idades devido à sua segurança e ausência de efeitos 
colaterais, sendo também a forma mais eficaz de proteção contra ISTs. , incluindo 
HIV / AIDS. Foi sugerido que o preservativo contém alguma substância capaz de 
inativar o HIV, embora isso não tenha sido identificado. Porém, não é utilizado 
regularmente, pois existem mitos e crenças contra ele, principalmente em 
adolescentes e jovens que estão expostos a um maior risco de infecção por essas 
doenças. 
 
A precocidade no início da vida sexual entre os adolescentes é uma característica 
cada vez mais notória e esses jovens podem se deparar com situações inusitadas 
como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e contaminação pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV)/Síndrome da Imunodeficiência Humana 
(AIDS). Além disso, é na adolescência que a sexualidade se manifesta de forma 
mais evidente, e devido ao despreparo do jovem em lidar com esse aspecto, não 
apenas os riscos de infecção por ISTs aumentam, mas também se elevam as 
chances de uma gravidez indesejada. 
 
Desde o início da epidemia da AIDS em 1980, até junho de 2014, o Brasil teve 
756.998 casos registrados de HIV/AIDS. A maior concentração dos casos no Brasil 
abrange a faixa etária de 25 a 39 anos, porém 81.205 dos casos aconteceram no 
grupo entre 15 e 24 anos. Nos últimos 10 anos houve um aumento da taxa de 
detecção, sendo observado aumento da incidência de 53,2 % entre os jovens de 15 
a 19 anos e 10,4% no grupo de 20 a 24 anos. Em relação à gravidez na 
adolescência, no ano de 2013, aproximadamente 20% dos nascidos-vivos foram de 
mães adolescentes. 
 
Os métodos de prevenção e contracepção são conhecidos por grande parte da 
população em idade reprodutiva, bem como por profissionais de saúde e 
educadores. Porém, entre os adolescentes, nem sempre é explorada a questão da 
eficácia e uso desses métodos, sendo essa informação de extrema importância para 
a prática da prevenção. 
 
O Brasil é um país extenso em território e diverso em relação aos aspectos 
culturais, sociais e econômicos de sua população, por isso, compreender a visão 
 
 
dos jovens das diversas localidades sobre os fatores que envolvem o planejamento 
reprodutivo e as ISTs é fundamental para a estruturação e implementação de 
estratégias que atendam os adolescentes de maneira equânime. 
 
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde 
pública mais comuns em todo o mundo, com uma estimativa de 340 milhões de 
casos novos por ano (OMS, 2001). 
 
REFERÊNCIAS: 
Comportamento sexual e uso de preservativo em adolescentes e jovens de uma 
área de saúde; Disponível em: 
http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-21252006000100003 
:Acessado em 22 de Outubro de 2020 ás 10:00 horas. 
 
Conhecimento dos adolescentes sobre contracepção e infecções sexualmente 
transmissíveis: Disponível 
em;http://www.adolescenciaesaude.com/imprimir.asp?id=714 :Acessado em 22 de 
Outubro de 2020 ás 10:30 horas. 
 
Manual de bolso controle das doenças sexualmente transmissíveis DST; Disponível 
em; 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_doencas_sexualmente_transmis 
siveis.pdf :Acessado em 22 de Outubro de 2020 ás 10:40 horas.

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