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HAM II - Completo (1)

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c 
A 
B 
D 
CHECAR SEGURANÇA Pedir para se afastarem 
CHECAR RESPONSIVIDADE Tocar nos ombros (tato) e chamar 
 pela pessoa três vezes (auditivo) 
CHAMAR AJUDA E SOLICIATAR O DEA- Ligue para o SAMU 192 
 (apontando) e peça um DEA 
CHECAR PULSO E RESPIRAÇÃO SIMULTANEAMENTE (<10s) 
INICIAR COMPRESSÕES- 5 cm, metade inferior do esterno, 
 permitir retorno do tórax, de 100 a 120 
 por minuto, braços retos 
1 SOCORRISTA 30:2 
2 SOCORRISTAS 15:2 – revezar a cada 2 minutos 
 
ABERTURA DAS VIAS AÉREAS- Inclinar a cabeça para trás, 
 com uma mão na testa e 
 outra na mandíbula 
“BREATHING” 
2 VENTILAÇÕES- Verificar elevação do tórax 
HIPERVENTILAÇÃO 
DESFIBRILAÇÃO- instalação imediata e pedir para se 
 afastarem antes de aplicar o choque 
 
 
CONDUTA EM ADULTOS E CRIANÇAS (>1) 
 
RECONHECER E AVALIAR SEVERIDADE 
 
OBSTRUÇÃO LEVE 
consegue tossir, falar e respirar 
Paciente responsivo 
 
OBSTRUÇÃO GRAVE 
Não consegue falar 
Respiração ausente ou ruidosa 
Tosse silenciosa 
Consciência ou inconsciência 
 
ABORDAGENS ESPECÍFICAS 
 
OBSTRUÇÃO LEVE – RESPONSIVO 
1. NÃO INTERFERIR: Não fazer manobra 
de desobstrução, pois pode gerar 
obstrução 
2. ACALMAR: acalmar o paciente 
3. TOSSE; incentivar tosse vigorosa 
(força) 
4. ATENÇÃO: Observar atentamente 
5. se evoluir para grave, usar manobra 
de Heimlich 
 
OBSTRUÇÃO GRAVE – RESPONSIVO 
1. Usa-se a manobra de Heimlich 
2. ATRÁS DO PACIENTE: Posicione-se 
atrás do paciente, com seus braços 
na altura da crista ilíaca. Em caso de 
crianças, o executor deve ficar de 
joelhos. 
3. MÃO FECHADA: Posicionar uma das 
mãos fechadas, com a face do 
polegar encostada na parede 
abdominal, entre o apêndice xifoide 
e a cicatriz umbilical 
4. MÃO ESPALMADA: Com a outra mão 
espalmada sobre a primeira, 
comprimir o abdome em 
movimento rápidos, direcionados 
para dentro e para cima (em J). 
OBS: dosar a força em paciente 
pediátrico 
5. REPETIR: Repetir a manobra até a 
desobstrução ou até o paciente 
tornar-se não responsivo 
6. OBS; em pacientes obesos ou 
gestantes no ultimo trimestre, realize 
compressões sobre o esterno (linha 
intramamilar) e não sobre o 
abdome 
 
 
engasgo 
OBSTRUÇÃO GRAVE – IRRESPONSIVO 
1. DECÚBITO DORSAL: Posicionar o 
paciente de decúbito dorsal em 
uma superfície rígida 
2. COMPRESSÕES TORÁCICAS: Diante da 
irresponsividade e da ausência de 
pulso, executar compressões 
torácicas com objetivo de remoção 
do corpo estranho. 
3. ABRIR VIAS AÉRES E VERIFICAR: Abrir 
vias aéreas, visualizar a cavidade 
oral e remover corpo estranho, se 
visível e alcançável (com dedos ou 
pinça) 
4. INSUFLAÇÃO: Se nada encontrado, 
realizar 1 insuflação e se o ar ou 
tórax não expandir, reposicionar a 
cabeça e insuflar novamente 
5. Em casos possíveis, considerar 
levá-lo de imediato ao hospital, 
mantendo as manobras básicas de 
desobstrução 
DEMAIS ABORDAGENS 
• Ficar atento a Parada 
respiratório (PR) e Parada 
Cardiopulmonar (PCR) 
• Ligar SAMU 192 
• Aguardar transporte para a 
unidade de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
CONDUTA EM BEBÊS (<1) 
 
RECONHECER E AVALIAR SEVERIDADE 
 
OBSTRUÇÃO LEVE 
Não consegue emitir alguns sons 
Não consegue tossir 
Não consegue respirar 
 
OBSTRUÇÃO GRAVE 
Não consegue emitir qualquer som 
com tosse e choro silencioso 
Lábios arroxeados 
 
ABORDAGENS ESPECÍFICAS 
 
OBSTRUÇÃO LEVE EM BEBÊ RESPONSIVO 
1. NÃO INTERFERIR: Não realizar 
manobras de desobstrução 
2. ACALMAR: Acalmar paciente 
3. TOSSE: Permitir tosse vigorosa 
4. ATENÇÃO: Observar atentamente e, 
caso evolua para obstrução grave, 
seguir os próximos passos 
 
OBSTRUÇÃO GRAVE EM BEBÊ RESPONSIVO 
1. SENTAR: O profissional deve sentar-
se 
2. DECÚBITO VENTRAL: Posicionar o bebê 
em decúbito ventral sobre o 
antebraço do profissional, que deve 
apoiar a região mentoniana do 
bebê com os dedos em fúrcula 
3. INCLINAR: Apoiar o antebraço que 
suporta o bebê sobre sua coxa, 
metendo a cabeça em nível 
discretamente inferior o tórax 
4. APLICAR 5 GOLPES E CINCO COMPRESSÕES: 
Aplicar ciclos repetidos de cinco 
golpes no dorso (entre as 
escápulas e com o calcanhar da 
mão), seguidos de cinco 
compressões torácicas logo abaixo 
da linha intermamilar, até que o 
objeto seja expelido ou o bebê 
torne-se irresponsivo 
 
OSTRUÇÃO GRAVE-BEBÊ NÃO IRRESPONSIVO 
1. CHAMAR AJUDA / LIGAR SAMU 192: Se o 
bebê tornar-se irresponsivo, um dos 
profissionais da equipe deve entrar 
em contato com a Regulação 
Médica e solicitar apoio do suporte 
avançado de vida 
2. PARA OS GOLPES: Assim que o bebê 
tornar-se irresponsivo, o profissional 
que realiza as manobras deve parar 
de aplicar golpes no dorso e, 
imediatamente, iniciar manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar 
3. DECÚBITO DORSAL: Posicionar o 
paciente em decúbito dorsal em 
uma superfície rígida 
4. FAZER 30 COMPRESSÕES: iniciar 
manobras aplicando 30 
compressões sobre o esterno, 
abaixo da linha intermamilar, para 
expelir o corpo estranho 
5. ABRIR VIAS AÉREAS E REMOVER OBJETO; 
Abrir vias aéreas e, antes de ventilar, 
inspecionar a cavidade oral e 
remover com os dedos o corpo 
estranho, se visível e facilmente 
alcançável 
6. INSULFAR E VERIFICAR: Caso nada seja 
encontrado, realizar uma insuflação 
com dispositivo balsa-valva-
máquina, se o ar não passar ou o 
tórax não expandir, reposicionar a 
cabeça e insuflar novamente 
7. COMPRESSÕES E VERIFICAR: Se ainda o 
ar não passar/tórax não expandir, 
realizar 30 compressões (1 
profissional) ou 15 (2 profisisonais) 
e inspecionar a cavidade oral 
8. REPETIR COMPRESSÕES: Repetir ciclos 
de compressões e ventilações até 
que o objeto seja expelido 
9. COMPRESSÕES DE REANIMAÇÃO: 
Considerar transporte imediato, sob 
orientação da Regulação médica, 
mantendo as compressões de 
reanimação – 30 compressões/2 
ventilações (1 profissional)/ 15 
compressões/ 2 ventilações (2 
profisisonais). Ventilações após 
inspecionar cavidade oral 
10. OFERECER OXIGÊNIO: Se o objeto for 
expelido e a passagem de ar 
reaberta, oferecer oxigênio e fazer a 
avaliação primária 
11. PALPAR PULSO: Se isso não acontecer, 
palpar pulso 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA ANAMNESE 
OBRIGAÇÕES DO MÉDICO 
 
De acordo com a Sociedade Britânica: 
• Diagnosticar e tratar a doença 
• Promover a saúde e prevenir a doença 
• Orientar o paciente 
• Aliviar o sofrimento 
• Dar apoio ao paciente em sofrimento e 
a seus familiares 
• Aconselhar 
• Participar e por vezes liderar a equipe e 
outros profissionais de saúde 
• Administrar 
• Defender o paciente e exercer papel de 
guardião em relação aos serviços 
• Assegurar o desenvolvimento 
profissional continuo, de modo que seus 
conhecimentos e aptidões sejam 
atualizados 
• Cuidar de si próprio 
 
TIPOS DE COMUNICAÇÃO: 
• Verbal e não-verbal 
• Por telefone 
• Por prontuários médicos 
• Correspondências (APS) 
Na comunicação escrita, a sua melhor 
organização acontece quando você 
conversa com o paciente e só no final da 
consulta escreve/anota algo. Manter a 
postura aberta e o contato visual na 
consulta é importante. Para isso, deve-se 
saber o momento certo de escrever, 
evitando-se escrever a todo momento da 
anamnese. 
Na HDA os primeiros momentos devem 
ser abertos, não pode escrever! 
 
SUJEITOS DA COMUNICAÇÃO: 
• Pacientes 
• Familiares 
• Entre médicos e outros profissionais 
É importante saber a hora de conversar 
com os pacientes e a hora de conversar 
com os familiares. 
 
COMPONENTES ESSENCIAIS 
 
Usadas na comunicação,durante a 
coleta de dados 
• Conhecimento anatômico, fisiológico 
e fisiopatológico 
• Dominar as técnicas do exame físico 
• Capacidade de resolver problemas 
• Capacidade de comunicação: pode 
ser aprendida por meio de técnicas. O 
medico deve saber responder às 
emoções que o paciente traz, não é 
simplesmente deixa o paciente falar. 
 
EFETIVAÇÃO DA COMUNICAÇÃO 
 
COMUNICAÇÃO Expressa mensagens, é 
uma troca de informações. Diante disso, 
alguns fatores vão favorecer a 
comunicação, outros vai bloquear essa 
comunicação. 
POSITIVOS 
• Ficar no mesmo nível do paciente 
• Expressar atenção positiva e 
genuína 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
• Demonstrar interesse e curiosidade 
respeitosa 
NEGATIVOS 
• Impaciência 
• Superioridade 
• Julgamento 
ESTRATEGIAS QUE BLOQUEIAM 
COMUNICAÇÃO 
• Linguagem técnica 
• Olhar o relógio 
• Desviar a atenção do paciente 
para ler suas anotações 
• Ignorar ou cortar o paciente para 
fazer uma pergunta 
• Usar perguntas fechadas ou 
direcionadas: limitam a resposta 
do paciente 
 
Na maioria das consultas, o médico não 
deixa o paciente contar a sua história, o 
que dificulta uma abordagem 
centralizada no paciente. Somente 23% 
dos pacientes conseguem completar 
uma declaração. O médico costuma 
interromper o paciente depois de 15-18 
segundos. O tempo para o paciente 
contar uma história é em média de 45 
segundo para a maioria das consultas. 
Com isso, cabe ressaltar a importância 
de deixar o paciente falar o que ele acha 
que tem, pois é importante você ter essa 
percepção do que o paciente sabe sobre 
o que esta acontecendo com ele. “Me fale 
mais sobre isso, poque você acha que 
tem isso?” É muito importante você saber 
qual é a percepção do paciente sobre os 
seus sinais e sintomas, isso deve ser 
valorizado. Se ele estiver certo sobre a sua 
percepção, é um bom sinal. Porém se ele 
não estiver com que acha que tem e 
continuar com sua opinião, pode acabar 
não seguindo o tratamento. Dessa forma 
esses aspectos devem ser trabalhados 
na comunicação. O plano terapêutico 
deve ser compartilhado com o paciente 
para que este possa seguir a prescrição 
 
TÉNICAS DE COMUNICAÇÃO 
• Capacidade de ajudar 
• Capacidade de acompanhar 
• Capacidade de questionar 
• Capacidade de refletir 
• Capacidade de resposta 
avançada 
CAPACIDADE DE AJUDAR 
Saber reconhecer comportamentos não-
verbais tem grande relevância na 
consulta médica. 
• Postura aberta 
• Sentar-se ao mesmo nível do 
paciente, não ficar em pé quando 
ele estiver sentado 
• ficar de frente ou levemente 
inclinado para o paciente 
• movimento corporal adequado 
• distância adequada ao paciente 
• Adequado contato visual (cuidado) 
• Expressão facial aberta, 
adequadamente responsiva à 
história do paciente 
• Considerações de questões do 
ambiente-barulho, privacidade, 
conforto 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
CAPACIDADE DE ACOMPANHAR 
• O medico deve acompanhar ao 
invés de dirigir a história do 
paciente e sempre esclarece e 
reiterar quando necessário. 
• deve também interpretar e 
acompanhar as dicas não verbais 
• deve-se usar estímulos verbais e 
não-verbais mínimos: balançar a 
cabeça, expressões faciais, 
prompts verbais (aham, sei, ahh, 
sim) que devem ser usados nos 
primeiros 90 segundos e sempre 
com o contato visual, nunca sem o 
contato visual 
• Fazer sempre uma sondagem: “me 
conte mais sobre essa dor de 
cabeça”, “você mencionou seu 
marido, como estão as coisas em 
casa?” 
• interpretar as dicas não verbais do 
paciente 
• esclarecer respostas: “veja se eu 
entendi corretamente o que você 
me disse” 
• confirmação: “É claro que esses 
sintomas estão te preocupando” 
”estou feliz por você estar aqui hoje” 
• Silencio atento: quando o paciente 
esta pensando e tentando decidir 
como responder ou continuar. 
Quando esta agitado ou chorando. 
CAPACIDADE DE QUESTIONAR 
• Perguntas abertas: o que posso 
fazer por você hoje? Me conte mais 
sobre você? 
• Perguntas com focos específicos: 
você pode dizer mais sobre essa 
dor? O que é uma dieta normal na 
sua opinião? Por que você acha 
que esta com pedras nos rins? 
• Perguntas fechadas: sim ou não - 
A dor caminha no seu braço? Você 
sente náusea? Alguma falta de ar? 
só pode ser feitas as perguntas 
fechadas após as perguntas 
abertas serem feitas. Nunca iniciar 
pelas perguntas fechadas. 
• Perguntas que devem ser evitadas: 
perguntas direcionas (a dor não 
muda de lugar no seu braço, 
muda?) e as perguntas 
compostas (você se sentiu 
nauseado, com ânsia de vomito, 
diarreia ou constipação?). Essas 
perguntas induzem respostas ao 
paciente. 
CAPACIDADE DE REFLETIR: capacidade 
de induzir o paciente a refletir sobre o que 
aconteceu com ele, parafraseando-o. 
Permite ao médico expressar o que ele 
não somente esta ouvindo, mas entende 
a perspectiva do paciente . 
• Parafrasear. Médico: “Dona Ana 
você disse que esta sentindo que 
seu corpo esta se desfazendo, não 
é isso?” Paciente ”eu sinto que meu 
corpo esta se desfazendo desde 
que completei 50 anos. Eu 
engordei, minha pressão subiu e 
agora você me diz que meu 
colesterol esta alto demais” 
• Empatia: se coloca no lugar do 
paciente e estar atento aos sinais 
do paciente “vejo que a senhora 
esta com a mão na cabeça, o que 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
esta acontecendo?” Nunca usar a 
frase “eu entendo o que a senhora 
esta passando” 
• Reiteração: repetir o que o paciente 
esta falando 
 
CAPACIDADE DE REPSOSTA AVANÇADA 
 
Aprofundar algumas informações que o 
paciente trouxe superficialmente através 
de perguntas. “O foi que aconteceu para 
que você pensasse isso?” 
 
ANAMNESE 
 
1. Identificação 
2. Queixa principal 
3. História da doença atual 
4. Interrogatório sintomatológico 
5. Antecedentes pessoais e familiares 
6. Hábitos de vida 
7. Condições socioeconômicas e 
culturais 
IDENTIFICAÇÃO 
• Data e hora 
• Nome 
• Idade 
• Sexo/gênero 
• Cor/etnia: branca, parda, preta 
• Estado civil 
• Profissão 
• Local de trabalho 
• Naturalidade 
• Procedência: residência anterior 
• Residência 
• Nome da mãe 
• Nome do responsável, cuidador ou 
acompanhante 
• Religião 
• Filiação a órgãos/instituições 
previdenciárias e planos de saúde: 
cuidado do médico para não 
onerar o paciente e dificultar a 
adesão ao tratamento. 
 
QUEIXA PRINCIPAL 
MOTIVO PRINCIPAL: É o motivo principal que 
levou o paciente a procurar o médico. 
Inicia-se perguntando: “O que o senhor 
esta sentindo que mais o incomoda no 
momento?”. 
REPETIÇÃO: Repetir, se possível, as 
expressões utilizadas por ele 
ANOTAR ENTRE ASPAS: É um sinal ou 
sintoma breve que deve ser anotada 
entre aspas para indicar que se trata das 
palavras do paciente 
NÃO ACEITAR DIAGNÓSTICOS PRÉ-DEFINIDOS: 
Não deve-se aceitar rótulos diagnósticos, 
deve-se, em geral, solicitar que o 
paciente traduza em linguagem 
corriqueira o que sente. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
DETALHAR: A HDA é o registro cronológico 
e detalhado do motivo que levou o 
paciente a procurar assistência médica, 
definindo um sintoma guia, que vai 
geralmente existe desde quando 
começou a sentir sintomas até o 
momento. “Quando o senhor começou a 
sentir isso?” 
SINTOMA GUIA: O sintoma guia geralmente 
é o demais longa duração, o sintoma 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
mais salientado desde a queixa principal. 
A partir de sua delimitação, inicia-se a 
pergunta de quando tudo começou 
RECORDANDO HISTÓRICO: Em casos de 
sintomas que começaram a muito tempo 
e o paciente tem dificuldade de recordar 
os detalhes necessários, utiliza-se de 
artifícios; procura-se relacionar o sintoma 
com acontecimentos marcantes, como 
casamentos, aniversários, acidentes.. 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO SINTOMA: 
• Inicio: Início súbito ou gradativo, se 
teve fator desencadeante ou não 
Quando começou? 
Como começou? 
• Características do sintoma: 
localização, duração, intensidade, 
frequência, tipo. 
Onde dói? 
A dor irradia? Ela anda? 
Quanto tempodura? 
Como é essa dor? 
• Fatores de melhora ou piora: 
fatores ambientais, posição, 
atividade física, repouso, alimentos, 
medicamentos 
O que melhora a dor? 
O que piora a dor? 
• Relação com outras queixas: 
Verifica-se se há manifestação de 
outros sintomas relacionados com 
o segmento anatômico ou 
funcional acometido. 
Você esta tossindo? 
Você tem falta de ar? 
• Evolução: Registrar o 
comportamento do sintoma ao 
longo do tempo, relatando 
modificações e influência dos 
tratamentos efetuados 
Essa dor se modificou nesses três dias? 
• Situação atual: sintoma no 
momento da anamnese 
Como esta a dor agora? 
SEMIOTÉCNICA 
Após as apresentações iniciais, a 
anamnese inicia-se com perguntas do 
tipo: “O que o senhor esta sentindo?”. A 
partir daí, cabe ao médico esta imbuído 
de ajudar o paciente a relatar seus 
padecimentos, pois não é obrigação dele 
saber fazer isso. Para que isso seja 
alcançado é necessária as seguintes 
técnicas: 
APOIO: “Eu compreendo” despertam 
segurança e pode encorajá-lo nos 
relatos 
FACILITAÇÃO: ações ou palavras que 
encorajem- o gesto de balançar a 
cabeça pode indicar compreensão 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021 
REFLEXÃO: repetição das palavras que o 
médico considerar mais importantes 
EXCLARESCIMENTO: procura-se definir o que 
o paciente esta relatando, de modo mais 
claro possível, uma vez que uma 
expressão pode ter vários significados: 
“Essa tontura significa vertigem ou 
sensação desagradável na cabeça?” 
CONFRONTAÇÃO: mostrar ao paciente algo 
a cerca de suas próprias palavras. “Você 
diz que esta tudo bem, mas porque esta 
com lágrimas no olhos? Isso modificar o 
relato do paciente 
INTERPRETAÇÃO: observação feita a partir 
do que se nota do relato ou 
comportamento do paciente “Você 
parece preocupado com os laudos das 
radiografias que trouxe” 
RESPOSTAS EMPÁTICAS: gestos, palavras e 
atitudes que demonstrem compreensão 
e aceitação sobre algo relatado. Oferecer 
um lenço em caso de choro. 
SILÊNCIO: há momentos que deve-se 
permanecer calado, especialmente em 
casos que o paciente chora e se 
emociona. 
CONFIRMAÇÃO 
EMPATIA E COMPAIXÃO 
SUMÁRIO 
PARAFRASEAMENTO 
TIPOS DE PERGUNTA 
• ABERTAS 
• FOCADAS 
• FECHADAS 
• DIRIGIDAS 
• COMPOSTAS 
REFERÊNCIAS 
 
Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. 
Bickley. 11ª Edição. 2015 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia 
Médica. 6.ed. Guanabara Koogan, 2009 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 EXAME CLÍNICO 
 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
 
Os 12 pares de nervos cranianos têm 
origem no tronco encefálico ou se 
dirigem para ele. 
 
OLFATÓRIO 
 
As impressões olfatórias são recolhidas 
pelos receptores da mucosa nasal e 
conduzidas aos centros corticais da 
olfação, situados nos hipocampos. 
 
→De olhos fechados, o paciente deve 
tampar uma das narinas e tentar 
reconhecer o aroma que o examinador 
colocar diante delas. Cada uma das 
narinas é examinada separadamente. 
ODORES CONHECIDOS: café, canela, cravo, 
tabaco, entre outros. 
 
ÓPTICO 
 
As imagens são recolhidas na retina por 
meio dos cones e bastonetes e 
conduzidas ao centro da visão no lobo 
occipital. É examinado do seguinte modo: 
 
ACUIDADE VISUAL: refere-se a clareza de 
visão. Usa-se a tabela de Snellen. Pede-
se ao paciente que diga o que vê na sala 
de exame (parede ou mesa). Examina-
se cada olho separadamente. 
 
→Ambliopia: diminuição da acuidade 
→Amaurose: abolição da acuidade 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 
 
CAMPO VISUAL: Quantificação da área 
espacial percebida pelos olhos. Sentado, 
o paciente fixa um dos olhos num ponto 
na face do examinador, postado a sua 
frente e tapa o outro olho com a mão. O 
examinador desloca o objeto ou o próprio 
dedo nos sentidos horizontal e vertical e o 
paciente dirá até que ponto está 
“percebendo” o objeto nas várias 
posições. Cada olho é examinado 
separadamente. 
 
 
 
FUNDOSCOPIA: É realizada com um 
oftalmoscópio e consiste em examinar, 
no fundo do olho o tecido nervoso (retina 
e pupila óptica) e os vasos (artérias, 
veias e capilares). 
 
 
 
 
 
OCULOMOTOR, TROCLEAR, ABDUCENTE 
 
Esses três nervos são examinados em 
conjunto, pois inervam vários músculos 
que têm por função a motilidade dos 
globos oculares. Tais músculos 
compreendem: o reto medial, o reto 
superior, o reto inferior, o oblíquo 
inferior/superior e o reto lateral. A 
investigação acontece da seguinte 
maneira: 
 
 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 
 
INSPEÇÃO: inspeciona-se a posição do 
globo ocular no olhar fixo 
 
MOVIMENTOS GLOBO OCULAR: Primeiro 
separadamente e depois 
simultaneamente. É importante 
reconhecer os músculos responsáveis 
por cada movimento: 
• Reto superior: p/ cima (fora) 
• Reto inferior: p/ baixo (fora) 
• Reto lateral: p/ meio (fora) 
• Reto medial: p/ meio (dentro) 
• Oblíquo superior: p/ baixo (dentro) 
• Oblíquo inferior: p/ cima (dentro) 
 
 
PROVA DA CONVERGÊNCIA OCULAR: No 
exame simultâneo dos globos oculares, é 
realizada a prova da convergência 
ocular, que é feita aproximando-se 
gradativamente um objeto ou o próprio 
dedo dos olhos do paciente, observando 
o movimento dos globos oculares 
EXAME DA PUPILA: Logo em seguida faz-
se o exame da pupila, observando-se seu 
diâmetro e contorno e comparando com 
o lado contralateral. A pupila é uma 
estrutura localizada no globo ocular que 
tem a função de controlar a quantidade 
de luz que atinge a retina. Quanto à 
irregularidades, temos os seguintes 
termos: 
→Discoria: irregularidade no contorno 
→Midríase: diâmetro aumentado 
→Miose: diâmetro diminuído 
→Isocoria: igualdade de diâmetros 
→Anisocoria: desigualdade de diâmetros 
 
REFLEXOS: Dinamicamente, a pupila é 
examinada por meio de um feixe 
luminoso e pela convergência ocular. Em 
ambiente com pouca luminosidade, o 
paciente deve olhar para um ponto mais 
distante. O examinador incide um feixe de 
luz em uma pupila e: 
• FOTOMOTOR DIRETO: observa a 
contração da pupila na qual fez o 
estímulo 
• FOTOMOTOR INDIRETO OU 
CONSENSUAL: observa o reflexo 
fotomotor consensual com a 
contração da pupila oposta 
Em seguida aproxima-se dos dois olhos 
um objeto e as pupilas se contrairão 
normalmente (reflexo de acomodação) 
Frase para exame normal: 
→Ortoforia (alinhamento dos dois olhos) 
no olhar fixo 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
→Movimentos dos olhos intactos 
→Pupilas isocóricas e reativas à luz 
 
TRIGÊMEO 
 
O nervo trigêmeo é um nervo misto, 
constituído de raízes motoras e sensitivas, 
as quais devem ser testadas: 
 
TESTE DA FUNÇÃO SENSITIVA: testa-se a 
sensibilidade com pincel e com o objeto 
de ponta romba, tocando as regiões 
frontais da face: região oftálmica, maxilar, 
mandibular. Lembrar de sempre 
compara os dois lados. 
 
 
REFLEXO CORNEO-PALPEBRAR: é feito 
com uma mecha de algodão que toca 
suavemente entre a esclerótica e a 
córnea. O paciente deve estar com os 
olhos virados para o lado oposto, a fim de 
perceber o menos possível a prova. A 
resposta normal é a contração do 
orbicular das pálpebras, daí a 
denominação de reflexo córneo-
palpebral. Quem capta essa 
sensibilidade tátil foi o nervo trigêmeo. 
Porém, o movimento de piscar é realizado 
pelo músculo orbicular (ao redor do 
olho) que é inervado pelo facial. Portanto, 
esse reflexo testa tanto o 5° par, como o 
7° par de nervos cranianos 
 
 
TESTE DA FUNÇÃO MOTORA: inspeciona-
se as regiões temporais e masseterinas, 
avaliando-se os seguintes aspectos 
• Atrofias nas regiões temporais e 
masseterinas. 
• A abertura da boca e o movimento 
da mandíbula para os lados 
• Pede-se para o paciente trincar os 
dentes e verifica se há debilidade 
de algum lado. Pode inclusive 
palpar a região 
 
 
 
 
Frase para exame normal: 
→Sensibilidade tátil e álgica na face 
intacta e simétrica 
→Reflexo córneo-palpebral preservado 
→Contrações dos músculos temporal e 
masseter iguais e simétricas 
 
FACIAL 
 
Do ponto de vista semiológico, interessa 
a parte motora donervo facial, a qual se 
divide anatomoclinicamente em: 
temporofacial e cervicofacial, os quais se 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
distribuem para a musculatura da 
mímica facial 
AVALIAÇÃO FUNÇÃO MOTORA: Examina-
se a mímica fácil. Para isso, pede-se ao 
paciente para enrugar a testa, franzir os 
supercílios, fechar as pálpebras, mostrar 
os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a 
boca e contrair o platisma ou músculo 
cutilar do pescoço 
 
 
 
 
REFLEXO CORNEOPALPEBRAR: o 
movimento de piscar ocorre graças ao 
nervo facial. 
 
AVALIAÇÃO FUNÇÃO SENSITIVA: paladar 
dos 2/3 anteriores da língua. Essa parte 
do exame não é realizado rotineiramente 
nos exames. 
 
Frase para exame normal: 
→Mímica facial preservada 
 
VESTIBULO COCLEAR 
 
Avaliação raiz vestibular: equilíbrio. O 
acometimento na raiz vestibular é 
reconhecível pela anamnese, quando as 
queixas do paciente incluem estado 
vertiginoso, náuseas, vômitos e 
desequilíbrio. A investigação da raiz 
vestibular compreende a pesquisa de 
nistagmo, desvio lateral durante a 
marcha, desvio postural, sinal de 
Romberg, sinal de Babinsk-Weil e 
manobra de Dix-Hallpike. 
• AVALIAÇÃO DA POSTURA E MARCHA: 
para avaliar o equilíbrio. 
• PROVA DE ROMBERG: paciente deve 
ficar na posição vertical, com os pés 
juntos, olhando para frente. Nessa 
postura, deve permanecer 30 
segundos. Em seguida, ordena-se 
que ele feche os olhos e conta-se 
mais 30s. é negativo para ligeiras 
oscilações do corpo. Positivo se 
houver oscilações, com desequilíbrio 
e forte tendência à queda. O teste de 
Romberg avalia principalmente de 
propriocepção ou labirinto 
• MANOBRA DE BABINS-WEIL: paciente 
deve caminhar, de olhos fechados, 
para frente e para trás num percurso 
de aproximadamente 1,5 m. (mais ou 
menos 5 passos para frente) Positivo 
para acentuados desvios da marcha. 
• MANOBRA DE DIX-HALLPIKE: Com 
paciente sentado na cama, este gira 
a cabeça 45° para o lado a ser 
avaliado. Após isso, com a ajuda do 
examinador, o paciente assume 
rapidamente a posição de decúbito 
dorsal e cabeça pendente, mantendo 
a posição da cabeça 45° para o lado. 
O examinador observa os olhos do 
paciente à procura de nistagmo de 
posicionamento. Se a paciente não 
tiver sentido nada de um lado, 
repete-se a manobra do outro lado 
para verificar a habituação e a 
fatigabilidade. É usado para 
identificar a raiz vestibular 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 
 
Avaliação raiz coclear; audição. Avalia-
se a hipoacusia (perda auditiva) e tenta-
se diferenciar a surdez de condução da 
surdez neurossensorial – busca 
determinar se a perda auditiva tem 
origem neural ou condutiva. 
• AUDIOMETRIA: pode ser realizada por 
meio do atrito suave das polpas 
digitais próximo ao ouvido. 
 
 
• PROVA DE RINNI: consiste em aplicar 
o diapasão na região mastoide, 
quando o paciente deixar de sentir a 
vibração, coloca-se o aparelho 
próximo ao conduto auditivo. Em 
condições normais, o paciente acusa 
a percepção do som (Rinne positivo). 
A transmissão óssea mais 
prolongada que a aérea (Rinne 
negativo) significa deficiência 
auditiva de condução 
 
• PROVA DE WEBER: semelhante ao 
teste de Rinne, porém o diapasão é 
colocado na região medial do crânio, 
no meio da fronte/testa ou acima do 
lábio superior, ficando equidistante 
das orelhas. Normalmente o som é 
escutado igualmente de ambos os 
lados. Positiva para som lateralizado 
para um dos lados 
 
Na surdez condutiva→o problema esta na 
condução do som e o ouvido afetado 
será o mais perceptível. 
Na surdez neurossensorial unilateral→o 
som não é captado no ouvido afetado, 
estando lateralizado para a orelha não 
afetada 
Na surdez neurossensorial bilateral→ o 
som não será ouvido 
 
 
 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
GLOSSOFARÍNGEO E VAGO 
 
Pelas estreitas ligações quanto á origem, 
ao trajeto e à distribuição, esses nervos 
são examinados em conjunto. Algumas 
funções estão imbricadas entre si, outras, 
porém, correspondem a um ou outro 
nervo especificamente. O exame do 
nervo X inclui o ramo interno do XI, que é 
motor, tem origem bulbar e se une em 
curto trajeto ao nervo vago. 
 
TESTE DO PALADAR: testa-se o paladar 
do terço posterior da língua para verificar 
lesão unilateral do glossofaríngeo 
(hipogeusia e ageusia). No entanto esse 
exame não é habitualmente realizado 
TESTE DO REFLEXO DO ENGASGO OU DO 
VÔMITO: usa-se um abaixador de língua 
e coloca-o no terço distal da língua, para 
provocar o reflexo do engasgo, enquanto 
o examinador observa os movimentos do 
palato mole, da úvula e até da orofaringe. 
 
TESTE DA CONTRAÇÃO DO PLALATO MOLE 
(VEU PALATINO): Examina-se a orofaringe 
do paciente – buscando a úvula e o 
palato, pedindo para o paciente falar 
“Ahhh" e “Ehhh” e observar a elevação do 
palato e da úvula. Essa elevação do 
palato deve ser simétrica. Positiva para 
não elevação do palato. 
 
ACESSÓRIO 
 
O nervo acessório, por ser 
essencialmente motor, interessa aqui o 
exame do ramo externo, de origem 
medular cervical, de trajeto ascendente, 
que penetra na cavidade craniana pelo 
forame occipital e dela sai pelo forame 
jugular, juntamente com os nervos IX e X. 
Inerva os músculos esternocleido- 
mastóideo e a porção superior do 
trapézio. 
TESTE DE FORÇA; contra a resistência do 
examinador 
• Abdução dos ombros (trapézio) 
• Rotação da cabeça para os dois 
lados (testando o 
esternocleidomastóideo) 
HIPOGLOSSO 
 
Trata-se de um nervo exclusivamente 
motor, o qual se origina no bulbo e se 
dirige para os músculos da língua, 
inervando-os. 
 
INSPEÇÃO DA LÍNGUA: dentro da boca e 
exteriorizada. 
MOVIMENTOS DA LÍNGUA: para todos os 
lados, forçando-a de modo que vá de 
encontro à bochecha. 
PALPAÇÃO DA LÍNGUA: avaliação de sua 
consistência. 
 
FISIOLOGIA DOS NERVOS 
 
OLFATÓRIO (I) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Bulbo olfatório, saindo da lâmina 
cribiforme do osso etmoide (cavidade 
nasal). Seu núcleo fica localizado no 
corpo amigdaloide e no bulbo olfatório 
acessório (ou seja, núcleo no 
telencéfalo) 
 
Localiza-se na cavidade nasal, mais 
especificamente na lâmina cribiforme do 
osso etmoide, que é crivada e cheia de 
buracos, para permitir a passagem das 
terminações nervosas do 1° par craniano. 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
Essas terminações se interligam com as 
células olfatórias que estão na mucosa 
olfatória do teto da cavidade nasal. O 
conjunto das fibras aferentes do 1° par 
craniano formam o trato olfatório. 
Além disso, a lâmina cribiforme é 
subdividida em bulbo olfatório (1° parte) 
e trato olfatório (2° parte), este que 
possui comunicações superiores com a 
comissura anterior e comunicações 
inferiores com o corpo amidaloide. 
 
EMERGÊNCIA: telencéfalo 
 
PERCURSO: O odor passa pelo vestíbulo, 
pelos meatos, pelas conchas, chega nas 
terminações nervosas do 1° par craniano, 
vai para o bulbo, para o trato olfatório, 
onde se comunica tanto com a 
comissura anterior, como com o corpo 
amigdaloide, e chega ao encéfalo, onde 
haverá interpretação desse odor. 
Portanto, se eu tenho um problema na 
percepção do cheiro (anosmia), pode 
ser um problema em qualquer um desses 
locais, como também pode ser um 
problema no par craniano como em 
qualquer lugar desse percurso, inclusive 
no encéfalo. 
1. VESTIBULO 
2. MEATOS 
3. CONCHAS 
4. BULBO OLFATÓRIO 
5. TRATO OLFATÓRIO 
6. COMISSURA ANTERIOR 
7. CORPO AMIGDALOIDE 
 
ÓPTICO (II) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Quiasma óptico, saindo pelo canal óptico 
do crânio. Seu núcleo fica no sulco 
calcarino (ou seja, núcleo no diencéfalo) 
 
 
EMERGÊNCIA: diencéfalo 
 
PERCURSO: No olho você tem as 
estruturas: a córnea, a comissura anterior 
do olho, a pupila, o cristalino, humor vítreo 
e a retina. A luz penetra por tudo isso e 
chega na retina, onde há o disco óptico, 
pelo qual é a avaliado na fundoscopia, 
ele consiste no começo do nervo óptico. 
Esse nervo óptico vai para uma região 
chamada de quiasma óptico. No 
quiasma óptico, as fibrasesquerdas do 
nervo óptico se dividem em uma metade 
que cruza para o outro lado e em outra 
metade que fica do mesmo lado. Isso 
acontece da mesma forma com as fibras 
do nervo óptico do lado direito, em que 
metade cruza o quiasma óptico e a outra 
permanece do mesmo lado. Depois do 
quiasma óptico, as fibras formam os 
tratos ópticos. Do trato óptico, as fibras 
vão até o corpo geniculado lateral, que 
vai emitir as radiações ópticas e vai 
seguir até o encéfalo, para uma região do 
lobo occipital chamada sulco calcarino, 
onde vai ocorrer a interpretação e a 
formação da imagem. 
1. DISCO ÓPTICO DA RETINA 
2. QUIASMA ÓPTICO 
3. TRATO ÓPTICO 
4. CORPO GENICULADO LATERAL 
5. RADIAÇÕES ÓPTICAS 
6. SULCO CALCARINO 
7. ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO DO CÓRTEX 
(17) 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
ACUIDADE VISUAL; O teste de acuidade 
visual pode ser feito por um 
oftalmologista, optometrista, um técnico 
em óptica ou um enfermeiro. No teste 
padrão, é usada a Tabela de Snellen. A 
tabela é formada por diversas linhas com 
letras que vão reduzindo de tamanho. A 
pessoa deve conseguir ler a certa 
distância, o que determinará a sua 
acuidade visual. 
 
 
CAMPO VISUAL: teste de Campimetria. A 
campimetria visual é feita com o 
paciente sentado e com o rosto colado 
ao aparelho medidor, chamado 
campímetro, que emite pontos de luz em 
diferentes lugares e com diferentes 
intensidades no campo de visão do 
paciente. Durante o teste, uma luz no 
fundo do aparelho é emitida para que o 
paciente mantenha a visão focada nela. 
Assim, ele terá que acionar uma 
campainha em sua mão à medida que 
conseguir identificar os novos pontos de 
luz que surgem, mas sem movimentar os 
olhos para os lados, encontrando as luzes 
apenas com a visão periférica. 
 
 
 
 
TESTE DE VISÃO: Teste de Ishiahra: 
Durante o exame, o oftalmologista exibe 
para o paciente uma série de 32 cartões 
coloridos, cada um deles com 
preenchidos por círculos de tonalidades 
levemente variadas. Seguindo esse 
padrão, no centro dos cartões ficam 
agrupados círculos de outra cor que 
formam determinados números. Esses 
números podem ser facilmente 
percebidos por pessoas com a visão 
normal. O diagnóstico do tipo, grau e 
existência de daltonismo é, portanto, 
definido pela quantidade de acertos do 
paciente. 
 
 
 
 
OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV), 
ABDUCENTE (VI) 
 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
III: Sulco medial do pedúnculo cerebral, 
saindo pela fissura orbital superior do 
crânio (núcleo do mesencéfalo) 
IV: Véu medular superior, saindo também 
pela fissura orbital superior do crânio 
(núcleo no mesencéfalo) 
VI: Sulco do bulbo pontino, saindo 
também da fissura orbital do sulco 
superior do crânio (núcleo na ponte) 
 
EMERGÊNCIA: 
 
III: mesencéfalo 
IV: mesencéfalo 
VI: ponte 
 
MOTRICIDADE OCULAR: O 3°, 4° e 6° par 
craniano são avaliados em conjunto. 
Esses nervos são responsáveis pela 
inervação dos músculos extrínsecos do 
olho (externos ao olho), responsáveis 
pela movimentação dele. 
• VI ABDUCENTE 
➔ Músculo reto lateral (abdução) 
• IV TROCLEAR 
➔ Músculo oblíquo superior 
• III OCULOMOTOR 
➔ Músculo reto superior 
➔ Músculo reto inferior 
➔ Músculo reto medial 
➔ Músculo oblíquo inferior 
➔ Músculo elevador da pálpebra 
➔ Músculo esfíncters da pupila 
➔ Músculo ciliar 
MÚSCULO ELEVADOR DA PÁLPEBRA: O 3° 
par craniano também inerva o músculo 
da pálpebra que é responsável pela sua 
elevação, denominado musculo elevador 
da pálpebra. Portanto, se a pálpebra esta 
caída, ou seja, se há uma ptose palpebral, 
o problema pode estar relacionado com 
o 3° par craniano ou com o músculo 
elevador da pálpebra. Essa musculatura 
é extrínseca e do tipo esquelética 
(voluntária) 
MÚSCULOS ESFÍNCTERS DA PUPILA: Ao 
redor da pupila também há músculos 
circulares, responsáveis pela regulação 
do seu diâmetro, chamados de músculos 
esfíncteres da pupila. Essa musculatura é 
lisa (involuntária, SNA, ação 
parassimpática) e do tipo intrínseca 
(dentro do olho). 
NÚCLEOS DO OCULOMOTOR: Todos os 
pares cranianos podem ter diferentes 
núcleos, o que os permite possuírem 
diferentes funções, como no caso do 3° 
par craniano. 
 
O 3° par craniano é responsável por dois 
tipos de sistemas/musculaturas 
diferentes: 
→Musculatura lisa: sistema autônomo 
parassimpático, involuntário, esfíncteres 
da pupila. 
→Musculatura esquelética: sistema 
somático, voluntário (sistema Piramidal), 
demais músculos dos olhos e da pupila. 
Isso só é possível porque ele possui dois 
núcleos (corpos celulares) diferentes. 
Estes dois núcleos estão localizados no 
mesencéfalo, porém em regiões distintas 
• NÚCLEO MOTOR: responsável pela 
motricidade extrínseca do olho. 
• NÚCLEO ACESSÓRIO PARASSIMPÁTICO: 
denominado de Edinger Westphal. 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
Os núcleos do 1° e do 2° par craniano, por 
estarem localizados no telencéfalo e no 
diencéfalo, fazem sinapse diretamente 
com o encéfalo. os demais núcleos, dos 
outros nervos cranianos, primeiro 
comunicam-se com o tronco encefálico. 
 
 
REFLEXOS PALPEBRAIS 
Quando é incidido um foco luminoso 
sobre o olho no exame, a luz penetra por 
todo o globo ocular até chegar na retina. 
Quando atinge a retina, o feixe de luz é 
captado pelo nervo óptico e chega no 
quiasma óptico. A partir daí, metade das 
fibras cruzam e a outra metade 
permanece no mesmo lado da fibra. 
Como é um reflexo, a fibra aferente 
precisa se comunicar com a fibra 
eferente, com isso, no encéfalo a fibra 
aferente se comunica com o núcleo 
parassimpático (Edinger) do 3° par 
craniano (oculomotor), tanto do lado 
direito como do lado esquerdo. Em 
seguida, o nervo oculomotor leva 
informações/eferências até o músculo 
esfíncter da pupila, que promove a 
contração da pupila, tanto do lado 
esquerdo (REFLEXO DIRETO) como do 
lado direito (REFLEXO INDIRETO). 
 
 
1 CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo abducente (VI par) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: Na inspeção dos 
olhos, com o paciente em repouso, 
percebe-se um desvio medial do globo 
ocular esquerdo. 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: 
(diagnóstico topográfico ou anatômico) 
pode haver problema no músculo reto 
lateral esquerdo ou no nervo abducente 
esquerdo (6° par craniano) 
 
ANÁLISE DE CASO: O olho esquerdo do 
paciente esta sofrendo ação do músculo 
reto medial, que provoca um desvio para 
a região medial. No entanto, o olhar 
deveria estar voltado para frente. Para 
isso, de acordo com as regras de soma 
vetorial, deveria estar agindo no olho o 
musculo reto lateral em conjunto com o 
musculo reto medial. Se o olho esta 
desviado medialmente, significa que o 
musculo reto medial esta com seu 
funcionamento normal. Portanto, o 
problema estaria no musculo reto lateral 
(abdução do olho), que deveria esta 
anulando (vetorialmente) o movimento 
provocado pelo músculo medial. O reto 
lateral é inervado pelo nervo abducente 
(6° par), portanto, a situação pode 
indicar um problema nesse nervo ou no 
próprio músculo reto lateral. Esse exemplo 
é de um estrabismo. 
 
2 CASO CLÍNICO 
 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 
Problema: nervo troclear (IV par) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: Na mirada lateral 
direita, com o paciente em repouso, 
nota-se um desvio supero-medial do 
olho esquerdo. 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: o 
problema pode estar no músculo oblíquo 
superior esquerdo ou no nervo troclear 
esquerdo 
 
ANÁLISE DE CASO: O músculo que está 
agindo é o reto medial. Porém, o olho esta 
desviando para no sentido supero-
lateral. Para que isso não acontecesse, 
deveria estar agindo o músculo obliquo 
superior, que o puxaria o olho no sentido 
ínfero-medial (para baixo). Portanto, ele 
pode estar com alguma paresia ou 
deficiência na sua força. O obliquo 
superior é inervado pelo nervo troclear 
(4° par), 
 
3 CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo oculomotor (III par) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: Nota-se na 
inspeção dos olhos, com o paciente em 
repouso, desvioinfero-lateral do globo 
ocular esquerdo, ptose da pálpebra 
esquerda e anisocoria, com midríase da 
pupila esquerda. 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: O 
problema do desvio ocular pode estar no 
músculo oblíquo inferior ou no nervo 
oculomotor (III par). O problema da 
ptose palpebral pode estar relacionado a 
falhas do músculo elevador da pálpebra 
ou no III par, que o inerva. O problema da 
midríase pode estar associado a falhas 
no músculo esfíncter da pupila ou no III 
par, que o inerva 
 
ANÁLISE DE CASO: O olhar no sentido 
ínfero-lateral ocorre por ação do 
músculo reto inferior. Porém, o desvio 
ínfero-lateral pode ocorrer por uma falha 
no músculo obliquo inferior, que devia 
puxá-lo no sentido supero-medial, para 
centralizar o olhar. O músculo oblíquo 
inferior é inervado pelo nervo oculomotor 
(3° par), o que pode indicar problemas 
em um dos dois. Além disso, o músculo 
elevador da pálpebra também é 
inervado pelo 3° par, com isso, o 
problema de ptose palpebral pode 
envolver um dos dois. O músculo obliquo 
inferior e o músculo elevador da pálpebra 
estão relacionados ao núcleo motor do 3° 
par – que inerva músculos 
extrínsecos/esqueléticos do olho 
(musculatura voluntária – sistema 
piramidal). Porém, o 3° par, como já visto 
anteriormente, também possui um núcleo 
parassimpático (Edinger Westphal), que 
inerva os músculos intrínsecos do olho, 
entre eles o musculo esfíncter da pupila, 
e quando este tem sua ação reduzida, o 
paciente terá uma midríase (aumento da 
pupila). Assim, o problema da midríase 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
pode ser causado tanto por um 
problema no músculo como no nervo. 
 
4 CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: convergência ocular 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: 
→Imagem A: Ortoforia (alinhamento dos 
dois olhos) no olhar fixo 
→Imagem B: Movimento conjugado dos 
olhos intacto 
→Imagem C: Na mirada lateral direita, 
observa-se nistagmo no olho direito e 
ausência do movimento conjugado dos 
olhos 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: O 
problema pode estar no fascículo 
longitudinal medial, responsável pela 
intercomunicação do mesencéfalo, ponte 
e bulbo e, por isso, importante para a 
realização do movimento conjugado dos 
olhos, o que não ocorre na imagem C. 
 
AVALIAÇÃO DO OLHAR CONJUGADO: 
Quando você examina um olho de cada 
vez você esta analisa o 3°, 4° e 6° par. No 
entanto, quando você pede para o 
paciente ficar com os dois olhos abertos 
para avalia-lo, você esta avaliando o 
olhar conjugado, ou seja, área 8 e todas 
as estruturas ligadas a ela, dentre elas o 
fascículo longitudinal medial. No exame 
do olhar conjugado, pede-se para o 
paciente ficar com os dois olhos abertos 
e faz-se alguns movimentos dos olhos 
em conjunto, de forma conjugada, ou 
seja, o olhar conjugado é quando 
paciente olha com um dos olhos para um 
lado e o outro olho segue 
obrigatoriamente para esse mesmo lado. 
 
Outro detalhe importante é que somente 
observando-se a imagem A, pode-se 
excluir problemas no 3°, 4° e 6° par. Se 
houvesse uma lesão no 3° par, haveria 
um desvio lateral, ptose palpebral e 
midríase. Se fosse uma lesão no 4° par, 
um dos olhos apresentaria desvio 
supero-medial. Se fosse uma lesão no 6° 
par, um dos olhos apresentaria um desvio 
medial. 
 
FISIOLOGIA DO OLHAR CONJUGADO: 
Assim como no cérebro tem a área 4 
responsável pela atividade motora, existe 
também a área 8, que esta no lobo 
frontal, responsável pelo olhar conjugado. 
Quando você esta avaliando o olhar 
conjugado, obrigatoriamente esta 
avaliando também a área 8. Essa área 
esta ligada obrigatoriamente ao 6° par 
craniano (abducente) e este inerva o 
musculo reto lateral, por isso que o olho 
esquerdo vai para a direção lateral, como 
esta sendo mostrado na IMAGEM B. 
Lembrando que o 6° par tem seu núcleo 
localizado na ponte. 
Já no olho direito da imagem B, quem 
esta agindo é o musculo reto medial, que 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
é inervado pelo musculo oculomotor (3° 
par), cujo núcleo esta localizado no 
mesencéfalo. 
 
MOVIMENTO CONJUGADO EFETIVO 
IMAGEM B: Quando um paciente olha 
para o lado esquerdo (imagem B), no 
olho esquerdo age o nervo abducente 
(6° par-músculo reto lateral) e no olho 
direito age o nervo oculomotor (3° par-
músculo reto medial). Ou seja, olhos 
diferentes, músculos diferentes, nervos 
diferentes . 
 
O corpo só consegue fazer isso graças a 
esse caminho do olhar conjugado. Então 
o que acontece: a área 8, responsável 
pelo olhar conjugado, se comunica 
diretamente com o 6° par. promovendo a 
abdução do olho. Só que ao redor do 6° 
par há uma estrutura/substancia 
chamada FORMAÇÃO RETICULAR 
PARAMEDIANA, por meio da qual se 
permite que o 6° par do olho esquerdo 
(cujo núcleo esta na ponte) se 
comunique com as estruturas da ponte 
no outro lado (contralateral-lado direito). 
 
Só que a ponte não irá se comunicar com 
o 6° par diretamente e sim através de 
uma estrutura que desce e sobre em 
todo o tronco encefálico, chamada de 
FASCICULO LONGITUDINAL MEDIAL. Esse 
fascículo intercomunica o mesencéfalo, 
ponte e bulbo (é como se fosse um 
trato), permitindo que troquem 
informações. Assim, o 6° par agiu e 
manda informações através dessa 
formação reticular paramediana, que se 
comunica com o fascículo longitudinal 
medial do outro lado e por meio deste, a 
informação chega até o núcleo do 3° par 
(oculomotor-mesencéfalo), este age 
sobre o musculo medial, movimento o 
olho para o mesmo lado do outro e 
promovendo o movimento conjugado 
dos olhos. 
 
MOVIMENTO CONJUGAFO FALHO 
IMAGEM C: 
Solicitou-se ao paciente uma mirada 
lateral direita, no entanto, houve um 
nistagmo no olho direito e o olho 
esquerdo não houve o desvio medial que 
deveria ter acontecido. Nesse momento, 
não pode-se ter o raciocínio visto no 3°, 
4° e 6° par, pois aqui não se esta 
avaliando um olho de cada vez, e sim os 
dois olhos abertos em conjunto, estamos 
avaliando o olhar conjugado do paciente. 
 
O que aconteceu na imagem C foi: A 
área 8 se comunica com o 6° par 
craniano (abducente) do lado 
contralateral, que inerva o reto lateral. 
Assim, quando o 6° par promove o 
movimento lateral do olho direito, estará 
também mandando informações para a 
FORMAÇÃO RETICULAR PARAMEDIANA, que 
esta ao seu redor. essa formação deveria 
se comunicar com o FASCICULO 
LONGITUDINAL MEDIAL do outro lado. No 
entanto, o olho esquerdo não esta 
apresentando o movimento medial no 
olho esquerdo. Isso significa que pode 
haver um problema no FASCICULO 
LONGITUDINAL MEDIAL, e, portanto, uma 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
falha na comunicação do 6° par de um 
lado com o 3° par do outro lado. 
 
O problema não esta na FORMAÇÃO 
RETICULAR PARAMEDIANA, pois ela é curta 
e só a faz uma ponte com o fascículo, 
este que esta comprometido. 
 
O nome dessa doença é OFTALMOPLEGIA 
INTERNUCLEAR. Essa doença é causada 
por AVE na ponte (tronco encéfalico) 
 
Se estou pedindo para o paciente olhar 
para o lado direito, a área 8 esta do lado 
esquerdo (contralateral). 
 
5 CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo abducente (VI par) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: Na mirada lateral, 
com paciente em repouso, percebe-se 
uma paresia no desvio lateral do olho 
esquerdo 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: 
(diagnóstico topográfico ou anatômico) 
Esse é um exemplo de um paciente com 
problema no 6° par craniano, no músculo 
reto lateral. As vezes, esse problema pode 
se mostrar discreto, pois você não há 
uma paralisia/plegia, mas apenas uma 
paresia (musculatura agindo, porém 
enfraquecida), por isso o desvio não é 
tão acentuado. 
 
TRIGÊMIO (V) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar 
médio, passando pela fissura orbital 
superior. Seu núcleo fica na ponte 
 
EMERGÊNCIA: Ponte 
 
PERCURSO: O trigêmeo é divide-se em 
três ramos que inervam regiões da face: 
ramo oftálmico, maxilar e mandibular. O 
5° é misto, porém é predominantemente 
sensitivo, ou seja, quando se falar em 
sensibilidade da face, deve-selembrar 
imediatamente do trigêmeo. Assim, nos 
exames físicos testa-se os seus núcleos 
sensitivos, responsável pela sensibilidade 
tátil (pincel) e dolorosa (agulha ponta 
romba), e seu núcleo motor, responsável 
pela mastigação. 
 
NÚCLELO PRINCIPAL PONTINO: 
Responsável pela sensibilidade tátil e 
barestésica 
 
NÚCLEO ESPINAL: responsável pela 
sensibilidade dolorosa 
 
NÚCLEO MESENCEFÁLICO: responsável 
pela propriocepção da musculatura da 
mastigação e do globo ocular. É o que 
permite por exemplo que uma pessoa 
consiga dizer, com os olhos fechados, se 
esta com a boca aberta e fechada. 
 
NÚCLEO MOTOR: inerva os músculos da 
mastigação: musculo temporal, 
masseter e pterigóideos. 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
 
FACIAL (VII) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Sulco bulbo pontinho, saindo pela fissura 
estilomastóide do crânio. Tem seu núcleo 
na ponte. 
 
EMERGÊNCIA: Ponte 
 
CARACTERÍTICA: Diferentemente do 
trigêmeo, o facial, apesar de também ser 
misto, é predominantemente motor. 
 
NÚCLEO MOTOR: Responsável pela 
musculatura da face. Avalia-se este 
pedindo-se para o paciente enrugar a 
testa, franzir a sobrancelha, fechar os 
olhos com força, mostrar os dentes, 
assobiar. A partir disso iremos identificar 
as alterações na mimica facial. 
 
NÚCLEO SENSITIVO: gustação dos 2/3 
anteriores da língua. Além disso sua parte 
sensitiva pode ser denominada de RAIZ 
SENSITIVA OU NERVO DE WRISBERG, que 
fica na região periauricular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1° CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo facial (VII) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: 
Paciente 1: No exame da mímica facial, 
paciente apresentou enrugamento 
unilateral da testa, desnível das 
sobrancelhas, apagamento do sulco 
nasolabial direito e desvio da rima labial 
para o lado esquerdo. 
 
Paciente 2: Na inspeção dos olhos 
fechados, observou-se o fechamento 
incompleto do olho direito, apagamento 
do sulco nasolabial direito 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: o 
problema pode estar no nervo facial ou 
na área de associação cortical. 
 
2° CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo facial (VII) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: é solicitado aos dois 
paciente que enruguem a testa e 
mostrem os dentes. 
 
PACIENTE 1: No exame da mimica facial, 
nota-se a manutenção das marcas de 
expressão nas duas faces da testa, 
sobrancelhas no mesmo nível, 
apagamento do sulco nasolabial direito e 
desvio da rima labial para a esquerda 
 
PACIENTE 2: No exame da mimica facial, 
nota-se o apagamento das linhas de 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
expressão/ausência das linhas de 
expressão na fronte à direita, desnível na 
altura das sobrancelhas, apagamento do 
sulco nasolabial direito e um desvio da 
rima labial para a esquerda. 
 
PARALISIA CENTRAL: (caso grave) 
quando não paralisa totalmente um lado 
da face (paralisia apenas da hemiface 
inferior), é um problema em uma das 
áreas 4 motoras (central). Nesse caso, o 
paciente deve ser levado imediatamente 
para o serviço de emergência. 
PARALISIA PERIFÉRICA: (caso leve) 
paralisa totalmente um lado da face, é 
um problema no 7° par craniano 
(periférico)/plegia do 7° par. Nesse caso, 
o paciente recebe acompanhamento 
ambulatorial e é encaminhado para a 
fisioterapia. 
 
HEMIFACE INFERIOR: só recebe 
comandos centrais da área 4 do lado 
contralateral 
HEMIFACE SUPERIOR: recebe comandos 
tanto da área 4 do mesmo lado, como da 
do lado contralateral 
 
DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DE CASO: 
PACIENTE 1: Paralisia facial central – 
caracterizadas (no caso) pela paralisia 
apenas da hemiface inferior direita. 
Provavelmente é resultado de problema 
na área 4 esquerda, como também pode 
ser um problema do trato corticonuclear. 
 
No homem, a hemiface inferior esta 
paralisada e a hemiface superior está se 
movendo. Isso indica um problema ou na 
áera 4 do lado esquerdo, pois esta 
comanda a hemiface inferior do lado 
direito. Como também pode ser um 
problema na via que promove essa 
comunicação entre a área e o nervo, 
denominada TRATO CORTICONUCLEAR. A 
hemiface superior esta se movimentando 
pois ela recebe comando da área 4 do 
mesmo lado (direito). 
 
TRATO CORTICONUCLEAR: responsável 
por integrar a área de um lado com o 
nervo de outro. 
 
PACIENTE 2: Paralisia facial periférica – 
caracterizada (no caso) por paralisia de 
toda a hemiface direita. Provavelmente 
causada por problemas no 7° nervo 
craniano do lado direito, responsável pela 
mimica facial de todo o lado direito. 
 
O comando o 7° par é oriundos da área 4 
de Brodiman, do giro pré-central. A área 
4 do lado direito manda fibras que 
cruzam e vão influenciar o 7° par 
esquerdo, influenciando nos movimentos 
da musculatura da hemiface inferior 
esquerdo, enquanto que as fibras que 
ficaram do mesmo lado inervam 
somente a hemiface superior. 
 
Já a área 4 do lado esquerdo também 
manda fibras que cruzam e vão agir no 
7° par do lado direito e este age em toda 
a hemiface inferior, enquanto que as 
fibras que não cruzaram inervam 
somente a hemiface superior 
 
No caso em questão: como a mulher tem 
toda a hemiface direita totalmente 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
paralisada, isso indica um problema no 7° 
nervo, pois se ela tiver uma lesão central, 
à esquerda por exemplo, ainda assim ela 
tinha que movimentar a hemiface 
superior direita, pois esta é comandada 
também pela área 4 do lado direito. 
 
3° CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo facial (VII) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: No exame da 
mimica facial, observou-se a 
manutenção das marcas de expressão 
nos dois lados da hemiface superior, 
sobrancelhas no mesmo nível, 
apagamento do sulco nasolabial 
esquerdo e um desvio da rima labial para 
a direita 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: 
paralisia facial central, não é o problema 
no 7° par. 
 
ANÁLISE DE CASO: A tomografia correta 
referente a esta mulher é a primeira, pois 
se a paralisia foi do lado esquerdo, o 
problema esta na área 4 do lado direito 
 
4° CASO CLÍNICO 
 
 
Problema: nervo facial (VII) 
 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: No exame da 
mimica facial, observou-se as 
preservação de marcas de expressão da 
hemiface superior dos dois lados, 
sobrancelhas no mesmo nível, 
apagamento do sulco nasolabial direito e 
desvio da rima para o lado esquerdo 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: 
paralisia facial lateral a direta, com lesão 
é contralateral esquerda 
 
VESTIBOLOCOCLEAR (VIII) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Sulco bulbo pontino, penetra no osso 
temporal pelo meato acústico interno, 
porém não sai do crânio, Seu núcleo esta 
na ponte. 
 
EMERGÊNCIA: Ponte 
 
PROVAS: o vestibulococlear possui duas 
partes, uma vestibular, responsável pelo 
equilíbrio (testes de equilíbrio-Romberg, 
desvio do pronador, Dix-Hallpike) e uma 
parte coclear, responsável pela audição 
(teste de Rinne e Weber) 
 
DIX HALLPIKE: paciente sentada de uma 
forma que quando ela deitar a sua 
cabeça passe da borda da maca. O 
médico explica o procedimento, segura 
na cabeça de um lado e do outro, faz 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
uma rotação de 45° e auxilia o paciente 
a deitar sua cabeça de olhos abertos. 
Paciente fica nessa posição por 30 
minutos e o médico fala: se você sentir 
alguma coisa me avise → tontura ou 
nistagmo → é utilizada para avaliar a raiz 
vestibular do nervo Vestibulococlear. 
 
 
 
Essa manobra permite identificar se a 
vertigem relatada pelo paciente é 
periférica ou central, devido à algumas 
características: 
 
 
 
VERTIGEM PERIFÉRICA: 
→Gravidade da vertigem: Severa 
→Latência dos sintomas e nistagmo: o 
tempo que leva a paciente começar a 
referir os sintomas é de 2 a 40 segundos 
→Duração do nistagmo: <1 mim 
→Fatigabilidade: nistagmo começa forte 
e vai diminuindo (fatigando) 
→Habituação: a cada vez que se repete 
a manobra, os sintomas vão ficando 
menos intensos 
 
VERTIGEM CENTRAL 
→Gravidade da vertigem: variável 
→Latência dos sintomas e nistagmo: 
iniciam-se imediatamente 
→Duração do nistagmo: >1 min 
→Fatigabilidade: na vertigem centralo 
nistagmo mantém-se no mesmo nível de 
intensidade 
→Habituação: toda vez que se repete a 
manobra, a intensidade dos sintomas é a 
mesma 
 
TONTURA; é o principal sintoma 
associado a essa raiz vestibular. Tontura 
é considerado um termo geral, na HDA 
você terá que especificar se é uma 
vertigem, se é uma síncope ou sensação 
iminente de desmaio, se é apenas uma 
sensação de desequilíbrio ou se é uma 
sensação de cabeça vazia ou flutuação. 
Tudo isso é chamado de tontura, por isso 
é importante especifica-la e tentar 
classificar a queixa do paciente em uma 
dessas quatro características. Além 
disso, deve-se certificar se a vertigem 
(sensação giratória) é objetiva ou 
subjetiva: 
• Objetiva: quando os objetivos ao 
redor giram 
• Subjetiva: quando o próprio sujeito 
sente que ele esta girando 
 
TESTE DE RINNE: o examinador irá acionar 
o diapasão e coloca no processo 
mastoide atrás da orelha e explica “Vou 
encostar esse aparelho em você, quando 
parar de sentir a vibração, me avise”. 
Quando a paciente disser que parou de 
sentir, você tira o da posição e coloca-o 
próximo da orelha e pergunta se a 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
paciente esta escutando alguma coisa, 
espera-se que ela diga que esta 
escutando algo. Na prova de Rinne, testa-
se primeiro a condução óssea e depois a 
condução aérea. O normal é que a 
condução aérea seja maior do que a 
condução óssea, ou seja, a condução 
óssea ocorre por um menor período de 
tempo do que a condução aérea, isso é o 
normal. 
• ALTERAÇÃO PROVA RINNE: quando a 
condução óssea do paciente for maior 
do que a condução aérea, paciente 
não escuta ao colocar diapasão 
próximo do ouvido. O problema pode 
estar em qualquer caminho que essa 
condução aérea faz, por exemplo, 
pode ser cera do ouvido impedindo a 
condução aérea, pode ser um 
problema na membrana timpânica, no 
martelo, na bigorna. 
 
TESTE DE WEBER: Coloca-se o diapasão 
na fronte do paciente e pergunta onde 
ela esta sentindo a vibração. O normal é 
que ela não refira lateralização da 
vibração, esta deve ser sentida bem no 
centro da testa, isso significa que a 
condução óssea tanto para um lado da 
testa quanto para o outro é igual. A 
paciente não sente diferença entre os 
sons escutados nos dois lados da 
cabeça. 
• ALTERAÇÃO PROVA WEBER: na prova 
de weber o desvio na condução óssea 
vai ser percebido maior no ouvido 
afetado/surdo. Quando a condução 
óssea esta diminuída, ou seja, tem-se 
uma perda auditiva condutiva 
unilateral, o paciente tem um ouvido 
abafado (abafamento aéreo), com 
isso ela tem a falsa percepção que há 
o deslocamento da vibração para esse 
lado → vai dizer que esta sentindo 
melhor no meu ouvido ruim/surdo. 
 
 
 
CUIDADO: um paciente com a condução 
óssea diminuída, prejudicada, o teste de 
Rinne continuará sendo positiva, 
indicando normalidade, pois se a 
condução aérea normalmente é maior 
do que a óssea, imagine se ela já estiver 
reduzida. Quando faço o teste de Weber, 
ele dirá, portanto, que esta ouvindo 
melhor do lado do ouvido bom (surdez 
neurossensorial) ou do ruim (surdez 
condutiva) 
 
Portanto, o teste de Rinne não me garante 
normalidade total, deve ser feito o teste 
de weber. Se o teste de Weber mostrar 
lateralização para um dos lados do 
ouvido, indica um problema de surdez. 
 
CURIOSIDADE: 
Teste de Rinne e Weber é para diferenciar 
se há um problema na: 
→PERIFÉRICA: na condução aérea, 
confirmado no teste de Rinne, pois este 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
compara a condução óssea e a aérea de 
um lado do rosto. 
→CENTRAL: na condução óssea. 
Confirmado no teste de Weber, pois ele 
compara a condução óssea do lado 
esquerdo e direito. 
 
CÓCLEA: Dentro da parte do osso 
temporal, denominada porção petrosa, 
se encontra a cóclea. Quando eu coloco 
o diapasão na região da fronte do osso 
temporal, a vibração vem pelo osso até 
chegar na região em que a cóclea esta 
encravada, é aqui onde ela deve captar 
essa condução 
 
GLOSSOFARÍNGEO (IX) E VAGO (X) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
IX: Sulco lateral posterior do bulbo, sai 
pelo forame jugular do crânio. Seu núcleo 
fica no bulbo 
X: Sulco lateral posterior ao bulbo, sai pelo 
forame jugular do crânio. Seu núcleo fica 
no bulbo 
 
EMERGÊNCIA: 
IX e X: Bulbo 
O glossofaríngeo e o vago são 
responsáveis pela fonação, pela 
inervação da língua, pelo aparelho de 
fonação essa parte posterior da faringe. 
São avaliados pedindo-se para o 
paciente fazer o “Ahh” “Ehh” e observar a 
movimentação do palato e da região da 
úvula, o que vai indicar que esses nervos 
estão com um bom funcionamento. 
 
ACESSÓRIO (XI) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Sulco lateral posterior ao bulbo (raiz 
craniana) e à medula (raiz espinal). 
Passa pelo forame jugular. Seu núcleo 
está localizado no bulbo e na medula 
 
EMERGÊNCIA: do bulbo e da medula 
 
Inerva o musculo esternocleidomastóideo 
e o trapézio, então você solicitara 
movimentos de elevação e abaixamento 
do ombro e rotação do pescoço para um 
lado e para o outro 
 
HIPOGLOSSO (XII) 
 
ORIGEM APARENTE ENCÉFALO 
 
Sulco lateral anterior ao bulbo, adiante da 
oliva. Passa pelo canal do hipoglosso no 
crânio. Seu núcleo fica no bulbo 
 
EMERGÊNCIA: Bulbo 
 
É avaliado primeiro com o paciente com 
a língua dentro da boca, pede-se para 
movimentá-la para ambos os lados- 
cima, baixo, lado e outro, e depois pede 
para o paciente colocar a língua para 
fora e depois para movimenta-la-cima, 
baixo, lado e outro. 
 
1° CASO CLÍNICO 
 
 
 
Problema: nervo hipoglosso (XII) 
 
Letícia Cavalcante – FAHESP/IESVAP, 2021. 
DESCRIÇÃO CLÍNICA: Nota-se desvio da 
língua para a direita 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ANATÔMICA: o 
problema esta no lado no 12° par direito, 
pois quando a musculo esta normal e 
você coloca-a para fora da boca, os 
músculos da língua conseguem colocar a 
ponta da língua para a frente, mas se um 
deles esta com problema do lado direito, 
esse lado da língua tende a ficar dentro 
da boca, por isso a língua desvia para o 
lado afetado (direito), como mostrado 
na imagem. 
 
INVERÇÃO DA LÍNGUA: 
2/3 anteriores → a sensibilidade geral 
(tátil térmica e dolorosa) nessa região é 
dada pelo 5° par craniano, a 
sensibilidade gustativa dessa região é 
dada pelo 7° par craniano. 
1/3 posterior → os dois tipos de 
sensibilidade são dada pelo 9° par 
craniano 
A motricidade de toda a língua → é dada 
pelo 12° nervo 
 
EXAME DE CONSCIÊNCIA GLASGOW 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia 
Médica. 6.ed. Guanabara Koogan, 2009. 
 
BATES, B. Propedêutica Médica. 11ª ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA COLUNA VERTEBRAL 
 
 
É uma estrutura curva composta por 
vértebras ósseas conectadas por 
discos intervertebrais cartilaginosos. 
Faz parte do esqueleto axial e se 
estende da base do crânio até a 
ponta do cóccix. A medula espinhal 
atravessa o seu centro. 
 
FUNÇÕES 
Torcer, curvar e balançar o tronco em 
várias direções, além de proteger a 
medula espinhal e ajudar na 
sustentação do peso corporal 
 
REGIÕES E CURVATURAS 
• CERVICAL: curvatura cervical ou 
lordose cervical 
• TORÁCICA: curvatura torácica ou 
cifose torácica 
• LOMBAR: curvatura lombar ou 
lordose lombar 
• COCCÍGEA: curvatura sacral ou cifose 
sacral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERTEBRAS 
São constituídas por um total de 33 
vértebras. Elas são diferentes entre si, 
variando em tamanho e 
características, especialmente de 
uma região para outra. Possui como 
estruturas básicas: o corpo vertebral, 
o arco vertebral e os processos 
vertebrais. São elas: 
• CERVICAIS: 7 (C1 a C7) 
• TORÁCICAS: 12 (T1 a T12) 
• LOMBARES: 5 (L1 a L5) 
• SACRO: 5 fundidas (S1 a S5) 
• CÓCCIX: 3 a 4 fundidas 
 
coluna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJEÇÕES ÓSSEAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• C3: Nível do osso hioide 
• C4: Nível da cartilagem tireoide 
• C6: Nível da cartilagem cricoide 
• C7: Vertebra mais proeminente 
• T2: Nívelda espinha escapular 
• T4: Nível do ângulo esterno 
• L4: Nível da cicatriz umbilical 
• S1: Nível da crista ilíaca 
ANATOMIA DA SUPERFÍCIE VERTEBRAL 
VERTEBRAS CERVICAIS E TORÁCICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERTEBRAS LOMBARES, SACRO E CÓCCIX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRÍGONO DO PESCOÇO 
• ANTERIOR: submentual, submandibular, 
muscular e carótido 
• POSTERIOR: supraclavicular e occipital 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
Os principais sintomas das afecções 
da coluna vertebral são: dor e rigidez 
pós-repouso. 
DOR 
Pode estar localizada em um de seus 
segmentos (cervical, dorsal ou 
lombossacral) ou em toda a sua 
extensão, sendo importante ser 
registrada suas características: 
• Intensidade 
• Duração 
• Localização 
• Irradiação 
• Fatores agravantes, precipitantes ou 
atenuantes 
• Dor referida: quando é originada em 
outra região, que não a coluna 
DOR REFERIDA: uma dor que pode ser 
percebida na coluna vertebral, sem 
ser, contudo, originada nela. Exemplos 
importantes são: 
-Coluna toracolombar->pancreatite 
-Coluna torácica->ulcera duodenal 
-Coluna lombar->dor renal 
-Coluna lombossacral->ginecológica 
 
 
ENFERMIDADES DEGENERATIVAS OU 
INFLAMATÓRIAS: geram dores de longa 
duração, com intensidade de leve a 
média, 
 
ENFERMIDADES COMPRESSIVAS OU 
INFECCIOSAS: geram dores de curta 
duração, com intensidade elevada 
 
A dor na coluna vertebral, 
principalmente nos segmentos 
cervical e lombossacral, quando se 
irradia para os membros superiores 
ou inferiores, sugere possibilidade de 
comprometimento radicular, cuja 
etiologia pode ser degenerativa 
(discoartrose) ou compressiva 
(hérnia discal e neolpasia) 
 
Já a clássica dor que melhora com os 
movimentos e piora a noite são das 
afecções inflamatórias (espondinilite 
anquilosante) 
 
A dor continua mesmo em repouso e 
com grande piora aos movimentos 
ocorre na hérnia discal 
 
A dor que melhora no repouso, piora 
no início dos movimentos, mas 
melhora com o decorrer deles é típica 
da esponfiloartrose 
 
RIGIDEZ PÓS-REPOUSO 
Geralmente matinal, costuma ocorrer 
tanto em doenças inflamatórias 
(mais persistente) como nas 
degenerativas (mais passageira). 
 
EXAME FÍSICO 
 
Higieniza-se as mãos, conforme o 
protocolo da ANVISA, apresenta-se ao 
paciente e explica os procedimentos, 
solicitando permissão para realiza-los 
• Inspeção 
• Palpação 
• Movimentos 
• Manobras 
 
INSPEÇÃO 
 
 
OBJETIVOS 
• Reconhecer curvaturas 
• Reconhecer projeções ósseas 
• Deformidades 
• Desalinhamentos 
• Assimetrias 
• Atrofias 
• Lesões da pele 
• Abaulamentos 
• Retrações 
• Cicatrizes 
• Nichos pilosos lombossacral 
 
POSTERIOR 
Começa com o paciente em pé, de 
costas para o examinador e, 
obrigatoriamente, com o tórax 
despido e os pés sem sapatos. 
Observa-se o alinhamento da: 
• Cabeça, em relação ao corpo 
• Orelhas 
• Ombros 
• Escápulas 
• Crista ilíaca 
• Linha espondiléia 
• Simetria do Triângulo de Talhe, 
formado pelo caimento dos 
ombros com as alturas das 
cinturas, com a linha espondiléia 
ou vertebral 
LATERAL 
Paciente com os braços em extensão, 
paralelos ao solo, para visualização 
das curvaturas da coluna. Observa-
se: 
• Alterações nas curvaturas 
• Pede para que degluta, para 
verificar possíveis alterações 
cervicais 
ANTERIOR 
Com o paciente virado de frente, faz-
se observações de alinhamento: 
• cabeça 
• orelhas 
• ombros 
• crista ilíaca 
• Trângulo de talhe 
• joelhos 
• mamilos 
• centralização da cicatriz 
umbilical 
• Presença dos músculos peitorais 
• Deformidades da caixa torácica: 
pectus escavatum e carinatum 
• Teste da inclinação ou teste de 
Adams- busca deformidades, 
gibosidades dorsais ou 
lombares 
ALTERAÇÕES VERTEBRAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO 
 
Técnica da digitopressão/palpação 
da linha espondileia (vertebral) – 
palpa-se vertebras e espaços entre 
elas – e da linha paravertebral 
(músculos para espinhais). 
 
OBJETIVOS 
• Procura-se dor 
• Crepitações, cistos e tumoração 
• Contraturas musculares 
• Desalinhamentos 
 
COLUNA CERVICAL: palpa-se as 
partes moles (trígono do pescoço) e 
ossificadas: 
ANTERIORES: paciente em posição 
supina para relaxamento da 
musculatura cervical 
 
PARTES MOLES 
• Musculo esternocleidomastóideo 
• Cadeia linfática cervical da borda 
do músculo é palpável em afecções 
do trato respiratório 
• Glândula tireoide 
• Parótidas 
• Fossa supraclavicular 
• Pulso carotídeo 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTES ÓSSEAS 
• Osso hioide, que esta ao nível de 
C3 e fica acima da cartilagem 
tireoidiana 
• Cartilagem tireoidiana, cujo 
ápice é o “pomo de adão” e esta 
ao nível de C4 
• Primeiro anel cricoide, parte 
integrante da traqueia, esta 
abaixo da cartilagem cricoide e 
acima do sítio de eleição para a 
traqueostomia de emergência. 
Esta no nível de C6 
• Tubérculo carotídeo, palpado 
ainda ao nível de C6, adjacente 
ao pulso carotídeo 
 
 
POSTERIOR: paciente sentado 
PARTES MOLES 
• Músculo linfático, próximo ao 
músculo, palpável apenas em 
caso de afecções 
• Nervos occipitais maiores 
podem ser palpados em caso 
de inflamações 
• Ligamento nucal anterior 
 
 
 
 
 
 
 
PARTES ÓSSEAS 
• Occipício, na face posterior do 
crânio, onde se encontra a 
protuberância occipital externa 
e lateralmente a essa, a linha 
nucal superior. Lateralmente a 
esta linha, encontra-se o 
processo mastoide. 
• Vértebras C2 e C7, que são 
facilmente palpáveis. As C1, 
C3,C4,C5 e C6 são mais 
profundas, porém, deve-se 
tentar palpá-las a procura de 
dor, crepitação ou 
desalinhamento 
• Superfícies articulares, ao lado 
das vértebras, podem tentar ser 
palpadas 
 
 
COLUNA TORÁCICA: paciente deve 
estar sentado. Geralmente a 
palpação inicia-se delimitando a 
escápula e identificando sua espinha. 
• Vértebra T3, esta na mesma 
linha da espinha da escápula, 
quando os membros estão na 
posição anatômica. O ângulo 
inferior da escápula situa-se 
sobre T7 ou T8 
• Vértebra C7, é proeminente, 
podendo ser visualizada. A partir 
desses dois pontos de referência 
– C7 e T3 – as demais vértebras 
entre eles podem ser palpada 
• Músculos rumboides, que se 
originam na coluna, entre C7 e 
T5 e inserem-se na margem 
medial da escápula, são 
palpados com membro superior 
em rotação interna máxima e 
adução 
 
 
 
 
 
 
 
COLUNA LOMBOSACRAL: palpação 
com o paciente em pé. Palpa-se: 
• Crista ilíaca, que esta localizada 
na região entre L4 e L5 
• Espinhas ilíacas 
anterossuperiores e 
posterossuperiores (ao nível de 
S2) 
• Processos espinhosos das 
vértebras 
• Nervo ciático, da região da 
nádega até a região poplítea 
• Musculatura abdominal, com 
paciente na posição 
semissentada. A porção superior 
é inervada por T7 até T10 e a 
inferior de T11 até L1 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOVIMENTOS 
 
Investiga-se dor ou limitação do 
movimento 
• COLUNA CERVICAL: flexão, extensão, 
rotação, inclinação lateral 
• COLUNA TORÁCICA: são limitados, 
usa-se as manobras 
• COLUNA LOMBAR: flexão, extensão, 
rotação e inclinação 
• COLUNA COCCÍGEA: não há 
COLUNA CERVICAL 
Avalia-se a amplitude dos 
movimentos. A precisão desse exame 
pode ser melhorada pedindo-se para 
o paciente segurar entre os dentes 
uma espátula, usada como referência 
no registro das angulações. 
• FLEXÃO: paciente deve ser capaz 
de encostar o queixo no tórax 
• EXTENSÃO: deve ser observado 
um alinhamento da fronte e do 
nariz com o plano horizontal. 
• ROTAÇÃO: queixo deve se alinhar 
com os ombros. 
• INCLINAÇÃO: encostar a orelha no 
ombro. 
 
COLUNA LOMBAR 
A amplitude dos movimentos 
lombares apresenta variações com a 
idade e sofre influencia da flexibilidade 
das articulações. Deve considerar o 
aparecimento de dor, espasmo, 
rigidez ou bloqueio. 
 
 
MANOBRAS 
 
COLUNA CERVICAL 
 
MANOBRA DE SPURLING 
POSIÇÃO: Flexão lateral da cabeça do 
paciente, na qual o examinador realiza 
pressão sobre o topo da cabeça. 
EFEITO: Ocorre compressão das raízes 
nervosas do plexo braquial 
POSITIVA:Positiva para formigamento ou 
parestesia, Não é positiva para dor 
 
 
 
 
SINAL DO ALÍVIO EM ABDUÇÃO 
POSIÇÃO: Em posição sentada, 
solicita-se que o paciente 
ativamente coloque a mão no topo 
do crânio 
EFEITO: Descompressão da raiz 
nervosa região C5-C6 
POSITIVA: Positiva para alívio da dor 
ou parestesia. Deve ser realizada 
quando a manobra de Spurling é 
positiva. 
 
TESTE DA DISTRAÇÃO 
POSIÇÃO: Paciente sentado e as 
mãos do examinador no queixo 
(mento) e na região posterior da 
cabeça (occipital), realiza-se 
distração (elevação) da região 
cervical, o qual ao abrir os forames 
neurais, pode aliviar a dor da 
compressão. 
EFEITO: Ocorre descompressão da 
raiz nervosa 
POSITIVA: Positiva para alívio da dor. 
Deve ser realizada quando a 
manobra de Spurling é positiva. 
 
MANOBRA DE LHERMITTE 
POSIÇÃO: Com o paciente na 
posição sentada, flete-se a cabeça 
de encontro ao tórax, com joelho 
semifletido, médico força um 
pouca a cabeça do paciente para 
frente 
EFEITO: Compressão de raiz nervosa 
ou irritação desta 
POSITIVA: Positivo quando há dor ou 
parestesias, podendo a dor se 
irradiar da coluna cervical para a 
região de baixo (região torácica ou 
lombar). 
 
TESTE DA DEGLUTIÇÃO 
POSITIVA: Dificuldade de deglutição 
devido a doenças na região 
anterior da coluna cervical, como 
protuberâncias ósseas, osteófilos, 
intumescências dos tecidos moles 
devido a hematomas, infecções e 
tumores. Pode ser feita durante a 
inspeção lateral, em caso de 
abaulamentos e retrações 
cervicais. 
 
VALSAVA 
POSIÇÃO: Paciente deve prender a 
respiração e fazer força como se 
quisesse evacuar. 
EFEITO Aumento da pressão 
intrafecal, devido a compressão 
das raízes nervosas 
POSITIVA: Positiva para 
intensificação dos sintomas, 
podendo ser indicativa de como 
tumores e hérnias 
 
TESTE DE PATÊNCIA DA ARTÉRIA 
VERTEBRAL 
POSIÇÃO: Com o paciente em 
posição supina (deitado, decúbito 
dorsal), deve fazer a extensão 
cervical, inclinação da cabeça para 
um lado seguida de rotação desta, 
mantendo a posição por cerca de 
30 segundos. 
EFEITO: A rotação afeta a artéria 
vertebral, pois simula sua 
compressão, Se houver presença 
de uma placa obstruindo a artéria, 
o fluxo de sangue vai ser diminuído 
para o encéfalo 
POSITIVA: Positiva para tonturas, 
síncope (sensação de desmaio), 
cabeça vazia (sensação), 
nistagmo (movimento 
involuntários dos olhos - se move 
rapidamente de um lado para o 
outro), Lembrando que “tontura” é 
um termo muito subjetivo, pode 
referir-se a: 
• Vertigem subjetiva: paciente 
sente que esta girando 
• Vertigem objetiva: paciente 
sente que objetos ao redor 
estão girando 
• Cabeça vazia 
 
TESTE DE ADSON (PATÊNCIA DA ARTERIA 
SUBCLÁVIA) 
POSIÇÃO: Palpando-se o pulso 
radial, deve-se abduzir e rodar 
externamente o membro superior 
do paciente. Em seguida, o 
paciente deve prender a 
respiração e mover a cabeça em 
direção ao membro examinado 
EFEITO: Compressão da artéria 
subclávia. Testa a permeabilidade 
da artéria subclávia, que pode ser 
comprimida pela costela cervical 
ou pela contratura dos músculos 
escalenos anterior e médio 
POSITIVA: Diminuição ou mesmo 
desaparecimento do pulso 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLUNA TORÁCICO 
EXPANSIBILIDADE TORÁCICA 
POSIÇÃO: É medida a expansibilidade 
torácica com fita métrica ao redor do 
tórax, na altura dos mamilos, que deve 
mostrar um aumento de no mínimo 3 
cm entre expiração e inspiração 
profunda. 
POSITIVA: Expansão menor que 3 cm. 
Mobilidade pode estar reduzida em 
pacientes portadores de cifose, com 
problemas nos pulmões (DPOC), 
costelas, diafragma, músculos 
intercostais, deformidade congênita 
do esterno, fraturas. 
 
MOBILIDADE TORÁCICA: MANOBRA DE 
STIBOR 
POSIÇÃO: Pode ser colocada uma fita 
métrica entre as apófises espinhosas 
da C7 e T12 e obter um valor numérico 
com a diferença entre as posições 
normais e flexionada, que deve ser, no 
mínimo, 2,5 cm no indivíduo normal. 
POSITIVA: Se o aumento for menor, 
pode indicar processos patológicos. 
 
ALINHAMENTO DA COLUNA TORÁCICA 
POSIÇÃO: Verificação do alinhamento 
da coluna por meio de um fio de 
prumo, apoiado da 7° vertebra 
cervical, o fio deve acompanhar a 
linha média até o sulco interglúteo. 
POSITIVA: A presença de desvios da 
coluna desviará o fio do sulco 
interglúteo. 
 
COLUNA LOMBAR 
MOBILIDADE DA COLUNA LOMBAR: 
MANOBRA DE SCHOBER 
POSIÇÃO: Com o paciente na posição 
ortostática (ereto) é delimitado um 
espaço de 10 cm acima do processo 
espinhoso de S1 (nível da crista ilíaca) 
e faz-se uma marcação. Após isso o 
paciente faz uma flexão. Mede-se 
então aumento da marcação. 
POSITIVA: O teste é positivo se não 
ocorrer aumento de pelo menos 5 cm 
na flexão máxima 
 
MANOBRA DAS CONTRAÇÕES DOS GLÚTEOS 
POSIÇÃO: Abaixa-se a calça do 
paciente e, com dois a 3 dedos acima 
do músculo do glúteo, pede para ele 
contrair o bumbum. 
POSITIVA: Se houver déficit de 
contração, pode ser indicativo de 
processos patológicos 
 
COLUNA SACRAL 
MANOBRA DE TRENDELENBURG 
POSIÇÃO: É realizado com o paciente 
em pé, e o quadril oposto àquele a ser 
examinado mantido em extensão e o 
outro com o joelho fletido. Avalia a 
função dos abdutores do quadril. Em 
condições normais, a pelve é mantida 
nivelada pela contração dos 
abdutores que a apoia 
POSITIVA: É positivo quando uma crista 
ilíaca fica acima da outra, revelando 
fraqueza da musculatura abdutora. 
Indicativa de alteração no glúteo 
médio, relacionado com a articulação 
sacro ilíaca. 
 
TESTE DE THOMAS 
POSIÇÃO: O paciente é posicionado em 
decúbito dorsal em superfície firme. O 
médico vai colocar uma das mãos na 
coluna lombar e a outra vai fletir a 
coxa do paciente. 
POSITIVA: É positivo se o paciente fletir 
a outra perna. 
 
MANOBRA DE LEWIS 
Paciente em decúbito lateral, 
joelhos semifletidos, comprimir a 
crista ilíaca e buscar dor. 
 
MANOBRA DE MENEL 
Paciente em decúbito lateral, uma 
das mãos do médico puxa a perna 
e traciona o joelho para trás, 
testando a articulação sacro ilíaca 
 
MANOBRA DE VOLKMAN 
Paciente em decúbito dorsal, 
palpa-se a crista de um lado e do 
outro afasta elas 
 
 
 
 
MANOBRA DE ERICHENSEN 
Afastamento as cristas ilíacas 
TESTE DE PATRICK-FABERE 
POSIÇÃO: É realizado na posição 
supina (decúbito dorsal), com 
quadril e o joelho flexionados e o pé 
apoiado sobre o joelho 
contralateral. Uma das mãos fixa a 
crista ilíaca (pelve) e a outra 
abaixa o joelho, realizando sua 
abdução e rotação 
POSITIVA: Positivo quando a dor que 
aparecer for exacerbada com a 
rotação do joelho. A dor cística 
origina-se no nervo ciático (plexo 
lombosacral) 
 
 
EXAME NEUROLÓGICO 
 
O exame neurológico da coluna 
cervical envolve a avaliação dos 
plexos nervosos. Os plexos são um 
conjunto de nervos que nascem na 
medula espinhal, atravessam os 
forames de conjugação para 
distribuir-se pelos órgãos a que são 
destinados. Assim, a partir da 
anastomose dos nervos cervicais, 
dorsais, lombares, sacros e coccígeos, 
forma-se 4 plexos nervosos no tronco: 
• PLEXO CERVICAL: ligações 
nervosas com a cabeça, pescoço e 
ombros 
• PLEXO BRAQUIAL: ligações 
nervosas com o tórax, os ombros, os 
braços, os antebraços e as mãos 
• PLEXO LOMBAR: ligações com as 
costas, o abdômen, a virilha, as 
coxas, os joelhos e as panturrilhas 
• PLEXO SACRAL: ligações com a 
região pélvica, as nádegas, os 
genitais, as coxas, as panturrilhas e 
os pés 
 
Para cada nível neurológico existe 
uma distribuição sensitiva, um teste 
motor e um exame de reflexos. Assim, 
uma lesão do plexo compromete os 
seguintes aspectos: 
• MOTRICIDADE 
• REFLEXOS 
• SENSIBILIDADE 
 
AVALIAÇÃO DO PLEXO BRAQUIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO PLEXO LOMBOSACRAL 
 
 
 
EXAME DE TRIAGEM DE L4, L5, S1 
• L4: agachando e levantando 
• L5: andar sobre calcanhares 
• S1: andar na ponta dos pés 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANOBRAS PARA PESQUISA DE RADICULITE

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