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Prática Jurudica

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1 - Joaquim estava irresignado porque não encontrava mais seu vinho favorito à venda. Conversando 
com Manuel, dono de um estabelecimento comercial perto de sua residência, o mesmo lhe informou 
que aquele vinho não era mais entregue pelo fornecedor, mas que vendia outro muito bom, melhor 
que o apreciado por Joaquim. O vinho não possuía qualquer informação no rótulo além de seu nome, 
mas, Joaquim resolveu comprá-lo diante dos elogios feitos por Manuel. Chegando à sua residência, ao 
tentar abrir a bebida, o vidro se estilhaça e atinge o olho de Joaquim, causando-lhe uma lesão 
irreparável na córnea. Joaquim tenta, então, conversar com Manuel sobre o ocorrido, mas este 
afirma que não possui qualquer responsabilidade. Joaquim ajuíza, então, ação em face de Manuel, 
pleiteando reparação por danos materiais. Oferecida a defesa, Manuel alega que não possui qualquer 
responsabilidade e que não seria parte legítima, por ser apenas o vendedor do produto. 
Como juiz(a) da causa qual seria a sua decisão? (explique e fundamente e sua resposta) 
R: Se trata de fato, e não de vício, do produto, pelo mesmo apresentar um risco não esperado, não 
havendo informação sobre o produtor da bebida, Manuel como comerciante será o responsável, nos 
termos do Art. 12, §1º, II, c/c Art. 13, I ou II, ambos do Código de Defesa do Consumidor, podendo ser 
responsabilizado civilmente pelo ocorrido. 
 
2 - Martha foi convidada para participar, como palestrante, de um Congresso que ocorreria no 
Uruguai. Após confirmar a sua participação no evento, Martha decide comprar suas passagens pela 
Internet no site de uma famosa companhia aérea. Como não possuía voo direto que a levasse de Goiás 
para o Uruguai, Martha adquire um voo com escala em São Paulo. No dia da viagem, ao chegar a São 
Paulo, lugar onde teria que fazer a troca de aeronave, a passageira é informada a respeito do 
cancelamento de seu voo para o Uruguai. Preocupada, Martha indaga se seria possível realocá-la em 
outra aeronave, mas recebe a notícia de que somente decolariam novos voos para o Uruguai no dia 
seguinte, ou seja, após o evento do qual participaria. Ela adverte a companhia aérea que irá se 
apresentar em um Congresso como palestrante e que não poderá faltar. Contudo, a empresa diz não 
possuir qualquer responsabilidade pelo cancelamento da viagem. Martha avisou aos organizadores do 
evento que não chegaria a tempo ao local do evento. Como advogado(a) de Martha, qual a medida 
cabível para defender os seus direitos diante dos fatos ocorridos? (explique e fundamente a sua 
resposta 
R: O argumento utilizado pela empresa não está correto. No Art.14 do Código de Defesa do Consumidor 
estabelece que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. O dever de informação 
consta também do Inciso III do Art. 6º, do CDC.

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