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Prévia do material em texto

A linguagem como meio de expressão e interação 
social 
• Introdução 
 
Na unidade 1, você compreendeu a diferença entre língua e linguagem e conheceu 
diversas manifestações da linguagem. Nas próximas aulas, apresentaremos a 
linguagem como o mais importante instrumento de expressão e de interação 
social. Dois novos conceitos serão estudados: o texto e o leitor. Sabemos que um 
não existe sem o outro, mas é fundamental destacarmos que a leitura não é uma 
atividade mecânica. O leitor tem um importante papel na construção do texto lido 
e, por isso, deve ser capaz de identificar os diversos discursos que são produzidos 
em nossa sociedade. 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Reconhecer a diversidade dos discursos que circulam na sociedade e dos quais 
participamos 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - O texto e o leitor 
• Aula 2 - O texto falado e o texto escrito 
• Aula 3 - Textos informativos e textos literários 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/index.htm
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/RA/G_OLI_RA_U2.htm
Fonte da imagem 
“Você gosta de ler?” 
“Quantos livros você já leu?” 
“Os jovens não leem. Preferem perder tempo com as redes sociais.” 
Afinal, o que é mais importante: ler muitos livros ou saber ler? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1O texto e o leitor 
https://aluatristonha.wordpress.com/
Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a 
posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para 
produzir a uva e quem lucra com esse trabalho. 
Paulo Freire 
A citação destacada, do educador Paulo Freire, responde nossa pergunta inicial. O 
texto não deve ser apenas lido. Quando lemos, devemos compreender todos os 
elementos que o formam. 
A relação entre o texto e o leitor 
De um modo geral, define-se leitura como um processo pelo qual um leitor 
apreende o código linguístico que, no nosso caso, é a língua portuguesa. Assim, é 
necessário, apenas, que o leitor possua “conhecimento linguístico”. 
 
Quando lemos o aviso “Perigo! Cerca elétrica.”, certamente compreendemos que 
não devemos tocar na cerca, pois poderemos levar um choque elétrico. Para 
compreender essa mensagem, precisamos utilizar, apenas, o nosso 
“conhecimento linguístico”. 
Quando somos alfabetizados, capacitamo-nos para ler mensagens escritas. O 
mundo se desvenda aos nossos olhos, pois os textos começam a fazer sentido, 
deixando de ser apenas um conjunto de formas e cores. 
Ler, no entanto, é um processo mais amplo e complexo. Não basta conhecer o 
código linguístico para que a leitura seja feita corretamente. A compreensão do 
texto lido exige que utilizemos diversos outros recursos, como o sentido da visão, a 
capacidade de representação da realidade e o conhecimento de mundo que 
adquirimos com as nossas vivências. 
 
 
 
 
Na charge ao lado, percebemos que as personagens não conseguiram identificar 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#more-info-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#more-info-2
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#more-info-3
 o texto “código de barras” e a sua 
função. 
Faltou, neste caso, o “conhecimento de 
mundo” 
para que a leitura se realizasse 
adequadamente. 
Devemos considerar que o texto é 
precedido de um “autor”, ou seja, o 
texto não existe sem que um autor o 
tenha produzido. É ele quem decide “o 
que” vai escrever e “como” vai escrever. A mesma mensagem pode ser transmitida 
em forma de notícia de jornal, de poema, de charge etc. O leitor precisa identificar 
as “pistas” deixadas no texto pelo autor e, assim, a leitura também depende de 
um conhecimento interacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O texto e o contexto 
Mais do que apenas compreender um texto, o conceito de leitura implica atribuir 
significados ao texto ouvido ou lido. Assim, o leitor é muito importante no processo 
de leitura, pois atua sobre o texto com os seus conhecimentos, estabelecendo 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#more-info-4
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/img/aula-1/foto-02.jpg
relações que não se encontram expressas graficamente. Essas relações 
estabelecidas pelo leitor representam o “contexto”. Todo texto precisa de um 
contexto. 
 
Na tirinha apresentada, vemos que a personagem Mafalda não conseguiu atribuir 
um significado correto à expressão “indicador de desemprego”, pois conhece a 
palavra “indicador” apenas como denominação de um dos dedos da mão, aquele 
que aponta para as coisas. Ela desconhece que a palavra “indicador” também 
significa, no campo semântico (campo de significados) da economia, “indicar algo”. 
Portanto, Mafalda não compreendeu o contexto da palavra. 
Observe que, na tirinha selecionada, o leitor aciona o seu “conhecimento de 
mundo” para compreender a intenção do autor em criar um texto de humor. Cabe 
ao leitor, portanto, “contextualizar” a palavra “indicador”. 
Há uma infinidade de contextos que podem ser aplicados ao texto. É preciso que o 
leitor identifique, no texto lido ou ouvido, os elementos linguísticos e os elementos 
extralinguísticos que compõem o contexto. 
 
Elementos linguísticos 
São os elementos que constituem um texto: palavras, sinais de pontuação, espaços, 
cores, formas e outras representações gráficas (texto escrito); ou palavras, pausas 
e entonações (texto falado). 
 
Elementos extralinguísticos 
São os elementos que não fazem parte do texto, mas que são fundamentais para a 
sua compreensão, pois formam o contexto: intenção da comunicação, pessoas 
envolvidas na situação de comunicação, local de onde a mensagem é transmitida, 
expressões faciais e corporais etc. 
 
Nesta charge, o elemento 
linguístico “rede social” 
 foi descontextualizado pelos 
elementos 
extralinguísticos (imagem), 
garantindo o humor do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#link-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-1.htm#link-2
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/img/aula-1/foto-04.jpg
A incompletude do texto 
A leitura de um texto não se limita a ler o que está escrito. Mesmo que um texto nos 
pareça completo, ao ler, antecipamos conclusões, estabelecemos comparações com 
outros textos lidos ou situações vividas e acrescentamos informações às imagens 
descritas. 
Portanto, o leitor não é um sujeito passivo, que recebe as informações sem fazer 
questionamentos ou construir relações de significados não apresentados no texto. 
Ao contrário, ao ler, ele aciona os seus conhecimentos e cria novas propostas para 
o texto. Por isso, podemos afirmar que nenhum texto é completo. 
Muitas vezes, faz parte da proposta autoral que o texto seja incompleto. O autor 
permite que o leitor complete seu texto a partir de elementos extralinguísticos. 
Observe a tirinha abaixo. 
 
A pergunta feita por Hagar à filha, no último quadro, deixa claro para o leitor sua 
intenção. O humor do texto ocorre quando o leitor é capaz de completar o diálogo 
(Hagar insinua que a sua esposa é a “discursante” do casamento, pois fala muito). 
A “incompletude do texto” é uma característica da boa produção 
textual. 
 
O autor não deve elaborar um texto que exija do leitor conhecimentos prévios 
específicos sobre o tema, os quais não sejam esclarecidosno próprio texto, a não 
ser que seu público-alvo seja, também, específico. 
 
 
 
 
Um leitor não deve propagar um texto que foi 
retirado de seu contexto, pois outros leitores 
podem não conseguir interpretá-lo ou fazer 
uma interpretação equivocada. 
 
Em redes sociais, é comum que sejam feitas 
postagens de textos filosóficos com a intenção de 
transmitir uma mensagem positiva ao leitor. No 
entanto, extrair a mensagem de seu contexto 
pode torná-la incompreensível ou exigir do leitor 
um esforço de interpretação que nem sempre 
trará uma resposta satisfatória. 
 
 
Aula 2O texto falado e o texto 
escrito 
 
Fonte da imagem 
 
A tirinha faz uma crítica ao excessivo uso da gíria “tipo”. No entanto, muitas 
pessoas falam assim. 
 
E se esse mesmo texto, em vez de falado, fosse escrito? Você 
estranharia? 
 
A comunicação através da fala e da escrita 
Quando conversamos com alguém, vamos construindo o texto que emitimos no 
momento da situação comunicativa. É possível, por exemplo, dizer novamente algo 
que não foi bem compreendido por nosso interlocutor. Assim, o texto falado é 
espontâneo, não planejado. O texto escrito, ao contrário, deve ser organizado e 
claro, pois, normalmente, não estamos na presença do nosso interlocutor para 
esclarecer suas dúvidas. Além disso, é necessário que observemos a adequação da 
linguagem. Afinal, estranharíamos se um falante se expressasse de maneira formal 
em um ambiente marcado pela descontração. 
 
Na tirinha acima, a personagem precisou reorganizar sua fala para que esta se 
tornasse adequada ao receptor da mensagem. 
http://thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br/
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-2.htm#more-info-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-2.htm#more-info-1
A escrita, ao contrário, é planejada. Quando escrevemos um texto, temos a 
oportunidade de aperfeiçoá-lo para que a mensagem seja bem compreendida, 
tendo em vista que, em mensagens escritas, o emissor não está presente para 
interagir com o receptor. 
 
 
 
 
Fonte da imagem 
Pelo contexto, 
compreendemos que o 
estabelecimento não atende 
clientes que não estejam 
vestindo camisa. No entanto, 
da forma como a mensagem 
foi elaborada, pode haver uma 
interpretação de que os 
funcionários do 
estabelecimento não 
trabalham sem camisa. 
 
 
O texto escrito deve obedecer às normas gramaticais e apresentar: 
 
Coesão textual 
Utilização de mecanismos linguísticos (sinas de pontuação, conectivos, 
concordâncias nominal e verbal etc.) que unem as palavras e as frases de um texto 
de maneira harmoniosa, facilitando a compreensão do leitor. 
 
Coerência textual 
Organização do texto, a fim de que as ideias sejam apresentadas de forma lógica, 
sem contradições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe as placas e veja o que acontece quando um texto não obedece a essas 
normas gramaticais. 
https://educacao.uol.com.br/
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-2.htm#link-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-2.htm#link-2
 
O texto elaborado para essa placa 
apresenta “falta de coesão textual”, já que 
a desorganização da frase sugere que o 
cliente ganhará uma sobrancelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa placa, o aviso apresenta “falta de 
coerência textual”, pois, se o 
estabelecimento está aberto todos os 
dias, não pode haver descanso semanal 
na terça-feira. 
 
 
 
 
 
Um texto falado pode ser apresentado na forma escrita, desde que a intenção do 
autor seja reproduzir a fala. Assim, apesar de escrito, o texto representa a 
oralidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos expressivos da fala e da escrita 
Como vimos anteriormente, a fala é espontânea e sofre a influência de fatores 
externos (extralinguísticos). Todavia, a fala pode ser enriquecida com recursos 
expressivos que facilitem a comunicação e possibilitem ao emissor alcançar seus 
objetivos. 
Alguns recursos expressivos da fala são a entonação, as pausas e as expressões 
faciais. Quanto aos elementos linguísticos, a fala pode ser enriquecida com gírias, 
repetições, deslocamentos de vocábulos na frase, comparações, uso de adjetivos, 
diminutivos etc. O importante é que o falante compreenda quais recursos 
expressivos são mais adequados à situação comunicativa. 
 
Fonte da imagem 
O personagem Calvin estimula a curiosidade de Haroldo com a utilização do 
adjetivo “bizarra”. Em seguida, utiliza o verbo “olha” como recurso para manter a 
atenção de seu interlocutor. A utilização da expressão “uau”, que indica surpresa e 
espanto, faz com que o leitor compreenda que Calvin foi bem-sucedido ao utilizar 
recursos expressivos adequados à finalidade da mensagem. 
Os recursos expressivos da escrita fazem parte do estudo da Estilística, que 
investiga a língua em sua função expressiva. Os recursos expressivos mais 
utilizados na escrita são as figuras de linguagem, como metáfora, metonímia, 
hipérbole, ironia, antítese etc. 
IRACEMA - A lenda do Ceará 
"Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. 
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da 
graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. 
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como 
seu hálito perfumado. 
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, 
onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal 
roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas." 
José de Alencar 
José de Alencar (1829–1877), escritor brasileiro, autor da obra-prima Iracema, 
escrita em 1865. O texto, do movimento Romantismo, é marcado pelo uso de 
comparações e metáforas. 
http://blogdadani-.se.blogspot.com.br/
Adequação e inadequação na produção de textos 
Você já compreendeu a importância da adequação vocabular na situação 
comunicativa, a fim de que nossa mensagem seja transmitida corretamente. 
Vamos, agora, aprofundar o tema, discutindo a adequação e a inadequação na 
produção de textos. 
O texto bem escrito deve ser claro, conciso e obedecer às normas gramaticais. No 
entanto, isso não é suficiente para que a mensagem seja adequada. Também é 
necessário que haja adequação da linguagem na produção dos textos em relação ao 
contexto da mensagem. 
Muitas vezes, o texto elaborado não atinge seu objetivo. Isso ocorre porque ele não 
está adequado à situação comunicativa. 
 
 
1 – Quem é o nosso destinatário? 
Enviar uma mensagem com excessos de elogios a alguém que poderia nos 
favorecer de alguma maneira não é adequado, pois o receptor pode 
desconfiar da intenção do emissor. 
 
2 – Qual a finalidade da mensagem? 
Se o conteúdo da mensagem é um pedido de emprego, não se pode usar 
como justificativas questões de ordem pessoal, como dificuldades 
financeiras. 
 
3 – Que veículo será utilizado para emitir a mensagem? 
Um dos meios mais utilizados para enviar mensagens é o celular. No 
entanto, esse veículo exige que os textos sejam concisos e claros. 
 
4 – Em que ambiente a mensagem é transmitida? 
No local de trabalho, não é adequado marcar o churrasco de fim de semana 
com seus colegas. 
 
 
 
 
 
As mensagens publicitárias têm como finalidade convencer o consumidor a 
adquirir um produto ou serviço. Se o texto for mal elaborado, o leitor atento 
perceberá a inadequação da mensagem. 
 
 
 
 
 
 
Na mensagem ao lado, a 
expressão “bom pra burro” pode 
significar “bom demais”. No 
entanto, ela se torna inadequada 
por estar associada ao dicionário, 
criando uma ambiguidade que 
induz o leitor a compreender que 
o livro deve ser utilizado por 
pessoas com pouca inteligência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3Textos informativos e textos literários 
 
Para que servem os textos? Informar, conscientizarou emocionar? 
 
O texto informativo 
Está claro que o texto informativo tem como principal função informar sobre um 
acontecimento ou uma circunstância. Entretanto, também faz parte da função 
utilitária do texto informativo esclarecer, orientar, propor, convencer. 
A principal característica do texto informativo é a “linguagem objetiva”, ou seja, a 
linguagem que apresenta ao leitor algo que se observa de forma clara e direta. São 
exemplos de textos informativos os textos jornalísticos, científicos, técnicos, 
acadêmicos etc. 
Em jornais, quando o texto apresenta uma opinião sobre um tema, ele é 
diagramado em seções à parte, como os editoriais. 
 
 
Classifica-se um texto 
informativo pela linguagem 
utilizada e por sua função, e não 
pelo tema. No jornal ao lado, a 
notícia é sobre as cartas 
deixadas pelo escritor Carlos 
Drummond de Andrade, mas o 
foco é informativo. 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/img/aula-3/foto-02.jpg
 
O texto literário 
Os textos literários são os que se destinam à arte, como romances, crônicas, contos 
e poemas. A principal característica do texto literário é a “linguagem subjetiva”, 
pois representa um sentimento, uma emoção ou um pensamento do sujeito. 
Embora se defina o texto literário como “não utilitário”, várias 
correntes dos estudos sobre a linguagem se mostram contrárias a 
essa classificação. Isso por não se poder afirmar que um romance, 
um conto, uma crônica ou um poema não possui uma função 
utilitária na sociedade, tendo em vista que podem despertar a 
consciência social do leitor e ofertar conhecimentos úteis para sua 
vida prática. 
A linguagem subjetiva exige mais recursos expressivos (tema estudado na aula 2 
desta unidade) do que a linguagem objetiva, pois a função primeira do texto 
literário é emocionar o leitor 
 
 
Mário Quintana (1906–1994) foi 
poeta, tradutor e jornalista. Por 
sua preferência por temas 
comuns, é conhecido como “o 
poeta das coisas simples”. 
Vários cronistas e poetas 
famosos se inspiraram em 
notícias de jornal para compor 
um poema. É o caso de Manuel 
Bandeira, que compôs o seguinte 
texto poético. 
 
 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num 
barracão sem número 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 
(BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966). 
 
 
A publicação em um jornal não é suficiente para classificar um texto como 
informativo. Da mesma forma, o fato de um texto ser apresentado em um romance 
não garante que ele seja literário. 
 
 
Então, o que distingue um texto informativo de um texto literário? 
 
Resposta: a linguagem utilizada pelo autor do texto. 
O texto poético de Manuel Bandeira poderia ser transformado no seguinte texto 
jornalístico: 
“O carregador de feira livre conhecido como João Gostoso, morador do morro da 
Babilônia, morreu afogado na Lagoa Rodrigo de Freitas, na cidade do Rio de 
Janeiro. Testemunhas contaram que, após divertir-se no bar Vinte de Novembro e 
ter consumido uma quantidade considerável de bebida alcoólica, João Gostoso 
teria se jogado nas águas da lagoa, de onde foi retirado sem vida.” 
Observe que, no texto literário, o autor destaca a alegria do personagem (“bebeu”, 
“cantou” e “dançou”), contrastando-a com o seu suicídio. Assim, o leitor se envolve 
com a situação, intensificando não o fato em si (o suicídio), mas a figura humana 
que vivencia o fato. 
 
 
O texto temático e o texto figurativo 
A leitura de um texto exige que estejamos atentos a dois elementos principais: o 
tema (conteúdo) e a forma como o tema é apresentado. 
O tema está no “nível abstrato” do texto. Pode-se discutir o amor, o ódio, as leis, as 
virtudes, a política etc. somente com ideias abstratas. 
A forma como o tema é discutido está no “nível concreto” do texto. Para discutir o 
amor, o autor pode optar por comparações, descrever ações, construir imagens etc. 
• Texto Temático 
Predomínio do “nível abstrato do texto”. Nesse caso, o leitor capta as ideias apresentadas 
por meio, apenas, da reflexão sobre o tema. 
• Texto Figurativo 
Predomínio do “nível concreto do texto”. O leitor compreende as ideias propostas a partir 
de elementos representativos do tema. 
Para melhor compreensão dos conceitos, propomos que você observe a imagem a 
seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-3.htm
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/aula-3.htm
 
1 – Que tema você proporia para esta 
imagem? 
 
 
2 – Que figuras representam a imagem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Beijo (1907–1908), de Gustav Klint. 
 
 
Em relação ao “nível temático”, o quadro de Gustav Klint apresenta um beijo dado 
por um homem em sua amada. 
Em relação ao “nível figurativo”, o quadro de Gustav Klint representa o beijo com 
os seguintes elementos concretos: a mulher é envolvida pelo homem, que segura o 
rosto feminino como se o protegesse; o homem beija o rosto da mulher; a mulher 
está de olhos fechados; ambos estão ajoelhados sobre flores e pérolas; tons de 
amarelo predominam no quadro, tanto nas roupas usadas quanto nas flores e 
pérolas sobre as quais estão os personagens. 
A partir desse exemplo, podemos analisar os textos literários abaixo apresentados. 
Foram selecionados trechos do capítulo I da obra Memórias Póstumas de Brás 
Cubas, de Machado de Assis. Clique aqui e observe os elementos de cada 
fragmento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/anexo/livro.pdf
Vídeo da Unidade 
Para saber mais se, ao lermos um texto, apreendemos de fato a mensagem que ele 
nos transmite sem que façamos uma análise que nos garanta uma interpretação 
adequada, assista ao vídeo da unidade: Aprender a (re)ler os textos: análise e 
interpretação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://player.vimeo.com/video/337763726
https://player.vimeo.com/video/337763726
Encerramento 
Por que saber ler não é suficiente para que os diversos textos produzidos 
na sociedade sejam compreendidos? 
Saber ler é necessário para que se apreenda o que está escrito. No entanto, a 
leitura dos diversos textos produzidos na sociedade exige do leitor que ele 
participe do texto como um coautor, produzindo significados que nem 
sempre estão explícitos na superfície do texto. 
 
Que aspectos do texto falado e do texto escrito devem ser observados na 
situação comunicativa? 
A língua portuguesa, que é o nosso idioma oficial, serve tanto à fala quanto à 
escrita. Todavia, é preciso que compreendamos os aspectos da língua falada 
e os aspectos da língua escrita que devem ser aplicados corretamente na 
situação comunicativa, a fim de que a nossa mensagem seja apreendida 
corretamente pelo receptor. 
 
O texto informativo e o texto literário podem ser identificados pela 
linguagem utilizada? Por quê? 
O texto informativo apresenta uma linguagem clara e objetiva, embora as 
marcas da subjetividade do autor estejam presentes. O texto literário possui 
uma linguagem em que predomina a subjetividade, ou seja, as impressões 
pessoais do autor e, nesse caso, recursos linguísticos como as figuras de 
linguagem são utilizados para que o leitor possa apreender as propostas 
autorais. Assim, no texto literário, a linguagem não é marcada pela 
objetividade. 
Resumo da Unidade 
Nesta unidade, você compreendeu a importância do papel do leitor no processo de 
leitura, porque ler não é apenas acionar seu conhecimento linguístico, mas, 
também, seu conhecimento de mundo. O leitor participa da construção do texto, 
pois atribui novos sentidos às mensagens, estabelecendo outras relações e outras 
representações possíveis dentro domesmo contexto proposto pelo autor. Dessa 
forma, ler não é apenas decodificar o código linguístico, mas apreender todas as 
características de um texto, seja ele falado ou escrito, informativo ou literário, 
temático ou figurativo. Entende-se, portanto, que ler transcende a folha de papel, 
pois o leitor deve identificar a adequação da linguagem e os recursos expressivos 
utilizados pelo produtor do texto. 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos 
vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram 
no menu lateral do Epic. Acompanhe os prazos de envio das avaliações no documento 
“Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. 
Lembre-se: procure o professor-tutor no fórum "Fale com o tutor". 
 
 
 
Midiateca 
Vídeo 
• Aula de Leitura - Este vídeo apresenta uma animação sobre a leitura e o 
conhecimento de mundo. 
 
Web 
Sites 
• Fatores de adequação linguística - Este site apresenta alguns fatores de adequação 
da linguagem 
• Estilística - Este site apresenta alguns recursos expressivos 
• Figuras de linguagem - Este site apresenta figuras de linguagem que foram citadas na 
unidade. 
 
 
Textos 
Artigos 
• Importancia do ato de ler - Este é um dos mais importantes artigos do educador 
Paulo Freire, no qual ele discute o conceito de leitura e a importância do leitor. 
• Interpretação de textos e sistemas de conhecimentos - Este artigo apresenta o 
“sistema de conhecimentos” necessário para a interpretação de textos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/midiateca.htm#link-1
https://www.youtube.com/watch?v=FC4cg6fFTUs
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/midiateca.htm#link-2
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/fatores-adequacao-linguistica.htm
https://www.normaculta.com.br/estilistica/
http://brasilescola.uol.com.br/portugues/figuras-linguagem.htm
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/mno/oli/re/u2/midiateca.htm#link-3
http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf
http://www.lpeu.com.br/q/4su27
Enunciado da avaliação 1 
Entrega da Avaliação - Fórum de Discussão [AVA 1] 
3 Jun 
100 pts 
 
“A entrega da atividade deve ser realizada através do item Entrega 
da Avaliação – Fórum de Discussão [AVA 1], conforme o prazo 
estipulado em calendário acadêmico.” 
 
TEXTOS E CONTEXTOS 
 
Todos os dias, envolvemo-nos em diversos processos comunicativos, do 
simples diálogo a informações complexas. Com o avanço da tecnologia, os 
veículos de comunicação se multiplicaram: podemos ler as notícias em jornais 
ou na internet; podemos desejar felicidades aos nossos amigos por cartões, e-
mails ou redes sociais. O mundo não para e, consequentemente, os 
acontecimentos se sucedem com velocidade e, muitas vezes, não 
conseguimos assimilar tudo o que lemos, vemos ou ouvimos. Assim, nem 
sempre a comunicação se estabelece de forma adequada. É preciso que 
estejamos atentos aos textos que lemos, analisando seus elementos e o 
contexto em que eles se apresentam. 
A partir dessa reflexão e tendo como base o conteúdo das aulas, propomos 
que seja elaborada uma análise dos textos a seguir selecionados, a fim de que 
sejam compreendidos os contextos de sua produção. 
Texto 1: 
“– Espelho, espelho meu, existe no mundo mulher mais bonita do que eu? E o 
espelho, que era mágico, dizia: – Não, rainha, você é a mais linda”. 
(Esse é o exemplo encontrado na história de Branca de Neve e os sete anões) 
Texto 2: 
“– Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém mais bonita(o) do que eu? 
Algumas respostas encontradas em charges na internet: 
“O espelho que não sabe mentir, não respondeu nada, mas até agora não 
parou de rir!”. 
“Ele está falando até agora.” 
“Não, só a Daniela Cicarelli, Carolina Dieckmann, Adriane Galisteu, Gisele 
Bundchen...” 
Fontes: 
https://br.pinterest.com/pin/377035800028847607/ (Links para um site externo.) 
http://trollando.com/2012/02/24/espelho-espelho-meu-2/ (Links para um site 
externo.) 
https://uva.instructure.com/courses/28397/modules/items/330604
https://br.pinterest.com/pin/377035800028847607/
http://trollando.com/2012/02/24/espelho-espelho-meu-2/
http://trollando.com/2012/02/24/espelho-espelho-meu-2/
https://calcinhapretaechampagne.files.wordpress.com/2011/03/imagem21.png (
Links para um site externo.) 
 
 
 
Indicação de leitura: (SÃO DOIS VÍDEOS) 
 
 
textos literarios e não literários (Links para um site externo.) 
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Aula de Leitura | Angudadá | Poesia Infantil (Links para um site externo.) 
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https://calcinhapretaechampagne.files.wordpress.com/2011/03/imagem21.png
https://calcinhapretaechampagne.files.wordpress.com/2011/03/imagem21.png
https://www.youtube.com/watch?v=TfyJnjGeHJk
https://uva.instructure.com/courses/28397/pages/enunciado-da-avaliacao-1?module_item_id=330600
https://www.youtube.com/watch?v=FC4cg6fFTUs
https://uva.instructure.com/courses/28397/pages/enunciado-da-avaliacao-1?module_item_id=330600

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