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EBOOK - Descomplicando o Setor contábil - 101 perguntas e respostas

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descomplicando 
o setor contábil
101 perguntas erespostas
Ficha catalográfi ca:
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
(CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Lima Filho, Marcos Antonio Monte de
Descomplicando o setor contábil : 101 perguntas e
respostas / Marcos Antonio Monte de Lima Filho,
Fellipe Matos Guerra. -- 1. ed. -- Fortaleza, CE :
Tributário online responde, 2021.
ISBN 978-65-994059-3-8
1. Contabilidade - Estudo e ensino I. Guerra,
Fellipe Matos. II. Título.
21-73523 
CDD-657.07
Índices para catálogo sistemático:
1. Contabilidade : Estudo e ensino 657.07
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
descomplicando 
o setor contábil
101 perguntas erespostas
O mercado vem simplifi cando a operação contábil através da 
tecnologia e automação dos processos, o que repercute em uma oferta 
de serviços a preço mais baixo. Deste modo, o que se parece é que 
este é um serviço simples. Entretanto, a Contabilidade é uma ciência 
ampla e constituída de princípios, normas e legislações complexas.
Dominar e compreender as transações contábeis e suas nuances sobre 
outros setores, como o fi scal e o departamento pessoal, por vezes, pode-
se traduzir em uma árdua tarefa, já que, além de complexa, a linguagem 
contábil pode ser complicada. Tão verdade é que um profi ssional 
contábil que compreenda os atos e fatos em sua completude é inabitual.
O Descomplicado o Setor Contábil – 101 perguntas e respostas, 
cumpre com excelência a sua missão de facilitar o entendimento 
do setor Contábil. Contemplando os principais questionamentos 
desde o processo de abertura de uma empresa a escrituração e 
defi nição de operações não usais, este material torna-se um guia 
capaz de auxiliar aos mais diversos tipos de profi ssionais da área. 
Tem-se convicção da contribuição dessa obra, primeiramente, pela 
abrangência das dúvidas que são esclarecidas ao longo do livro, assim 
como pela competência dos nobres professores que a fi zeram
Catarina Amaral
PREFÁCIO
Sumário
Fatos Contábeis do Início da Empresa
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, 
Insumos e Outros Itens
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Fatos Contábeis Investimentos em Participações 
Permanentes em Sociedades Empresariais
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas 
no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e 
Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo 
(Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de 
Mercadorias, Vendas de Produtos e Prestações de Serviços
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e 
Financiamentos
Defi nições Relativamente a Depreciação, Amortizações, 
Custos das Mercadorias Vendidas e Outros Conceitos 
Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das 
Demonstrações Financeiras
1 09
19
33
59
65
73
77
83
87
103
111
123
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
2
9
Fatos Contábeis do Início da Empresa
Capítulo 1Capítulo 1
FATOS CONTÁBEIS DO 
INÍCIO DA EMPRESA
10
Fatos Contábeis do Início da Empresa
1. Os registos dos fatos contábeis 
precisam respeitar quais regras?
Conforme o CPC 00 (R2) – Estrutura conceitual para relatório financeiro, 
aprovado pela norma NBC TG Estrutura Conceitual, especificamente no 
item 1.17, os registros contábeis deverão seguir o regime de competência, 
ou seja, os fatos contábeis devem ser registrados contabilmente 
independente dos seus pagamentos ou recebimentos. 
As regras de procedimentos estão dispostas da seguinte forma: 
a) Inicialmente pela lei 6.404/1976 e todas as alterações posteriores; 
b) Normas Brasileiras de Contabilidade, cuja estrutura está regulamentada 
pela Resolução CFC n° 1.328/2011; 
c) Pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis; 
d) Código de Ética Profissional do Contador; 
e) Diversas outras normas técnicas secundárias; 
11
Fatos Contábeis do Início da Empresa
2. Como elaborar o plano de contas 
adequado para a empresa? 
Embora a estrutura base não varie muito, a modelagem pode ser 
personalizada por empresa. Isso porque é preciso atender as necessidades 
de análises e suporte a tomada de decisão pelos gestores. 
Logicamente, esse é um processo de construção que não termina nunca 
e sempre vai se complementando. Por exemplo, é comum que uma 
empresa inicie com um plano de contas simplifi cado e evolua de acordo 
com sua maturidade de gestão. 
Entretanto, é fundamental que o plano de contas atenda pelo menos 
cinco grandes grupos: 
a)Ativos: são todos os recursos econômicos presentes 
controlados pelas entidades como resultado de eventos passados. 
Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir 
benefícios econômicos. 
b)Passivos: obrigação presente da entidade de transferir um 
recurso econômico como resultado de eventos passados. 
 c)Patrimônio Líquido: participação residual nos ativos da 
entidade após a dedução de todos os seus passivos. 
12
Fatos Contábeis do Início da Empresa
 d)Receitas: são transferências de propriedades materiais 
ou imateriais que necessariamente tenham aumentos nos ativos, ou 
reduções nos passivos, que resultam em aumento no patrimônio líquido, 
exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre 
o patrimônio. 
 e)Despesas: reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que 
resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a 
distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio.
Para a devida organização hierárquica das contas dispostas na estrutura, 
contendo os quatro grandes grupos, é necessário entender a disposição 
das contas entre SINTÉTICAS e ANALÍTICAS. 
Dando sequência, dentro de cada um dos grupos acima são criadas 
as Contas Sintéticas (ou contas agrupadoras), que, por sua vez, são 
detalhadas em subcontas, também conhecidas como Contas Analíticas. 
A complexidade ou não do plano dependerá diretamente do objetivo da 
empresa e da complexidade de suas operações. A escolha por um plano 
de contas simplificado ou completo também deve levar em consideração 
as ferramentas e dados disponíveis. Isso porque não adianta ter uma 
estrutura completa se não será possível fazer acompanhamento ou, 
ainda, não poderá obter resultados e análises de forma rápida e fácil.
13
Fatos Contábeis do Início da Empresa
3. Como registrar o capital social na 
abertura da empresa? 
Para registrar o capital social, contabilmente, independente do tipo 
societário da pessoa jurídica, ou seja, respeitando o ato constitutivo, 
serão em dois momentos: 
a)Subscrição do capital social: o fato ocorre no momento da assinatura 
do ato constitutivo, na promessa dos sócios (seja pessoa física ou pessoa 
jurídica) perante a empresa que está sendo constituída. Desta forma, 
teremos o seguinte registro contábil: 
 Débito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) 
 Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) 
 
b)Integralização do capital social: o fato ocorre no momento da 
entrega, por parte dos sócios, do bem ou do direito a entidade. Desta 
forma, teremos o seguinte registro contábil: 
 Débito – Caixa (Ativo Circulante) e/ou 
 Débito – Estoque (Ativo Circulante) e/ou 
 Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante) e/ou 
 Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não 
 Circulante) 
 Crédito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido)
14
Fatos Contábeis do Início da Empresa
4. Quando a empresa está em atividade, 
e não existia escrituração contábil, como 
fazer para iniciar os registros contábeis? 
É necessário destacar a necessidade de elaborar o Balanço de Abertura, 
que consiste objetivamenteem registrar contabilmente os saldos iniciais 
para não partir do “zero” patrimonialmente. 
O registro contábil dos dados iniciais, quando a empresa nunca manteve 
escrituração contábil será possível após levantar os seguintes dados: 
a) Saldos bancários, caixa, fundos fixos e aplicações financeiras; 
b) Contas a receber: duplicatas em aberto; cartões de crédito e cartões de 
débito a receber e outros meios de pagamento a receber; 
c) Estoque das mercadorias para revenda; estoque de insumos e produtos 
acabados, nos casos de indústrias; 
d) Relação dos bens tangíveis e intangíveis, contendo datas de aquisições, e 
cálculo da depreciação contábil projetado; 
e) Contas a pagar: fornecedores e outras duplicatas a pagar; 
f) Tributos a pagar: simples nacional a pagar; PIS e COFINS a recolher; IRPJ e 
CSLL a recolher; entre outros tributos a recolher; 
g) Empréstimos e Financiamentos a pagar; contratos financeiros ativos; 
15
Fatos Contábeis do Início da Empresa
É fundamental ressaltar que os saldos necessários serão os valores 
relativamente a transição do mês/ano calendário imediatamente anterior 
a implantação dos saldos. Exemplo: situação em que a empresa irá iniciar 
os registros contábeis em 01/01/2020, logo o saldo necessário para 
implantar será até a data do dia 31/12/2019, e assim sucessivamente. 
Temos o seguinte cenário, registrando os valores correspondentes aos 
devidos levantamentos: 
 Débito – Caixa (Ativo Circulante) 
 Débito – Contas a Receber (Ativo Circulante) 
 Débito – Estoque (Ativo Circulante) 
 Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante) 
 Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não 
 Circulante) 
 Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) 
 Crédito – Tributos a Recolher (Passivo Circulante) 
 Crédito – Empréstimo e/ou Financiamentos a Pagar (Passivo 
 Circulante e/ou Não Circulante) 
 Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) 
 Crédito/Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados
16
Fatos Contábeis do Início da Empresa
É importante destacar que não há registros em contas de resultado, 
sobretudo quando o registro do balanço de abertura é feito no início 
do exercício social, e logo não há saldos em contas de resultados. Agora, 
caso seja feito a implantação dos saldos no curso do exercício social, 
nesse caso será necessário levantar dados das contas de resultados: 
• Faturamento até o mês/período da implantação; 
• Custo da Mercadoria vendida até o mês/período da 
 implantação; 
• Despesas gerais até o mês/período da implantação;
17
Fatos Contábeis do Início da Empresa
5. Como registrar contabilmente o 
Adiantamento para Futuro Aumento de 
Capital (AFAC)? 
As alterações trazidas na Lei das S/As pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 
11.941/2009 não trataram especificamente dos adiantamentos para 
Futuro Aumento de Capital Social (AFAC). Todavia, estes devem ser 
tratados à luz do princípio da essência sobre a forma, assim, concluímos 
que:
 a) os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados, 
 sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser 
 registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de Capital 
 Social. Conforme segue: 
 Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou 
 Não Circulante) 
 Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) 
 (Patrimônio Líquido) 
 b) caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser 
 registrados no Passivo Não Circulante. Conforme segue:
 Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou 
 Não Circulante) 
 Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) 
 (Passivo Não Circulante)
18
Fatos Contábeis do Início da Empresa
19
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Capítulo 2
FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS 
COMPRAS DE MERCADORIAS, INSUMOS 
E OUTROS ITENS 
20
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
6. Qual o conceito de custo de aquisição e 
custo de transformação? 
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição 
e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os 
estoques à sua condição e localização atuais. 
 
Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade NBCTG 16 (R2), item 11: 
o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os 
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante 
o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros 
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e 
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes 
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. 
Ainda conforme a mesma norma, temos no item 12, o seguinte: Os 
custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente 
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, 
como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação 
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam 
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos 
indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente 
constantes independentemente do volume de produção, tais como a 
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas, 
equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de 
produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos 
indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, 
ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais 
indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.
21
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
7. Como registrar contabilmente as 
compras das mercadorias para revenda e os 
tributos decorrentes das aquisições, se a 
empresa for optante pelo Simples Nacional? 
Considerando que as empresas optantes pelo Simples Nacional não têm 
direito a créditos tributários, na forma não cumulativa, por limitação 
normativa, temos que: 
 • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou 
 • Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
Agora, considerando o custo de aquisição, temos a incidência de diversos 
tributos, sobretudo o ICMS, no caso, a maioria dos estados atribuem as 
mercadorias adquiridas, geralmente de fora do estado, à incidência 
do ICMS Substituição Tributária ou ICMS Antecipado, assim teremos o 
seguinte registro contábil:
 • Débito – ICMS ST ou Antecipado (Ativo Circulante – Estoque) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou 
 • Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
22
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
8. Como registrar contabilmente as 
compras das mercadorias para revenda e os 
tributos decorrentes das aquisições, se a 
empresa for optante pelo Lucro Presumido? 
Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro 
Presumido, apuram PIS e COFINS, em regra, pela cumulatividade, temos 
que: 
 • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
Desta forma, é notório que não há tributos a recuperar no processo de 
compra das mercadorias e outros materiais, quanto a PIS e COFINS. 
Entretanto além das contribuições teremos o ICMS na operação, em várias 
vertentes: ICMS Normal, ICMS Antecipado e ICMS Substituição Tributária, 
todos os casos em decorrência das aquisições das mercadorias. 
a) Em caso de ICMS Normal – não cumulatividade 
 • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 
 • Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) 
 • Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante)
23
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Vamos exemplifi car um cenário:
A Empresa FL Comércio de FrutasLTDA adquiriu mercadorias para 
revenda com o ICMS Recuperável, da seguinte forma: 
 • Valor total da nota fi scal = R$ 150.000,00 
 • ICMS da operação = R$ 21.000,00 
 • A prazo
Teremos o registro contábil: 
• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo 
 Circulante)... 150.000,00 
• Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)... 21.000,00 
• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)... 150.000,00 
• Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante)... 21.000,00
24
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque: 
 • Estoque ................ 129.000,00 
 Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 150.000,00 
 (-) ICMS s/ Compras ...................................... (21.000,00)
b) Em caso de ICMS pago antecipadamente, portanto, compondo a não 
cumulatividade, será recuperável e replicará os registros contábeis no 
item anterior. 
c) Em caso de ICMS Substituição Tributária, no caso de aquisições de fora 
do estado e recolhido para determinar o regime tributário no modelo de 
Substituição Tributária, inicialmente poderemos imaginar a possibilidade 
de registrar contabilmente em despesas tributárias, no entanto, seguindo 
as normas contábeis tal tributo somente existe em decorrência da 
aquisição das mercadorias, logo teremos o seguinte registro contábil:
 • Débito – ICMS ST (Estoque – Mercadorias - Ativo Circulante) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
25
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
9. Como registrar contabilmente as 
compras das mercadorias para revenda 
quanto a PIS e COFINS não cumulativo? 
Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro 
Presumido, apuram PIS
 • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 
 • Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) 
 • Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) 
 • Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) 
 • Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante)
26
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Vamos exemplificar um cenário: 
A Empresa FL Comércio de Frutas LTDA adquiriu mercadorias para 
revenda com o PIS e COFINS Recuperáveis, da seguinte forma: 
 • Valor total da nota fiscal = R$ 200.000,00 
 • PIS recuperável = 3.300,00 
 • COFINS recuperável = 15.200,00 
 • A prazo 
Teremos o registro contábil:
 • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo 
 Circulante)... 200.000,00 
 • Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 3.300,00 
 • Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 15.200,00 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ... 200.000,00 
 • Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) ... 3.300,00 
 • Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) ... 15.200,00
27
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque: 
 • Estoque ................ 181.500,00 
 Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 200.000,00 
 (-) PIS s/ Compras ...................................... (3.300,00) 
 (-) COFINS s/ Compras .............................. (15.200,00)
10. Como registrar contabilmente a 
aquisição de materiais referente a uso e 
consumo?
Considerando que materiais de uso e consumo são itens que 
serão utilizados tanto no processo operacional como no processo 
administrativo, temos que: 
Débito – Materiais de Uso e Consumo (Despesas ou Custos) 
Débito – ICMS Diferencial de Alíquota (Despesa Tributária) 
Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) 
Crédito – ICMS Diferencial de Alíquota a Recolher (Passivo Circulante)
Os materiais de uso e consumo não utilizados tanto no ambiente 
administrativo (classificados como despesas operacionais) ou no 
processo produtivo, por exemplo, em caso de prestadores de serviços 
(classificados como custo do serviço prestado). Deverá ser observado a 
aplicação dos materiais para a melhor classificação contábil.
28
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
11. Como classificar e identificar 
contabilmente uma aquisição de itens que 
não fazem parte do estoque? 
Analisando o fato contábil, sobretudo, o documento de aquisição do item, 
é necessário averiguar a aplicação do mesmo, geralmente é interessante 
responder alguns questionamentos: 
a) Qual a necessidade do item? 
b) Valor do item? 
c) Quanto tempo de vida útil? 
d) Onde o item será aplicado especificamente?
A depender das respostas aos questionamentos, será necessário a 
classificação contábil mais adequada, no entanto, há diversas variáveis 
que precisam ser expostas. 
 
Quanto a necessidade, deverá ser observado se os itens adquiridos, 
que não fazem parte do estoque, serão necessários para a atividade 
operacional ou administrativa. 
Quanto ao valor do item, há regras fiscais envolvidas, principalmente, 
para classificação contábil condicionada ao Regulamento do Imposto 
de Renda, mas o processo coerente para fins contábeis é analisar a 
essência sobre a forma da aquisição, portanto, classificar contabilmente, 
independentemente do valor em questão.
29
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Quanto ao tempo de vida útil é fundamental para não haver confusão da 
classifi cação entre o consumo, de fato, ou seja, diretamente em contas de 
resultado ou ativo. 
E por fi m, onde será aplicado especifi camente determinará a classifi cação 
contábil exata para a melhor compreensão da informação técnica e 
gerencial. O não entendimento de onde será aplicado o item adquirido 
poderá gerar informação equivocada e em uma análise horizontal ou 
vertical poderá prejudicar tomada de decisões futuras. 
Assim teremos o seguinte registro contábil: 
 • Débito – Diversas Contas Contábeis (Despesas Operacionais e/ 
 ou Custos Envolvendo a operação) 
 • Débito – Tributos envolvidos (Despesa Tributária) 
 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) 
 • Crédito – Tributos envolvidos a recolher (Passivo Circulante)
Classifi car a conta contábil mais adequada conforme o plano de contas 
contábil da empresa.
30
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
12. Como registrar contabilmente o Custo 
da Mercadoria Vendida (CMV)? 
Reconhecer contabilmente é uma consequência da operação, bem 
como está exposto no item 34 da NBCTG 16 (R2): quando os estoques 
são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido 
como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A 
quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido 
e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa 
do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda 
reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor 
realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for 
reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer.
Continua o item 35 da NBCTG 16 (R2): Alguns itens de estoques podem 
ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, estoques 
usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. 
Os estoques alocados ao custo de outro ativo deve ser reconhecidos 
como despesa durante a vida útil e na proporção da baixa desse ativo.
31
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
O ideal, na prática, seria o reconhecimento conforme o desenvolvimento 
das operações, no entanto, o registro é reconhecido comumente de 
uma só vez, respeitando a lógica do inventário controlado pela empresa, 
ainda, seguimos a clássica regra contábil do estoque:
 Custo da Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras (-) 
 Estoque Final
Assim, oregistro contábil será executado conforme determinação dos 
valores na equação, e assim teremos o seguinte: 
 • Débito – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado – 
 CMV) e/ou 
 • Débito – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado – 
 CPV) e/ou 
 • Débito – Custo do Serviço Vendido (Conta de Resultado – CSV) 
 • Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)
Fundamental destacar que se o registro no estoque foi feito com contas 
retificadoras, tal como apresentamos nas questões 8 e 9, teremos, ainda, 
que efetuar a baixa os tributos sobre compras:
 • Débito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) 
 • Débito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) 
 • Débito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo 
 Circulante) 
 • Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 
32
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
33
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Capítulo 3
FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS 
AQUISIÇÕES DE ATIVO IMOBILIZADO, 
INTANGÍVEL E ATIVOS NATURAIS E 
OUTROS ITENS 
34
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
13. Como registrar contabilmente a 
aquisição de um ativo imobilizado com 
recuperação do ICMS, em 48 avos (CIAP – 
Controle do ICMS sobre o Ativo Permanente)? 
Inicialmente é necessário entender a definição do Ativo Imobilizado, 
conforme a NBCTG 27 (R4), é o item tangível que: 
 a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de 
 mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para 
 fins administrativos; e 
 b) se espera utilizar por mais de um período.
É a definição básica no ambiente contábil, mas é possível distinguir de 
definições tributárias conforme normativas tributárias, por exemplo: 
 a) em casos gerais, o ativo imobilizado é definido em dois critérios:
 • Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou 
 • Vida útil superior a um ano;
 b) em casos de Empresas optantes pelo Simples Nacional, temos 
 critérios mais específicos:
 • Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou 
 • Vida útil superior a um ano e 
 • O bem não pode ser desincorporado antes do décimo 
 terceiro mês; 
35
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Logo, para exemplifi car teremos o seguinte fato: 
A Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para utilizar no processo 
produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de R$ 450.000,00, destaque 
do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que o ICMS é recuperável em 48 
meses. Temos os seguintes registros contábeis:
• Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante – 
 Imobilizado) .......................................... R$ 373.500,00 
• Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo 
 Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25 
• Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não 
 Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75 
• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00
36
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
• O registro contábil respeita a definição do CUSTO de AQUISIÇÃO; 
• O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Circulante, foi calculado da 
seguinte forma: 
 Valor do ICMS = R$ 76.500,00 
 Controle do CIAP em 48 meses, logo, teremos o seguinte: 
 76.500,00 / 48 
 Valor do ICMS Mensal = R$ 1.593,75 
 Quantidade de meses do curto prazo (Ativo Circulante), a partir 
 de Outubro/2020 até o término do exercício social seguinte, 
 conforme a NBC TG Estrutura Conceitual. Total de 15 
 meses para o Ativo Circulante. 
Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Circulante calculado 
foi de R$ 23.906,25.
• O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Não Circulante, foi calculado 
da seguinte forma: 
 Quantidade de meses do longo prazo (Ativo Não Circulante) 
 será de 33 meses (a diferença entre 48 meses e 15 meses). 
 Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Não 
 Circulante calculado foi de R$ 52.593,75.
37
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
14. Aquisição de bem do Ativo Imobilizado, 
mediante pagamento com bem usado, como 
registrar contabilmente? 
A negociação comercial aqui tratada é caracterizada como uma “troca”, 
com ou sem torna em dinheiro (complementação em dinheiro). Porém, 
sob o ponto de vista contábil, o que temos, e assim deve ser contabilizado, 
são 2 (duas) transações distintas entre si, quais sejam, uma operação de: 
• venda de bem usado; e 
• compra de bem novo.
Deverá registrar cada uma dessas operações separadamente, uma 
representando a baixa do bem dado em troca, e outra representando a 
entrada do bem recebido. 
Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos 
de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu de 
uma concessionária, também localizada nesse mesmo Município, um 
caminhão novo no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil 
reais) para uso do seu departamento de logística, dando como parte do 
pagamento outro caminhão usado pertencente a seu Ativo Imobilizado 
(AI) avaliado nessa negociação pelo valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta 
mil reais). 
38
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Suponhamos, também, que o valor do caminhão dado em 
pagamento esteja registrado na contabilidade (valor de compra) da 
empresa MLFG pelo valor de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais) 
e a depreciação acumulada do mesmo seja de R$ 100.000,00 (cem mil 
reais), assim, teremos a seguinte apuração do valor contábil do bem:
 Ativo Imobilizado ................. 120.000,00 
 • Valor da Compra do bem .............. 220.000,00 
 • (-) Depreciação Acumulada do bem ...... (100.000,00)
Considerando essas informações hipotéticas, teríamos os seguintes 
lançamentos contábeis a serem realizados pela empresa MLFG por 
ocasião da aquisição de bem do Ativo Imobilizado (AI), mediante 
pagamento com bem usado:
 a) Registro contábil da baixa do custo de aquisição do bem 
 usado dado como pagamento: 
 • Débito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado 
 (Resultado).................................................. 220.000,00 
 • Crédito – Veículos (Ativo Imobilizado)...... 220.000,00
 b) Registro contábil da baixa da depreciação acumulada do 
 bem usado dado como pagamento: 
 • Débito – (-) Depreciação Acumulada do Veículo (Ativo 
 Imobilizado)................................................100.000,00 
 • Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado 
 (Resultado).................................................. 100.000,00
39
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
 c) Pela aquisição do veículo adquirido novo, mediante 
 pagamento com bem usado: 
• Débito – Veículo Novo 
 (Ativo Imobilizado).........................350.000,00 
 • Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado 
 (Resultado).................................................. 130.000,00 
 • Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) .............. 220.000,00 
Assim, com tais registros contábeis temos os seguintes saldos: 
• Veículos (antigo), citado no item “a, saldo zero. 
• Depreciação acumulada (do veículo antigo), citado no item “b”, saldo 
zero. 
• Veículo Novo, citado no item “c”, saldo de R$ 350.000,00. 
• Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado, conta de 
resultado, constante em todas as operações, o saldo fi nal foi de R$ 
10.000,00. 
• E por fi m, o saldo fi nal a pagar junto ao fornecedor fi cou em R$ 
220.000,00. 
40
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
15. Aquisição de máquinas e equipamentos 
para o ativo imobilizadoatravés 
de Financiamento comum (FINAME e outros 
oferecidos pelas instituições bancárias), 
como registrar contabilmente?
De maneira introdutória é necessário entender o Fundo de Financiamento 
para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (FINAME). 
A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) é uma empresa 
pública brasileira, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES). Ela tem por objetivo abrir linhas de crédito 
às empresas privadas nacionais, localizadas em qualquer região do país, 
com o fim de financiar a produção e à comercialização de máquinas e/ou 
equipamentos novos, produzidos no país, por empresas cadastradas na 
Finame. 
Vamos a prática com dados para materializar a utilização do recurso do 
FINAME por parte das empresas brasileiras: 
Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos 
de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu 
Equipamentos para o Processamento industrial dos produtos de 
informática. A aquisição ocorreu em 10/10/2020, valor total de R$ 
950.000,00, com ICMS destacado em documento fiscal e recuperável 
de R$ 171.000,00, foi utilizado os recursos do FINAME, parcelado em 
60 (sessenta) parcelas iguais, porém o contrato foi exposto da seguinte 
forma: 
 
41
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
• Valor da parcela será de R$ 25.000,00 
• Desta forma, temos que mensalmente há encargos de R$ 9.166,66 
• Considerando os dados temos a seguinte estrutura: 
 • Valor contratado R$ 950.000,00 
 • Valor que será pago totalmente R$ 1.500.000,00 
 • Encargos totais de R$ 550.000,00 
O registro contábil será executado da seguinte forma: 
 Débito – Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado) ........ 
 779.000,00 
 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo 
 Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 53.437,50 
 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não 
 Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 117.562,50 
 Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos 
 – Passivo Circulante) .................................... R$ 137.500,00 
 Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos 
 – Passivo Não Circulante) .................................... R$ 412.500,00 
 Crédito – Financiamento FINAME – Curto Prazo (Financiamentos – 
 Passivo Circulante) ........................................... R$ 375.000,00 
 Crédito – Financiamento FINAME – Longo Prazo (Financiamentos 
 – Passivo Circulante) ........................................... R$ 1.125.000,00
42
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Considerando o registro contábil acima, temos as seguintes observações 
relevantes: 
 • Considerando a data da operação, dia 10/10/2020, temos que o 
 curto prazo, ou seja, operações circulantes, podem ser 
 consideradas por 15 (quinze) meses, sendo até o término do 
 exercício social seguinte. 
 • Logo, a quantidade de meses constantes no longo prazo será 
 considerada por consequência o restante dos meses. 
 • Quanto ao ICMS recuperável, tendo 48 (quarenta e oito) meses 
 para apropriação, o longo prazo será de 33 (trinta e três). 
 • Já quanto o FINAME, considerando 60 (sessenta) meses para 
 amortização, o longo prazo será de 45 (quarenta e cinco) meses. 
A memória dos cálculos constantes nos registros contábeis, teremos: 
 • O valor do bem, em máquinas e equipamentos, foi registrado 
 em R$ 779.000,00, pois consideramos o conceito constante no 
 CPC 27 – Ativo Imobilizado: CUSTO DE AQUISIÇÃO, logo, é 
 necessário extrair o valor relativamente aos tributos 
 recuperáveis, assim, subtraímos o valor do ICMS de 
 R$171.000,00. 
 • O ICMS recuperável foi segregado em Circulante e Não 
 Circulante, pois a norma tributária não permite a apropriação 
 de tal tributo em uma única vez, assim, utilizamos das 
 considerações anteriores sobre as distribuições de 
 curto e longo prazo, desta forma:
 • Parcela mensal do ICMS = 171.000,00 / 48 • Parcela mensal do ICMS = 3.562,50 • Com tal, o ICMS Circulante será: 3.562,50 x 15 meses • ICMS Circulante = 53.437,50 • Já o ICMS Não Circulante por consequência = 3.562,50 
 x 33 meses 
 • ICMS Não Circulante = 117.562,50
43
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
• Quanto as parcelas do FINAME e encargos, temos o seguinte: 
 • Considerando que já foi exposto que o valor da parcela 
 do financiamento seria de R$ 25.000,00, temos que a 
 dívida total, em 60 parcelas mensais, um montante de R$ 
 1.500.000,00; 
 • Logo, o financiamento registrado no circulante foi de 
 25.000,00 x 15 meses, totalizando em R$ 375.000,00; 
 • Assim, o financiamento registrado no não circulante foi 
 de 25.000,00 x 45 meses, totalizando em R$ 1.125.000,00;
 • Quanto aos encargos da operação do FINAME, temos 
 que a parcela foi de R$ 9.166,66, assim, um montante 
 total de R$ 550.000,00; 
 • Logo, os encargos registrados no circulante foi de 
 9.166,66 x 15 meses, totalizado em R$ 137.500,00; 
 • Assim, os encargos registrados no não circulante foi de 
 9.166,66 x 45 meses, totalizando em R$ 412.500,00. 
44
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Por fim, teremos a seguinte estrutura do Passivo, considerando o valor 
presente, atribuindo a aplicação do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, além 
da NBC TG 12, fundamentada pela Resolução CFC 1.151/2009:
 • Passivo Circulante 
 • Financiamentos – FINAME - Curto Prazo .........................237.500,00 
 • Financiamento – FINAME – Curto Prazo 
 ............................ 375.000,00 
 • (-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Curto Prazo 
 ............................(137.500,00) 
 • Passivo Não Circulante 
 • Financiamentos – FINAME – Longo Prazo.............. ........ 712.500,00
 • Financiamento – FINAME – Longo Prazo
 .............................1.125.000,00 
 • (-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Longo Prazo 
 ............................. (412.500,00) 
16. Como registrar contabilmente a 
aquisição de um ativo imobilizado quando o 
PIS e COFINS são recuperáveis na aquisição do 
bem? 
Nessa modalidade, a possibilidade de recuperabilidade das contribuições, 
teremos o seguinte: 
45
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Suponha que a Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para 
utilizar no processo produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de 
R$ 450.000,00, destaque do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que 
o ICMS é recuperável em 48 meses. Além do ICMS, teremos também, 
agora, o PIS e COFINS, recuperáveis em igual período, no valor total de R$ 
41.625,00, sendo deste valor relativamente ao PIS = R$ 7.425,00 e COFINS 
= 34.200,00. Temos os seguintes registros contábeis: 
Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante – Imobilizado) ....
...................................... R$ 331.875,00 
Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – 
Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25 
Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante 
– Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75 
Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – 
Tributos Recuperáveis) .......... R$ 2.320,31 
Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – 
Tributos Recuperáveis) .......... R$ 5.104,69 
Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – 
Tributos Recuperáveis) .......... R$ 10.687,50 
Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante 
– Tributos Recuperáveis) .......... R$ 23.512,50 
Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00
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Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado,Intangível e Ativos Naturais
17. Como registrar contabilmente a 
aquisição de um software para gestão 
integrada da empresa? 
A aquisição de softwares para gestão integrada das empresas comu-
mente é com a compra efetiva da licença do programa e mensalmente 
há pagamentos para manutenção e suporte do mesmo, então temos dois 
momentos: 
a) Registro contábil da aquisição da licença do software: 
 • Débito – Softwares para Uso Gerencial (Intangível - Ativo Não 
 Circulante) 
 • Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante)
b) Registro contábil da manutenção ou suporte mensalmente: 
 • Débito – Despesas com Softwares – Manutenção (Conta de 
 Resultado) 
 • Crédito – Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) 
47
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
18. Como registrar contabilmente a 
plantação de árvores para vender o insumo 
para a indústria de papel e celulose? 
Os ativos que serão registrados não estão contemplados pelos CPC 29 – 
Ativo Biológico, respeitando o não alcance constantes nos itens 1 a 5 do 
pronunciamento. 
Suponha que a empresa MLFG Indústria de Madeiras S.A tenha planta-
do 90.000 (noventa mil) árvores, ao custo de R$ 50.500,00 (cinquenta mil 
e quinhentos reais), para vendê-las à uma indústria de papel e celulose 
após sua extração. 
Assim, teremos o seguinte registro contábil: 
Débito – Recursos Florestais (Ativo Não Circulante) 
Crédito – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
48
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
19. Como registrar contabilmente 
benfeitorias em bens de terceiros? 
É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro-
priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens 
móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe-
lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado, 
construído, com objetivo de ajustá-lo às necessidades de utilização da 
empresa. 
Regra geral, essas benfeitorias são feitas em bens, móveis ou imóveis, de 
propriedade da própria empresa (ou entidades, com ou sem fins lucra-
tivos), porém, é muito comum as empresas utilizarem bens de proprie-
dade de terceiros para o desenvolvimento de suas atividades por meio 
de contrato de locação, arrendamento ou comodato. 
Ao longo do período de utilização do bem de propriedade de terceiros 
poderá ser necessária à realização de benfeitorias por conta do locatário, 
arrendatário ou comodatário, para as quais não haja a previsão de ressar-
cimento ou compensação por parte do proprietário do bem, ou, mesmo 
havendo, seja o ressarcimento ou compensação apenas parcial.
Quando essas benfeitorias não alteraram nenhuma característica do bem 
nem lhe atribua acréscimo de vida útil, normalmente são registradas 
como despesa de manutenção e conservação. 
Por sua vez, a realização de benfeitorias com valor relevante e vida útil 
superior a 1 (um) ano, que se fossem realizadas em bens próprios seriam 
agregadas ao custo do bem no “Ativo Imobilizado (AI)” ou fariam parte de 
obras civis e benfeitorias, passando também a integrar o “Ativo Imobiliza-
do (AI)” da empresa, figurando na conta contábil “Benfeitorias em Bens 
de Terceiros (AC)”. 
Em resumo, as benfeitorias em bens de terceiros que ora analisaremos:
49
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
 • são obras de valor relevante e vida útil superior a 1 (um) ano 
 realizadas em bens locados, arrendados ou recebidos em como 
 dato; 
 • integram o subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)”, do grupo “Ativo 
 Não Circulante (ANC)”, do Balanço Patrimonial (BP) da empresa; 
 • não têm previsão de ressarcimento ou compensação pelo real 
 proprietário do bem. 
É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro-
priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens 
móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe-
lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado, 
construído, com o
Conforme dispõe o Parecer Normativo CST nº 104/1975, quando as ben-
feitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil igual ou inferior a 1 (um) 
ano ou se tratarem de despesas de conservação e reparos, tal como pin-
tura de imóvel, manutenção de máquina para deixá-la em condição de 
uso, os custos correspondentes deverão ser contabilizados diretamente 
como despesas operacionais, dedutíveis. 
Já quando as benfeitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil superior a 
1 (um) ano, salvo disposições especiais, deverão ser registradas em conta 
do subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)” para ser depreciado ou amortizado, 
conforme o caso.
No que se refere aos tipos de benfeitorias, prescreve o artigo 96 do Códi-
go Civil (CC/2002) que elas podem ser: 
a) necessárias: benfeitorias necessárias são àquelas que se destinam 
à conservação do bem ou que evitem que ele se deteriore, tais como: 
i) reparos do telhado de um imóvel; ii) reparos no motor de um camin-
hão; iii) a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados de 
um máquina; iv) etc. Portanto, esse tipo de benfeitoria tem característica 
básica de manutenção ou conserto, simplesmente;
50
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
b) úteis: benfeitorias úteis são as obras que aumentam ou facilitam o 
uso do bem, tais como: i) a construção de garagem em um imóvel; ii) a 
instalação de grades protetoras numa máquina; iii) o fechamento de uma 
varanda de um imóvel; iv) etc. Esse tipo de benfeitoria torna o bem mais 
confortável, seguro, bem como ampliam sua utilidade;
c) voluptuárias: as benfeitorias voluptuárias são àquelas de mero de-
leite ou recreio, que não aumentam ou facilitam o uso habitual do bem 
(não se enquadram nas letras “a” e “b”), ainda que o tornem mais agradáv-
el ou sejam de elevado valor, tais como as seguintes benfeitorias real-
izadas em imóveis: i) obras de jardinagem, de decoração ou alteração 
meramente estética como cerca viva; ii) colocação de coluna romanas 
no hall de entrada; iii) construção de lago para embelezamento do local; 
iv) etc. 
Registra-se que, conforme Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), salvo 
expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias 
introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem 
como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o 
exercício do direito de retenção pelo locatário. 
As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levan-
tadas pelo locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a 
estrutura e a substância do imóvel.
A título de exemplo, suponhamos que a empresa fictícia MLFG Indústria 
e Comércio de Eletrônicos Ltda., empresa com sede no Município de Belo 
Horizonte/MG, alugou um imóvel pelo prazo contratual de 5 (cinco) anos 
para instalação de uma filial (unidade fabril), mas que, para poder efe-
tivamente utilizar o mesmo em suas atividades operacionais necessita 
instalar um galpão extra para o setor administrativo que ficará agregado 
definitivamente ao imóvel.
51
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
No que se refere às informações da obra, temos os seguintes dados: 
• Dados da benfeitoria: o galpão foi construído nos primeiros 6 
 (seis) meses de aluguel, tendo vida útil superior ao prazo de 
 utilização restante; 
• Valor gasto com a benfeitoria: R$ 130.000,00 (cento e trinta 
 mil reais); 
• Valor do ressarcimento: R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), 
 dedutíveis/compensáveis/ressarcíveis do valor das 48 (quarenta 
 e oito) últimas prestações do aluguel, em parcelas iguais e 
 sucessivas; 
• Valor do aluguel: 60 (sessenta) mensalidades de R$ 3.500,00 
 (três mil e quinhentos reais) cada; 
• Dados das primeiras mensalidades: as 12 (doze) primeiras 
 mensalidades seriam no valor de R$ 3.500,00(três mil e quinhentos reais) cada. 
Durante a construção do galpão, a MLFG registrou os gastos incorridos 
na conta “Imobilizado em Andamento (AI)”, no subgrupo “Ativo Imobiliza-
do (AI)”. Assim, após a conclusão da obra, o custo da construção deverá 
ser transferido para a conta defi nitiva do “Ativo Imobilizado (AI)”, relativa-
mente à parcela não ressarcível, ou “Realizável a Longo Prazo (RLP)”, rela-
tivamente à parcela ressarcível.
52
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
 a) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um 
 galpão em propriedade de terceiros: 
 Débito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado) 
 .................130.000,00 
 Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) 
 ................. 130.000,00
 b) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um 
 galpão em propriedade de terceiros:
 • Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão 
 (Ativo Imobilizado) ......................... 91.000,00 
 • Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão (Ativo Não 
 Circulante – Realizável a Longo Prazo) .............................39.000,00 
 • Crédito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado)
 ............................................................. 130.000,00
Atenção para as observações: 
• Valor correspondente aos R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais) que serão 
ressarcidos pelo locador, ou seja, 30% (trinta por cento) de R$ 130.000,00 
(cento e trinta mil reais). 
• À medida que for se aproximando a época do ressarcimento, deverá 
ser transferido parcelas do “Realizável a Longo Prazo (RLP)” para o “Ativo 
Circulante (AC)”, observando-se a seguinte regra: 
 a) no grupo “Ativo Circulante (AC)” deverá figurar as parcelas 
 ressarcivéis ATÉ o término do exercício seguinte; 
 b) no subgrupo Realizável a Longo Prazo (RLP), do grupo “Ativo Não 
 Circulante (ANC)”, deverá figurar as parcelas ressarcíveis APÓS o térmi 
 no do exercício seguinte.
53
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
20. Como registrar contabilmente os 
valores relativamente a DEPRECIAÇÃO, 
AMORTIZAÇÃO E/OU EXAUSTÃO dos bens? 
Sergio Iudicibus conceitua a depreciação, em vários momentos, como 
sendo: 
“(...) a depreciação é simplesmente a diferença entre o valor de mercado do 
equipamento no fim e no início do período.”
Iudicibus, continua: 
“(...) Na prática e, mais ainda, dentro dos princípios atuais, conquanto se pos-
sa discutir a depreciação à luz de várias abordagens (inclusive linearmente 
à metodologia de fluxos descontados), é a amortização do custo “racional” 
utilizado. Não se trata, assim, de um processo valorativo, mas meramente 
alocativo de custos passados para despesa deos períodos futuros... de forma 
sistemática e racional... Entretanto, podemos talvez assegurar muito mais a 
sistematicidade do que a racionalidade.” 
54
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
A depreciação é, sem dúvida, uma questão matemática e por isso ressal-
tamos os grupos dos métodos existentes na literatura contábil: 
 • método de quotas constantes; 
 • métodos de quotas variáveis; 
 • métodos de quotas crescentes; 
 • métodos de quotas decrescentes;
O método de quotas constantes, o mais conhecido na prática, e matem-
aticamente alocado como linha reta, repousa nas seguintes premissas 
principais: 
 • depreciação é função do tempo, e não do uso; 
 • não se leva em conta o fator custo de capital; 
 • a eficiência do equipamento é constante durante os anos.
Conforme o item 45 do CPC 27 – Ativo Imobilizado, um componente sig-
nificativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de 
depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação 
de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes po-
dem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação. Aplicável tanto 
para depreciação, como para amortização, bem como para exaustão. 
55
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Agora vamos a exemplos práticos de contabilizações, no entanto, an-
tes de iniciarmos a materialização do assunto é necessário destacar 
que podemos ter dois modelos de registros e impactos: SOCIETÁRIO e 
TRIBUTÁRIO. 
No contexto SOCIETÁRIO podemos adotar os métodos expostos acima 
e, sobretudo, a vida útil de cada bem considerando um estudo específ-
ico de função do tempo, eficiência e outros critérios relevantes para a 
existência material e imaterial dos bens. Com tal, poderemos mensurar 
a taxa de depreciação com base em métodos matemáticos e realidade 
dos fatos.
Já no contexto TRIBUTÁRIO não podemos, necessariamente, adotar os 
métodos acima, pois é necessário seguir taxas e tempo de vida útil con-
forme norma publicada pela Receita Federal do Brasil, há mais de 20 anos 
desatualizada. Claro, é possível adotar os métodos expostos no contexto 
societário, sim, desde que haja autorização prévia pela Receita Federal do 
Brasil, ou seja, não deixa de ser censurada pelo fisco. Portanto, na prática 
podemos obter o seguinte cenário: 
Bem Vida Útil –
Fiscal
Vida Útil –
Societária
Taxa de
Depreciação
Fiscal
Taxa de
Depreciação
Contábil
Registro
Contábil
será?
Veículo de
Transporte
4 anos8 anos
(com estudos
específicos
executados por
especialistas)
25% a.a. 12,5% a.a. O registro
contábil será
feito conforme
taxa de
depreciação
contábil.
56
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Agora sim, vamos a prática: 
Suponha que a Empresa MLFG Indústria de Produtos de Informática pos-
sui em seu ativo imobilizado os seguintes bens: 
a) Veículo de Transporte 
 • O custo do bem foi de R$ 250.000,00; 
 • A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 4 anos, por 
 tanto a taxa de depreciação será de 25% a.a.; 
 • Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário 
 será de: (250.000 x 25% a.a.)/12 = 5.208,33; 
 • Já no contexto societário, a vida útil será de 8 anos, e, 
 portanto, a taxa de depreciação será de 12,5% a.a.; 
 • Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal 
 será de: (250.000 x 12,5% a.a.)/12 = 2.604,16;
b) Máquinas para o Processo industrial 
 • O custo do bem foi de R$ 400.000,00; 
 • A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 10 anos, 
 portanto a taxa de depreciação será de 10% a.a.; 
 • Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário 
 será de: (400.000 x 10% a.a.)/12 = 3.333,33; 
 • Já no contexto societário, a vida útil será de 16 anos, e, 
 portanto, a taxa de depreciação será de 6,25% a.a.; 
 • Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal 
 será de: (400.000 x 6,25% a.a.)/12 = 2.083,33;
 
57
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
Agora vamos a contabilização mensal relativamente a depreciação, e as 
considerações das diferenças entre as taxas efetivamente no registro: 
 i. Registro contábil da depreciação, no contexto societário: 
 
 • Débito – Despesa/Custo com Depreciação/Amortização/Ex 
 austão ............................................................................................ 4.687,49 
 • Débito – PIS a Recuperar .................................... “valor a definir 
 conforme regra tributária” 
 • Débito – COFINS a Recuperar ............................ “valor a definir 
 conforme regra tributária” 
 • Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Veículos 
 (Ativo Imobilizado – Não Circulante) ..................................... 2.604,16 
 • Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Máquinas e 
 Equipamentos (Ativo Imobilizado – Não Circulante) 
 ............................. 2.083,33
 ii. Caso a empresa apure o IRPJ e CSLL pelo Lucro Real, logo 
 teremos o seguinte: 
 • Considerando que a despesa reconhecida foi somente relativa- 
 mente ao contexto societário,temos uma diferença que precisa ser 
 reconhecida, ainda, para que seja computado no lucro real; 
 • Reconhecido contabilmente, acima, foi de R$ 4.687,49; 
 • Fiscalmente é permitido a dedutibilidade de R$ 8.541,66; 
 • Logo, a diferença não precisa ser contabilizada, mas registra 
 da no Livro de Apuração do Lucro Real, especificamente na 
 Escrituração Contábil Fiscal (projeto SPED – Sistema Público de 
 Escrituração Digital), no montante de R$ 3.854,17, como exclusão 
 ao lucro, imprimindo assim, inserção de despesa fiscal na apuração 
 do lucro real. 
58
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo 
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais
59
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
Capítulo 4
FATOS CONTÁBEIS INVESTIMENTOS 
EM PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM 
SOCIEDADES EMPRESARIAIS 
60
Fatos Contábeis Investimentos em Participações 
Permanentes em Sociedades Empresariais
21. Como registrar contabilmente 
investimentos feitos em uma outra empresa, 
caracterizando participação societária na 
condição de Controladora?
A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle 
será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS. 
Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic-
ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra 
vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando 
ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as 
parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor-
mativa SRF nº 1515/2014). 
 
Assim, teremos o seguinte registro contábil: 
 • Débito – Participações Permanentes em Controladas – No País 
 (Ativo Não Circulante – Investimentos) 
 • Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante)
61
Fatos Contábeis Investimentos em Participações 
Permanentes em Sociedades Empresariais
22. Como registrar contabilmente 
investimentos feitos em uma outra empresa, 
caracterizando participação societária na 
condição de Coligada? 
A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle 
será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS. 
Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic-
ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra 
vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando 
ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as 
parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor-
mativa SRF nº 1515/2014). 
 
Assim, teremos o seguinte registro contábil: 
 • Débito – Participações Permanentes em Coligadas – No País 
 (Ativo Não Circulante – Investimentos) 
 • Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 
62
Fatos Contábeis Investimentos em Participações 
Permanentes em Sociedades Empresariais
23. Quando há lucros ou prejuízos nos 
investimentos feitos, sejam nas condições de 
COLIGADAS ou CONTROLADAS, como registrar 
contabilmente? 
A participação societária em outras empresas, podem gerar resultados 
positivos ou negativos, e podem ser avaliadas por dois métodos: 
• método do custo; 
• método de equivalência patrimonial
Assim, teremos o seguinte registro contábil:
a) quando houver ganho de capital na participação societária, pelo 
método de equivalência patrimonial: 
 Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Permanentes 
 em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) 
 Crédito – Resultados Positivos em Participações Societárias Avalia 
 das pelo Método de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado 
 – Outras Receitas Descontinuadas)
63
Fatos Contábeis Investimentos em Participações 
Permanentes em Sociedades Empresariais
b) quando houver ganho de capital na participação societária, pelo 
método de custo: 
 
 Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Perma 
 nentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante 
 – Investimentos) 
 Crédito – Lucros e Dividendos Derivados de Participações Soci- 
 etárias Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado – 
 Outras Receitas Descontinuadas)
c) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de 
equivalência patrimonial: 
 
 Débito – Resultados Negativos em Participações Societárias 
 Avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial 
 (Conta de Resultado – Outras Despesas Descontinuadas) 
 Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em 
 Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) 
d) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de 
custo: 
 Débito – Prejuízos Derivados de Participações Societárias 
 Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado – Outras 
 Despesas Descontinuadas) 
 Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em 
 Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos)
64
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens
65
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
Capítulo 5
FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS 
OPERAÇÕES DE VENDAS NO CARTÃO 
DE CRÉDITO E DÉBITO, VENDAS POR 
DUPLICATAS E OPERAÇÕES COM 
FACTORING (FOMENTO MERCANTIL) 
66
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
24. Venda realizada através de cartão 
de crédito e débito, como registrar 
contabilmente? 
• Débito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber 
• Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias/ Venda de 
 Produtos /Prestação de Serviços 
A realização da venda através de cartão de crédito ou débito acontece 
conforme disponibilização do vendedor como uma forma de recebi-
mento, como se fosse uma duplicata, ou até mesmo um boleto, assim o 
controle do recebimento acontecerá através de recurso destinado pela 
operadora fi nanceira, desta forma necessitará de um extrato para tal pro-
cedimento e esse, necessariamente, será conciliado. 
67
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
25. Como será contabilizado o recebimento 
dos recursos das vendas realizadas através 
de cartões de créditos e débitos? ? 
 • Débito – Bancos conta movimento 
 • Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos 
 (Despesas Financeiras) 
 • Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber 
Geralmente orientamos que a operação de recebimento deverá ser 
registrada por lote de recebimentos, e a conciliação deverá ser feita 
através de composições de saldos, ou seja, uma aglomeração de valores 
relativas as vendas recebidas em um registro somente de recebimento.
26. Como será contabilizado a TARIFA 
das vendas realizadas através de cartões 
de crédito e débitos, INDEPENDENTE do 
recebimento??
 • Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos 
 (Despesas Financeiras) 
 • Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber 
O registro contábil reduz o valor a receber, e não extraí valores do 
disponível líquido, BANCOS DIRETAMENTE, pois somente efetivará o 
não recebimento ou propriamente o “pagamento”, quando o recurso 
efetivamente não for recebido.
68
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
27. Contabilização das operações de 
desconto de duplicatas no valor de 
R$ 20.000,00, sendo que os encargos 
respectivos foram de R$ 1.000,00; como 
ocorrerão? 
 
a) Pelo registro contábil do desconto creditado em conta corrente: 
 • Débito – Bancos Conta Movimento 
 • Crédito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 
 • Valor R$ 20.000,00 
b) Pelo registro contábil do débito bancário, relativo a jurose encar-
gos sobre a operação de desconto de duplicatas: 
 • Débito – (-) Encargos Financeiros a Apropriar (Passivo Circulante) 
 • Crédito – Bancos Conta Movimento 
 • Valor R$ 1.000,00
c) Pelo registro contábil da liquidação da duplicata descontada pelo 
cliente: 
 • Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
 • Crédito – Duplicatas a receber (Ativo Circulante)
 • Valor R$ 20.000,00
69
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
28. Qual o motivo de registrar as 
duplicatas descontadas no passivo 
circulante? 
 
A operação de desconto de uma duplicata é uma operação financei-
ra onde a empresa, detentora de um crédito (“Duplicatas a Receber”, “Cli-
entes” etc) antecipa seu recebimento junto ao banco, que cobra juros por 
essa operação. 
A empresa assume responsabilidade solidária em relação a esta duplica-
ta descontada. Ou seja, caso o cliente não realize o pagamento das dupli-
catas junto ao banco a empresa será cobrada solidariamente. 
A classificação da conta “Duplicatas Descontadas” sofreu alteração após 
a Lei 11.941/09. Antes era classificada como Retificadora das contas “Du-
plicatas a Receber” do Ativo Circulante. Agora é classificada no Passivo 
Exigível, visto que se trata de verdadeiro financiamento bancário. 
29. Caso o cliente não liquidar a duplicata 
que antes foi debitada pelo banco, na re-
spectiva operação de duplicatas antecipa-
das, como será o registro contábil? 
 
 • Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 
 • Crédito – Banco Conta Movimento 
Basicamente acontecerá a devolução do recurso, em tese, do recurso re-
cebido.
70
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
30. Como será apresentado a estrutura 
patrimonial do grupo de contas de 
Duplicatas Descontadas? 
 
 Passivo Circulante ..................................................80.000,00 
 Duplicatas Descontadas................................... 100.000,00 
 (-) Encargos Financeiros a Apropriar............... (20.000,00) 
Basicamente os valores serão apresentados conforme contratos de duplica-
tas descontadas, e assim constituídos conforme cada operação, porém no 
geral, será desta forma.
31. Como funcionará a movimentação dos 
encargos financeiros a apropriar? 
Os encargos financeiros pagos antecipadamente, como é o caso de des-
conto de duplicatas, devem ser apropriados pelo período a que compe-
tirem. 
Desta forma teremos: 
Exemplo: 
Juros debitados em desconto de duplicata de R$ 290,00, relativa ao perío-
do de 29 dias. O desconto foi efetuado em 20.11 e a duplicata vencerá em 
19.12: 
Nota: nos cálculos de rateio de encargos financeiros, considera-se o dia 
da operação e exclui-se o dia do vencimento.
71
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
Lançamento por ocasião do desconto: 
 D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante) 
 C – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante) 
 Valor: R$ 290,00
No balancete de 30.11, se apropriará a despesa financeira proporcional, 
relativa ao período de 20.11 a 30.11: 
Despesa financeira relativa a 11 dias de novembro: 
R$ 290,00 dividido por 29, vezes 11, igual a R$ 110,00. 
Despesa financeira a transcorrer de 01.12 a 19.12 (18 dias, porque no cál-
culo de rateio exclui-se o dia do vencimento do título): 
R$ 290,00 – R$ 110,00 = R$ 180,00. 
Contabilização relativa à transferência da despesa financeira incorrida 
em novembro: 
 D – Juros sobre Desconto de Duplicatas (Conta de Resultado) 
 C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante) 
 Valor: R$ 110,00 
 
Em dezembro, faz-se lançamento semelhante, só que com o valor do sal-
do dos encargos a apropriar (R$ 180,00). 
72
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, 
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)
73
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
Capítulo 6
FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE
AS OPERAÇÕES DE SERVIÇOS 
TOMADOS/PRESTADOS COM 
RETENÇÕESTRIBUTÁRIAS
74
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
32. Qual a dica inicial para entender os 
registros contábeis dos serviços, sejam 
tomados ou prestados? 
 
Geralmente costumamos ensinar com a seguinte dica: 
 • Todos os serviços TOMADOS, os tributos retidos deverão ser 
 RECOLHIDOS; 
 • Todos os serviços PRESTADOS, os tributos retidos deverão 
 ser COMPENSADOS;
33. Como será o registro contábil do SERVIÇO 
TOMADO com tributos retidos? 
 
 • Débito – Serviços Tomados de Pessoa Jurídicas (Despesas) 
 • Crédito – Banco Conta Movimento/Fornecedores 
 • Crédito – ISS a Recolher 
 • Crédito – IRRF a Recolher 
 • Crédito – CSRF a Recolher 
 • Crédito – Outros Tributos Retidos a Recolher 
75
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
De forma simples, os serviços tomados, no momento da retenção tribu-
tária irão gerar uma obrigação, e assim, os valores pagos efetivamente 
serão menores do que o valor da efetiva despesa, pois a diferença será 
repassada para o governo, seja em qualquer esfera municipal ou federal. 
34. Como será o registro contábil do SERVIÇO 
PRESTADO com tributos retidos? 
 • Débito – Bancos Conta Movimento/Clientes 
 • Débito – ISS a Compensar 
 • Débito – IRRF a Recuperar 
 • Débito – PIS Retido a Recuperar 
 • Débito – COFINS Retido a Recuperar 
 • Débito – CSLL Retida a Recuperar 
 • Crédito – Receita da Prestação de Serviços 
De forma simples, os serviços prestados, no momento da retenção 
tributária irão gerar um direito, e assim, os valores expostos de tributos a 
recuperar serão efetivamente compensados no processo de recolhimen-
to periódico.
76
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
77
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
Capítulo 7
FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS 
FATURAS DE CONSUMO (CONSUMO DE 
ÁGUA, TELEFONE, INTERNET, ENERGIA 
ELÉTRICA ETC.)
78
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
35. Como registrar contabilmente o 
consumo de água? 
 • Débito – Despesa com Consumo de Água (parte relativamente a 
 gastos administrativos) 
 • Débito – Custo com Consumo de Água (parte relativamente a 
 gastos do processo produtivo) 
 • Crédito – Consumo de Água a Pagar 
36. Como registrar contabilmente o 
consumo de telefone? 
 • Débito – Despesa com Consumo de Telefone (parte relativa 
 mente a gastos administrativos)
 • Débito – Custo com Consumo de Telefone (parte relativamente 
 a gastos do processo produtivo)
 • Crédito – Consumo de Telefone a Pagar
79
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
37. Como registrar contabilmente o 
consumo de internet? 
• Débito – Despesa com Consumo de Internet 
 (parte relativamente a gastos administrativos)
• Débito – Custo com Consumo de Internet (parte relativamente a 
 gastos do processo produtivo)
• Crédito – Consumo de Internet a Pagar
80
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
38. Como registrar contabilmente 
o consumo de energia elétrica para 
empresas que podem recuperar os tributos 
envolvidos? 
 • Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica 
 (parte relativamente a gastos administrativos) 
 • Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica 
 (parte relativamente a gastos do processo produtivo) 
 • Débito – Tributos a Recuperar (PIS, COFINS eICMS) – 
 (Ativo Circulante) 
 • Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar 
Desta forma, podemos notar que há o envolvimento do direito da recu-
peração do tributo em virtude da norma fiscal/tributária, assim, os va-
lores a reconhecer na despesa ou no custo serão valores a menor do que 
o efetivamente consumido, pois a diferença será compensada, através de 
tributos embutidos no consumo, diretamente na apuração fiscal periód-
ica. 
81
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
39. Como registrar contabilmente o 
consumo de energia elétrica para empresas 
que não podem recuperar os tributos 
envolvidos? 
• Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica 
 (parte relativamente a gastos administrativos) 
• Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica 
 (parte relativamente a gastos do processo produtivo)
• Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar 
82
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, 
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)
83
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
Capítulo 8
FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE 
AS RECEITAS DAS REVENDAS DE 
MERCADORIAS, VENDAS DE PRODUTOS 
E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 
84
Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de 
Produtos e Prestações de Serviços
40. Como registrar contabilmente as 
revendas de mercadorias? 
 • Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento 
 • Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias 
Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas 
nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so-
bre as vendas. 
Somente em tópicos posteriores.
41. Como registrar contabilmente as 
vendas de produtos industrializados?
 • Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento 
 • Crédito – Receita da Venda de Produtos Produzidos 
Não iremos apresentar os registros de custos dos produtos vendidos nesse 
tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos sobre as 
vendas. 
Somente em tópicos posteriores. 
85
Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de 
Produtos e Prestações de Serviços
42. Como registrar contabilmente as 
prestações de serviços? 
• Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento 
• Crédito – Receita da Prestação de Serviços
Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas 
nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so-
bre as vendas. 
Somente em tópicos posteriores.
86
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
87
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços 
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias
Capítulo 9
FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE A 
FOLHA DE PAGAMENTO 
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Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento
43. O registro contábil do adiantamento da 
folha de pagamento, como será? 
 • Débito – Adiantamento de salários (Ativo Circulante)
 • Crédito – Banco Conta Movimento
Lembrando que o adiantamento é efetuado, muitas vezes, de forma quin-
zenal, ou até o dia 20 de cada mês, a depender da política da empresa ou 
da categoria, e caso o empregado opte por tal procedimento. 
44. Porque registrar contabilmente 
as PROVISÕES DE NATUREZA TRABALHISTAS, 
relativamente a FÉRIAS e DÉCIMO TERCEIRO 
SALÁRIOS, se ainda não foram efetivamente 
concretizados? 
O item 10 da NBCTG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativo Con-
tingentes, bem como o mesmo item do CPC 25, com a mesma nomen-
clatura da norma citada, informa o seguinte: 
(...) 
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. 
(...) 
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Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento
O item 11, da mesma norma, continua: 
As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pa-
gar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque 
há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para 
a sua liquidação. Por contraste: 
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços 
fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acor-
dados com o fornecedor; e 
(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são 
passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não 
tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, 
incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados 
com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar 
o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do 
que nas provisões. 
Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são fre-
quentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as 
provisões são divulgadas separadamente.
Desta forma, entendemos que as Férias e Décimo Terceiros respeitam tais 
critérios, além do item 14, 15, 16 e 17 da mesma norma, e assim devem ser 
reconhecidas mensalmente, mesmo não havendo gozo das férias e até 
mesmo o pagamento efetivo do décimo terceiro salário, porém o recon-
hecimento paulatino, tempestivo, e evolutivo do processo de reconheci-
mento da obrigação da empresa e direito do empregado, é fato.
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45. O registro contábil da provisão de 
natureza trabalhista das férias, como será? 
 
 • Débito – Despesa com Férias 
 • Débito – Custo com Férias 
 • Crédito – Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza 
 Trabalhista) 
O registro contábil das provisões de natureza trabalhista é realizado em 
respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, 
tais como:
 Competência 
 Prudência 
 Tempestividade
Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta 
de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de 
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.
 
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46. O registro contábil do INSS sobre 
a provisão de natureza trabalhista das 
férias, como será? 
 
 Débito – Despesa com INSS 
 Débito – Custo com INSS 
 Crédito – INSS sobre Férias (Passivo Circulante – 
 Provisões de Natureza Trabalhista) 
O registro contábil do INSS sobre Férias, classificado no mesmo grupo de 
contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito a 
alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:
 Competência 
 Prudência 
 Tempestividade
Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta 
de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de 
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.
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47. O registro contábil do FGTS sobre 
a provisão de natureza trabalhista das 
férias, como será? 
 
 • Débito – Despesa com FGTS 
 • Débito – Custo com FGTS 
 • Crédito – FGTS sobre Férias (Passivo Circulante – Provisões de 
 Natureza Trabalhista) 
O registro contábil do FGTS sobre Férias, classificado no mesmo grupo 
de contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito 
a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:
 Competência 
 Prudência 
 Tempestividade
Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta 
de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de 
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo. 
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48. O registro contábil da provisão de 
natureza trabalhista do décimo terceiro 
salário, como será? 
 
 Débito – Despesa com Décimo Terceiro Salário 
 Débito – Custo com Décimo Terceiro Salário 
 Crédito – Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante – Provisões 
 de Natureza Trabalhista) 
O registro contábil do Décimo Terceiro Salário, classificado no mesmo 
grupo de contas das

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