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descomplicando o setor contábil 101 perguntas erespostas Ficha catalográfi ca: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Lima Filho, Marcos Antonio Monte de Descomplicando o setor contábil : 101 perguntas e respostas / Marcos Antonio Monte de Lima Filho, Fellipe Matos Guerra. -- 1. ed. -- Fortaleza, CE : Tributário online responde, 2021. ISBN 978-65-994059-3-8 1. Contabilidade - Estudo e ensino I. Guerra, Fellipe Matos. II. Título. 21-73523 CDD-657.07 Índices para catálogo sistemático: 1. Contabilidade : Estudo e ensino 657.07 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129 descomplicando o setor contábil 101 perguntas erespostas O mercado vem simplifi cando a operação contábil através da tecnologia e automação dos processos, o que repercute em uma oferta de serviços a preço mais baixo. Deste modo, o que se parece é que este é um serviço simples. Entretanto, a Contabilidade é uma ciência ampla e constituída de princípios, normas e legislações complexas. Dominar e compreender as transações contábeis e suas nuances sobre outros setores, como o fi scal e o departamento pessoal, por vezes, pode- se traduzir em uma árdua tarefa, já que, além de complexa, a linguagem contábil pode ser complicada. Tão verdade é que um profi ssional contábil que compreenda os atos e fatos em sua completude é inabitual. O Descomplicado o Setor Contábil – 101 perguntas e respostas, cumpre com excelência a sua missão de facilitar o entendimento do setor Contábil. Contemplando os principais questionamentos desde o processo de abertura de uma empresa a escrituração e defi nição de operações não usais, este material torna-se um guia capaz de auxiliar aos mais diversos tipos de profi ssionais da área. Tem-se convicção da contribuição dessa obra, primeiramente, pela abrangência das dúvidas que são esclarecidas ao longo do livro, assim como pela competência dos nobres professores que a fi zeram Catarina Amaral PREFÁCIO Sumário Fatos Contábeis do Início da Empresa Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Fatos Contábeis Investimentos em Participações Permanentes em Sociedades Empresariais Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de Produtos e Prestações de Serviços Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e Financiamentos Defi nições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras 1 09 19 33 59 65 73 77 83 87 103 111 123 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 2 9 Fatos Contábeis do Início da Empresa Capítulo 1Capítulo 1 FATOS CONTÁBEIS DO INÍCIO DA EMPRESA 10 Fatos Contábeis do Início da Empresa 1. Os registos dos fatos contábeis precisam respeitar quais regras? Conforme o CPC 00 (R2) – Estrutura conceitual para relatório financeiro, aprovado pela norma NBC TG Estrutura Conceitual, especificamente no item 1.17, os registros contábeis deverão seguir o regime de competência, ou seja, os fatos contábeis devem ser registrados contabilmente independente dos seus pagamentos ou recebimentos. As regras de procedimentos estão dispostas da seguinte forma: a) Inicialmente pela lei 6.404/1976 e todas as alterações posteriores; b) Normas Brasileiras de Contabilidade, cuja estrutura está regulamentada pela Resolução CFC n° 1.328/2011; c) Pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis; d) Código de Ética Profissional do Contador; e) Diversas outras normas técnicas secundárias; 11 Fatos Contábeis do Início da Empresa 2. Como elaborar o plano de contas adequado para a empresa? Embora a estrutura base não varie muito, a modelagem pode ser personalizada por empresa. Isso porque é preciso atender as necessidades de análises e suporte a tomada de decisão pelos gestores. Logicamente, esse é um processo de construção que não termina nunca e sempre vai se complementando. Por exemplo, é comum que uma empresa inicie com um plano de contas simplifi cado e evolua de acordo com sua maturidade de gestão. Entretanto, é fundamental que o plano de contas atenda pelo menos cinco grandes grupos: a)Ativos: são todos os recursos econômicos presentes controlados pelas entidades como resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. b)Passivos: obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados. c)Patrimônio Líquido: participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. 12 Fatos Contábeis do Início da Empresa d)Receitas: são transferências de propriedades materiais ou imateriais que necessariamente tenham aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumento no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio. e)Despesas: reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio. Para a devida organização hierárquica das contas dispostas na estrutura, contendo os quatro grandes grupos, é necessário entender a disposição das contas entre SINTÉTICAS e ANALÍTICAS. Dando sequência, dentro de cada um dos grupos acima são criadas as Contas Sintéticas (ou contas agrupadoras), que, por sua vez, são detalhadas em subcontas, também conhecidas como Contas Analíticas. A complexidade ou não do plano dependerá diretamente do objetivo da empresa e da complexidade de suas operações. A escolha por um plano de contas simplificado ou completo também deve levar em consideração as ferramentas e dados disponíveis. Isso porque não adianta ter uma estrutura completa se não será possível fazer acompanhamento ou, ainda, não poderá obter resultados e análises de forma rápida e fácil. 13 Fatos Contábeis do Início da Empresa 3. Como registrar o capital social na abertura da empresa? Para registrar o capital social, contabilmente, independente do tipo societário da pessoa jurídica, ou seja, respeitando o ato constitutivo, serão em dois momentos: a)Subscrição do capital social: o fato ocorre no momento da assinatura do ato constitutivo, na promessa dos sócios (seja pessoa física ou pessoa jurídica) perante a empresa que está sendo constituída. Desta forma, teremos o seguinte registro contábil: Débito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) b)Integralização do capital social: o fato ocorre no momento da entrega, por parte dos sócios, do bem ou do direito a entidade. Desta forma, teremos o seguinte registro contábil: Débito – Caixa (Ativo Circulante) e/ou Débito – Estoque (Ativo Circulante) e/ou Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante) e/ou Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não Circulante) Crédito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) 14 Fatos Contábeis do Início da Empresa 4. Quando a empresa está em atividade, e não existia escrituração contábil, como fazer para iniciar os registros contábeis? É necessário destacar a necessidade de elaborar o Balanço de Abertura, que consiste objetivamenteem registrar contabilmente os saldos iniciais para não partir do “zero” patrimonialmente. O registro contábil dos dados iniciais, quando a empresa nunca manteve escrituração contábil será possível após levantar os seguintes dados: a) Saldos bancários, caixa, fundos fixos e aplicações financeiras; b) Contas a receber: duplicatas em aberto; cartões de crédito e cartões de débito a receber e outros meios de pagamento a receber; c) Estoque das mercadorias para revenda; estoque de insumos e produtos acabados, nos casos de indústrias; d) Relação dos bens tangíveis e intangíveis, contendo datas de aquisições, e cálculo da depreciação contábil projetado; e) Contas a pagar: fornecedores e outras duplicatas a pagar; f) Tributos a pagar: simples nacional a pagar; PIS e COFINS a recolher; IRPJ e CSLL a recolher; entre outros tributos a recolher; g) Empréstimos e Financiamentos a pagar; contratos financeiros ativos; 15 Fatos Contábeis do Início da Empresa É fundamental ressaltar que os saldos necessários serão os valores relativamente a transição do mês/ano calendário imediatamente anterior a implantação dos saldos. Exemplo: situação em que a empresa irá iniciar os registros contábeis em 01/01/2020, logo o saldo necessário para implantar será até a data do dia 31/12/2019, e assim sucessivamente. Temos o seguinte cenário, registrando os valores correspondentes aos devidos levantamentos: Débito – Caixa (Ativo Circulante) Débito – Contas a Receber (Ativo Circulante) Débito – Estoque (Ativo Circulante) Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante) Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não Circulante) Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) Crédito – Tributos a Recolher (Passivo Circulante) Crédito – Empréstimo e/ou Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante e/ou Não Circulante) Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) Crédito/Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados 16 Fatos Contábeis do Início da Empresa É importante destacar que não há registros em contas de resultado, sobretudo quando o registro do balanço de abertura é feito no início do exercício social, e logo não há saldos em contas de resultados. Agora, caso seja feito a implantação dos saldos no curso do exercício social, nesse caso será necessário levantar dados das contas de resultados: • Faturamento até o mês/período da implantação; • Custo da Mercadoria vendida até o mês/período da implantação; • Despesas gerais até o mês/período da implantação; 17 Fatos Contábeis do Início da Empresa 5. Como registrar contabilmente o Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)? As alterações trazidas na Lei das S/As pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009 não trataram especificamente dos adiantamentos para Futuro Aumento de Capital Social (AFAC). Todavia, estes devem ser tratados à luz do princípio da essência sobre a forma, assim, concluímos que: a) os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de Capital Social. Conforme segue: Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou Não Circulante) Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) (Patrimônio Líquido) b) caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo Não Circulante. Conforme segue: Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou Não Circulante) Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) (Passivo Não Circulante) 18 Fatos Contábeis do Início da Empresa 19 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Capítulo 2 FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS COMPRAS DE MERCADORIAS, INSUMOS E OUTROS ITENS 20 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 6. Qual o conceito de custo de aquisição e custo de transformação? O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade NBCTG 16 (R2), item 11: o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Ainda conforme a mesma norma, temos no item 12, o seguinte: Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas, equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta. 21 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 7. Como registrar contabilmente as compras das mercadorias para revenda e os tributos decorrentes das aquisições, se a empresa for optante pelo Simples Nacional? Considerando que as empresas optantes pelo Simples Nacional não têm direito a créditos tributários, na forma não cumulativa, por limitação normativa, temos que: • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou • Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) Agora, considerando o custo de aquisição, temos a incidência de diversos tributos, sobretudo o ICMS, no caso, a maioria dos estados atribuem as mercadorias adquiridas, geralmente de fora do estado, à incidência do ICMS Substituição Tributária ou ICMS Antecipado, assim teremos o seguinte registro contábil: • Débito – ICMS ST ou Antecipado (Ativo Circulante – Estoque) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou • Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) 22 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 8. Como registrar contabilmente as compras das mercadorias para revenda e os tributos decorrentes das aquisições, se a empresa for optante pelo Lucro Presumido? Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido, apuram PIS e COFINS, em regra, pela cumulatividade, temos que: • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) Desta forma, é notório que não há tributos a recuperar no processo de compra das mercadorias e outros materiais, quanto a PIS e COFINS. Entretanto além das contribuições teremos o ICMS na operação, em várias vertentes: ICMS Normal, ICMS Antecipado e ICMS Substituição Tributária, todos os casos em decorrência das aquisições das mercadorias. a) Em caso de ICMS Normal – não cumulatividade • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) • Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) • Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) 23 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Vamos exemplifi car um cenário: A Empresa FL Comércio de FrutasLTDA adquiriu mercadorias para revenda com o ICMS Recuperável, da seguinte forma: • Valor total da nota fi scal = R$ 150.000,00 • ICMS da operação = R$ 21.000,00 • A prazo Teremos o registro contábil: • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)... 150.000,00 • Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)... 21.000,00 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)... 150.000,00 • Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante)... 21.000,00 24 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque: • Estoque ................ 129.000,00 Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 150.000,00 (-) ICMS s/ Compras ...................................... (21.000,00) b) Em caso de ICMS pago antecipadamente, portanto, compondo a não cumulatividade, será recuperável e replicará os registros contábeis no item anterior. c) Em caso de ICMS Substituição Tributária, no caso de aquisições de fora do estado e recolhido para determinar o regime tributário no modelo de Substituição Tributária, inicialmente poderemos imaginar a possibilidade de registrar contabilmente em despesas tributárias, no entanto, seguindo as normas contábeis tal tributo somente existe em decorrência da aquisição das mercadorias, logo teremos o seguinte registro contábil: • Débito – ICMS ST (Estoque – Mercadorias - Ativo Circulante) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) 25 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 9. Como registrar contabilmente as compras das mercadorias para revenda quanto a PIS e COFINS não cumulativo? Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido, apuram PIS • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) • Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) • Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) • Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) • Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) 26 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Vamos exemplificar um cenário: A Empresa FL Comércio de Frutas LTDA adquiriu mercadorias para revenda com o PIS e COFINS Recuperáveis, da seguinte forma: • Valor total da nota fiscal = R$ 200.000,00 • PIS recuperável = 3.300,00 • COFINS recuperável = 15.200,00 • A prazo Teremos o registro contábil: • Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)... 200.000,00 • Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 3.300,00 • Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 15.200,00 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ... 200.000,00 • Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) ... 3.300,00 • Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) ... 15.200,00 27 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque: • Estoque ................ 181.500,00 Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 200.000,00 (-) PIS s/ Compras ...................................... (3.300,00) (-) COFINS s/ Compras .............................. (15.200,00) 10. Como registrar contabilmente a aquisição de materiais referente a uso e consumo? Considerando que materiais de uso e consumo são itens que serão utilizados tanto no processo operacional como no processo administrativo, temos que: Débito – Materiais de Uso e Consumo (Despesas ou Custos) Débito – ICMS Diferencial de Alíquota (Despesa Tributária) Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) Crédito – ICMS Diferencial de Alíquota a Recolher (Passivo Circulante) Os materiais de uso e consumo não utilizados tanto no ambiente administrativo (classificados como despesas operacionais) ou no processo produtivo, por exemplo, em caso de prestadores de serviços (classificados como custo do serviço prestado). Deverá ser observado a aplicação dos materiais para a melhor classificação contábil. 28 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 11. Como classificar e identificar contabilmente uma aquisição de itens que não fazem parte do estoque? Analisando o fato contábil, sobretudo, o documento de aquisição do item, é necessário averiguar a aplicação do mesmo, geralmente é interessante responder alguns questionamentos: a) Qual a necessidade do item? b) Valor do item? c) Quanto tempo de vida útil? d) Onde o item será aplicado especificamente? A depender das respostas aos questionamentos, será necessário a classificação contábil mais adequada, no entanto, há diversas variáveis que precisam ser expostas. Quanto a necessidade, deverá ser observado se os itens adquiridos, que não fazem parte do estoque, serão necessários para a atividade operacional ou administrativa. Quanto ao valor do item, há regras fiscais envolvidas, principalmente, para classificação contábil condicionada ao Regulamento do Imposto de Renda, mas o processo coerente para fins contábeis é analisar a essência sobre a forma da aquisição, portanto, classificar contabilmente, independentemente do valor em questão. 29 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Quanto ao tempo de vida útil é fundamental para não haver confusão da classifi cação entre o consumo, de fato, ou seja, diretamente em contas de resultado ou ativo. E por fi m, onde será aplicado especifi camente determinará a classifi cação contábil exata para a melhor compreensão da informação técnica e gerencial. O não entendimento de onde será aplicado o item adquirido poderá gerar informação equivocada e em uma análise horizontal ou vertical poderá prejudicar tomada de decisões futuras. Assim teremos o seguinte registro contábil: • Débito – Diversas Contas Contábeis (Despesas Operacionais e/ ou Custos Envolvendo a operação) • Débito – Tributos envolvidos (Despesa Tributária) • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) • Crédito – Tributos envolvidos a recolher (Passivo Circulante) Classifi car a conta contábil mais adequada conforme o plano de contas contábil da empresa. 30 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 12. Como registrar contabilmente o Custo da Mercadoria Vendida (CMV)? Reconhecer contabilmente é uma consequência da operação, bem como está exposto no item 34 da NBCTG 16 (R2): quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer. Continua o item 35 da NBCTG 16 (R2): Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, estoques usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os estoques alocados ao custo de outro ativo deve ser reconhecidos como despesa durante a vida útil e na proporção da baixa desse ativo. 31 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens O ideal, na prática, seria o reconhecimento conforme o desenvolvimento das operações, no entanto, o registro é reconhecido comumente de uma só vez, respeitando a lógica do inventário controlado pela empresa, ainda, seguimos a clássica regra contábil do estoque: Custo da Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras (-) Estoque Final Assim, oregistro contábil será executado conforme determinação dos valores na equação, e assim teremos o seguinte: • Débito – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado – CMV) e/ou • Débito – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado – CPV) e/ou • Débito – Custo do Serviço Vendido (Conta de Resultado – CSV) • Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) Fundamental destacar que se o registro no estoque foi feito com contas retificadoras, tal como apresentamos nas questões 8 e 9, teremos, ainda, que efetuar a baixa os tributos sobre compras: • Débito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) • Débito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) • Débito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo Circulante) • Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) 32 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 33 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Capítulo 3 FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS AQUISIÇÕES DE ATIVO IMOBILIZADO, INTANGÍVEL E ATIVOS NATURAIS E OUTROS ITENS 34 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 13. Como registrar contabilmente a aquisição de um ativo imobilizado com recuperação do ICMS, em 48 avos (CIAP – Controle do ICMS sobre o Ativo Permanente)? Inicialmente é necessário entender a definição do Ativo Imobilizado, conforme a NBCTG 27 (R4), é o item tangível que: a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e b) se espera utilizar por mais de um período. É a definição básica no ambiente contábil, mas é possível distinguir de definições tributárias conforme normativas tributárias, por exemplo: a) em casos gerais, o ativo imobilizado é definido em dois critérios: • Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou • Vida útil superior a um ano; b) em casos de Empresas optantes pelo Simples Nacional, temos critérios mais específicos: • Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou • Vida útil superior a um ano e • O bem não pode ser desincorporado antes do décimo terceiro mês; 35 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Logo, para exemplifi car teremos o seguinte fato: A Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para utilizar no processo produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de R$ 450.000,00, destaque do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que o ICMS é recuperável em 48 meses. Temos os seguintes registros contábeis: • Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante – Imobilizado) .......................................... R$ 373.500,00 • Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25 • Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75 • Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00 36 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais • O registro contábil respeita a definição do CUSTO de AQUISIÇÃO; • O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Circulante, foi calculado da seguinte forma: Valor do ICMS = R$ 76.500,00 Controle do CIAP em 48 meses, logo, teremos o seguinte: 76.500,00 / 48 Valor do ICMS Mensal = R$ 1.593,75 Quantidade de meses do curto prazo (Ativo Circulante), a partir de Outubro/2020 até o término do exercício social seguinte, conforme a NBC TG Estrutura Conceitual. Total de 15 meses para o Ativo Circulante. Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Circulante calculado foi de R$ 23.906,25. • O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Não Circulante, foi calculado da seguinte forma: Quantidade de meses do longo prazo (Ativo Não Circulante) será de 33 meses (a diferença entre 48 meses e 15 meses). Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Não Circulante calculado foi de R$ 52.593,75. 37 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 14. Aquisição de bem do Ativo Imobilizado, mediante pagamento com bem usado, como registrar contabilmente? A negociação comercial aqui tratada é caracterizada como uma “troca”, com ou sem torna em dinheiro (complementação em dinheiro). Porém, sob o ponto de vista contábil, o que temos, e assim deve ser contabilizado, são 2 (duas) transações distintas entre si, quais sejam, uma operação de: • venda de bem usado; e • compra de bem novo. Deverá registrar cada uma dessas operações separadamente, uma representando a baixa do bem dado em troca, e outra representando a entrada do bem recebido. Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu de uma concessionária, também localizada nesse mesmo Município, um caminhão novo no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) para uso do seu departamento de logística, dando como parte do pagamento outro caminhão usado pertencente a seu Ativo Imobilizado (AI) avaliado nessa negociação pelo valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). 38 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Suponhamos, também, que o valor do caminhão dado em pagamento esteja registrado na contabilidade (valor de compra) da empresa MLFG pelo valor de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais) e a depreciação acumulada do mesmo seja de R$ 100.000,00 (cem mil reais), assim, teremos a seguinte apuração do valor contábil do bem: Ativo Imobilizado ................. 120.000,00 • Valor da Compra do bem .............. 220.000,00 • (-) Depreciação Acumulada do bem ...... (100.000,00) Considerando essas informações hipotéticas, teríamos os seguintes lançamentos contábeis a serem realizados pela empresa MLFG por ocasião da aquisição de bem do Ativo Imobilizado (AI), mediante pagamento com bem usado: a) Registro contábil da baixa do custo de aquisição do bem usado dado como pagamento: • Débito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado (Resultado).................................................. 220.000,00 • Crédito – Veículos (Ativo Imobilizado)...... 220.000,00 b) Registro contábil da baixa da depreciação acumulada do bem usado dado como pagamento: • Débito – (-) Depreciação Acumulada do Veículo (Ativo Imobilizado)................................................100.000,00 • Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado (Resultado).................................................. 100.000,00 39 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais c) Pela aquisição do veículo adquirido novo, mediante pagamento com bem usado: • Débito – Veículo Novo (Ativo Imobilizado).........................350.000,00 • Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado (Resultado).................................................. 130.000,00 • Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) .............. 220.000,00 Assim, com tais registros contábeis temos os seguintes saldos: • Veículos (antigo), citado no item “a, saldo zero. • Depreciação acumulada (do veículo antigo), citado no item “b”, saldo zero. • Veículo Novo, citado no item “c”, saldo de R$ 350.000,00. • Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado, conta de resultado, constante em todas as operações, o saldo fi nal foi de R$ 10.000,00. • E por fi m, o saldo fi nal a pagar junto ao fornecedor fi cou em R$ 220.000,00. 40 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 15. Aquisição de máquinas e equipamentos para o ativo imobilizadoatravés de Financiamento comum (FINAME e outros oferecidos pelas instituições bancárias), como registrar contabilmente? De maneira introdutória é necessário entender o Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (FINAME). A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) é uma empresa pública brasileira, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela tem por objetivo abrir linhas de crédito às empresas privadas nacionais, localizadas em qualquer região do país, com o fim de financiar a produção e à comercialização de máquinas e/ou equipamentos novos, produzidos no país, por empresas cadastradas na Finame. Vamos a prática com dados para materializar a utilização do recurso do FINAME por parte das empresas brasileiras: Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu Equipamentos para o Processamento industrial dos produtos de informática. A aquisição ocorreu em 10/10/2020, valor total de R$ 950.000,00, com ICMS destacado em documento fiscal e recuperável de R$ 171.000,00, foi utilizado os recursos do FINAME, parcelado em 60 (sessenta) parcelas iguais, porém o contrato foi exposto da seguinte forma: 41 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais • Valor da parcela será de R$ 25.000,00 • Desta forma, temos que mensalmente há encargos de R$ 9.166,66 • Considerando os dados temos a seguinte estrutura: • Valor contratado R$ 950.000,00 • Valor que será pago totalmente R$ 1.500.000,00 • Encargos totais de R$ 550.000,00 O registro contábil será executado da seguinte forma: Débito – Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado) ........ 779.000,00 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 53.437,50 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 117.562,50 Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos – Passivo Circulante) .................................... R$ 137.500,00 Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos – Passivo Não Circulante) .................................... R$ 412.500,00 Crédito – Financiamento FINAME – Curto Prazo (Financiamentos – Passivo Circulante) ........................................... R$ 375.000,00 Crédito – Financiamento FINAME – Longo Prazo (Financiamentos – Passivo Circulante) ........................................... R$ 1.125.000,00 42 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Considerando o registro contábil acima, temos as seguintes observações relevantes: • Considerando a data da operação, dia 10/10/2020, temos que o curto prazo, ou seja, operações circulantes, podem ser consideradas por 15 (quinze) meses, sendo até o término do exercício social seguinte. • Logo, a quantidade de meses constantes no longo prazo será considerada por consequência o restante dos meses. • Quanto ao ICMS recuperável, tendo 48 (quarenta e oito) meses para apropriação, o longo prazo será de 33 (trinta e três). • Já quanto o FINAME, considerando 60 (sessenta) meses para amortização, o longo prazo será de 45 (quarenta e cinco) meses. A memória dos cálculos constantes nos registros contábeis, teremos: • O valor do bem, em máquinas e equipamentos, foi registrado em R$ 779.000,00, pois consideramos o conceito constante no CPC 27 – Ativo Imobilizado: CUSTO DE AQUISIÇÃO, logo, é necessário extrair o valor relativamente aos tributos recuperáveis, assim, subtraímos o valor do ICMS de R$171.000,00. • O ICMS recuperável foi segregado em Circulante e Não Circulante, pois a norma tributária não permite a apropriação de tal tributo em uma única vez, assim, utilizamos das considerações anteriores sobre as distribuições de curto e longo prazo, desta forma: • Parcela mensal do ICMS = 171.000,00 / 48 • Parcela mensal do ICMS = 3.562,50 • Com tal, o ICMS Circulante será: 3.562,50 x 15 meses • ICMS Circulante = 53.437,50 • Já o ICMS Não Circulante por consequência = 3.562,50 x 33 meses • ICMS Não Circulante = 117.562,50 43 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais • Quanto as parcelas do FINAME e encargos, temos o seguinte: • Considerando que já foi exposto que o valor da parcela do financiamento seria de R$ 25.000,00, temos que a dívida total, em 60 parcelas mensais, um montante de R$ 1.500.000,00; • Logo, o financiamento registrado no circulante foi de 25.000,00 x 15 meses, totalizando em R$ 375.000,00; • Assim, o financiamento registrado no não circulante foi de 25.000,00 x 45 meses, totalizando em R$ 1.125.000,00; • Quanto aos encargos da operação do FINAME, temos que a parcela foi de R$ 9.166,66, assim, um montante total de R$ 550.000,00; • Logo, os encargos registrados no circulante foi de 9.166,66 x 15 meses, totalizado em R$ 137.500,00; • Assim, os encargos registrados no não circulante foi de 9.166,66 x 45 meses, totalizando em R$ 412.500,00. 44 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Por fim, teremos a seguinte estrutura do Passivo, considerando o valor presente, atribuindo a aplicação do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, além da NBC TG 12, fundamentada pela Resolução CFC 1.151/2009: • Passivo Circulante • Financiamentos – FINAME - Curto Prazo .........................237.500,00 • Financiamento – FINAME – Curto Prazo ............................ 375.000,00 • (-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Curto Prazo ............................(137.500,00) • Passivo Não Circulante • Financiamentos – FINAME – Longo Prazo.............. ........ 712.500,00 • Financiamento – FINAME – Longo Prazo .............................1.125.000,00 • (-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Longo Prazo ............................. (412.500,00) 16. Como registrar contabilmente a aquisição de um ativo imobilizado quando o PIS e COFINS são recuperáveis na aquisição do bem? Nessa modalidade, a possibilidade de recuperabilidade das contribuições, teremos o seguinte: 45 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Suponha que a Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para utilizar no processo produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de R$ 450.000,00, destaque do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que o ICMS é recuperável em 48 meses. Além do ICMS, teremos também, agora, o PIS e COFINS, recuperáveis em igual período, no valor total de R$ 41.625,00, sendo deste valor relativamente ao PIS = R$ 7.425,00 e COFINS = 34.200,00. Temos os seguintes registros contábeis: Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante – Imobilizado) .... ...................................... R$ 331.875,00 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25 Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75 Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 2.320,31 Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 5.104,69 Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 10.687,50 Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 23.512,50 Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00 46 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado,Intangível e Ativos Naturais 17. Como registrar contabilmente a aquisição de um software para gestão integrada da empresa? A aquisição de softwares para gestão integrada das empresas comu- mente é com a compra efetiva da licença do programa e mensalmente há pagamentos para manutenção e suporte do mesmo, então temos dois momentos: a) Registro contábil da aquisição da licença do software: • Débito – Softwares para Uso Gerencial (Intangível - Ativo Não Circulante) • Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) b) Registro contábil da manutenção ou suporte mensalmente: • Débito – Despesas com Softwares – Manutenção (Conta de Resultado) • Crédito – Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) 47 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 18. Como registrar contabilmente a plantação de árvores para vender o insumo para a indústria de papel e celulose? Os ativos que serão registrados não estão contemplados pelos CPC 29 – Ativo Biológico, respeitando o não alcance constantes nos itens 1 a 5 do pronunciamento. Suponha que a empresa MLFG Indústria de Madeiras S.A tenha planta- do 90.000 (noventa mil) árvores, ao custo de R$ 50.500,00 (cinquenta mil e quinhentos reais), para vendê-las à uma indústria de papel e celulose após sua extração. Assim, teremos o seguinte registro contábil: Débito – Recursos Florestais (Ativo Não Circulante) Crédito – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) 48 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 19. Como registrar contabilmente benfeitorias em bens de terceiros? É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro- priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe- lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado, construído, com objetivo de ajustá-lo às necessidades de utilização da empresa. Regra geral, essas benfeitorias são feitas em bens, móveis ou imóveis, de propriedade da própria empresa (ou entidades, com ou sem fins lucra- tivos), porém, é muito comum as empresas utilizarem bens de proprie- dade de terceiros para o desenvolvimento de suas atividades por meio de contrato de locação, arrendamento ou comodato. Ao longo do período de utilização do bem de propriedade de terceiros poderá ser necessária à realização de benfeitorias por conta do locatário, arrendatário ou comodatário, para as quais não haja a previsão de ressar- cimento ou compensação por parte do proprietário do bem, ou, mesmo havendo, seja o ressarcimento ou compensação apenas parcial. Quando essas benfeitorias não alteraram nenhuma característica do bem nem lhe atribua acréscimo de vida útil, normalmente são registradas como despesa de manutenção e conservação. Por sua vez, a realização de benfeitorias com valor relevante e vida útil superior a 1 (um) ano, que se fossem realizadas em bens próprios seriam agregadas ao custo do bem no “Ativo Imobilizado (AI)” ou fariam parte de obras civis e benfeitorias, passando também a integrar o “Ativo Imobiliza- do (AI)” da empresa, figurando na conta contábil “Benfeitorias em Bens de Terceiros (AC)”. Em resumo, as benfeitorias em bens de terceiros que ora analisaremos: 49 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais • são obras de valor relevante e vida útil superior a 1 (um) ano realizadas em bens locados, arrendados ou recebidos em como dato; • integram o subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)”, do grupo “Ativo Não Circulante (ANC)”, do Balanço Patrimonial (BP) da empresa; • não têm previsão de ressarcimento ou compensação pelo real proprietário do bem. É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro- priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe- lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado, construído, com o Conforme dispõe o Parecer Normativo CST nº 104/1975, quando as ben- feitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil igual ou inferior a 1 (um) ano ou se tratarem de despesas de conservação e reparos, tal como pin- tura de imóvel, manutenção de máquina para deixá-la em condição de uso, os custos correspondentes deverão ser contabilizados diretamente como despesas operacionais, dedutíveis. Já quando as benfeitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil superior a 1 (um) ano, salvo disposições especiais, deverão ser registradas em conta do subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)” para ser depreciado ou amortizado, conforme o caso. No que se refere aos tipos de benfeitorias, prescreve o artigo 96 do Códi- go Civil (CC/2002) que elas podem ser: a) necessárias: benfeitorias necessárias são àquelas que se destinam à conservação do bem ou que evitem que ele se deteriore, tais como: i) reparos do telhado de um imóvel; ii) reparos no motor de um camin- hão; iii) a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados de um máquina; iv) etc. Portanto, esse tipo de benfeitoria tem característica básica de manutenção ou conserto, simplesmente; 50 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais b) úteis: benfeitorias úteis são as obras que aumentam ou facilitam o uso do bem, tais como: i) a construção de garagem em um imóvel; ii) a instalação de grades protetoras numa máquina; iii) o fechamento de uma varanda de um imóvel; iv) etc. Esse tipo de benfeitoria torna o bem mais confortável, seguro, bem como ampliam sua utilidade; c) voluptuárias: as benfeitorias voluptuárias são àquelas de mero de- leite ou recreio, que não aumentam ou facilitam o uso habitual do bem (não se enquadram nas letras “a” e “b”), ainda que o tornem mais agradáv- el ou sejam de elevado valor, tais como as seguintes benfeitorias real- izadas em imóveis: i) obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética como cerca viva; ii) colocação de coluna romanas no hall de entrada; iii) construção de lago para embelezamento do local; iv) etc. Registra-se que, conforme Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção pelo locatário. As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levan- tadas pelo locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a estrutura e a substância do imóvel. A título de exemplo, suponhamos que a empresa fictícia MLFG Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., empresa com sede no Município de Belo Horizonte/MG, alugou um imóvel pelo prazo contratual de 5 (cinco) anos para instalação de uma filial (unidade fabril), mas que, para poder efe- tivamente utilizar o mesmo em suas atividades operacionais necessita instalar um galpão extra para o setor administrativo que ficará agregado definitivamente ao imóvel. 51 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais No que se refere às informações da obra, temos os seguintes dados: • Dados da benfeitoria: o galpão foi construído nos primeiros 6 (seis) meses de aluguel, tendo vida útil superior ao prazo de utilização restante; • Valor gasto com a benfeitoria: R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais); • Valor do ressarcimento: R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), dedutíveis/compensáveis/ressarcíveis do valor das 48 (quarenta e oito) últimas prestações do aluguel, em parcelas iguais e sucessivas; • Valor do aluguel: 60 (sessenta) mensalidades de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) cada; • Dados das primeiras mensalidades: as 12 (doze) primeiras mensalidades seriam no valor de R$ 3.500,00(três mil e quinhentos reais) cada. Durante a construção do galpão, a MLFG registrou os gastos incorridos na conta “Imobilizado em Andamento (AI)”, no subgrupo “Ativo Imobiliza- do (AI)”. Assim, após a conclusão da obra, o custo da construção deverá ser transferido para a conta defi nitiva do “Ativo Imobilizado (AI)”, relativa- mente à parcela não ressarcível, ou “Realizável a Longo Prazo (RLP)”, rela- tivamente à parcela ressarcível. 52 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais a) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um galpão em propriedade de terceiros: Débito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado) .................130.000,00 Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) ................. 130.000,00 b) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um galpão em propriedade de terceiros: • Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão (Ativo Imobilizado) ......................... 91.000,00 • Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão (Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo) .............................39.000,00 • Crédito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado) ............................................................. 130.000,00 Atenção para as observações: • Valor correspondente aos R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais) que serão ressarcidos pelo locador, ou seja, 30% (trinta por cento) de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). • À medida que for se aproximando a época do ressarcimento, deverá ser transferido parcelas do “Realizável a Longo Prazo (RLP)” para o “Ativo Circulante (AC)”, observando-se a seguinte regra: a) no grupo “Ativo Circulante (AC)” deverá figurar as parcelas ressarcivéis ATÉ o término do exercício seguinte; b) no subgrupo Realizável a Longo Prazo (RLP), do grupo “Ativo Não Circulante (ANC)”, deverá figurar as parcelas ressarcíveis APÓS o térmi no do exercício seguinte. 53 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 20. Como registrar contabilmente os valores relativamente a DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E/OU EXAUSTÃO dos bens? Sergio Iudicibus conceitua a depreciação, em vários momentos, como sendo: “(...) a depreciação é simplesmente a diferença entre o valor de mercado do equipamento no fim e no início do período.” Iudicibus, continua: “(...) Na prática e, mais ainda, dentro dos princípios atuais, conquanto se pos- sa discutir a depreciação à luz de várias abordagens (inclusive linearmente à metodologia de fluxos descontados), é a amortização do custo “racional” utilizado. Não se trata, assim, de um processo valorativo, mas meramente alocativo de custos passados para despesa deos períodos futuros... de forma sistemática e racional... Entretanto, podemos talvez assegurar muito mais a sistematicidade do que a racionalidade.” 54 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais A depreciação é, sem dúvida, uma questão matemática e por isso ressal- tamos os grupos dos métodos existentes na literatura contábil: • método de quotas constantes; • métodos de quotas variáveis; • métodos de quotas crescentes; • métodos de quotas decrescentes; O método de quotas constantes, o mais conhecido na prática, e matem- aticamente alocado como linha reta, repousa nas seguintes premissas principais: • depreciação é função do tempo, e não do uso; • não se leva em conta o fator custo de capital; • a eficiência do equipamento é constante durante os anos. Conforme o item 45 do CPC 27 – Ativo Imobilizado, um componente sig- nificativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes po- dem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação. Aplicável tanto para depreciação, como para amortização, bem como para exaustão. 55 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Agora vamos a exemplos práticos de contabilizações, no entanto, an- tes de iniciarmos a materialização do assunto é necessário destacar que podemos ter dois modelos de registros e impactos: SOCIETÁRIO e TRIBUTÁRIO. No contexto SOCIETÁRIO podemos adotar os métodos expostos acima e, sobretudo, a vida útil de cada bem considerando um estudo específ- ico de função do tempo, eficiência e outros critérios relevantes para a existência material e imaterial dos bens. Com tal, poderemos mensurar a taxa de depreciação com base em métodos matemáticos e realidade dos fatos. Já no contexto TRIBUTÁRIO não podemos, necessariamente, adotar os métodos acima, pois é necessário seguir taxas e tempo de vida útil con- forme norma publicada pela Receita Federal do Brasil, há mais de 20 anos desatualizada. Claro, é possível adotar os métodos expostos no contexto societário, sim, desde que haja autorização prévia pela Receita Federal do Brasil, ou seja, não deixa de ser censurada pelo fisco. Portanto, na prática podemos obter o seguinte cenário: Bem Vida Útil – Fiscal Vida Útil – Societária Taxa de Depreciação Fiscal Taxa de Depreciação Contábil Registro Contábil será? Veículo de Transporte 4 anos8 anos (com estudos específicos executados por especialistas) 25% a.a. 12,5% a.a. O registro contábil será feito conforme taxa de depreciação contábil. 56 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Agora sim, vamos a prática: Suponha que a Empresa MLFG Indústria de Produtos de Informática pos- sui em seu ativo imobilizado os seguintes bens: a) Veículo de Transporte • O custo do bem foi de R$ 250.000,00; • A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 4 anos, por tanto a taxa de depreciação será de 25% a.a.; • Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário será de: (250.000 x 25% a.a.)/12 = 5.208,33; • Já no contexto societário, a vida útil será de 8 anos, e, portanto, a taxa de depreciação será de 12,5% a.a.; • Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal será de: (250.000 x 12,5% a.a.)/12 = 2.604,16; b) Máquinas para o Processo industrial • O custo do bem foi de R$ 400.000,00; • A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 10 anos, portanto a taxa de depreciação será de 10% a.a.; • Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário será de: (400.000 x 10% a.a.)/12 = 3.333,33; • Já no contexto societário, a vida útil será de 16 anos, e, portanto, a taxa de depreciação será de 6,25% a.a.; • Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal será de: (400.000 x 6,25% a.a.)/12 = 2.083,33; 57 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais Agora vamos a contabilização mensal relativamente a depreciação, e as considerações das diferenças entre as taxas efetivamente no registro: i. Registro contábil da depreciação, no contexto societário: • Débito – Despesa/Custo com Depreciação/Amortização/Ex austão ............................................................................................ 4.687,49 • Débito – PIS a Recuperar .................................... “valor a definir conforme regra tributária” • Débito – COFINS a Recuperar ............................ “valor a definir conforme regra tributária” • Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Veículos (Ativo Imobilizado – Não Circulante) ..................................... 2.604,16 • Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado – Não Circulante) ............................. 2.083,33 ii. Caso a empresa apure o IRPJ e CSLL pelo Lucro Real, logo teremos o seguinte: • Considerando que a despesa reconhecida foi somente relativa- mente ao contexto societário,temos uma diferença que precisa ser reconhecida, ainda, para que seja computado no lucro real; • Reconhecido contabilmente, acima, foi de R$ 4.687,49; • Fiscalmente é permitido a dedutibilidade de R$ 8.541,66; • Logo, a diferença não precisa ser contabilizada, mas registra da no Livro de Apuração do Lucro Real, especificamente na Escrituração Contábil Fiscal (projeto SPED – Sistema Público de Escrituração Digital), no montante de R$ 3.854,17, como exclusão ao lucro, imprimindo assim, inserção de despesa fiscal na apuração do lucro real. 58 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 59 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens Capítulo 4 FATOS CONTÁBEIS INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM SOCIEDADES EMPRESARIAIS 60 Fatos Contábeis Investimentos em Participações Permanentes em Sociedades Empresariais 21. Como registrar contabilmente investimentos feitos em uma outra empresa, caracterizando participação societária na condição de Controladora? A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS. Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic- ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor- mativa SRF nº 1515/2014). Assim, teremos o seguinte registro contábil: • Débito – Participações Permanentes em Controladas – No País (Ativo Não Circulante – Investimentos) • Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 61 Fatos Contábeis Investimentos em Participações Permanentes em Sociedades Empresariais 22. Como registrar contabilmente investimentos feitos em uma outra empresa, caracterizando participação societária na condição de Coligada? A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS. Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic- ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor- mativa SRF nº 1515/2014). Assim, teremos o seguinte registro contábil: • Débito – Participações Permanentes em Coligadas – No País (Ativo Não Circulante – Investimentos) • Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) 62 Fatos Contábeis Investimentos em Participações Permanentes em Sociedades Empresariais 23. Quando há lucros ou prejuízos nos investimentos feitos, sejam nas condições de COLIGADAS ou CONTROLADAS, como registrar contabilmente? A participação societária em outras empresas, podem gerar resultados positivos ou negativos, e podem ser avaliadas por dois métodos: • método do custo; • método de equivalência patrimonial Assim, teremos o seguinte registro contábil: a) quando houver ganho de capital na participação societária, pelo método de equivalência patrimonial: Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Permanentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) Crédito – Resultados Positivos em Participações Societárias Avalia das pelo Método de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado – Outras Receitas Descontinuadas) 63 Fatos Contábeis Investimentos em Participações Permanentes em Sociedades Empresariais b) quando houver ganho de capital na participação societária, pelo método de custo: Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Perma nentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) Crédito – Lucros e Dividendos Derivados de Participações Soci- etárias Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado – Outras Receitas Descontinuadas) c) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de equivalência patrimonial: Débito – Resultados Negativos em Participações Societárias Avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado – Outras Despesas Descontinuadas) Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) d) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de custo: Débito – Prejuízos Derivados de Participações Societárias Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado – Outras Despesas Descontinuadas) Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos) 64 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens 65 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) Capítulo 5 FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS OPERAÇÕES DE VENDAS NO CARTÃO DE CRÉDITO E DÉBITO, VENDAS POR DUPLICATAS E OPERAÇÕES COM FACTORING (FOMENTO MERCANTIL) 66 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 24. Venda realizada através de cartão de crédito e débito, como registrar contabilmente? • Débito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber • Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias/ Venda de Produtos /Prestação de Serviços A realização da venda através de cartão de crédito ou débito acontece conforme disponibilização do vendedor como uma forma de recebi- mento, como se fosse uma duplicata, ou até mesmo um boleto, assim o controle do recebimento acontecerá através de recurso destinado pela operadora fi nanceira, desta forma necessitará de um extrato para tal pro- cedimento e esse, necessariamente, será conciliado. 67 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 25. Como será contabilizado o recebimento dos recursos das vendas realizadas através de cartões de créditos e débitos? ? • Débito – Bancos conta movimento • Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos (Despesas Financeiras) • Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber Geralmente orientamos que a operação de recebimento deverá ser registrada por lote de recebimentos, e a conciliação deverá ser feita através de composições de saldos, ou seja, uma aglomeração de valores relativas as vendas recebidas em um registro somente de recebimento. 26. Como será contabilizado a TARIFA das vendas realizadas através de cartões de crédito e débitos, INDEPENDENTE do recebimento?? • Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos (Despesas Financeiras) • Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber O registro contábil reduz o valor a receber, e não extraí valores do disponível líquido, BANCOS DIRETAMENTE, pois somente efetivará o não recebimento ou propriamente o “pagamento”, quando o recurso efetivamente não for recebido. 68 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 27. Contabilização das operações de desconto de duplicatas no valor de R$ 20.000,00, sendo que os encargos respectivos foram de R$ 1.000,00; como ocorrerão? a) Pelo registro contábil do desconto creditado em conta corrente: • Débito – Bancos Conta Movimento • Crédito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) • Valor R$ 20.000,00 b) Pelo registro contábil do débito bancário, relativo a jurose encar- gos sobre a operação de desconto de duplicatas: • Débito – (-) Encargos Financeiros a Apropriar (Passivo Circulante) • Crédito – Bancos Conta Movimento • Valor R$ 1.000,00 c) Pelo registro contábil da liquidação da duplicata descontada pelo cliente: • Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) • Crédito – Duplicatas a receber (Ativo Circulante) • Valor R$ 20.000,00 69 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 28. Qual o motivo de registrar as duplicatas descontadas no passivo circulante? A operação de desconto de uma duplicata é uma operação financei- ra onde a empresa, detentora de um crédito (“Duplicatas a Receber”, “Cli- entes” etc) antecipa seu recebimento junto ao banco, que cobra juros por essa operação. A empresa assume responsabilidade solidária em relação a esta duplica- ta descontada. Ou seja, caso o cliente não realize o pagamento das dupli- catas junto ao banco a empresa será cobrada solidariamente. A classificação da conta “Duplicatas Descontadas” sofreu alteração após a Lei 11.941/09. Antes era classificada como Retificadora das contas “Du- plicatas a Receber” do Ativo Circulante. Agora é classificada no Passivo Exigível, visto que se trata de verdadeiro financiamento bancário. 29. Caso o cliente não liquidar a duplicata que antes foi debitada pelo banco, na re- spectiva operação de duplicatas antecipa- das, como será o registro contábil? • Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) • Crédito – Banco Conta Movimento Basicamente acontecerá a devolução do recurso, em tese, do recurso re- cebido. 70 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 30. Como será apresentado a estrutura patrimonial do grupo de contas de Duplicatas Descontadas? Passivo Circulante ..................................................80.000,00 Duplicatas Descontadas................................... 100.000,00 (-) Encargos Financeiros a Apropriar............... (20.000,00) Basicamente os valores serão apresentados conforme contratos de duplica- tas descontadas, e assim constituídos conforme cada operação, porém no geral, será desta forma. 31. Como funcionará a movimentação dos encargos financeiros a apropriar? Os encargos financeiros pagos antecipadamente, como é o caso de des- conto de duplicatas, devem ser apropriados pelo período a que compe- tirem. Desta forma teremos: Exemplo: Juros debitados em desconto de duplicata de R$ 290,00, relativa ao perío- do de 29 dias. O desconto foi efetuado em 20.11 e a duplicata vencerá em 19.12: Nota: nos cálculos de rateio de encargos financeiros, considera-se o dia da operação e exclui-se o dia do vencimento. 71 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) Lançamento por ocasião do desconto: D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante) C – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante) Valor: R$ 290,00 No balancete de 30.11, se apropriará a despesa financeira proporcional, relativa ao período de 20.11 a 30.11: Despesa financeira relativa a 11 dias de novembro: R$ 290,00 dividido por 29, vezes 11, igual a R$ 110,00. Despesa financeira a transcorrer de 01.12 a 19.12 (18 dias, porque no cál- culo de rateio exclui-se o dia do vencimento do título): R$ 290,00 – R$ 110,00 = R$ 180,00. Contabilização relativa à transferência da despesa financeira incorrida em novembro: D – Juros sobre Desconto de Duplicatas (Conta de Resultado) C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante) Valor: R$ 110,00 Em dezembro, faz-se lançamento semelhante, só que com o valor do sal- do dos encargos a apropriar (R$ 180,00). 72 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 73 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias Capítulo 6 FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS OPERAÇÕES DE SERVIÇOS TOMADOS/PRESTADOS COM RETENÇÕESTRIBUTÁRIAS 74 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias 32. Qual a dica inicial para entender os registros contábeis dos serviços, sejam tomados ou prestados? Geralmente costumamos ensinar com a seguinte dica: • Todos os serviços TOMADOS, os tributos retidos deverão ser RECOLHIDOS; • Todos os serviços PRESTADOS, os tributos retidos deverão ser COMPENSADOS; 33. Como será o registro contábil do SERVIÇO TOMADO com tributos retidos? • Débito – Serviços Tomados de Pessoa Jurídicas (Despesas) • Crédito – Banco Conta Movimento/Fornecedores • Crédito – ISS a Recolher • Crédito – IRRF a Recolher • Crédito – CSRF a Recolher • Crédito – Outros Tributos Retidos a Recolher 75 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias De forma simples, os serviços tomados, no momento da retenção tribu- tária irão gerar uma obrigação, e assim, os valores pagos efetivamente serão menores do que o valor da efetiva despesa, pois a diferença será repassada para o governo, seja em qualquer esfera municipal ou federal. 34. Como será o registro contábil do SERVIÇO PRESTADO com tributos retidos? • Débito – Bancos Conta Movimento/Clientes • Débito – ISS a Compensar • Débito – IRRF a Recuperar • Débito – PIS Retido a Recuperar • Débito – COFINS Retido a Recuperar • Débito – CSLL Retida a Recuperar • Crédito – Receita da Prestação de Serviços De forma simples, os serviços prestados, no momento da retenção tributária irão gerar um direito, e assim, os valores expostos de tributos a recuperar serão efetivamente compensados no processo de recolhimen- to periódico. 76 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias 77 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) Capítulo 7 FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS FATURAS DE CONSUMO (CONSUMO DE ÁGUA, TELEFONE, INTERNET, ENERGIA ELÉTRICA ETC.) 78 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 35. Como registrar contabilmente o consumo de água? • Débito – Despesa com Consumo de Água (parte relativamente a gastos administrativos) • Débito – Custo com Consumo de Água (parte relativamente a gastos do processo produtivo) • Crédito – Consumo de Água a Pagar 36. Como registrar contabilmente o consumo de telefone? • Débito – Despesa com Consumo de Telefone (parte relativa mente a gastos administrativos) • Débito – Custo com Consumo de Telefone (parte relativamente a gastos do processo produtivo) • Crédito – Consumo de Telefone a Pagar 79 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 37. Como registrar contabilmente o consumo de internet? • Débito – Despesa com Consumo de Internet (parte relativamente a gastos administrativos) • Débito – Custo com Consumo de Internet (parte relativamente a gastos do processo produtivo) • Crédito – Consumo de Internet a Pagar 80 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 38. Como registrar contabilmente o consumo de energia elétrica para empresas que podem recuperar os tributos envolvidos? • Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica (parte relativamente a gastos administrativos) • Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica (parte relativamente a gastos do processo produtivo) • Débito – Tributos a Recuperar (PIS, COFINS eICMS) – (Ativo Circulante) • Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar Desta forma, podemos notar que há o envolvimento do direito da recu- peração do tributo em virtude da norma fiscal/tributária, assim, os va- lores a reconhecer na despesa ou no custo serão valores a menor do que o efetivamente consumido, pois a diferença será compensada, através de tributos embutidos no consumo, diretamente na apuração fiscal periód- ica. 81 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 39. Como registrar contabilmente o consumo de energia elétrica para empresas que não podem recuperar os tributos envolvidos? • Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica (parte relativamente a gastos administrativos) • Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica (parte relativamente a gastos do processo produtivo) • Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar 82 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 83 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias Capítulo 8 FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS RECEITAS DAS REVENDAS DE MERCADORIAS, VENDAS DE PRODUTOS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 84 Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de Produtos e Prestações de Serviços 40. Como registrar contabilmente as revendas de mercadorias? • Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento • Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so- bre as vendas. Somente em tópicos posteriores. 41. Como registrar contabilmente as vendas de produtos industrializados? • Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento • Crédito – Receita da Venda de Produtos Produzidos Não iremos apresentar os registros de custos dos produtos vendidos nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos sobre as vendas. Somente em tópicos posteriores. 85 Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de Produtos e Prestações de Serviços 42. Como registrar contabilmente as prestações de serviços? • Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento • Crédito – Receita da Prestação de Serviços Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so- bre as vendas. Somente em tópicos posteriores. 86 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias 87 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços Tomados/Prestados com Retenções Tributárias Capítulo 9 FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE A FOLHA DE PAGAMENTO 88 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento 43. O registro contábil do adiantamento da folha de pagamento, como será? • Débito – Adiantamento de salários (Ativo Circulante) • Crédito – Banco Conta Movimento Lembrando que o adiantamento é efetuado, muitas vezes, de forma quin- zenal, ou até o dia 20 de cada mês, a depender da política da empresa ou da categoria, e caso o empregado opte por tal procedimento. 44. Porque registrar contabilmente as PROVISÕES DE NATUREZA TRABALHISTAS, relativamente a FÉRIAS e DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIOS, se ainda não foram efetivamente concretizados? O item 10 da NBCTG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativo Con- tingentes, bem como o mesmo item do CPC 25, com a mesma nomen- clatura da norma citada, informa o seguinte: (...) Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. (...) 89 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento O item 11, da mesma norma, continua: As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pa- gar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste: (a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acor- dados com o fornecedor; e (b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões. Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são fre- quentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente. Desta forma, entendemos que as Férias e Décimo Terceiros respeitam tais critérios, além do item 14, 15, 16 e 17 da mesma norma, e assim devem ser reconhecidas mensalmente, mesmo não havendo gozo das férias e até mesmo o pagamento efetivo do décimo terceiro salário, porém o recon- hecimento paulatino, tempestivo, e evolutivo do processo de reconheci- mento da obrigação da empresa e direito do empregado, é fato. 90 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento 45. O registro contábil da provisão de natureza trabalhista das férias, como será? • Débito – Despesa com Férias • Débito – Custo com Férias • Crédito – Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista) O registro contábil das provisões de natureza trabalhista é realizado em respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como: Competência Prudência Tempestividade Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo. 91 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento 46. O registro contábil do INSS sobre a provisão de natureza trabalhista das férias, como será? Débito – Despesa com INSS Débito – Custo com INSS Crédito – INSS sobre Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista) O registro contábil do INSS sobre Férias, classificado no mesmo grupo de contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como: Competência Prudência Tempestividade Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo. 92 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento 47. O registro contábil do FGTS sobre a provisão de natureza trabalhista das férias, como será? • Débito – Despesa com FGTS • Débito – Custo com FGTS • Crédito – FGTS sobre Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista) O registro contábil do FGTS sobre Férias, classificado no mesmo grupo de contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como: Competência Prudência Tempestividade Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo. 93 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento 48. O registro contábil da provisão de natureza trabalhista do décimo terceiro salário, como será? Débito – Despesa com Décimo Terceiro Salário Débito – Custo com Décimo Terceiro Salário Crédito – Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista) O registro contábil do Décimo Terceiro Salário, classificado no mesmo grupo de contas das
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