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Atividade - Direito de Família

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Aluno: Gelcivan Brito Silva 6° período de Direito vespertino
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL
A separação judicial dissolve a sociedade conjugal, mas conserva íntegro o vínculo, impedindo os cônjuges de convolar novas núpcias, pois o vínculo matrimonial só termina com a morte de um deles ou o divórcio. O divórcio, em razão de fatos supervenientes ao casamento, dissolve tanto a sociedade conjugal quanto o vínculo matrimonial, autorizando os consortes a se casarem novamente. Percebe-se que pode haver a dissolução da sociedade conjugal sem a dissolução do vínculo matrimonial; mas todas a dissolução do vínculo acarreta, obrigatoriamente, a da sociedade conjugal. Daí que a morte e o divórcio, além de dissolverem o vínculo, dissolvem necessariamente a sociedade conjugal.
2. DISSOLUÇÃO POR MORTE DE UM DOS CÔNJUGES
A morte de um dos cônjuges traz como resultado a dissolução tanto da sociedade conjugal como do vínculo. É a primeira causa contemplada no art. 1.571 do Código Civil, causa esta que também está contida no inciso I do segundo artigo da Lei nº. 6.515/77. A partir de sua ocorrência, permite que o cônjuge sobrevivente contraia novo casamento, mas, há alguns efeitos que perduram, que é a existência das marcas do vínculo, segundo prevê o art. 1.595 do Código Civil.
3. DISSOLUÇÃO PELA NULIDADE OU ANULAÇÃO DO CASAMENTO
Os impedimentos que tornam nulo o matrimônio estão no art. 1.521 do Código Civil:
Art. 1.521. Não podem casar:
I.os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II. os afins em linha reta;
III. o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante
IV. os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V. o adotado com o filho do adotante;
VI. as pessoas casadas
VII. o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra seu consorte.
Entre estes motivos, o parentesco é um obstáculo para o casamento. Este impedimento decorre da consanguinidade, que é infinito, da afinidade e da adoção. A pessoa que se casa adquiri o parentesco por afinidade com os parentes do outro cônjuge. Os afins em linha reta são o sogro e a nora, a sogra e o genro, o padrasto e enteada, a madrasta e o enteado.
A afinidade somente é obstáculo para o casamento quando em linha reta, e esta não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável, essa questão é de cunho moral.
Quanto aos incisos III e V, na verdade já consta no inciso II porque se trata de afinidade em linha reta, no entanto, a lei procurou enfatizar essa situação. A lei procura preservar o sentido ético e mora da família, independente da natureza do vínculo. A adoção procura imitar a natureza e as restrições relativas a adoção devem ser idênticas às da família biológica.
O inciso IV cuida dos impedimentos derivados do parentesco na linha colateral. As razões que os fustificam são as mesmas referentes ao parentesco em linha reta. As restrições na linha colateral foram no passado mais extensas, estado hoje reduzidas ao terceiro grau.
Traz o inciso V o impedimento para o casamento, pois não podem casar o adotado com as irmãs anteriores ou posteriores a adoção, a restrição imposta a esse filho adotivo é de igual magnitude imposta à família biológica. Nesse sentido dispõe o art. 1.626 do Código Civil: “ A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes consanguíneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento.”
Não podem casar-se as pessoas já casadas, pois, enquanto persistir válido o casamento anterior, persiste o impedimento. Trata-se do princípio do casamento monogâmico que domina a civilização cristã. A lei impede o casamento enquanto perdurar o estado de casado do nubente, que só se extingue com o divórcio.
Os impedimentos que podem anular o casamento estão no art. 1.550 do Código Civil:
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I. De quem não completou a idade mínima para casar;
II. Do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III. Por vício da vontade, os termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV. Do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V. Realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI. Por incompetência da autoridade celebrante.
DISSOLUÇÃO PELA SEPARAÇÃO JUDICIAL
O art. 1.517, III do Código civil contempla a separação judicial como causa de dissolução da sociedade conjugal, não há, essa hipótese a dissolução do vínculo conjugal, como de dá com a morte e o divórcio.
Com a separação judicial, cessam os deveres e direitos impostos o casamento, que poderá se reconstituir a qualquer tempo, segundo regra o art. 1.577 do Código Civil, tal regra consta também na Lei nº. 6.515/77, em seu art. 46.
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
Os efeitos práticos são equivalentes ao divórcio, com exceção da possibilidade de contrair novo casamento.
Apenas os cônjuges estão habilitados a postular a separação. A ninguém mais é permitido formular o pedido de separação de pessoas estranhas. O caráter pessoal da formalização da dissolução da sociedade está contido no parágrafo único do art. 1.576 do Código Civil: “ O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges”, o art. 3º, § 1º da Lei nº. 6.515/77 consta a mesma regra.
No caso de incapacidade, serão representados por curador, ascendente ou irmão, embora não precisasse que viesse norma expressa, eis que a representação se dá pela forma prevista para qualquer outro ato da vida civil, o Código Civil cuida do assunto o que faz o parágrafo único do art. 1576: “ O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges, e, o caso de incapacidade, serão representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão”.
O art. 1.573 do Código Civil traz alguns fatos que importem em impossibilidade da comunhão de vida, sem impedir que ouros sejam considerados tais pelo juiz, como diz o parágrafo único do referente artigo:
Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão da vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I. Adultério;
II. Tentativa de morte;
III. Savícia ou injúria grave;
IV. Abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V. Conduta desonrosa.
DISSOLUÇÃO PELO DIVÓRCIO
Por meio desta figura, ocorre a dissolução da sociedade e do vínculo conjugal, e abre-se a possibilidade de novo matrimônio aos divorciados. O divórcio pode ser promovido por um ou por ambos os cônjuges, a sua decretação não se dá ope legis, mas exige a manifestação dos cônjuges, como desponta o art. 1.582 do Código Civil: “O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges.”
Outro aspecto importante prende-se á desnecessidade de antes se levar a termo a partilha dos bens, como prevê o art. 1.581 do Código Civil: “O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.”
O divórcio indireto é a regra em nosso direito, concedendo-se após um prazo de separação judicial prévia. Diz-se indireto porque depende da separação para ser decretado. Se os cônjuges se encontram separados judicialmente há mais de um ano, podem requerer a conversão em divórcio, conforme prevê o art. 226, § 6º, da Constituição Federal, e o art. 1.580 do Código Civil.
Art. 1.580 do CC: “Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio.
§ 1º: A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada or sentença, da qual não constará á causa que a determinou.
§ 2º: O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais de dois anos.”

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