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Relatório de micologia

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Universidade Federal do Pará 
Instituto de Ciências Biológicas 
Faculdade de Biomedicina 
Módulo: AIDP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM MICOLOGIA: COLETA E ISOLAMENTO 
DE FUNGOS DO AR 
 
 
 
 
 Beatriz Rodrigues Barbosa 
Ingrid Raquel Silva Santos 
Juliana Franklin Mourão da Paixão 
Luana Fabiany Soeiro Bandeira 
Maiza Roldão da Silva 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
2022 
2 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Os fungos convivem conosco todos os dias e a área destinada ao seu estudo é chamada 
micologia. Esses organismos pertencem ao reino Fungi e são divididos em sete filos: 
Chytridiomycota, Neocallimastigomycota, Blastocladiomycota, Microsporídia, 
Glomeromycota, Ascomycota e Basidiomycota. Com isso, podem ser identificadas diversas 
características fisiológicas e morfológicas que compõem os diferentes grupos fúngicos 
existentes, entre as quais destacam-se o fato de serem eucariontes uni ou pluricelulares, 
heterotróficos por absorção e podem ser classificados como leveduriformes ou filamentosos. 
Os fungos são organismos de fácil disseminação, conseguem sobreviver aos mais variados 
ambientes desde que este lhe proporcione substâncias essenciais para o seu desenvolvimento. 
Desse modo, podem estar presentes em lugares como o solo, a água e o ar, sendo facilmente 
dispersados para outros ambientes a partir do vento. (PEREIRA, L. et al). Quando essa 
propagação se dá pelo ar são denominados de fungos anemófilos, na qual estruturas 
reprodutivas na forma de esporos caem em um substrato adequado e desenvolvem novas 
estruturas tanto vegetativas quanto reprodutivas. (MOLINARO, et, al. 2009). Eles estão 
relacionados à saúde humana por desencadear processos alérgicos, infecções fúngicas, além de 
irritações nas mucosas e pele. (LOBATO, R. et al. 2009). Acerca disso, é essencial o 
conhecimento dos fungos anemófilos para que se tenha o diagnóstico etiológico e um 
tratamento específico para as manifestações patológicas causadas por esses seres. (MEZZARI, 
A. 2002). Assim, como a descoberta de novas formas terapêuticas que auxiliam na eficácia do 
tratamento de doenças ocasionadas por esses fungos. (BELO, R. et al. 2009) 
Atualmente muitas técnicas foram desenvolvidas para que seja possível realizar o estudo 
dos diversos tipos de fungos, entre elas o semeio e a cultura feitos em tubos ou placas contendo 
ágar e o microcultivo em lâmina (SILVA, 2022). Assim, torna-se possível coletar elementos 
fúngicos presentes no ar atmosférico, com o intuito de estudá-los. Tendo isso em vista, esse 
trabalho objetivou Coletar, manipular e identificar fungos oriundos do ar. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1. COLETA 
 O presente estudo realizou a coleta de fungos do ar na orla da Universidade Federal do 
Pará (UFPA), bairro do Guamá, no dia 26 de setembro de 2022. Para a realização da coleta foi 
utilizado uma placa de Petri esterilizada contendo ágar Sabouraud. A placa foi exposta ao ar 
durante 15 minutos, a uma distância de um metro do chão. Passado esse período a placa foi 
tampada, sendo posteriormente armazenada para que houvesse o crescimento de colônias 
fúngicas durante sete dias. Nesse intervalo, observou-se o desenvolvimento das colônias a cada 
vinte e quatro horas, para que fosse possível avaliar as variações que ocorriam. 
 
2.2. ISOLAMENTO 
 O isolamento foi realizado no dia 30 de setembro de 2022. Para isso, utilizou-se a técnica 
do repique ou repicagem com o intuito de separar as diferentes colônias que cresceram na placa 
de Petri exposta ao ar. Essa técnica consiste em transferir um fragmento da colônia para ser 
isolada em um meio igual ou diferente do meio inicial. Os materiais necessários para a execução 
do procedimento foram uma lamparina, uma alça microbiológica e cinco tubos de ensaio 
contendo meio de cultura ágar Sabouraud – uma vez que cada discente do grupo realizou o 
processo. As seguintes etapas foram obedecidas durante a realização do isolamento: 
Flambagem da alça microbiológica, seguida do resfriamento no próprio meio onde a coleta será 
realizada; coleta de uma pequena parte da colônia e transferência para o tubo de ensaio contendo 
o meio secundário e deposição do material em três regiões diferentes do meio, o qual deve ser 
fechado e levado para a estufa. 
 
 2.3. COLORAÇÃO 
 A etapa de preparação e coloração das lâminas ocorreu no dia 07 de outubro de 2022, com 
o objetivo da visualização das colônias isoladas. Os materiais utilizados foram lâmina, 
lamínula, alças microbiológicas, lamparina, corante Azul de Amann, filtro de papel e esmalte 
incolor. Para a realização do procedimento seguiu-se os determinados passos. Primeiramente, 
é colocado uma gota do corante Azul de Amann na lâmina, seguido da esterilização das alças 
microbiológicas, então retira-se do tubo de ensaio um fragmento da colônia a ser analisada. 
4 
 
 
 
Feito isso, a amostra que foi coletada deve ser fragmentada com o auxílio de um ou dois estiletes 
na lâmina que contém o corante, a lamínula é usada subsequentemente para cobrir a região 
preparada. Por fim, as bordas da lamínula são seladas com esmalte incolor e a lâmina pode 
então ser observada ao microscópio. 
 
3. RESULTADOS 
 
Foi realizada a coleta de fungos do ar em uma placa de Petri, na qual foi possível observar 
ao longo de uma semana o crescimento de uma única colônia. No entanto, não conseguimos 
seguir o experimento com o material recolhido em nossa primeira coleta, pois o fungo coletado 
era muito contaminante. Sendo assim, recebemos instruções dos professores para não abrirmos 
a placa. Consequentemente, fomos recomendadas pelos docentes a utilizarmos uma nova placa 
de Petri que havia sido inicialmente coletada por outro grupo de discentes, no bairro do Marco 
no dia 23 de setembro de 2022, dando continuidade ao trabalho. Na segunda placa, não foi 
possível acompanhar o aparecimento e o crescimento diário dos fungos, mas conseguimos 
observar a presença de seis diferentes tipos de colônias, elas apresentavam coloração e aspectos 
macroscópicos diversificados, três delas tinham coloração escura e relevo plano, enquanto as 
outras três aparentavam coloração branca, sendo duas algodonosas e outra aveludada (figura 1). 
 
Figura 1 – Colônias na placa de Ágar 
 
Fonte: arquivo pessoal 
5 
 
 
 
 A partir disso, como resultado do isolamento realizado por cada discente integrante do 
grupo, diferentes colônias fúngicas cresceram nos meios secundários presentes em tubos de 
ensaio, dentre eles, três obtiveram o desenvolvimento de colônias com as características 
macroscópicas filamentosas, textura granulosa, aspecto semelhante a borra de café, anverso de 
cor preta e o reverso creme, sem a presença de pigmento difusivo no meio de cultura. Enquanto 
os outros dois tubos apresentaram colônias filamentosas, com textura algodonosa, coloração 
branca no anverso e creme no reverso, sem a presença de pigmento difusivo no meio de cultura 
(Figura 2). 
 
Figura 2 – Tubos de ensaio contendo as colônias isoladas pelas discentes a) Beatriz; b) 
Luana; c) Maiza; d) Ingrid; e) Juliana. 
a) b) c) 
d) e) 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
6 
 
 
 
Com o estudo microscópico feito a partir da leitura das lâminas, foi possível observar nas 
amostras obtidas das colônias escuras um micélio composto por hifas cenocíticas hialinas e a 
presença de conidióforos capitados com conídios hialinos. Sendo assim, concluiu-se que o 
organismo observado pertence ao reino fungi, ao filo Ascomycota, a classe Eurotiomycetes e 
ao gênero Aspergillus. (figura 3- a) b) c)). Os fungos Apergillus spp. são aeróbicos e 
cosmopolitas com grande ocorrência em regiões tropicais e subtropicais, sendo distribuídos 
abundantemente na natureza, principalmente onde há a presença de matéria orgânica e materiais 
em decomposição. Algumas espécies de Aspergillus podem causar doenças pelaprodução e 
ação de micotoxinas, as espécies mais comuns são: A. fumigatus, A. flavus e o A. niger. Como 
manifestação clínica, tem-se desde reações de hipersensibilidade à infecção pulmonar, 
conhecida como aspergilose, que é adquirida através da inalação de poeira contendo seus 
esporos. (COSTA, B. et al. 2020). Além disso, são considerados um gênero muito importante 
na indústria alimentar e farmacêutica devido a sua capacidade de produção de enzimas e ácido 
cítrico, um ácido fraco que pode ser usado como antioxidante, acidulante, regulador de pH, ou 
sabor em alimentos e bebidas. (CAIRNS, T.C. et al. 2018) 
Enquanto nas lâminas das colônias brancas foi possível visualizar hifas cenocíticas hialinas 
e a presença de clamidósporos. Com isso, os organismos foram classificados como pertencentes 
ao reino fungi, ao subfilo Mucoromycotina, a classe zygomycetes e ao gênero cunninghamella 
(figura 3- d) e)). As espécies do gênero cunninghamella são caracterizados por apresentarem 
micélio cenocítico ramificado com esporangióforo ereto, em que cada ramificação se forma 
vesículas piriformes ou globosas com diversos esporangíolos, seus esporos podem ser globosos 
ou ovais com paredes lisas ou espículas e clamidosporos podem ser ocasionalmente formados. 
Os organismos do gênero são sapróbios e geralmente se encontram no solo e outros substratos 
orgânicos. Ademais, contêm espécies que apresentam importância tanto na área médica como 
na área alimentícia. Na área médica sua importância está relacionada com infecções como 
sinusites, zigomicose endobranquial e infecção pulmonar que podem ser causadas por espécies 
de fungos desse gênero como é o caso do C. bertholletiae. Já na área alimentícia sua importância 
se deve a capacidade de algumas espécies de produzir ácidos orgânicos, como o ácido fumárico 
(MARINHO, P. 2004; SOUZA, P. M. 2004). 
 
 
7 
 
 
 
Figura 3 – Lâminas observadas ao microscópio óptico; preparadas pelas discentes a) Beatriz; 
b) Luana; c) Maiza; d) Ingrid; e) Juliana. 
a) b) c) 
d) e) 
Font r 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
4. CONCLUSÃO 
Através deste estudo foi possível identificar a presença de distintos gêneros de fungos do ar 
circulantes do bairro do Marco em Belém. Tais como Aspergillus e cunninghamella. Ademais, 
as práticas realizadas possibilitaram o contato com técnicas comumente empregadas em um 
laboratório de micologia. Sendo as principais atividades desenvolvidas ao longo das aulas, a 
coleta de fungos, as técnicas de isolamento de colônias fúngicas e a preparação e coloração de 
lâminas para análise microscópica. Desse modo, as habilidades adquiridas nas aulas teóricas 
sobre o reconhecimento de estruturas morfológicas desses microrganismos, da mesma forma 
que a metodologia empregada pelos professores, nos auxiliou com a execução das diferentes 
técnicas, agregando conhecimento a nossa carreira acadêmica e profissional. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
AFONSO, Sara de Oliveira Mateus. Aspergillus niger: sua utilização na indústria 
farmacêutica. Dissertação de Mestrado, Instituto Universitário Egas Moniz, 2015 
CAIRNS, T.C., Nai, C. & Meyer, V. How a fungus shapes biotechnology: 100 years of 
Aspergillus niger research. Fungal Biol Biotechnol. 5, 13 (2018). 
https://doi.org/10.1186/s40694-018-0054-5. 
COSTA, Bárbara Évelyn Gomes Nogueira et al. Contaminações alimentares por 
Aspergillus spp. e o papel do nutricionista: uma revisão. Evidência: biociências, saúde e 
inovação. Joaçaba v.20, n.1, p. 69-80, jan/jun.2020. Disponível em: 
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/evidencia. Acesso em: 15 out. 2022. 
LOBATO, Rubens Cáurio; VARGAS, Vagner de Souza; SILVEIRA, Érica da Silva. 
Sazonalidade e Prevalência de Fungos Anemófilos em Ambiente Hospitalar no Sul do 
Rio Grande Do Sul, Brasil. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, 2009. 
MARINHO, P. Aspectos Bioquímicos e Ultraestruturais de Cunninghamella elegans 
Cultivada em Meio Contendo Naftaleno. Dissertação (Mestrado), Centro de ciências 
Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004. 
MEZZARI, Adelina. Fungos Anemófilos em Porto Alegre, RS. 2002. Tese (Doutorado) - 
Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto 
Alegre, 2002. 
MOLINARO, E. M.; CAPUTO, L. F. G.; AMENDOEIRA, M. R. R. Conceitos e métodos 
para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. v.4. Rio de Janeiro: EPSJV; 
IOC, 2009. 486p. ISBN 978-85-98768-41-0 
 
PEREIRA, L. et al. Avaliação da presença de fungos no ar, água e areia de duas praias de 
Outeiro, Pará, Brasil. Brazillian Journal of Health Review, v. 2, p. 4174-87, 2019. 
 
SILVA, D. A. Técnicas de cultura em micologia. Disponível em: 
https://www.institutogpi.com/post/tecnicas-de-cultura-em-micologia. Acesso em: 06 out. 
2022. 
 
SOUZA, P. M. Caracterização Bioquímica, Fisiológica e Ultraestrutural do Processo de 
Bissorção do Cobre por Cunninghamella elegans - UPC 542. Dissertação (Mestrado), 
Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004. 
 
 
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/evidencia
https://www.institutogpi.com/post/tecnicas-de-cultura-em-micologia
	SILVA, D. A. Técnicas de cultura em micologia. Disponível em: https://www.institutogpi.com/post/tecnicas-de-cultura-em-micologia. Acesso em: 06 out. 2022.

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