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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DISCIPLINA: ESTÁGIO DE VIVÊNCIA III PROF. DR. FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA Estágio de vivência III Estudo das micoses superficiais Aluno: Alícia Maria Rocha do Amaral 11513176 2 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------3 2. DESENVOLVIMENTO-----------------------------------------------------------------------5 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS E REFENCIAS--------------------------------------------7 3 INTRODUÇÃO: Os fungos foram classificados como reino Fungi a partir de 1969, antes disso eles eram considerados vegetais. Essa nova classificação surgiu pelas diferenças existentes entre plantas e fungos, assim ocorrendo a formação de um novo reino chamado Fungi. Algumas características que podem ser evidenciadas para essa diferenciação: os fungos são heterotrófico, ou seja, obtêm os seus alimentos a partir de outros organismos, não sintetizam pigmentos fotossintéticos, não contém celulose em sua parede celular (a não ser em alguns fungos aquáticos), armazenam glicogênio como substancia de reserva e apresentam substancias quitinosas em sua parede. Os fungos são organismos presentes em todos os ambientes que nos cercam, inclusive no ar, onde estruturas reprodutivas estão prontas para desenvolver novas estruturas vegetativas e reprodutivas. Os fungos são conhecidos por seus benefícios e pelos problemas que causam. Muitas doenças de animais e plantas (micoses) são causadas por fungos. Em humanos e animais os fungos podem causar alergias respiratórias e cutâneas leves ou intensas. As micoses que podem ser obtidas são divididas em: MICOSES SUPERFICIAIS que são infecções por fungos que invadem as camadas mais superficiais da capa córnea da pele. As MICOSES CUTUNEAS causadas por fungos que invadem toda a espessura da capa córnea da pele. As MICOSES SUBCUTANEAS resultam da inoculação de um fungo patogênico por um traumatismo, manifestando-se como lesão supurada da pele ou do tecido subcutâneo. MICOSES SISTEMICAS se caracterizam por serem adquiridas por inalação de propágulos fúngicos, podendo o fungo se disseminar pelo corpo através da corrente sanguínea. Dermatofitoses são manifestações clínicas variadas provindas de um grupo de fungos, chamados dermatofitos, que produzem lesões na pele, pelos ou unhas. Os fungos dermatofitos degradam queratina e pertencem aos gêneros 4 Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. As principais espécimes patogênicas para o homem são: Trichophyton rubrum, Epidermophyton floccosum, T. mentagrophytes, Microsporum canis, M. gypseum e T. tonsurans. As dermatofitoses podem ser classificadas nas seguintes maneiras clínicas: dermatofitose ou tinha do couro cabeludo, da pele glabra, da barba e da face, dos pés, das unhas e inguinal, dependendo da localização da lesão no paciente. Em cultivo, os dermatofitos, em sua maioria, produzem dois tipos de conídios: macroconídios e microconídios que, juntamente com a característica macroscópica da colônia, vão permitir a identificação das diferentes espécies dos dermatofitos. A Micologia Clínica tem como objetivo estabelecer diagnostico micológico das infecções por fungos, que vai se basear em coleta correta e processamento das espécimes no laboratório. 5 DESENVOLVIMENTO Todas as aulas práticas de Micologia Clínica foram realizadas no laboratório de Micologia Clínica na Universidade Federal da Paraíba, campus I, todas as segundas feiras, no horário entre 08h às 09:40 da manhã ministradas pelo professor Felipe Guerra, com o auxílio da técnica de laboratório Fátima. As práticas tiveram como objetivo o conhecimento introdutório sobre a taxonomia e sistemática dos fungos; O desenvolvimento de habilidades para observar e diferenciar as estruturas fúngicas; Apresentação dos princípios básicos da Micologia e sua aplicabilidade nas diferentes áreas da saúde; capacitação das alunas a manusear equipamentos básicos utilizados em laboratório de micologia; e capacitar as alunas em técnicas para diagnóstico. As práticas também tiveram como objetivo o aprendizado na preparação de meios de cultura, evidenciando o tempo necessário para um meio de cultura ser finalizado e as consequências que podem ser causadas por erros na preparação ou no tempo em que o meio ficará em crescimento; preparação de vidrarias e corantes, tendo a demonstração de como as estruturas devem ser tratadas para uma boa montagem da lamina tendo em prol uma melhor visualização das estruturas que iram ser observadas; Coleta, semeio e exame microscópico direto das micoses superficiais estritas, onde as amostras foram retiradas das próprias alunas para tentar obter visualização de algum tipo de organismo fúngico; Realização da coleta e exame microscópico direto das dermatofitoses, onde, neste caso as amostras já estavam disponíveis advindas do Hospital Universitario, foi feita apenas a montagem das laminas e coloração das estruturas, para que pudessem ser identificadas estruturas para determinação de um laudo; Identificação dos dermatófitos - técnica do esgarçamento e microcultivo e leitura do micro cultivo, que foram ensinadas minuciosamente, em duas semanas de aulas, dado ser uma técnica mais 6 elaborada e o tempo necessário para a cultura do fungo que com condiz com: em uma placa de Petri estéril colocar um cubo de ágar sobre uma lâmina esterilizada que pode ser ASD ou ágar batata. A lâmina deve estar sobre um suporte, que pode ser formado por outra lâmina, um pequeno bastão de vidro recurvado ou um suporte que possa ser utilizado. Espalhar o fungo nos 4 lados do cubo de ágar recobrir com uma lamínula esterilizada. Fazer uma câmara úmida, adicionando 1 a 2 ml de água destilada estéril no fundo da placa ou embeber um pequeno chumaço de algodão estéril, para evitar a dessecação do meio de cultura, durante o crescimento do fungo. Tampar a placa e deixar à temperatura ambiente por 7 a 10 dias, até que se observe desenvolvimento de hifas com ou sem pigmentação. Após esse período, inativar a esporulação, adicionando 1 ml de formol ao algodão e vedando a placa com fita adesiva durante 24h-48h. O vapor de formol, além de inativar o fungo, irá auxiliar na fixação das estruturas microscópicas. Retirar a lamínula com auxílio de uma pinça, cuidadosamente, uma vez que nela deverão estar aderidas as hifas e esporos do fungo. Pingar uma gota de corante azul de lactofenol-algodão e montar sobre uma lâmina. Desprezar o cubo de ágar e, em seu lugar, pingar outra gota de corante azul e recobrir com lamínula, para visualizar esporos e hifas também aderidos à lâmina. Observar em microscópio ótico com objetiva de 40 X, o tipo e cor da hifa, forma disposição e formação de esporos. Para a obtenção de um diagnóstico final. Por fim foram revisadas as laminas vistas durante todo o curso de Micologia Clínica tendo em vista a utilização das técnicas de identificação vistas nas aulas práticas para uma melhor fixação e aprendizado das alunas, assim, tendo em vista o objetivo de diagnósticos do laudo final feito pelas alunas. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS: O curso de Micologia Clínica teve grande aproveitamento dado todas as informações que foram adquiridas pelas alunas durante todo o período de aulas tanto práticas como teóricas. Os conhecimentos concedidos mesmo que não muitoprofundos, foram de extrema importância pois abriram mais um leque de oportunidades de carreiras que podem ser seguidas pelas alunas, considerando o interesse que essa disciplina desperta os que estão assistindo, tanto por se tratar de uma realidade que está presente no dia a dia de todos, pois está presente no ar que respiramos, como o que o mesmo pode causar de patologia apenas conseguindo uma forma em que ele possa se reproduzir. REFERÊNCIAS: http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap4.pdf http://crescendoemcultura.blogspot.com.br 8
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