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Modelagem de 
Sistemas para 
Internet
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Cleber Silva Ferreira da Luz
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Web Service Modeling Ontology
Web Service Modeling Ontology
 
• Apresentar os principais conceitos do WSMO.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Web Semântica;
• WSMO;
• Web Services;
• Conclusão e Resumo da Unidade.
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
Introdução
Modelagem de sistemas web envolve o estudo de diversos conceitos. Realizamos an-
teriormente uma breve abordagem dos principais conceitos de modelagem de softwares 
e, uma profunda análise da modelagem de sistemas web, mais especificamente dos 
modelos de desenvolvimento de aplicações web. Agora, nesta Unidade, vamos realizar 
um estudo sobre serviços web. Boa parte dos sistemas web fornece algum tipo de ser-
viço. Aqui, iremos estudar os mecanismos utilizados em sistemas web para descrever e 
disponibilizar serviços. Tais mecanismos são vistos como linguagens semânticas que 
descrevem os serviços das aplicações web. 
A geração de serviços por meio de aplicações web tem crescido a cada dia. Hoje, realizá-
-los mediante essas aplicações é a coisa mais comum que existe em todo o mundo. 
Alguns serviços podem ser: streaming de música, streaming de vídeos, armazenamento 
de dados, localização, entre outros. O fato é que, cada dia mais, aplicações web têm 
tornado as nossas vidas mais fáceis com seus serviços. 
Quando falamos em desenvolvimento de aplicações web para o fornecimento de 
serviço, dois aspectos importantes são tratados com grande prioridade: a composição 
do serviço e a descrição do serviço. A descrição de tais serviços é realizada por meio 
de uma WSDL (Web Service Description Language). 
Uma WSDL pode ser incrementada usando diversos conceitos, tais como anotações 
e semânticas. Há diversas linguagens semânticas no mercado que permitem descrever 
serviços. Entre as linguagens existentes e homologadas pela W3C (World Wide Web 
Consortium) estão:
• OWL-S (Ontology Web Language for Services);
• WSMO (Web Service Modeling Ontology); 
• SAWSDL (Semantic Annotations for WSDL).
Habitualmente, aplicações web fornecem algum tipo de serviço. Assim, na modela-
gem de sistemas web, precisamos modelar os serviços fornecidos pela aplicação. Nesse 
sentido, o foco desta Unidade consiste em modelar serviços. Para tanto, realizaremos 
um estudo sobre WSMO e web services. 
WSMO é uma linguagem que utiliza ontologia para modelar serviços web. Fornece 
especificações ontológicas para os principais elementos dos serviços da web semântica. 
Antes de entrarmos a fundo no WSMO, vamos entender o que é web semântica. A pró-
xima seção apresenta detalhes sobre ela. 
Web Semântica
Atualmente, a internet gera milhões de terabytes de dados por segundo. Gerenciar 
e processar tais dados é importante para a extração de informações. A informação é 
um elemento crucial para a evolução da sociedade. A partir do processamento do dado, 
podemos extrair informações e, por meio destas, obter conhecimento. Este é capaz de 
8
9
evoluir uma sociedade. Hoje, vivemos em uma época em que há uma corrida atrás da 
informação; quem tem informação tem o “poder”. Assim, o fato de gerenciar os dados 
provindos da internet é de grande importância para o atual momento que estamos vi-
vendo. Nesse contexto, entra a web semântica. 
Proposta em 2001 por Tim Berners-Lee, James Hendler e Ora Lassila, a web semân-
tica é uma técnica que permite que humanos e computadores trabalhem em conjunto 
para gerir informações provindas da internet. Ela interliga significados ao conteúdo da 
internet. Desse modo, não é mais necessária uma busca por informações na internet
de forma isolada ou por apenas uma palavra-chave. Logo, ao pesquisar por uma infor-
mação na internet, a web é capaz de construir uma resposta mais elaborada a partir 
de várias relações. Em palavras simples, a semântica web é uma técnica que organiza 
as informações de maneira mais legível para os humanos. Trata-se de um sistema que 
permite que o computador leia um bloco de informação, podendo, inclusive, realizar 
uma inferência com outros blocos de informações para gerar um conhecimento maior. 
Podemos dizer ainda que a semântica web constitui uma relação de interatividade 
entre o computador e o ser humano. Ambos cooperam entre si para realizar a tarefa de 
busca de informação. Semântica web é um movimento para organizar as informações 
de maneira fácil para o computador, utilizando um formato-padrão, tal como o RDF
(Resource Description Framework). RDF visa auxiliar o desenvolvimento de metadados 
para promover a comunicação entre os sistemas que compartilham informações na web. 
Assim, o objetivo principal do RDF é criar um modelo de representação para descrição 
dos recursos utilizados pela semântica web.
Um RDF é composto por três elementos:
• Recursos: são os próprios elementos descritos por um RDF, isto é, os recursos 
que contêm as informações. Tais recursos são identificados por um URI (Uniform 
Resource Identifier);
• Propriedades: são atributos utilizados para descrever um recurso;
• Triplas: uma tripla consiste na união de um recurso e uma propriedade. Podemos 
entender uma tripla como “o recurso que possui uma propriedade com determi-
nado valor” (ROMAN, 2015). Tais valores podem ser escritos utilizando XML
(Extensible Markup Language). 
De forma resumida, o principal objetivo da semântica web é auxiliar na busca de 
dados para a extração de informação. Tais dados estão espalhados em vários recursos 
(sites, repositórios, servidores etc.). A semântica web utiliza o RDF para descrever esses 
recursos e, assim, conseguir acessar os dados desejados. Ao se descrever um recurso, é 
atribuída a ele uma propriedade. Os dados podem estar no formato XML. 
Um XML almeja o compartilhamento de informações por meio da web. Seu princi-
pal objetivo é definir padrões e formatos para dados (documentos que contêm dados), 
enquanto suas principais características são: simplicidade, legibilidade, possibilidade de 
criação de tags sem restrições. O armazenamento de dados é realizado no formato de 
texto, o que facilita a leitura dos dados. Tendo em vista essa facilidade em compartilhar 
dados, a web semântica utiliza arquivos no formato XML. 
9
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
WSMO 
Web Service Modeling Ontology (WSMO) consiste em uma ontologia que descreve 
vários aspectos sobre web. Antes de começarmos o estudo sobre WSMO, vamos en-
tender o conceito de ontologia. O que é uma ontologia na computação? Ela pode ser 
definida como um modelo de dados que, dentro de determinado domínio, representa um 
conjunto de conceitos e seus relacionamentos. Ontologia é utilizada em web semântica 
visando representar o conhecimento sobre aspectos semânticos. 
Além disso, WSMO é uma linguagem baseada em WSML (Web Service Modeling 
Language), isto é, trata-se de uma linguagem voltada para modelar serviços web utili-
zando ontologia (ROMAN, 2015). WSML é uma linguagem formal que permite realizar 
anotações de serviços web de acordo com o modelo conceitual. Ao utilizar o conceito de 
ontologias como um modelo de dados para descrever os serviços web, o WSMO tem a 
vantagem de auxiliar a automatização de descobertas de serviços, bem como os vínculos 
que tais serviços possuem. 
O modelo WSMO foi criado sobre o Web Service Modeling Framework (WSMF), 
que constitui um framework para descrever serviços web. Desse modo, o framework 
WSMF define um modelo conceitual para descrever serviços web. A descrição de serviço 
em WSMF se baseia em dois pontos: dissociação máxima e mediação forte. Quanto à 
implementação de WSMO sobre WSMF, podemos dizer que os criadores do WSMO 
ampliaram os recursos do WSMF para que a nova linguagem possa descrever serviços 
utilizando ontologia. 
Para descrever serviços, o WSMO se baseia em quatro elementos – ontologia, obje-
tivos, mediadores e web services –, os quais estão ilustrados na Figura 1.
ObjetivosWeb Service
OntologiaMediadores
Figura 1 – Quatro principais elementos de WSMO
Fonte: Adaptada de WANG, 2012
Vejamos, a seguir, a descrição desses quatro elementos.
• Objetivos: aqui são especificadas as finalidades do serviço web. Podemos dizer 
que este elemento é a perspectiva do usuário, o que ele espera que o serviço 
web realize;
10
11
• Serviços web: este elemento define os aspectos dos serviços web fornecidos pela 
aplicação web. Utiliza diversos protocolos da web para conectar computadores e 
dispositivos, bem como pode processar milhares de dados. Serviços web possuem 
a vantagem de serem uma plataforma de serviços independentes. Podemos falar, 
inclusive, que, para realizar os serviços, são utilizados propriedades não funcionais, 
ontologias e mediadores. Ainda, é importante determinar a funcionalidade do ser-
viço, definindo as respostas esperadas por este. Web services são estudados com 
mais detalhes na seção 4;
• Mediadores: muitas vezes, o serviço web fornecido por uma aplicação é realizado 
por diversos recursos, ou até mesmo por diversas plataformas. Nesses casos, é 
comum que ocorram problemas de interoperabilidade entre os vários recursos que 
fornecem o serviço. Assim, este elemento tem como objetivo principal fazer uma 
imediação entre os diversos recursos que realizam os serviços. Em âmbito de da-
dos, os mediadores resolvem problemas de integração semântica. Já em âmbito de 
processos, resolvem problemas sobre a heterogeneidade da comunicação com os 
diversos recursos que realizam o serviço; 
• Ontologia: é o principal elemento do WSMO. Ele fornece a terminologia utilizada 
por outros elementos da aplicação. Ontologia está ligada com a semântica, isto é, re-
aliza a descrição formal das propriedades dos serviços fornecidos pela aplicação web. 
Ademais, o WSMO se baseia nos seguintes aspectos:
» Conformidade com a web: diz que WSMO utiliza os mesmos elementos usados 
em aplicações web, por exemplo, WSMO suporta XML, usa a técnica de des-
centralização de recursos, os recursos de WSMO possuem identificação única e, 
ainda, WSMO utiliza o conceito de namespaces para definições de espaços de 
informação consistentes;
» Base na ontologia: ontologia é o elemento central em WSMO e é usada como 
forma de modelar os dados. Ela é importante para as descrições dos serviços e 
também para a troca de informação dos componentes durante a realização do 
serviço. É igualmente relevante no WSMO tanto por permitir um reforço no pro-
cessamento de informação quanto por fornecer um suporte na interoperabilidade;
» Dissociação bem definida: diz que cada componente do serviço é especificado 
independentemente, isto é, sem considerar o uso ou a interação com outros com-
ponentes. Este aspecto está de acordo com a natureza aberta e distribuída de uma 
aplicação web, em que cada elemento possui uma única função, que deve ser 
realizada somente por ele mesmo;
» Mediação centralizada: é um aspecto considerado de suma importância para 
que o serviço seja realizado com sucesso. Permite manipular a heterogeneidade 
dos diversos recursos que trabalham para realizar o serviço;
» Separação do papel ontológico: muitas vezes, é necessário entre o desejo do 
usuário e o tipo de serviço disponível pela aplicação. Assim, as requisições dos 
usuários são formuladas independentemente da disponibilidade dos serviços forne-
cidos pela aplicação web. Isso é fundamental para que o sistema forneça os servi-
ços de forma eficiente e corrente, tendo sempre em vista o que é possível realizar;
» Execução semântica: WSMO se baseia no aspecto da “execução semântica”;
11
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
 » Serviços × serviços web: ao descrever os serviços realizados pelo WSMO, é 
preciso ter bem claro que ele especifica serviços web. Há uma sutil diferença entre 
serviço e serviço web. Um serviço web é uma entidade abstrata computacional que 
permite alcançar uma meta, já um serviço é o valor provido por essa invocação. 
Como mencionado anteriormente, WSMO é uma linguagem para descrever serviços 
com base em web semântica. Igualmente, WSMO se baseia em Meta-Object Facility 
(MOF), que define uma linguagem abstrata para a especificação de serviço. 
A arquitetura de MOF possui quatro camadas:
• Meta-meta-model: aqui, realizamos a definição da linguagem WSMO;
• Meta-model: é composta por WSMO;
• Model: nesta camada, encontram-se os mediadores, objetivos e web services;
• Information: aqui, são descritas as ontologias. 
A Figura 2 ilustra as camadas de MOF 
meta-meta-model
meta-model
model
information
MOF
WSMO
M3 - Layer
M2 - Layer
M1 - Layer
M0 - Layer
Descrição de WSMO
Web Service Concreto,
Domínios e dados para
descrição do serviço
Figura 2 – A relação entre MOF e WSMO
Fonte: Adaptada de WANG, 2012
De forma resumida, WSMO é baseado em MOF, isto é, WSMO foi construído utili-
zando o princípio de MOF. A figura anterior apresenta a arquitetura de MOF baseada em 
camadas. Na camada 0, temos a descrição da ontologia; na camada 1, a descrição do 
WSMO; na camada 2, o próprio WSMO; e, por fim, na camada 3, a definição de WSMO. 
Para a definição de um WSMO, são criadas classes e subclasses, assim como são espe-
cificados atributos. Quando definimos um WSMO, as seguintes suposições são realizadas:
• Cada atributo pode ser configurado para assumir vários valores; 
• Para alguns elementos de WSMO, é necessário definir atributos levando em consi-
deração diversos tipos de dados. 
Para descrevermos um modelo conceitual de WSMO, usamos class, subclass, atributos 
e algumas palavras-chave. 
12
13
Em WSMO, os dados são do tipo literal. WSMO utiliza ontologia para descrever ser-
viço. Na ontologia, temos algumas propriedades não funcionais, que são: data, formato 
de dado, versões etc. 
Podemos dizer que cada execução de WSMO, ou seja, cada serviço realizado por 
WSMO, é uma instância de serviço. WSMO é uma linguagem de modelação de serviço 
muito utilizada no mercado, pois possui fácil sintaxe e fácil compreensão, além de ser 
um mecanismo robusto para descrever serviço de uma aplicação web. 
Como mencionado nesta seção, os quatros principais elementos do WSMO são obje-
tivos, web services, ontologia e mediadores. A próxima seção, por sua vez, apresenta um 
amplo estudo sobre web services.
Web Services
Observamos duas definições para web services: uma clássica, isto é, mais antiga, 
mais difundida na literatura, e outra mais “pura”. Veremos a primeira definição de web 
services, a mais clássica. 
De maneira bem simples, podemos definir web services como um mecanismo para 
integrar sistemas, permitindo uma fácil comunicação entre as aplicações. Estas são de-
senvolvidas utilizando a mais variada gama de tecnologia, ou seja, cada aplicação é 
construída com uma linguagem de programação diferente, assim como uma plataforma 
diferente, entre outros aspectos que, muitas vezes, são conflitantes na comunicação 
entre duas ou mais aplicações. A partir do uso de web services, é possível que as aplica-
ções interajam entre si, comuniquem-se, mesmo sendo desenvolvidas com tecnologias 
incompatíveis. Essa comunicação é possibilitada por meio da utilização de uma lingua-
gem universal, por exemplo, o XML. 
Em outra definição, podemos definir web services, grosso modo, como serviços realiza-
dos via web. Na primeira definição de web service, ele é visto como uma forma de realizar 
comunicação entre diferentes aplicações. A comunicação também pode ser vista como 
uma realização de serviço, podendo, inclusive, ser considerada, a rigor, como um serviço. 
Assim, as duas definições se convertem.
No estudo de web services, devemos realizar uma breve análise sobre o conceito 
de SOAP (Simple Object Access Protocol). Esse protocolo utiliza arquivos XML para 
simplificar não apenas a comunicação entre as aplicações mas também a realização 
de serviços via HTTP. A ideia principal do SOAP é facilitar a troca de dados entre as 
aplicações. Assim, esse protocolo não impõe ou define regras, modelo de programação,linguagem de programação, arquitetura ou qualquer aspecto semântico da implementa-
ção. Esse fato é importante e muito notório porque o serviço pode ser “prestado” sem 
qualquer arquitetura, linguagem de programação ou outro aspecto de divergência de 
tecnologia, permitindo, assim, a interoperabilidade e a intercomunicação entre diferen-
tes computadores. Essa facilidade se torna possível por meio do uso do XML. Por esse 
motivo, o SOAP se tornou muito popular no desenvolvimento de aplicações web, forne-
cendo uma maneira para descrever interfaces dos serviços web. Tais interfaces são com-
plementadas posteriormente, isto é, serão especificadas com mais detalhes e usando o 
13
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
mecanismo UDDI (Universal Description, Discovery and Integration). Esse mecanismo 
é utilizado para realizar descobertas dinâmicas de descrições de serviço. 
O objetivo principal do UDDI é permitir uma melhor forma para realizar interoperabili-
dade e utilizar os web services. Ele realiza um serviço de registro de nomes de organizações 
e descrição do serviço a ser realizado. Em palavras simples, o UDDI nada mais é do que um 
serviço de diretório em que as organizações podem publicar e buscar serviços web. 
Um UDDI deve conter três informações:
• Informações da organização, isto é, nome, endereço e contato;
• Informações sobre o serviço e a categoria de negócio;
• Informações técnicas sobre o serviço fornecido pela organização.
Ainda sobre UDDI, podemos afirmar que ele fornece duas funções básicas, que são:
• Publicação: permite que a empresa divulgue os seus serviços;
• Descoberta: permite que o cliente procure os serviços que deseja. 
Um UDDI gerencia informações sobre os serviços da web. Assim, as organizações que 
disponibilizam algum serviço web podem utilizar o UDDI para apresentar os seus servi-
ços. Em contrapartida, clientes podem usá-lo para descobrir serviços que lhes interessem. 
Ao implementarmos um UDDI, precisamos especificar:
• determinadas APIs SOAP que serão utilizadas para publicar e obter informações de 
um registro UDDI;
• arquivos XML para determinar as mensagens SOAP;
• WSDL das APIs SOAP;
• definições de registro do UDDI.
Para descrevermos um serviço, utilizamos SOAP, UDDI, web services e WSDL. 
A Figura 3 ilustra como esses elementos se relacionam.
É acessado usando
Descreve
Permite a
descoberta de
Ligação para
Permite a
comunicação
UDDI
SOAP
WSDL
Web Services
Figura 3 – WSDL, UDDI, SOAP, web services
Fonte: Adaptada de ERL, 2009
14
15
A figura anterior representa bem a relação entre WSDL, web services, SOAP e 
UDDI. Fazendo uma leitura dessa figura, podemos observar que um UDDI é utilizado 
para descobrir WSDL. Vale lembrar que WSDL é uma linguagem que permite descre-
ver o serviço. A partir do uso de UDDI, podemos também acessar o SOAP, o arquivo 
XML que permite a comunicação entre as aplicações. Olhando a figura da perspectiva 
da WSDL, observamos que, a partir da WSDL, podemos tanto descrever web services
quanto fazer uma ligação para o SOAP. Por último, analisando a figura da perspectiva do 
SOAP, notamos que este é o elemento que permite a comunicação entre as aplicações. 
Funções de web services
Web services permitem que organizações disponibilizem serviços e que clientes aces-
sem serviços na web. Todavia, um serviço pode ser interpretado de várias maneiras e, 
ainda, ser colocado em diversos contextos (ERL, 2009). Assim, um serviço web pode 
trocar de papéis ou ser designado para múltiplos papéis simultâneos. Por exemplo, um 
web service pode assumir o papel de: 
• Provedor de serviços: um web service assume o seu papel clássico, o de prover 
serviços. Nessa perspectiva, um web service expõe uma interface pública que con-
tém a descrição de seus serviços para que o usuário consiga encontrar e realizar 
um serviço interessante. Considerando o modelo cliente-servidor, o provedor de 
serviço pode ser compreendido como o servidor. É importante observar que o 
termo “provedor de serviço” também é utilizado para definir a organização que irá 
prover o serviço; 
• Solicitante de serviço: como mencionado anteriormente, um web service pode 
tanto fornecer um serviço quanto solicitar um serviço para outro web service. Vamos 
supor que um serviço deva ser realizado por dois web services, isto é, dividido por 
dois web services. Assim, o primeiro web service realiza parte do serviço e solicita 
que o outro web service termine a execução desse serviço;
• Intermediário: o web service assume este papel quando o web service recebe uma 
mensagem de uma solicitação de serviço e apenas a encaminha para outro web 
service que possa respondê-la. É importante observar também que, nesse contexto, 
o web service pode agir como um provedor de serviço que recebe a mensagem e 
como um solicitante de serviço, repassando a solicitação para outro web service;
• Remetente inicial: trata-se do web service responsável por iniciar a transmissão 
da mensagem. Quando um web service assume este papel, ele também pode ser 
considerado como um solicitante de serviço. Vale a pena comentar que o termo 
“Remetente inicial” foi criado para diferenciar dos intermediadores o primeiro web 
service que envia a mensagem;
• Receptor final: é o web service que recebe a mensagem no final. Assim, neste 
papel, o serviço representa o destino final de uma mensagem.
Descrição da estrutura de web services
A descrição de um web service é realizada por uma coleção de documentos de defini-
ções, os quais atuam como blocos de construção para realizar a descrição de um serviço. 
15
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
À vista disso, temos que:
• abstração: é a descrição de uma interface de web service. Nessa descrição, não são 
considerados detalhes de implementação, isto é, aqui os serviços são descritos sem 
detalhes de implementação do serviço que o web service irá realizar;
• concreto: representa a localização e a informação sobre a implementação de um 
web service. Aqui, são apresentados detalhes sobre a implementação do serviço;
• definição de serviço: é dada por um documento WSDL que possui as definições 
de interface (abstrato) e implementação (concreto);
• descrição do serviço: é fornecida mediante um único arquivo WSDL responsável 
pela definição do serviço. 
A Figura 4 ilustra como esses elementos se relacionam para compor o web service. 
Descrição do serviço
Abstrato
Concreto
De
nição da
interface do
serviço
De
nição da
implementação
do serviço
De
nições 
suplementares
Figura 4 – Conteúdo de uma descrição de serviço
Fonte: Adaptada de ERL, 2009
Conclusão e Resumo da Unidade
Atualmente, é normal uma aplicação web fornecer algum tipo de serviço. Nesta Uni-
dade, estudamos a descrição de serviços fornecidos pelas aplicações web. O foco maior, 
aqui, é no estudo de Web Service Modeling Ontology (WSMO), que é uma linguagem 
conceitual para modelar aspectos relevantes relacionados com serviços web e que utiliza 
semântica web para descrever tais serviços. 
Semântica web pode ser compreendida como uma técnica que permite que humanos 
e computadores trabalhem em conjunto para gerir informações provindas da internet. 
Ela facilita a busca pela informação por meio da web. Trata-se de um sistema que per-
mite que o computador leia um bloco de informação, podendo, inclusive, realizar uma 
inferência com outros blocos de informações para gerar um conhecimento maior. 
Ademais, WSMO possui quatro elementos básicos: objetivos, web services, mediado-
res e ontologia. Objetivos expressam os interesses dos usuários, o que eles esperam que 
16
17
aplicação web realize de serviço. Por sua vez, web services são a descrição dos serviços 
realizados pela aplicação. Já mediadores são responsáveis por realizar a intermediação 
entre os diversos recursos que prestam os serviços. Por fim, ontologia é o elemento cen-
tral do WSMO, é aquele que fornece a semântica. 
Nesta Unidade, comentamos bastante sobre web services. De maneira bem simples, 
podemos defini-loscomo um mecanismo para integrar sistemas, permitindo uma fácil 
comunicação entre as aplicações. Estas são desenvolvidas utilizando a mais variada gama 
de tecnologia, isto é, cada aplicação é construída com uma linguagem de programação 
diferente, assim como uma plataforma diferente, entre outros aspectos que, muitas vezes, 
são conflitantes na comunicação entre duas ou mais aplicações. 
Para finalizarmos o nosso estudo, podemos concluir que, pelo fato de aplicações web
fornecerem algum tipo de serviço, é importante realizar uma modelagem do serviço. 
Nesta Unidade, focamos, portanto, em modelar serviços. Para isso, apresentamos o 
WSMO, que é uma linguagem para modelar web services muito utilizada no mercado. 
17
UNIDADE Web Service Modeling Ontology
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Uma análise conceitual das linguagens semânticas de 
serviços web: comparação entre OWL-S, WSMO e SAWSDL
Nesse artigo, é possível realizar uma comparação de WSMO com outras linguagens 
de serviço.
https://bit.ly/3g51UxR
Composição de serviços Web semânticos 
Nessa monografia, você pode aprofundar o conhecimento em web semântica.
https://bit.ly/3g1KhiH
BI 2.0 e Web Semântica: como lidar com os problemas de latência 
entre o evento e a tomada de decisão com a Web Semântica
Nesse relatório técnico, podemos abstrair mais conhecimento sobre a web semân-
tica e analisar o impacto dela na web. 
https://bit.ly/3wQWTim
FrameWeb-LD: uma abordagem baseada em ontologias para a 
integração de sistemas de informação web e a web semântica
Nessa dissertação, há um framework baseado em web semântica. 
https://bit.ly/3dY8PGr
18
19
Referências
ROMAN, D. et al. WSMO-Lite and hRESTS: lightweight semantic annotations for 
Web services and RESTful APIs. Journal of Web Semantics, v. 31, p. 39-58, 2015.
RUSLI, H. M. et al. Generating finite state machine from WSMO choreography for 
testing Web services. Tenth International Conference on Digital Information 
Management (ICDIM), Korea, 2015.
WANG, H. et al. A formal model of the Semantic Web Service Ontology (WSMO). 
Information Systems, v. 37, n. 1, p. 33-60, 2012.
Sites Visitados
ERL, T. Tutorial sobre WebServices, 2009. Disponível em: <https://www.devmedia.
com.br/web-services/2873>. Acesso em: 08/09/2020.
MORISSON, G. R. Composição de serviços Web semânticos, 2010, Disponível em: 
<http://monografias.ice.ufjf.br/tcc-web/exibePdf?id=60>. Acesso em: 31/08/2020.
19

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