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CLASSE CESTODA Características - Apresentam formato de fita - Achatados dorsoventralmente - Hermafroditas - Tamanho de corpo varia conforme a espécie - As formas adultas localizam-se no trato digestivo; - Tegumento elástico com vilosidades e poros por onde o parasita obtém seu alimento - Sistema digestivo ausente (alimenta-se por perfusão). Necessitam pelo menos um hospedeiro intermediário para completar o ciclo biológico; - São heteróxenos obrigatórios: - Adultos parasitam vertebrados - Larvas: (in)vertebrados - Têm corpo segmentado dividido em: - Escólex (para fixação) - Colo - Estróbilo (dividido em proglotes) Morfologia/ Divisão do corpo: Escólex - Cabeça - Órgão adaptado para a fixação do cestoda na mucosa do intestino delgado; - Ventosas musculosas com acúleos no rostro (probóscide) para fixação - Apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular. • Formas de escólex - Triangular - Afilado - Globoso - Com rostelo e ventosas sem ganchos - Com rostelo e ventosas com ganchos Colo - Situado imediatamente após o escólex; - Não tem segmentação, mas suas células estão em constante atividade reprodutora, dando origem às proglotes jovens; - É conhecida como zona de crescimento ou formação de proglotes. Estróbilo: - É o corpo do helminto, formado pela união de proglotes; - Pode conter de 800 a 1000 proglotes e medir 3m (T. solium) ou 8m (T. saginata); • Proglotes - Individualidade alimentar e sexual; - Podem ser classificadas conforme o estado reprodutivo: Jovens, maduras e grávidas; - Hermafroditas. • Formas de proglotes 1 - Jovem: Sem estruturas de reprodução. 2 - Madura: Costumam ser mais largas e com aparelho genital maduro, podendo existir diversos testículos espalhados na mesma proglote. Os ovários são lobulados com um útero em forma de saco entre eles e glândulas vitelinas abaixo. 3 - Grávida: São largas e longas, com ovários e saculações em involução e útero desenvolvido repleto de cápsulas ovígeras. Costumam se localizar na parte final do estróbilo. Tipos larvares: 1 - Cysticercus: vesícula semitranslúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está invaginado e que pode apresentar rostelo com ganchos ou não. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é vertebrado. 2 - Estrobilucercus 3 – Coenurus 4 – Cysticercóide: o hospedeiro intermediário é um invertebrado. Sua vesícula é praticamente sem líquido e com um protoescólice invaginado ou envaginado. 5 - Cisto hidático Principais cestodas: - Cães (Taenia multiceps, Echinococcus granulosus, Dipylidium caninum) e gatos (Taenia Taeniformes). - Aves (Davainea proglotina, Railletina tetragona). - Equinos (Anoplocephala perfoliata, Paranoplocephala mamillana); - Ruminantes (Moniezia expansa, Moniezia benedeni, Fasciola hepática, T. saginata) - Suíno: Taenia solium Complexo teníase – cisticercose: Ordem Cyclophilidea Família Taeniidae - Teníase é caracterizada pela presença da forma adulta no intestino delgado do HD; - Ingestão de carne bovina ou suína mal cozidas e com larvas - Cisticercose é a alteração provocada pela larva (cisticerco) nos tecidos dos HI → Taenia solium - Ingestão de ovos do parasita por meio, por exemplo, de verduras e legumes mal lavados ou água contaminada. - São 2 enfermidades distintas causadas pelos mesmos agentes, porem em fases distintas de seu ciclo biológico • Características - Quatro ventosas no escólex; - Proglótides se desprendem e saem nas fezes; - Popularmente conhecidas como solitárias. - Taenia solium (HI: suínos), T. saginata (HI: bovinos) - São vermes hermafroditas e endoparasitas, com o corpo comprido e achatado. - Não possuem cavidade celomática ou canal alimentar. - As tênias adultas vivem no intestino delgado do homem (HD) - O cisticerco do T. solium é encontrado nos tecidos subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e ocular dos suínos e acidentalmente no homem. - O cisticerco de T. saginata é encontrado nos tecidos dos bovinos. HD: homem - forma adulta HI: bovinos (T. saginata) e suínos (T. solium) – forma larvar (cisticerco) o Escólex: - Taenia solium possui um rostro globoso armado com uma fileira de 25 a 50 acúleos (ganchos). - T. saginata possui rostro com ventosas dispostas em quadrangular. o Estróbilo: - Pode conter de 800 a 1000 proglotes e medir 4m (T. solium) ou 8m (T. saginata). - Cada proglote grávida pode produzir 60,000 ovos - A morfologia das ramificações uterinas é do tipo dendrítica em T. solium, parecendo ramos de árvore e pouco numerosas e dicotômica em T. saginata, com ramificações paralelas, apenas bifurcando nas extremidades e em maior número. Ovos: - Microscopicamente é impossível distinguir os ovos das duas tênias; - São esféricos e medem 30um de diâmetro; - Possuem uma casca protetora chamada embrióforo; - Dentro do embrióforo encontramos o embrião chamado de oncosfera ou hexacanto (com três pares de acúleos), que se desenvolverá até cisticerco. Cisticerco - Larva de cerca de um centímetro de diâmetro em média, formada por uma vesícula contendo o escólex invaginado e um líquido no seu interior denominado líquido vesicular, com propriedades imunogênicas. - Podem atingir até 12mm de comprimento, após 4 meses de infecção; Transmissão - Teníase: ingestão de carne bovina ou suína mal cozida contaminada com cisticercos → ingestão da larva - Cisticercose: ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium. - Auto-infecção interna e externa Cisticercose - A cisticercose é que causa as lesões realmente graves no homem. - As manifestações clínicas dependem da localização, do número de parasitos, seu estágio de desenvolvimento e a característica orgânica do paciente. - Podem atingir qualquer tecido do corpo (muscular, nervoso, olhos). Homem: hospedeiro acidental Patogenia e sintomatologia Podem causar: • Cisticerco: fenômenos tóxicos alérgicos e inflamatórios: convulsões; • Adultos: pode provocar hemorragia na mucosa; Neurocisticercose A neurocisticercose é uma condição causada pela presença de cisticercos, uma forma larval do helminto Taenia solium, em qualquer parte do sistema nervoso central (encéfalo, medula espinhal, retina) do ser humano. Diagnóstico Parasitológico: • Proglotes e ovos nas fezes; • Diagnóstico específico: Tamização (lavagem de todo o bolo fecal em peneira à procura de proglotes) Clínico: • Praticamente impossível nos pacientes com teníase. • Na cisticercose as alterações patológicas são mais visíveis. Diagnóstico - Os métodos mais usados detectam anticorpos no soro, líquido cefalorraquidiano e humor aquoso. - Reação imunoenzimática utilizando antígenos purificados dos cistos de T. solium (reação cruzada com Echinococcus granulosus) Epidemiologia - A prevalência pode depender da cultura do povo; - Abatedouros clandestinos; - Tipo de criação dos suínos; - Hábito coprofágico do suíno; - Contaminação do bovino no pasto; Quanto a contaminação humana, a mais comum é a heteroinfecção. • Água contaminada com fezes; • Disseminação de ovos por moscas e baratas; • Acidentes de laboratório. Profilaxia - Impedir o acesso dos porcos às fezes; - Tratamento dos casos humanos; - Não comer carne mal cozida e verduras mal lavadas - Água filtrada - Melhoria do sistema de criação dos animais. Tratamento - Teníase: simples e eficiente, é feito com a utlização do praziquantel. - Neurocisticercose - Combinação de antihelmínticos, antinflamatórios e com a correção dos efeitos resultantes das alterações. - Cirurgia. Gênero Davainea Blanchard, 1891 Cestoide pequeno; escólice com rostelo e ventosa armada com acúleos pequenos; proglotes com formato variado; bolsa do cirro desenvolvida; poucos testículos por proglotes. Davaineaproglotina Hospedeiro definitivo: Galináceos (intestino) Hospedeiro intermediário: Moluscos terrestres Local: Forma adulta no duodeno. Forma larvar: cisticercóide Características morfológicas da forma adulta: - Estróbilo com poucas proglotes (<15); - Aparelho genital simples; - Ventosas com muitos ganchos no escólex; - Poro genital lateral e alternado nas proglotes; - Cápsulas ovígeras com 1 ovo no seu interior. Ciclo biológico - Proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos. - Desenvolvimento do cisticercóide e o HD se infecta ingerido o HI - No tubo digestivo do HD as formas larvares se desenvolvem e se fixam no intestino delgado como adultas, onde acabam o desenvolvimento do seu ciclo biológico. - Bastante patogênico - Infecções podem levar a quadros de inflamação intestinais - Queda de produção (ganho de peso) gerando sérios prejuízos econômicos Railletina tetrágona Hospedeiro definitivo: Galináceos Hospedeiro intermediário: Moluscos terrestres, formigas e moscas Local: forma adulta no duodeno Forma larvar: Cisticercóide Características morfológicas da forma adulta: - Vária proglotes imaturas (mais largas que altas); - Cápsulas ovígeras contendo de um a diversos ovos; - Rostelo com ventosas musculosas e com duas fileiras de ganchos pequenos; - Poro genital alternado ou unilateral Ciclo Biológico: - Proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos; - No corpo do HI ocorre o desenvolvimento do cisticercóide; - HD se infecta ingerido o HI; - No tubo digestivo do HD, as formas larvares se desenvolvem e se fixam no intestino delgado como adultas, onde acabam o desenvolvimento do seu ciclo biológico. Importância em Médica Veterinária: - Menor produtividade do plantel; - Menor ganho de peso - Perdas econômicos. - Comum em criações industriais pela dificuldade de controlar moscas. Anoplocephala perfoliata - Hospedeiro definitivo: Equinos - Hospedeiro intermediário: Ácaros oribatídeos - Local: forma adulta no intestino delgado e grosso - Forma larvar: cisticercóide Características morfológicas da forma adulta: - Escólex com 4 apêndices digitiformes; sem ganchos (2 dorsais e 2 ventrais) - Ventosas olham para as laterais; - Proglótides empilhadas e largas; - Útero lobado - Poro genital abre-se anteriormente na proglote. - Adulto mede de 5 a 8 cm - Apêndices (orelha) - Proglotides apresentam apenas um par de órgãos sexuais; - Ovos medem de 65 a 80um de diâmetro. - Cosmopolita - Regiões tropicais com alta umidade - Brasil: região centro sul e Nordeste. - Redução da luz intestinal - Irritação de mucosas - Lesões ulcerativas - Enterite catarral ou hemorrágica Equinos se alimentam de pastagem contaminada Ácaros com cisticerco Diagnóstico Exame parasitológico de fezes - Sedimentação seguido de flotação com solução saturada de sacarose Tratamento Praziquantel Paranoplocephala mamillana - Hospedeiro definitivo: Equinos - Hospedeiro intermediário: Oribatídeos. - Local: forma adulta no intestino delgado ou região pilórica do estômago. - Forma larvar: Cisticercóide. Características morfológicas da forma adulta: - Fendas nas ventosas; - Ovário de um lado e testículos do outro; - Tamanho do corpo menor que Anoplocephala. - Fixam-se na válvula íleo cecal e parede do ceco, promovendo lesões ulcerativas - Timpanismo e problemas digestivos provocado pela obstrução; - Cólica - Icterícia por obstrução do colédoco. - Enterite catarral e hemorragias Ciclo biológico Moniezia spp. Características forma adulta: - Escólex globoso com ventosas bem visíveis e sem rostelo (probóscide); - Pescoço fino e longo; - Aparelho genital duplo; - Atingem 4,5 a 6 m; - Ovos triangulares; - Glândulas interproglotidianas Moniezia expansa - Hospedeiro definitivo: Ruminantes. - Hospedeiro intermediário: oribatídeos (ácaros cryptostigmata). - Local: forma adulta no intestino delgado. - Forma larvar: Cisticercóide. Características morfológicas da forma adulta: - Glândulas interproglotidianas espalhadas nas bordas posteriores das proglótides (12-30 grupos)] - ID de caprinos e ovinos - Pode alcançar até 6 m - Os ovários e as glândulas vitelinas formam um anel em cada lado e no centro os canais excretores - Os ovos tem formato triangular e que medem de 56 a 57um de diâmetro - Proglótides grávidas destacam-se do estróbilo e são eliminados periodicamente juntamente com as fezes; - Ovos são liberados das proglótides e são ingeridos por ácaros oribatídeos de vários gêneros que vivem normalmente nas pastagens; - A oncosfera no seu interior se libera do embrióforo e se desenvolve em larvas do tipo cisticercóide num período de 2 a 6 semanas; - Os animais se infectam ingerindo acidentalmente os ácaros juntamente com as pastagens; - No ID do HD, ocorre a liberação da larva cisticercóide, e maturação sexual em torno de 45 dias. Moniezia benedeni - Hospedeiro definitivo: Ruminantes. - Hospedeiro intermediário: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata). - Local: forma Adulta no intestino delgado - Forma larvar: Cisticercóide. Características morfológicas da forma adulta: - Glândulas interproglotidianas comprimidas no terço mediano das bordas das proglótides. - Altas infecções em cordeiros jovens podem levar a redução do peso corporal reduzindo assim a qualidade da lã. Ciclo biológico: - proglótides e ovos são eliminadas junto as fezes e podem ser ingeridos por pássaros que deste modo disseminam; - Os cisticercoides se desenvolvem em ácaros de vida livre nas pastagens (em torno de quatro meses) - Os ruminantes se infectam ingerindo a pastagem contaminada com ácaros e começam a eliminar proglótides maduras num período de seis semanas. - Animais com menos de seis meses de idade são os mais acometidos, portanto há divergências quanto ao seu efeito patogênico. Echinococcus granulosus Família Taeniidae HD: cão e canídeos silvestres HIs: ruminantes domésticos e silvestres, homem, primatas, suínos, coelhos Localização: adultos: intestino delgado do cão larvas (cistos hidáticos): fígado e pulmões (principalmente) do HI. Distribuição: cosmopolita Características - Adulto: 6 mm de comprimento (uma das menores espécies de tenídeos conhecidas); - Escólex típico de tenídeos com rostro e dupla coroa de acúleos; - colo curto; - estróbilo: 3 ou 4 segmentos, sendo que o último é grávido e ocupa cerca de metade do seu comprimento; - cada segmento possui uma única abertura genital; Ciclo biológico: cisto hidático ou hidátide - Até 20 cm de diâmetro no fígado e pulmões - Formado por membrana externa e epitélio germinativo interno: originam vesículas - Cada vesícula contém várias escólices - Vesículas unem-se aos escólices e formam a “areia hidática” - Vesículas-filhas ou cistos secundários: formam-se dentro ou fora do cisto-mãe, sendo que estas podem alcançar outras partes do organismo do hospedeiro, além de fígado e pulmões - PPP = 40 a 50 dias; - Oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem sobreviver no ambiente por até 2 anos; - Desenvolvimento larval geralmente ocorre no fígado ou pulmões, eventualmente em outros órgãos e tecidos; - Cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a 12 meses Patogenia e sintomatologia clínica: - Cão e canídeos - Normalmente não manifestam sintomas - Pode abrigar milhares de parasitas; - Infecções maciças: episódios de diarréia catarral hemorrágica; - HI (hidátide) - No fígado ou pulmões: pode não causar graves distúrbios, sendo encontrada na necrópsia ou abate; - Hidatidose hepática: hiporexia, ruminação alterada, diarréia, emagrecimento progressivo e hepatomegalia;- Hidatidose pulmonar: tosse sibilante frequente com taquipnéia e dispnéia; - Instalação em um local pouco comum da oncosfera (rins, pâncreas, SNC ou canal medular de ossos longos): vários sinais podem ocorrer de acordo com a localização e o tamanho da hidátide; - Compressão de órgãos vizinhos e destruição de tecidos adjacentes; - Pode ocorrer degeneração da hidátide e posterior calcificação; - se um cisto hidático se romper há o risco de ocorrer uma anafilaxia ou de cistos secundários retomarem o desenvolvimento em outras regiões do corpo. 1 hidátide fértil = 3 a 6ml de areia hidática 1ml da areia hidática = 400.000 escólices Epidemiologia - Homem adquire a infecção pela ingestão de oncosferas da pelagem dos cães ou de alimentos contaminados por fezes de cães; - O ciclo silvestre ocorre entre canídeos e ruminantes selvagens e se baseia na predação ou ingestão de cadáveres. Diagnóstico - Clínico: • extremamente difícil (sintomatologia pouco evidente tanto no HD como no HI) - Laboratorial • pesquisa de proglotes nas fezes dos cães por tamização (difícil - proglotes são pequenas e escassas: 2-3 mm) • testes sorológicos no homem: fixação de complemento, eletroforese • necroscópico: encontro dos pequenos cestóides no intestino delgado; • diagnóstico por imagem • cirúrgicas de exploração Tratamento - Cães: praziquantel - Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos; albendazol. Controle: - Cães: tratamento regular para eliminar as tênias adultas; - Prevenção da infecção impedindo o acesso às vísceras contendo hidátides em matadouros e controle da população de cães abandonados CLASSE TREMATODA Características Família Fasciolidae - Corpo chato com formato foliáceo; - Não são segmentados → SEM PROGLOTES; - Cutícula externa resistente e espinhosa com musculatura na lâmina basal que determina sua forma; - Possui ventosas oral e abdominal para fixação no hospedeiro e movimentação sobre o mesmo - Atingem 2-3 cm comprimento - Ceco muito ramificado termina no poro excretor terminal; - Testículos ramificados - Cirrus: órgão responsável pela cópula: são hermafroditas - Ovos grandes - Presença de glândulas vitelínicas laterais (produzem vitelo, matéria necessária para formação do ovo); - Ciclo heteróxeno HI: moluscos HD: parasita ductos biliares de ovinos, bovinos e outros mamíferos Fasciola hepatica Filo: Platyhelminthes Classe: Trematoda Ordem: Digenea Ciclo biológico: FASE I: - Ducto biliar (fígado) → ovos saem nas fezes pelo ducto colédoco → transporte da bile para o duodeno - A eclosão dos ovos só ocorre na água e em presença de luz geram indivíduos (embriões) ciliados chamados miracídios → larvas Nadam ativamente e penetram na parte mole de caramujos anfíbios do gênero Lymnaea O miracídio sabe que deve ir ao caramujo por QUIMIOTAXIA – atração química Ovo → miracídio: 14 dias Cada indivíduo: 10.000 ovos/ dia ventosa FASE II: Miracídios - Liberado do ovo por pressão e com ajuda dos cílios vai ao meio aquático, onde só assim sobrevive; - Possuem probóscide pela qual se fixam no HI (molusco terrestre); - Na região do hepato-pâncreas do molusco, transforma-se em esporocisto (estrutura rica em células germinativas) Miracídio → esporocisto: 14 dias FASE III: Esporocistos - Multiplicam-se e dão origem ao terceiro estágio larval: rédias - Cada esporocisto produz 8 – 40 rédias (1-2 mm) Esporocisto → Rédias: 14 – 28 dias FASE IV: Rédias - Cilíndricas com orifício oral - Darão origem às cercáreas em 7 semanas - Cada rédia origina em torno de 20 cercáreas Rédias → cercáreas: 14 – 28 dias FASE V: Cercárias: - São liberadas das rédias pelo poro genital - São liberadas do molusco (HI) pelo orifício respiratório - Nadam ativamente e perdem a cauda em 2 horas - Fixam-se em folhas de capim e plantas aquáticas - Suas glândulas secretam proteínas que darão origem a um cisto: encistamento → metacercárias tornam-se infectantes 12-24 horas após enistamento - Infectam o ambiente - As metacercárias dos fasciolídeos encistam-se na vegetação, tendo a vantagem estratégica de serem engeridas pelos ruminantes durante o pastejo - Seres humanos consomem alimentos que os colocam em contato com possíveis infecções por trematódeos (verduras mal higienizadas) Patogenia - Dependem do número de metacercárias ingeridas. - Em condições naturais os ovinos não apresentam imunidade, as infecções sucessivas são aditivas e na necropsia pode se encontrar distintos estádios evolutivos. - Nos hospedeiros infectados como o homem o verme pode se locar no pulmão, baço, pele e outras localidades. - As alterações são observadas durante a passagem do parasito através da parede do parênquima hepático e nos ductos biliares. - Didaticamente, o quadro clínico pode ser sub-dividido em fases aguda e crônica Fase aguda - Os trematódeos jovens migram no parênquima hepático provocando hepatite e hemorragias. - Os animais podem morrer em poucos dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Fase crônica - Mais comum em bovinos e em outros animais inclusive o homem - Inflamação (hiperplasia ductos biliares) - Anemia e hipoproteinemia = perda de mais de 0,5 ml de sangue por trematódeo - Formação de trombos nas veias hepáticas e sinusóides e a obstrução do fluxo sanguíneo por esses trombos pode causar uma necrose isquêmica e coagulativo no fígado - Clinicamente a doença se manifesta por perda progressiva da condição física, anemia, emaciação, edema e ascite. - Colangite e Fibrose hepática. Tratamento: Diagnóstico • Clínico • Laboratorial Identificação dos ovos em exame coprológico - Método de sedimentação Necrópsia Epidemiologia • A ocorrência da fasciolose numa região depende de uma fonte de infecção (animal parasitado) e de condições que permitam o desenvolvimento dos ovos e do molusco Lymnaea. • Estes moluscos vivem em locais alagadiços como açudes e brejos e em locais sujeitos a inundações periódicas. • Em regiões de vale a fasciolose pode ocorrer durante todo o ano • Épocas de chuva: maior frequência (fezes são carreadas) • Épocas de seca: diapausa • Os caramujos são capazes de suportar a seca do verão ou o congelamento do inverno por vários meses, estivando ou hibernando na lama profunda. • Nutrem-se principalmente de algas. • Faixa ideal de temperatura para o desenvolvimento é de 15 a 22 °C; abaixo de 5 °C, cessa o desenvolvimento. Controle - tratamento dos animais - evitar a utilização dessas áreas para o pastejo dos animais (impossível eliminar os habitats de Lymnaea) - Lembrar: - ovos somente realizam desenvolvimento embrionário em locais úmidos. - miracídio tem pouco tempo de vida e necessita penetrar no molusco dentro de poucas horas após sua eclosão. 1. Empregar molusquicidas 2. Drenar áreas úmidas 3. Eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos moluscos.
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