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Cestódeos e Trematódeos

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CLASSE CESTODA 
Características 
- Apresentam formato de fita 
- Achatados dorsoventralmente 
- Hermafroditas 
- Tamanho de corpo varia conforme a espécie 
- As formas adultas localizam-se no trato digestivo; 
- Tegumento elástico com vilosidades e poros por onde o parasita obtém seu alimento 
- Sistema digestivo ausente (alimenta-se por perfusão). 
 
Necessitam pelo menos um hospedeiro intermediário para completar o ciclo biológico; 
- São heteróxenos obrigatórios: 
- Adultos parasitam vertebrados 
- Larvas: (in)vertebrados 
- Têm corpo segmentado dividido em: 
- Escólex (para fixação) 
- Colo 
- Estróbilo (dividido em proglotes) 
 
Morfologia/ Divisão do corpo: 
 Escólex 
- Cabeça 
- Órgão adaptado para a fixação do cestoda na mucosa do intestino delgado; 
- Ventosas musculosas com acúleos no rostro (probóscide) para fixação 
- Apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular. 
• Formas de escólex 
- Triangular 
- Afilado 
- Globoso 
- Com rostelo e ventosas sem ganchos 
- Com rostelo e ventosas com ganchos 
 
 
 
 
 Colo 
- Situado imediatamente após o escólex; 
- Não tem segmentação, mas suas células estão em constante atividade 
reprodutora, dando origem às proglotes jovens; 
- É conhecida como zona de crescimento ou formação de proglotes. 
 
 Estróbilo: 
- É o corpo do helminto, formado pela união de proglotes; 
- Pode conter de 800 a 1000 proglotes e medir 3m (T. solium) ou 8m (T. saginata); 
• Proglotes 
- Individualidade alimentar e sexual; 
- Podem ser classificadas conforme o estado reprodutivo: 
 Jovens, maduras e grávidas; 
- Hermafroditas. 
• Formas de proglotes 
1 - Jovem: 
Sem estruturas de reprodução. 
2 - Madura: 
Costumam ser mais largas e com aparelho genital maduro, podendo existir diversos 
testículos espalhados na mesma proglote. Os ovários são lobulados com um útero em 
forma de saco entre eles e glândulas vitelinas abaixo. 
3 - Grávida: 
São largas e longas, com ovários e saculações em involução e útero desenvolvido repleto 
de cápsulas ovígeras. Costumam se localizar na parte final do estróbilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos larvares: 
1 - Cysticercus: vesícula semitranslúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está invaginado e que 
pode apresentar rostelo com ganchos ou não. Nesse tipo larvar o hospedeiro intermediário é vertebrado. 
2 - Estrobilucercus 
 
 
 
3 – Coenurus 
4 – Cysticercóide: o hospedeiro intermediário é um invertebrado. Sua vesícula é praticamente sem líquido e com 
um protoescólice invaginado ou envaginado. 
5 - Cisto hidático 
 
Principais cestodas: 
- Cães (Taenia multiceps, Echinococcus granulosus, Dipylidium caninum) e gatos (Taenia Taeniformes). 
- Aves (Davainea proglotina, Railletina tetragona). 
- Equinos (Anoplocephala perfoliata, Paranoplocephala mamillana); 
- Ruminantes (Moniezia expansa, Moniezia benedeni, Fasciola hepática, T. saginata) 
- Suíno: Taenia solium 
 
Complexo teníase – cisticercose: 
Ordem Cyclophilidea 
Família Taeniidae 
- Teníase é caracterizada pela presença da forma adulta no intestino delgado do HD; 
 - Ingestão de carne bovina ou suína mal cozidas e com larvas 
- Cisticercose é a alteração provocada pela larva (cisticerco) nos tecidos dos HI → Taenia solium 
- Ingestão de ovos do parasita por meio, por exemplo, de verduras e legumes mal lavados ou 
água contaminada. 
- São 2 enfermidades distintas causadas pelos mesmos agentes, porem em fases distintas de seu ciclo 
biológico 
• Características 
- Quatro ventosas no escólex; 
- Proglótides se desprendem e saem nas fezes; 
- Popularmente conhecidas como solitárias. 
- Taenia solium (HI: suínos), T. saginata (HI: bovinos) 
- São vermes hermafroditas e endoparasitas, com o corpo comprido e achatado. 
- Não possuem cavidade celomática ou canal alimentar. 
- As tênias adultas vivem no intestino delgado do homem (HD) 
- O cisticerco do T. solium é encontrado nos tecidos subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e ocular dos suínos 
e acidentalmente no homem. 
- O cisticerco de T. saginata é encontrado nos tecidos dos bovinos. 
 
 
HD: homem - forma adulta 
HI: bovinos (T. saginata) e suínos (T. solium) – forma larvar (cisticerco) 
o Escólex: 
- Taenia solium possui um rostro globoso armado com 
uma fileira de 25 a 50 acúleos (ganchos). 
 
- T. saginata possui rostro com 
ventosas dispostas em quadrangular. 
 
o Estróbilo: 
- Pode conter de 800 a 1000 proglotes e medir 4m (T. solium) ou 8m (T. saginata). 
- Cada proglote grávida pode produzir 60,000 ovos 
- A morfologia das ramificações uterinas é do tipo dendrítica 
em T. solium, parecendo ramos de árvore e pouco numerosas 
e dicotômica em T. saginata, com ramificações paralelas, 
apenas bifurcando nas extremidades e em maior número. 
 
Ovos: 
- Microscopicamente é impossível distinguir os ovos das duas tênias; 
- São esféricos e medem 30um de diâmetro; 
- Possuem uma casca protetora chamada embrióforo; 
- Dentro do embrióforo encontramos o embrião chamado de oncosfera ou 
hexacanto (com três pares de acúleos), que se desenvolverá até cisticerco. 
 
Cisticerco 
- Larva de cerca de um centímetro de diâmetro em média, formada por uma vesícula contendo o escólex 
invaginado e um líquido no seu interior denominado líquido vesicular, com propriedades imunogênicas. 
- Podem atingir até 12mm de comprimento, após 4 meses de infecção; 
 
Transmissão 
- Teníase: ingestão de carne bovina ou suína mal cozida contaminada com cisticercos → ingestão da larva 
- Cisticercose: ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium. 
- Auto-infecção interna e externa 
 
Cisticercose 
- A cisticercose é que causa as lesões realmente graves no homem. 
- As manifestações clínicas dependem da localização, do número de parasitos, seu estágio de desenvolvimento e 
a característica orgânica do paciente. 
- Podem atingir qualquer tecido do corpo (muscular, nervoso, olhos). 
 
 
 
 
Homem: hospedeiro acidental 
Patogenia e sintomatologia 
Podem causar: 
• Cisticerco: fenômenos tóxicos alérgicos e inflamatórios: convulsões; 
• Adultos: pode provocar hemorragia na mucosa; 
 
Neurocisticercose 
A neurocisticercose é uma condição causada pela presença de cisticercos, uma forma larval do helminto 
Taenia solium, em qualquer parte do sistema nervoso central (encéfalo, medula espinhal, retina) do ser 
humano. 
Diagnóstico 
Parasitológico: 
• Proglotes e ovos nas fezes; 
• Diagnóstico específico: Tamização (lavagem de todo o bolo fecal em peneira à procura de proglotes) 
Clínico: 
• Praticamente impossível nos pacientes com teníase. 
• Na cisticercose as alterações patológicas são mais visíveis. 
 
Diagnóstico 
- Os métodos mais usados detectam anticorpos no soro, líquido cefalorraquidiano e humor aquoso. 
- Reação imunoenzimática utilizando antígenos purificados dos cistos de T. solium (reação cruzada com 
Echinococcus granulosus) 
Epidemiologia 
- A prevalência pode depender da cultura do povo; 
- Abatedouros clandestinos; 
- Tipo de criação dos suínos; 
- Hábito coprofágico do suíno; 
- Contaminação do bovino no pasto; 
Quanto a contaminação humana, a mais comum é a heteroinfecção. 
• Água contaminada com fezes; 
• Disseminação de ovos por moscas e baratas; 
• Acidentes de laboratório. 
Profilaxia 
- Impedir o acesso dos porcos às fezes; 
- Tratamento dos casos humanos; 
- Não comer carne mal cozida e verduras mal lavadas 
- Água filtrada 
- Melhoria do sistema de criação dos animais. 
Tratamento 
- Teníase: simples e eficiente, é feito com a utlização do praziquantel. 
- Neurocisticercose 
- Combinação de antihelmínticos, antinflamatórios e com a correção dos efeitos resultantes das alterações. 
- Cirurgia. 
 
Gênero Davainea Blanchard, 1891 
Cestoide pequeno; escólice com rostelo e ventosa armada com acúleos pequenos; proglotes com 
formato variado; bolsa do cirro desenvolvida; poucos testículos por proglotes. 
 
Davaineaproglotina 
Hospedeiro definitivo: Galináceos (intestino) 
Hospedeiro intermediário: Moluscos terrestres 
Local: Forma adulta no duodeno. 
Forma larvar: cisticercóide 
 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Estróbilo com poucas proglotes (<15); 
- Aparelho genital simples; 
- Ventosas com muitos ganchos no escólex; 
- Poro genital lateral e alternado nas proglotes; 
- Cápsulas ovígeras com 1 ovo no seu interior. 
 
 
Ciclo biológico 
- Proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos. 
- Desenvolvimento do cisticercóide e o HD se infecta ingerido o HI 
- No tubo digestivo do HD as formas larvares se desenvolvem e se fixam no intestino delgado como adultas, onde 
acabam o desenvolvimento do seu ciclo biológico. 
- Bastante patogênico 
- Infecções podem levar a quadros de inflamação intestinais 
- Queda de produção (ganho de peso) gerando sérios prejuízos econômicos 
 
 
 
Railletina tetrágona 
Hospedeiro definitivo: Galináceos 
Hospedeiro intermediário: Moluscos terrestres, formigas e moscas 
Local: forma adulta no duodeno 
Forma larvar: Cisticercóide 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Vária proglotes imaturas (mais largas que altas); 
- Cápsulas ovígeras contendo de um a diversos ovos; 
- Rostelo com ventosas musculosas e com duas fileiras de ganchos pequenos; 
- Poro genital alternado ou unilateral 
Ciclo Biológico: 
- Proglotes grávidas vão ao meio ambiente com as fezes e o molusco ingere os ovos; - No corpo do HI ocorre o 
desenvolvimento do cisticercóide; 
- HD se infecta ingerido o HI; 
- No tubo digestivo do HD, as formas larvares se desenvolvem e se fixam no intestino delgado como adultas, onde 
acabam o desenvolvimento do seu ciclo biológico. 
Importância em Médica Veterinária: 
- Menor produtividade do plantel; 
- Menor ganho de peso 
- Perdas econômicos. 
- Comum em criações industriais pela dificuldade de controlar moscas. 
 
Anoplocephala perfoliata 
- Hospedeiro definitivo: Equinos 
- Hospedeiro intermediário: Ácaros oribatídeos 
- Local: forma adulta no intestino delgado e grosso 
- Forma larvar: cisticercóide 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Escólex com 4 apêndices digitiformes; sem ganchos (2 dorsais e 2 ventrais) 
- Ventosas olham para as laterais; 
- Proglótides empilhadas e largas; 
- Útero lobado 
- Poro genital abre-se anteriormente na proglote. 
- Adulto mede de 5 a 8 cm 
 
- Apêndices (orelha) 
- Proglotides apresentam apenas um par de órgãos sexuais; 
- Ovos medem de 65 a 80um de diâmetro. 
 
- Cosmopolita 
- Regiões tropicais com alta umidade 
- Brasil: região centro sul e Nordeste. 
 
- Redução da luz intestinal 
- Irritação de mucosas 
- Lesões ulcerativas 
- Enterite catarral ou hemorrágica 
 
Equinos se alimentam de pastagem contaminada Ácaros com cisticerco 
Diagnóstico 
Exame parasitológico de fezes 
- Sedimentação seguido de flotação com solução saturada de sacarose 
Tratamento 
Praziquantel 
 
 
Paranoplocephala mamillana 
- Hospedeiro definitivo: Equinos 
- Hospedeiro intermediário: Oribatídeos. 
- Local: forma adulta no intestino delgado ou região pilórica do estômago. 
- Forma larvar: Cisticercóide. 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Fendas nas ventosas; 
- Ovário de um lado e testículos do outro; 
- Tamanho do corpo menor que Anoplocephala. 
- Fixam-se na válvula íleo cecal e parede do ceco, promovendo lesões ulcerativas 
- Timpanismo e problemas digestivos provocado pela obstrução; 
- Cólica 
- Icterícia por obstrução do colédoco. 
 
 
 
- Enterite catarral e hemorragias 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moniezia spp. 
Características forma adulta: 
- Escólex globoso com ventosas bem visíveis e sem rostelo (probóscide); 
- Pescoço fino e longo; 
- Aparelho genital duplo; 
- Atingem 4,5 a 6 m; 
- Ovos triangulares; 
- Glândulas interproglotidianas 
 Moniezia expansa 
- Hospedeiro definitivo: Ruminantes. 
- Hospedeiro intermediário: oribatídeos (ácaros 
cryptostigmata). 
- Local: forma adulta no intestino delgado. 
- Forma larvar: Cisticercóide. 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Glândulas interproglotidianas espalhadas nas 
bordas posteriores das proglótides (12-30 grupos)] 
- ID de caprinos e ovinos 
- Pode alcançar até 6 m 
- Os ovários e as glândulas vitelinas formam um anel em 
cada lado e no centro os canais excretores 
- Os ovos tem formato triangular e que medem de 
56 a 57um de diâmetro 
 
- Proglótides grávidas destacam-se do estróbilo e são 
eliminados periodicamente juntamente com as fezes; 
- Ovos são liberados das proglótides e são ingeridos por ácaros 
oribatídeos de vários gêneros que vivem normalmente nas 
pastagens; 
- A oncosfera no seu interior se libera do embrióforo e se 
desenvolve 
em larvas do tipo cisticercóide num período de 2 a 6 semanas; 
- Os animais se infectam ingerindo acidentalmente os ácaros 
juntamente com as pastagens; 
- No ID do HD, ocorre a liberação da larva cisticercóide, 
e maturação sexual em torno de 45 dias. 
 
 
 
 Moniezia benedeni 
- Hospedeiro definitivo: Ruminantes. 
- Hospedeiro intermediário: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata). 
- Local: forma Adulta no intestino delgado 
- Forma larvar: Cisticercóide. 
Características morfológicas da forma adulta: 
- Glândulas interproglotidianas comprimidas no terço mediano das bordas das proglótides. 
- Altas infecções em cordeiros jovens podem levar a redução do peso corporal reduzindo assim a qualidade da lã. 
Ciclo biológico: 
- proglótides e ovos são eliminadas junto as fezes e podem ser ingeridos por pássaros que deste modo 
disseminam; 
- Os cisticercoides se desenvolvem em ácaros de vida livre nas pastagens (em torno de quatro meses) 
- Os ruminantes se infectam ingerindo a pastagem contaminada com ácaros e começam a eliminar proglótides 
maduras num período de seis semanas. 
- Animais com menos de seis meses de idade são os mais acometidos, portanto há divergências quanto ao seu 
efeito patogênico. 
 
Echinococcus granulosus 
Família Taeniidae 
HD: cão e canídeos silvestres 
HIs: ruminantes domésticos e silvestres, homem, primatas, suínos, coelhos 
Localização: adultos: intestino delgado do cão 
 larvas (cistos hidáticos): fígado e pulmões (principalmente) do HI. 
Distribuição: cosmopolita 
Características 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Adulto: 6 mm de comprimento (uma das menores 
espécies de tenídeos conhecidas); 
- Escólex típico de tenídeos com rostro e dupla 
coroa de acúleos; 
- colo curto; 
- estróbilo: 3 ou 4 segmentos, sendo que o último 
é grávido e ocupa cerca de metade do seu 
comprimento; 
- cada segmento possui uma única abertura 
genital; 
 
Ciclo biológico: 
cisto hidático ou hidátide 
- Até 20 cm de diâmetro no fígado e pulmões 
- Formado por membrana externa e epitélio germinativo interno: 
originam vesículas 
- Cada vesícula contém várias escólices 
- Vesículas unem-se aos escólices e formam a “areia hidática” 
- Vesículas-filhas ou cistos secundários: formam-se dentro ou fora do cisto-mãe, sendo que estas podem alcançar 
outras partes do organismo do hospedeiro, além de fígado e pulmões 
 
 
- PPP = 40 a 50 dias; 
- Oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem sobreviver no ambiente por até 2 anos; 
- Desenvolvimento larval geralmente ocorre no fígado ou pulmões, eventualmente em outros órgãos e tecidos; 
- Cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a 12 meses 
 
 
 
 
Patogenia e sintomatologia clínica: 
- Cão e canídeos 
- Normalmente não manifestam sintomas 
- Pode abrigar milhares de parasitas; 
- Infecções maciças: episódios de diarréia catarral hemorrágica; 
- HI (hidátide) 
- No fígado ou pulmões: pode não causar graves distúrbios, sendo encontrada na necrópsia ou abate; 
- Hidatidose hepática: hiporexia, ruminação alterada, diarréia, emagrecimento progressivo e 
hepatomegalia;- Hidatidose pulmonar: tosse sibilante frequente com taquipnéia e dispnéia; 
 
- Instalação em um local pouco comum da oncosfera (rins, pâncreas, SNC ou canal medular de ossos longos): 
vários sinais podem ocorrer de acordo com a localização e o tamanho da hidátide; 
- Compressão de órgãos vizinhos e destruição de tecidos adjacentes; 
- Pode ocorrer degeneração da hidátide e posterior calcificação; - se um cisto hidático se romper há o risco de 
ocorrer uma anafilaxia ou de cistos secundários retomarem o desenvolvimento em outras regiões do corpo. 
 
1 hidátide fértil = 3 a 6ml de areia hidática 
1ml da areia hidática = 400.000 escólices 
 
Epidemiologia 
- Homem adquire a infecção pela ingestão de oncosferas da pelagem dos cães ou de alimentos contaminados 
por fezes de cães; 
- O ciclo silvestre ocorre entre canídeos e ruminantes selvagens e se baseia na predação ou ingestão de 
cadáveres. 
Diagnóstico 
- Clínico: 
• extremamente difícil (sintomatologia pouco evidente tanto no HD como no HI) 
- Laboratorial 
• pesquisa de proglotes nas fezes dos cães por tamização (difícil - proglotes são pequenas e escassas: 2-3 
mm) 
• testes sorológicos no homem: fixação de complemento, eletroforese 
• necroscópico: encontro dos pequenos cestóides no intestino delgado; 
• diagnóstico por imagem 
• cirúrgicas de exploração 
Tratamento 
- Cães: praziquantel 
- Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos; albendazol. 
Controle: 
- Cães: tratamento regular para eliminar as tênias adultas; 
- Prevenção da infecção impedindo o acesso às vísceras contendo hidátides em matadouros e controle da 
população de cães abandonados 
 
CLASSE TREMATODA 
Características 
Família Fasciolidae 
- Corpo chato com formato foliáceo; 
- Não são segmentados → SEM PROGLOTES; 
- Cutícula externa resistente e espinhosa com musculatura 
na lâmina basal que determina sua forma; 
- Possui ventosas oral e abdominal para fixação no 
hospedeiro e movimentação sobre o mesmo 
- Atingem 2-3 cm comprimento 
- Ceco muito ramificado termina no poro excretor terminal; 
- Testículos ramificados 
- Cirrus: órgão responsável pela cópula: são hermafroditas 
- Ovos grandes 
- Presença de glândulas vitelínicas laterais 
(produzem vitelo, matéria necessária para formação do ovo); 
- Ciclo heteróxeno 
HI: moluscos 
HD: parasita ductos biliares de ovinos, bovinos 
e outros mamíferos 
 
 
Fasciola hepatica 
Filo: Platyhelminthes 
Classe: Trematoda 
Ordem: Digenea 
Ciclo biológico: 
FASE I: 
- Ducto biliar (fígado) → ovos saem nas fezes pelo ducto colédoco → transporte da bile para o duodeno 
- A eclosão dos ovos só ocorre na água e em presença de luz 
geram indivíduos (embriões) ciliados chamados miracídios → larvas 
Nadam ativamente e penetram na parte mole 
de caramujos anfíbios do gênero Lymnaea 
O miracídio sabe que deve ir ao caramujo por QUIMIOTAXIA – atração química 
Ovo → miracídio: 14 dias 
Cada indivíduo: 10.000 ovos/ dia 
 
ventosa 
 
 
FASE II: 
Miracídios 
- Liberado do ovo por pressão e com ajuda dos cílios vai ao meio aquático, onde só assim sobrevive; 
- Possuem probóscide pela qual se fixam no HI (molusco terrestre); 
- Na região do hepato-pâncreas do molusco, transforma-se em 
esporocisto (estrutura rica em células germinativas) 
Miracídio → esporocisto: 14 dias 
 
FASE III: 
Esporocistos 
- Multiplicam-se e dão origem ao terceiro estágio larval: rédias 
- Cada esporocisto produz 8 – 40 rédias (1-2 mm) 
 Esporocisto → Rédias: 14 – 28 dias 
 
FASE IV: 
Rédias 
- Cilíndricas com orifício oral 
- Darão origem às cercáreas em 7 semanas 
- Cada rédia origina em torno de 20 cercáreas 
Rédias → cercáreas: 14 – 28 dias 
 
FASE V: 
Cercárias: 
- São liberadas das rédias pelo poro genital 
- São liberadas do molusco (HI) pelo orifício respiratório 
- Nadam ativamente e perdem a cauda em 2 horas 
- Fixam-se em folhas de capim e plantas aquáticas 
- Suas glândulas secretam proteínas que darão origem a um cisto: encistamento → metacercárias tornam-se 
infectantes 12-24 
horas após enistamento 
- Infectam o ambiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- As metacercárias dos fasciolídeos encistam-se na 
vegetação, tendo a vantagem estratégica de serem 
engeridas pelos ruminantes durante o pastejo 
- Seres humanos consomem alimentos que os 
colocam em contato com possíveis infecções por 
trematódeos (verduras mal higienizadas) 
 
Patogenia 
- Dependem do número de metacercárias ingeridas. 
- Em condições naturais os ovinos não apresentam imunidade, as infecções sucessivas são aditivas e na 
necropsia pode se encontrar distintos estádios evolutivos. 
- Nos hospedeiros infectados como o homem o verme pode se locar no pulmão, baço, pele e outras localidades. 
- As alterações são observadas durante a passagem do parasito através da parede do parênquima hepático e 
nos ductos biliares. 
 - Didaticamente, o quadro clínico pode ser sub-dividido em fases aguda e crônica 
Fase aguda 
- Os trematódeos jovens migram no parênquima hepático provocando hepatite e hemorragias. 
- Os animais podem morrer em poucos dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. 
Fase crônica 
- Mais comum em bovinos e em outros animais inclusive o homem 
- Inflamação (hiperplasia ductos biliares) - Anemia e hipoproteinemia = perda de mais de 0,5 ml de sangue por 
trematódeo 
- Formação de trombos nas veias hepáticas e sinusóides e a obstrução do fluxo sanguíneo por esses trombos 
pode causar uma necrose isquêmica e coagulativo no fígado 
- Clinicamente a doença se manifesta por perda progressiva da condição física, anemia, emaciação, edema e 
ascite. - Colangite e Fibrose hepática. 
Tratamento: 
 
Diagnóstico 
• Clínico 
• Laboratorial 
Identificação dos ovos em exame coprológico - Método de sedimentação 
Necrópsia 
Epidemiologia 
• A ocorrência da fasciolose numa região depende de uma fonte de infecção (animal parasitado) e de 
condições que permitam o desenvolvimento dos ovos e do molusco Lymnaea. 
• Estes moluscos vivem em locais alagadiços como açudes e brejos e em locais sujeitos a inundações periódicas. 
• Em regiões de vale a fasciolose pode ocorrer durante todo o ano 
• Épocas de chuva: maior frequência (fezes são carreadas) 
• Épocas de seca: diapausa 
• Os caramujos são capazes de suportar a seca do verão ou o congelamento do inverno por vários meses, 
estivando ou hibernando na lama profunda. 
• Nutrem-se principalmente de algas. 
• Faixa ideal de temperatura para o desenvolvimento é de 15 a 22 °C; abaixo de 5 °C, cessa o desenvolvimento. 
Controle 
- tratamento dos animais 
- evitar a utilização dessas áreas para o pastejo dos animais (impossível eliminar os habitats de Lymnaea) 
- Lembrar: 
- ovos somente realizam desenvolvimento embrionário em locais úmidos. 
- miracídio tem pouco tempo de vida e necessita penetrar no molusco dentro de poucas horas após sua eclosão. 
1. Empregar molusquicidas 
2. Drenar áreas úmidas 
3. Eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos moluscos.

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