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Lethicia Antonelo, 1 atividade avaliativa

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ATIVIDADE AVALIATIVA: DIREITO ECONÔMICO 
ALUNA: LETHICIA ANTONELO PINTO 
TURMA: 6DIAD UNIBRASIL 
 
 
 
1) Relacione, de forma fundamentada, a passagem do Estado 
Intervencionista para o Estado Regulador, no Brasil, com a 
classificação do Ministro Eros Grau. (peso 1,75) 
A passagem do Estado Intervencionista para o Estado Regulador no 
Brasil ocorreu devido á várias percepções do novo modelo de atuação 
estatal. É de suma importância identificar o que é um Estado 
Intervencionista, e correlacionar com Eros Grau que para ele é a 
“atuação em área de outrem”. Isto é, a interferência estatal no campo 
da atividade econômica, podendo ocorrer de forma direta (Estado 
como agente econômico) ou indireta (cobrança de tributo, subsídios, 
benefícios fiscais...). Entretanto, devido ao aumento desenfreado da 
população pelos benefícios e vantagens proporcionados pelo Estado 
Previdência, o montante e os recursos disponíveis tornaram-se 
insuficientes para o exercício das atividades assumidas pelo Estado. 
Principalmente, a redução na eficiência na atuação estatal contribuiu 
decisivamente para o fenômeno denominado crise fiscal, insolvência 
governamental, gerando assim o esfacelamento das estruturas 
estatais, a erosão das políticas públicas, a incapacidade estatal de 
cumprir suas funções. O mal da ineficiência estatal consiste na 
incapacidade de assegurar a supremacia do princípio da dignidade da 
pessoa humana, o qual deveria ser o instrumento primordial para a 
promoção dos valores fundamentais. Perante a isso, para se resolver 
os problemas de um setor público estrangulado por suas dívidas, 
destaca-se como solução uma mudança de parâmetros para a 
atuação do Estado, devendo as funções sociais serem equacionadas 
de modo diferente, sem apostar na estatização da economia, o 
Estado, então, como aquele que realiza as atividades necessárias ao 
atendimento daquelas funções sociais. Ressalta ainda, que, as 
finalidades que devem ser buscadas pelo Estado permanecem, o que 
emerge é a necessidade de adoção de novos regimes de intervenção 
e controle que sejam capazes de não só evitar o crescimento 
descontrolado da despesa pública, com desagradáveis consequências 
orçamentárias e burocráticas, mas também promover a eficiência 
econômica. A crise fiscal do Estado conduziu à forte redução das 
dimensões do Estado e de sua intervenção no âmbito econômico. 
Havendo então um novo modelo de atuação estatal – Estado 
regulador - que se caracteriza preponderantemente pela utilização da 
competência normativa para disciplinar a atuação dos particulares. A 
concepção regulatória retrata uma redução nas diversas dimensões 
da intervenção estatal no âmbito econômico, reservando-se ao 
Estado o instrumento da regulação como meio de orientar a atuação 
dos particulares à realização de valores fundamentais. Este novo 
paradigma se pecuniária não por sua total negativa percepção 
intervencionista, mas pela diferenciação acerca dos limites e 
instrumentos adequados, propondo a extensão ao setor dos serviços 
públicos de concepções aplicadas a propósito da atividade econômica 
privada. Sendo assim, rejeita-se a concepção da atuação direta do 
Estado não apenas a propósito da atividade econômica privada, mas 
também no tocante aos serviços públicos. Entretanto, a redução 
expressiva das estruturas públicas de intervenção direta na ordem 
econômica não produziu um modelo que possa ser identificado com 
o de Estado mínimo, mas pode-se dizer que apenas deslocou a 
atuação estatal do campo empresarial para o domínio da disciplina 
jurídica, ampliando, por sua vez, seu papel na regulação e fiscalização 
dos serviços públicos e atividades econômicas, não deixando o Estado 
de ser um agente econômico decisivo 
 
2) Quais normas constitucionais (princípios/regras) podem ser invocadas 
na fundamentação da impossibilidade de conferir poder legislativo às 
agências reguladoras? Responda explicando o motivo de poderem ser 
invocadas (peso 1,75) 
No que tange a própria ideia de agência reguladora, destaca-se a ideia 
de um poder regulador, exercido por meio de atribuição normativa. 
Perante a isso, não há logica criar tais entes sem que eles pudessem 
editar normas referentes às diversas áreas sob suas respectivas 
competências. Sendo assim, a CF/88 traz a repartição dos poderes em 
seu artigo 2º, mas não contém dispositivo proibindo expressamente a 
delegação de poderes às agências reguladoras. Entretanto, ao que 
remete sobre a explicita vedação de delegação às Agências 
Reguladoras, para a doutrina pátria, não há necessidade, este 
entendimento decorre de outras premissas constitucionais, como (i) 
do princípio da separação de poderes; (ii) da representação política, 
(iii) da supremacia da Constituição, e (iv) do devido processo legal. 
Inclusive, o próprio artigo 25 do Ato de Disposições Constitucionais 
Transitórias, ao determinar a revogação de todas as normas 
deleladoras de competência normativa, comprova que a delegação de 
poderes legislativos não é permitida pela Constituição Federal em 
vigor. E por sua vez, a Ministra Rosa Weber já se manifestou sobre o 
tema no julgamento da ADI 4093, entendendo que “Às agências 
reguladoras não compete legislar, e sim promover a normatização dos 
setores cuja regulação lhes foi legalmente incumbida. A norma 
regulatória deve se compatibilizar com a ordem legal, integrar a 
espécie normativa primária, adaptando e especificando o seu 
conteúdo, e não a substituir ao inovar na criação de direitos e 
obrigações. Em espaço que se revela qualitativamente diferente 
daquele em que exercida a competência legiferante, a competência 
regulatória é, no entanto, conformada pela ordem constitucional e 
legal vigente”. Sendo assim, como a delegação deve ser controlada 
pari passu pelo delegante, é inviável no sistema brasileiro utilizar essa 
tese da delegação de poderes para justificar a atribuição de poder 
normativo às agências. 
 
3) Em relação a cada uma das afirmações abaixo, responda se a afirmação é 
falsa ou verdadeira justificando a resposta. Não terá validade apenas 
mencionar ser falsa/verdadeira, isto é, apenas serão corrigidas as respostas 
com a respectiva justificativa: 
a) Após encerrar o mandato na ANATEL, o dirigente pode, no mês seguinte, 
assumir emprego em empresa de telefonia situada no Brasil, ainda que 
invoque o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito fundamental 
ao livre exercício profissional (peso 0,5) 
Resposta: 
Falso, o dirigente não pode, logo após encerrar contrato com a ANATEL 
ingressar em outra empresa do mesmo ramo, devido a preservação dos 
diretores das agências reguladoras, a legislação prevê, durante o mandato, 
um regime de incompatibilidade para o exercício da função pública ou 
política, atividade profissional, empresarial, sindical ou de direção político-
partidária, ou a manutenção de vínculo com empresa sob fiscalização das 
agências. Prazo esse de 6 meses, conforme discorrido no artigo, artigo 8° 
da lei n.9.986/2000 § 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente 
exonerado a pedido, se este já tiver cumprido pelo menos seis meses do 
seu mandato. 
 
b) O dirigente da ANVISA não pode, durante seu mandato, defender, em 
processo administrativo, atuação de indústria farmacêutica em que seu 
genitor é funcionário, desde que utilize argumentação de natureza técnica 
(peso 0,5) 
Resposta 
Verdadeiro, conforme descrito no art. 18, é impedido de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que: III - esteja litigando judicial ou 
administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. Assim como o art. 20 onde fala de relação familiar, “Pode ser 
arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou 
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos 
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. da Lei do 
Processo Administrativo n° 9784/992. 
c) No plano Federal, as agências reguladoras foram constituídas como 
autarquiasem regime especial, integrantes da administração indireta, sem 
subordinação em relação ao Executivo. (peso 0,5) 
Resposta: 
Verdadeiro, as agências reguladoras possuem autonomia para regular e 
fiscalizar, criadas a partir de autarquias em regimes especiais, conforme 
discorrido no artigo 3º da Lei 13848/2019: “A natureza especial conferida à 
agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, 
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e 
estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições 
constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação.” 
 
d) A independência das agências reguladoras é elevada, não se admitindo a 
possibilidade de reexame “a posteriori” de seus atos pelo Poder Judiciário 
(peso 0,5) 
Resposta: 
Falso, a independência das Agências Reguladoras não são absoluta, vez que 
sujeitam-se ao controle jurisdicional e também ao controle social como 
forma de garantir a participação popular na Audiências Publicas, tal como (i) 
as ouvidorias (art. 22 da Lei 13848/2019) a quem compete receber e analisar 
as reclamações e sugestões formuladas por agentes regulados e usuários ou 
consumidores e, ainda, propor medidas para atendê-las; (ii) audiências 
públicas (art. 10 da Lei 13848/2019) mecanismo utilizado para coleta de 
subsídios e informações, para propiciar aos particulares se manifestarem e, 
também, para dar publicidade da ação regulatória; (iii) instituição do 
Conselho Consultivo, órgão opinativo, em que há representação e 
participação da sociedade; (iv) contratos de gestão. 
 
e) contra as decisões de última instância da agência reguladora, cabe 
recurso para a autoridade ministerial a que está vinculada. (peso 0,5) 
Resposta: 
Falso, não cabe recurso de ultima instancia ou mesmo revisão ministerial, 
caso a matéria remeta-se a atividade finalística da agência (matéria de 
regulação) e ela esteja adequada às políticas públicas setoriais, seria uma 
afronta direta à independência Administrativa das Agências Reguladoras 
prevista no artigo 3º da Lei 13848/2019, além de que possui um poder 
decisório quase-jurisdicional, inviabilizando recurso à Administração Direta. 
 
f) os dirigentes das Agências Reguladoras são eleitos e, assim, têm 
legitimidade democrática (peso 0,5) 
Resposta: 
Falso, os dirigentes não são eleitos, e sim escolhidos e aprovados por uma 
sabatina, no Senado e escolhidos pelo Presidente, artigo 42°, § 5° da lei 
13.848/2019. 
g) No exercício das funções regulatória e de fiscalização, as Agências 
Reguladoras não precisam atuar em consonância com os interesses 
conjunturais do Poder Executivo. (peso 0,5) 
Resposta 
Verdadeiro, com base no art. 3° da Lei 13.848/19 as agencias possuem 
independência, e desfrutam delas a fim da qual suas posições possam refletir 
sempre as melhores opiniões e as práticas mais atualizadas, do ponto de 
vista estritamente técnico, no âmbito do setor regulado, de maneira que não 
lhe pode ser exigido um comportamento subserviente a interesses de 
momento dos governantes.

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