Buscar

50 DIREITO ECONÔMICO E CONCORRENCIAL

Prévia do material em texto

DIREITO ECONÔMICO E CONCORRENCIAL
06 de agosto de 2021
AULA 1
	Infelizmente, direito econômico na maioria dos cursos é visto apenas no final do curso. Veremos ao longo da disciplina que D.E é uma base que permitiu o surgimento de uma metodologia que vem sendo vista mundo a fora para a análise do direito. Ao longo da disciplina observaremos que seja na área prática (advocacia) seja na área acadêmica, as consequências econômicas das decisões judiciais são muito relevantes hoje.
	Essa perspectiva econômica está na academia, no trabalho dos advogados, no trabalho dos juízes e tribunais. Então você vê que essa perspectiva econômica deveria ser vista bem antes, para ajudar a formatar o ponto de vista do aluno ao longo da faculdade. O que vamos ver é uma perspectiva que vai te ajudar, te dar um diferencial de mercado.
	Falar sobre direito econômico é pensar o direito como um sistema. E partindo disso, se entende que o sistema jurídico funciona de maneira coesa, então uma alteração no direito civil vai afetar o direito à propriedade. Logo, é inadmissível hoje desconsiderar a relação do direito com a econômica. Todavia, o direito econômico possui um objeto de estudo um pouco mais especifico. 
	As primeiras manifestações do direito econômico são observadas na época das grandes navegações, porque foi ali que o Estado passou a intervir na econômica, a fim de atingir determinados objetivos econômicos. Ou seja, o Estado não se preocupou apenas com questões do Estado, mas puramente econômicas. 
	Quem financiava as grandes expedições? A coroa, objetivando a expansão dos seus recursos, financiando exploradores privados. Ali no mercantilismo tem o surgimento do que entendemos como direito econômico, a partir do incentivo a exploração de bens econômicos. Posteriormente, chegamos em um marco histórico importante, o do Liberalismo econômico capitalista. 
	Se é verdade que esse direito econômico nasce com o financiamento do Estado nessa época do liberalismo, chegasse a conclusão de que é muito errado misturar Estado com economia. Se até agora eles andavam em simbiose e chegou a esse nível de conhecimento histórico, social e cultural, deveria se entender que onde tem Estado não tem mercado e onde tem mercado não tem Estado, constituindo-se no Liberalismo clássico.
	Adam Smith analisando a econômica, chega a seguinte conclusão em sua obra A riqueza das nações, onde escreve os postulados do liberalismo econômico, que estão vigentes e atuantes ainda hoje e baseando outras formas de liberalismo. A mão inivivel do estado, a lei da oferta e da demanda e a maximização do trabalho coletivo (três postulados básicos do liberalismo)
	A mão invisível – Para Adam, o Estado não deve intervir no funcionamento da econômica, porque o próprio mercado possui engrenagens próprias que se autorregulam. O mercado funciona bem, se alguma engrenagem ocorrer dentro do mercado, haverá uma mão invisível que irá corrigir espontaneamente. Premissa básica do liberalismo que sustenta a separação do mercado e da economia. 
Conceito – é o ramo do direito que pretende juridicizar o funcionamento da economia. Você tem o mercado, esse mercado não é anárquico (sem regras), não pode ser um mercado auto regulável, tem que ser juridicamente organizado. Essa harmonia entre direitos individuais e coletivos, nunca vai ocorrer espontaneamente, só vai ocorrer se tiver um conjunto de regras jurídicas para promover essa harmonia.
Conceito – é voltado a ordenação do processo econômico. 
	Ambos os autores concordam que o mercado não é um ser auto regulado e anárquico, também concordam que existe um ramo do direito que é responsável por por uma ordem jurídica, sendo o direito econômico. E esse direito vai afetar a chamada política econômica.
	Todo governo tem uma política econômica, porque essa política determina os objetivos que esse governo pretende alcançar no ramo da economia. A exemplo, qual o grande objetivo econômico do governo de Lula no 1° mandato? Combater a extrema pobreza e as desigualdades sociais. E para isso ele construiu toda uma política econômica com várias tarefas de ataque, e também, normas jurídicas que permitiu o executivo e desenvolver esses programas. 
	No exemplo do governo atual, o objetivo econômico é diminuir o Estado. Essa ideologia vai afetar o direito econômico, e a ideia sempre é permitir que o direito econômico seja um instrumento para a implementação da política econômica estatal. 
Aspectos macroeconômicos – estão relacionadas a planejamento, obtenção de resultados a médio e longo prazo. 
Aspectos microeconômicos – estão relacionadas a resultados de curtíssimo, curto ou médio praz, porque são relacionadas com concorrência, contratos, consumo e etc. 
	E essa política econômica pode ser estrutural ou conjuntural – Os problemas estruturais estão arraigados na sociedade, essa política nunca vai querer resultados rápidos e sim de pequenas mudanças nessa estrutura. Já as políticas conjunturais, são problemas relacionados a uma circunstância, um exemplo é a pandemia, e uma política conjuntural é o auxílio emergencial. 
	Existem normas de direito econômico das mais diversas matizes, desde a constituição até outros diplomas normativos. O direito econômico não tem um vade mecum, mas está espalhado por todo o ordenamento. Toda vez que o Estado intervém no domínio privado, está intervindo no domínio econômico. 
	As regras de direito econômico possuem características peculiares. O nosso congresso nacional não tem condições de acompanhar a evolução da econômica, por isso que as regras de direito econômico são abertas. Porque a técnica legislativa aberta autoriza a interpretação da lei no momento de sua aplicação. São abertas propositalmente, para que as normas não fiquem desatualizadas. (1° são escritas com técnica legislativa aberta)
(2° são dotadas de flexibilidades – permite eu a lei se amolde aos fatos concretos na hora de sua aplicação) (3° mobilidade, a lei atinge a modulações dentro da área do direito admissíveis, então deve equilibrar os interesses admissíveis) (4° sanções premiais – a exemplo do código florestal – não obriga ninguém a ter um modulo de preservação de uma floresta, mas se criar, vai receber alguns benefícios econômicos. O objetivo da norma não é punir e sim incentivar um comportamento para o desenvolvimento da economia)
Princípios liberalizantes e intervencionistas

Continue navegando