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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD Pedagogia / UERJ Escola, Violência e Direitos Humanos Articulação Acadêmica: Profª.Aura Helena Ramos Mediação Pedagógica: Prof.Guilherme Pereira e Profª .Rosana de Assis ALUN@: MATRÍCULA: PÓLO: ROTEIRO DE OFICINA PEDAGÓGICA Tema: Questões Religiosas – Umbanda e Candomblé Coordenação: Maiana Pimentel da Silva Público: 5º Ano do Ensino Fundamental Apresentação/justificativa: Atualmente é indiscutível o quanto uma criança pode aprender ao receber os estímulos certos e o quão importante é o papel da escola na formação e desenvolvimento do cidadão. Logo, o ambiente escolar se torna o espaço ideal para a difusão de ideias que promovam o bom convívio na sociedade de forma democrática, fazendo reflexões sobre respeito às diferenças, igualdade e o exercício da cidadania. Como visto anteriormente no texto “Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre igualdade e diferença” da professora Vera Candau, a construção da cultura de Direitos Humanos no ambiente escolar ocorre desde os anos 1970 através da defesa do multiculturalismo, ou seja, defendemos que somos diferentes e que todos os indivíduos da sociedade devem respeitar o próximo, as suas características físicas e as suas identidades culturais. Esse trabalho se torna importante não só por estarmos pensando no futuro da sociedade enquanto formamos e educamos a próxima geração, mas também para evitar problemas no presente como o bullying, onde qualquer pretexto ou característica de uma pessoa – aparência física, religião, orientação sexual, etc. - pode torná-la alvo de agressões físicas e/ou verbais vindo de alguém que por pura ignorância e desinformação se acha superior ou melhor do que ela. Sendo assim, se faz necessário conscientizar desde cedo no ambiente escolar sobre o multiculturalismo existente no Brasil e no mundo para que nossas crianças não se tornem adultos que reproduzam os mesmos infelizes problemas que existem na sociedade - racismo, intolerância religiosa, xenofobia, homofobia, por exemplo. Sempre dizem que temos que investir nas crianças pois elas são o futuro da nação. Que seja então uma nação com mais harmonia, empatia e respeito ao próximo. Essa aula foi planejada como forma de conscientizar os alunos e pôr em prática os desejos do parágrafo anterior, ao trabalhar sobre o preconceito religioso, em especial o sofrido pelos devotos de religiões de matriz africana (umbanda e candomblé), já que desde sempre essas religiões foram atacadas e associadas ao satanismo. São frequentes os casos de invasões e depredações de terreiros, ataques verbais e físicos e, na maioria dos casos, os responsáveis pelos ataques o fazem sem nem saber de fato do que se trata os símbolos sagrados e nem conhecem de verdade a religião. Logo, essa aula visa desmitificar todos os pré-conceitos criados em torno dessas religiões e conscientizar alunos e familiares. Objetivos: · Explicar sobre a origem dessas religiões e suas características – quem são os orixás, por exemplo; · Desconstruir preconceitos acerca das religiões de matriz africana; · Dialogar sobre a violência que os devotos dessas religiões sofrem no cotidiano da nossa sociedade e conscientizar os estudantes sobre o tema. Material: · Desfile da escola de samba Grande Rio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TyjXEzCb4eE · SOUSA, Rainer Gonçalves. "Os orixás"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/religiao/os-orixas.htm. Acesso em 30 de maio de 2022 · Caneta pilot · Quadro branco · Televisão · Papel pardo · Imagens de orixás (impressas) · Papel crepom colorido · Cola · Tesoura · Régua DESENVOLVIMENTO Duração: 3 aulas (aproximadamente 150 min) Sensibilização: · Leitura do texto “Os orixás”. Depois, sob a mediação do professor, os alunos vão ser estimulados a comentar o vídeo e dizer se eles já ouviram alguma expressão preconceituosa sobre as religiões de matriz africana, ou se tem algum conhecimento sobre o tema (a religião em si e os orixás); · Perguntar se algum estudante é ou tem parentes que são praticantes de uma dessas religiões, e como se sentem em relação ao preconceito religioso da sociedade (Já foram vítimas de preconceito? Falam abertamente sobre a religião ou omitem essa informação por medo de represálias?) 30 min Aprofundamento: Assistir ao vídeo com os principais momentos do desfile da Grande Rio que fala sobre Exu. 50 min Reflexão Criativa: · Formar pequenos grupos para debater sobre as principais características da umbanda e o candomblé, assim como as diferenças entre elas, e a ligação dessas religiões com a cultura brasileira. Também vão ser discutidas as características dos orixás; · Cada grupo vai ser responsável por elaborar um pequeno texto com essas características que serão posteriormente escritas no papel pardo junto com a imagem do orixá. 30 min Proposição/desdobramento: Elaborar um cartaz onde cada grupo vai colocar informações sobre um orixá ou sobre costumes e características das religiões de matriz africana. 30 min Avaliação: Cada estudante vai fazer uma reflexão sobre o que aprendeu ao longo da atividade. Espera-se que, ao final das atividades, o estudante aprenda e não reproduza na sociedade atitudes discriminatórias contra essas religiões. 10 min
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