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TCC Licenciatura em História

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
PROJETO DE PESQUISA PARA SELEÇÃO DE MESTRADO DO PPG/COM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RACISMO RELIGIOSO NO AMBIENTE ESCOLAR 
Papel da Mídias sociais na disseminação do preconceito 
 
ALINE MARIA BALDEZ DE ALMEIDA 
 
 
 
Linha de pesquisa: Mídia, Procura e Produção de sentido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras chave: Racismo, preconceito, educação, escola, desafio, religião. 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2020 
RESUMO: 
 
O presente Estudo para o projeto de pesquisa do PPG/COM UFF tem como objetivo, 
pesquisar sobre a diversidade e racismo religioso em ambiente escolar, dando 
ênfase às Religiões de matriz africanas. Este projeto em estudo permitirá refletir 
sobre a atuação dos professores diante do preconceito religioso no ambiente escolar 
e o papel das mídias sociais , como deverá ser abordado esse tema em suas aulas, 
possibilitará que sejam pensados fatores, como o diálogo entre múltiplas disciplinas 
e meios de comunicação, sobre o ensino da diversidade cultural, buscaremos 
entender se as universidades estão formando esses profissionais que irão conviver 
com múltiplas etnias e culturas em seu dia a dia na escola e como o papel das 
mídias estão influenciando conceitos e pensamentos que são em sua maioria 
levados para o ambiente escolar de forma errada proliferando o ódio e o racismo. 
Outra situação abordada nesta pesquisa, refere-se às consequências do que esse 
aluno consome nas mídias sociais para fora do ambiente escolar, pois o professor 
como um multiplicador de cultura, deverá orientar quanto às informações recebidas 
e divulgadas, pelos meios de comunicação de massa. Essa análise possibilitará que 
como professores estejamos mais preparados para lidar com situações de racismo 
religioso no ambiente escolar e possibilitará que sejam pensados algumas 
abordagens, para que o ensino das diversas culturas seja livre de proselitismo e 
demonstrar que apesar da obrigatoriedade legal para inclusão no currículo oficial da 
rede pública, o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, contidas nas 
leis 10.63903 e 11.645/2008, ainda não é a realidade em todas as escola. 
 
1.INTRODUÇÃO 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 Esta pesquisa para o projeto PPG/COM UFF tem como objetivo refletir sobre 
a diversidade religiosa em ambiente escolar e procura mostrar como o racismo 
religioso em estabelecimentos de ensino é um problema grave e ainda invisível para 
as autoridades e sociedade. Entre as questões estudadas estão profissionais 
despreparados para lidar com diferentes religiões, despreparados para mediar 
conflitos e o isolamento ou mesmo invisibilidade de alunos e professores. O 
preconceito religioso está presente no cotidiano escolar e tem crescido muito, devido 
a alguns meios de comunicação e alta exposição de objetos e ritos sagrados que 
são direcionados de forma erradas, há ainda diversos casos de proibições de livros 
com informações religiosas, do ensino de capoeira e até caso de demissão de 
professores também foram observados durante a leitura de arquivos para esta 
pesquisa. O preconceito com certas religiões tem contribuído muito para o aumento 
da violência escolar e notamos a ambiguidade do Estado sobre a sua laicidade, que 
é claramente mais tolerante com as religiões baseadas no cristianismo. A lei sobre o 
ensino da cultura afro-brasileira está sendo “cumprida” nas escolas do país de uma 
forma bem discreta ou somente em datas comemorativas, o que seria um 
instrumento fundamental para o combate ao racismo. As escolas devem chamar a 
atenção para as relações humanas, ensinar a aceitar a pessoa com suas diferenças, 
é preciso ensinar outras culturas e a importância das outras religiões, desde os 
primeiros anos escolares e os meios de comunicação e principalmente as mídias 
sociais, são um importante instrumento para lançarmos mão nas escolas. 
 
1.2. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA 
 Como há uma luta frequente por um ensino de qualidade e cada vez mais 
apelo pelo uso das TICs, a abordagem cultural das religiões de matriz africanas 
serão posicionadas no centro do debate, favorecendo a ampliação de horizontes 
para que a educação não venha ainda mais a reforçar atitudes etnocêntricas e 
generalizadoras culturalmente. 
 Este projeto buscará reflexões sobre a diversidade cultural, religiosa, iremos 
compreender como os currículos escolares incorporam ou não esse conteúdo no 
cotidiano escolar, o papel das mídias sociais na disseminação de conteúdo que 
informa que também prolifera o preconceito e o quanto essas informações melhoram 
ou reforçam o racismo religioso no chão escolar. Como as TICs poderão auxiliar 
nesse processo de desconstrução cultural? O tema é de total relevância tendo em 
vista que as questões do povo negro seja em sala de aula ou além dos muros da 
escola, ainda estão longe de serem resolvidas e as redes sociais deram tanta 
visibilidade a essas questões que não cabe somente ao professor o papel de trazer 
a luz essas questões mas também de levar esses alunos a compreensão de que 
estamos todos envolvidos para a desconstrução do racismo. 
 
 
 
1.4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 Obalera (2019), em seu artigo para o Caderno Religião e Política, intitulado 
Por uma Perspectiva Afroreligiosa: Estratégias de enfrentamento ao racismo 
religioso, fala que a luta de negros e negras pela sua liberdade e igualdade, começa 
quando o primeiro navio negreiro aportou aqui, em terras brasileiras e devido a essa 
condição de escravidão que vieram o povo preto trazido para cá, que até hoje, tudo 
aquilo que é ligado à cultura Africana e Afrodiaspórica é subalternizado, esquecido 
ou demonizado. 
Segundo Ferreira(2016) em seu artigo, “Ensino de História e educação nos 
Terreiros de Candomblé: culturas de matrizes africanas e as estratégias de 
empoderamento”, fala em sua pesquisa, de um conhecimento que é passado, em 
sua maior parte através da oralidade, para essas crianças, e como esse 
conhecimento é valorizado nas comunidades pertencentes ao candomblé e que fora 
dos terreiros esse conhecimento é invisibilizado, escondido, desacreditado e 
desconsiderado como conhecimento. 
Caputo(2014), discute em seu livro, “Educação nos Terreiros”, a inserção 
dessas crianças na escola e fala da inexistência de uma metodologia pedagógica no 
que se refere ao trato da diversidade religiosa nas salas de aula. 
 O despreparo dos professores diante deste tema de diversidade, reflete no 
cotidiano escolar pois, diante de uma situação de preconceito, como esse professor 
deverá agir, a quem deve ser comunicado ou qual medida deverá ser tomada? Os 
cursos de formação de professores não nos prepara para tal situação. 
 De que forma podemos abordar o preconceito religioso, principalmente 
das religiões de matriz africana afrodiaspóricas na sala de aula? De que forma 
as reflexões sobre a diversidade cultural e a cultura afro religiosa são 
abordadas no currículo escolar? 
 
1.5 OBJETIVOS GERAIS 
 Analisar de que forma os profissionais de educação lidam e enfrentam o 
desafio da diversidade religiosa e cultural na sala de aula. 
 
 
 
 
1.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Refletir sobre a introdução das informações existentes nas mídias sobre 
diversidade religiosa e educação decolonial no currículo escolar, como um tema 
transversal a ser debatido. 
 
1.7 HIPÓTESE 
Como os professores de educação poderiam se tornar mediadores no debate 
sobre o preconceito religioso e racismo? A questão tornam-se relevantes, quando há 
tantas crianças sendo bombardeadas por informações, outras sofrendo preconceito 
e sanções nas escolas simplesmente por causa da sua fé e algumas outras 
perpetuando esse preconceito por falta de informações direcionadas. 
 
1.8 METODOLOGIA 
Será feita uma pesquisa bibliográfica e documental de caráter qualitativo, 
através de análise de conteúdo de livros e artigos científicos. Durante esseprojeto 
de pesquisa foram feitos fichamentos de textos de autores como Marta Ferreira, 
Lucas Obalera de Deus, Stela Caputo, Débora Fagundes, Maria Cristina Caetano, 
as Leis 9394/96, 10.639/2003 e 11.645/2008, Tais Daiele Alves, entre outros, que 
dão fundamentação teórica ao trabalho. 
Ao analisar os artigos lidos, pensamos realmente sobre nossa formação, 
sobre como ainda são suficientes os trabalhos acadêmicos, com essa temática, 
como as licenciaturas ainda não dão conta da complexidade do tema racismo e o 
uso dos meios de comunicação de massa, intolerância e negritude. Teóricos 
mostram em suas produções que ainda temos muito o que caminhar e discutir a 
respeito, porém, na prática, as barreiras impostas pelo colonialismo eurocêntrico 
ainda mostra que estamos andando a passos lentos, espero que constantes e sem 
parar. 
1.9. EVIDÊNCIAS DE INTERESSE PARA O PROGRAMA 
 Esta pesquisa é de natureza descritiva e bibliográfica tendo relevância para o 
Programa de Pesquisa, pois há de se observar como as crianças que professam as 
religiões de matriz africana são tratadas em seu ambiente escolar, as religiões de 
matriz africana tem com a oralidade seu principal viés para passar conhecimento, 
essas crianças são frutos do nosso tempo, onde as mídias sociais ditam regras, 
espalham ódio, mas também dão visibilidades para certos assuntos que somente 
quem estava no meio do terreiro saberia do que se trata, nas redes sociais se pode 
livremente expressar sua religião e opinião, o que muitas vezes na escola essas 
crianças tentam esconder para não sofrer discriminação e racismo. Trago como 
proposta nesse projeto para refletirmos como o professor se comporta diante de 
uma situação de preconceito em sala de aula e como esse professor poderá lanças 
mão de recursos de comunicação de massa para mediar conflitos? 
 
1.10. LINHA DE PESQUISA 
 Optei pela linha de pesquisa Mídia, Procura e Produção de Sentido 
acreditando que a relação entre comunicação, cultura e construção de narrativas na 
sala de aula diversa em etnias, religião e hoje, posicionamento político, faz com que 
as mídias sociais tenham um papel importante nas práticas sociais, culturais, de 
identidade, resgate e representatividade. Os meios de comunicação se apropriam 
dos conhecimentos e cabe a nós educadores direcionar e problematizar esse 
conhecimento, que quando chega, muitas vezes em forma de racismo, dissemina 
sala de aula. 
 
 
 
2. Bibliografia consultada 
ALVES, Taís Daele. O Calundu ao Candomblé: As Religiões de Matriz Africana 
em Sala de Aula a partir da Implantação da Lei 10.639/2003. 2012. 190 p. II 
Seminário de Educação no Ensino Fundamental. Juiz de Fora, 2013. Disponível em: 
<http://wwwufjf.br/especializacaojoaoxxii/files/2014/11/II-Semin%C3%A1rio-sobre-
Educa%C3%A7%C3%A3o-no-Ensino-Fundamental.pdf>. Acesso em: 26 de 
fevereiro de 2015,14:30 
 
AQUINO,J.G. Diferenças e Preconceito na Escola: alternativas teóricas e práticas. 
9ª ed. São Paulo: Summus editorial,1998. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 
de dezembro de 1996. 
 
BRASIL. Lei n.10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p.1, 10 jan.2003. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm - 
acessado em 30/09/2015. 
 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 
Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais, ética/Secretaria de 
educação Fundamental. Brasilia: MEC/SEF, 1997. 146p. 
 
CAETANO, Maria Cristina. O Ensino Religioso e a Formação de seus 
Professores. 2007. 399 f. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – 
Faculdade de educação, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo 
Horizonte, 2007. Disponível em: < 
http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Educação_CaetanoMC_1.pdf>. Acesso em: 
09 de março.2015, 14:45. 
 
CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos Terreiros: como as escolas se relacionam 
com as crianças do candomblé. 1ª ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2014. 
 
31 
CASTRO, Y.P. Nossa Língua Africana. [ Entrevista] Revista de História da Biblioteca 
Nacional. Ano 10, n.116, p.58-64, maio,2015. 
 
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. Disponível 
em:http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%
20-%20Marilena%20Chaui.pdf. Acesso em: 09 de janeiro.2016, 15:07 
 
DEUS,Lucas Obalera de. Por uma Perspectiva Afrorreligiosa: estratégias de 
enfrentamento ao racismo religioso. Rio de Janeiro. Fundação Heinrich Boll, 
2019.43p. ISBN 978-62669-26-2 
 
DINIZ, Debora et al. Laicidade e ensino Religioso no Brasil. 1ª ed. Brasilia: 
LetrasLivres/EdUnB/UNESCO,2010. 
 
FERNANDES, A.P.C. et al. Educação e Axé: uma perspectiva intelectual na 
educação. 1ª ed. Rio de Janeiro: Imperial Editora Ltda, 2015. 
 
FERREIRA, Marta. Ensino de História e Educação nos Terreiros de Candomblé: 
culturas de matrizes africanas e as estratégias de empoderamento. Entre o local e o 
Global, Anais do XVII Encontro de História da Anpuh-RJ,Instituto Multidisciplinar 
UFRJ, 2016. 
www.encontro2016.rj.anpuh.org/.../1467405024_ARQUIVO_Anpuh2016Ensinodehi... 
Acesso em: 08/06/2019, 16:04 
 
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https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=2ahUKEwiayfWXydriAhUmF7kGHRspDcQQFjAAegQIAxAC&url=http%3A%2F%2Fwww.encontro2016.rj.anpuh.org%2Fresources%2Fanais%2F42%2F1467405024_ARQUIVO_Anpuh2016Ensinodehistoriaeeducacaonosterreirosdecandomble.pdf&usg=AOvVaw0sBsY0iWkUP3qMJT0gdd_W
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