Prévia do material em texto
Pâncreas endócrino Ilhotas de Langerhans São formadas por células beta (secretam insulina), células alfa (produzem glucagon) e células delta (secretam somatostatina - função de inibição de insulina quanto glucagon) ➔ A secreção de somatostatina via pâncreas é rara A secreção de hormônios pancreáticos na veia porta através da veia pancreática fornece grande concentração de hormônio no fígado Insulina Situação pós-prandial (pós refeição) Aumento da glicemia e aminoacidemia É um hormônio hipoglicêmico, pois estimula a célula a captar glicose ● Diabetes do tipo II - insulina normal, mas a célula não consegue captar ● Insulina não capta glicose, apenas sinaliza as células a captá-la ● Sinaliza, também, captação maior de aminoácidos Hormônio mais anabólico que existe no organismo Músculo esquelético e tecido adiposo são completamente dependente de insulina ➔ Possuem apenas GLUT-4 (totalmente dependente de insulina) Insulina alta estimula captação (síntese) Músculo esquelético: insulina estimula síntese de glicogênio e, quando há estímulo mecânico, proteica Tecido adiposo: insulina estimula lipogênese Intervalos curtos entre as refeições faz com que a insulina esteja sempre alta (não faz lipólise) Glucagon Antagônico à insulina Glucagon é liberado em jejum (3 a 4 horas sem ingerir nutriente) Glucagon age nos mesmos tecidos que a insulina No músculo esquelético, o glucagon estimula glicogenólise e proteólise No tecido adiposo, ele estimula lipólise No fígado, estimula gliconeogênese A insulina é o único hormônio hipoglicêmico, mas há vários hiperglicêmicos ➔ Dificilmente ficamos hipoglicêmicos (apenas por resultado de uma mutação) Tumor de pâncreas - os dois hormônios podem estar aumentados (alta mortalidade e prognóstico ruim) Ao se alimentar, o pâncreas é sinalizado para secretar insulina Um quadro hiperglicêmico causa retinopatia, doença neurológica periférica… Por isso, permanecer em hiperglicemia é extremamente ruim Sinalização para secreção de insulina Na parede do esôfago há receptores de estiramento → quando há deglutição há a ativação desses receptores Mandam a informação para o SNC que o indivíduo está comendo, sinalizando que a glicemia vai aumentar ➔ Por isso, muito antes da glicemia aumentar, há um estímulo para o SNC O SNC, então, sinaliza o pâncreas para secretar insulina A presença de carboidratos no intestino faz com que libere 2 hormônios (peptídeos que @biancasabbag_ atuam como hormônios): GLP-1 (peptídeo similar ao glucagon 1) e GIP (peptídeo inibidor gástrico) Os peptídeos são conhecidos como incretinas que sinalizam secreção de insulina Análogos ao GLP-1 são as principais medicações para tratar a obesidade, porém foram criados para tratar diabetes Aumento da glicemia é o último sinal para a secreção de insulina ➔ Determina a quantidade de insulina que deverá ser secretada Portanto, com uma grande quantidade de glicose ingerida há um pico de insulina ➔ Alimentos integrais fazem menos picos de insulina → altera motilidade e microbiota, lentificando a absorção e fazendo com que a insulina seja secretada aos poucos A insulina é um hormônio não-esteróide Duas cadeias de aminoácidos conectadas por pontes dissulfeto Possui a meia vida curta Faz transcrição e tradução que forma um pré-pró-hormônio (possui uma sequência sinal que serve para o endereçamento → manda para o complexo de golgi que, junto com o REL, forma vesículas) No complexo de golgi, ele é quebrado e a sequência sinal é retirado virando um pró-hormônio Na vesícula, o pró-hormônio está junto com uma enzima. Ela vai quebrar e liberar o hormônio e peptídeo C separados. O sistema simpático diminui a secreção de insulina e o sistema parassimpático aumenta Numa situação de luta ou fuga, é necessário glicose no sangue para que haja energia, por isso a insulina estará baixa Secreção de insulina pelas células beta O transportador GLUT-2 não depende de insulina e estão presente nas células beta Quando há aumento da glicemia, os GLUTs que não dependem de insulina captam glicose por difusão (diferença de concentração) As células querem glicose para a síntese de ATP ➔ Nessas células, há canais de potássio, controlados por ATP (ATP intracelular alto há o fechamento de canais de potássio) ➔ Se deixou de vazar potássio, há acúmulo de cargas positivas no meio intracelular ➔ Quando dentro fica mais positivo há despolarização, levando a abertura de canais de cálcio dependente de voltagem ➔ Quando o cálcio entra, há o processo de exocitose de vesículas contendo insulina SNP gera um impulso elétrico que leva a despolarização → abre canais de cálcio Célula beta há receptor de GLP-1 → age através de segundos mensageiros. Aumento de PKA leva a abertura de canais de cálcio Hipotálamo há receptores de GLP-1, na regiões onde controla fome e sede Estimula neurônios anorexígenos (dão saciedade) → POMC e CART Também faz com que a motilidade fique reduzida (sensação de plenitude) GLUTs GLUT4 - músculo esquelético, tecido adiposo e coração Coração também possui o GLUT1, por isso não precisa exclusivamente de insulina Todos os tecidos são capazes de captar glicose, mas nem todos precisam de insulina para captar glicose (músculo esquelético e adiposo) → únicos que fazem estoque Os outros tecidos, por fazerem transporte de glicose por difusão, não conseguem captar quando há excesso Pandemia da obesidade: o organismo quer sobreviver e perpetuar a espécie e, para acontecer, há o estoque Receptor de insulina Receptor localizado na membrana Formado por duas subunidades alfa que são apenas extracelulares e duas subunidades beta que são transmembrana (ligam o meio extra ao meio intra) É um receptor enzimático tirosina quinase Cascata de fosforilação (se um não acontece, nada mais irá acontecer): ➔ A insulina se liga na subunidade alfa e ativa a tirosina quinase que está na beta ➔ Tirosina quinase, tira um fosfato do ATP, e fosforila a subunidade beta (autofosforilação) ➔ Após a fosforilação, surgem os IRS (substrato do receptor de insulina) ◆ IRS 1 e 2 possuem função ➔ Eles fosforilam a PI3-quinase (fosfatidilinositol 3 quinase) ➔ A PI3-q doa os fosfatos ao fosfoinositídeos de membrana ➔ Os fosfoinositídeos fosforilam a proteína PDK (piruvato desidrogenase quinase) ➔ PDK ativa a proteína AKT (família da serina/treonina) ➔ Fosforila o GLUT4 que vai para a membrana e capta glicose Proteínas chave para a captação de glicose: PI3-quinase ➔ Se conseguir fosforilar, todo o resto acontece ➔ A principal causa de resistência a insulina é por bloqueio da fosforilação de PI3-q ◆ 65% dos indivíduos obesos vão desenvolver DM2 ◆ Tecido adiposo branco é endócrino e secreta adipocinas (em sua maioria pró-inflamatórias, interferindo de maneira negativa nas reações químicas) ◆ Excesso de TNF-alfa, há bloqueio da fosforilação de PI3-quinase ◆ Por isso, o obeso é um inflamado crônico Adiponectina são anti-inflamatórias e o TNF-alfa a bloqueia Vias alternativas para alocar o GLUT-4 (ação independente da insulina) Proteína MTOR estimula síntese proteica - ativa AKT que transloca GLUT-4 Exercício aeróbios ativam a via da AMPK - biogênese de mitocôndria, mas ativa GLUT4 ➔ Metformina (não é hipoglicêmica, a principal ação é na diminuição gliconeogênese no fígado) - diminui a hiperglicemia por diminuição da quantidade de glicose lançada no sangue Mecanismo de ação da insulina nos tecidos alvos Fígado ● Não depende de insulina, pois não possui apenas o GLUT-4 ● Aumenta a captação de glicose por ação da glicoquinase ○ Aumenta a fosforilação da glicose em glicose-6-fosfato ● Aumenta síntese de glicogênio (glicogênio sintase) ● Diminui a glicogenólise (inibe a glicogênio fosforilase) ● Estimula a síntese de ácidos graxos ○ No fígado há enzimas para a produção das lipoproteínas ○ Há a formação de ácidos graxos devido a glicogenólise, que vai gerar acetil-CoA e, também, pela estimulação da acetil-CoA carboxilase (síntese de ácidos graxos)) ○ Quando há insulina em excesso, parte dos ácidos graxos não são metabolizados,levando a esteatose hepática não-alcoólica Músculo esquelético ● Apenas GLUT-4 ● Vai contra o gradiente de concentração ● Aumenta a captação de glicose ● Aumenta síntese de glicogênio ● Diminui a glicogenólise ● Aumenta a glicólise (pois há muita glicose e irá gerar a glicose) ● Aumenta síntese proteica quando gerar estímulo Tecido adiposo ● Apenas GLUT-4 ● Aumenta captação de glicose ● Aumenta glicólise para produzir ATP ● Aumenta síntese de TAG ○ Metabolismo da glicose em alfa-glicerol fosfato que fornece glicerol para esterificação de AG ● Aumenta lipogênese (estoque) Jejum Insulina baixa, glucagon alto Glucagon tem ação hiperglicêmica O glucagon vai no músculo para quebrar glicogênio e, principalmente, proteína para obter aminoácidos No tecido adiposo, o glucagon quebra o TAG em 3 ácidos graxos e 1 glicerol ➔ Primeiramente, glicerol e aminoácidos são usados na gliconeogênese hepática ➔ Jejum prolongado é usado ácidos graxos na beta-oxidação (corpos cetônicos) Receptor de glucagon ➔ Acoplado à proteína G ➔ Segundo mensageiro: AMPc ➔ Ativa PKA ➔ Amplificação de sinais ativa proteínas específicas Mecanismo de ação do glucagon nos tecidos-alvo Fígado ● Diminui a síntese de glicogênio ● Aumento da glicogenólise ● Diminui glicólise ● Aumenta mobilização de (TAG) ● Aumenta oxidação de ácidos graxos (formação de ATP, pois não há glicose para usar como fonte) Diabetes tipo I Doença hiperglicêmica Ausência de insulina Doença autoimune que não reconhece as células beta-pancreáticas como própria → anticorpo ataca e destrói essas células Geralmente diagnosticada na infância Diabetes lada (se manifesta no adulto) Diabetes tipo II Caracterizada pela resistência à ação da insulina Hiperglicemia e hiperinsulinemia Pode ser por produção excessiva de glicose ou secreção diminuída de insulina A principal causa é resistência na sinalização (obesidade) ➔ Produção normal de insulina ➔ Se liga ao receptor normalmente ➔ Mas há problema na cascata de sinalização Não é reversível, mas há tratamento Obesidade é o principal fator de risco Bebê macrossômico (tamanho e peso acima do normal) associado a hiperglicemia materna e podem desenvolver DM2 nos dois primeiros anos de vida Normoglicêmico: <99 de glicemia em jejum Variação alterada: 100-125 mg/dl de glicemia em jejum (pré-diabético) ➔ Totalmente reversível (exercício e dieta) Hipoglicemia: abaixo de 60 mg/dl Diabetes: glicemia maior que 125 mg/dl ➔ Tratamento o torna diabético controlado ➔ Se parar o tratamento, a glicemia volta imediatamente ➔ Não há cura Cálculo do HOMA-IR Índice de resistência à insulina Insulina x glicemia de jejum/22,5 Ponto de corte: ● Adultos: 2,7 ● Crianças: 2,3 *Acima é considerado resistência Dá um alerta Glicemia normal + HOMA-IR aumentada: observar, pois há grande risco O diabético descompensado há produção de insulina o tempo inteiro, podendo levar a falência de célula beta ➔ Passa a precisar de insulina ➔ Não pode ser chamado de diabético do tipo I, mas sim um DM 2 dependente de insulina Referência Hall, John, E. e Arthur C. Guyton. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (13th edição). Grupo GEN, 2017.