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EPF – EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES OBJETIVO O exame parasitológico de fezes tem como objetivo diagnosticar os parasitos intestinais, através da pesquisa das diferentes formas parasitárias que são eliminadas nas fezes. EXAME MACROSCÓPICO Permite avaliar a consistência das fezes, a presença de elementos anormais, como muco e sangue, assim como de vermes adultos ou parte deles. Consistência: diarreica, pastosa, semi-formada, formada; Coloração: Amarelada, marrom, esverdeada, sanguinolenta; Muco: presença ou ausência; Sangue: presença ou ausência. EXAME MICROSCÓPICO Possibilita a visualização de ovos e larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo. MÉTODOS PARASITOLÓGICOS QUALITATIVOS Comumente o número de formas parasitárias nas fezes revela-se pequeno, havendo necessidade de recorrer a processos de enriquecimento para concentrá-las. Os métodos qualitativos são os mais utilizados na rotina, pois demonstram a presença das formas parasitárias. 1. Método direto Consiste na diluição de uma pequena porção da amostra fecal em duas ou três gotas de lugol sobre uma lâmina de microscopia. Este exame avalia uma porção minúscula do material fecal, sendo assim, sua sensibilidade é determinada pela carga parasitária do paciente. Procedimento: a) Colocar de duas a três gotas de lugol em uma lâmina de vidro; b) Tocar com a ponta de um palito em vários pontos da amostra, transferindo uma pequena porção para a lâmina de microscopia; c) Espalhar a amostra, fazendo um esfregaço para avaliação com objetivas de 10x e 40x. 2. Método de Hoffman, Pons e Janer Indicado para pesquisa de ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoários. Procedimento: a) Colocar aproximadamente 10g de amostra em um copo plástico descartável com cerca de 5 ml de água e dissolver bem com o auxílio de um palito descartável; b) Acrescentar mais 20 ml de água; c) Filtrar a suspensão num cálice cônico, com auxílio de gaze cirúrgica dobrada em quatro; d) Completar o volume do cálice com água; e) Deixar essa suspensão em repouso entre 2 a 24 horas. Nesta etapa deve- se desprezar o líquido sobrenadante e substituí-lo por água limpa por duas ou três vezes até que o sobrenadante fique claro; f) Retirar uma pequena amostra do sedimento, transferir para lâmina de microscopia e examinar com objetivas de 10x e 40x. 3. Método de Willis Indicado para pesquisa de estruturas leves, como cistos e ovos de ancilostomídeos. Procedimento: a) Colocar 10g de amostra num recipiente e homogeneizá-la com solução saturada de sal (NaCl); b) Transferir o material para um tubo e em seguida completar o volume até a borda do tubo; c) Colocar na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido; d) Deixar em repouso por cerca de 5 minutos; e) Ao final desse tempo, retirar rapidamente a lâmina, deixando a parte molhada voltada para cima; f) Corar com lugol, cobrir com lamínula e examinar com objetiva de 10x e 40x. 4. Método de Faust Usado para a pesquisa de cistos e alguns oocistos de protozoários, permitindo também o encontro de ovos leves. Procedimento: a) Diluir 10g de amostra em 20 ml de água; b) Homogeneizar bem; c) Filtrar em gaze dobrada em quatro, num copo plástico, e transferir para um tubo de ensaio; d) Centrifugar por 1 minuto a 2.500 rpm; e) Desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento com água; f) Repetir as operações até que o líquido sobrenadante fique claro; g) Desprezar o sobrenadante claro e ressuspender o sedimento com uma solução de Sulfato de Zinco a 33%, densidade 1,18 g/ml; h) Centrifugar novamente por 1 minuto a 2.500 rpm; i) Os cistos e ovos leves presentes estarão na película superficial, a mesma é recolhida com alça de platina e transferida para uma lâmina junto com uma gota de lugol e coberta com lamínula para examinação no microscópio. 5. Método de Rugai Recomendado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis. Procedimento: a) Retirar a tampa do recipiente que acondiciona a amostra e envolve-lo em gaze dobrada em quatro, fazendo uma pequena ‘’trouxa’’; b) Colocar o material assim preparado, com a cobertura voltada para baixo, num cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45ºC) em quantidades suficientes para entrar em contato com a amostra; c) Deixar uma hora em repouso; d) Retirar cuidadosamente a trouxa; e) Colher o sedimento do fundo do cálice, com a ajuda de uma pipeta; f) Transferir para uma lâmina de microscopia, corar as larvas com lugol e examinar ao microscópio.
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