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AULA 5: Estados da consciência: Conceito de Consciência; Estados da Consciência, Neurociência cognitiva, Processamento Dual. Estágios e transtornos do sono, Hipnose, Drogas psicoativas. PPB- 2º Sem. Profa. Rose Carvalho CONSCIÊNCIA: é o conhecimento das sensações, dos pensamentos e dos sentimentos que experimentamos em dado momento. A consciência é nossa compreensão subjetiva tanto do ambiente a nosso redor quanto de nosso mundo interno particular, inobservável às pessoas de fora. • Na consciência desperta, estamos despertos e conscientes de nossos pensamentos, emoções e percepções. Todos os outros estados de consciência são considerados estados alterados de consciência. ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA: • Incluem o sono, sonhos , que ocorrem naturalmente, assim como estados hipnóticos e alucinações induzidas por drogas. Qual é o lugar da consciência na história da Psicologia? • Em seu princípio, a psicologia era “a descrição e a explicação dos estados de consciência” (Ladd, 1887). Em 1890, Willian James, filósofo e psicólogo em Haward University, publica “ The principles of Psychology”, descrevendo a psicologia como a “Ciência da vida mental”. Em 1900 Sigmund Freud publica “A interpretação dos sonhos”, sua principal obra teórica em psicanálise. • No entanto, durante a primeira metade do século XX, a dificuldade de estudar cientificamente a consciência levou muitos psicólogos - incluindo os da emergente escola do behaviorismo - a se voltar para as observações diretas do comportamento, sendo considerada como “Ciência do Comportamento”. • Após 1960, os conceitos mentais começaram a reaparecer. Avanços na neurociência tornaram possível relacionar a atividade cerebral ao sono, aos sonhos e a outros estados mentais. Pesquisadores passaram a estudar as alterações da consciência pela hipnose e das alucinações provocadas pelas drogas. • Psicólogos de todas as vertentes afirmavam a importância da cognição, ou processos mentais. • Para a maioria dos psicólogos atuais, consciência é nossa percepção de nós mesmos e do ambiente à nossa volta. Nosso foco de percepção nos permite reunir informações de variadas fontes ao refletirmos sobre o passado e planejarmos o futuro. E mantém nossa atenção concentrada quando aprendemos um conceito ou comportamento complexo. Neurociência Cognitiva Neurociência cognitiva – É o estudo interdisciplinar da atividade cerebral ligada a nossos processos mentais . • Os neurocientistas podem medir os padrões de ondas cerebrais em condições de consciência que variam desde o sono até a vigília e a estados hipnóticos. O Cérebro e a Consciência • NA CIÊNCIA ATUAL, UMA DAS METAS perseguidas com mais afinco pelos pesquisadores é a compreensão da biologia da consciência. • A ciência supõe, nas palavras do neurocientista Marvin Minsky (1986, p. 287), que “a mente é o que o cérebro faz”. Só não sabemos como ele o faz. Mesmo com todas as substâncias químicas, os chips de computador e a energia do mundo, ainda não fazemos ideia de como fabricar um robô consciente. • No entanto, a atual neurociência cognitiva está dando o primeiro pequeno passo ao relacionar estados cerebrais específicos a experiências conscientes. A maioria dos neurocientistas cognitivos está explorando e mapeando as funções conscientes do córtex, com base em seus padrões de ativação cortical. • Apesar desses avanços, ainda há grande discordância. Um grupo de pesquisa teoriza que experiências conscientes surgem de circuitos neuronais específicos que disparam de maneira específica. Outro crê que elas são produzidas pela atividade sincronizada de todo o cérebro. Processamento Dual (Dual Processing) O que é o "processamento dual" (dual processing) que está sendo revelado pela neurociência cognitiva atual? • Os neurocientistas cognitivos e outros estudiosos dos mecanismos cerebrais descobriram uma mente humana de duas vias, cada uma com seu próprio processamento neural. Esse processamento dual (dual processing) afeta a percepção, a memória e as atitudes em um nível explícito e (consciente) e em um nível implícito e (inconsciente). • Na psicologia , a teoria do processo dual fornece um relato de como o pensamento pode surgir em duas formas diferentes, ou como resultado de dois processos diferentes. • Duas únicas formas de pensamento, uma rápida, onde se encaixa nossas reações imediatas a determinados acontecimentos e uma devagar, onde se encaixa nosso pensamento mais estruturado. • Muitas coisas acontecem sem que tenhamos consciência. Isso acontece porque existe muito mais informação no nosso ambiente do que nossa mente é capaz de captar e perceber conscientemente. Mas quando se trata das nossas próprias ações, é claro que temos consciência do que estamos fazendo e das razões pelas quais estamos realizando uma ação, mas também podemos operar “no piloto automático”, mesmo quando realizamos ações complexas, como dirigir de volta para casa, por exemplo. • A nova concepção de inconsciente na psicologia e na neurociência, também explorada no livro Rápido e devagar: Duas formas de pensar, de Daniel Kahneman. Explica os dois sistemas que dirigem a maneira como pensamos. O sistema 1 é rápido, intuitivo e emocional; O sistema 2 é mais lento, mais deliberativo e mais lógico • É que captamos e usamos informações do ambiente basicamente de duas maneiras: de uma maneira mais automática e inconsciente ou de uma maneira mais controlada e consciente. • O efeito de ancoragem ou focalismo é um viés cognitivo que descreve a comum tendência humana para se basear de forma intensa, ou de se "ancorar", a uma característica ou parte da informação recebida, quando em processo de tomada de decisão. Sono e consciência • Recentes inovações tecnológicas permitiram entender melhor como o sono funciona e elaborar uma série de teorias de como o sono influencia os estados da consciência humana. • O sono não é um processo passivo. O cérebro permanece ativo durante os diferentes estágios do sono. Esse mecanismos desempenha um papel importante em vários processos, incluindo a consolidação da memória e a limpeza do cérebro. Estágios do sono Primeiro estágio : Estado de transição entre a vigília e o sono, caracterizado por ondas cerebrais relativamente rápidas de baixa amplitude. Segundo estágio: Sono mais profundo do que o da primeira etapa, caracterizado por um padrão de ondas mais lentas e regulares, com interrupções passageiras de “fusos do sono”. Terceiro estágio: Sono caracterizado por ondas cerebrais lentas, com cristas e vales maiores no padrão de ondas do que no segundo estágio. Quarto estágio: Estágio mais profundo do sono, durante o qual somos menos responsivos à estimulação externa. Quinto estágio : SONO REM- durante o qual ocorrem os sonhos. Nesse estágio, o padrão das ondas cerebrais são rápidas e semelhantes ao do estado de vigília tranquilizada. SONO REM- Sono de movimento rápido dos olhos. • Nas quatro fases do chamado ciclo do sono, a pessoa ainda não sonha. Depois de cerca de 90 minutos, inicia-se a fase REM (movimento rápido dos olhos). • O mais característico desse período é o movimento dos olhos de um lado para o outro, como se eles estivessem assistindo a um filme repleto de ação, e contrasta com os estágios de um a quatro, que são coletivamente chamados de sono não REM ou (NREM). Há alterações na respiração e na circulação. Acontece em ondas de 90 minutos e é nesse estágio que nosso cérebro tende a sonhar. • É somente nesse estágio que podemos sonhar. Numa noite de descanso, é normal de cerca de quatro a seis fases REM, a pessoa, porém só vai se recordar do último sonho. O que acontece quando dormimos e quais são o significado e a função dos sonhos? • O cérebro está ativo durante a noite toda, e o sono progride por uma série de estágios identificados por padrões próprios de ondas cerebrais. • O sono REM (ou movimento rápido dos olhos) é caracterizado por um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e na taxa respiratória e, nos homens, por ereções. • Ossonhos costumam ocorrer nesse estágio. Ritmos circadianos: como os períodos do dia influenciam nosso corpo • Ritmo circadiano ou ciclo circadiano são processos biológicos que ocorrem regularmente em um ciclo de 24 horas. designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite. • O ritmo circadiano regula todos os ritmos biológicos bem como muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono, a renovação das células e o controle da temperatura do organismo. • O "relógio" que processa e monitora todos estes processos encontra-se localizado numa área cerebral denominada núcleo supraquiasmático, localizado no hipotálamo na base do cérebro e acima das glândulas pituitárias. • Luzes brilhantes podem compensar alguns dos sintomas de transtorno afetivo sazonal, o qual ocorre durante o inverno. • A luz influencia o relógio biológico. Quando há uma baixa de luminosidade há uma quebra na produção de serotonina- um neurotransmissor conhecido como hormônio da felicidade que afeta o humor. Quanto menos serotonina, maior a tendência para a tristeza e depressão. Por que às vezes nos lembramos de nossos sonhos e outras vezes não? • Toda vez que um sonho termina, a pessoa permanece em sono profundo, sem acordar. • Só nos lembramos do sonho, se despertarmos até 10 minutos depois que ele acabou. • Esse é o tempo que o cérebro ainda consegue ativar a memória, no estado de sonolência quando a pessoa está um pouco acordada. • Como a memória é uma função do consciente e os sonhos do inconsciente, ela não pode captá-lo se passar muito tempo” diz o neurofisiologista Katsumasa Hoshino da Universidade Estadual Paulista- UNESP. • Mas nos lembramos de mais de um, quando há micro despertares depois que o sonho acabou, ativando a memória no meio da noite. • As pessoas que mais se lembram do seu sonho, são as de sono leve que despertam facilmente. Pesadelos tem mais chances de serem lembrados, já que geralmente fazem as pessoas acordarem assustadas. • Para a Psicologia, esse tipo de sonho, assim como a lembrança e a repetição dos sonhos em geral, está relacionado a problemas emocionais. Muitas pessoas sonham com que as incomoda. É uma forma de trabalhar e vencer os desafios que, acordadas, tem dificuldades de resolver. DEVANEIOS • Devaneio é um estado de divagação do ser humano, quando se deixa levar pela imaginação, imagens, sonhos ou pensamentos profundos; ignorando o contato com a realidade ou o ambiente que o rodeia, ou seja, os devaneios seria o mesmo que "sonhar acordado". • Existem grandes diferenças entre as pessoas quanto à quantidade de tempo dedicada aos devaneios. Quase todas as pessoas devaneiam ou fantasiam em alguma medida. Os Principais Transtornos do sono • Insônia : Transtorno do sono caracterizado por dificuldade para dormir. é uma perturbação do sono caracterizada por dificuldade em adormecer ou manter-se adormecido durante o tempo desejado. No dia seguinte, a pessoa geralmente apresenta sonolência, falta de energia, irritabilidade e depressão. Entre as condições que podem ser causa de insônias estão o estresse psicológico, dor crônica, insuficiência cardíaca, hipertiroidismo, azia, síndrome das pernas inquietas, menopausa, alguns medicamentos e substâncias viciantes como a cafeína, nicotina e álcool. • Apnéia do sono :Condição em que as pessoas têm dificuldade para dormir e respirar ao mesmo tempo. sono. O resultado é um sono perturbado, interrompido e uma perda significativa do sono REM, pois a pessoa é pois a pessoa é constantemente acordada quando a falta de oxigênio torna-se grande o suficiente para disparar uma resposta de despertar.constantemente acordada quando a falta de oxigênio torna-se grande o suficiente para disparar uma resposta de despertar. • Narcolepsia: Transtorno crônico do sono que causa sonolência diurna em excesso. Fatores genéticos estão envolvidos na narcolepsia, que é causada por alteração no equilíbrio existente entre algumas substâncias químicas (neurotransmissores) do cérebro, responsáveis pelo aparecimento do sono REM em horas inadequadas. O tratamento inclui administração de medicamentos e a adoção de alguns hábitos. A narcolepsia provoca ataques súbitos de sono. Podem ocorrer perda súbita do tônus muscular. Estimulantes, antidepressivos e outros medicamentos podem ajudar. • Sonambulismo: é um transtorno do sono que consiste basicamente em levantar- se da cama, andar ou praticar algum tipo de atividade enquanto ainda está dormindo. Em termos médicos, o sonambulismo é um distúrbio do sono em que as funções motoras da pessoa despertam, mas sua consciência permanece inativa. Trata-se, portanto, de um despertar desequilibrado do cérebro. • Soniloquismo: ou falar enquanto dorme - é uma manifestação normal da atividade cerebral. Por isso, é considerado um distúrbio do sono benigno, ou seja, que não costuma indicar nenhum tipo de doença grave HIPNOSE • O significado da palavra hipnose vem do grego hypnos, que pode ser traduzido como sono. Mas, na verdade, não é bem isso que acontece com a mente durante o estado hipnótico. • A hipnose modifica o padrão de consciência; o indivíduo focaliza sua atenção por meio de uma indução ou de uma autoindução, concentrando a mente e direcionando seus pensamentos e, com isso, intensificando a atividade cerebral, algo oposto ao que acontece quando estamos dormindo. • A hipnose é indicada para todos que querem curar e/ou melhorar questões emocionais, tais como: • Ansiedade • Depressão • Estresse por traumático • Fobias (medos) • Angústia • Memorização. • Apesar de seguirem comandos quando hipnotizadas, as pessoas não perdem toda a sua vontade própria. Elas não realizarão atos antissociais, nem praticarão atos autodestrutivos. • As pessoas não revelarão verdades ocultas sobre si mesmas, sendo capazes de mentir. Além disso, não podem ser hipnotizadas contra sua vontade – a despeito das ideias populares errôneas. • A Hipnoterapia cognitiva acessa os pensamentos, as crenças e as lembranças que deram origem aos transtornos e permite que o paciente reestruture essas ideias e resolva-as mais rápido, justamente por atuar em um nível mais profundo • O nível mais profundo é resultado de estados de transe natural que desbloqueiam pensamentos inconscientes. Assim como permite que o indivíduo acesse memórias internas. • A hipnose produz um estado de maior suscetibilidade às sugestões do hipnotizador. Sob hipnose, ocorrem mudanças significativas no comportamento, incluindo concentração aumentada e sugestionabilidade, maior capacidade de recordar e construir imagens, falta de iniciativa e aceitação de sugestões que claramente contradizem a realidade. Meditação Ocidente • Em especial nas pesquisas científicas, a palavra meditação tem sido utilizada para descrever práticas auto- regulatórias dos pensamentos e emoções. Oriente • Meditar é sinônimo de busca espiritual Mindfulness: • Algumas vezes, nossa atenção está mindful (cuidadosamente atenta) e em outras está mindless (absolutamente perdida, como um macaco, pulando de galho em galho). Naturalmente, o ser humano alterna entre estes estados, mas quando predomina o estado de mindless, surge sofrimento, ansiedade, depressão e questões somáticas. Mas, o bom é que o estado mindful pode ser treinado. • Estar em estado de Mindfulness é estar consciente da sua experiência, momento- a-momento. Então, Mindfulness é um PROCESSO ou ESTADO ATENCIONAL. Se é processamento atencional, é processo psicológico. Se é processo psicológico, é um objeto de estudo da Psicologia. Quais são os benefícios do mindfulness? • Orgânicos (dor crônica, doenças cardiovasculares, câncer, transtornos neurológicos, etc.) • Mentais: ( ansiedade, depressão, estresse crônico, uso e dependência de substâncias, etc). • Relacionais ede comunicação ( melhora dos sintomas de burnout, melhora da empatia e da comunicação interpessoal e melhores resultados clínicos- no caso de profissionais na área da saúde. • Atualmente existem estudos que confirmam os benefícios psicológicos, neurofisiológicos e epigenéticos que são induzidos pela prática regular de Mindfulness. Uso de Drogas: os Altos e Baixos da Consciência • Drogas Psicoativas ou substância psicotrópica é a substância que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência. • Exemplos mais conhecidos são álcool, nicotina, cocaína, anfetaminas e , êxtase, inalantes, opióides, ansiolíticos, benzodiazepínicos e maconha. As drogas podem produzir um estado alterado de consciência. Contudo, elas variam quanto ao grau de periculosidade e quanto ao fato de serem aditivas. Uso de Drogas: os Altos e Baixos da Consciência Droga : É toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (deprimindo-o, estimulando-o ou perturbando-o). Essa alteração pode ser proporcionada para fins recreacionais (alteração proposital da consciência); religiosos (uso de enteógenos); científicos (visando a compreensão do funcionamento da mente); ou médico-farmacológicos (como medicação). Alternativamente, tal efeito na mente pode não ser o objetivo do consumo da substância psicotrópica, mas um efeito adverso do mesmo. Drogas ilícitas - Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei. Drogas lícitas - São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei (bebidas alcoólicas e tabaco). O que são tolerância, dependência e adicção, e quais são alguns dos equívocos comuns acerca da adicção? • Drogas psicoativas alteram percepções e humores. Seu uso continuado produz tolerância (necessidade de doses maiores para se alcançar o mesmo efeito) e pode levar à dependência física ou psicológica. • A adicção é a fissura e o uso compulsivos da droga. Por que algumas pessoas se tornam usuárias regulares de drogas alteradoras da consciência? • Fatores psicológicos (como estresse, depressão e desesperança) e sociais (como pressão dos pares) combinam-se para levar muitas pessoas a experimentar drogas - e às vezes tornar-se dependentes delas. Algumas pessoas podem ser biologicamente mais propensas à dependência de drogas como o álcool. Classificação: Quais são as principais classificações das drogas quais são seus efeitos? Classificação: • Estimulantes do SNC- causam excitação no SNC. Um estimulante, (psicoestimulante) é em geral, uma droga que aumenta os níveis de atividades motoras e cognitivas, reforça a vigília, estado de alerta, de atenção, e algumas vezes, tem potencial euforizante. • Dois estimulantes comuns são a cafeína e a nicotina. Mais perigosos são a cocaína e as anfetaminas, que, em grandes quantidades, podem ocasionar convulsões e morte. excitam a atividade neural e aceleram as funções corporais. Todas têm alto poder de adicção. • O crack é a cocaína solidificada em cristais, quando o cristal de cocaína (também referido como pedra de crack) é aquecido. • O uso de drogas estimulantes (principalmente anfetaminas e cocaína) pode levar à "parasitose delirante" ou síndrome de Ekbom: a crença equivocada de que se está infestado de parasitas. Essas ilusões também estão associados a febre alta ou abstinência do álcool, muitas vezes, juntamente com alucinações visuais sobre insetos. Pessoas que vivem essas alucinações podem arranhar-se, causando danos cutâneos graves e sangramento. • Depressoras do SNC -diminuem a atividade no SNC. Refreiam a atividade neural e tornam mais lentas as funções corporais. Os depressores mais comuns são o álcool e os barbitúricos. As substâncias que compõem o grupo de Depressores do SNC são: Álcool, Inalantes/solventes Ansiolíticos, Barbitúricos Opiáceos. Os barbitúricos são produzidos a partir do ácido malônico e da ureia, agem no sistema nervoso central, podendo causar sono ou relaxamento, dependendo da dosagem ministrada. • O uso excessivo destas substâncias podem levar à óbito. Casos se tornaram muito conhecido, por levar pessoas famosas à morte. Entre as estrelas que sofreram do vício nesta substância, está Elvis Presley, que morreu aos 42 anos. A causa oficial da morte foi arritmia cardíaca, mas o exame toxicológico comprovou a existência de 14 outras substâncias prescritas em seu corpo, incluindo morfina, barbitúricos, codeína e diazepam. • O álcool é o depressor do cérebro e age diretamente em diversos órgãos tais como o fígado, coração, vasos e na parede do estômago. É a substância química mais utilizada pela humanidade. Está presente na maioria das festas e rituais religiosos. Quase todos os países do mundo, onde o consumo é aceito, possuem uma bebida típica da qual se orgulham. • Seus efeitos iniciais de alívio da tensão e sentimentos positivos dão lugar a efeitos depressivos à medida que a dose de álcool aumenta. Tanto a hereditariedade quanto os estressores ambientais podem levar ao alcoolismo. • Inalantes/solventes: estão presentes em diversos produtos. A maior parte deles é vendida comercialmente. São encontrados nos esmaltes de unha, na cola de sapateiro e nos removedores de tinta. No Brasil, os produtos mais utilizados são o lança-perfume, a cola de sapateiro e cheirinho-da-loló, sendo também populares a acetona, esmalte de unha, thinner, benzina e gasolina. O clorofórmio e éter são bastante utilizados. O lança-perfume, vendido em sprays, já foi bastante popular em nossos carnavais. • Barbitúricos: foram amplamente empregados como hipnóticos e anestésicos até o aparecimento das benzodiazepinas, na década de 60. A partir daí, suas indicações se restringiram. Hoje alguns deles são úteis como antiepilépticos. Nos primeiros anos, não se suspeitava que causassem dependência. Depois que milhares de pessoas já haviam se tornado dependentes, é que surgiram normas reguladoras que dificultaram a sua aquisição. • Narcóticos: a morfina e a heroína são narcóticos, drogas que produzem relaxamento e aliviam a dor e a ansiedade. Devido às suas qualidades aditivas, a morfina e a heroína são particularmente perigosas. • Alucinógenos: são drogas que produzem alucinações ou alterações na percepção. O alucinógeno usado com maior frequência é a maconha, que oferece vários riscos a longo prazo. Dois outros alucinógenos são a LSD e o ecstasy. • Distorcem as percepções e evocam alucinações - imagens sensoriais na ausência de estímulos sensoriais correspondentes. O humor e as expectativas do usuário influenciam os efeitos do LSD, mas experiências comuns são alucinações e emoções que variam da euforia ao pânico. O principal ingrediente da maconha, o THC, pode desencadear sentimentos de desinibição, euforia, relaxamento, alívio da dor e intensa sensibilidade a estímulos sensoriais. Pode também aumentar os sentimentos de depressão ou ansiedade, prejudicar a coordenação motora e o tempo de reação, interromper a formação da memória e danificar o tecido pulmonar (devido à fumaça inalada Experiências de Quase Morte: O que são experiências de quase morte, e qual é a controvérsia acerca de sua explicação? • Muitas pessoas que sobreviveram a um contato com a morte, por exemplo devido a uma parada cardíaca, relatam experiências de quase morte. Estas às vezes envolvem sensações extracorpóreas e uma visão ou viagem através de uma luz brilhante. Alguns pesquisadores creem que tais experiências têm um paralelo próximo com relatos de alucinações e podem ser produto de um cérebro sob estresse. Outros rejeitam essa análise. Referências Bibliográficas: • FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, capítulo 4. • MYERS, D.; DEWALL, N. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2017, capítulo 3. • https://cpmindfulness.com.br. Sugestão de bibliografia para complemento da Aula: • SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São Paulo: Companhia da Letras,1997. p. 175-179. Caso sugerido: "O CÃO SOB A PELE". O caso aborda uso de droga e exacerbação dos sentidos e uma discussão sobre o humano (ser civilizado). Em paralelo, Sacks traz sucintamente um caso de perda do sentido do olfato.