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Resumo saúde mental

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Saúde mental 2
Valéria Santos 
l história da Psiquiatria
Existe pessoas com os tipos: 
Sanguíneo pessoa viva, agitada, disposto
Melancólico é mais fechado, sem comportamento expansivo (mais chances de ser depressivo...)
Colérico é o irritado, se ofende, nervoso (mais chances de ter infarto...)
Fleumático é mais de boa, tranquilo.
Juízo: direitos, valores
Conhecimento de sí próprio é qual a limitação da pessoa.
TOPOGRAFIA DA MENTE
Mecanismos de defesa do ego
As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais etc.
 São produtos históricos criados por homens concretos, que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do conhecimento.
Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose no tratamento de pacientes com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais. Elaborou a hipótese de que a causa da histeria era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o do inconsciente
A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise.
A Psicanálise: 
Enquanto método de investigação: é interpretativo
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. 
Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. 
Analise: — que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento
Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas, é usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos, instituições. 
A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência são alguns exemplos.
A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO
· Obras: “A interpretação dos sonhos” "A Psicopatologia da Vida Cotidiana" e "Os Chistes e suas Relações com o Inconsciente"
Nessas obras, Freud não só desenvolve sua teoria sobre o inconsciente da mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala, especialmente aos atos falhos.
Para Freud, a consciência humana subdivide-se em três níveis: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente – o primeiro contém o material perceptível; o segundo, o material latente, mas passível de emergir à consciência com certa facilidade; e o terceiro contém o material de difícil acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado aos instintos primitivos do homem.
Topografia da Mente (Freud) conteúdos e operações
CONSCIENTE:
· É o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior.
· Memórias ao alcance do indivíduo 
Consciente: contém o material perceptível
· Controlado pelo ego, memórias que permanecem ao alcance da percepção do indivíduo (números de telefone, de documentos).
· Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
PRÉ-CONCIENTE
· Refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. 
· Controlado parcialmente pelo superego.
Pré-consciente: o material latente, mas passível de emergir à consciência com certa facilidade
· É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
· (memórias esquecidas e trazidas quando necessário);
· Exemplo: o que se aprende durante o curso. Com o passar dos semestres acabamos “esquecendo”, porém quando em estágio vivemos situações que trazemos na memória o conteúdo estudado. 
INCONSCIENTE
· Exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. 
É constituído por conteúdos reprimidos, que não tem acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas
Inconsciente: contém o material de difícil acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado aos instintos primitivos do homem.
Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. 
· Memórias que não se consegue trazer á percepção consciente.
· Sonhos e comportamentos incompreensíveis.
O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. 
É atemporal: não existem noções de passado e presente.
A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
Os níveis de consciência estão distribuídos entre as três entidades que formam a mente humana, ou seja, o Id, o Ego e o Superego. 
 Os conceitos são usados para referir-se aos três sistemas da personalidade. 
Para Freud, as relações afetivas desenvolvidas na infância, principalmente nos primeiros cinco anos de vida, são fundamentais para o equilíbrio emocional posterior.
ID
· É o substrato biológico, inato da personalidade, e é a fonte de toda a energia psíquica.
· Pode ser conceituado como uma espécie de reservatório de impulsos instintivos (irracionais)
O id representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do Id. 
· Esses impulsos derivam de duas fontes distintas: instinto de autoconservação (vida) e instinto de destruição (morte) 
· As características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são, nesta teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio do prazer.
ego
· Também denominado como eu racional ou “princípio da realidade”. 
· O ego começa a desenvolver-se entre os 4 e os 6 meses de idade.
· O Ego, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância no que se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.
· à medida que se desenvolve e ganha força o ego procura fazer as influências do mundo externo agirem sobre o id, para substituir o princípio do prazer pelo princípio da realidade. uma das principais funções do ego é de mediador, ou seja, de manter a harmonia entre o mundo externo, o id e o superego.
· O ego vivencia a realidade do mundo externo, adapta-se a ela e responde a ela. 
· As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamento.
· 
Superego:
· Pode ser designado como “princípio da perfeição”. refere-se a exigências sociais e culturais.
· É a parte moral psique e representa os valores da sociedade. (consciência moral)
O Superego, a parte que contra- age ao id, representa os pensamentos morais e éticos internalizados.
superego tem três objetivos:
inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral); forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional) e
conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras (ego ideal).
· Tem a função de censurar os impulsos que vêm do id, sobre as atividades e pensamentos do ego.
· A moral, os ideais são funções do superego
Para compreender a constituição desta instância — o superego — é necessário introduzir a ideia de sentimento de culpa. Neste estado, o indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez — o que parece óbvio — ou que não fez e desejou ter feito, alguma coisa considerada má pelo ego mas não, necessariamente, perigosa ou prejudicial; pode, pelo contrário, ter sido muito desejada. 
· O ego e, posteriormente, o superego são diferenciações do id, o que demonstra uma interdependência entre esses três sistemas, retirando a idéia de sistemas separados.
· São estruturas que compõe a personalidade, então não são sistemas separados.
· O id refere-se ao inconsciente, mas o ego e o superegotêm, também, aspectos ou “partes” inconscientes.
· É importante considerar que estes sistemas não existem enquanto uma estrutura vazia, mas são sempre habitados pelo conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um, que se constitui como sujeito em sua relação com o outro e em determinadas circunstâncias sociais. 
· Isto significa que, para compreender alguém, é necessário resgatar sua história pessoal, que está ligada à história de seus grupos e da sociedade em que vive.
Mecanismos de defesa do ego
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. 
Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade — deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento.
Acaba tentando modificar seus sentimentos.....
São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar esta deformação da realidade, chamados de mecanismos de defesa.
São processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo
Compensação: 
· Encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando uma característica que se considera mais desejável.
· Esse mecanismo de defesa tem por característica a tentativa do indivíduo de equilibrar suas qualidades e deficiências, por exemplo, uma pessoa que não tem boas notas e se consola por ser bonita.
 Exemplo: um menino deficiente físico não consegue jogar futebol, por isso compensa tornando-se muito estudioso. Bailarino.
Negação: 
· recusar-se a reconhecer a existência de uma situação real ou os sentimentos associados a ela.
· É a defesa que se baseia em negar a dor, ou outras sensações de desprazer. É considerado um dos mecanismos de defesa menos eficazes.
 Exemplo: o comportamento de crianças de “mentir”, negando ações que realizaram e que gerariam castigos OU uma mulher que trabalha o dia inteiro e quando chega em casa apanha do marido mas, quando sua mãe sugere que a mesma o denuncie responde à mãe: “ Ele é um bom pai”...
Deslocamento:
· a transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro.
· O mecanismo de deslocamento está sempre ligado a uma troca, no sentido de que a representação muda de lugar, e é representada por outra. Esse mecanismo também compreende situações em que o todo é tomado pela parte. 
Por exemplo: alguém que teve um problema com um advogado e passa, então, a rejeitar todos esses profissionais, ou ainda, num sonho, quando uma pessoa aparece, mas, na verdade está representando outra pessoa
Exemplo: um cliente está furioso com seu médico, não expressa isso, mas agride verbalmente a enfermeira. Ou mesmo a qualquer outro profissional
Pais que agridem os filhos por terem sidos agredidos quando criança.
Identificação: 
· uma tentativa de aumentar o valor pessoal adquirindo alguns atributos e características de um indivíduo que se admira.
· É o mecanismo baseado na assimilação de características de outros, que se transformam em modelos para o indivíduo.
· Esse mecanismo é a base da constituição da personalidade humana. Como exemplo podemos citar o momento em que as crianças assimilam características parentais, para posteriormente poderem se diferenciar. Esse momento é importante e tem valor cognitivo à medida que permite a construção de uma base onde a diferenciação pode ou não ocorrer.
Exemplo: um adolescente que precisou de uma reabilitação longa após um acidente decide tornar-se fisioterapeuta em consequência de suas experiências.
Intelectualização: 
· uma tentativa de evitar a expressão de emoções reais associadas a uma situação de estresse pelo uso dos processos intelectuais da lógica, raciocínio e análise.
Exemplo: Meu marido será transferido para outra cidade. Peço minha demissão e sou questionada sobre minha carreira. Tento ocultar minha ansiedade explicando as vantagens associadas as mudanças
Introjeção: 
· integrar as crenças e os valores de um outro indivíduo à estrutura do próprio ego.
Exemplo: as crianças integram o sistema de valores de seus pais ao processo de formação da consciência. Uma criança diz a uma amigo: “Não bata nas pessoas. Isso não é bom”.
Isolamento: 
· é a separação de um pensamento ou uma recordação do afeto ou das emoções associadas a este.
Exemplo: uma mulher jovem descreve como foi atacada e estuprada, sem demonstrar nenhuma emoção. Ou qualquer tipo de agressão
Projeção: 
· atribuir a uma pessoa sentimentos ou impulsos inaceitáveis pelo próprio eu.
O indivíduo “passa a culpa” desses sentimentos indesejáveis para outra pessoa, obtendo assim alívio da ansiedade a eles associada
Exemplo: Sueli sente uma forte atração sexual por seu treinador de corrida e diz a uma amiga. “Ele está vindo atrás de mim! ”.
Racionalização: 
· tentar desculpar ou formular razões lógicas para justificar sentimentos ou comportamentos inaceitáveis.
Exemplo: João diz à enfermeira de reabilitação: “Eu bebo porque esta é a única maneira que tenho para lidar com meu casamento fracassado e meu emprego ainda pior”.
Ou mesmo em seu trabalho: ninguém.... Por isso tbm não faço
Formação Reativa: 
· impedir a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis exagerando pensamentos ou tipos de comportamentos opostos.
Exemplo: Eva odeia a enfermagem. Ela fez enfermagem para agradar aos pais. Durante o exercício da profissão, ela fala a estudantes em perspectiva sobre a excelência da enfermagem como carreira.
Regressão: 
· retirar-se em resposta ao estresse para um nível anterior de desenvolvimento e as medidas de conforto associadas a esse nível.
Exemplo: ao ser hospitalizado devido a amigdalite, Rui, de 2 anos, só mama mamadeira, embora sua mãe diga que ele está tomando leite no copo há seis meses, ou ao nascimento de um irmão, voltar para a mamadeira, voltar a urinar na cama, necessitando de fralda.....
Repressão:
· bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e experiências desagradáveis.
Exemplo: um garoto adolescente não consegue se lembrar de ter dirigido o carro e ter-se envolvido num acidente em que seu melhor amigo foi morto. 
Sublimação: 
· redirecionar pulsões ou impulsos que são pessoais ou socialmente inaceitáveis para atividades construtivas.
Exemplo: Uma mãe cujo filho foi morto por um motorista embriagado canaliza sua raiva e energia para ser a presidente da seção local das Mães contra Motoristas Embriagados.
Supressão: 
· o bloqueio voluntário da própria consciência de sentimentos e experiências desagradáveis.
Exemplo: situações difíceis de serem resolvidas, bloqueamos deixando para depois.....
Anulação: 
· desfazer ou cancelar simbolicamente uma experiência que se considera intolerável.
Exemplo: Caso típico de briga conjugal.....
Paulo está nervoso quanto ao seu novo emprego e grita com a esposa. Ao voltar para casa ele para e compra flores para ela e um videogame para si.
RESUMINDO
· ID – autoconservação/destruição
· Ego – compensação, negação, deslocamento, identificação, intelectualização, introjeção, isolamento, projeção, racionalização, reativa, regresso, repressão, sublimação, supressão e anulação.
· Superego – ética e moral
Redes de atenção Psicossocial
O movimento de saúde mental comunitário teve início em 1940, nos EUA
A desinstitucionalização continua sendo prioridade.
Modelo de atenção preventiva
Prevenção Primária
· Redução de incidência de distúrbios mentais dentro de uma população.
· Visa as pessoas e o ambiente.
· Identifica os principais fatores da sociedade para intervir antes que ocorre um problema maior.
Aspectos
Ajuda as pessoas a aumentarem a sua capacidade de enfrentar efetivamente o estresse.
Aborda e diminui as forças nocivas (estressores) dentro do ambiente.
Prevenção 
Ações educativas.
· Preparar os novos pais sobre as fases de desenvolvimento infantil.
· Abordar estudantes sobre os efeitos físicos e psicológicos do álcool e drogas;
· Divulgar técnicas de gerenciamento de estresse.
· Divulgar métodos de lidar com as mudanças relacionadasà idade.
· Prestação de educação e apoio as pessoas em períodos de transição (viuvez, perdas.)
Prevenção Secundária
Aspectos
· Focaliza o reconhecimento dos sintomas e a prestação de tratamento, ou encaminhamento da pessoa para tratamento.
· Já possui os sintomas e busca um tratamento para a doença ou encaminhamento para tratamento.
Prevenção enfermagem
· Avaliação continuada dos riscos para exacerbação da doença.
· Prestação de cuidado para a pessoa cujos sintomas da doença possam ser examinados;
· Encaminhamento para o tratamento de pessoas cujos sintomas da doença foram examinados (medicamentoso e/ou não).
· 
Prevenção Terciária
Aspecto
Redução dos efeitos residuais que foram associados à doença mental grave ou crônica.
· Já tem a depressão e continua com tristeza, e ai faz a internação para que não cause danos nas pessoas, suicídio, etc. Evitar que isso se torne permanente.
Prevenção
· Prevenção das complicações da doença;
· Promoção da reabilitação que é dirigida no sentido da obtenção do nível máximo de ocupação de cada pessoa.
· Aprender ou reaprender comportamentos socialmente apropriados, para que possam exercer um papel satisfatório dentro da comunidade.
Relacionada a situação específica
Prevenção Primária na Comunidade
Crises existenciais
· Relacionado a vida
São as experiências cruciais que estão associadas aos vários estágios do desenvolvimento e do crescimento
· Adolescência- identidade x confusão de papel.
Muitos aspectos com os quais lidar e muitas escolhas a fazer.
Relacionados a auto-estima e imagem corporal, relacionamentos a parceiros a educação e carreira, sexualidade e experimentação sexual, abuso de álcool e drogas.
Casamento: o ritmo das oportunidades externas quase nunca será o mesmo, cada um tem sua estrutura de vida interior com seus próprios dilemas, alternará diferentemente entre os períodos de sentimentos de plena certeza, de esperança, vulnerabilidade, esquecimento e medo.
· Pode haver também conflitos familiares, religiosos, sociais e raciais.
Paternidade/Maternidade: alteração no sistema familiar.
· Preparo para o parto
· Expectativas: ligações pais-lactente, mudança no relacionamento homem-mulher, roupas e equipamentos, alimentação rotinas.
· Estágios de crescimento e desenvolvimento
Senescência: Alteração da percepção do eu; da percepção do outro; da percepção do tempo; aposentadoria.
Crises situacionais
· Relacionada a situação específica
O número de estressores externos é infinito e podem ser reais ou na percepção da pessoa.
Alguns exemplos: pobreza, muitos eventos de mudança de vida, condições ambientais, trauma.
Prevenção secundaria na comunidade
As mesmas da prevenção primária, relacionadas a implantação da detecção precoce e da imediata intervenção com as pessoas que vivenciam os sintomas de doença mental. ​
PREVENÇão terciaria na comunidade
O sistema de saúde se depara com cinco barreiras: ​ Atitudes públicas; ​ Sistemas fragmentados; ​ Pobreza e raça; ​ Assistência de saúde pública e privada; ​ Recursos públicos. ​
Desenvolvimento de relações
Relacionamento
Relação em que ambos os participantes têm de reconhecer um ao outro como seres humanos singulares e importantes. ​
· Relação com aprendizado mútuo. ​
· Diferença entre fazer por e fazer com o paciente.
Papel da enfermagem PSIQUIÁTRICA:
· Membro singular e independente da equipe de profissionais de saúde​
· Peplau (1957) identificou vários subpapéis no papel do enfermeiro:
Sub papéis da Enfermagem Psiquiátrica
· mãe substituta:  satisfaz necessidades básicas associadas à maternidade (banho, alimentação, vestimenta, disciplinar e aprovar) ​
· técnico: realização dos componentes  técnicos​
· Administrador: melhorar as condições para contribuir na recuperação do cliente​
· Agente Socializante:  participar das atividades sociais com o cliente. ​
· Instrutor de saúde: identificar necessidades de aprendizagem e fornecer as informações necessárias ao cliente, familiar ou comunidade. ​
· Conselheiro: usa técnicas interpessoais para ajudar os clientes a aprender a se adaptar a dificuldades ou alterações nas experiências de vida.
Dinâmica da relação terapêutica enfermeiro-cliente
· Somente quando cada indivíduo na interação percebe o outro como um ser humano que a relação é possível. Experiência mutamente significativa. ​
· Orientadas por metas, estabelecidas juntamente enfermeira-cliente. Busca a resolução de um problema. 
Exemplos de metas a serem propostas:
· Identificar a causa da perturbação
· Encorajar o cliente a discutir as alterações que está disposto a fazer
· Discutir as alterações possíveis e as não possíveis
· Discutir estratégias alternativas
· Encorajar o cliente a implementar as alterações
· Ajudar a avaliar os resultados.
USO TERAPEUTICO DO EU:
“capacidade de usar a própria personalidade conscientemente e em plena lucidez na tentativa de estabelecer um relacionamento e de estruturar as intervenções de enfermagem” (Travelbee, 1971)
Requer autoconhecimento do enfermeiro
Influenciados pelo sistema interno de valores (intelecto e emoção).
Valores, Crenças e atitudes
Reconhecer o que dá valor e aprender a respeitar e aceitar as diferenças nos outros.
Valores desde a infância: culturalmente orientado; pode mudar ao longo da vida e consiste em crenças, atitudes e valores.
Crenças
É uma ideia que se considera verdadeira e pode assumir muitas formas:
Crenças racionais: ideias com evidências para comprovar a veracidade.
Crenças irracionais: ideias com evidências contrárias à sua veracidade. Delírios.
Fé: ideias consideradas verdadeiras sem evidências objetivas.
Estereótipo: socialmente compartilhada que descreve um conceito de maneira muito simplificada ou não diferenciada. Ex: homem usa azul e mulher usa rosa.
Atitude
· Ponto de referência em torno do qual um individuo organiza o conhecimento em relação a seu mundo.
· Tem um componente emocional.
· Pode conter um prejulgamento e ser seletiva, distorcida.;
Valores
Padrões abstratos, positivos ou negativos, que constituem o modo ideal de conduta e metas ideais de um indivíduo.
Exemplos: procurar verdade e beleza, ser limpo e organizado, ser sincero, justo, racional, compassivo, humilde, respeitoso, honrado, leal.
· Diferem das crenças por serem orientados a ação ou produtores de ação
Relação Terapêutica
Sintonia – capacidade verdadeira de importar-se com o outro​ 
Confiança – conquistada​ 
Respeito – acreditar na dignidade e valor de um indivíduo, independentemente de seu comportamento​ 
Autenticidade – ser franco, honesto e real​ 
Empatia – perceber a vivência do outro
Fases de uma relação terapeutica
Pré- interação: 
· Obter informações disponíveis sobre o cliente (prontuário, familiares).
· Se examinar quantos aos sentimentos, temores e ansiedades em relação a trabalhar com aquele cliente especificamente.
“explorar seus próprios sentimentos, fantasias e medos, analisando seus pontos fortes e suas limitações profissionais. Obter dados sobre o paciente, quando possível. Planejar o primeiro encontro com o paciente.”
Fase de orientação – Introdutória​
· Enfermeiro e cliente se conhecem​
· Criar ambiente propício​
· Estabelecer expectativas e responsabilidades​
· Identificar pontos fortes e limitações​
· Elaborar plano de ação pactuado​
· Pode ser necessária mais de uma interação
para completar essa fase​
Fase de trabalho​
· Manter a confiança e a sintonia​
· Promover a compreensão e percepção da realidade​
· Superar o comportamento de resistência quando abordadas questões dolorosas​
· Avaliar continuamente o progresso objetivando metas.​
Fase de término​
· Quando alcançadas as metas, final de internação​
· Produzir uma conclusão terapêutica (progressos, plano de cuidado contínuo) ​
· Reconhecer e explorar os sentimentos​
QUIZZ
· confiança
· Autenticidade
· Empatia
· Sintonia
· Respeito
Transtornos de Humor – Processo de cuidar em enfermagem
Integralidade e subjetividade do sujeito
Corpo físico 
Corpo psíquico, psiquismo humano, vida psíquica – modo de funcionar, de responder às situações cotidianasda vida, de se relacionar consigo mesmo e com o outro.
Psicopatologia - “Estudo dos fenômenos psíquicos conscientes e patológicos que ocorrem no ser humano de modo universal” 
· Campo de conhecimento específico: saúde mental (avaliação da totalidade do psiquismo humano)
Exame psíquico/Exame do estado mental
· Avaliação que visa o estabelecimento de um diagnóstico de transtorno mental; 
· Depende exclusivamente de uma aptidão clínica do profissional (diálogo com a pessoa ou terceiros) ou observação do comportamento); 
· A abordagem do sujeito para a realização do exame vai diferir: do local, condições do paciente, tempo disponível e dos objetivos da avaliação.
CONSULTA DE ENFERMAGEM
A. Comunicação e Relacionamento interpessoal :utilização de técnicas subjetivas para o estabelecimento de confiança, vínculo e relacionamento terapêutico.
B. Observação: aparência, postura, higiene, vestimentas, comportamento, interação.
C. Exame das funções mentais: utilização de técnicas objetivas para avaliação das funções mentais dos clientes.
Funções psíquicas
· Algumas funções são avaliadas diretamente apenas com a observação do sujeito; 
· Muitas funções são percebidas por intermédio de inferências a partir do que o enfermeiro expressa ou de como se comporta.
 Processo de comunicação e observação
Como avaliar se uma função psíquica alterada, é patológica ou não?
1. Avalie o contexto sócio-cultural. 
2. Descarte o uso de substâncias. 
3. Valide as informações com terceiros. 
4. Tente entender o quanto essas alterações prejudicam a vida da pessoa.
5. Procure investigar a quanto tempo esses sintomas vem ocorrendo.
6. A alteração isolada geralmente não significa patologia.
Consciência
· Via de inserção do ser no mundo.
“Um palco onde os fenômenos psíquicos acontecem” (Jaspers, 1985))
· Atividade integradora dos fenômenos psíquicos que torna possível o conhecimento da realidade em um determinado instante.
· Ponto de vista psicológico: sentimento da nossa própria identidade, formada por nossas vivências, pela maneira como sentimos e compreendemos o que se passa em nosso corpo e no mundo que nos rodeia
· Capacidade humana para conhecer, para saber que conhece e para saber o que sabe que conhece.
· A avaliação da consciência permite saber o quanto a pessoa está apta para interagir ao seu mundo externo, o quanto esta acordada, alerta ou vigilante.
Alterações patológicas
Obnubilação- diminuição da nitidez 
Delirium – rebaixamento da consciência (confusão)
 Sonolência – variação da consciência (fisiológico) Lucidez- estado normal 
Hipervigilância- muita claridade da consciência
ATENÇÃO
· Capacidade de focalizar e direcionar a atividade psíquica dirigindo-se a estímulos específicos. 
· Concentração da atividade psíquica sobre um evento no ambiente, podendo ser uma sensação, uma percepção, um afeto ou um desejo. 
· Está relacionado a consciência e nem sempre depende da vontade do indivíduo.
Atividade + Sensopercepção+ Pensamento
			
Principais funções que se alteradas, indicam funcionamento diferente dos sujeitos e/ou sugerem alguns dos principais diagnósticos de transtornos mentais.
avaliar
Afetividade - Constitui a vida emocional do ser humano, manifestada externamente a partir de determinadas situações
 Humor - O estado de disposição básica da afetividade, de longa duração.
 Sensopercepção- Percepção dos estímulos (som, calor, luz) sobre os órgãos do sentido. 
Pensamento - Atividade de suceder ideias expressas por meio da linguagem para compreender e adaptar-se ao mundo, dirigir o comportamento – associação de ideias 
Juízo - Expressa-se pelo pensamento. Capacidade de definir valores e atributos. Capacidade de ser coerente com a realidade 
Crítica – Capacidade de discernir a realidade Inteligência - Habilidade de pensar e agir racional e logicamente, é todo um rendimento do indivíduo. 
Orientação – capacidade da pessoa situar-se adequadamente em relação ao tempo e espaço, a si mesmo e ao ambiente em que se encontra. Memória – capacidade de registrar e regatar recordações. 
Impulso – é uma atividade primária e espontânea que apresenta-se inibida por valores que constituem nossa moral.
Afetividade 
Constitui a vida emocional do ser humano, manifestada externamente a partir de determinadas situações
FORMA:
Estabilidade afetiva– sem grandes alterações
Modulação – tendência de mudar de estado afetivo de forma lenta e gradual (apatia, indiferença)
Tônus afetivo – intensidade de resposta efetiva esperado em um determinado momento
Ressonância – tendência psíquica de responder a um afeto com o mesmo afeto
Coerência – afeto acompanha a vivência
Ambivalência – afetos contraditórios ao mesmo tempo.
HUMOR
O estado de disposição básica da afetividade, de longa duração.
Polos: Depressivo e Expansivo (mania)
· O afeto pode expressar o humor, mas nem sempre isso ocorre pois o sujeito pode tentar controlar a exteriorização dos seus sentimentos.
· Temos a tendência de nos posicionarmos num dos dois polos afetivos de forma mais intensa!
· Depende de vários fatores momentâneos ou não.
Sensopercepção
Percepção dos estímulos (som, calor, luz) sobre os órgãos do sentido.
O processamento de uma sensação depende das seguintes condições: 
a) Excitação de um órgão sensorial (receptor)
 b) Transmissão da excitação através de vias sensitivas 
c) Recepção do estímulo pelo centro cortical.
· As sensações são os elementos estruturais da percepção.
· São independentes da vontade, não podem ser evocadas, nem modificadas. São aceitas com sensação de passividade.
Alterações qualitativas: ALUCINAÇÃO 
· Extracampina – relata presença de um objetivo fora de seu campo sensorial (visual)
 “Eu vejo um monstro atrás de mim e ele está querendo me devorar” 
“Eu vejo um gravador escondido nessa sala” 
· Alucinose – intoxicação por álcool
· Algumas variações da sensopercepção (também chamadas pseudo-alucinações) podem ser provocadas por efeito de substâncias psicoativas, variação do ciclo sono- vigília, por déficit de atenção, imaginação ou por estado afetivo.
Ex.: ver pessoas próximas que já faleceram ou Amigos imaginários.
pensamento
Atividade de suceder ideias expressas por meio da linguagem para compreender e adaptar-se ao mundo, dirigir o comportamento – associação de ideias
Avalia-se quanto a: 
· Curso ou velocidade
· Forma 
· Conteúdo
Alterações 
· Curso ou velocidade: 
Lentificação 
Inibição (escassas associações) 
Aceleração (pode chegar a fuga de ideias, incapacidade de concluir um raciocínio)
· Conteúdo (por si só não caracterizam patologias): 
Ruína - Culpa - Tristeza - Grandeza - Poder (Delírio)
· Forma:
Ambivalência (coexistência de pensamentos contraditórios)
 “Tenho uma amiga muito honesta que é uma ladra” 
Desagregação/Incoerência (perda da sintaxe e do fluxo do discurso) 
“Aqui esta tudo como sempre esteve. Gosto das maças e das rosas, porém Zeus, no caminho das montanhas, disse que os fazedores de espírito e os acrobatas sentem a pulsação..”
Juizo
· Expressa-se pelo pensamento 
· Capacidade de definir valores e atributos
· Capacidade de ser coerente com a realidade.
Características: 
· Convicção extrema de um fato e certeza subjetiva
· Irredutibilidade 
· Geralmente tem coerência com o universo cultural da pessoa
Principal alteração: Delírio - Perseguição - Grandeza - Místicos – Culpa
· Pode ser sistematizado ou frouxo
Exemplos:
“Maria refere que a sua irmã a observa 24 horas por dia através de câmaras que instalou nos pregos da sua casa, diz também que a mesma finge agradá-la preparando comidas gostosas, porém coloca veneno nelas”
“Márcio se julga pecador diante de Deus por sentir vontade de masturbar-se e as vezes chegar ao ato de fazer. Por este motivo, já tentou cortar o pênis diversas vezes e atualmente passa a maior parte do tempo em orações pedindo perdão”
“João faz todas as suas atividades (exceto banho) utilizando óculos de sol. O mesmo diz que possui raios vermelhos nos olhos que podem atingir as pessoas se retirar os óculos. Fala que adquiriu este poder pois é o imperador da galáxia e precisadefendê-la”
Linguagem 
Professora não passou
· Modo de comunicação que forma um discurso 
· Fenômeno psicomotor 
· É uma manifestação psíquica
· Reflete a organização do processo de pensamento 
· Depende de fatores do contexto, habilidade cognitiva e estado emocional. 
· Atenção para não confundir processo de pensamento e linguagem!
Alterações 
· Quantidade: 
Mutismo – abolição total 
 Pobreza de discurso – diminuição da quantidade, poucas informações 
Logorreia – fala rápida interruptamente, difícil interromper. 
· Fluxo e velocidade:
 Aceleração 
Latência de resposta – demora para responder
Ecolalia – imitação do que o outro fala Coprolalia – produção involuntária de palavras obscenas ou de baixo calão.
Critica 
· Capacidade de reconhecer que possui alguma alteração psíquica e ou doença e busca meios eficazes e aceitáveis para lidar com isso. 
· É uma integração da realidade externa, inteligência e experiência de vida.
Inteligência 
Habilidade de pensar e agir racional e logicamente, é todo um rendimento do indivíduo. Capacidade de pensar e dar sentido ao que é essencial. 
Alterações quantitativas: Não significa patologia! Oligofrenia – deficiência intelectual herdada, adquirida precocemente 
Demência – declínio progressivo da capacidade intelectual
Orientação
capacidade da pessoa situar-se adequadamente em relação ao tempo e espaço, a si mesmo e ao ambiente em que se encontra.
· A orientação é o resultado da coordenação de outras forças psiquicas, da memória, da percepção, da consciência e da inteligência.
Desorientação autopsíquica: a si mesmo
Desorientação alopsíquica: reconhecer sua situação, pessoas ao redor
Desorientação temporal: tempo cronológico
Desorientação espacial: local em que se encontra
Memória 
· Permite registrar, fixar e recuperar informações ou fatos armazenados no cérebro
· Memória de fixação: capacidade de levar o que se aprendeu de novo ao campo da memória
· Memória de evocação: capacidade de trazer eventos do passado para a consciência
· Seu funcionamento adequado depende da atenção, motivação e da aprendizagem
IMPULSOS
é uma atividade primária e espontânea que apresenta-se inibida por valores que constituem nossa moral.
· Ações impulsivas são aquelas que não podem ser contidas ou controladas. Manifestam-se como atos isolados, involuntários e desprovidos de finalidade.
· Alterações: Episódios bulimicos; Pica ou malácia; Tricotilomania
Transtornos de Humor – depressivos e bipolares
Transtornos de humor é uma condição patológica em que existe uma alteração do humor, da energia, do jeito de sentir, pensar e comportar-se.
São divididos em Depressivos e Bipolares.
· Manifestações de comportamento 
Deprimido
· Manifestações de comportamento 
Mania
· Manifestações Transtorno
afetivo Bipolar
Episódio Depressão maior Depressivo
duração de Pelo menos 2 semanas
CARACTERIZAÇÃO DEPRESSÃO (F.32)
A- Critérios principais (2 ou mais destes sintomas)
· Humor depressivo
· tristeza profunda 
· Inibição ou ausência da capacidade de sentir alegria ou prazer 
· Redução da energia e fatigabilidade aumentada (hipoatividade, apragmatismo, fadiga).
B- Sintomas adicionais
· Perda de confiança, autoestima, esperança, ideias pessimistas em relação ao futuro; 
· Sentimentos irracionais de auto reprovação/culpa excessiva e inapropriada, inutilidade 
· Pensamentos recorrentes de morte ou manifestação de ideia e comportamento suicida 
· Queixas ou evidências de bradpisiquia /lentificação - agitação psicomotora 
· Qualquer tipo de perturbação do sono
· Alteração de apetite 
· Peso/ anorexia
C- Presença ou ausência de síndrome somática (melancólicas, neurovegetativas ou físicas).
· Marcante perda de interesse e prazer em atividades que são normalmente prazerosas;
· Falta de reações emocionais a eventos ou atividade que normalmente são prazerosas; levantar-se de manhã ou duas ou mais horas antes do habitual 
· Evidência objetiva de retardo ou agitação psicomotora, observado ou relatado; marcante perda da libido
Sintomas Psíquicos, fisiológicos, comportamento
SINTOMAS PSÍQUICOS 
· Humor depressivo
· Redução da capacidade de sentir prazer
· Fadiga ou sensação de perda de energia
· Diminuição da capacidade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões
SINTOMAS FISIOLÓGICOS
· Alteração do Sono 
· Alteração do Apetite 
· Redução do Interesse Sexual 
· Dor
SINTOMAS DE COMPORTAMENTO 
· Retraimento social 
· Crises de choro 
· Ideação suicida 
· Sensação do “manto de chumbo” 
· Agitação psicomotora 
· Retardo psicomotor 
· lentificação generalizada
O sentir e o expressar na depressão
“dor na alma”, “dor lá no fundo”, “ninguém me entende”, “para que viver”, “não sirvo mais pra nada”, “sou um peso morto”, “me arrumar para que?” “para que este remédio? não vai resolver...”
Principais gatilhos da depressão
· Morte de um cônjuge 
· Divórcio 
· Separação conjugal 
· Aprisionamento 
· Morte de um amigo muito chegado 
· Lesões ou doenças
· Casamento 
· Perda do emprego 
· Aposentadoria
OUTROS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Distimia - depressão crônica caracteriza-se por pelo menos por dois anos de humor deprimido.
· O indivíduo distímico está quase sempre irritado, impaciente, reclamando de tudo, preocupação exagerada com o sentido da vida e autocrítica exagerada, inapetência, insônia e dificuldade para tomar decisões.
· Depressão sazonal- acompanha as estações frias, nos países nórdicos 
· Depressão com sintomas psicóticos.
· Depressão pós-parto 
Ocorre entre 2 semanas a 12 meses após o parto 
“Adolescente, 16 anos, 2 semanas após o parto de seu primeiro filho, passou a apresentar obsessões agressivas contra o bebê, como impulsos de beliscálo e jogá-lo na lata de lixo, além de imagens recorrentes de deixá-lo cair. Tinha sentimento de tristeza, ansiedade, irritabilidade, impaciência, choro fácil e fadigabilidade. Não se dedicava aos cuidados de recém-nascido e não amamentava. Procurou o ambulatório com 12 semanas de pós-parto. Foi iniciada fluoxetina 20 mg. A paciente teve melhora parcial e abandonou o tratamento”
Episódio Mania ou Maníaco
presente há pelo menos 1 semana - pelos menos 3 dos sintomas
Caracterização Mania (franca)
· Atividade aumentada ou inquietação física
· Loquacidade aumentada 
· Fuga de ideias ou pensamento acelerado 
· Perda de inibições sociais normais, com comportamento inadequado para as circunstâncias 
· Diminuição da necessidade de sono 
· Autoestima inflada ou grandiosidade 
· Energia sexual aumentada/ comportamento sexual inadequado 
· Distrabilidade ou mudanças constantes e rápidas de atividades e planos, com comportamento de risco 
· Não há alucinações ou delírios
Caracterização do episódio hipomaníaco
· Atividade aumentada ou inquietação física
· Loquacidade aumentada 
· Distrabilidade ou mudanças constantes e rápidas de atividades e planos 
· Diminuição da necessidade de sono 
· Aumento da energia sexual 
· Leve excesso de gastos e outras manifestações de comportamentos imprudentes.
TRANSCORRER DO TR DO HUMOR ESTADO MISTO
Superposição ou alternância em um mesmo dia de sintomas depressivos e eufóricos.
Pode sentir-se muito agitada, fazendo gastos e, ao mesmo tempo.... queixa-se de angústia, desesperança, pessimismo e vontade de morrer ........ ou seja, sentir-se ao mesmo tempo exaltada e deprimida.
TRANSTORNO BIPOLAR HUMOR
BIPOLAR TIPO I 
· Apresentar um ou mais Episódios Mania FRANCA 
· ou Episódios Mistos. 
· alternando com Episódios Depressivos
BIPOLAR TIPO II (hipomania) 
Pelo menos um Episodio Hipomaníaco 
alternando com Episódios Depressivos.
O sentir e o expressar na mania 
“me sinto muito feliz”, “tenho vontade de fazer várias coisas”, “tenho muitos projetos”, “consigo fazer muitas coisas ao mesmo”, “não me sinto cansado
MANIA COM SINTOMAS PSICÓTICOS
TODOS OS SINTOMAS ANTERIORES
+
Presença de alucinações
Ou
delírios de conteúdo auto-referente, grandioso, erótico, persecutório
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DO T. HUMOR
Gênero Tr. Bipolar semelhantes entre os sexos
Depressão mais comum em mulheres 
Idade de início - 20 e 30 anos – cada vez mais precoce 
Estado Civil: históriade divórcio, independente do estado civil atual, tem estado associada ao transtorno bipolar. 
Etnia e classe social - não há diversidade Estimativas - Doença afeta 2,2% da população brasileira. 
Diagnóstico correto - pode levar até uma década
Processo de enfermagem
· Caracterizar o episódio depressivo 
· Caracterizar o episódio maníaco 
· Caracterizar TBH 
· Discorrer sobre o processo de cuidar de indivíduos com TBH
Processo de cuidar
· Ação afetiva e solidária
· Ação psicoterápica
· Ação psicofarmacológica
· Ação Segurança
· Ação no Processo de Comunicação
· Ação no funcionamento social, autocuidado, adesão e manutenção do tratamento
· Ação com a família
Ação afetiva e solidaria: 
· Atitude acolhedora com a pessoa, para que se sinta aceita, reconhecida como sujeito 
· Aceitar o que a pessoa diz e vive/ Compreender a pessoa
· Respeito para com a experiência “diferente” da pessoa, ainda que não consiga compreendê-la, explicá-lá, modificá-lá. 
· Consciência da falta de autonomia da pessoa (poder contratual). 
· Cuidado focado nas necessidades da pessoa
Ação na Segurança Estado Depressivo 
Obs.: Slide da professora diz que os tópicos abaixo estão relacionados com o ESTADO DEPRESSIVO E MANIA, porém na internet são tópicos diferentes.
· Determinar a presença e o potencial de risco suicida 
· Socializar o risco de suicídio com equipe
· observar/registrar e socializar mudança de humor 
· Manter perto do posto de enfermagem- caso internado
· Verificar ingestão medicamentosa adequada 
· Manter atento durante uso de objetos potencialmente perigosos 
· Manter nível de estímulo reduzido no ambiente 
· Evitar manter usuário em mesmo quarto que outrem nas condições semelhantes
Ação na Segurança – Estado Mania
Peguei da internet.
· Observar, registrar e socializar mudança de humor- riscos de suicídio quando entra sai do quadro eufórico. 
· Estabelecer limites na agitação, agressividade, euforia apresentarem-se em ritmo crescente
· Manter nível de estímulo reduzido no ambiente – na euforia 
· Evitar manter usuário em mesmo quarto que outrem nas condições semelhantes desorganização na euforia 
· Manter controle de litemia- risco de intoxicação 
· Proporcionar repouso período – desgaste pela inquietação leva a exaustão
· Supervisionar higiene- não consegue cuidar de si 
· Proporcionar momento para alimentação, hidratação 
· Proporcionar atividade que canalizem energia - simples, não competitiva, sem desgaste físico excessivo.
Ação no Processo de Comunicação- Ep. Mania e Depressivo
Utilizar tom de voz mais baixo, porém audível, a fim de que diminua o tom de voz (euforia) e se fazer ouvir quando em comunicação com pessoas deprimidas, as vezes necessário repetir perguntas, espere a resposta antes de lançar outra. 
Evitar prometer o que não se pode cumprir – estabelecer relação de confiança e não de barganha para se adequar e ou participar de atividade.
Estimular a assumir/responsabilizar-se com o tratamento e suas decisões quando em condições para tal- atenção durante a fase aguda onde a pessoa está vulnerável.
Ação no funcionamento social Mania e Depressão
· Valorizar os mínimos esforços, elogiar os êxitos - especialmente pessoas deprimidas, necessitam de reforço para continuar... 
· Auxiliar no aumento da autoestima- encorajar a ver os pontos positivos 
· Estimular desenvolvimento de AVDs – diariamente, caso contrário tende a ficar na cama. 
· Estimular a intensa participação familiar – grupos de família, terapias, visitas quando internado, eventos sociais no CAPS 
· Estabelecer limites para comportamento que expõe 
· Encorajar a ver os pontos positivos
Adesão e manutenção do tratamento Mania e Depressão
· Estimular a usar sistemas de apoio familiar e comunitário – Reab 
· Avaliar o uso de medicação e outras terapêuticas 
· Observar às mudanças de comportamento do usuário- atenção
· Orientar usuário a não interromper o tratamento na fase de eutimia 
· Proporcionar atividades que canalizem a energia para uma ocupação útil - atividades de caráter competitivo
· Reduzir demandas de exigência cognitivas e motoras 
· Proporcionar repouso período – desgaste pela inquietação leva a exaustão 
· Supervisionar higiene- não consegue cuidar de si
· Proporcionar momento para alimentação, hidratação 
· Proporcionar atividade que canalizem energia - simples, não competitiva, sem desgaste físico excessivo.
AÇÃO COM A FAMILIA
· Oferecer suporte ao cuidador 
· Participar de reunião de família e grupos 
· Atentar para os efeitos colaterais da medicação. Detectar sinais de recaída 
· Compartilhar o cuidado 
· Estabelecer regras de proteção 
· Não exigir demais - nem superproteger
· Evitar rotular, preconceitos, abandono
E se não tratar?
· Existe a possibilidade dos sintomas melhorarem sem qualquer tratamento, após semanas, meses ou anos. 
· É importante saber que, com tratamento, o estado maníaco ou depressivo passa mais rápido, sem deixar seqüelas.
· Pessoas que sofrem de TBH levam em média oito anos antes para serem diagnosticados e/ou receberem tratamento adequando. O sofrimento psíquico e físico imensurável, perdas irreversíveis nos relacionamentos afetivos, estudos e trabalho. Para atenuar o sofrimento usuários de tranqüilizantes, álcool e drogas.
Psicose transtornos de humor 
Esquizofrenia
· Decorre de uma combinação variável de predisposição genética, disfunção bioquímica, fatores fisiológicos e estresse psicossocial. 
· Não há um tratamento único que efetue a cura do distúrbio. 
· Significa: mente dividida
· Causam hospitalização mais demorada
· Custo mais alto de tratamento
· Causas desconhecidas 
ESQUIZOFRENIA - FASES
Fase I - Personalidade esquizoide: indiferente às relações sociais, gama limitada de vivencias e expressões emocionas; solitários; frios e distantes.
Fase II - Prodrômica: retraimento social; comportamento excêntrico; descuido da higiene e aparência pessoal; falta de iniciativa.
Fase III – Esquizofrenia: presença de dois ou mais sintomas por um mês ou menos:
· Delírios 
· Alucinações
· Fala desorganizada
· Comportamento catatônicos
· Sintomas negativos (apatia, embotamento afetivo)
· Disfunção social ocupacional: funcionamento de ao menos uma das fases muito abaixo do obtido anteriormente (trabalho, relacionamentos, higiene pessoal).
· Duração de seis meses, incluindo um mês contínuo de sintomas.
· Exclusão de diagnóstico de distúrbios afetivos, uso de drogas e história de comportamento autista.
Fase IV – Residual: caracteriza por períodos de remissão e exacerbação. Sintomas semelhantes a fase prodrômica com embotamento afetivo e distúrbio do funcionamento do papel.
Fatores predisponentes – esquizofrenia 
· Genética
· Gêmeos
· Influências bioquímicas 
· dopamina em excesso
· Influências fisiológicas 
· infecção viróticas 
· Anormalidade anatômicas
· Influências psicológicas (pai e mãe)
· Sistema familiar disfuncional
Tipos de esquizofrenia 
Esquizofrenia desorganizada: 
· Início antes dos 25 anos
· Crônica
· Comportamento regressivo e primitivo
· Caretas faciais
· Comunicação incoerente
· Aparência pessoal negligenciada
Esquizofrenia Catatônica:
· Acentuado comportamento motor
· Extremo retardo psicomotor (estupor)
· Rígida resistência corporal (imóvel, pseudoflexibilidade cérea)
· Estado de extrema agitação motora (excitação)
· Necessitam de controle físico por se tornarem destrutivos e violentos.
· Redução de casos após as medicações antipsicóticas.
Esquizofrenia Paranóide:
· Delírios persecutórios ou de grandeza
· Alucinações auditivas relacionado a um tema único
· Individuo tenso, desconfiado.
· Manifestação tardia e bom prognóstico.
Dinâmica - esquizofrenia
Evento precipitante: Evento de ameaça a um ego fraco.
Fatores predisponentes: História familiar; congênito; alteração bioquímica.
Experiências passadas: Relação mãe/filho; família disfuncional; trauma de parto.
Resposta - esquizofrenia
· Adaptativa
· Não adaptativa – Episodio psicótico inicial ou exacerbada.
· Alucinações; delírios; isolamento social; violência
· Incongruência afetiva; comportamentobizarro; apatia e autismo.
Conteúdo do pensamento 
Delírios são falsas crenças pessoais inconsistentes com a inteligência ou a cultura da pessoa.
Delírios persecutórios: se sente ameaçado, acha que outras pessoas querem fazer mal a ele ou persegui-lo.
Delírios de grandeza: sentimento exagerado de importância, poder.
Delírios niilista: tem a ideia dele, ou parte dele, os outros ou o mundo não existem;
Delírios de referência: todos os eventos do ambiente são referidos à ele.
Delírios de controle ou influência: acredita que objetos ou pessoas tem controle sobre ele.
Delírios somático: ideia falsa sobre o funcionamento do seu corpo.
Paranoia: desconfiança dos outros, de suas ações e intenções.
Religiosidade: pode usar ideias religiosas para dar significado e estrutura ao seu comportamento.
Pensamento mágico: acreditam que seus pensamentos ou comportamentos controlam situações ou pessoas.
Afrouxamento dos nexos associativos: pensamento mudado rapidamente de uma ideia para outra.
Neologismos: inventa palavras novas que não fazem sentido para outras pessoas.
Pensamento concreto: não consegue dar significado abstrato.
Circunstancialidade: não atinge o alvo da comunicação por falta de objetividade. 
Percepção – Alucinações
Auditivas: falsa percepção de sons, vozes, estalidos.
Visuais: podem ser imagens de pessoas ou imagens sem forma.
Táteis: sensação de algo sobre a pele, formigamento.
Gustativa: falsa percepção de paladar.
Olfativas: falsa percepção de olfato.
Afetividade
Incongruência afetiva: Tônus emocional oposto ao evento.
Embotamento afetivo: Tônus emocional muito fraco
Apatia: indiferença ou falta de interesse pelo ambiente.
Quizz: João esta agitado e gritando frequentemente que é prometido, que é Jesus. Apresenta delírio de : Grandeza.
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
Geralmente apresentam suas primeiras manifestações na infância e adolescência
Divididos em 2 grupos:
· Transtornos precoces na infância: relação da criança com alimentação (não estão associadas à preocupação com corpo ou forma corporal, mas podem acarretar atraso no desenvolvimento: transtorno de alimentação da primeira infância. Pica e ruminação.
· Transtornos tardios: anorexia nervosa e bulimia nervosa.
Transtorno de alimentação da primeira infância
· É uma dificuldade em se alimentar adequadamente levando a uma perda ponderal ou a uma falha em ganhar peso de forma apropriada, iniciando-se antes da idade de seis anos.
· Os sintomas não associados à nenhuma condição médica geral, a um outro transtorno psiquiátrico ou à falta de alimentos. 
· O objetivo principal do tratamento é a melhora do estado nutricional do paciente. 
· Realizar avaliação dos pais e de fatores psicossociais que estejam contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção do problema.
PICA
· É a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. 
· As substâncias mais frequentemente consumidas são: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais. 
· Atrasos no desenvolvimento, retardo mental e história familiar de pica são condições que podem estar associadas. 
· Várias complicações clínicas podem ocorrer, principalmente relacionadas com o sistema digestivo e com intoxicações ocasionais, dependendo do agente ingerido.
Transtornos de ruminação 
· Inclui episódios de regurgitação (ou remastigação) repetidos que não podem ser explicados por nenhuma condição médica. 
· As principais complicações médicas podem ser desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e morte.
· O tratamento envolve o acompanhamento clínico das complicações e tratamento comportamental. 
Transtornos tardios:
Anorexia Nervosa
· Várias alterações do apetite e perturbações da imagem corporal podem ocorrer nas crianças em idade escolar, embora os quadros mais típicos de transtornos alimentares sejam mais raros.
· 45% das crianças de ambos os sexos em idade escolar: desejo de serem mais magras
· 37% tentam perder peso
· Porém, destas, somente uma pequena proporção desenvolvem um transtorno alimentar. 
RISCO AUMENTADO PARA ANOREXIA
Atenção:
· profissões que exigem leveza para melhor desempenho: ginastas, jockeis, patinadoras, bailarinas
· esbeltez para "comercialização" da imagem (modelos, atrizes)
Modelo multifatorial: Fatores biológicos; Fatores psicológicos e fatores sociais.
· O início: marcado por uma restrição dietética progressiva com a eliminação de alimentos considerados "engordantes", como os carboidratos. 
· certa insatisfação com os seus corpos 
· se sentem obesas apesar de muitas vezes se encontrarem até emaciadas (alteração da imagem corporal). 
· medo de engordar: característica essencial, servindo muitas vezes como um diferencial para outros tipos de anorexia secundárias a doenças clínicas ou psiquiátricas. 
· Gradativamente, as pacientes passam a viver exclusivamente em função da dieta, da comida, do peso e da forma corporal, restringindo seu campo de interesses e levando ao gradativo isolamento social. 
· O curso da doença é caracterizado por uma perda de peso progressiva e continuada. 
· padrão alimentar: torna-se cada vez mais secreto e muitas vezes até assume características ritualizadas e bizarras 
COMPORTAMENTOS ANORÉXICOS
"tipo restritivo” comportamentos restritivos associados à dieta.
"tipo purgativo” ocorrem episódios de compulsão alimentar e/ou comportamentos mais perigosos, como os vômitos auto-induzidos, o abuso de laxativos e de diuréticos 
· A prática de exercícios físicos frequente: extenuantes com o objetivo de queimar calorias e perder peso. 
· ausência completa de inquietação com sua condição física com negação dos riscos.
· complicações médicas: desnutrição, comportamentos purgativos, tais como anemia, alterações endócrinas, osteoporose e alterações hidroeletrolíticas (especialmente hipocalemia, que pode levar a arritmia cardíaca e morte súbita), dentre outras. 
· associação dos transtornos alimentares com outros quadros psiquiátricos: freqüente, especialmente com transtornos do humor, transtornos de ansiedade e/ou transtorno de personalidade.
TRATAMENTO
· forma aguda: com sintomas obsessivo compulsivos
· etiologia multifatorial: AN é considerada uma condição de difícil tratamento. 
· A integração das abordagens médica, psicológica e nutricional é a base da terapêutica. 
· A constituição de uma equipe multiprofissional é fundamental para o sucesso terapêutico e os profissionais envolvidos devem trabalhar de forma integrada.
· internação hospitalar: pacientes com peso corporal abaixo de 75% do mínimo ideal, ou perda de peso rapidamente ou quando se faz necessária uma monitorização adequada das suas condições clínicas. 
· tratamento ambulatorial: quando a paciente tem um bom suporte social, não está perdendo peso rapidamente, encontra-se metabolicamente estável e não apresenta os critérios de gravidade descritos acima e que indicam a necessidade de uma internação hospitalar.
FÁRMACOS
· antidepressivos ou ansiolíticos ou agentes inibidores da recaptação da serotonina 
· A psicoterapia em suas diversas modalidades (cognitivo-comportamental, interpessoal e a terapia de família) ainda é um dos pilares centrais do tratamento. 
Importância da assitência de enfermagem.
BULEMIA NERVOSA
· é extremamente rara antes dos 12 anos. 
· é característico das mulheres jovens e adolescentes, com prevalência de 1,1% a 4,2% neste grupo.
· Fatores de ordem biopsicossocial se encontram relacionados com sua etiologia.
· Sintoma principal: episódio de compulsão alimentar, costuma surgir no decorrer de uma dieta para emagrecer.
· No início: relacionado à fome
· posteriormente (quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado): gera sentimentos negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão). 
· aspecto comportamental objetivo: comer uma quantidade de comida considerada exagerada (2 a 5 mil calorias por episódio) se comparada ao que uma pessoa comeria em condições normais;
· componente subjetivo:sensação de total falta de controle sobre o seu próprio comportamento. 
· Episódios escondidos
· Sentimentos de vergonha
· Culpa
· Desejo de auto punição
· vômito auto-induzido: cerca de 90% dos casos, principal método compensatório. 
· efeito imediato provocado pelo vômito: alívio do desconforto físico secundário à hiperalimentação e principalmente a redução do medo de ganhar peso. 
· Freqüência variável: de um até 10 ou mais episódios por dia, nos casos mais graves. 
Comportamento:
· Início: paciente necessita de manobras para induzir o vômito (introdução do dedo ou algum objeto na garganta) 
· Algumas bulímicas mais graves: aparecimento de ulcerações no dorso da mão pelo uso da mesma para induzir a emese, o que se chama de sinal de Russell. 
· Com a evolução do transtorno, a paciente aprende a vomitar sem necessitar mais de estimulação mecânica.
· Outros mecanismos: uso inadequado (sem prescrição médica) de medicamentos do tipo laxativo, de diuréticos, de hormônios tireoidianos, de agentes anorexígenos e de enemas. 
TIPOS DE BULEMIA NERVOSA
Tipo purgativo”
- utilização de métodos compensatórios mais invasivos (vômitos, laxantes, diuréticos, outras drogas) 
Tipo não-purgativo”
- só dieta, jejuns e exercícios.
· Jejuns prolongados e exercícios físicos exagerados
· preocupação excessiva com a forma e o peso corporal.
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
· erosão dos dentes
· alargamento das parótidas
· esofagites
· Hipopotassemia
· alterações cardiovasculares
· dentre outras 
TRATAMENTO
· A integração das abordagens médica, psicológica e nutricional é a base da terapêutica. 
· A constituição de uma equipe multiprofissional é fundamental para o sucesso terapêutico e os profissionais envolvidos devem trabalhar de forma integrada.
· Maioria: tratamento extra-hospitalar
enfermagem
O diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica adequada dos transtornos alimentares são fundamentais para o manejo clínico e o prognóstico destas condições.
DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL E DROGAS
O que é droga?
Etimologia (origem da palavra): francês (drogue), holandês (droog), referindo as folhas secas (antigamente a maioria dos medicamentos eram a base de vegetais).
Paracelso (1493-15410) surgiu como o médico que iria revolucionar a história da medicina. É dele a frase: “Todas as substâncias são venenos, não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio.”.
Marihuana; éxtasis; Cocaina; Heroin; tabaco; crack
· “BALA” = MD ou MDMA, ecstasy 
É vendida como pastilhas que têm diferentes logótipos ou desenhos. Por vezes as pastilhas de ecstasy podem conter outras drogas e substâncias.
Efeitos – O ecstasy pode fazê-lo sentir-se mais alerta e sintonizado com a sua envolvente. Sente-se feliz e calmo e cria uma sensação de intimidade e proximidade em relação às outras pessoas. Os sons, as cores e as emoções são mais intensos. Você tem mais energia o que lhe permite dançar durante longos períodos. 
· “DOCE” = LSD
O LSD vem normalmente como pequenas pastilhas conhecidas como ‘cápsulas’ ou ‘barras’, em pequenos quadrados de papel ou de cartão. As barras têm normalmente imagens ou logótipos. Engole-se as barras.
Efeitos – LSD é uma droga alucinogénica. Cerca de uma hora depois de tomar uma barra, ocorre uma ‘trip’ (viagem) em que a sua envolvente parece diferente, com as cores, os sons e os objectos a terem uma aparência irreal ou anormal. Durante uma ‘trip’ pode-se ter visões e ouvir vozes e o tempo parece arrastar-se ou acelerar. Os efeitos podem durar cerca de 12 horas.
· LOLÓ/LANÇA PERFUME= éter
Na maioria dos casos, o uso do lança- perfume é feito através da aspiração pelo nariz ou boca. 
A inalação do lança-perfume provoca efeitos de euforia, bem-estar, vontade de rir e sensação de “estar voando”. Contudo, também ocasiona a aceleração da freqüência cardíaca, a destruição irreversível de células cerebrais, alucinações, dores de cabeça, náuseas e depressão. O efeito dura de 15 a 40 minutos
· Cogumelo alucinógeno
Os efeitos dessa droga variam de acordo com o estado geral da pessoa e da forma de consumo do cogumelo, podendo ser distorções visuais, aumento da auto-confiança e sentimento de euforia.
Mas também é considerado droga: antibióticos/analgésicos; medicamentos diários; morfina; cafeína; anticoncepcionais e sedativos.
 CURIOSIDADES
DROGAS MAIS CONSUMIDAS NO BRASIL:
· LÍCITA: 1 : ÁLCOOL (⅔ DA POPULAÇÃO); 2 : TABACO;
· ILÍCITA: 1 MACONHA; 2 COCAÍNA.
MACONHA: é uma planta que possui 2 sexos, e apenas o feminino apresenta o cobiçado THC (Tetra-hidrocanabiol, substância psicoativa) localizado na flor (somente a fêmea produz flor). Existem sementes feminizadas, que são criadas para produzir apenas fêmeas.
QUEIJO X DROGAS PESADAS: Em um estudo da Universidade de Michigan nos EUA, José Luiz Moreira Garcia encontrou indícios que as duas substâncias ativam a mesma região do cérebro. O motivo é que ambas possuem a proteína caseína, que, segundo o estudo, é capaz de ativar os receptores de opioides no cérebro e causa a dependência, efeito semelhante ao da cocaína, de prazer.
Tipos de drogas
1 - Origem 
Natural: drogas extraídas de alguma fonte natural (normalmente plantas, fungos)
· Maconha
· Cogumelo
· Ópio
· Chá de iboga
· Haxixe
Sintética: drogas feitas a partir de processos químicos, feitas em laboratório.
· LSD
· Ecstasy
· Anfetaminas
Semi- sintéticas: drogas que apesar de terem sido submetidas a algum processo químico (para potencializar o efeito, durabilidade etc.) ainda assim tiveram sua matéria-prima extraída de alguma planta natural.
· Crack
· Cocaína
2- Ponto de vista legal no brasil 
Legal: drogas cuja venda e consumo são liberados, porém algumas podem ter restrições (proibição para menores de 18 anos).
· Álcool
· Tabaco
Ilegal: drogas cuja venda e consumo são proibidos
· Bala
· Ecstasy
· Cocaína
· Maconha
· Lança perfume
· Heroína
3 - Efeitos produzidos pelo SNC 
De acordo com os efeitos produzidos pelo SNC.
Depressivas: drogas que diminuem a atividade cerebral, causando diminuição/perda de reflexos, atenção, sensopercepção etc
· Álcool
· Analgésicos
· antipsicóticos 
Estimulantes: drogas que aumentam a atividade cerebral e o estado de alerta, deixando o indivíduo agitado.
· Café
· Guaraná
· Cocaína
Perturbadoras: drogas que afetam o funcionamento do SNC, podendo alterar a percepção, causando efeitos de perdas dos sentidos ou alucinações
· Maconha
· LSD
CONTEXTO SOCIOCULTURAL DAS DROGAS
Sempre houve a relação do ser humano com as drogas, seja pela alimentação (descoberta de outras propriedades além da saciedade), rituais religiosos.
Cultura: Cada cultura desenvolve suas regras e costumes, seja na religião, leis, costumes e as drogas estão associadas a cada cultura.
- 15% de aproximadamente 800 medicamentos utilizados pelo egípicios antigos incluíam cerveja e vinho em sua composição.
- rituais de cultos antigos envolviam estados de consciência alterada, ou transes, em países como Grécia, Índia.
Relação da droga com a época
1500: Grandes Navegações, busca por especiarias da Índia (expedições, descoberta do Brasil)
1839: Guerra do Ópio, confronto entre Inglaterra e China (China produzia ópio e exportava para Inglaterra, muitas vezes faziam os chineses consumir, viciando-os, então a China proíbe a venda, o que inicia a guerra)
1960: "Sexo, drogas e Rock'n Roll": por mais que as drogas recreativas se popularizaram neste período, ainda não ultrapassava as barreiras de classe, surgimento dos Hippies, pacifistas contra a Guerra Fria.
ALGUMAS LEIS
Já que a lei está inserida na cultura, política e sociedade vigente de uma sociedade, elas também inferem nas drogas que podem ou não ser consumidas
Lei 11.705: Lei Seca (2008), diz respeito ao consumo de álcool por motoristas;
Código Penal de 1890 (atualizado posteriormente): diz respeito a importação/exportação, ter depósito, transportar, ministrar, substância entorpecente, ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
EFEITO DAS DROGAS NO ORGANISMO
As drogas psicotrópicas,que agem diretamente no sistema nervoso central, atuam de modo temporário nos neurônios, afetando o humor, o comportamento e os processos cognitivos. Assim, elas podem provocar confusão mental, dificuldade na fala e até alucinações.
Os entorpecentes agem no organismo de um indivíduo desde o consumo inicial dessas substâncias. Independentemente da forma de uso, os riscos à saúde são potencialmente prejudiciais.
As drogas agem no organismo de um indivíduo desde o primeiro momento de seu contato com essas substâncias. Esse contato pode ser via intravenosa (injetável), nasal (inalação), pulmonar (fumando) ou oral (ingestão) ou até outras vias menos comuns, como anal ou pela absorção na pele.
· Lesões no fígado
· Doenças contagiosas
· Mau funcionamento dos rins
· Problemas de coração
· Alterações na capacidade de pensar
· Câncer
EFEITOS
Os principais efeitos nocivos decorrentes do uso da substância psicotrópica podem ser divididos em categorias.
1. existem efeitos biológicos da substância na saúde, agudos ou a curto prazo.
2. existem efeitos crônicos na saúde, como por exemplo, o álcool, isso inclui cirrose hepática e uma série de outras. Também estão classificadas nessa categoria as casualidades decorrentes do efeito da substância em coordenação motora, concentração e julgamento em circunstâncias em que essas qualidades são exigidas.
3. compreendem as consequências sociais adversas do uso da substância: problemas sociais agudos, como falhas no trabalho, no papel familiar etc.
ÁLcool
Nem todas as pessoas estão igualmente propensas a se tornar dependentes do álcool. Para que a dependência alcoólica ocorra, é fundamental que haja vulnerabilidade e suscetibilidade à dependência, fomentadas por condições biológicas, psicológicas, sociais e ambientais. Do ponto de vista médico, é relevante o fato de que as enzimas que metabolizam o álcool no organismo diferem de indivíduo para indivíduo, o que se chama vulnerabilidade biológica (KATZUNG, 2010).
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define o alcoolista como um bebedor excessivo, cuja dependência em relação ao álcool é acompanhada de perturbações mentais, da saúde física, da relação com os outros e do comportamento social e econômico.
Álcool - Efeitos sobre SNC
· As vias neuronais que utilizam o ácido GAMA – aminobutírico (GABA) desempenham importante ação inibitória sobre as demais vias nervosas. Assim, a sua ativação promove, entre outros efeitos, uma elevação no limiar convulsivo, devido a uma inibição generalizada do encéfalo; hipnoindução, por sua ação sobre neurônios do sistema reticular ativador ascendente; relaxamento muscular, através da contenção das vias motoras; e incoordenação, decorrente da inibição cerebelar (KATZUNG, 2010).
A ingestão de etanol pode causar alguns efeitos sobre o sistema nervoso central, dentre eles a potencialização da inibição mediada pelo GABA.
· Os efeitos da intoxicação aguda pelo etanol em seres humanos são bem conhecidos e incluem fala arrastada, incoordenação motora, autoconfiança aumentada e euforia.
O efeito sobre o humor varia entre os indivíduos, a maioria tornando – se mais falantes e mais gastadores, mas alguns tornando – se melancólicos e mais reservados. Em níveis mais elevados de intoxicação, o humor tende a se tornar altamente lábio, com euforia e melancolia, agressão e submissão, com frequência ocorrendo de modo sucessivo e, outro ponto documentado e a relação entre o álcool e a violência.
· A maioria dos alcoolistas crônicos mostra um grau de demência associado com o alargamento ventricular detectável por técnicas de imagem cerebral. A degeneração do cerebelo e em outras regiões específicas do cérebro também pode ocorrer, assim como neuropatia periférica. Algumas dessas alterações não são causadas pelo próprio etanol, mas pela deficiência de tiamina que o acompanha, que é o comum em alcóolicos.
· Potencializa de modo significativo os efeitos depressores sobre o sistema nervoso central de muitos outros fármacos incluindo benzodiazepínicos, antidepressivos, antipsicóticos e opiáceos. A adaptação a esses níveis de exposição permanentemente elevados que estimulam artificialmente a ação GABAérgica responsável por uma subatividade dessa mesma ação na ausência do etanol, produzindo assim os sinais e sintomas da síndrome de abstinência.
Opiáceos (morfina, codeína, heroína)
· Os opiáceos têm basicamente os mesmos efeitos no sistema nervoso central: diminuindo sua atividade, que por sua vez, produz analgesia e hipnose (aumenta o sono e diminui a dor).
Os opiáceos exercem sua ação ao ligar-se a receptores do sistema límbico no SNC. A ativação dessa proteína G desencadeia uma cascata de eventos, fechamento de canais de cálcio voltagem dependentes, redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao refluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular. O efeito final é a redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos.
· Os opiáceos são substâncias extraídas de uma planta chamada popularmente de papoula, a Papaver somniferum, que após o seu corte, a casca da semente da papoula exsuda uma substância branca, semelhante a um suco leitoso, que ao secar passa a ser chamado ópio.
O ópio pode ser fumado, sendo esse hábito muito difundido no Oriente, principalmente em séculos passados.
COCAÍNA
A cocaína é o principal alcalóide ativo existente extraído da planta Erythroxylon coca, encontrado em forma de arbusto na região do Andes na América do sul.
· Atinge o sistema nervoso central após ser absorvida pela mucosa do nariz (inalada), pelas vilosidades intestinais (ingestão oral) ou pelos capilares pulmonares (fumada). Porém em alguns casos, os usuários preferem injetar direto na corrente sanguínea.
· A cocaína liga-se mediante ao bloqueio ou inversão da direção dos transportadores de neurotransmissores responsáveis pela captura da dopamina e da norepinefrina nas terminações nervosas, potencializando os efeitos periféricos da atividade nervosa simpática e produzindo acentuado efeito estimulante psicomotor.
O fenômeno permite que esses neurotransmissores tenham mais tempo de ação na sinapse.
· Sob efeito da droga, o usuário experimenta sensações intensas de prazer, euforia e disposição.
Essa droga pode causar delírios e paranoias, e podem estar relacionadas à esquizofrenia. Também pode causar movimentos involuntários mediante ação nos gânglios da base.
Efeitos colaterais do uso crônico de cocaína: 
COCAÍNA - Abstinência (trifásica)
1) CRASH: ocorre já na primeira hora após a cessação do consumo, podendo se prolongar por 3 ou 4 dias, com piora importante do humor, hipersonia, esgotamento físico e sintomas depressivos e arrependimento pelo uso. O desejo pelo consumo pode se instaurar ainda nessa fase em geral após os primeiros dias.
2) SÍNDROME DISFÓRICA TARDIA: a alteração do humor dura de 2 semanas até 3 a 4 meses, com volta do desejo pelo consumo, irritabilidade e alteração afetiva, anedonia e apatia. Surge o craving e consequentemente há maior risco de recaída.
3) EXTINÇÃO: pode durar alguns meses ou anos. Há melhora da fissura pelo consumo, permanecendo a anedonia e dificuldades no planejamento e assertividade. Nessa fase a fissura pode ser desencadeada por eventos específicos, tais como o uso de álcool, contato com pistas ou “gatilhos” ambientais (como lugares em que costumava consumir a droga ou pessoas que estimulem o consumo) e situações de estresse, frustração ou euforia. Essa fase tende a melhorar progressivamente caso não haja novos episódios de uso.
Ecstasy / Metanfetamias
DMA (pílula do amor), DOB (cápsula do vento), MDMA (Ecstasy, cristal, adam), MET (Meth, speed), DOET ( Stp, que significa serenidade, tranquilidade e paz)
São potentes liberadores e inibidores da recaptação de serotonina, dopamina e noradrenalina.
· Seus efeitos mais frequentes são euforia, aumento da autoestima, sensação de bem estar e felicidade, empatia, aumento de energia, extroversão, aumento da sociabilidade, intensificação da percepçãode cores e sons, sinestesias (sons e cores se misturam e podem ganhar formas), inibição do apetite e intensificação da sexualidade. Acompanha boca seca, perda do apetite, desidratação, além de outros efeitos já citados para anfetaminas. 
· Quando ocorre rigidez muscular, hipertermia e hiperreflexia, estamos diante da síndrome serotoninergia, que pode ser fatal.
· O uso crônico de anfetamínicos pode resultar em síndrome de dependência, devido ao desenvolvimento do fenômeno da tolerância aos efeitos euforizantes, ocorrendo um aumento do uso para manter os mesmos efeitos, fenômeno comum a outros estimulantes, como a cocaína.
· Com o uso crônico e o desenvolvimento de tolerância, os usuários tendem a aumentar o consumo, ingerindo maiores doses da droga e com maior frequência, modificando, assim, seu padrão de uso. Muitos começam a fazer ingestão em binge, caracterizado pela ingestão repetida por até 12 a 18 horas, podendo se prolongar por até 2 semanas.
· No final do período de binge, o indivíduo entra na fase de crash, que é caracterizada por depressão inicial seguida de agitação, ansiedade, persistência do desejo para continuar o consumo (craving), que é vencido pela fadiga, depressão e finalmente perda do interesse pela droga e sonolência.
· Após esse período, se não houver retomado o uso do estimulante, o usuário crônico começa a apresentar os sinais e sintomas da síndrome de abstinência, que se caracteriza por fissura intensa, ansiedade, agitação, pesadelos, fadiga e humor depressivo.
maconha
Maconha nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada Cannabis Sativa.
Essa planta contém aproximadamente 400 substâncias químicas, e dentre elas destacam-se pelo menos 60 alcalóides conhecidos como canabinóides. Eles são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos e classificados em dois grupos: os canabinóides psicoativos (Delta-8-THC, Delta-9-THC) e os não psicoativos (canabidiol e canabinol).
· O principal componente psicoativo da planta é o delta9-THC.
A quantidade utilizada de THC irá depender de vários fatores (solo, clima, estação do ano, época da colheita e o tempo decorrido entre a colheita e o uso), levando ao aumento ou diminuição da sua potência.
O THC liga-se ao receptor neural para canabinoide pré-sináptico – o CB1. E essa ligação resulta na liberação do neurotransmissor inibitório GABA no hipocampo, amígdala e córtex cerebral.
A maconha pode ser introduzida tanto pelos pulmões, fumaça, como pelo trato gastrointestinal (GI), por meio de sua ingestão com alimentos por via oral. 
· As alterações preponderantes observadas na intoxicação por maconha afetam a percepção e o estado psíquico do usuário.
Com as doses baixas, pode haver euforia, relaxamento, passividade e alteração da percepção. E com doses elevadas, o usuário pode apresentar paranoia, alucinações e desorientação
LSD (bala, doce)
A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) é uma droga alucinógena sintetizada artificialmente, derivado dos alcalóides do esporão do centeio, também conhecidos como alcalóides do ergot, produtos do metabolismo do fungo Claviceps purpurea que corresponde à vigésima quinta de uma série de modificações químicas da molécula básica. 
· Pode ser encontrada em diversas formas, em papéis absorventes, onde é impresso imagens para encobrir a oxidação e deixar mais atrativo, tablete de gelatina, cubos de açúcar, cápsula e na forma de micropontos.
O LSD afeta vários sítios do SNC e que pode atuar no receptor de serotonina présináptico, inibindo a liberação da serotonina, e consequentemente, diminuindo sua atividade. Este processo, por sua vez, pode provocar um estado de hipervigilância no SNC. 
· Ele atua sobre os sentidos do corpo, porém os efeitos visuais são mais fortes. Incluem as alterações da percepção temporal, ilusões visuais ou alucinações, visão desfocada ou “ondulante” e sinestesias. 
· Os casos de morte decorrem de traumas secundários a erros de julgamento por parte do usuário. Indivíduos psicóticos e deprimidos limítrofes (boderline) estão associados ao risco de tentativas precipitadas de suicídio ou episódios psicóticos prolongados decorrentes do uso do LSD. O retorno dos efeitos, conhecidos como flashback, também ocorre dias ou meses após a ingestão da droga. Tais episódios ocorrem quando o usuário sofre recaídas a partir de uma experiência alucinógena anterior, sem ter ingerido a droga.
· De modo geral, é importante ressaltar que as substâncias provocam efeitos agudos e crônicos, somáticos e psíquicos sobre o organismo. 
· Além dos prejuízos no âmbito da saúde, que são irreparáveis e muitas vezes incontroláveis, há um prejuízo imensurável no que diz respeito à vida social, familiar, emocional e psicológica do indivíduo. 
· Em relação às drogas psicotrópicas e direção perigosa, apesar do álcool estar relacionado com os acidentes de trânsito e que esse fato é sempre discutido e divulgado com frequência pela mídia nacional. 
· As drogas interferem na segurança do ato de dirigir veículos automotores estimulando as funções cognitivas e psicomotoras, promovendo uma direção veicular insegura, aumentando as chances de acidentes fatais. 
DROGAS NA GRAVIDEZ
Os efeitos podem ser observados na mulher e no bebê, e pode levar a aborto, parto prematuro, restrição do crescimento, baixo peso para idade gestacional e mal formação congênita.
Depois do nascimento do bebê, este poderá sofrer uma crise de abstinência das drogas pois seu organismo já está viciado. Nesse caso, poderá apresentar sintomas com chorar muito, ficar muito irritado e ter dificuldade de se alimentar, dormir e respirar, necessitando de internação.
Diagnóstico
Apesar dos efeitos imediatos durarem cerca de minutos e até segundos as drogas podem permanecer por mais tempo no organismo. 
Para que o organismo consiga se livrar das substâncias ele faz por meio da eliminação através do suor, urina e fezes.
Esse processo depende também de que as moléculas sejam solúveis em água e metabolizadas. Elas passam pelo fígado e depois de diluídas, voltam para a corrente sanguínea e para os rins.
· A maconha, por exemplo, pode ser detectada em até 30 dias pela urina, em até 90 dias pelo cabelo e em duas semanas pelo sangue. 
· A cocaína pode estar presente por até quatro dias na urina, 90 dias no cabelo e até dois dias no sangue. 
· A heroína fica até quatro dias na urina, 90 dias no cabelo e 12 horas no sangue.
· O LSD fica até três dias na urina, até três dias no cabelo e menos do que cinco horas no sangue. 
· O MDMA permanece no xixi por até quatro dias, 90 dias no cabelo e até dois dias no sangue. 
· A metanfetamina é detectável em até seis dias pela urina, 90 dias pelo cabelo e três dias pelo sangue.
· O álcool, em relação ao sangue, dependendo da quantidade ingerida, pode ser eliminado em torno de 10h. Já no exame de urina, pode ser detectado até cinco dias após o uso.
TRATAMENTO
Fatores comuns para uma intervenção psicoterapêutica efetiva: 
· Aliança terapêutica suportiva
· Envolvimento de intervenção grupal 
· Estratégias de psicoeducação 
· Horários, regras e contratos bem delimitados e estruturados 
· Intensidade e frequência adequados 
· Combinações de estratégias individuais e grupais
Tempo do efeito da droga
· Maconha sintética: 6 a 8 horas
· Crack:45min
· Cocaína: 30 minutos a 2 horas
· Maconha: 1 a 2 horas
· Heroína: 4 horas
· Ecstasy: 8 horas
· Anfetaminas, LSD e mescalina: 12 horas
Internações podem ser desejáveis ou imperativas, em especial para lidar com casos em que o uso leve a riscos premente de sofrer agressões físicas, ou por risco de agressão a si mesmo ou terceiros. 
O tratamento deve visar a uma reabilitação ampla, e não só a cessação do consumo de substâncias, sob pena de que, em uma postura que não contemple tal reinserção, o paciente permaneça exposto ao estilo de vida pregresso que o mantinha no consumo crônico da droga.
DESAFIOS DO TRATAMENTO
· Reduzir o estigma associado à dependência, especialmente das substâncias ilícitas. 
· Melhorar a adesão ao tratamento, considerado um dos grandes problemas aos dependentes de cocaína.

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