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Leishmaniose
A LTA é uma zoonose que
envolve a pele do homem, e que deve
ser levada em conta devido à grande
freqüência, as dificuldades no
tratamento, deformidades e seqüelas
que pode acarretar. Além da parte
psicológica do paciente que é muitas
vezes afetada em virtude das mutilações
e do preconceito (DIAS et al., 2007)
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No Brasil, em Bauru durante a construção da estrada de ferro do noroeste do Brasil
Descrições no primeiro século d.C. na Ásia Central
As primeiras notificações datam de 1d.C na ásia central – botão do oriente
Novo mundo – americana (Peru e Equador no período pré inca)
No Brasil, em Bauru durante a construção da estrada de ferro do noroeste do Brasil. Gaspar Vianna introduziu o tártaro emético como tratamento inédito.
A urbanização das leishmanioses são causadas por modificações tais quais êxodo rural, guerras, favelas, desemprego.
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Animais silvestres → homem
Protozoário do gênero Leishmania
No entanto em tempos atuais, o desmatamento desordenado, e as grandes alterações ambientais causadas pelo processo de urbanização fizeram com que os flebótomos se adaptassem a esses novos ambientes e, os hospedeiros conhecidos da Leishmania migrassem para outras áreas, fazendo com que os flebotomíneos, que antes se alimentavam desses mamíferos, passem a sugar o homem, e seus animais de estimação, novos integrantes desse Local.
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Duas formas principais durante o ciclo biológico:
Amastigota
Promastigota
Hospedeiros vertebrados
Canídeos
Marsupiais
Primatas
Roedores
Edentados
Hospedeiros invertebrados
Ordem Diptera
Família Psychodidae
Gênero Lutzomyia
Ciclo biológico
Ciclo biológico
Ciclo do parasito no homem:
Quando as promastigotas são introduzidas na pele, encontram neste local algumas células do sistema imune (linfócitos T e B, macrófagos residentes, células de Langerhans, mastócitos). 
Os parasitos que se aderem às células de Langerhans são levados aos linfonodos de drenagem, que ao se infectarem sofrem modificações que possibilitam sua migração. No interior dessas células, as partículas antigênicas do parasito serão apresentadas às células do sistema imune que se dirigem ao sitio da infecção, auxiliando na formação do processo inflamatório.
E os que se aderem à superfície dos macrófagos passando para o meio intracelular por meio de um processo de fagocitose mediada por receptores, em que se transforma na forma amastigota. Onde ficam dentro do fagolisossoma. 
Embora os macrófagos sejam células fagocitárias especializadas no combate a agentes infecciosos, as leishmanias desenvolverem mecanismos de defesa conseguindo sobreviver e multiplicar-se até a ruptura da célula, quando são liberadas para infectar outros macrófagos, propagando a infecção.
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Núcleo
Cinetoplasto
Flagelo
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Ciclo do parasito no homem:
Quando as promastigotas são introduzidas na pele, encontram neste local algumas células do sistema imune (linfócitos T e B, macrófagos residentes, células de Langerhans, mastócitos). 
Os parasitos que se aderem às células de Langerhans são levados aos linfonodos de drenagem, que ao se infectarem sofrem modificações que possibilitam sua migração. No interior dessas células, as partículas antigênicas do parasito serão apresentadas às células do sistema imune que se dirigem ao sitio da infecção, auxiliando na formação do processo inflamatório.
E os que se aderem à superfície dos macrófagos passando para o meio intracelular por meio de um processo de fagocitose mediada por receptores, em que se transforma na forma amastigota. Onde ficam dentro do fagolisossoma. 
Embora os macrófagos sejam células fagocitárias especializadas no combate a agentes infecciosos, as leishmanias desenvolverem mecanismos de defesa conseguindo sobreviver e multiplicar-se até a ruptura da célula, quando são liberadas para infectar outros macrófagos, propagando a infecção.
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Promastigota metacíclica
Leishmaniose
Tegumentar
Visceral
Envolve a pele e mucosas. 
Alta frequência, dificuldades no tratamento, podendo acarretar deformidades e sequelas.
(DIAS et al., 2007)
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)
Período de incubação
Picada
Lesão inicial
2 semanas a 3 meses
Patogenia
Durante o repasto sanguíneo células destruidas pela probóscide e a saliva do inseto atraem os macrófagos.
Infiltrado inflamatório
Reação inflamatória
Nódulo dérmico
Regride
Nódulo dérmico
Hipertofia do epitélio e acúmulo de macrófagos
Lesão típica
Infiltrado celular
Necrose celular
COLOCAR FOTO DO CAMUNGONGO
O "histiocitoma" desenvolve-se em diferentes ritmos,
dependendo da espécie de Leishrnania envolvida. Nos estágios
iniciais da infecção, histologicamente a lesão é caracterizada
pela hipertrofia do extrato córneo e da papila, com
acúmulo de histiócitos nos quais o parasito se multiplica.
Gradualmente forma-se um infiltrado celular circundando a
lesão, consistindo principalmente em pequenos e grandes
linfócitos, entre os quais alguns plasmócitos. Como resultado,
forma-se no local uma reação inflamatória do tipo tuberculóide.
Ocorre necrose resultando na desintegração da
epiderme e da membrana basal que culmina com a formação
de uma lesão úlcero-crostosa.
Os histiócitos são macrófagos inactivos, fixos, com os pseudópodes retraídos e com aspecto ovóide
Exsudado seroso: aumento moderado da permeabilidade vascular
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Aspecto circular
Bordas elevadas
Fundo granuloso
Vermelho intenso
Não relata dor
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No Brasil
Leishmania (Viannia) braziliensis 
Leishmania (Viannia) guyanensis
Leishmania (Viannia) lainsoni 
Leishmania (Viannia) naiffi
Leishmania (Viannia) shawi
Leishmania (Leishmania) amazonensis 
(Subgenus Leishmania: intestino anterior/médio) 
(Subgenus Viannia: intestino anterior/médio/posterior)
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LTA: formas clínicas
Leishmaniose cutânea
Leishmaniose cutaneomucosa
Leishmaniose cutânea difusa
Relacionada com o estado imunológico do paciente e a espécie de Leishmania.
Não chamar a difusa de DISSEMINADA!
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Leishmaniose cutânea
Lesões únicas ou múltiplas na derme com epiderme ulcerada
Leishmaniose cutânea
Lesões únicas ou múltiplas na derme com epiderme ulcerada
Brasil
L. braziliensis
L. guyanensis
L. amazonensis
L. lainsoni
Brazi: forma cutânea mais destrutiva 
Guy: cratera de lua única ou multipla – linfagite e linfadenopatia.
Amazo: lesoes simples e limitadas. Vetor com aspecto noturno
Lainsoni: nasofaróngeo
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Leishmaniose cutaneomucosa
L. braziliensis 
Lesão primária → lesões secundárias destrutivas de mucosas e cartilagens
Boca 
Nariz
Faringe
Laringe
Espúndia ou nariz de tapir
Tapir = anta
Trata-se de um processo lento, de curso crônico. Estas lesões
secundárias podem ocorrer por extensão direta de
uma lesão primária ou então através da disseminação hematogênica.
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Leishmaniose cutaneomucosa
L. braziliensis 
Lesão primária → lesões secundárias destrutivas de mucosas e cartilagens
A destruição do septo provoca mudança
anatômica e aumento do órgão, que se constitui no chamado
nariz de anta. Em muitos casos ocorre completa destruiçãode toda a estrutura cartilaginosa do nariz.
O processo ulcerativo pode atingir os lábios e se propagar
pela face. Estas graves mutilações criam ao paciente dificuldades
de respirar, falar e se alimentar. São frequentes,
nesta fase, complicações respiratórias por infecções secundárias,
podendo levar o paciente ao óbito.
Pode haver metástase após o tratamento.
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Leishmaniose cutânea difusa
L. amazonensis 
Lesões difusas não ulceradas por toda pele → migração de macrófagos infectados ou disseminação linfática.
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Distribuição
Leishmaniose
Tegumentar
Visceral
Doença reemergente, em franca expansão, caracterizada por:
Febre
Hepatoesplenomegalia
Anemia
Linfoadenopatia
Hipergamaglobulinemia
L. donovani, L. infantum, L. chagasi.
Leishmaniose Visceral
Patogenia
No local da picada  nódulo não 
ulcerado: leishmanioma
Visceralização:
Baço
Fígado
Medula óssea
Linfonodos
Em pacientes não tratados a mortalidade é de 90%
Disseminação hematogênica ou linfática
Período de incubação
Picada
Manifestações clínicas
2 a 7 meses
Transmissão por transfusão sanguínea, agulhas compartilhadas, congênita e por acidentes de laboratório. 
1º sintoma: febre baixa recorrente, com 2 – 3 picos diários
Alterações esplênicas: esplenomegalia
 baço apresenta consistência dura e indolor
 com áreas de congestão e de infarto esplênico
Alterações hepáticas: hepatomegalia
 fibrose
 ascite
Manifestações clinicas
Manifestações clinicas
Medula óssea:  macrófagos, 
	  tecido hematopoiético
			  plaquetas
		  neutrófilos, basófilos, eosinófilos
  eritrócitos
Rim: glomerulonefrite e distúrbios funcionais
	Progressivo emagrecimento e enfraquecimento
			Infecções secundárias → morte
Manifestações clinicas
Ciclo silvestre: L. longipalpis, reservatórios silvestres (raposas), animais silvestres
Ciclo doméstico: ocorre no ambiente rural ou periurbano L. longipalpis se mantem no ambiente domiciliar transmitindo a infecção para o homem e os reservatórios domésticos (cães)
Ciclo biológico
Distribuição
Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral 
Diagnóstico
Clínico
Análise da lesão e anamnese
Laboratorial
Pesquisa do parasito
Exame direto (de lesão) em esfregaços corados;
Exame histopatológico (de tecido)
Punção de baço, fígado e medula óssea
Cultura (de tecido, aspirado de lesão, linfonodos);
Inóculo em animais sensíveis (hamster)
Diagnóstico
Métodos imunológicos
Teste intradérmico de Montenegro: reação de hipersensibilidade tardia – Ag com promastigotas mortas.
0,1 mL de Ag intradermicamente
Nódulo ou pápula em 48 – 72h
Reação de imunofluorescência 
Sorologia 
5mm
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Tratamento
Glucantime® (Antimoniato de N-metil-glucamina)
Intramuscular
Endovenoso
Injeção local
Pentamidina
Anfotericina B
Não devem ser usado 
Cardiopatas
Nefropatas 
Grávidas
Leishvacin – bioquímica biobrás – vale do rio doce – MG – usado em resistentes aos antimoniais
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Profilaxia
Difícil nas áreas florestais
Dedetização peridomiciliar ineficaz em áreas endêmicas
Repelentes, mosquiteiros de malha fina, telagem das casas
Construção de casas a 500m da mata 
Vacinas (↓ proteção)
Ciclo epidemiológico da leishmaniose tegumentar americana: A) Ciclo epidemiológico da Leishmania amazonensis. Este parasito é mantido na
Amazbnia na base das árvores entre roedores, principalmente Proechimys guyanensis e pelo vetor primário Lu. flaviscutellata e secundário Lu. o. nociva,
de hábitos noturnos. 8) Ciclo epidemiológico da Leishmania guyanensis. Este parasito é mantido na Amazônia no topo das árvores entre edentados, preguiça,
tamanduá e marsupiais. O vetor primário 6 Lu. umbratilis e secundário Lu. anduzei. Os vetores, ao descerem para a base das árvores para oviposição,
sao pedurbados pelo homem que os atrai. C) Ciclo epidemiológico da Leishmania braziliensis. O parasito é mantido no sudeste do Brasil entre roedores e
talvez por animais domésticos como o cão. São vários os vetores, destacando-se a Lu. intermedia.
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