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LEISHMANIOSE - Protozoário: Leishmania. - Parasita intracelular obrigatório de células do sistema fagocítico-mononuclear. - 96% dos casos - Brasil. 90% de mortalidade. - Leishmaniose tegumentar: pele e mucosas, com lesões ulcerativas. - Leishmaniose visceral: doença generalizada de evolução crônica que atinge as vísceras. - Formas evolutivas do parasita: → Promastigota (flagelada): tubo digestivo do inseto vetor. → Amastigota: tecidos dos vertebrados. VETOR - Flebótomo: Lutzomya (mosquito palha). - Inseto hematófago, pequeno, cor de palha, com grandes asas pilosas. - Fêmeas antropofílicas: se alimentam de sangue para o desenvolvimento dos ovos. RESERVATÓRIOS - Cães (também podem ser hospedeiro definitivo). - Tamanduás, gambás, tatus. CICLO BIOLÓGICO 1. Picada da fêmea – liberação de promastigotas. 2. Promastigotas na corrente sanguínea. 3. Macrófagos capturam. 4. Perde o flagelo – amastigota. 5. Divisão binária. 6. Rompe o macrófago – libera amastigotas (3). LV – Período de Incubação: em média 2 a 6 meses (até 24 meses). LT – Período de incubação: 2 a 3 semanas. HABITAT - Leishmania infantum: principalmente baço, medula óssea, fígado, intestino. ALTERAÇÕES NA LEISHMANIOSE VISCERAL - Função esplênica (baço): parasitismo intenso, hiperplasia, esplenomegalia. - Medula óssea: parasitismo intenso, macrófagos substituem o tecido hematopoiético, comprometimento dos linfonodos. - Fígado: parasitismo menos intenso, aumento do órgão, altera a função hepática, fibrose. - Rim: hipertrofia, hiperplasia, proteinúria, hematúria. SÍNDROME CLÍNICA - Esplenomegalia. - Hepatomegalia. - Febre. - Pancitopenia. SINTOMAS - Período inicial (inaparente/assintomático ou sintomático): febre, palidez cutaneomucosa, esplenomegalia, hepatomegalia, diarreia, tosse e micropoliadenopatia. - Período intermediário (2 meses): febre, emagrecimento, palidez cutaneomucosa, hepatoesplenomegalia evidente. - Período final: febre contínua, desnutrição, anemia, palidez, comprometimento da medula, hemorragias, icterícia, ascite, infecções. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR - Lesões ulcerativas que podem ser: → Cutânea simples. → Cutânea difusa. → Forma muco-cutânea. - Espécies causadoras de LT no Brasil: → Leishmania (Viannia) braziliensis. → Leishmania (Viannia) guyanensis. → Leishmania (Viannia) amazonenses. - Acomete o homem, mamíferos domésticos e silvestres. - Evolução das lesões: → Lesão inicial: nódulo no local da picada, com infiltrado inflamatório composto de linfócitos, macrófagos e parasitos. → Início de uma lesão ulcero-crostosa, que se estabiliza e cicatriza com o uso de medicamentos. - Leishmaniose difusa: nódulos isolados ou agrupados, que se disseminam sem limites, medicação com resultados insatisfatórios. - Mucosa: lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores. Geralmente evolui de uma forma cutânea de evolução crônica e curada sem tratamento ou com tratamento inadequado. Apresenta difícil resposta terapêutica e maior recidiva. Causa sintomas como obstrução nasal, eliminação de crostas, dispneia, tosse, rouquidão, dor ao deglutir. PREVENÇÃO - Uso de repelente. - Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite). - Mosquiteiros e telas em portas e janelas. - Destino adequado do lixo orgânico para impedir a aproximação de mamíferos. - Limpeza de quintais e terrenos. - Pode de árvores para aumentar insolação. - Limpeza das fezes de animais domésticos. - Pulverização de inseticidas. DIAGNÓSTICO - Clínico: característica da lesão e anamnese. - Laboratorial (pesquisa do parasito): demonstração de amastigotas por punção da medula óssea, fígado e baço, exame direto de esfregaços corados, exame histopatológico, cultura, inóculo em animais (hamster), PCR (detecta a presença de DNA de Leishmania em fragmentos de fígado, baço, aspirados de linfonodo e medula óssea). TRATAMENTO - Antimoniato de N-metil glucamina: 30 a 60 dias, não pode ser usado em gestantes. - Anfotericina B: pouco usado por ser caro. - Miltefosina: nova droga, de via oral, que tem se mostrado eficaz. - Segunda escolha: Isotionato de pentamidina ou Leishvacin associado a glucantime.
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