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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI HISTÓRIA, CULTURA E MOVIMENTOS GASTRONÔMICOS estudo de caso sobre quais alternativas podem ser utilizadas na releitura dos pratos indígenas de modo que a experiência sensorial permaneça o mais próximo do original possível NOME São Paulo 2022 Experiência gastronômica sensorial é uma tendência que está mudando a forma de se alimentar, especialmente quando fora de casa. Não se trata apenas de boa comida, mas sim, de sensações diferentes vividas ao provar a culinária de um determinado lugar. A comida retrata a cultura de um povo, quem prova de um prato típico, prova novos temperos, meios de preparo e história. No estudo de caso, os jovens, ao provarem da comida típica indígena, experimentaram sensações além do paladar, e as respostas pelos porquês restringiram-se apenas aos ingredientes, sem ir a fundo, limitando uma viagem gastronômica. Por ser um prato comum na região, ligado a necessidade biológica, os locais não se atentam ao conhecimento mais aprofundado pois não possuem ligação afetiva, que ocorre em quem experimenta pela primeira vez, como é o caso, e que o sabor se torna marcante, um alimento-memória. [...] conjunto de valorações simbólicas que lhe são atribuídas e que permitem que sua degustação transcenda a experiência sensorial e se caracterize também como uma experiência cultural e emocional. Assim, trata-se de um conceito mais amplo, que abrange as próprias ideias de tradição culinária e de alimento-memória (GIMENES, 2008). Para que a experiência gastronômica dos jovens transcenda o conceito de prato típico, que “constituem uma “cozinha emblemática”, servindo para expressar identidades, sejam elas nacionais, regionais ou locais” (MACIEL, 2004), é necessário entender a história por trás da escolha de cada alimento e o modo de preparo. A base do prato experimentado é a mandioca, que historicamente é a base da alimentação indígena e africana escrava, de onde retiravam energia para as atividades diárias, encontravam em abundância na região e ainda hoje é um alimento sagrado aos índios, como explica o antropólogo Uwira Domingues (2017) “a mandioca é considerada por todos nós como uma dádiva, um presente de Deus [...] É da mandioca que se faz o alimento principal para nós: a farinha”. A alimentação vai além do ato fisiológico, ter experiências gastronômicas criam relações alimentares afetivas, e quando se prova um prato regional, uma tradição reacende e algumas reflexões surgem. Para que haja uma releitura original de um prato que supere os limites do paladar, é importante conhecer os aspectos históricos da gastronômica local e do prato referido. BIBLIOGRAFIA BITTENCOURT, J. P. Dia da Árvore: mandioca é uma das árvores mais importantes para a população da Amazônia. 20 de set. 2017. Disponível em: < portal.ufpa.br/index.php/ultimas- noticias2/596-dia-da-arvore-mandioca-e-uma-das-arvores-mais-importantes-para-a-populacao-da- amazonia#:~:text=“A%20mandioca%20é%20considerada%20por,%3A%20a%20farinha”%2C%20 friza.>. Acesso em: 20 de mar. 2022. CASTRO, A.C. O que é o turismo gastronômico e como atrair os amantes da boa comida?. 22 de set. de 2020. Disponível em: < http://blog.hospedin.com/o-que-e-turismo-gastronomico/>. Acesso em: 20 de mar. 2022. GIMENES, M. H. S. G. Bares e casas noturnas: um estudo exploratório sobre consumo e sociabilidade. In: Turismo em análise, São Paulo, 2004. HOLANDA, L. Tucupi: conheça o delicioso caldo extraído da mandioca brava. 15 de dez. 2020. Disponível em: < https://www.brasildefato.com.br/2020/12/15/tucupi-conheca-o-delicioso-caldo- extraido-da-mandioca-brava>. Acesso em: 20 de mar. 2022. MACIEL, M. E. Uma cozinha à brasileira. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, 2004. .
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