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PROJETO BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

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Universidade Pitágoras Unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
Educação Física - Licenciatura
Mayara Azeredo Paes
PROJETO DE ENSINO
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
Mayara Azeredo Paes
PROJETO DE ENSINO
BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física - Licenciatura.
Tutor à Distância: Eduardo Aparício Fernandes
Tutor Presencial: Jéssica
Tutor: Bruno Jose Frederico Pimenta
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	9
7	METODOLOGIA	15
8	CRONOGRAMA	17
9	RECURSOS	18
10 AVALIAÇÃO	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	21
INTRODUÇÃO
O projeto “Brincando também se aprende!”, irá tratar de um trabalho que será realizado dentro da disciplina de Educação Física, em parceria com os pais e/os avós dos alunos da turma.
O projeto será trabalhado em turmas do 1º ano do ensino fundamental e os assuntos abordados dentro do objeto de conhecimento serão, brincadeiras e jogos como método de ensino e resgate a brincadeiras antigas. 
O presente projeto ajudará a desmistificar a fala de que quando o aluno chega ao Ensino Fundamental os momentos lúdicos e de brincadeiras não acontecem mais, ou só é utilizado como bônus para os alunos que realizam as atividades das outras disciplinas.
 Será apresentado um breve relato da história da Educação Física como disciplina e das legislações que dão embasamento para a realização do trabalho.
O projeto tem como principal objetivo compreender a importância das brincadeiras e jogos no processo de aprendizagem, conhecer os jogos e as brincadeiras que fazer parte da história da sua comunidade e experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional.
19
TEMA 
 Brincando também se aprende!
Este Projeto busca valorizar as brincadeiras como fonte de aprendizado. 
Será desenvolvido com alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, pois de acordo com a BNCC, dentro da disciplina de Educação Física, as brincadeiras e os jogos populares presente no contexto comunitário e regional fazem parte do objeto de conhecimento das crianças nesse ano de escolaridade e é um assunto importante que viabiliza o aprendizado que será agregado a vivência das crianças.
Para Rossler (2006, p. 09),
O desenvolvimento do ser humano acontece de acordo com a apropriação da cultura e com as diversas mediações que o indivíduo realiza ao longo da sua vida, e que o tornam capaz de reproduzir, transformar e exteriorizar aquilo do qual se apropriou. Acreditamos que a criança usa a brincadeira como mediadora desse processo de apropriação, expandindo suas relações com o mundo dos objetos e símbolos humanos. Dessa forma, assimila, compreende e aprende a viver socialmente no espaço em que está inserida.
A brincadeira ajuda no processo de apropriação do conhecimento da criança, pois quando brinca ela consegue expressar desejos, e assim exercita sua capacidade de lidar com desafios e sentimentos.
Para o professor de Educação Física o tema é fundamental pois ajudará a desmistificar a fala de que quando o aluno chega ao Ensino Fundamental os momentos lúdicos e de brincadeiras não acontecem mais, pois alguns professores e pais acreditam que essas( brincadeira e jogos) são próprias da Educação Infantil, sendo não devem ser usadas no Ensino Fundamental.
Segundo PIRES, FIDELES e MARTINS (2018, p.52),
Os jogos e brincadeiras adequados ao fazer pedagógico aos poucos faz com que o aluno adquira autonomia, num processo dinâmico, contínuo e interativo. Articular jogos e brincadeiras além de fornecer a criança um ambiente agradável e motivador contribui para o processo de uma inclusão social para todos.
Desse modo o aluno desenvolve seu processo de aprendizagem através de brincadeiras e jogos direcionados. 
JUSTIFICATIVA
O Projeto foi escolhido para aplicação nas turmas de 1º ano do Ensino Fundamental na disciplina de Educação Física pensando em levar o conhecimento sobre brincadeiras e os jogos populares presente no contexto comunitário e regional aos alunos de forma lúdica onde será agregada a vivência desse o conhecimento e a valorização 
 Durante muito tempo a Educação Física não foi reconhecida como disciplina e quando passou a ser integrada a proposta pedagógica, era usada no ensino fundamental, nos anos finais. 
 Foi de acordo com a nova LDBEN nº. 9.394/96 no parágrafo 3º do artigo 26 que se estabeleceu “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (BRASIL, 1996).
Ainda hoje, em muitas escolas, apesar da obrigatoriedade da atuação do profissional de Educação Física nas turmas do Ensino Fundamental, não existe na prática esse profissional atuando e ainda fica a cargo do professor da turma a tarefa de aplicar o conteúdo dessa disciplina aos seus alunos. 
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental a Educação Física é fundamental para o desenvolvimento dos alunos, pois possibilita o desenvolvimento de habilidades corporais através de jogos, esportes, lutas, ginástica e dança que ajudam na expressão de sentimentos, afetos e emoções. E sendo assim a execução do projeto será importante para o desenvolvimento amplo dos alunos, pois será possível trabalhar corpo e mente juntos e ainda mostrar que a ludicidade não se restringe a Educação Infantil , que ela faz parte de todo processo de vida do ser humano e principalmente na vida escolar dos alunos no Ensino Fundamental.
 Os alunos conhecerão as brincadeiras e os jogos que fazem parte da cultura da sua comunidade e também vivenciarão a oportunidade de valorizar a sua cultura podendo executar os jogos e as brincadeiras na escola, dentro de uma disciplina aplicada por um profissional de Educação Física, e assim entendendo que na escola, mesmo no Ensino Fundamental, é possível aprender brincando, e que para que haja aprendizado não necessariamente é preciso estra sentados e enfileirados em uma sala de aula.
PARTICIPANTES
Este projeto será aplicado para alunos do 1º ano do Ensino Fundamental através da disciplina de Educação Física em parceria com outras disciplinas que fazem parte da grade curricular. 
Segundo a BNCC os alunos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais possuem modos próprios de vida e múltiplas experiências pessoais e sociais, o que torna necessário reconhecer a existência de infâncias no plural e, consequentemente, a singularidade de qualquer processo escolar e sua interdependência com as características da comunidade local. É importante reconhecer, também, a necessária continuidade às experiências em torno do brincar, desenvolvidas na Educação Infantil.
Partindo desse entendimento, e considerando que dentro da Unidade Temática, “Brincadeiras e jogos”, da disciplina de Educação Física o objeto de conhecimento próprio para esse ano de escolaridade é “Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional”, a aplicação do Projeto é pertinente e necessária para garantir o aprendizado do aluno. 
OBJETIVOS
Objetivo Geral
· Compreender a importância das brincadeiras e jogos no processo de aprendizagem.
Objetivos específicos
· Conhecer os jogos e as brincadeiras que fazer parte da história da sua comunidade;
· Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional;
· Utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional.
PROBLEMATIZAÇÃO
Ao longo dos anos o momento da aula de Educação Física não foi utilizado comfins pedagógicos, mas como momento de descanso entre um conteúdo e outro, quando sobrava tempo. Mesmo quando na LDB a disciplina de Educação Física passou a fazer parte da grade curricular obrigatória, ainda assim houve e ainda há resistência em aplicá-la principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
A grande dificuldade da disciplina de Educação Física ser aplicada conforme prevê o currículo é que ainda existem muitas escolas que não contam com esse profissional atuando nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e assim os professores sem formação específica na área de Educação Física tem que atuar e dar conta do currículo prescrito em todas as disciplinas do ano de escolaridade.
O presente Projeto busca o resgate das brincadeiras e jogos que fazem parte da cultura regional da criança haja vista que quando saem da Educação Infantil os professores acham que a ludicidade não faz parte da vida da criança na escola Resgatar brincadeiras e jogos é levar o aluno a voltar a movimentar o corpo e conhecer a cultura da comunidade que está inserido.
 De acordo com os PCNs de Educação Física (Brasil, 1997, p.36) “As situações lúdicas competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos, que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-la de forma satisfatória”.
Pimentel (2007, p. 10) ressalta que, de acordo com o pensamento de Vygotsky,
A aprendizagem acontece por meio das interações pelas quais o sujeito realiza com outras pessoas e com o meio em que vive, sendo a brincadeira um elemento mediador dessa aprendizagem. As brincadeiras de regras estão presentes nos contextos coletivos e são construídas a partir da necessidade da criança de pertencer a um grupo, sendo criadas de acordo com a cultura em que ela está inserida. Nas brincadeiras com regras pré-determinadas, como o pique esconde e o pique-pega, por exemplo, as regras aparecem explícitas, predominando sobre o imaginário. No faz-de-conta, as regras existem, mas de forma implícita, sendo que o imaginário predomina sobre esses direcionamentos, constituídos por fatores dos campos social e cultural.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Barni e Schneider (2003), a Educação Física é uma fonte de conhecimento necessário para a construção de um novo cidadão, mais completo, mais integrado e consciente de seu papel na sociedade que está inserido. E para que isso aconteça é fundamental que esteja pautada nas diretrizes da educação brasileira. 
A disciplina de Educação Física somente passou a fazer parte da grade curricular, sendo obrigatória a partir do artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96, que estabelece “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (BRASIL, 1996).
A disciplina de Educação Física faz parte da grade curricular e os professores formados nessa disciplina devem também atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O presente Projeto busca levar aos alunos conhecimento de brincadeiras e jogos populares presente no contexto comunitário e regional, através da aula de Educação Física.
De acordo com os PCNs de Educação Física (BRASIL, 1997, p. 36) “As situações lúdicas competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos, que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-la de forma satisfatória”. É fundamental para o desenvolvimento da criança que ela vivencie o aprendizado de forma lúdica.
 Nos anos Iniciais do Ensino Fundamental os professores costumam descartar a ludicidade, que era tão comum na Educação Infantil e substituem pelos trabalhos maçantes dos conteúdos programáticos das demais disciplinas, alguns alegam que não foram formados para dar aula de Educação Física, e esse é um outro problema que afeta a disciplina. Muitas escolas não contam com professores formados em Educação Física para atuar nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, e o professor da turma que tem de dar cota de trabalhar todas as disciplinas da grade curricular. 
 Para Nascimento, Silva e Ribetti (2011, p. 08):
É importante que o professor conheça os jogos, suas alternativas de exploração e suas especificidades, assim como o histórico social da criança com as quais esteja trabalhando, a fim de se realizar uma pesquisa eficiente e que propicie resultados confiáveis que possam estabelecer novos rumos no trabalho pedagógico. É dever do educador, compreender o sucesso da utilização dos jogos e brincadeiras na sala de aula.
Segundo Grassi, o termo jogo compreende uma atividade de ordem física ou mental, que mobiliza ações motrizes, pensamentos e sentimentos, no alcance de um objetivo, com regras previamente determinadas, e pode servir como um passatempo, uma atividade de lazer, ter finalidade pedagógica ou ser uma atividade profissional. (GRASSI, 2008, p. 70)
A Lei Federal 8069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente, capítulo II, artigo16 que diz o seguinte no inciso IV- Brincar, praticar esportes e divertir-se. Toda criança tem direita a brincadeira e a prática de esporte, independentemente da idade, então como se pode dizer que ao sair da Educação Infantil a criança, no espaço escolar não terá mais que brincar? Infelizmente essa fala de alguns profissionais da educação leva a um retrocesso no que tange a educação, pois desde muito tempo sabemos que quando brinca a criança constrói sua identidade, descobre medos e limitações. É brincando que a criança descobre o mundo a sua volta e aprende a ser parte dele, compreendendo regras, criando estratégias e conhecendo a cultura a sua volta e tornando-se parte dela como integrante e construtora de suas vivências. 
As brincadeiras fazem parte do patrimônio cultural que deve ser conhecida e valorizada. 
Quando adequados ao fazer pedagógico, jogos e brincadeiras, fazem com que o aluno adquira autonomia através de um processo dinâmico e interativo. O lúdico beneficia o aluno não somente no que tange o convívio social, mas também na construção do conhecimento com ênfase no processo inclusivo.
Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117).
 É através de jogos e brincadeira que a criança desenvolve e estimula o raciocínio e a concentração, pois enquanto brinca ela amplia sua capacidade corporal e explora as percepções.
Trabalhar as brincadeiras e jogos para levar o aluno a entender a importância da valorização da cultura que seus pais e avós construíram e que ele está inserido é importante para desenvolver a sua autoestima.
Quando um professor acredita que as brincadeiras e os jogos deixam de ser importante no Ensino Fundamental ele acaba por comprometer o aprendizado do seu aluno pois através do lúdico a criança enriquece o seu vocabulário, aumenta o seu raciocínio e avança na capacidade de formular hipóteses, tendo assim um processo de alfabetização de forma divertida e dinâmica. Não valorizar o lúdico é correr o risco de ter uma alfabetização fadada ao fracasso.
Quando na BNCC as brincadeiras e os jogos são colocados como conteúdos para serem aplicados durante todo o Ensino Fundamental foi se pensando justamente na sua importância para o desenvolvimento das crianças. Segundo a BNCC, as crianças possuem conhecimentos que precisam ser, por um lado, reconhecidos e problematizados nas vivências escolares com vistas a proporcionar a compreensão do mundo e, por outro, ampliados de maneira a potencializar a inserção e o trânsito dessas crianças nas várias esferas da vida social.
A Educação Física junto aos demais componentes curriculares é essencial no processo de alfabetização e letramento dos alunos, pois eles qualificam para a leitura, a produção e a vivência das práticas corporais. Sendo assim cabe aos professoresque atuam com os alunos no processo de alfabetização realizar um trabalho pedagógico pautado no diálogo e na transversalidade do currículo pensando na formação do aluno no todo buscando novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz. Também é fundamental que os professores contem com o conhecimento, e estejam sempre comprometidos com o novo, buscando repensar as suas práticas pedagógicas que devem estar sempre em processo de transformação. 
O papel do professor de Educação Física é de suma importância pois a sua formação favorece um trabalho diferenciado que prioriza o fazer e a ludicidade atrelado a métodos e estratégias variadas, com intencionalidades bem definidas, através de uma postura de mediador desse proporcionar atividades que desafiem os alunos para que seu desenvolvimento aconteça em sua totalidade.
 Segundo Soares (2004, p. 22),
É relevante compreender que é importante ir muito além do domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em “alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita [...]. 
O lúdico e a alfabetização são indissociáveis, não tem como alfabetizar sem considerar que, nessa fase a criança brinca o tempo todo e na escola o professor tem a capacidade de trabalhar com o brincar com intencionalidade.
Considerando que o brincar é uma atividade própria da criança, o professor de Educação Física, com uma prática lúdica, estimula o pensamento, desenvolve a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar.
Sendo a escola um local de formação de indivíduos, cabe aos profissionais envolvidos no processo de ensino trabalhar de forma coletiva, elaborando planos de ensino considerando o espaço de vivência da criança, de forma dinâmica e diversificada , atrelado ao que a criança deve aprender para que cresça valorizando a sua comunidade da qual faz parte e a cultura dessa comunidade. 
A grande questão é que muitas escolas ainda não estão preparadas para trabalhar de forma diferenciada, pois ainda não conseguem desenvolver um trabalho de forma coletiva, onde nas rotinas das escolas sejam pautadas no diálogo entre os pares. A forma interdisciplinar de se trabalhar ainda não é a grande realidade nas nossas escolas, infelizmente o ensino fragmentado onde cada professor trabalha o seu conteúdo sem se preocupar com o que os demais trabalham é o que, na maioria dos casos, dificulta o aprendizado deixando o aluno fadado ao fracasso. Desassociar a realidade de vida das crianças das práticas efetivadas nas escolas é comprometer o aprendizado e relega-lo ao fracasso. 
As diretrizes curriculares nacionais, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) propõem a necessidade de centrar o ensino-aprendizagem no desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar de centrá-lo no conteúdo conceitual.
 Segundo KOLYNIAK (2012, p. 42),
É importante também, que o ensino do conteúdo conceitual não transforme a Educação Física em uma disciplina predominantemente teórica, distanciando-a da vivência concreta das expressões vigorosas, significativas e prazerosas da cultura corporal do movimento. Por isso, o planejamento da apropriação de sistemas conceituais nessa esfera é tão desafiador. 
Cabe ao professor de Educação Física não focar unicamente na teoria, mas em como conseguir ensinar a teoria através de práticas dinâmicas onde as brincadeiras e os jogos sejam vistos como a introdução para que o aprendizado aconteça significativamente.
 Segundo Barbosa (2004, p.22), 
Professores que atuam com os anos iniciais do Ensino Fundamental, tanto o professor de Educação Física quanto os demais professores, em grande maioria o professor regente, precisam estar preparados para entenderem as necessidades e possibilidades cognitivas, sociais e motoras de cada faixa etária dos seus alunos.
Na BNCC a Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história.
De acordo com a BNCC as crianças devem estar imersas em um ambiente que possibilite enriquecer a experiência de vida, através de práticas lúdicas que visem a formação integral do aluno.
Segundo Piccolo (1993, p. 08): 
O principal papel do professor, através de suas propostas, é o de criar condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de pensamento e ação. Assim, poderá se pensar numa Educação Física comprometida com a formação integral do indivíduo. Dessa forma, pode-se enfatizar o papel relevante que a Educação Física tem no processo educativo. O que, na verdade, ameaça a existência desta disciplina nas Escolas é a sua falta de identidade.
A identidade do professor de Educação Física deve ser conquistada não somente com mudança de práticas em sala de aula, mas principalmente com a construção coletiva de documentos que regem a prática nas escolas. Um dos documentos que norteiam a s práticas educacionais é o Projeto Político Pedagógico (PPP). É nele que estão previstos os trabalhos administrativos e pedagógicos de cada Unidade Escolar, tendo como meta de proposta construir uma escola democrática. O PPP deve ser construído coletivamente por toda comunidade escolar (Pais de alunos, professores, funcionários de apoio, equipe técnica e gestão). 
O que durante muito tempo se viu foi à falta de participação do professor de Educação Física no processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico, e o motivo deve ser atribuído a falta de vez e voz que esse profissional teve durante um longo processo educativo. Só de constrói identidade efetivando o trabalho e se mostrando importante para o processo de ensino-aprendizagem. 
METODOLOGIA
Para a execução da atividade foram necessárias diversas aulas e metodologias diferenciadas. Onde o professor irá solicitar o material necessário antes das aulas e confeccionar com os alunos. 
1 - Familiarização dos alunos com o material do jogo; 2 - Reconhecimento das regras; 3 - O “jogo pelo jogo” – jogar para garantir regras; 4 – Intervenções pedagógicas verbais (questionamentos e observações feitas pelo professor durante o jogo com o objetivo de fazer com que o aluno analise suas jogadas); 5 - Registro do jogo; 6 - Intervenção escrita (problematização de situações de jogo) 7 - Jogar com competência. Porém, é necessário realizar boas intervenções pedagógicas durante o jogo para garantir a aprendizagem dos conceitos pelos alunos, elevando o seu nível de desenvolvimento.
Jogos e Brincadeiras
Jogo da velha, jogos dos pontos, dama, jogo da amarelinha, brincadeiras de corda, voleibol, mãe de rua, coelhinho sai da toca, cabo de guerra, malabares com bexigas dançantes, pega-pega, xadrez, xadrez gigante, combate, continue desenhando, handcones, dança da cadeira, morto vivo, pinga bola, stop, corrida do jokempô, esgrima-agilidade, esgrima luta imaginária, esgrima–jornal, jogos de oposição, jogos matemáticos, nunca três, pinga-bola, pipa, júri simulado, handebol sabonete, gato e rato, boliche, pular elástico, queimada congelada, queimada maluca, seguindo o chefe, stop, silabas e palavras, voleibol com balões.
1º momento: os alunos entraram em contato com o material do jogo, identificando peças já conhecidas, por exemplo, tampinhas, dados, cartelas, cartas, peões, tabuleiros, etc. e realizaram imitação e simulações jogadas, como ficou claro principalmente com o uso de cartas. 
2º momento: foram apresentadas as regras de alguns jogos (um jogo de cada vez em diferentes dias). Em alguns jogos, houve crianças que já conheciam o jogo de casa e puderam explicar a seu modo, para o amigo.
3º momento: por vezes os alunos jogavam sem nenhuma intervenção, apenas assimilando o jogo à sua maneira numa atitude ativa de exploração e reforço das regras pelos próprios colegas.
4º momento: em algumasrodadas, me sentava com um grupo para acompanhá-los dando pistas de que naquele jogo havia mais possibilidades de ação, como foi o caso do jogo do “pontinho”, onde algumas oportunidades de fechar o quadrado passavam despercebidas pelas crianças. 
5º momento: foi registrado alguns dos jogos de tabuleiros em papel xerocado, outros eram levados como “para casa” para serem jogados com a família e posteriormente foram observados em sala pelos próprios colegas e pelo professor. 
6º momento: retomamos os passos do 4º momento, com observações e registros escritos dos avanços obtidos pelos alunos em relação aos limites e possibilidades. 
7º momento: neste momento alguns alunos já jogavam com mais autonomias e interessando mais por aqueles que tinham maior domínio
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto
	Período
	1 – Planejamento
	Uma semana
	2 – Execução 
	1 mês (2 aulas por semana)
	3 - Avaliação
	No período das aulas
 
RECURSOS 
Corda, bexiga, bola, elástico, fita crepe, jornal, cola, folha de seda, bambu, linhas, crepom, barbante, tintas, revistas, celular para gravar algumas brincadeiras, internet, giz de cera, tinta guache, tesoura, cola, lápis de cor, papéis diferenciados, pincel, música CD, garrafa pet, cordão de nylon, palito de churrasco, tampinha de garrafa, livros de história, retalho de E.V.A, lápis preto, borracha, apontador; folha de A4, caixa de papelão, papel pardo, professores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e a família.
10 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem dentro do projeto irá acontecer durante a execução das atividades propostas.
Segundo Perrenoud (1999, p. 12),
A avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos”. Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.
Durante o processo de avaliação, o professor terá uma tabela onde terão listadas as tarefas e os nomes dos alunos e cada tarefa terá um objetivo a ser atingido e o aluno será avaliado de acordo com o seu desempenho no decorrer da execução da tarefa.
Essa avaliação acontecerá de maneira individual e coletiva, abordando os critérios de interação em grupo. Através da observação individual e coletiva de todos os alunos o professor notará aqueles que não conseguiram realizar alguma tarefa durante todo o projeto.
Conforme diz Russo (2012, p. 12),
É fundamental repensar conceitos, avaliar e mudar a visão da educação segundo a qual a escola se dirige, ou deve-se dirigir, a quem não sabe nada. Conseguiremos mudar essa percepção se mudarmos nossa prática em sala de aula, partindo da certeza de que a escola se dirige a quem já tem algum conhecimento. Nosso objetivo primordial deve ser o de atender todos os alunos, inclusive aqueles que chegam em condições menos favoráveis, auxiliando-os a se tornarem cidadãos críticos e reflexivos, com condições de ter acesso aos saberes elaborados socialmente.
O professor deverá ter cuidado e sensibilidade para entender que nem todos os alunos aprendem na mesma velocidade e tempo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto apresentado mostra a importância das brincadeiras no processo de aprendizagem dos alunos do 1º Ano do Ensino Fundamental. Visto que os alunos interpretam de maneira que ao sair da educação infantil não terão mais seu momento de brincar ou de ludicidade. 
Segundo DALLABONA e MENDES (2004, p. 69),
Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.
Apesar da obrigatoriedade da atuação do profissional de Educação Física nas turmas do Ensino Fundamental ainda não existe na prática esse profissional atuando e ainda fica a cargo do professor da turma a tarefa de aplicar o conteúdo dessa disciplina aos seus alunos.
Resultando assim na falta desta recreação. Sendo utilizada como “moeda de troca”, para os alunos que realizarem as atividades das outras disciplinas de modo correto, não ocorrendo assim, os alunos não terão esse momento recreativo. 
Através desse projeto o professor compreenderá a importância do lúdico não só para os alunos, mas também na interação da família na escola. A criança aprende a exercer seu direito de brincar, por meio de jogos e brincadeiras que seus pais e/os avós brincavam em sua infância. 
Durante a elaboração desse projeto pude perceber que apesar de muitas vezes os profissionais de Educação Física serem vistos como menos importantes e que as aulas dessa disciplina são como passatempo ou momento de descanso no intervalo das demais aulas, me fez querer realizar esse projeto como uma maneira de mostrar que a Educação Física é uma disciplina indispensável durante o processo de aprendizado. E que se pode aprender brincando através de brincadeiras direcionadas. 
Concluo esse projeto com sentimento de realização do dever cumprido e com perspectivas de redimensionar os indicadores da aprendizagem, possibilitando o conhecimento e aprendizagem de várias habilidades.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. vol. 1. Brasília 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf Acesso em: 08 de set. 2022.
DALLABONA, Sandra Regina. MENDES, Sueli Maria Schmitt. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. Vol. 1 n. 4 - jan. Mar./2004 ISSN 1415-6396.
MODESTO, Monica Cristina; RUBIO, Juliana de Alcântara Silveira. A importância da ludicidade na construção do conhecimento. Disponível em: http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Monica.pdf Acesso em: 11 de set. de 2022.
MOTA, Nelcileide Orgina; MARQUES, Maria Rosa Moreira Vieira; ASSIS, Marcelo de; SILVA, Patrícia Oliveira da; LEÃO, Aparecida Peghin; PEGHIN, Elex Sandra Pereira. A importância de brincar nos anos iniciais da escola como fonte de aprendizagem. Papel fundamental do professor de Educação Física. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd212/a-importancia-de-brincar-nos-anos-iniciais.htm Acesso em: 11 de set. 2022.
PIRES, Eliene Santos Silva Macedo; FIDELES, Gildeny de Carvalho; MARTINS, Ranniery Fernandes Militão. Brincando também se aprende, o lúdico como ferramenta pedagógica. Cadernos Camilliani, Cachoeiro de Itapemirim – ES, v 15, n. 1, p. 41-56, abril. 2018.
POLONIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Revista de Psicologia Escolar e Educacional, 2005 Volume 9 Número 2 303-312. 
ROMERA, Liana; RUSSO, Cristina; BUENO, Regiane E.; PADOVANI, Adriana; SILVA, Ana Paula C.; SILVA, Camila R. da; ABREU, Gisele de; BINI, Íris; CAMPOS, Priscila B.; SILVA, Patrícia Duarte da. O lúdico no processo pedagógico da educação infantil: importante, porém ausente. Movimento, vol. 13, núm. 2, maio-agosto, 2007, pp. 131-152 Escola de Educação Física Rio Grande do Sul, Brasil.
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