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Abrangência das ações de saúde 
 
 
 
 
 
Eduarda Oliveira Cochito 
SUS 2020 
Medicina Uniderp TXXIV 
 
 
 
 
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Eduarda Oliveira Cochito 
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 Linha do tempo com principais marcos da saúde ---------------------------------------------- 5 
 Resumo principais fatos ------------------------------------------------------------------------------ 9 
 Reforma Sanitária ------------------------------------------------------------------------------------ 12 
 
 SUS (leis e diretrizes) --------------------------------------------------------------------------------- 13 
- Princípios doutrinários e organizativos --------------------------------------------------------- 14 
- Lei 8080, 8142 e decreto 7508 -------------------------------------------------------------------- 15 
- Portaria 2436/17 ------------------------------------------------------------------------------------- 16 
 
 Conferência de saúde -------------------------------------------------------------------------------- 19 
 
 Conselhos de saúde ---------------------------------------------------------------------------------- 20 
- Nacional ----------------------------------------------------------------------------------------------- 23 
- Estadual e Municipal –------------------------------------------------------------------------------ 25 
 
 Controle Social no SUS ------------------------------------------------------------------------------- 26 
 NOBs ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 
 Decreto 7508/11 -------------------------------------------------------------------------------------- 32 
 
 Financiamento do SUS ------------------------------------------------------------------------------ 33 
 Critérios de financiamento ------------------------------------------------------------------------- 36 
- Portaria 2979/19 ------------------------------------------------------------------------------------- 38 
 
 Fiscalização, Acompanhamento e Controle ---------------------------------------------------- 40 
 
 Pactos pela Saúde 
- Pacto pela vida e Pacto em defesa do SUS ----------------------------------------------------- 42 
- Pacto pela gestão ------------------------------------------------------------------------------------ 43 
 
 Blocos de financiamento ---------------------------------------------------------------------------- 44 
 
 Atenção Básica ---------------------------------------------------------------------------------------- 46 
- Atributos APS ----------------------------------------------------------------------------------------- 48 
- Responsabilidade das esferas do governo ----------------------------------------------------- 50 
 
 Medicina de Família e Comunidade -------------------------------------------------------------- 51 
 
 Saúde na Hora ----------------------------------------------------------------------------------------- 52 
 
 ESF -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 
- Atribuição dos profissionais ----------------------------------------------------------------------- 54 
 
 NASF ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 58 
 
 
 
 
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- Ferramentas tecnológicas ------------------------------------------------------------------------- 60 
- PST ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 62 
 
 Tecnologias de saúde -------------------------------------------------------------------------------- 64 
 Demandas de Saúde ---------------------------------------------------------------------------------- 67 
 
 Processo de trabalho em saúde ------------------------------------------------------------------- 68 
 Planejamento estratégico em saúde ------------------------------------------------------------- 70 
- Planejamento estratégico operacional e Plano de ação ------------------------------------ 72 
- Importância da equipe multiprofissional na USF --------------------------------------------- 75 
 
 Características de qualidade dos serviços de saúde ------------------------------------------ 75 
 
 Sistemas de saúde CA, EUA, CU, CL, ARG, FRA, ING ------------------------------------------ 77 
 
 RAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 79 
- Fundamentos ----------------------------------------------------------------------------------------- 81 
- Elementos constitutivos --------------------------------------------------------------------------- 82 
- Componentes que estruturam as RAS ---------------------------------------------------------- 84 
 
 Rede cegonha ------------------------------------------------------------------------------------------ 86 
- Diretrizes, princípios e objetivos ----------------------------------------------------------------- 89 
- Processo de atendimento do pré e pós-parto ------------------------------------------------- 90 
 
 Problemas de saúde da população indígena e não indígena ------------------------------ 92 
 
 Sistema de saúde indígena 
- SESAI ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 93 
- DESEI --------------------------------------------------------------------------------------------------- 94 
- Polo Base ---------------------------------------------------------------------------------------------- 96 
- CASAI --------------------------------------------------------------------------------------------------- 97 
 
 Distribuição demográfica dos povos indígenas do MS -------------------------------------- 97 
 Linha do tempo do sistema de saúde indígena ------------------------------------------------ 99 
 
 
 Atendimento da criança indígena e encaminhamento ------------------------------------ 101 
 
 Causas de mortalidade infantil indígena e não indígena (evitáveis e não evitáveis) 
101 
 
 Responsabilidade dos médicos que trabalham na saúde indígena --------------------- 103 
 
 
 
 
 
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 Coeficiente de mortalidade infantil ------------------------------------------------------------ 104 
- TMI ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 106 
- Coeficiente de mortalidade neonatal --------------------------------------------------------- 106 
- Coeficiente de mortalidade pós-neonatal/infantil tardia --------------------------------- 107 
- Coeficiente de mortalidade materna ---------------------------------------------------------- 107 
- SINSASC ---------------------------------------------------------------------------------------------- 108 
 
 Intervenções para redução de mortalidade infantil ---------------------------------------- 109 
 
 Principais causas das mortes maternas -------------------------------------------------------- 110 
 
 Propostas das 3 esferas para reduzir a mortalidade materna ---------------------------- 112 
 
 Comitê de mortalidade materna e infantil (DO) --------------------------------------------- 112 
 
 SIM ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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➢ Resumo feito pelos objetivos da tutoria 
LEGISLAÇÕES SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PB1 – VIDA DANADA 
 
 ELABORAR UMA LINHA DO TEMPO COM OS PRINCIPAIS MARCOS DA SAÚDE 
(ECONOMIA / POLÍTICA / SOCIAL). DESDE O DESCOBRIMENTO DO PAÍS ATÉ OS 
DIAS ATUAIS (BÁSICO - SUS) 
 
 
 
 
 
 
 
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➢ Resumo principais fatos 
 
1986 - 8 Conferência de Saúde 
↳ Formulação de um novo sistema de saúde. 
↳ Primeira conferência que contou com a participação popular. 
 
1988 - Constituição Federal 
↳ Criação do SUS. 
 
1990 
↳ Lei 8080 - dispõe para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes. 
↳ Lei 8142 - dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as 
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. 
 
1991 
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
 ↳ Considerado um programa de transição para o PSF 
 ↳ O programa foi inspirado em experiências de prevenção de doenças por meio de 
informações e de orientações sobre cuidados de saúde 
 ↳ As ações desse programa se dão por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) 
→ O ACS e seu trabalho na comunidade 
Cadastramento 
Diagnóstico 
Microáreas de risco 
 Mapeamento 
 
NOB - Norma Operacional Básica 
 
↳ As NOBs definem as competências de cada esfera de governos e as condições necessárias 
para que estados e municípios possam assumir as responsabilidades dentro do sistema 
↳ Embora o documento que formaliza a norma seja uma portaria do Ministério de Saúde, o 
seu conteúdo é definido de forma pactuada entre o Ministério de Saúde e representantes dos 
Conselhos 
↳ O município não queria ser municipalizado, não queria assumir as responsabilidades pois 
não saberia se teria dinheiro para arcar com essas - que é a ATENÇÃO BÁSICA. Então surgiu a 
primeira NOB. 
↳ Ser municipalizado dentro do SUS é: 
 ✓ Criação dos Conselhos Municipais de Saúde 
 ✓ Criação do Fundo Municipal de Saúde 
 ✓ Plano Municipal de Saúde 
 ✓ Planejamento e detalhamento do plano de saúde 
 
 
 
 
 
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NOB 91 - incentiva o município a ser municipalizado 
 
 ✓ Criação da AIH - Autorização de Internação Hospitalar 
 ✓ Criação do SIH - Sistema de Informação Hospitalar 
 ✓ Criação do FEM - Fator de Estímulo a Municipalização 
 ✓ Instituiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial, destinada a reajustar os valores ao Estados, 
Distrito Federal e Municípios 
 
1993 
NOB 93 - Municipalização é o caminho 
✓ Formalizou os princípios formalizados na 9 Conferência Nacional de Saúde (1992). 
✓ Início do processo de municipalização = habilita alguns municípios = cria a transferência 
regular e automática fundo a fundo. 
✓ Define o papel do Estado como gestor do sistema estadual de saúde. 
✓ São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT), como 
importantes espaços de negociação, articulação, integração entre gestores. 
- O processo de articulação entre os gestores do SUS, nos diferentes níveis do Sistema, ocorre, 
preferencialmente, em dois colegiados de negociação: 
 
1. CIB e Conselho Nacional de Secretários de Saúde 
2. Conselhos Nacionais de Secretários Municipais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde 
3. CIT e Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde 
4. CIB e CIT 
5. Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselhos Nacionais de Secretários Municipais 
de Saúde 
 
1994 - Programa de Saúde da Família (PSF) 
✓ Estratégia de reorganização e reorientação do modelo tecnoassistencial de saúde, tendo 
como proposta ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. 
 
1996 - NOB 96 
✓ Promoveu um avanço no processo de descentralização, caracterizando as 
responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo as 
competências de Estados e Municípios. 
✓ Criação do PAB (Piso Assistencial Básico) - destina-se, principalmente, ao custeio de 
procedimentos e ações da assistência básica 
PAB fixo - repasse mensal 
PAB variável - incentivo destinado à ações e programas: 
PSF 
ACS 
Saúde Bucal 
Compensação de especificidades regionais 
Saúde Indígena 
 
 
 
 
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Saúde no Sistema Penitenciário 
✓ Reorganiza a gestão dos procedimentos de alta complexibilidade ambulatorial 
✓ Incorpora as ações de vigilância sanitária 
✓ Incorpora as ações de epidemiologia e controle de doenças 
✓ Promove à ampliação de cobertura do PSF e PACS 
 
- Com essa NOB os municípios e estados podem habilitar-se em duas condições: 
1.Municípios 
Gestão plena da atenção básica 
Gestão plenas do sistema municipal 
 
2. Estados 
Gestão avançada do sistema estadual 
Gestão plena do sistema estadual 
 
 
2001 - Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS) 
Tendo em vista os problemas na implementação da NOB 96 estabeleceu-se um amplo 
processo de discussão entre os gestores, que resultou na publicação da NOAS, cujo objetivo 
é promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e 
serviços de saúde em todos os níveis de atenção. 
Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de 
saúde e de busca de maior equidade. 
 
2002 - Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família - PROESF 
✓ Contribuir para a expansão e consolidação da ESF nos municípios com mais de 100 mil 
habitantes. 
 
2006 
Pacto pela saúde 
✓ A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e 
União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG). O TCG substitui os processos de 
habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e 
compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. Entre as 
prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle 
das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da 
mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. 
✓ As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também 
foram modificadas pelo Pacto pela Saúde, passando a ser integradas em cinco grandes 
blocos de financiamento (Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, 
Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS) 
✓ Revisão das normativas do SUS com intuito de substituir as NOB’s e possui 3 
vertentes: Pacto pela vida, Pacto em defesa do SUS, Pacto de gestão do SUS 
 
 
 
 
 
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2016 - Emenda 95 (PEC da morte) 
Enfraquece e limita os investimentos em políticas sociais, fragilizando toda a rede de proteção 
social. 
 
⇒ Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 
 
⤷ Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo. 
⤷ Abrange a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde. 
⤷ Tem o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e 
autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. 
 
✓ Princípios e Diretrizes da AB 
 
 
 
DESCREVER A REFORMA SANITÁRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA MODIFICAÇÃO DO 
MODELO DE SAÚDE DO PAÍS 
 
- No fim da déc. 70 o país convivia com a crise oriunda da política de endividamento do regime 
militar, dos choques do petróleo – 1973 e 1979 – e do aumento dos juros promovidos pelo 
Federal Reserve norte-americano, o aumento da divida externa fez com que o Brasil assinasse 
um acordo com o FMI que continha uma série de exigências desfavoráveis ao país, como a 
liberalização da economia e o controle do déficit público. Tais determinações tiveram forte 
impacto recessivo sobre a economia, contribuindo para o crescimento da insatisfação social 
com o regime militar e para o surgimento do Movimento das Diretas Já, entre 1983 e 1984. A 
distensãoocorrida no final dos anos 1970 também possibilitou o desenvolvimento de 
movimentos sociais, que tiveram importante atuação na gênese desse processo. O 
movimento popular pela saúde e o movimento dos médicos foram os principais, ambos 
 
 
 
 
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tiveram grande importância na ampliação da discussão sobre a reforma da saúde, 
contribuindo para a formatação do movimento sanitário. 
 
- A partir da déc.80 consolida-se a ideia da necessidade de aproximação coordenada ou fusão 
de medicina previdenciária e saúde pública. A resposta dos técnicos do Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) para a crise materializou-se em medidas 
que buscavam diminuir as despesas com os contratos com o setor privado e ampliar as ações 
do setor público. O principal conjunto dessas medidas foi denominado Ações Integradas de 
Saúde (AIS) que, com base em mecanismos de regionalização e hierarquização, procurou 
interligar a rede pública nas esferas federal, estadual e municipal. Tais iniciativas começaram 
a alterar a lógica do sistema vigente, antecipando as propostas institucionais da reforma 
sanitária do fim dos anos 1980 (o contexto de crise econômica e democratização nos anos 
1980 havia contribuído para o debate político da saúde no período de consolidação dos 
princípios do SUS - equidade, integralidade e universalidade). 
- O termo “Reforma Sanitária” foi usado pela primeira vez no país em função da reforma 
sanitária italiana. A expressão ficou esquecida por um tempo até ser recuperada nos debates 
prévios à 8ª Conferência Nacional de Saúde, quando foi usada para se referir ao conjunto de 
ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. 
No início das articulações, o movimento pela reforma sanitária não tinha uma denominação 
específica. Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o campo da saúde. Em uma 
reunião na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, esse grupo de pessoas 
foi chamado de forma pejorativa de “partido sanitário”. Apesar disso, o grupo não se 
constituía como partido, sua mobilização era mais ampla, sendo considerada uma ação social. 
o movimento da reforma sanitária nasceu dentro da perspectiva da luta contra a ditadura. 
- A 8ª Conferência Nacional de Saúde reuniu, pela primeira vez, mais de quatro mil pessoas, 
das quais 50% eram usuários da saúde. A partir da conferência, saiu o movimento pela 
emenda popular, a primeira emenda constitucional que nasceu do movimento social. Nessa 
conferencia foi apresentado o documento chamado Saúde e Democracia definindo com 
clareza o dever do Estado e a função complementar da saúde privada; a ideia de que a saúde 
deve ser planejada com base nas conferências; a formalização dos Conselhos de Saúde como 
parte do SUS, tendo 50% de usuários; e a formação da Comissão Nacional da Reforma 
Sanitária, que transformou o texto da constituinte na Lei Orgânica 8080. 
EXPLICAR O SUS (DIRETRIZES; PRINCÍPIOS; CRIAÇÃO) - LEI 8080/90; DECRETO 
7508/11; PORTARIA 2436/17 
 
- O SUS foi estabelecido na Constituição de 88 e é fundado pela Lei orgânica de Saúde 
 
- Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem 
discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou 
 
 
 
 
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a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde 
com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde. 
 
- A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três 
entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla 
e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta 
complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços 
das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. Ele é 
composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a Constituição 
Federal. Cada ente tem suas corresponsabilidades 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS 
 
- Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado 
assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as 
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou 
pessoais. 
- Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas 
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades 
distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, 
investindo mais onde a carência é maior. 
- Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as 
suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da 
saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de 
integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar 
uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e 
qualidade de vida dos indivíduos. 
 
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS 
 
- Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes 
de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de 
critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A 
regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o 
comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de 
atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida 
pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. 
 
 
 
 
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- Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade 
entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar 
serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. 
No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, 
devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe 
a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e 
soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da 
sociedade. 
- Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, 
devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, 
controlar e avaliar a execução da política de saúde. 
- Resolubilidade: Quando o individuo busca atendimento o serviço de saúde deve estar 
capacitado para atende-lo e resolver o problema de acordo com seu nível de competência. 
 
LEI 8080/90 - LEI ORGÂNICA DE SAÚDE 
 
- Define as diretrizes para organização e funcionamento do Sistema de Saúde brasileiro 
- Dispõe sobre as condições para a promoção, prevenção, e recuperação da saúde. Sempre 
garantindo o acesso universal de forma integral, promovendo a igualdade sem privilégios ou 
preconceitos e também o direito ao acesso de informações 
- A Lei 8.080 deu origem ao SUS. No entanto, é a 8.142 que dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do mesmo e sobre os principais aspectos relacionados aos recursos 
financeiros. 
 
LEI 8142/90 
 
- Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde 
- A partir deste marco legal, foram criados os Conselhos eas Conferências de Saúde como 
espaços vitais para o exercício do controle social do SUS. 
 
• Decreto 7508/11 
- Regulamenta a Lei Orgânica da Saúde - 8.080/90 para dispor sobre a organização do Sistema 
Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação 
 
 
 
 
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interfederativa, e dá outras providências. Conforme já estabelecido na Lei supracitada, o SUS 
deve ser organizado de forma regionalizada e hierarquizada. 
- O Decreto cria as Regiões de Saúde, que reitera a regionalização com princípio organizativo 
do SUS. Cada região deve oferecer serviços de atenção primária, urgência e emergência, 
atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em 
saúde. 
- Em relação à hierarquização, o Decreto estabelece que as portas de entrada do SUS, pelas 
quais os pacientes podem ter acesso aos serviços de saúde, são: de atenção primária; de 
atenção de urgência e emergência; de atenção psicossocial e, ainda, especiais de acesso 
aberto. 
- O Decreto também define quais são os serviços de saúde que estão disponíveis no SUS para 
o atendimento integral dos usuários, através da Relação Nacional de Ações e Serviços de 
Saúde - RENASES, que deve ser atualizada a cada dois anos. 
 
• Portaria 2436/17 
 
- Estabelece a revisão de diretrizes para a organização da atenção básica (AB) no SUS 
 
- Art. 2º da Portaria 2.436/2017 apresenta o seguinte conceito de AB: “é o conjunto de ações 
de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em 
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada 
com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as 
equipes assumem responsabilidade sanitária” 
 
- Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão 
da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único 
de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção 
Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS. 
 
- A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção 
Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a 
associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. 
- §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, 
coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
 
 
 
 
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- São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: 
I - Princípios: universalidade, equidade e integralidade 
II - Diretrizes: regionalização e hierarquização, territorialização, população adstrita, cuidado 
centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do cuidado, 
ordenação da rede, participação da comunidade 
- Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da Atenção Básica. 
- Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 
meses do ano. 
- População adstrita por equipe de Atenção Básica (EAB) e de Saúde da Família (ESF) de 2.000 
a 3.500 pessoas 
 
 
➢ Leis Orgânicas da Saúde: 
8.080 de 19/09/90: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras 
providências. Detalha a competência e as atribuições da direção do SUS em cada esfera 
Nacional, Estadual e Municipal. Promoção, proteção, recuperação da saúde, organização e 
funcionamento dos serviços. 
8.142 de 28/12/90: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único 
de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área 
da saúde e dá outras providências. 
➢ Decreto 7508/11 
 Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do 
Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação 
interfederativa. 
➢ Lei 12. 401 de 28/04/11 
Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a assistência terapêutica 
e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. 
➢ Lei complementar 141 /11 
 Valores mínimos a serem aplicados, critério de rateio dos recursos de transferência para 
saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde. 
 
 
 
 
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CONCEITUAR HAS E SEUS VALORES DE REFERÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PB2 - “QUEM PAGA A CONTA?” 
 
DESCREVER OS CONSELHOS E CONFERÊNCIAS DE SAÚDE DE CADA ESFERA 
(MUNICÍPIO, ESTADO, UNIÃO) DO GOVERNO (FUNÇÕES, MEMBROS, 
FUNCIONAMENTO) 
 
 
 
 
CONFERÊNCIA DE SAÚDE 
 
- É o fórum que reúne todos os segmentos representativos da sociedade, um espaço de 
debate para avaliar a situação de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de 
saúde nas três esferas de governo. É convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de 
saúde, quando 50% + 1 dos integrantes desse fórum conclamam a conferência. Acontece de 
4 em 4 anos. É realizada pelas esferas municipal, estadual e federal. É o espaço de debate, 
formulação e avaliação das políticas de saúde. 
 
 
 
 
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- Artigo 1º da lei 8142/90: I - a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com 
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as 
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo 
Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde; (...)”. 
 
- Artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937 = Início do debate periódico e sistemático 
sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de formulação de políticas para a área nas 
esferas de gestão municipal, estadual e nacional; 
 
- Lei nº 8.142: Estabeleceu-se uma periodicidade de 4 anos para a realização das Conferências; 
 
- Tem como objetivo principal avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para a 
formulação de novas políticas de saúde em todos os níveis de gestão; 
 
CONSELHOS DE SAÚDE 
 
- O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter 
permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias 
e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos 
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder 
legalmente constituído em cada esfera do governo. 
- Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê 
suporte ao seu funcionamento 
- O número de conselheiros será indicado pelos plenários dos conselhos de saúde e das 
conferências de saúde, devendo ser definido em lei (municipal, estadual e federal). 
- Onde atua o Conselho de Saúde: Na formulação de estratégias e no controle da execução 
da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. O conselho analisa e 
aprova o plano de saúde. Analisa e aprova o relatório de gestão. Informa a sociedade sobre a 
sua atuação. 
Obs: Os conselhos não são órgãos responsáveis pela gestão ou execução de serviços e, por 
isso, não têm responsabilidade direta sobre a prestação dos serviços de saúde. Essa tarefa 
cabe diretamente aoPode Público, nas 3 esferas do governo. Um Conselho é um órgão 
colegiado, ou seja, é composto por representantes de diferentes grupos da sociedade, sendo 
50% usuários do SUS; permanente, isto é, tem sua existência garantida em qualquer 
circunstância, para ser extinto deve haver uma lei; e é deliberativo, ou seja, tomam decisões 
que devem ser cumpridas pelo Poder Público. 
 
 
 
 
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 Além dos Conselhos Municipais, Estaduais e o Federal existem os: 
- Conselhos locais de saúde: Possibilitam a proximidade entre a comunidade e os serviços de 
saúde e as demais organizações do bairro. 
- Conselhos de saúde distritais: Cuidam de uma região ou de um distrito sanitário com uma 
ou mais unidades de saúde e uma ou mais comunidades que guardam entre si identidade 
geográfica, socioeconômica e epidemiológica. 
 
- Portaria 453/12: estabelece diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e 
funcionamento dos Conselhos de Saúde e revoga a Resolução nº 333/2003 
• Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre 
gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS 
 
 
 
 
 
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• Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre 
gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS 
 
 
 
✓ Deve possuir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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✓ Tipos de deliberações: 
 
- Resolução: Decisão de caráter geral, devem ser obrigatoriamente homologadas pelo Poder 
Executivo em até 30 dias 
 
- Recomendação: Sugestão, advertência ou aviso a respeito do conteúdo ou da forma de 
execução de uma política ou ação de saúde. 
- Moções: Manifestação de aprovação, reconhecimento ou repúdio de determinado assunto 
ou fato. 
 
 
 
✓ Comissões e conselhos de saúde 
 
CONASS - Conselho de Secretário da Saúde 
Entidade representante das secretarias estaduais de saúde e do DF 
Integra a CIT e atua em prol de ações e serviços de saúde 
 
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
Entidade representante das secretarias municipais de saúde 
Integra a CIT e atua em prol de ações e serviços de saúde 
 
COSEMS - Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde 
Representação estadual dos Conasems 
Integra a CIB 
Articula e mobiliza os secretários municipais para o intercâmbio de experiências e 
fortalecimento das políticas de saúde 
 
CONSELHO NACIONAL 
 
- O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros(as) titulares e seus respectivos 
primeiro e segundos suplentes. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição 
do Conselho é definida da seguinte forma: 
 
 
 
 
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1. Entidades e Movimentos Sociais de Usuários do SUS; 
2. Entidades Nacionais de Profissionais de Saúde/Comunidade Científica na Área da 
Saúde; 
3. Entidades Nacionais de Prestadores de Serviços de Saúde e das Nacionais com 
Atividades na Área da Saúde; 
4. Segmento do Governo Federal. 
- 50% dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do 
SUS, escolhidos em processo eleitoral direto; A fim de manter equilíbrio dos interesses 
envolvidos, a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50% de entidades e movimentos 
representativos de usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25% devem 
ser gestores e prestadores de serviço. Qualquer pessoa pode presidir o Conselho de Saúde, 
desde que seja conselheiro e participe do processo de eleição deste colegiado. 
 
✓ Atribuições específicas: 
 
• Formulação de estratégias e no controle da execução da Política Nacional de Saúde, na 
esfera do Governo Federal, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros 
• Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em razão das 
características epidemiológicas e da organização dos serviços 
 
• Elaborar cronograma de transferência de recursos financeiros aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, consignados ao SUS 
 
• Aprovar os critérios e os valores para remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura 
de assistência 
 
• Propor critérios para a definição de padrões e parâmetros assistenciais 
 
• Acompanhar e controlar a atuação do setor privado da área da saúde, credenciado mediante 
contrato ou convênio 
 
• Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e - tecnológica na 
área de saúde, visando à observação de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento 
sociocultural do País 
 
• Articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino 
superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais 
 
• Fortalecer a participação e o controle social no SUS. 
 
 
 
 
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CONSELHO ESTADUAL 
 
- Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito estadual 
 
✓ Atribuições específicas: 
 
• Formulação de estratégias e controle da execução das políticas de saúde, inclusive em 
aspectos econômicos. 
• Deliberar sobre: 
 
- Política de saúde do estado; 
- Direção estadual do SUS; 
- Regimento interno 
CONSELHO MUNICIPAL 
 
- Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito municipal; 
- Deve receber trimestralmente a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde feita pelo 
gestor municipal de saúde; 
- Deve aprovar o Plano Municipal de Saúde e Relatório de Gestão; 
- Deve conhecer as necessidades da comunidade e do município, a fim de aumentar a 
resolubilidade das ações em saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONHECER O PAPEL DA POPULAÇÃO (QUEM PARTICIPA) NO GERENCIAMENTO DO 
SUS 
 
- A legislação federal (Constituição Federal, Art. 198, inciso III e Lei 8.080/90, Art. 7º, inciso 
VIII) estabeleceu as normas gerais que orientam a participação da comunidade na gestão do 
SUS por meio das Conferências e dos Conselhos de Saúde, regulamentados pela Lei 8.142/90, 
Art. 1º - parágrafos 1 a 5. 
 
- Os gestores do SUS são os representantes de cada esfera de governo designados para o 
desenvolvimento das funções do Executivo na saúde, a saber: no âmbito nacional, o Ministro 
da Saúde; no âmbito estadual, o Secretário de Estado da Saúde; e no municipal, o Secretário 
Municipal de Saúde 
 
 
 
 
 
 
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➢ ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DECISÓRIA DO SUS: 
 
 
 
 
 
 
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EXPLICAR O REPASSE/ FINANCIAMENTO DO SUS PARA CADA ESFERA, VALORES E 
COMO É CALCULADO; PARA QUE É USADO; SE É USADO CORRETAMENTE; QUEM 
FISCALIZA; ORGANIZAÇÃO DESSE FINANCIAMENTO 
 
- NOBs: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Decreto nº 7508/11 
 
Dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a 
articulação interfederativa, possibilitando o aprimoramento do Pacto Federativo. Passou a 
exigir uma nova dinâmica na organização e gestão do sistema de saúde, sendo a principal delas 
o aprofundamento das relações interfederativas e a instituição de novos instrumentos, 
documentos e dinâmicas na gestão compartilhada do SUS 
 Cria as Regiões de Saúde, que reitera a regionalização com princípio organizativo do SUS. 
Cada região deve oferecer serviços de atenção primária, urgênciae emergência, atenção 
psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em saúde. 
Em relação à hierarquização, o Decreto estabelece que as portas de entrada do SUS, pelas 
quais os pacientes podem ter acesso aos serviços de saúde, são: de atenção primária; de 
atenção de urgência e emergência; de atenção psicossocial e, ainda, especiais de acesso 
aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
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Para que o Plano de Saúde possa ser executado, é necessário que esteja alinhado com o Plano 
Plurianual (PPA), que é o instrumento que materializa as políticas públicas traduzindo-as em 
Diretrizes, Programas, Ações e Metas a serem implementadas num período de 4 anos. 
 
FINANCIAMENTO 
 
- A EC nº 29 determinou a vinculação e estabeleceu a base de cálculo e os percentuais 
mínimos de recursos orçamentários que a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios 
são obrigados a aplicar em ações e serviços públicos de saúde. Assegura os recursos mínimos 
para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ELUCIDAR QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS E CRITÉRIOS DO FINANCIAMENTO DO 
SUS (PRINCÍPIOS DO PACTO PELA SAÚDE E PORTARIA 3992/17) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- A demonstração da movimentação dos recursos de cada conta deverá ser efetuada, seja na 
prestação de contas, seja quando solicitada pelos órgãos de controle, mediante a 
apresentação de: 
 I - Relatórios mensais da origem e da aplicação dos recursos 
 II - Demonstrativo sintético de execução orçamentária 
III - Demonstrativo detalhado das principais despesas 
 IV - Relatório de gestão 
 
 
 
 
 
 
 
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PORTARIA Nº 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019 
 
- Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio 
da Atenção Primária à Saúde 
 
• Antes dessa portaria o financiamento da Atenção Primária era composto pelos PABs Fixo e 
Variável: 
 
- O PAB Fixo é obtido multiplicando a população residente do município pelo valor per capita. 
- O PAB Variável depende de credenciamento e implantação de estratégias e programas, tais 
como ESF, ESB e ACS, entre outros. Resumidamente, o financiamento do PAB é baseado na 
lógica per capita populacional e por adesão de estratégias. 
 
• O novo modelo de financiamento de custeio da APS é um modelo misto de pagamento que 
busca estimular o alcance de resultados e é composto pelos seguintes componentes: 
capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégias. Para 
as equipes multiprofissionais, a lógica do novo financiamento deixa de ser somente pela 
existência dos profissionais cadastrados no SCNES e passa a ser fundamentada no 
desempenho e alcance de resultados em saúde (indicadores do pagamento por desempenho). 
 
 
 
 
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1) A capitação ponderada é um tipo de repasse calculado com base no número de pessoas 
cadastradas por meio do, e sob responsabilidade das equipes de Saúde da Família ou equipes 
de Atenção Primária credenciadas. Ela considera fatores de ajuste como a vulnerabilidade 
socioeconômica, o perfil de idade e a classificação rural-urbana do município. Sistemas 
utilizado para os cadastros das pessoas acompanhadas pelas equipes: sistema de Coleta de 
Dados Simplificada (CDS), Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) ou sistemas 
próprios/terceiros. Os cadastros serão monitorados pelo Sisab. 
 
2) Para cálculo do valor do pagamento por desempenho, serão considerados os resultados 
dos indicadores alcançados pelas equipes. Para tanto, é importante que as equipes registrem 
e enviem seus dados e informações de produção, bem como organizem o processo de 
trabalho para melhoria do desempenho. 
 
- Quais serão os indicadores avaliados, bem como suas metas e valores? Os indicadores, metas 
e valores serão publicados em portaria e detalhados em Ficha de Qualificação a ser 
disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Até 2022 estão previstos 21 indicadores que 
combinarão as ações relativas a: Gestantes, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Doenças 
Crônicas, IST, TB, Saúde Bucal, Saúde Mental, Indicadores Globais 
 
3) Incentivo para ações estratégicas: O financiamento dessas ações, programas e estratégias 
continuará seguindo o regramento vigente nas portarias que os instituíram. O incentivo para 
ações estratégicas contemplará o custeio das seguintes ações programas e estratégias: 
Programa Saúde na Hora, ESB, Equipe de Consultório na Rua (ECR), ACS, entre outros. 
 
➢ Resumindo: 
 
Como ela era financiada? 
O financiamento era composto por um valor fixo (PAB Fixo), corrigido por alguns parâmetros 
(PIB per capita, percentual da população com plano de saúde, percentual da população com 
Bolsa Família, percentual da população em extrema pobreza e densidade demográfica), 
multiplicado por toda a população do município. Além dele, era pago um valor variável (PAB 
Variável) para estimular a implementação e expansão da Estratégia de Saúde da Família e 
outros programas, por exemplo, as Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Consultório na 
Rua, Agentes Comunitários de Saúde, dentre outros. 
 
O que muda com a nova portaria? 
O novo modelo publicado na portaria 2.979/19, que começa a valer a partir de 2020, busca 
estimular o alcance de resultados e é composto por capitação ponderada, pagamento por 
desempenho e incentivo para ações estratégicas. Ou seja, o financiamento será feito a partir 
do número de usuários cadastrados nas equipes de saúde, com foco nas pessoas em situação 
 
 
 
 
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de vulnerabilidade social (ao exemplo das que recebem auxílio financeiro do Bolsa Família, 
Benefício de Prestação Continuada ou benefício previdenciário no valor máximo de dois 
salários mínimos), pagamento baseado no alcance de indicadores e adesão a projetos do 
governo federal, como Saúde na Hora, de informatização, dentre outros. 
 
6) Relatar os desafios da fiscalização da saúde pública (financiamento) 
 
 
FISCALIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLE 
 
- A referência para o acompanhamento, a fiscalização e o controle da aplicação dos recursos 
vinculados em ações e serviços públicos de saúde é o Sistema de Informações sobre 
Orçamentos Públicos em Saúde do Ministério da Saúde (SIOPS) 
 
- O SIOPS é um sistema que permite, via internet, organizar e executar a coleta, o 
processamento, o armazenamento e a disseminação de informações relacionadas a receitas 
totais e despesas com ações e serviços de saúde das três esferas de governo 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCEITUAR OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO E OS PACTOS DO SUS 
 
PACTO PELA SAÚDE 
 
- Portaria 399/2006: divulga o Pacto Pela Saúde; substitui as NOBs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PACTO PELA VIDA 
 
- Constituído por um conjunto de compromissos sanitários, e das prioridades definidas pelos 
governos federal, estaduais e municipais. 
 
- Prioridades: 
• Saúde do idoso 
• Câncer do colo de útero e mama 
• Mortalidade infantil e materna 
• Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com 
ênfase na dengue, na hanseníase, na tuberculose, na malária, na influenza, na 
hepatite e na AIDS 
• Promoção da Saúde 
• Fortalecimento da ABS 
 
- A Portaria do MS nº 325/2008 criou mais cinco prioridadesno Pacto pela Vida, que 
totalizaram 11 prioridades: 
 
• Saúde do trabalhador 
• Saúde mental 
• Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com 
deficiência 
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência 
• Saúde do homem. 
 
PACTO EM DEFESA DO SUS 
 
- Envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de 
reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos; e de defender, 
vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição 
Federal. 
 
 
 
 
 
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- Prioridades: Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade 
de: 
• Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal 
garantidor desses direitos; 
• Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo 
Congresso Nacional; 
• Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para 
a saúde. 
• Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, 
explicitando o compromisso de cada uma delas. 
• Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS 
 
PACTO PELA GESTÃO 
- Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos aspectos da Descentralização; 
Regionalização; Financiamento; Planejamento; Programação Pactuada e Integrada - PPI; 
Regulação; Participação Social e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; estabelece as 
responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências 
concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o 
fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS. 
- Prioridades: 
• Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do 
SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação. 
 
• Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS com ênfase na Descentralização; 
Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; 
Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na 
Saúde. 
 
 
 
 
 
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BLOCOS DE FINANCIAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ELUCIDAR ATENÇÃO BÁSICA E QUAL A RESPONSABILIDADE DAS 3 ESFERAS 
 
- Art. 2º da Portaria 2.436/2017 apresenta o seguinte conceito de AB: “é o conjunto de ações 
de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em 
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada 
com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as 
equipes assumem responsabilidade sanitária” 
- A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção 
Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a 
associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. 
- §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, 
coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
- São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: 
I - Princípios: universalidade, equidade e integralidade 
II - Diretrizes: regionalização e hierarquização, territorialização, população adstrita, cuidado 
centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do cuidado, 
ordenação da rede, participação da comunidade 
 
✓ Funções da AB nas Redes de Saúde 
 
Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de 
descentralização e capilaridade, cuja participação social no cuidado se faz sempre necessária. 
 
Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde na perspectiva de 
ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. 
 
Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem 
como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção da RAS, 
articulando as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e 
sociais. 
 
Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua 
responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo 
para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
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✓ Funcionamento e estrutura da AB 
 
⤷ Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 dias na semana e 12 meses no 
ano 
 
⤷ População adscrita por eAB e eSF: 2000 a 3500 localizadas dentro do seu território 
 
⤷ 4 equipes por UBS (eAB ou eSF) 
 
⤷ Território com menos de 2000 hab ⟶ 1 eSF ou 1 eAB 
 
⤷ Para saber quantas equipes são necessárias ⟶ população/2000 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATRIBUTOS APS 
 
1. Primeiro contato 
- O primeiro contato pode ser definido como porta de entrada dos serviços de saúde, ou seja, 
quando a população e a equipe identificam aquele serviço como o primeiro recurso a ser 
buscado quando há uma necessidade ou problema de saúde. 
OBS: Acessibilidade X Acesso: A acessibilidade refere-se às características da oferta que 
possibilitam que as pessoas cheguem aos serviços, enquanto o acesso é a forma como as 
pessoas percebem a acessibilidade. O conceito de acesso traz consigo a ideia de não o 
restringir a entrada nos serviços de saúde, enquanto a acessibilidade diz respeito à oferta de 
serviços, à capacidade de produzir serviços e responder às necessidades de saúde de uma 
determinada população. Acessibilidade pode ser conceituada então como a capacidade do 
usuário obter cuidados de saúde sempre que necessitar e de maneira fácil e conveniente. A 
acessibilidade deve ser considerada com relação aos aspectos geográficos, organizacionais, 
socioculturais e econômicos. 
2. Longitudinalidade 
- É a continuidade do cuidado 
- Acompanhamento do usuário ao longo do tempo, na qual se espera uma relação terapêutica 
que envolva a responsabilidade por parte do profissional de saúde e a confiança por parte do 
usuário. 
 
 
 
 
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3. Integralidade 
- É um dos pilares da construção do SUS e possui 4 dimensões: primazia das ações de 
promoção e prevenção, atenção nos três níveis de complexidade da assistência médica, 
articulação das ações de promoção, proteção e prevenção e abordagem integral do indivíduo 
e das famílias 
- Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas 
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da 
saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de 
integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para 
assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na 
saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 
4. Coordenação 
- Articulação entre os diversos serviços e ações de saúde, de forma que estejam sincronizados 
e voltados ao alcance de um objetivo comum, independentemente do local onde sejam 
prestados. Objetiva ofertar ao usuário um conjunto de serviços e informações que respondam 
a suas necessidades de saúde de forma integrada, por meio de diferentes pontos da rede de 
atenção à saúde. 
- A coordenação tem maior importância relativa, já que, sem ela, o primeiro contatotornar-
se-ia uma função puramente administrativa, a longitudinalidade perderia muito de seu 
potencial e a integralidade ficaria comprometida. A atenção coordenada é justificada e 
necessária, porque é cada vez maior o número de pessoas que sofrem de mais de uma doença 
e recebem cuidados de saúde por trabalhadores de diferentes especialidades. 
5. Centralidade na família: na avaliação das necessidades individuais para a atenção integral 
deve-se considerar o contexto familiar e seu potencial de cuidado e, também, de ameaça à 
saúde, incluindo o uso de ferramentas de abordagem familiar = Implica considerar a família 
como o sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com esta unidade 
social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde. 
6. Orientação comunitária: reconhecimento por parte do serviço de saúde das necessidades 
em saúde da comunidade através de dados epidemiológicos e do contato direto com a 
comunidade; sua relação com ela, assim como o planejamento e a avaliação conjunta dos 
serviços = Implica o reconhecimento das necessidades familiares em função do contexto 
econômico, social e cultural em que vivem, o que exige uma análise situacional das 
necessidades de saúde das famílias na perspectiva da saúde coletiva. 
7. Competência cultural: adaptação das equipe e profissionais de saúde às características 
culturais especiais da população para facilitar a relação e a comunicação com a mesma. 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GOVERNO 
 
UNIÃO 
 
A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é 
o principal financiador da rede pública de saúde. Historicamente, o Ministério da Saúde 
aplica metade de todos os recursos gastos no país em saúde pública em todo o Brasil, e 
estados e municípios, em geral, contribuem com a outra metade dos recursos. O Ministério 
da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização 
dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas, 
etc.). Também tem a função de planejar, elaborar normas, avaliar e utilizar instrumentos 
para o controle do SUS 
 
 
 
 
 
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ESTADOS E DF 
 
Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve 
aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser 
um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas 
próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a 
normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do 
atendimento à saúde em seu território. 
 
MUNICÍPIOS 
 
São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território. O 
gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O 
município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a 
aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível 
municipal, respeitando a normatização federal. Pode estabelecer parcerias com outros 
municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de 
complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer. 
 
 
PB3 - O DIA A DIA DA EQUIPE DE TRABALHO 
 
DEFINIR MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE (FUNÇÕES; IMPORTÂNCIA) 
 
- A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade eminentemente clínica que 
também desenvolve, de forma integrada e integradora, práticas de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, dirigidas a pessoas, famílias e comunidades. 
- Os quatro pilares: Atenção Primária, Educação Médica, Humanismo e Formação de 
Lideranças - são ao mesmo tempo apoio e norte de ação, bases teóricas que garantem a 
identidade de valores e estratégias de atuação. 
 
• A Organização Mundial de Médicos de Família – WONCA em 1997, estabeleceu a seguinte 
definição para o Médico de Família e Comunidade “É o profissional responsável de 
proporcionar atenção integral e continuada a todo indivíduo que solicite assistência 
médica, podendo mobilizar para isto outros profissionais da saúde, que prestarão seus 
serviços quando for necessário. Aceita qualquer pessoa que solicite atenção, ao contrário 
 
 
 
 
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de outros profissionais ou especialistas, que limitam a acessibilidade de seus serviços pela 
idade, sexo e/ou diagnóstico dos pacientes. Atende o indivíduo no contexto da família e a 
família no contexto da comunidade de que faz parte. É competente clinicamente para 
proporcionar a maior parte da atenção que necessita o indivíduo, considerando sua 
situação cultural, sócio econômica e psicológica “. 
 
• O médico de família e comunidade deve: 
 
- Planejar estratégias para a abordagem de problemas na comunidade, baseados em um 
diagnóstico técnico, clínico, epidemiológico e de necessidade de recursos, acompanhados por 
um programa estreito de avaliação de resultados, que permita retroalimentar ao sistema. 
- Desenvolver ações e programas de promoção da saúde tanto nas unidades médicas, como 
na própria comunidade. 
- Utilizar os recursos da família e a comunidade na solução dos problemas. 
- Desenvolver estratégias de planejamento participativo. 
- Ter em conta as particularidades culturais da população em questão. 
- Conhecer as fontes de informação relevantes. 
- Conhecer as características geográficas e culturais da comunidade. 
 
 DESCREVER O PST, SAÚDE NA HORA E OUTRAS FERRAMENTAS DO NASF (PAPEL 
E FUNÇÃO DE CADA PROFISSIONAL) 
 
SAÚDE NA HORA 
 
- O Programa foi lançado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde 
(Saps/MS) em maio de 2019 e passou por atualizações com a publicação da Portaria nº 
397/GM/MS, de 16 de março de 2020. O programa viabiliza o custeio aos municípios e 
Distrito Federal para implantação do horário estendido de funcionamento das Unidades de 
Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o território brasileiro. 
 
- Conta agora com a possibilidade de adesão em quatro tipos de formato de funcionamento 
em horário estendido: USF com 60 horas semanais, USF com 60 semanais horas com Saúde 
Bucal, USF com 75 horas semanais com Saúde Bucal e USF ou UBS com 60 horas semanais 
Simplificado. 
 
 
 
 
 
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ESF 
 
- Visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida 
pelo MS e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com 
maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de 
ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de 
propiciar uma importante relação custo - efetividade. Um ponto importante é o 
estabelecimento de uma equipe multiprofissional - ESF composta por, no mínimo: 
 
- Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e 
Comunidade; 
- Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; 
- Auxiliar ou técnico de enfermagem; 
- ACS 
- Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-
dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
 
 
 
 
 
 
 
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➢ Atribuições dos profissionais (Disponível em https://bit.ly/3bD6WfP ): 
 
Enfermeiro: 
 
I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduose famílias na USF 
e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, 
adolescência, idade adulta e terceira idade; 
II - Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal 
ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de 
enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; 
III - Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; 
IV - Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da 
equipe de enfermagem; 
V - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, 
Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); 
VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
Auxiliar e Técnico de Enfermagem: 
 
Este profissional da equipe acompanha as visitas domiciliares com maior frequência e, entre 
as atribuições listadas abaixo, é o principal responsável pelas ações educativas na unidade. 
 É de sua competência: 
I - Participar das atividades de assistência básica, realizando procedimentos regulamentados 
no exercício de sua profissão na Unidade de Saúde Familiar (USF) e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
II - Realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, 
conforme planejamento da equipe; 
III - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
 
 
 
 
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Médico: 
 
I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em 
todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira 
idade; 
II - Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no 
domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
III - Realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, 
gineco-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e 
procedimentos para fins de diagnósticos; 
IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, 
respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais, mantendo sua responsabilidade 
pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência; 
V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a 
responsabilização pelo acompanhamento do usuário; 
VI - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de 
Enfermagem, ACD e THD; 
VII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento 
da USF. 
 
Agente Comunitário de Saúde: 
 
I - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população 
adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de 
acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; 
II - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
III - Estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à 
promoção da saúde e à prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe; 
IV - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; 
V - Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
VI - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e de agravos, 
e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e 
coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a 
respeito daquelas em situação de risco; 
VII - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua 
responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; e 
VIII - Cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e 
ao controle da malária e da dengue, conforme a Portaria nº 44/GM, de 3 de janeiro de 2002. 
 
Cirurgião-Dentista: 
 
I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento 
e a programação em saúde bucal; 
 
 
 
 
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II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo 
atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais; 
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de 
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a 
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com 
resolubilidade; 
IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, 
mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do 
tratamento; 
V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de 
doenças bucais; 
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais 
membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de 
forma multidisciplinar; 
VII - Contribuir e participar das atividades de educação permanente do THD, do ACD e do ESF; 
VIII - Realizar supervisão técnica do THD e do ACD; 
IX - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
Técnico em Saúde Bucal (TSB): 
 
I - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e 
reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, 
segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; 
II - Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; 
III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais 
membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de 
forma multidisciplinar; 
IV - Apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde 
bucal; 
V - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): 
 
I - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e 
indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; 
II - Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados; 
III - Preparar e organizar instrumental e materiais necessários; 
IV - Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião-dentista e/ou o THD nos procedimentos clínicos; 
V - Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos; 
VI - Organizar a agenda clínica; 
VII - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais 
membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de 
forma multidisciplinar; 
 
 
 
 
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VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento 
da USF. 
 
 
➢ A ESF incorpora os princípios do SUS: 
 
- Integralidade e Hierarquização 
 
- Territorialização e Adscrição da Clientela: a USF trabalha com território de abrangência 
definido, sendo responsável pelo cadastramento e acompanhamento desta população. 
Recomenda-se que a equipe seja responsável por, no máximo, 4000 pessoas do território. 
 
- Caráter Substitutivo: substituição das práticas tradicionais de assistência, com foco nas 
doenças, por um novo processo de trabalho,centrado na Vigilância à Saúde 
 
- Equipe Multiprofissional 
 
➢ Principais programas da Atenção Primária a serem executadas pelas ESF: 
 
- Atenção à Saúde da Criança 
 
- Atenção à Saúde da Mulher 
 
- Controle de hipertensão e diabetes 
 
- Controle de Tuberculose 
 
- Eliminação da Hanseníase e Ações de saúde bucal 
 
 
 
 
 
 
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➢ Avaliação das atividades da ESF: 
 
- O Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) é um sistema de informação responsável 
por armazenar e sistematizar os dados coletados, gerando relatórios de acompanhamento e 
avaliação que vão mostrar como está a situação de vida e saúde da população. 
 
- Constitui-se em desafios à ESF sua integração à rede assistencial, o aumento de sua 
resolutividade e a capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Com o 
objetivo de superar estes desafios, o Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de Apoio 
à Saúde da Família (NASF) para ampliar a abrangência e as ações da Atenção Básica, 
reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde. 
 
NASF: NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
- Modalidades de Nasf, conforme a Portaria nº 3.124/2012: 
 
 
 
 
 
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- Portaria Nº 154/2008 cria o NASF com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das 
ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da ESF na rede 
de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS 
 
- Para a organização e o desenvolvimento do processo de trabalho do Nasf: Apoio Matricial, 
Clínica Ampliada, Projeto Terapêutico Singular (PTS), Projeto de Saúde no Território (PST) e 
Pactuação do Apoio. Descrição a baixo disponível em: https://bit.ly/2xwBnW6 
 
 
 
 
 
 
 
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- O Apoio Matricial se configura como um arranjo organizacional que assegura retaguarda 
especializada a equipes de referência responsáveis por cuidados em saúde, pautado pelo 
compartilhamento horizontal dos diversos saberes implicados assim como deve ser a relação 
estabelecida entre uma equipe Nasf e uma equipe de Saúde da Família. 
 
 
➢ Nasf e as equipes de AB: 
 
 
 
 
 
 
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PST - PROJETO DE SAÚDE NO TERRITÓRIO 
 
- Pretende ser uma estratégia das equipes de SF e do NASF para desenvolver ações efetivas 
na produção da saúde em um território, articulando os serviços de saúde com outros 
serviços e políticas sociais, de forma a investir na qualidade de vida e na autonomia das 
comunidades. 
- Deve iniciar-se pela identificação de uma área e/ou população vulnerável ou em risco. Tal 
identificação pode acontecer a partir de um "caso clínico" que chame a atenção da equipe, 
como uma idosa com "marcas de queda" e que pode ser vítima de violência. Deve ainda ter 
foco na promoção da saúde, na participação social e na intersetorialidade, com a criação de 
espaços coletivos de discussão, nos quais sejam analisados a priorização das necessidades de 
saúde, os seus determinantes sociais, as estratégias e os objetivos propostos para a sua 
abordagem. É no espaço coletivo que a comunidade, suas lideranças e membros de outras 
políticas e/ou serviços públicos, presentes no território, poderão se apropriar, reformular, 
estabelecer responsabilidades, pactuar e avaliar o projeto de saúde para a comunidade. O PST 
auxilia ainda o fortalecimento da integralidade do cuidado à medida que trabalha com ações 
vinculadas à clínica, à vigilância e à promoção da saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Disponível em: https://bit.ly/3apIa2o 
 
 
 
 
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CLASSIFICAR E DIFERENCIAR AS DEMANDAS E TECNOLOGIAS DE SAÚDE DA 
ATENÇÃO BÁSICA 
 
TECNOLOGIAS DE SAÚDE 
 
- Na Atenção Básica, as tecnologias de saúde que produzem o cuidado são aquelas 
consideradas leve (os modos relacionais de agir na produção dos atos de saúde) e leve-duro 
(os saberes tecnológicos clínicos e epidemiológicos) e, independentemente do recorte 
profissional, todos os trabalhadores da área fazem clínica cuidadora e operam práticas 
sanitária 
 
- https://bit.ly/2Uqk5Db : 
 
 
 
 
 
 
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- Merhy (2002) classifica as TS, em três tipos: 
 
TS leves: são as tecnologias relacionais, como aquelas da produção do vínculo, acolhimento, 
autonomização. Por acolhimento, entende-se tratar o indivíduo que procura atendimento 
com afeto, dando respostas aos demandantes, individuais ou coletivos. Permite gerar 
informação, para a equipe de saúde e para o usuário, que possibilite a interpretação dos 
problemas e a oferta de novas opções tecnológicas de intervenção, escutando a pessoa e 
sendo entendido por ela, assumindo as responsabilidades de condução e acompanhamento 
dos casos onde é necessária intervenção tecnológica (LUGARINHO, 2007). Por vínculo e 
responsabilização se entende refletir sobre as responsabilidades e o compromisso que a 
equipe tem com cada usuário e os problemas que eles apresentam. Devem-se estabelecer 
relações claras e próximas com o usuário, visando transformar-se em referência para ele nas 
suas questões de saúde, sem esquecer, contudo, de ajudá-lo a construir sua autonomia. 
Entender, respeitar e estimular a autonomia dos usuários incentivando o autocuidado, 
oferecendo informações sobre os processos de adoecimento e o papel dos serviços de saúde 
na preservação da saúde. Sempre que possível o profissional deve oferecer as opções de 
tratamento com informações claras, estimulando a participação do usuário no processo de 
recuperação da saúde; 
 
 TS leve duras: ou seja, as tecnologias-saberes, que são os saberes estruturados que operam 
no processo de trabalho em saúde, tais como a clínica médica, a pediátrica, a clínica 
psicanalítica, a epidemiologia, e outras; 
 
TS duras: que são as máquinas-ferramentas, como equipamentos, aparelhos, normas e 
estruturas organizacionais. 
 
- Ainda de acordo com Merhy (2002), as tecnologias podem ser classificadas em leve quando 
abordamos relações, acolhimento, gestão de serviços; em leve dura quando nos referimos aos 
saberes bem estruturados; e dura quando envolvem os equipamentos tecnológicos do tipo 
máquinas e as normas. 
 
- https://bit.ly/2WURp6P : 
 
 
 
 
 
 
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- https://bit.ly/3bCeFuG : 
 
 
- https://bit.ly/2JpgP4u : 
 
 
- https://bit.ly/2UoXBSQ : 
 
 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE DEMANDAS 
 
1) Demanda Reprimida: 
 
 - Casos que por algum motivo não foram atendidos. Ex: quando nos dirigimos ao centro de 
saúde para consulta, exame, vacina, retirar medicamento ou atendimento e não somo 
atendidos simplesmente voltamos para casa e aguardamos o serviço se normalizar; não havia 
vaga, profissional. 
 
- Disponível em: https://bit.ly/2QV3kh4 (espontânea e programada): 
 
2) Demanda espontânea: 
- Chama-se de demanda espontânea aquele que comparece a unidade inesperadamente, 
seja para problemas agudos ou por motivos que o próprio paciente julgue como necessidade 
de saúde. E ela deve ser acolhida na atenção básica por que: 1) o usuário apresenta queixas 
que devem ser acolhidas e problematizadas junto ao paciente, 2) a atenção básica consegue 
absorver e ser resolutiva em grande parte dos problemas de saúde, 3) para criação e 
fortalecimento de vínculos e 4) cria-se oportunidade para invenção de novas estratégias de 
cuidado e de reorganização do serviço. 
 
3) Demanda

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