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Abrangência das ações de saúde Eduarda Oliveira Cochito SUS 2020 Medicina Uniderp TXXIV 1 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Linha do tempo com principais marcos da saúde ---------------------------------------------- 5 Resumo principais fatos ------------------------------------------------------------------------------ 9 Reforma Sanitária ------------------------------------------------------------------------------------ 12 SUS (leis e diretrizes) --------------------------------------------------------------------------------- 13 - Princípios doutrinários e organizativos --------------------------------------------------------- 14 - Lei 8080, 8142 e decreto 7508 -------------------------------------------------------------------- 15 - Portaria 2436/17 ------------------------------------------------------------------------------------- 16 Conferência de saúde -------------------------------------------------------------------------------- 19 Conselhos de saúde ---------------------------------------------------------------------------------- 20 - Nacional ----------------------------------------------------------------------------------------------- 23 - Estadual e Municipal –------------------------------------------------------------------------------ 25 Controle Social no SUS ------------------------------------------------------------------------------- 26 NOBs ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 Decreto 7508/11 -------------------------------------------------------------------------------------- 32 Financiamento do SUS ------------------------------------------------------------------------------ 33 Critérios de financiamento ------------------------------------------------------------------------- 36 - Portaria 2979/19 ------------------------------------------------------------------------------------- 38 Fiscalização, Acompanhamento e Controle ---------------------------------------------------- 40 Pactos pela Saúde - Pacto pela vida e Pacto em defesa do SUS ----------------------------------------------------- 42 - Pacto pela gestão ------------------------------------------------------------------------------------ 43 Blocos de financiamento ---------------------------------------------------------------------------- 44 Atenção Básica ---------------------------------------------------------------------------------------- 46 - Atributos APS ----------------------------------------------------------------------------------------- 48 - Responsabilidade das esferas do governo ----------------------------------------------------- 50 Medicina de Família e Comunidade -------------------------------------------------------------- 51 Saúde na Hora ----------------------------------------------------------------------------------------- 52 ESF -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 - Atribuição dos profissionais ----------------------------------------------------------------------- 54 NASF ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 58 2 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Ferramentas tecnológicas ------------------------------------------------------------------------- 60 - PST ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 62 Tecnologias de saúde -------------------------------------------------------------------------------- 64 Demandas de Saúde ---------------------------------------------------------------------------------- 67 Processo de trabalho em saúde ------------------------------------------------------------------- 68 Planejamento estratégico em saúde ------------------------------------------------------------- 70 - Planejamento estratégico operacional e Plano de ação ------------------------------------ 72 - Importância da equipe multiprofissional na USF --------------------------------------------- 75 Características de qualidade dos serviços de saúde ------------------------------------------ 75 Sistemas de saúde CA, EUA, CU, CL, ARG, FRA, ING ------------------------------------------ 77 RAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 79 - Fundamentos ----------------------------------------------------------------------------------------- 81 - Elementos constitutivos --------------------------------------------------------------------------- 82 - Componentes que estruturam as RAS ---------------------------------------------------------- 84 Rede cegonha ------------------------------------------------------------------------------------------ 86 - Diretrizes, princípios e objetivos ----------------------------------------------------------------- 89 - Processo de atendimento do pré e pós-parto ------------------------------------------------- 90 Problemas de saúde da população indígena e não indígena ------------------------------ 92 Sistema de saúde indígena - SESAI ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 93 - DESEI --------------------------------------------------------------------------------------------------- 94 - Polo Base ---------------------------------------------------------------------------------------------- 96 - CASAI --------------------------------------------------------------------------------------------------- 97 Distribuição demográfica dos povos indígenas do MS -------------------------------------- 97 Linha do tempo do sistema de saúde indígena ------------------------------------------------ 99 Atendimento da criança indígena e encaminhamento ------------------------------------ 101 Causas de mortalidade infantil indígena e não indígena (evitáveis e não evitáveis) 101 Responsabilidade dos médicos que trabalham na saúde indígena --------------------- 103 3 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Coeficiente de mortalidade infantil ------------------------------------------------------------ 104 - TMI ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 106 - Coeficiente de mortalidade neonatal --------------------------------------------------------- 106 - Coeficiente de mortalidade pós-neonatal/infantil tardia --------------------------------- 107 - Coeficiente de mortalidade materna ---------------------------------------------------------- 107 - SINSASC ---------------------------------------------------------------------------------------------- 108 Intervenções para redução de mortalidade infantil ---------------------------------------- 109 Principais causas das mortes maternas -------------------------------------------------------- 110 Propostas das 3 esferas para reduzir a mortalidade materna ---------------------------- 112 Comitê de mortalidade materna e infantil (DO) --------------------------------------------- 112 SIM ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 115 4 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ➢ Resumo feito pelos objetivos da tutoria LEGISLAÇÕES SUS 5 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 PB1 – VIDA DANADA ELABORAR UMA LINHA DO TEMPO COM OS PRINCIPAIS MARCOS DA SAÚDE (ECONOMIA / POLÍTICA / SOCIAL). DESDE O DESCOBRIMENTO DO PAÍS ATÉ OS DIAS ATUAIS (BÁSICO - SUS) 6 Eduarda Oliveira Cochito Medicina UniderpTXXIV SUS 2020 7 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 8 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 9 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ➢ Resumo principais fatos 1986 - 8 Conferência de Saúde ↳ Formulação de um novo sistema de saúde. ↳ Primeira conferência que contou com a participação popular. 1988 - Constituição Federal ↳ Criação do SUS. 1990 ↳ Lei 8080 - dispõe para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. ↳ Lei 8142 - dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. 1991 PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde ↳ Considerado um programa de transição para o PSF ↳ O programa foi inspirado em experiências de prevenção de doenças por meio de informações e de orientações sobre cuidados de saúde ↳ As ações desse programa se dão por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) → O ACS e seu trabalho na comunidade Cadastramento Diagnóstico Microáreas de risco Mapeamento NOB - Norma Operacional Básica ↳ As NOBs definem as competências de cada esfera de governos e as condições necessárias para que estados e municípios possam assumir as responsabilidades dentro do sistema ↳ Embora o documento que formaliza a norma seja uma portaria do Ministério de Saúde, o seu conteúdo é definido de forma pactuada entre o Ministério de Saúde e representantes dos Conselhos ↳ O município não queria ser municipalizado, não queria assumir as responsabilidades pois não saberia se teria dinheiro para arcar com essas - que é a ATENÇÃO BÁSICA. Então surgiu a primeira NOB. ↳ Ser municipalizado dentro do SUS é: ✓ Criação dos Conselhos Municipais de Saúde ✓ Criação do Fundo Municipal de Saúde ✓ Plano Municipal de Saúde ✓ Planejamento e detalhamento do plano de saúde 10 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 NOB 91 - incentiva o município a ser municipalizado ✓ Criação da AIH - Autorização de Internação Hospitalar ✓ Criação do SIH - Sistema de Informação Hospitalar ✓ Criação do FEM - Fator de Estímulo a Municipalização ✓ Instituiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial, destinada a reajustar os valores ao Estados, Distrito Federal e Municípios 1993 NOB 93 - Municipalização é o caminho ✓ Formalizou os princípios formalizados na 9 Conferência Nacional de Saúde (1992). ✓ Início do processo de municipalização = habilita alguns municípios = cria a transferência regular e automática fundo a fundo. ✓ Define o papel do Estado como gestor do sistema estadual de saúde. ✓ São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT), como importantes espaços de negociação, articulação, integração entre gestores. - O processo de articulação entre os gestores do SUS, nos diferentes níveis do Sistema, ocorre, preferencialmente, em dois colegiados de negociação: 1. CIB e Conselho Nacional de Secretários de Saúde 2. Conselhos Nacionais de Secretários Municipais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde 3. CIT e Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde 4. CIB e CIT 5. Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselhos Nacionais de Secretários Municipais de Saúde 1994 - Programa de Saúde da Família (PSF) ✓ Estratégia de reorganização e reorientação do modelo tecnoassistencial de saúde, tendo como proposta ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. 1996 - NOB 96 ✓ Promoveu um avanço no processo de descentralização, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo as competências de Estados e Municípios. ✓ Criação do PAB (Piso Assistencial Básico) - destina-se, principalmente, ao custeio de procedimentos e ações da assistência básica PAB fixo - repasse mensal PAB variável - incentivo destinado à ações e programas: PSF ACS Saúde Bucal Compensação de especificidades regionais Saúde Indígena 11 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Saúde no Sistema Penitenciário ✓ Reorganiza a gestão dos procedimentos de alta complexibilidade ambulatorial ✓ Incorpora as ações de vigilância sanitária ✓ Incorpora as ações de epidemiologia e controle de doenças ✓ Promove à ampliação de cobertura do PSF e PACS - Com essa NOB os municípios e estados podem habilitar-se em duas condições: 1.Municípios Gestão plena da atenção básica Gestão plenas do sistema municipal 2. Estados Gestão avançada do sistema estadual Gestão plena do sistema estadual 2001 - Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS) Tendo em vista os problemas na implementação da NOB 96 estabeleceu-se um amplo processo de discussão entre os gestores, que resultou na publicação da NOAS, cujo objetivo é promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. 2002 - Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família - PROESF ✓ Contribuir para a expansão e consolidação da ESF nos municípios com mais de 100 mil habitantes. 2006 Pacto pela saúde ✓ A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG). O TCG substitui os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. Entre as prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. ✓ As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também foram modificadas pelo Pacto pela Saúde, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de financiamento (Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS) ✓ Revisão das normativas do SUS com intuito de substituir as NOB’s e possui 3 vertentes: Pacto pela vida, Pacto em defesa do SUS, Pacto de gestão do SUS 12 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 2016 - Emenda 95 (PEC da morte) Enfraquece e limita os investimentos em políticas sociais, fragilizando toda a rede de proteção social. ⇒ Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) ⤷ Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo. ⤷ Abrange a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde. ⤷ Tem o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. ✓ Princípios e Diretrizes da AB DESCREVER A REFORMA SANITÁRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA MODIFICAÇÃO DO MODELO DE SAÚDE DO PAÍS - No fim da déc. 70 o país convivia com a crise oriunda da política de endividamento do regime militar, dos choques do petróleo – 1973 e 1979 – e do aumento dos juros promovidos pelo Federal Reserve norte-americano, o aumento da divida externa fez com que o Brasil assinasse um acordo com o FMI que continha uma série de exigências desfavoráveis ao país, como a liberalização da economia e o controle do déficit público. Tais determinações tiveram forte impacto recessivo sobre a economia, contribuindo para o crescimento da insatisfação social com o regime militar e para o surgimento do Movimento das Diretas Já, entre 1983 e 1984. A distensãoocorrida no final dos anos 1970 também possibilitou o desenvolvimento de movimentos sociais, que tiveram importante atuação na gênese desse processo. O movimento popular pela saúde e o movimento dos médicos foram os principais, ambos 13 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 tiveram grande importância na ampliação da discussão sobre a reforma da saúde, contribuindo para a formatação do movimento sanitário. - A partir da déc.80 consolida-se a ideia da necessidade de aproximação coordenada ou fusão de medicina previdenciária e saúde pública. A resposta dos técnicos do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) para a crise materializou-se em medidas que buscavam diminuir as despesas com os contratos com o setor privado e ampliar as ações do setor público. O principal conjunto dessas medidas foi denominado Ações Integradas de Saúde (AIS) que, com base em mecanismos de regionalização e hierarquização, procurou interligar a rede pública nas esferas federal, estadual e municipal. Tais iniciativas começaram a alterar a lógica do sistema vigente, antecipando as propostas institucionais da reforma sanitária do fim dos anos 1980 (o contexto de crise econômica e democratização nos anos 1980 havia contribuído para o debate político da saúde no período de consolidação dos princípios do SUS - equidade, integralidade e universalidade). - O termo “Reforma Sanitária” foi usado pela primeira vez no país em função da reforma sanitária italiana. A expressão ficou esquecida por um tempo até ser recuperada nos debates prévios à 8ª Conferência Nacional de Saúde, quando foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. No início das articulações, o movimento pela reforma sanitária não tinha uma denominação específica. Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o campo da saúde. Em uma reunião na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, esse grupo de pessoas foi chamado de forma pejorativa de “partido sanitário”. Apesar disso, o grupo não se constituía como partido, sua mobilização era mais ampla, sendo considerada uma ação social. o movimento da reforma sanitária nasceu dentro da perspectiva da luta contra a ditadura. - A 8ª Conferência Nacional de Saúde reuniu, pela primeira vez, mais de quatro mil pessoas, das quais 50% eram usuários da saúde. A partir da conferência, saiu o movimento pela emenda popular, a primeira emenda constitucional que nasceu do movimento social. Nessa conferencia foi apresentado o documento chamado Saúde e Democracia definindo com clareza o dever do Estado e a função complementar da saúde privada; a ideia de que a saúde deve ser planejada com base nas conferências; a formalização dos Conselhos de Saúde como parte do SUS, tendo 50% de usuários; e a formação da Comissão Nacional da Reforma Sanitária, que transformou o texto da constituinte na Lei Orgânica 8080. EXPLICAR O SUS (DIRETRIZES; PRINCÍPIOS; CRIAÇÃO) - LEI 8080/90; DECRETO 7508/11; PORTARIA 2436/17 - O SUS foi estabelecido na Constituição de 88 e é fundado pela Lei orgânica de Saúde - Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou 14 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde. - A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. Ele é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a Constituição Federal. Cada ente tem suas corresponsabilidades PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS - Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. - Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. - Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS - Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. 15 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. - Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. - Resolubilidade: Quando o individuo busca atendimento o serviço de saúde deve estar capacitado para atende-lo e resolver o problema de acordo com seu nível de competência. LEI 8080/90 - LEI ORGÂNICA DE SAÚDE - Define as diretrizes para organização e funcionamento do Sistema de Saúde brasileiro - Dispõe sobre as condições para a promoção, prevenção, e recuperação da saúde. Sempre garantindo o acesso universal de forma integral, promovendo a igualdade sem privilégios ou preconceitos e também o direito ao acesso de informações - A Lei 8.080 deu origem ao SUS. No entanto, é a 8.142 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do mesmo e sobre os principais aspectos relacionados aos recursos financeiros. LEI 8142/90 - Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde - A partir deste marco legal, foram criados os Conselhos eas Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social do SUS. • Decreto 7508/11 - Regulamenta a Lei Orgânica da Saúde - 8.080/90 para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação 16 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 interfederativa, e dá outras providências. Conforme já estabelecido na Lei supracitada, o SUS deve ser organizado de forma regionalizada e hierarquizada. - O Decreto cria as Regiões de Saúde, que reitera a regionalização com princípio organizativo do SUS. Cada região deve oferecer serviços de atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em saúde. - Em relação à hierarquização, o Decreto estabelece que as portas de entrada do SUS, pelas quais os pacientes podem ter acesso aos serviços de saúde, são: de atenção primária; de atenção de urgência e emergência; de atenção psicossocial e, ainda, especiais de acesso aberto. - O Decreto também define quais são os serviços de saúde que estão disponíveis no SUS para o atendimento integral dos usuários, através da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES, que deve ser atualizada a cada dois anos. • Portaria 2436/17 - Estabelece a revisão de diretrizes para a organização da atenção básica (AB) no SUS - Art. 2º da Portaria 2.436/2017 apresenta o seguinte conceito de AB: “é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária” - Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS. - A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. - §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 17 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: I - Princípios: universalidade, equidade e integralidade II - Diretrizes: regionalização e hierarquização, territorialização, população adstrita, cuidado centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do cuidado, ordenação da rede, participação da comunidade - Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. - Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano. - População adstrita por equipe de Atenção Básica (EAB) e de Saúde da Família (ESF) de 2.000 a 3.500 pessoas ➢ Leis Orgânicas da Saúde: 8.080 de 19/09/90: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Detalha a competência e as atribuições da direção do SUS em cada esfera Nacional, Estadual e Municipal. Promoção, proteção, recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços. 8.142 de 28/12/90: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. ➢ Decreto 7508/11 Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa. ➢ Lei 12. 401 de 28/04/11 Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. ➢ Lei complementar 141 /11 Valores mínimos a serem aplicados, critério de rateio dos recursos de transferência para saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde. 18 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 CONCEITUAR HAS E SEUS VALORES DE REFERÊNCIA 19 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 PB2 - “QUEM PAGA A CONTA?” DESCREVER OS CONSELHOS E CONFERÊNCIAS DE SAÚDE DE CADA ESFERA (MUNICÍPIO, ESTADO, UNIÃO) DO GOVERNO (FUNÇÕES, MEMBROS, FUNCIONAMENTO) CONFERÊNCIA DE SAÚDE - É o fórum que reúne todos os segmentos representativos da sociedade, um espaço de debate para avaliar a situação de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de saúde nas três esferas de governo. É convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de saúde, quando 50% + 1 dos integrantes desse fórum conclamam a conferência. Acontece de 4 em 4 anos. É realizada pelas esferas municipal, estadual e federal. É o espaço de debate, formulação e avaliação das políticas de saúde. 20 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Artigo 1º da lei 8142/90: I - a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde; (...)”. - Artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937 = Início do debate periódico e sistemático sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de formulação de políticas para a área nas esferas de gestão municipal, estadual e nacional; - Lei nº 8.142: Estabeleceu-se uma periodicidade de 4 anos para a realização das Conferências; - Tem como objetivo principal avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para a formulação de novas políticas de saúde em todos os níveis de gestão; CONSELHOS DE SAÚDE - O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. - Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê suporte ao seu funcionamento - O número de conselheiros será indicado pelos plenários dos conselhos de saúde e das conferências de saúde, devendo ser definido em lei (municipal, estadual e federal). - Onde atua o Conselho de Saúde: Na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. O conselho analisa e aprova o plano de saúde. Analisa e aprova o relatório de gestão. Informa a sociedade sobre a sua atuação. Obs: Os conselhos não são órgãos responsáveis pela gestão ou execução de serviços e, por isso, não têm responsabilidade direta sobre a prestação dos serviços de saúde. Essa tarefa cabe diretamente aoPode Público, nas 3 esferas do governo. Um Conselho é um órgão colegiado, ou seja, é composto por representantes de diferentes grupos da sociedade, sendo 50% usuários do SUS; permanente, isto é, tem sua existência garantida em qualquer circunstância, para ser extinto deve haver uma lei; e é deliberativo, ou seja, tomam decisões que devem ser cumpridas pelo Poder Público. 21 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Além dos Conselhos Municipais, Estaduais e o Federal existem os: - Conselhos locais de saúde: Possibilitam a proximidade entre a comunidade e os serviços de saúde e as demais organizações do bairro. - Conselhos de saúde distritais: Cuidam de uma região ou de um distrito sanitário com uma ou mais unidades de saúde e uma ou mais comunidades que guardam entre si identidade geográfica, socioeconômica e epidemiológica. - Portaria 453/12: estabelece diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde e revoga a Resolução nº 333/2003 • Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS 22 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 • Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS ✓ Deve possuir: 23 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ✓ Tipos de deliberações: - Resolução: Decisão de caráter geral, devem ser obrigatoriamente homologadas pelo Poder Executivo em até 30 dias - Recomendação: Sugestão, advertência ou aviso a respeito do conteúdo ou da forma de execução de uma política ou ação de saúde. - Moções: Manifestação de aprovação, reconhecimento ou repúdio de determinado assunto ou fato. ✓ Comissões e conselhos de saúde CONASS - Conselho de Secretário da Saúde Entidade representante das secretarias estaduais de saúde e do DF Integra a CIT e atua em prol de ações e serviços de saúde CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde Entidade representante das secretarias municipais de saúde Integra a CIT e atua em prol de ações e serviços de saúde COSEMS - Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde Representação estadual dos Conasems Integra a CIB Articula e mobiliza os secretários municipais para o intercâmbio de experiências e fortalecimento das políticas de saúde CONSELHO NACIONAL - O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros(as) titulares e seus respectivos primeiro e segundos suplentes. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do Conselho é definida da seguinte forma: 24 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 1. Entidades e Movimentos Sociais de Usuários do SUS; 2. Entidades Nacionais de Profissionais de Saúde/Comunidade Científica na Área da Saúde; 3. Entidades Nacionais de Prestadores de Serviços de Saúde e das Nacionais com Atividades na Área da Saúde; 4. Segmento do Governo Federal. - 50% dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, escolhidos em processo eleitoral direto; A fim de manter equilíbrio dos interesses envolvidos, a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50% de entidades e movimentos representativos de usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25% devem ser gestores e prestadores de serviço. Qualquer pessoa pode presidir o Conselho de Saúde, desde que seja conselheiro e participe do processo de eleição deste colegiado. ✓ Atribuições específicas: • Formulação de estratégias e no controle da execução da Política Nacional de Saúde, na esfera do Governo Federal, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros • Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em razão das características epidemiológicas e da organização dos serviços • Elaborar cronograma de transferência de recursos financeiros aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, consignados ao SUS • Aprovar os critérios e os valores para remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura de assistência • Propor critérios para a definição de padrões e parâmetros assistenciais • Acompanhar e controlar a atuação do setor privado da área da saúde, credenciado mediante contrato ou convênio • Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e - tecnológica na área de saúde, visando à observação de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do País • Articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais • Fortalecer a participação e o controle social no SUS. 25 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 CONSELHO ESTADUAL - Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito estadual ✓ Atribuições específicas: • Formulação de estratégias e controle da execução das políticas de saúde, inclusive em aspectos econômicos. • Deliberar sobre: - Política de saúde do estado; - Direção estadual do SUS; - Regimento interno CONSELHO MUNICIPAL - Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito municipal; - Deve receber trimestralmente a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde feita pelo gestor municipal de saúde; - Deve aprovar o Plano Municipal de Saúde e Relatório de Gestão; - Deve conhecer as necessidades da comunidade e do município, a fim de aumentar a resolubilidade das ações em saúde 26 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 CONHECER O PAPEL DA POPULAÇÃO (QUEM PARTICIPA) NO GERENCIAMENTO DO SUS - A legislação federal (Constituição Federal, Art. 198, inciso III e Lei 8.080/90, Art. 7º, inciso VIII) estabeleceu as normas gerais que orientam a participação da comunidade na gestão do SUS por meio das Conferências e dos Conselhos de Saúde, regulamentados pela Lei 8.142/90, Art. 1º - parágrafos 1 a 5. - Os gestores do SUS são os representantes de cada esfera de governo designados para o desenvolvimento das funções do Executivo na saúde, a saber: no âmbito nacional, o Ministro da Saúde; no âmbito estadual, o Secretário de Estado da Saúde; e no municipal, o Secretário Municipal de Saúde 27 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ➢ ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DECISÓRIA DO SUS: 28 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 EXPLICAR O REPASSE/ FINANCIAMENTO DO SUS PARA CADA ESFERA, VALORES E COMO É CALCULADO; PARA QUE É USADO; SE É USADO CORRETAMENTE; QUEM FISCALIZA; ORGANIZAÇÃO DESSE FINANCIAMENTO - NOBs: 29 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 30 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 31 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 32 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Decreto nº 7508/11 Dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, possibilitando o aprimoramento do Pacto Federativo. Passou a exigir uma nova dinâmica na organização e gestão do sistema de saúde, sendo a principal delas o aprofundamento das relações interfederativas e a instituição de novos instrumentos, documentos e dinâmicas na gestão compartilhada do SUS Cria as Regiões de Saúde, que reitera a regionalização com princípio organizativo do SUS. Cada região deve oferecer serviços de atenção primária, urgênciae emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em saúde. Em relação à hierarquização, o Decreto estabelece que as portas de entrada do SUS, pelas quais os pacientes podem ter acesso aos serviços de saúde, são: de atenção primária; de atenção de urgência e emergência; de atenção psicossocial e, ainda, especiais de acesso aberto. 33 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Para que o Plano de Saúde possa ser executado, é necessário que esteja alinhado com o Plano Plurianual (PPA), que é o instrumento que materializa as políticas públicas traduzindo-as em Diretrizes, Programas, Ações e Metas a serem implementadas num período de 4 anos. FINANCIAMENTO - A EC nº 29 determinou a vinculação e estabeleceu a base de cálculo e os percentuais mínimos de recursos orçamentários que a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios são obrigados a aplicar em ações e serviços públicos de saúde. Assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. 34 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 35 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 36 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ELUCIDAR QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS E CRITÉRIOS DO FINANCIAMENTO DO SUS (PRINCÍPIOS DO PACTO PELA SAÚDE E PORTARIA 3992/17) 37 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - A demonstração da movimentação dos recursos de cada conta deverá ser efetuada, seja na prestação de contas, seja quando solicitada pelos órgãos de controle, mediante a apresentação de: I - Relatórios mensais da origem e da aplicação dos recursos II - Demonstrativo sintético de execução orçamentária III - Demonstrativo detalhado das principais despesas IV - Relatório de gestão 38 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 PORTARIA Nº 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019 - Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde • Antes dessa portaria o financiamento da Atenção Primária era composto pelos PABs Fixo e Variável: - O PAB Fixo é obtido multiplicando a população residente do município pelo valor per capita. - O PAB Variável depende de credenciamento e implantação de estratégias e programas, tais como ESF, ESB e ACS, entre outros. Resumidamente, o financiamento do PAB é baseado na lógica per capita populacional e por adesão de estratégias. • O novo modelo de financiamento de custeio da APS é um modelo misto de pagamento que busca estimular o alcance de resultados e é composto pelos seguintes componentes: capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégias. Para as equipes multiprofissionais, a lógica do novo financiamento deixa de ser somente pela existência dos profissionais cadastrados no SCNES e passa a ser fundamentada no desempenho e alcance de resultados em saúde (indicadores do pagamento por desempenho). 39 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 1) A capitação ponderada é um tipo de repasse calculado com base no número de pessoas cadastradas por meio do, e sob responsabilidade das equipes de Saúde da Família ou equipes de Atenção Primária credenciadas. Ela considera fatores de ajuste como a vulnerabilidade socioeconômica, o perfil de idade e a classificação rural-urbana do município. Sistemas utilizado para os cadastros das pessoas acompanhadas pelas equipes: sistema de Coleta de Dados Simplificada (CDS), Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) ou sistemas próprios/terceiros. Os cadastros serão monitorados pelo Sisab. 2) Para cálculo do valor do pagamento por desempenho, serão considerados os resultados dos indicadores alcançados pelas equipes. Para tanto, é importante que as equipes registrem e enviem seus dados e informações de produção, bem como organizem o processo de trabalho para melhoria do desempenho. - Quais serão os indicadores avaliados, bem como suas metas e valores? Os indicadores, metas e valores serão publicados em portaria e detalhados em Ficha de Qualificação a ser disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Até 2022 estão previstos 21 indicadores que combinarão as ações relativas a: Gestantes, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Doenças Crônicas, IST, TB, Saúde Bucal, Saúde Mental, Indicadores Globais 3) Incentivo para ações estratégicas: O financiamento dessas ações, programas e estratégias continuará seguindo o regramento vigente nas portarias que os instituíram. O incentivo para ações estratégicas contemplará o custeio das seguintes ações programas e estratégias: Programa Saúde na Hora, ESB, Equipe de Consultório na Rua (ECR), ACS, entre outros. ➢ Resumindo: Como ela era financiada? O financiamento era composto por um valor fixo (PAB Fixo), corrigido por alguns parâmetros (PIB per capita, percentual da população com plano de saúde, percentual da população com Bolsa Família, percentual da população em extrema pobreza e densidade demográfica), multiplicado por toda a população do município. Além dele, era pago um valor variável (PAB Variável) para estimular a implementação e expansão da Estratégia de Saúde da Família e outros programas, por exemplo, as Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Consultório na Rua, Agentes Comunitários de Saúde, dentre outros. O que muda com a nova portaria? O novo modelo publicado na portaria 2.979/19, que começa a valer a partir de 2020, busca estimular o alcance de resultados e é composto por capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégicas. Ou seja, o financiamento será feito a partir do número de usuários cadastrados nas equipes de saúde, com foco nas pessoas em situação 40 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 de vulnerabilidade social (ao exemplo das que recebem auxílio financeiro do Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada ou benefício previdenciário no valor máximo de dois salários mínimos), pagamento baseado no alcance de indicadores e adesão a projetos do governo federal, como Saúde na Hora, de informatização, dentre outros. 6) Relatar os desafios da fiscalização da saúde pública (financiamento) FISCALIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLE - A referência para o acompanhamento, a fiscalização e o controle da aplicação dos recursos vinculados em ações e serviços públicos de saúde é o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde do Ministério da Saúde (SIOPS) - O SIOPS é um sistema que permite, via internet, organizar e executar a coleta, o processamento, o armazenamento e a disseminação de informações relacionadas a receitas totais e despesas com ações e serviços de saúde das três esferas de governo 41 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 CONCEITUAR OS BLOCOS DE FINANCIAMENTO E OS PACTOS DO SUS PACTO PELA SAÚDE - Portaria 399/2006: divulga o Pacto Pela Saúde; substitui as NOBs 42 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 PACTO PELA VIDA - Constituído por um conjunto de compromissos sanitários, e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais. - Prioridades: • Saúde do idoso • Câncer do colo de útero e mama • Mortalidade infantil e materna • Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, na hanseníase, na tuberculose, na malária, na influenza, na hepatite e na AIDS • Promoção da Saúde • Fortalecimento da ABS - A Portaria do MS nº 325/2008 criou mais cinco prioridadesno Pacto pela Vida, que totalizaram 11 prioridades: • Saúde do trabalhador • Saúde mental • Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência • Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência • Saúde do homem. PACTO EM DEFESA DO SUS - Envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Federal. 43 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Prioridades: Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de: • Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos; • Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional; • Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde. • Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas. • Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS PACTO PELA GESTÃO - Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos aspectos da Descentralização; Regionalização; Financiamento; Planejamento; Programação Pactuada e Integrada - PPI; Regulação; Participação Social e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS. - Prioridades: • Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação. • Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS com ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. 44 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 BLOCOS DE FINANCIAMENTO 45 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 46 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ELUCIDAR ATENÇÃO BÁSICA E QUAL A RESPONSABILIDADE DAS 3 ESFERAS - Art. 2º da Portaria 2.436/2017 apresenta o seguinte conceito de AB: “é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária” - A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. - §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. - São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: I - Princípios: universalidade, equidade e integralidade II - Diretrizes: regionalização e hierarquização, territorialização, população adstrita, cuidado centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do cuidado, ordenação da rede, participação da comunidade ✓ Funções da AB nas Redes de Saúde Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação social no cuidado se faz sempre necessária. Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção da RAS, articulando as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. 47 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ✓ Funcionamento e estrutura da AB ⤷ Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 dias na semana e 12 meses no ano ⤷ População adscrita por eAB e eSF: 2000 a 3500 localizadas dentro do seu território ⤷ 4 equipes por UBS (eAB ou eSF) ⤷ Território com menos de 2000 hab ⟶ 1 eSF ou 1 eAB ⤷ Para saber quantas equipes são necessárias ⟶ população/2000 48 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ATRIBUTOS APS 1. Primeiro contato - O primeiro contato pode ser definido como porta de entrada dos serviços de saúde, ou seja, quando a população e a equipe identificam aquele serviço como o primeiro recurso a ser buscado quando há uma necessidade ou problema de saúde. OBS: Acessibilidade X Acesso: A acessibilidade refere-se às características da oferta que possibilitam que as pessoas cheguem aos serviços, enquanto o acesso é a forma como as pessoas percebem a acessibilidade. O conceito de acesso traz consigo a ideia de não o restringir a entrada nos serviços de saúde, enquanto a acessibilidade diz respeito à oferta de serviços, à capacidade de produzir serviços e responder às necessidades de saúde de uma determinada população. Acessibilidade pode ser conceituada então como a capacidade do usuário obter cuidados de saúde sempre que necessitar e de maneira fácil e conveniente. A acessibilidade deve ser considerada com relação aos aspectos geográficos, organizacionais, socioculturais e econômicos. 2. Longitudinalidade - É a continuidade do cuidado - Acompanhamento do usuário ao longo do tempo, na qual se espera uma relação terapêutica que envolva a responsabilidade por parte do profissional de saúde e a confiança por parte do usuário. 49 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 3. Integralidade - É um dos pilares da construção do SUS e possui 4 dimensões: primazia das ações de promoção e prevenção, atenção nos três níveis de complexidade da assistência médica, articulação das ações de promoção, proteção e prevenção e abordagem integral do indivíduo e das famílias - Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 4. Coordenação - Articulação entre os diversos serviços e ações de saúde, de forma que estejam sincronizados e voltados ao alcance de um objetivo comum, independentemente do local onde sejam prestados. Objetiva ofertar ao usuário um conjunto de serviços e informações que respondam a suas necessidades de saúde de forma integrada, por meio de diferentes pontos da rede de atenção à saúde. - A coordenação tem maior importância relativa, já que, sem ela, o primeiro contatotornar- se-ia uma função puramente administrativa, a longitudinalidade perderia muito de seu potencial e a integralidade ficaria comprometida. A atenção coordenada é justificada e necessária, porque é cada vez maior o número de pessoas que sofrem de mais de uma doença e recebem cuidados de saúde por trabalhadores de diferentes especialidades. 5. Centralidade na família: na avaliação das necessidades individuais para a atenção integral deve-se considerar o contexto familiar e seu potencial de cuidado e, também, de ameaça à saúde, incluindo o uso de ferramentas de abordagem familiar = Implica considerar a família como o sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com esta unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde. 6. Orientação comunitária: reconhecimento por parte do serviço de saúde das necessidades em saúde da comunidade através de dados epidemiológicos e do contato direto com a comunidade; sua relação com ela, assim como o planejamento e a avaliação conjunta dos serviços = Implica o reconhecimento das necessidades familiares em função do contexto econômico, social e cultural em que vivem, o que exige uma análise situacional das necessidades de saúde das famílias na perspectiva da saúde coletiva. 7. Competência cultural: adaptação das equipe e profissionais de saúde às características culturais especiais da população para facilitar a relação e a comunicação com a mesma. 50 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GOVERNO UNIÃO A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde. Historicamente, o Ministério da Saúde aplica metade de todos os recursos gastos no país em saúde pública em todo o Brasil, e estados e municípios, em geral, contribuem com a outra metade dos recursos. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas, etc.). Também tem a função de planejar, elaborar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS 51 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ESTADOS E DF Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território. MUNICÍPIOS São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território. O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal. Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer. PB3 - O DIA A DIA DA EQUIPE DE TRABALHO DEFINIR MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE (FUNÇÕES; IMPORTÂNCIA) - A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade eminentemente clínica que também desenvolve, de forma integrada e integradora, práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde, dirigidas a pessoas, famílias e comunidades. - Os quatro pilares: Atenção Primária, Educação Médica, Humanismo e Formação de Lideranças - são ao mesmo tempo apoio e norte de ação, bases teóricas que garantem a identidade de valores e estratégias de atuação. • A Organização Mundial de Médicos de Família – WONCA em 1997, estabeleceu a seguinte definição para o Médico de Família e Comunidade “É o profissional responsável de proporcionar atenção integral e continuada a todo indivíduo que solicite assistência médica, podendo mobilizar para isto outros profissionais da saúde, que prestarão seus serviços quando for necessário. Aceita qualquer pessoa que solicite atenção, ao contrário 52 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 de outros profissionais ou especialistas, que limitam a acessibilidade de seus serviços pela idade, sexo e/ou diagnóstico dos pacientes. Atende o indivíduo no contexto da família e a família no contexto da comunidade de que faz parte. É competente clinicamente para proporcionar a maior parte da atenção que necessita o indivíduo, considerando sua situação cultural, sócio econômica e psicológica “. • O médico de família e comunidade deve: - Planejar estratégias para a abordagem de problemas na comunidade, baseados em um diagnóstico técnico, clínico, epidemiológico e de necessidade de recursos, acompanhados por um programa estreito de avaliação de resultados, que permita retroalimentar ao sistema. - Desenvolver ações e programas de promoção da saúde tanto nas unidades médicas, como na própria comunidade. - Utilizar os recursos da família e a comunidade na solução dos problemas. - Desenvolver estratégias de planejamento participativo. - Ter em conta as particularidades culturais da população em questão. - Conhecer as fontes de informação relevantes. - Conhecer as características geográficas e culturais da comunidade. DESCREVER O PST, SAÚDE NA HORA E OUTRAS FERRAMENTAS DO NASF (PAPEL E FUNÇÃO DE CADA PROFISSIONAL) SAÚDE NA HORA - O Programa foi lançado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) em maio de 2019 e passou por atualizações com a publicação da Portaria nº 397/GM/MS, de 16 de março de 2020. O programa viabiliza o custeio aos municípios e Distrito Federal para implantação do horário estendido de funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o território brasileiro. - Conta agora com a possibilidade de adesão em quatro tipos de formato de funcionamento em horário estendido: USF com 60 horas semanais, USF com 60 semanais horas com Saúde Bucal, USF com 75 horas semanais com Saúde Bucal e USF ou UBS com 60 horas semanais Simplificado. 53 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ESF - Visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida pelo MS e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo - efetividade. Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional - ESF composta por, no mínimo: - Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; - Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; - Auxiliar ou técnico de enfermagem; - ACS - Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião- dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 54 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ➢ Atribuições dos profissionais (Disponível em https://bit.ly/3bD6WfP ): Enfermeiro: I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduose famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; III - Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; IV - Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem; V - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Auxiliar e Técnico de Enfermagem: Este profissional da equipe acompanha as visitas domiciliares com maior frequência e, entre as atribuições listadas abaixo, é o principal responsável pelas ações educativas na unidade. É de sua competência: I - Participar das atividades de assistência básica, realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na Unidade de Saúde Familiar (USF) e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); II - Realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; III - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. 55 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Médico: I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); III - Realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, gineco-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos; IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência; V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; VII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Agente Comunitário de Saúde: I - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; II - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; III - Estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde e à prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe; IV - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; V - Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; VI - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e de agravos, e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito daquelas em situação de risco; VII - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; e VIII - Cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e ao controle da malária e da dengue, conforme a Portaria nº 44/GM, de 3 de janeiro de 2002. Cirurgião-Dentista: I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal; 56 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais; III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade; IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento; V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; VII - Contribuir e participar das atividades de educação permanente do THD, do ACD e do ESF; VIII - Realizar supervisão técnica do THD e do ACD; IX - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Técnico em Saúde Bucal (TSB): I - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; II - Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; IV - Apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal; V - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): I - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; II - Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados; III - Preparar e organizar instrumental e materiais necessários; IV - Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião-dentista e/ou o THD nos procedimentos clínicos; V - Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos; VI - Organizar a agenda clínica; VII - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 57 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. ➢ A ESF incorpora os princípios do SUS: - Integralidade e Hierarquização - Territorialização e Adscrição da Clientela: a USF trabalha com território de abrangência definido, sendo responsável pelo cadastramento e acompanhamento desta população. Recomenda-se que a equipe seja responsável por, no máximo, 4000 pessoas do território. - Caráter Substitutivo: substituição das práticas tradicionais de assistência, com foco nas doenças, por um novo processo de trabalho,centrado na Vigilância à Saúde - Equipe Multiprofissional ➢ Principais programas da Atenção Primária a serem executadas pelas ESF: - Atenção à Saúde da Criança - Atenção à Saúde da Mulher - Controle de hipertensão e diabetes - Controle de Tuberculose - Eliminação da Hanseníase e Ações de saúde bucal 58 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 ➢ Avaliação das atividades da ESF: - O Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) é um sistema de informação responsável por armazenar e sistematizar os dados coletados, gerando relatórios de acompanhamento e avaliação que vão mostrar como está a situação de vida e saúde da população. - Constitui-se em desafios à ESF sua integração à rede assistencial, o aumento de sua resolutividade e a capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Com o objetivo de superar estes desafios, o Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para ampliar a abrangência e as ações da Atenção Básica, reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde. NASF: NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA - Modalidades de Nasf, conforme a Portaria nº 3.124/2012: 59 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Portaria Nº 154/2008 cria o NASF com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da ESF na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica. 60 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS - Para a organização e o desenvolvimento do processo de trabalho do Nasf: Apoio Matricial, Clínica Ampliada, Projeto Terapêutico Singular (PTS), Projeto de Saúde no Território (PST) e Pactuação do Apoio. Descrição a baixo disponível em: https://bit.ly/2xwBnW6 61 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - O Apoio Matricial se configura como um arranjo organizacional que assegura retaguarda especializada a equipes de referência responsáveis por cuidados em saúde, pautado pelo compartilhamento horizontal dos diversos saberes implicados assim como deve ser a relação estabelecida entre uma equipe Nasf e uma equipe de Saúde da Família. ➢ Nasf e as equipes de AB: 62 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 PST - PROJETO DE SAÚDE NO TERRITÓRIO - Pretende ser uma estratégia das equipes de SF e do NASF para desenvolver ações efetivas na produção da saúde em um território, articulando os serviços de saúde com outros serviços e políticas sociais, de forma a investir na qualidade de vida e na autonomia das comunidades. - Deve iniciar-se pela identificação de uma área e/ou população vulnerável ou em risco. Tal identificação pode acontecer a partir de um "caso clínico" que chame a atenção da equipe, como uma idosa com "marcas de queda" e que pode ser vítima de violência. Deve ainda ter foco na promoção da saúde, na participação social e na intersetorialidade, com a criação de espaços coletivos de discussão, nos quais sejam analisados a priorização das necessidades de saúde, os seus determinantes sociais, as estratégias e os objetivos propostos para a sua abordagem. É no espaço coletivo que a comunidade, suas lideranças e membros de outras políticas e/ou serviços públicos, presentes no território, poderão se apropriar, reformular, estabelecer responsabilidades, pactuar e avaliar o projeto de saúde para a comunidade. O PST auxilia ainda o fortalecimento da integralidade do cuidado à medida que trabalha com ações vinculadas à clínica, à vigilância e à promoção da saúde. 63 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 Disponível em: https://bit.ly/3apIa2o 64 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 CLASSIFICAR E DIFERENCIAR AS DEMANDAS E TECNOLOGIAS DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA TECNOLOGIAS DE SAÚDE - Na Atenção Básica, as tecnologias de saúde que produzem o cuidado são aquelas consideradas leve (os modos relacionais de agir na produção dos atos de saúde) e leve-duro (os saberes tecnológicos clínicos e epidemiológicos) e, independentemente do recorte profissional, todos os trabalhadores da área fazem clínica cuidadora e operam práticas sanitária - https://bit.ly/2Uqk5Db : 65 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - Merhy (2002) classifica as TS, em três tipos: TS leves: são as tecnologias relacionais, como aquelas da produção do vínculo, acolhimento, autonomização. Por acolhimento, entende-se tratar o indivíduo que procura atendimento com afeto, dando respostas aos demandantes, individuais ou coletivos. Permite gerar informação, para a equipe de saúde e para o usuário, que possibilite a interpretação dos problemas e a oferta de novas opções tecnológicas de intervenção, escutando a pessoa e sendo entendido por ela, assumindo as responsabilidades de condução e acompanhamento dos casos onde é necessária intervenção tecnológica (LUGARINHO, 2007). Por vínculo e responsabilização se entende refletir sobre as responsabilidades e o compromisso que a equipe tem com cada usuário e os problemas que eles apresentam. Devem-se estabelecer relações claras e próximas com o usuário, visando transformar-se em referência para ele nas suas questões de saúde, sem esquecer, contudo, de ajudá-lo a construir sua autonomia. Entender, respeitar e estimular a autonomia dos usuários incentivando o autocuidado, oferecendo informações sobre os processos de adoecimento e o papel dos serviços de saúde na preservação da saúde. Sempre que possível o profissional deve oferecer as opções de tratamento com informações claras, estimulando a participação do usuário no processo de recuperação da saúde; TS leve duras: ou seja, as tecnologias-saberes, que são os saberes estruturados que operam no processo de trabalho em saúde, tais como a clínica médica, a pediátrica, a clínica psicanalítica, a epidemiologia, e outras; TS duras: que são as máquinas-ferramentas, como equipamentos, aparelhos, normas e estruturas organizacionais. - Ainda de acordo com Merhy (2002), as tecnologias podem ser classificadas em leve quando abordamos relações, acolhimento, gestão de serviços; em leve dura quando nos referimos aos saberes bem estruturados; e dura quando envolvem os equipamentos tecnológicos do tipo máquinas e as normas. - https://bit.ly/2WURp6P : 66 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 - https://bit.ly/3bCeFuG : - https://bit.ly/2JpgP4u : - https://bit.ly/2UoXBSQ : 67 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV SUS 2020 TIPOS DE DEMANDAS 1) Demanda Reprimida: - Casos que por algum motivo não foram atendidos. Ex: quando nos dirigimos ao centro de saúde para consulta, exame, vacina, retirar medicamento ou atendimento e não somo atendidos simplesmente voltamos para casa e aguardamos o serviço se normalizar; não havia vaga, profissional. - Disponível em: https://bit.ly/2QV3kh4 (espontânea e programada): 2) Demanda espontânea: - Chama-se de demanda espontânea aquele que comparece a unidade inesperadamente, seja para problemas agudos ou por motivos que o próprio paciente julgue como necessidade de saúde. E ela deve ser acolhida na atenção básica por que: 1) o usuário apresenta queixas que devem ser acolhidas e problematizadas junto ao paciente, 2) a atenção básica consegue absorver e ser resolutiva em grande parte dos problemas de saúde, 3) para criação e fortalecimento de vínculos e 4) cria-se oportunidade para invenção de novas estratégias de cuidado e de reorganização do serviço. 3) Demanda
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