Buscar

Direito Tributário Constitucional - Atividade Discursiva anhanguera

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atividade Discursiva – Direito Tributário Constitucional
O Brasil é considerado nos dias atuais como um dos países de maior carga tributária, que de maneira direta acaba onerando as empresas em altos valores de tributos. Porem muitas empresas acabam deixando de pagar estes tributos e uma fatia desta a sonegação de impostos. Vale ressaltar que esta sonegação é válida tato para a pessoa física como a jurídica. De acordo com o Sonegometro, a sonegação de impostos atinge a marca de 215 bilhões em 2018, valor este que se equivale a construção de mais de 6 milhões de casas populares.
Disponível em https://www.segs.com.br/mais/economia/118393-sonegacao-de-impostos-atinge-marca-de-215-bilhoes-em-2018.
O governo vem tomando medidas drásticas para pelo menos diminuir este valor de sonegação e uma delas é a implementação do Bloco K, controle este que o governo terá condições de verificar a movimentação do estoque da empresa. Este controle hoje já é praticado nas multinacionais e também em alguns atacadistas. Na constituição do Crédito Tributário, ocorre o chamado lançamento, que de acordo com o Código Tributário Nacional – CTN, é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente bem como calcular o montante devido, identificando o sujeito passivo, propondo assim a aplicação da penalidade. É através do lançamento que o fisco constitui o credito tributário direcionando ao contribuinte de pagamento do tributo.
Considerando o contexto mencionado acima, elabore um texto dissertativo, contemplando os seguintes aspectos: De acordo com o Código Tributário Nacional – CTN, na constituição do crédito tributário explique os três tipos de lançamento.
Segundo o CTN, compete à autoridade administrativa constituir o crédito tributário por meio da atividade LANÇAMENTO, esta sendo vinculada e obrigatória.
CTN. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Para compreender completamente o conceito de lançamento, trazido pelo art. 142 do CTN, “Ato administrativo unilateral, privativo do Fisco, plenamente vinculado, declaratório da ocorrência do fato gerador e constitutivo do crédito tributário” (MAZZA), é necessário decompor e explicar as partes que o compõem, conforme segue: Ato administrativo unilateral, sendo de competência privativa da administração, deve seguir o rito previsto na legislação. Plenamente vinculado, devendo ser praticado sem margem de liberdade para a autoridade, ou seja, é obrigada a realizar o lançamento, cabendo inclusiva, responsabilização funcional. Privativo do Fisco, somente podendo ser praticado pela autoridade administrativa. Declaratório do fato gerador, constituindo o crédito tributário a partir desta declaração. Constitutivo do crédito tributário, gerando o direito de o Fisco cobrar o contribuinte.
Do conceito apresentado, podemos extrair que da ocorrência do fato gerador nasce a obrigação tributária principal, porém esta obrigação não é suficiente para que a dívida possa ser paga, é necessário que se indique a ocorrência do fato gerador, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e propor a aplicação da penalidade cabível. É deste detalhamento que cabe o lançamento, ato que legitima a cobrança do crédito tributário, ou seja, o procedimento que transforma a obrigação em líquida, certa e exigível.
O ato do lançamento somente estará concluído quando o pagador for formalmente notificado a respeito do débito e com data viável para pagamento ou impugnação.
Embora seja um ato administrativo vinculado (privativo do fisco), é possível, em seu processamento, uma participação do contribuinte. Desta participação derivam os tipos ou modalidades de lançamentos.
Pelo CTN, seção II, as modalidades de lançamento são definidas de acordo com intensidade da participação do contribuinte. Estas espécies são:
a) Lançamento direto, de ofício ou ex officio - O lançamento direto é um ato unilateral, realizado pela autoridade fiscal sem qualquer auxílio ou participação do contribuinte, haja visto que ela dispõe de dados suficientes em seus registros para efetuar a cobrança da exação. Cabe ao Fisco calcular o valor devido e realizar o lançamento no prazo de cinco anos, sob risco de decadência do direito. Este tipo de lançamento prevê, taxativamente, em legislação, as hipóteses em que será possível fazer uma revisão dos lançamentos. Este rol é fundamental para permitir que a autoridade possa corrigir também as faltas (erro do contribuinte) ocorridas nos outros tipos de lançamentos. Como exemplos desta modalidade de lançamento temos o IPTU, IPVA, taxas e contribuições de melhoria.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
b) Lançamento misto ou por declaração – O lançamento misto é um procedimento constitutivo do crédito de iniciativa da administração que o faz com base em informações fornecidas pelo contribuinte por meio de declaração. O sujeito passivo (contribuinte) ou um terceiro prestam informações às autoridades administrativas sobre fatos geradores que implicarão na constituição de obrigação tributária, cabendo ao Fisco calcular o valor devido. Como exemplos desta modalidade de lançamento temos o ITCMD, o ITBI, o II e o IE. 
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
c) Lançamento por homologação ou autolançamento – O lançamento por homologação tem participação direta e ativa na constituição do crédito tributário, sendo papel do fisco apenas a homologação do lançamento. Esta modalidade de lançamentogeraa uma grande praticidade para o Fisco, pois é o contribuinte d=que deve calcular o valor devido, antecipar o pagamento e comunicar as autoridades. Como exemplos desta modalidade de lançamento temos o ICMS, o IR, o IPI, o PIS, o COFINS, a CSLL, entre muitos outros. Esta modalidade abrange a maioria dos tipos de lançamentos, seguindo a forma atual de governo, no sentido de Estado mínimo.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
O lançamento é ato administrativo mas há circunstâncias que permitem que o lançamento seja revisado e eventualmente alterado, porém, é necessário que se cumpra estritamente o que foi instituído por lei (CTN). 
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.
Ao ser notificado, o contribuinte pode realizar a impugnação do lançamento (fase contenciosa), o que acarretará em suspensão da exigibilidade. Se for considerada procedente total ou parcialmente, extinguirá ou reduzirá o crédito. Se improcedente, segue a exigibilidade.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Referências
MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito. Manual de direito tributário. Barueri - SP: Atlas, 2022.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito tributário. São Paulo - SP: Saraiva Educação, 2022.
SABBAG, Eduardo. Direito Tributário Essencial. Rio de Janeiro - RJ: Forense; MÉTODO, 2021.

Continue navegando