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Seminário II

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Seminário II – CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE LANÇAMENTO 
1. Que é lançamento tributário? É correto afirmar que o lançamento tributário apresenta-se em três espécies? O chamado lançamento por homologação é efetivamente lançamento? E o lançamento por declaração?
Resposta: Importante lembrar que uma vez ocorrido o fato hipoteticamente previsto em lei, definido como fato gerador, surge a obrigação tributária, tendo o sujeito passivo o dever de pagar e o sujeito ativo o direito de receber o tributo devido. 
Porém para que esse crédito torne- se exigível, faz-se necessário, ter o lançamento, o qual formaliza o vínculo obrigacional. 
Nesse passo podemos definir o lançamento como sendo o procedimento administrativo, realizado na maioria das vezes pelo fisco o qual verificará a existência do fato gerador e assim calcular o quanto devido a ser recolhido pelo sujeito passivo. 
Tal conceito pode ser extraído do artigo 142 do Código Tributário Nacional, que abaixo transcrevemos:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
 Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Portanto, podemos concluir que o lançamento trata-se de uma atividade administrativa vinculada, prevista em lei e devidamente obrigatória a ser cumprida, sem margem de escolha, como já sedimentado no artigo 3º do Código Tributário Nacional, quando expresso: “cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”[footnoteRef:1] [1: Artigo 3° da Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional] 
Sendo um ato administrativo, vale lembrar que deve conter alguns elementos indispensáveis, os quais sejam: Competência, forma, objeto, motivo e finalidade. 
Ainda é importante ressaltar, que o lançamento, tem a natureza jurídica mista, uma vez que constitui o crédito e ainda declara a obrigação tributária.
Embora o lançamento seja uma atividade a ser realizada pelo ente federativo, existe ainda a possibilidade de ter participação do sujeito passivo em algumas modalidades, o que é criticado por alguns doutrinadores, que questionam se realmente podem ser considerados como lançamento Tributário. A seguir veremos cada uma delas:
Lançamento de ofício - Neste o fisco lança o tributo, sem participação do contribuinte, ele baseia-se em dados que já dispõe do sujeito passivo, declarando a ocorrência do fato gerador e realizando o cálculo do tributo devido. 
Os casos aos quais são realizados o lançamento de ofício, estão previstos no artigo 149 do Código Tributário Nacional. 
 Lançamento por declaração - Já nesta modalidade, encontramos a participação do sujeito passivo, a considerar que este, presta informações, a chamada obrigação acessória, sendo que através delas o fisco constitui o crédito tributário e estipula o quanto a ser pago.
Tal modalidade, segue as determinações do artigo 147 do Código Tributário Nacional. 
Referente a este lançamento, que a doutrina crítica, pois leva-se em consideração, que estamos diante de um ato administrativo, que em tese deveria ser realizado pela autoridade competente e não pelo contribuinte.
 Lançamento por homologação - Prevista no artigo 150 do Código Tributário Nacional, sendo os casos em que o sujeito passivo antecipa o pagamento, sendo que posteriormente a autoridade administrativa, manifesta através da homologação a concordância com a atividade realizada pelo contribuinte. 
Nesta modalidade, a extinção do crédito tributário não se dá com o pagamento e sim, com a respectiva homologação. 
Também criticado, vez que neste tem total realização do contribuinte, sendo que o ente federativo, apenas homóloga o que foi realizado.
2. Dado o auto de infração fictício (anexo I), pergunta-se:
a. Identifique as normas individuais e concretas veiculadas no respectivo auto de infração;
Resposta: Observado o Auto de Infração, selecionamos os elementos:
Norma individual e concreta:
(i) A expedição do Auto de Infração pela Secretaria da Fazenda, onde apurou-se a Infração de inadimplemento do ICMS (critério material) entre os Estados (critério espacial).
(ii) Sujeito Ativo: Secretaria do Estado dos Negocias da Fazenda de São Paulo e Sujeito Passivo: Bate o Pé Indústria e Calçados LTDA.
(iii) O não recolhimento do imposto devido, dentro do prazo legal, ensejando a aplicação de penalidade. 
b. Confronte as noções de (i) auto de infração – documento, (ii) ato administrativo de imposição de multa, (iii) ato administrativo de lançamento e (iv) ato de notificação;
Resposta: (i) Auto de infração - Pode ser entendido como um procedimento administrativo realizado pela autoridade administrativa, o qual infrações à legislação tributária e ainda aplica às devidas penalidades cabíveis. Ele pode ser considerado, como um instrumento de norma individual e concreta, onde realiza-se o lançamento de ofício.
(ii) Ato Administrativo de Imposição de multa – O ato administrativo trata-se da declaração de vontade do Estado, propriamente dito ou de alguém imputado em sua vontade, a qual gera efeitos jurídicos imediatos, com a mais estrita observância da lei e sob o regime jurídico predominantemente de Direito Público. Desta forma, após as devidas apurações, pode o ente público aplicar as devidas penalidades, quando constatado a infração a legislação. 
(iii) Ato Administrativo de lançamento – É através do ato de lançamento que constitui o crédito tributário e assim gera a obrigação do sujeito passivo em realizar o respectivo pagamento. 
(iv) – Ato de notificação – Trata-se do instrumento físico lavrado pelo ente público, o qual cientificará o sujeito passivo da penalidade que incorre. 
c. Explique as teorias declaratória e constitutiva do crédito tributário. Que instante nasce a obrigação tributária? E o crédito tributário? Que significa “constituição definitiva do crédito”?
Resposta: De acordo com a teoria declaratória, o lançamento como vimos anteriormente, declara a existência do crédito tributário. 
Por outro lado, a constitutiva defende que o lançamento tem o condão de constitui o crédito tributário.
Levando em consideração o disposto no artigo 113, § 1° do Código Tributário Nacional, o crédito tributário tem seu nascimento com a ocorrência do fato gerador, como a seguir destacado:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. (grifos nossos).
É aí que entra o lançamento, quando realizado, constituiu o crédito tributário, tornando-o exigível.
Antes de ter o lançamento, o crédito inexiste, portanto não pode ser exigível.
Em relação a constituição definitiva do crédito tributário, trata-se do momento em que não há mais possibilidade de revisão deste pela Administração Pública, ou seja, exauriu-se a esfera administrativa, podendo apenas ser anulado pela judicial, através do ingresso de ação anulatória. 
3. Determinada empresa contribuinte de ICMS declara e formaliza o seu débito fiscal, de acordo com a lei, mas por motivos quaisquer não recolhe o montante devido. Diante disso, a Fazenda Estadual do Estado de São Paulo encaminhou o débito para inscrição em dívida ativa, acompanhado de juros de mora e penalidades que entende cabíveis, para posterior execução. Poderia a Fazenda inscrever o débito diretamente sem antes realizar o lançamento de ofício? A resposta é a mesma no que diz respeito aos juros e penalidades? (Vide anexo II). 
Resposta: No caso relatado, estamos diante do lançamento por homologação, tratado no artigo 150 do Código Tributário Nacional, como estudadoanteriormente.
Desta forma, realizado a declaração, tem-se a confissão do débito, sendo autorizado a administração, inscrever o débito, sem a obrigatoriedade de realizar qualquer outra atividade ou ainda notificação do devedor. 
Neste sentido, destacamos o entendimento jurisprudencial:
Ementa: TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO OU AUTOLANÇAMENTO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE. 1 Em se tratando de ICMS, tributo sujeito a lançamento por homologação ou autolançamento, na forma do art. 150 do CTN, a inscrição do crédito em dívida ativa, em face da inadimplência da obrigação, não compromete a liquidez e exigibilidade do título executivo, não sendo necessária a homologação formal, sendo o tributo exigível independentemente de procedimento administrativo fiscal. Precedentes: EREsp n. 373.772/RS, desta relatoria, Primeira seção, DJ de 17.10.2005; AgRg no REsp 1016430/SP, Rel. Min. Castro Meira, segunda turma, DJ de 02.04.2008. 2 Agravo regimental não-provido. (STJ – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO AgRg no Ag 1013587 SP 2008/0031750-0 (STJ)). 
No mesmo sentido, segue a aplicação dos juros e penalidades decorrentes do inadimplemento da obrigação tributária.
4. Com relação ao lançamento por homologação, pergunta-se:
a) Que é homologação? O que se homologa: (i) o pagamento efetuado antecipadamente; (ii) a norma individual e concreta posta pelo contribuinte; ou (iii) ambos? Justifique sua resposta.
Resposta: Homologação trata-se da concordância do fisco com as informações e pagamento antecipado pelo contribuinte, extinguindo assim o obrigação existente, envolvendo assim o pagamento realizado, bem como a norma individual e concreta. 
b) Quando se verifica a homologação expressa? Trata-se de ato administrativo? Há no direito positivo a possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento?
Resposta: Ela se dá nos moldes do artigo 150 §4° do Código Tributário Nacional, no prazo de 05 (cinco) anos, manifesta-se inequivocamente e de forma expressa no aceite das informações prestadas pelo contribuinte.
5. A lei n. 10.035/00 estabelece que serão executados, nos autos da reclamação trabalhista, os créditos previdenciários devidos em decorrência da decisão proferida pelos Juízes e Tribunais, resultantes de condenação ou homologação do acordo. Pergunta-se: a decisão judicial, cognitiva ou homologatória, constitui o crédito tributário? Há lançamento? Como ficam os princípios do contraditório e da ampla defesa? (Vide anexos III e IV).
Resposta: Sim, é possível a constituição do crédito, através de sentença judicial, proferida na justiça do Trabalho.
Tal autorização é dada pela Constituição Federal, através do artigo 144, inciso VIII. 
Destacamos também a Portaria nº 516/03 do Ministério da Previdência Social, que prevê em seu artigo 6º:
Art. 6º A sentença homologatória de cálculo da contribuição previdenciária devida supre a inexistência de lançamento administrativo (art. 142 CTN).
Aqui também não há o que se falar em violação ao contraditório e ampla defesa, uma vez que a sentença judicial, não é absoluta, ela pode ser rebatida através de recurso, onde permite-se que o caso seja reapreciado pelo órgão colegiado competente.
Vale lembrar, que caberá à parte que se sentir prejudicada, interpor o recurso dentro do prazo previsto em lei, sendo que se houve inércia, a decisão transitará em julgado, não podendo mais ser modificada, em razão da segurança jurídica.
6. Sobre as hipóteses correlatas às alterações do lançamento, responda:
a) Existe diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, para fins de revisão do lançamento tributário? Há possibilidade de revisão do lançamento fundado em erro de direito? E em erro de fato? Qualquer erro de fato é suficiente para fundamentar a alteração do lançamento? (Vide anexos V, VI e VII).
Resposta: Não há o que se falar em distinção entre as terminologias. O que ocorrer nesses casos, trata-se de normas, que deixaram margens para diversas interpretações. Porém se já houve o lançamento, não pode a administração modifica-lo sob a justificativa de erro de direito.
Por outro lado, apenas é permitida a alteração de lançamento, se for por erro de fato.
Nesse sentido, entende Paulo de Barros Carvalho[footnoteRef:2] [2: CARVALHO, Paulo de Barros – Direito Tributário: Linguagem e Método – 4ª Edição – Editora Noeses, São Paulo, 2011, paginas 523 e 524. ] 
“O erro da autoridade fiscal que justifica a alteração do ato de lançamento é apenas o “erro de fato”; nunca o “erro de direito”. Não obstante, ainda que nem sempre seja fácil distinguir esses dois tipos de erro, isso não nos impede de aplicar a discriminação nos pontos que enxergamos com clareza. Enquanto o “erro de fato” é um problema intranormativo, um desajuste interno na estrutura do enunciado, o “erro de direito” é vício de feição internormativa, um descompasso entre a norma geral é abstrata e a individual e concreta”
b) A alteração da base de cálculo, ou da sistemática de apuração do tributo pode ser feita mediante retificação do lançamento? A eleição errônea da base de cálculo, ou da sistemática de apuração configura-se como erro de fato, erro de direito ou mudança do critério jurídico? Tem o condão de acarretar anulação do lançamento? (Vide anexos VIII, IX e X)
Resposta: Conforme estudado no tópico anterior, apenas há a possibilidade de alterar o lançamento se ocorrer erro de fato. 
Na questão em epígrafe, não há possibilidade de alteração visto ser erro de direito.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Paulo de Barros – Curso de Direito Tributário – 19ª Edição – Editora Saraiva – São Paulo, 2007. 
CARVALHO, Paulo de Barros – Direito Tributário: Linguagem e Método – 4ª Edição – Editora Noeses, São Paulo, 2011. 
ALEXANDRE, Ricardo – Direito Tributário Esquematizado – 7° edição – Editora Método – São Paulo, 2013.
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