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RESPOSTA seminario_de_casa_ict_ii_2021

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Módulo Incidência e Crédito Tributário 
ALUNA: ALINE RODRIGUES JACQUES 
MODULO II - INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
SEMINÁRIO II - CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE 
LANÇAMENTO 
DATA: 16/04/2021 
 
 
Questões 
1. Considerando os conceitos de norma, incidência e crédito tributário, responda: 
 a) Que é lançamento? Definir o conceito especificando: quem pode lançar, se é ato ou 
procedimento e qual a sua finalidade. 
 
Estabelece o artigo 142 do Código Tributário Nacional que “compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar 
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”. E em seu § único, 
arremata dispondo que “a atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”. 
Paulo Barros de Carvalho, conceitua: 
“Lançamento tributário é o ato jurídico administrativo, da 
categoria dos simples, constitutivos e vinculados, mediante o 
qual se insere na ordem jurídica brasileira uma norma individual 
e concreta, que tem como antecedente o fato jurídico tributário 
e, como conseqüente, a formalização do vínculo obrigacional 
pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, a 
determinação do objeto da prestação, formado pela base de 
cálculo e correspondente alíquota, bem como pelo 
estabelecimento dos termos espaço-temporais em que o crédito 
há de ser exigido.”1 
 
Seguindo tal premissa, entendemos que lançamento é um ato ou uma 
série de atos de competência privativa da autoridade administrativa 
(procedimento), realizado com obediência as formalidades legais impostas, por 
meio do qual se constitui o crédito tributário, tornando-o líquido certo e exigível 
 
1 CARVALHO Paulo de Barros. Curso de direito tributário: 30 . ed. São Paulo: Saraiva, 2019. p. 
412. 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
ou seja, é ato administrativo vinculado e obrigatório, emanado de agente 
administrativo competente, que, com base na lei, confirma a existência da 
obrigação tributária (efeito declaratório) e constitui o direito da autoridade 
administrativa ao crédito tributário (efeito constitutivo), por meio da homologação 
tácita ou expressa do pagamento. É o lançamento, portanto, ato privativo da 
autoridade administrativapor meio do qual se convretiza a subsunção da lei ao 
caso concreto. 
Contudo, a depender do tributo o procedimento adotado para o 
lançamento pode ser realizado tanto pelo contribuinte, pelo lançamento por 
homologação ou por declaração; quanto pela autoridade administrativa a quem 
compete o lançamento de ofício. 
Tem natureza jurídica de ato administrativo, pois possui todos os 
elementos que o caracterizam, como por exemplo, o motivo específico, um 
agente competente, bem como uma forma organizada e determinada na lei. 
Nas palavras esclarecedoras do professor Paulo de Barros Carvalho: 
“Lançamento é ato jurídico e não procedimento, como 
expressamente consigna o art. 142 do Código Tributário 
Nacional. Consiste, muitas vezes, no resultado de um 
procedimento, mas com ele não se confunde. É preciso dizer 
que o procedimento não é imprescindível para o lançamento, 
que pode consubstanciar ato isolado, independente de qualquer 
outro. Quando muito, o procedimento antecede e prepara a 
formação do ato, não integrando com seus pressupostos 
estruturais, que somente nele estarão contidos”2. 
 
Tem por finalidade: traduzir legislação existente ao tempo em que ocorreu 
o evento, tem efeitos declaratórios da existência concreta de obrigação tributária, 
a partir da determinação da matéria tributável, com a identificação de todos os 
critérios da regra matriz de incidência (material, espacial, temporal, subjetivo e 
quantitativo) e, com a subsequente notificação do sujeito passivo, conferir 
exigibilidade ao crédito tributário, concretizando o direito subjetivo da Fazenda 
Pública, na medida em que torna líquido o quantum debeatur da obrigação 
 
2 Idem. p. 413. 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
tributária, o ato final objetivado pela autoridade administrativa é a constituição do 
crédito tributário. 
 
 b) É correto afirmar que o lançamento tributário se apresenta em três espécies? Se 
positiva a resposta, qual o critério que orienta tal classificação, ou seja, o que diferencia 
uma espécie da outra ? 
 
Sim, o Código Tributário Nacional em seus artigos 147, 149 e 150 traz a 
previsão de três modalidades de lançamento, são elas: 
Por declaração, no qual o contribuinte fornece os elementos para que a 
autoridade administrativa, com os dados da declaração, apure crédito tributário 
e expeça notificação ao contribuinte para que este realize o pagamento do 
tributo. 
O lançamento por homologação, no qual o contribuinte quem apura o 
crédito tributário e promove o recolhimento do tributo, cabendo a autoridade 
administrativa simplesmente chancelar tal apuração ou questionar lançamento 
homologar os atos por ele praticados, questinar o lançamento ou isso ocorre de 
razão do transcurso do prazo decadencial. 
E, por fim, o lançamento de ofício é aquele em que a autoridade 
administrativa detém elementos suficientes para efetuar o lançamento ou nos 
casos em que o contribuinte deixa de cumprir sua colaboração na realização do 
lançamento, solucionando problemas decorrentes de omissões (declarações 
não prestadas), erros (declarações prestadas com equívocos) ou fraudes (tanto 
do sujeito passivo quanto da própria autoridade fiscal), justificando assim, o 
lançamento de ofício, seja para substituir, seja para corrigir lançamento não feito 
ou feito incorretamente em outra modalidade, porém, somente pode ser efetuado 
enquanto não estiver extinto o crédito tributário. 
A grande diferença nas modalidades de lançamento tributário se dá pelo 
grau de colaboração do contribuinte para a realização do ato. 
 
 c) O chamado lançamento por homologação é efetivamente lançamento? E o 
lançamento por declaração? 
 
Nas palavras do professor Paulo de Barros Carvalho sobre o assunto: 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
 
“A maior parte dos tributos hoje existentes prescindem do 
lançamento tributário, dando-se a incidência mediante ato do 
particular. Nesses tributos, ocorridos os eventos previstos em lei, 
devem os respectivos sujeitos passivos emitir a norma individual 
e concreta, constituindo o crédito tributário e, em seguida, 
proceder ao pagamento, extinguindo o liame obrigacional, em 
nada interferindo o Poder Público que, ao menos em tese, 
permanece vigilante, numa posição meramente controladora da 
conduta dos administrados”.3 
 
Portanto, seguindo a premissa de que o lançamento é um ato 
administrativo e, como tal, é atividade vinculada e privativa das autoridades 
administrativas e, em matéria tributária é realizada pelo Fisco, o lançamento por 
homologação, bem como por declaração não podem ser considerado um 
lançamento em seu sentido estrito, a simples obrigação de relatar a ocorrência 
dos fatos geradores e realizar o recolhimento dos valores devidos pelo próprio 
contribuinte, não pode ser considerado a mesma coisa que a atividade 
administrativa, ou seja, a prática do lançamento é privativa das autoridades 
administrativas, de modo que os lançamentos por homologação e declaração 
não constituem um lançamento. Ademais, o lançamento feito pelo contribuinte 
deve ser revisado pela autoridade administrativa para que ocorra a sua 
confirmação. 
 
 d) O lançamento tem eficácia declaratória e/ou constitutiva? O que é declarado e/ou 
constituído? Quando isso ocorre? 
 
O lançamento tributário possuí ambas as eficácias, “constitui” o crédito 
tributário nascido de uma obrigação “declarada” também pelo lançamento. 
 Isso porque tem comofinalidades a concretização do vínculo obrigacional 
entre o sujeito passivo e o sujeito ativo, sendo ato declaratório da relação jurídico 
tributária e de constituição do crédito tributário, sendo o meio pelo qual se 
constitui o direito de cobrança do Fisco. 
 
3 Carvalho, Paulo de Barros. Linguagem e Método. – 30.ed.– São Paulo: Saraiva Educação, 
2019. p. 537/538. 
 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
Com a construção da norma individual e concreta que se apresenta como 
o fim almejado pelo ato de lançamento. 
 
 e) Confrontar as noções de tempo no fato e tempo do fato. 
 
Tempo do fato é o momento de aplicação da norma geral e abstrata, que 
dá origem ao fato jurídico tributário. Relaciona-se a enunciação da norma 
individual e concreta e determina qual norma processual será aplicada para a 
para concretização da incidência da norma geral e abstrata. 
Tempo no fato é a denotação do momento de ocorrência do evento, 
relacionada com o enunciado constituído juridicamente que descreve o evento e 
está inserido no sistema do direito positivo pela norma geral e abstrata. Pode ser 
entendido como o produto da individualização pela aplicação da norma geral e 
abstrata para a constituição do fato jurídico tributário. 
Para definir a diferença entre data do fato e data no fato, destacam-se as 
palavras de Aurora Tomazini: 
“O tempo do fato é o instante em que o enunciado denotativo da 
hipótese normativa ingressa no ordenamento jurídico. É o 
momento em que o fato é constituído juridicamente. Geralmente, 
no processo de positivação, isso se dá com a notificação das 
partes. O tempo no fato, por sua vez, é o instante a que alude o 
enunciado factual juridicamente constituído. É o momento 
descrito como aquele em que o evento se realizou.4 
 
Portanto, tempo do fato está relacionado ao processo, enquanto tempo no 
fato dizer respeito ao conteúdo produzido. 
 
 f) O que é erro de fato e erro de direito? E mudança de critério jurídico? 
 
Erro de fato consiste em uma interpretação equivocada das provas que 
ensejam a produção do fato jurídico a partir de uma aplicação errônea da norma 
geral e abstrata, culmina com a produção de uma norma individual e concreta 
 
4 Carvalho, Aurora Tomazini de. Curso de Teoria Geral do Direito: o construtivismo lógico-
semântico – 6ª ed. rev. e atual. - São Paulo: Noeses, 2019. Pg. 576. 
 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
com discrepâncias em relação a norma que lhe deu fundamento. 
Erro de direito trata-se de um equívoco na interpretação da norma geral e 
abstrata que fundamenta a criação da norma individual e concreta. 
Destacam-se os ensinamentos de Aurora Tomazini de Carvalho: 
 
“O “erro de fato” é um engano com relação aos recursos de 
linguagem utilizados para a produção do fato jurídico, é relativo 
às provas; aparece quando da releitura dos enunciados 
probatórios, nova situação jurídica, diferente daquela descrita 
pelo fato jurídica, é percebida. Já “erro de direito” é uma 
confusão com relação à norma aplicada. É verificado quando, 
após a produção da norma individual e concreta constata-se que 
a norma aplicada não deveria ser aquela, mas outra”5. 
 
A mudança do critério jurídico é a alteração da interpretação acerca de 
determinado dispositivo legal utilizado na fundamentação do lançamento o que 
pode implicar modificação no encargo do contribuinte. 
 
2. Dado o auto de infração fictício (anexo I), pergunta-se: 
 
5 Idem. p. 580. 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
Anexo I 
AIIM 
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA 
COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
DIRETORIA EXECUTIVA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA 
3ª Via Infrator 
 
NÚMERO 
5050505 
DC 
5 
DRT(C) 
II 
PF(C) 
333 – MORUMBI 
TELEFONE 
(11)0000-0000 
ENDEREÇO DO POSTO 
Rua da Paz, 159 
MUNICÍPIO 
São Paulo 
LAVRATURA – LOGRADOURO 
Rua dos Guararapes, 330 
DATA 
02/02/2015 
HORA 
10:30 
INFRATOR – NOME 
Bate o Pé Indústria e Calçados Ltda. 
I.E. 
000.000.000.000 
CGC/RG/CPF 
99.999.999/0001-00 
CNAE 
88888-8/88 
ATIVIDADE 
Fabricação de Calçados 
ENDEREÇO (RUA, AVENIDA, PRAÇA) 
Rua dos Sapateiros 
Nº 
230 
Complemento 
Cj. 03 
BAIRRO OU DISTRITO 
Itambé 
MUNICÍPIO 
Itapopoca 
UF 
SP 
CEP 
15015-015 
RELATO DA INFRAÇÃO – CAPITULAÇÃO DA INFRAÇÃO E DA MULTA (APÓS O RELATO DE CADA 
ITEM) 
I – INFRAÇÃO RELATIVAS AO PAGAMENTO DO IMPOSTO 
1. Deixou de pagar o imposto de R$ 11.599,29 (onze mil quinhentos e noventa e nove reais e vinte e nove 
centavos) no dia 01/01/2014, referentes à saída de mercadorias (operações tributadas à alíquota de 18%), 
mas consideradas como não tributadas, sendo que os documentos fiscais do período foram emitidos e 
escriturados regularmente, conforme abaixo demonstrado: 
DATA VALOR DA DIF. ICMS DEVIDO 
01/01/2008 R$ 64.440,48 R$ 11.599,29 
INFRINGÊNCIA: arts 112 e 52 do RICMS (Decreto 45.490/2000). 
Art. 52 - As alíquotas do imposto, salvo exceções previstas nos artigos 53, 54 e 55, são (Lei 6.374/89, 
art. 34, caput, com alterações da Lei 10.619/00, arts. 1°, XVIII, e 2°, IV, § 1°, 4, e § 4°, Lei 6.556/89, art. 1°, 
Lei 10.991/01, art. 1°, Resoluções do Senado Federal n° 22, de 19-05-89 e n° 95, de 13-12-96): 
I - nas operações ou prestações internas, ainda que iniciadas no exterior, 18% (dezoito por 
cento); 
(...) 
Artigo 112 - O imposto apurado na forma do artigo 87 e declarado nos termos dos artigos 253 
a 258, observado o disposto no artigo 566, poderá ser recolhido sem os acréscimos legais, tais 
como a multa prevista no artigo 528 e os juros de mora, até o dia indicado no Anexo IV (Lei 
6.374/89, art. 59). 
CAPITULAÇÃO DA MULTA: art. 85, I, alínea “c”, c/c §§ 1ºda Lei nº 6.374/89. 
Art. 85 - O descumprimento das obrigações principal e acessórias, instituídas pela legislação do 
Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de 
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COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
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AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA 
3ª Via Infrator 
 
NÚMERO 
5050505 
DC 
5 
DRT(C) 
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PF(C) 
333 – MORUMBI 
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(11)0000-0000 
ENDEREÇO DO POSTO 
Rua da Paz, 159 
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DATA 
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CEP 
15015-015 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, fica sujeita às 
seguintes penalidades: 
I - infrações relativas ao pagamento do imposto; 
c) falta de pagamento do imposto nas seguintes hipóteses: emissão e/ou 
escrituração de documento fiscal de operação ou prestação tributária como não 
tributada ou isenta, erro na aplicação da alíquota, na determinação da base de 
cálculo ou erro na apuração do valor do imposto, desde que, neste caso, o 
documento tenha sido emitido e escriturado regularmente - multa equivalente a 50% 
(cinquenta por cento) do valor do imposto; 
(...) 
Parágrafo 1° - A aplicação das penalidades previstas neste artigo deve ser feita sem prejuízo da 
exigência do imposto em auto de infração e das providências necessárias à instauração da ação 
penal cabível, inclusive por crime de desobediência. 
Continuação 
2. O débito fiscal fica sujeito a juros de mora nos termos do art. 96 da Lei 6.374/89, na redação dada pela 
Lei 10.619/00, de 19/07/00. 
3. A situação acima descrita poderá ser comunicada ao Ministério Público para providências penais (Portaria 
CAT – 05, de 17/01/2000). 
4. O Auto de Infração e Imposição deMulta permanecerá no PFC – 333, sito na Rua da Paz, 159, São 
Paulo/SP, aguardando a fluência do prazo regulamentar para o pagamento ou apresentação de defesa. 
TOTAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO POR ESTE AUTO CONFORME “DEMONSTRATIVO DO DÉBITO 
FISCAL” ANEXO 
IMPOSTO 
R$ 11.599,29 
CORREÇÃO 
MONETÁRIA 
JUROS DE 
MORA 
R$ 1.275,92 
MULTA 
R$ 5.799,64 
TOTAL 
R$ 18.674,85 
RECEBI A 3ª VIA E CÓPIAS DE DEMONSTRATIVOS 
E/OU DOCUMENTOS 
AFR 
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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA 
COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
DIRETORIA EXECUTIVA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA 
3ª Via Infrator 
 
NÚMERO 
5050505 
DC 
5 
DRT(C) 
II 
PF(C) 
333 – MORUMBI 
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(11)0000-0000 
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Rua da Paz, 159 
MUNICÍPIO 
São Paulo 
LAVRATURA – LOGRADOURO 
Rua dos Guararapes, 330 
DATA 
02/02/2015 
HORA 
10:30 
INFRATOR – NOME 
Bate o Pé Indústria e Calçados Ltda. 
I.E. 
000.000.000.000 
CGC/RG/CPF 
99.999.999/0001-00 
CNAE 
88888-8/88 
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Fabricação de Calçados 
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230 
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BAIRRO OU DISTRITO 
Itambé 
MUNICÍPIO 
Itapopoca 
UF 
SP 
CEP 
15015-015 
EM 05/05/2015 João da Silva 
Autuado ou representante 
Josenias Alberto 
R.G. 99.999.999-9 SSP/SP 
 
a) Identifique as normas individuais e concretas veiculadas no respectivo auto de 
infração; 
 
São duas as normas individuais e concretas encontrados no auto de 
infração: aquela construída pela autoridade administrativa, após a subsunção da 
regra matriz tributária do tributo, pelo ato de lançamento; e, a partir da verificação 
do cometimento de infração tributária, aquela construída pela subsunção da 
norma geral e abstrata sancionatória, como meio de coação/punição do 
contribuinte pelo descumprimento da norma tributária. 
 
b) Confronte as noções de 
 
(i) auto de infração – documento, pode ser apresentar como o documento 
pelo qual a autoridade administrativa inaugura o processo administrativo que 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
consiste na apuração e aplicação de penalidades, resultantes da constatação do 
cometimento de infrações tributárias. Desse modo, sua lavratura está 
condicionada à demonstração de materialidade de ato ilícito, apontando o 
descumprimento do dever tributário, seja quanto ao cumprimento de obrigação 
principal ou de deveres instrumentais e aplica a sanção e indica o fundamento 
legal correspondentes. 
(ii) ato administrativo de imposição de multa, por sua vez, é a 
aplicação/subsunção da norma geral e abstrata sancionatória, pela autoridade 
administrativa, que constrói a norma individual e concreta que compõe o auto de 
infração, tem por objeto a cobrança de sanção tributária que objetiva a 
coação/punição do contribuinte pelo descumprimento da norma tributária. 
(iii) ato administrativo de lançamento, é a aplicação/subsunção da norma 
geral e abstrata do tributo, pela autoridade administrativa, que constrói a norma 
individual e concreta, para formalização do crédito tributário, é o ato de lançar de 
ofício aquilo que cabia ao contribuinte e não o fez; 
(iv) ato de notificação do sujeito passivo é o momento em que se constata 
a publicidade do ato realizado pela autoridade administrativa para fins de 
contagem dos prazos prescricional e decadencial. Com a notificação válida do 
contribuinte o ato administrativo se perfectibiliza, com a constituição definitiva do 
débito, momento em que o lançamento se tornará um ato público. 
 
c) Em sua opinião, em que instante nasce a obrigação tributária? E o crédito 
tributário? E, a multa tributária? Que significa “constituição definitiva do crédito”? 
 
Nos termos do artigo 113, §1, do Código Tributário Nacional, “a obrigação 
principal surge com a ocorrência do ato gerador, tem como objeto o pagamento 
de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela 
decorrente”, ou seja, a obrigação tributária surge com a ocorrência do fato 
gerador. 
Contudo, antes do lançamento, surge o dever de pagar, mas a autoridade 
administrativa ainda não tem o direito de exigir o pagamento, que só ocorrerá 
após o lançamento. 
Módulo Incidência e Crédito Tributário 
Assim, o lançamento é um ato que constitui o crédito tributário, visto que 
o mero evento não faz surgir a obrigação tributária. Essa obrigação somente se 
constitui com o lançamento, no qual a autoridade administrativa analisa o evento 
e o transforma em linguagem competente, fazendo surgir o crédito tributário. 
O crédito tributário é a obrigação tributária quando se torna líquido e certo 
em razão do lançamento, que é a exteriorização exigível da obrigação tributária 
e surge da atividade da autoridade administrativa que ao observar a ocorrência 
do fato gerador realizará a subsunção do fato à norma, nos termos do artigo 114, 
do Código Tributário Nacional. 
Significa dizer que o fato gerador faz nascer a obrigação tributária e o 
lançamento, faz nascer o crédito tributário, de forma que a obrigação tributária 
passa a ser exigível. 
A multa tributária terá nascimento a partir da ocorrência de uma ação ou 
omissão do contribuinte que venha a descumprir a obrigação, seja a obrigação 
principal ou os deveres instrumentais. 
Por fim, a constituição definitiva do débito, se dá com o ato de notificação 
do contribuinte, caso não tenha sido declarado por ele próprio, tendo em visto a 
que, até o momento da ciência deste acerca do lançamento, para fins de 
publicidade do ato. 
 
3. Empresa XXX, contribuinte de IPI, declara e formaliza seus créditos e débitos, 
compensa tais valores (não-cumulatividade) e, de acordo com a lei, realiza o 
pagamento do saldo devedor conforme discriminado abaixo: 
 
 Posteriormente, o Fisco Federal glosa os créditos de IPI utilizados pela empresa devedora, 
sem, contudo, efetuar o lançamento de qualquer valor a título de tributo. Em seguida, 
encaminha para inscrição na dívida ativa os valores não pagos em razão do 
aproveitamento indevido dos créditos (R$ 200.000,00), pois entende não ser necessário o 
lançamento de ofício. Esses valores, por sua vez, são acrescidos das penalidades que o 
Fisco entende cabíveis, além dos juros de mora. Na sua opinião, está correto o proceder 
da Fazenda? Ainda, o aproveitamento de créditos da não-cumulatividade pode ser 
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equiparado a pagamento antecipado? A glosa, por sua vez, resultaria em não pagamento? 
Justifique sua resposta (Vide anexo II e III). 
 
Não está correto o entendimento da autoridade administrativa, pois por se 
tratar de tributo sujeito ao lançamento por homologação, a escrituração fiscal do 
contribuinte deverá ser posteriormente analisada pela autoridade administrativa, 
que verificará se as compensações entre créditos e débitos do contribuinte 
geraram falta de recolhimento do imposto. 
Em caso de irregularidade a autoridade administrativa deverá efetuar o 
lançamento de ofício para exigir eventuais diferenças. 
A imediata inscrição em dívida ativa de débitos tributários declarados pelo 
contribuinte, sem sua prévia notificação, fere os princípios da ampla defesa e do 
contraditório pois impede o contribuinte de impugnar as afirmações e provas 
feitas pela autoridade administrativa. 
Sim, o aproveitamento dos créditos da não-cumulatividade pode ser 
equiparado ao pagamento antecipado, pois entende-se que o montante do 
crédito equivale ao pagamento para fins de extinção do crédito tributário, 
conforme reconhece o art. 183 do RIPI. 
Sim, pois a glosa é o estorno de um crédito que havia sido compensado, 
que não foi homologado e se torna um débito que deve ser cobrado pela 
autoridade administrativa. 
 
4. Com relação ao lançamento por homologação, pergunta-se: 
 a) Que é homologação? O que se homologa: (i) o pagamento efetuado antecipadamente; 
(ii) a normaindividual e concreta posta pelo contribuinte; ou (iii) ambos? Justifique sua 
resposta. 
 
A homologação, conforme previsão legal do artigo 150 do Código 
Tributário Nacional, é modalidade de constituição do crédito tributário onde o 
contribuinte promove a construção da norma individual e concreta e realiza o 
pagamento antecipado do valor devido e à autoridade administrativa cabe, em 
razão de seu dever de vigilância, verificar as informações. 
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Nesta modalidade o sujeito passivo antecipa a atividade da autoridade 
administrativa, apurando e calculando o montante devido e realizando o 
pagamento antecipado, na forma da legislação aplicável. 
 O que se homologa é atividade realizada pelo contribuinte, que se 
prefectibiliza pela satisfação do crédito tributário, ou seja, cabe à autoridade 
administrativa a homologação atividade antecipada realizada pelo sujeito 
passivo, reservado o direito de lançar eventuais diferenças verificadas por conta 
de erros cometidos na antecipação, nos termos do artigo 149 do Código 
Tributário Nacional. 
 b) Quando se verifica a homologação expressa? Trata-se de ato administrativo? 
Ainda, é possível revisar-se o ato homologatório expresso? Há no direito positivo a 
possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento? 
 
Homologação expressa quando a autoridade administrativa manifesta 
conhecimento da atividade exercida pelo contribuinte. 
Sim, é ato administrativo por meio do qual a autoridade administrativa, por 
ato formal, confirma ou rejeita as atividades realizadas pelo contribuinte. 
Sim, mas somente será revisível no prazo e forma estipulados pelos 
artigos 145, 146 e 149 do Código Tributário Nacional/ 
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é possível que 
haja a constituição do crédito tributário sem lançamento, ou seja, com a simples 
apuração e consequente declaração do contribuinte acerca do montante devido, 
consoante exposto na Súmula nº 436. 
 
5. A Lei n. 10.035/00 estabelece que serão executados, nos autos da reclamação 
trabalhista, os créditos previdenciários devidos em decorrência da decisão proferida 
pelos Juízes e Tribunais, resultantes de condenação ou homologação do acordo. 
Pergunta-se: a decisão judicial, cognitiva ou homologatória, constitui o crédito 
tributário? E, eventuais acordos posteriores entre os litigantes? Há necessidade de 
lançamento? Como ficam os princípios do contraditório e da ampla defesa? (Vide 
anexos IV, V e IV). 
 
A decisão judicial na seara trabalhista pode ser considerada como um 
lançamento e constitui crédito tributário pela observância do artigo 879, §3º da 
Consolidação das Leis Trabalhistas que prevê a obrigatoriedade da intimadação 
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da União de todas as sentenças condenatórias e homologatórias de acordo 
proferidas pela Justiça do Trabalho para opinar sobre os cálculos das 
contribuições previdenciárias devidas, podendo concordar ou recorrer dos 
valores. Portanto, estamos diante de um lançamento operado em conjunto pelo 
Poder Judiciário e pela autoridade administrativa. 
 Quantos aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é certo que 
não há qualquer óbice para a discussão quanto aos valores ser realizada nos 
próprios autos do processo trabalhista. 
 
6. Sobre as hipóteses correlatas às alterações do lançamento, responda: 
 a) Há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, para fins de 
revisão do lançamento tributário? Há possibilidade de revisão do lançamento fundado 
em erro de direito? E em erro de fato? Qualquer erro de fato é suficiente para 
fundamentar a alteração do lançamento? (Vide anexos VII, VIII e IX). 
 
Não, os lançamentos já praticados não serão passíveis de revisão em 
decorrência de erro de direito, nos termos do artigo 146 do Código Tributário 
Nacional, bem como, os fatos geradores já ocorridos não poderão ser 
alcançados pela mutação no entendimento da Administração, com fundamento 
da Súmula 227/TFR. 
O erro de fato, nos termos do artigo 149, inciso VIII do Código Tributário 
Nacional, a autoridade administrativa pode anular ex officio o ato de lançamento 
e refazê-lo, intimando o contribuinte para, querendo, apresentar defesa em 
relação ao novo lançamento, mas somente em relação a fatos dos quais a 
autoridade administrativa não tinha o dever de conhecer. 
 
 b) A alteração da base de cálculo, ou da sistemática de apuração do tributo pode ser 
feita mediante retificação do lançamento? A eleição errônea da base de cálculo, ou da 
sistemática de apuração configura-se como erro de fato, erro de direito ou mudança do 
critério jurídico? Tem o condão de acarretar anulação do lançamento? (Vide anexos X, 
XI e XII) 
 
Não, a modificação do regime jurídico de apuração, não é um mero ajuste 
na base calculada do imposto lançado, implica a incidência de nova norma 
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jurídica, fato que configura erro de direito, anulando o lançamento realizado para 
que novo lançamento seja promovido. 
1 B Segundo o Prof. Paulo de Barros Carvalho, a fonte inspiradora da 
tricotomia reside no índice de colaboração do administrado, com vistas 
à celebração do ato. Qual sua opinião a respeito? 
D Qual a distinção entre obrigação e crédito tributário? Existe obrigação 
sem crédito tributário e crédito tributário sem obrigação? A obrigação 
tributária tem o crédito tributário (direito subjetivo do sujeito ativo) como 
um de seus elementos integrativos? 
 
2 C É possível separar a obrigação do crédito tributário? O CT não seria 
um dos elementos da OT? Sua resposta ficou coerente com a resposta 
da questão 1 d? Quais as teorias acerca da constituição tributária do 
crédito? 
 
3 Aplica-se a Súmula 436 do STJ que assim reza: ?A entrega de 
declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o 
crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do 
fisco?? 
 
4 A parte final da questão, ficou coerente com a resposta anterior? 
Há no direito positivo a possibilidade de pagamento de tributos sem 
lançamento? 
 
6 b Fraca fundamentação 
 
Nota 80

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