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CPPO-Centro Preparatório Para Obreiros
CPPO
 Centro Preparatório 
Para Obreiros
CPPO- Centro Preparatório Para Obreiros
Assentamento Saco, Zona Rural, Caracol-Piauí, 89 98132 8225 (Zap), Facebook: Ismael Ferreira, Imail: evanismaelfsilva@gmail.com, Fone: 86 99401 9527.
Sumário
Dedicatória...................................................................................04
Agradecimentos............................................................................05
Apresentação................................................................................06
Módulo I, O Obreiro e Suas Funções.......................................07
Introdução................................................................. ..................08
I-Definição de Obreiro.................................................................09
II-O Obreiro Aprovado.......................................... .....................11
III-A Conduta dos Obreiros.........................................................14
IV- Os Obreiros e o Padrão de conduta.......................................15
V-Doze Exigências Éticas que Deus faz Para a Escolha de um Obreiro.........................................................................................17
Considerações Finais....................... ...........................................21
Módulo II, O Obreiro e o Púlpito............................................22
Introdução...................................................................................23
I-Alguns Itens que o Obreiro Como Pregador Precisa Saber... .24
II- As Bem Aventuranças do Pregador......................................26
III- As Precauções de um Pregador............................................26
IV- O Pregador e o Sermão........................................................26
V- A Apresentação do Sermão...................................................27
VI- Conselhos Para o Bom Uso da Voz.....................................28
Considerações Finais..................................................................30
Referências Bibliográficas.........................................................31
Dedicatória
 A minha esposa Maria Rosirene, companheira de todas as horas. Ao meu pai José Guilherme, a minha mãe Maria do Carmo (In Memoriam).
 Aos obreiros em geral
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, e a todos os que contribuíram com esta obra, de forma direta ou indireta.
 A todos os futuros obreiros, que se preparam para a grande obra.
Apresentação
O Centro preparatório para obreiros tem por objetivo contribuir no desenvolvimento do vosso ministério, pois, entendemos que no século XXI (mais do que nunca) precisamos ser um “gigante” na graça e no conhecimento para enfrentarmos os dardos inflamados do inimigo. Sabemos e cremos em se tratando de ministério é um assunto extremamente profundo e longo, mas o nosso desejo é que através deste material, o obreiro aumente a convicção de seu chamado. 
Ao falarmos sobre o ministério do obreiro, não podemos nunca nos esquecer do chamado. Ninguém se torna realmente ministro sem que Deus o tenha chamado. Humanamente falando, tudo começa quando Deus nos chama, E, para muitos, o instante mais marcante em sua vida ministerial é o momento em que puderam ouvir Deus ou sentiram, de maneira muito forte, o seu chamado para algo especial.
Dependendo da maneira como Deus se manifesta no chamado da pessoa, ela fica marcada pelo o resto da sua vida. Ela nunca se esquecerá de como foi este chamado, como foi ouvir, pela primeira vez, a voz de Deus, ou como foi sentir, de forma tão marcante, o toque poderoso do senhor em sua vida ministerial. Por meio do chamado de Deus em nossas vidas, temos acesso as maravilhas e bênçãos antes desconhecidas por nós. Deus se revela a nós através deste momento, ele revela a sua vontade e o seu querer sobre a nossa vida e sobre o mundo.
Que Deus continue a abençoar-nos e capacitar-nos para esta preciosa tarefa que pesa sobre nossos ombros.
CPPO-Centro Preparatório Para Obreiros
 Módulo I- O Obreiro e Suas Funções
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, (2 Tm 2.15)
Introdução
Jesus ao subir aos céus, deixou a igreja aos cuidados de seus apóstolos (enviados), que se dedicaram ao ministério da palavra e da oração, (Jo 20.21-23; At 2.42,43; 4.33,34; 6.2,4). Com o crescimento da Igreja, os apóstolos começaram a estabelecer oficiais na igreja, com o propósito de atender as necessidades espirituais (presbíteros, pastores, anciões, bispos), e materiais (diáconos) em meio ao povo de Deus (At 6.1-4;14.23; 15.6,22; 16.4; 20.17,28; Tt 1.5).
O novo testamento possui várias qualidades que devem ter os obreiros da Igreja, (I Tm 3.1-13; Tt 1.5-16; I Pe 5.1-4). A liderança na igreja, para ser legitima, deve ter a qualificação espiritual e moral e o consentimento dos santos, tudo sob a direção do Espirito Santo (At 14.23). Mediante tudo isso, algumas perguntas devem ser feitas, o que significa ser obreiro? Qual a sua função e importância? Como se descobre o obreiro e como ele deve si identificar com a obra? É de suma importância ao obreiro saber o significado destas palavras, pois muitos se engajam no ministério e desconhecem para quê e por que foram chamados e escolhidos como obreiros. Não podemos entrar no ministério e cruzar os braços, pois ministério é serviço; vamos trabalhar e não nos acomodar, pois ser obreiro é está contribuindo no possível para o avanço do reino de Deus, à obra do Senhor, não é para os ociosos, preguiçosos ou para os sem interesse; ministério é trabalho e vamos procurar desenvolver da melhor forma possível a obra do Senhor.
I-Definição de Obreiro
Lembro-me da preocupação que tive, após ser chamado para o ministério, várias perguntas surgiram, o que é ser obreiro? Qual vai ser a minha função a partir de hoje? Será se vou exercer bem esta nova tarefa?
1- O que é Obreiro?
A palavra obreiro, que é uma palavra derivada da palavra obra, sendo de obreiro obr = a radical ereiro = sufixo que define o aspecto. A partir disto podemos entender melhor que a palavra é o ato de realizar um serviço ou de promover uma ação por meio de um trabalho, ou uma atitude tomada em prol de algo, com um fim previamente determinado. Partindo então deste principio de definição, quando então anexamos ao radical derivado da palavra obra ao seu sufixo ou definição de aspecto, chegando, por conseguinte a derivação obtida pela palavra; obreiro, encontra o sujeito referente ao radical acima citado, ou seja, o obreiro, que é aquele que realiza o serviço, promove a ação ou uma atitude com vista de algo buscando um resultado.
Segundo a enciclopédia de Orlando Boyer a palavra obreiro significa, “aquele que coopera no desenvolvimento de uma empresa ou de uma ideia”. Ou seja, obreiro é aquele que trabalha na “obra”, que corresponde a trabalho, resultado de um trabalho, ou aquilo que um artifício produz.
Na raiz da palavra obreiro, está a designação máxima da vida cristã, “obra” (do latin opera: trabalho). No dicionário Aurélio, encontramos a tradução: “aquele que colabora na realização de uma ideia, plano, campanha ou missão”.
Convém observarmos antes de iniciarmos este curso propriamente dito, que o corpo de obreiros, está sob á liderança do pastor e tem como atribuição principal a de liderar e organizar a comunidade dos remidos, sendo como auxiliares do pastor no desempenho de sua missão, que é a de conduzir o povo ao céu, para que essa atribuição seja desempenhada com êxito, é necessário que no ministério haja organização, por isso os obreiros obedecem a uma hierarquia funcional e eclesiástica, onde virá na seguinte ordem: pastor presidente, pastor auxiliar, Evangelista, missionário ,presbítero, Diácono, e auxiliar de trabalho, convém lembrar que a Hierarquia aqui exposta é apenas funcional e não pessoal, é apenas para fins de organização e trabalho.
2-Método da Chamada de Um Obreiro
a) Método direto:Deus tem chamado homens de um modo direto ( Gn 6.13; 12.1; Êx 3.10; 1 Sm 3.20 e Is 6.9). 
b) Método indireto: Deus também usou o método indireto na Bíblia para chamar e designar com grande objetividade (Gn 37.5-10; Nm 27.18; Rm 16.21).
3-Qualidades Para quem Almeja o Ministério
a) Que tenha conversão verdadeira (At 9. 15);
b) Que o candidato não seja portador de doenças mentais;
c) Que saiba relacionar-se com outros obreiros;
d) Deve ser regenerado (Jó 3.5);
e) Deve ser um empenhado estudante da Bíblia (Sl 1.1,2);
4- Cargos e Funções
a) Cooperador/auxiliar: é aquele que trabalha para Deus, auxiliando ao pastor, ajuda o pastor no que for necessário, na limpeza do templo, das instalações, fiscaliza o funcionamento de aparelhos sanitários, de som e outros, coopera na ordem dos cultos, assistindo as pessoas que vêm ao tempo, fiscaliza na hora dos cultos a segurança do templo, etc.
b) Diáconos: segundo o pastor Claudionor de Andrade, o nome Diácono [do gr. Diácono, servidor] ministério eclesiástico instituído pelos apóstolos para: socorrer os necessitados, servir as mesas, manter a boa ordem na casa de Deus. Dentre as suas funções podemos destacar: ajudar o pastor na distribuição da ceia; ajudar na coleta ou levantamento de ofertas e dízimos; averiguar com o pastor as necessidades do trabalho.
c) Missionário: enviado/comissionado por uma Igreja para evangelizar em outro local (interior do estado, do país ou no exterior).
d) Presbítero: são auxiliares do pastor, exercem seu ministério junto ao pastor (presidente) em caráter local.
e) Evangelista: como o próprio nome indica, é alguém vocacionado a fim de proclamar o ide de Cristo, a todas as pessoas, pode também ser enviado para dirigir congregação. Apesar de ainda não ser ordenado, muitas vezes é chamado de pastor evangelista.
f) Pastor: [do lat .pastor] em termos eclesiásticos, é o supervisor do rebanho, homem ungido por Deus para apascentar o rebanho ( 1 Pe 5.1-8).
II-O Obreiro Aprovado
1-O Que Fazer Para ser Aprovado?
Segundo o pastor Raimundo de oliveira, o obreiro para ser aprovado por Deus, necessita levar em consideração o seguinte:
a) ler, reestudar, amar, viver e pregar a Bíblia, fazendo dela a sua bandeira e espada em todas as batalhas da vida. Quantos obreiros estão sendo negligenciados, pois não tem habilidades com a palavra de Deus. Um dos maiores problemas da igreja é a falta de Bíblias em seus púlpitos e trabalhos ministeriais.
b) orar confiante, incessante, e humildemente, em todos os lugares e por todos os homens, agradecendo, louvando ou rogando a Deus em benefício de alguém ou de algo;
c) estudar a boa e genuína literatura evangélica que muito o ajudará na melhor compreensão da palavra de Deus. Em todos os serviços, o trabalhador têm suas ferramentas de trabalho, pois no ministério de obreiro também tem, primeiro a bíblia e ótimas literaturas.
d) administrar bem as suas finanças, evitando a avareza que como cancro destrói as almas;
e) cuidar das mais diversas áreas da vida, dentre as quais destacamos: cuidado com a saúde, com a popularidade, com o sexo oposto, com a auto- suficiência e com o seu temperamento peculiar. Só agindo assim o obreiro pode ser tido na conta de um obreiro aprovado e exemplo dos fiéis.
2- Qualidades do Caráter dos Obreiros (1 Tm 3.1-7; Tt 1.4-8)
O caráter é de suma importância porque afeta a vida do obreiro tanto para o bem quanto para o mal. De acordo com o caráter do obreiro será o fruto do seu ministério e de seu reconhecimento pela sociedade, pela Igreja e por Deus. o caráter do obreiro deve ter alguns requisitos:
a) Irrepreensível ( 1Tm 3.2);
b) Marido de uma só mulher, fiel marido (1 Tm 3.2);
c) Vigilante (1 Tm 3.2), ou temperante, moderado, não pode ter vícios;
d) Sóbrio (1 Tm 3.2);
e) Honesto, deve agir com honestidade tanto com os domésticos na fé quanto com os de fora (1 Tm 3.2);
f) Hospitaleiro (1 Tm 3.2), deve receber a todos com alegria em sua casa ( Hb 13.2);
g) Apto para ensinar (1 Tm 3.2), não dado ao vinho ( 1 Tm 3:3), ou seja deve sempre abster-se de bebidas alcoólicas;
h) Deve ser cordato, no grego é “epieikes”, que significa “gentil”, “bondoso”;
i) Não espancador (1 Tm 3.3). Conforme outras traduções, não pode ser briguento, nem violento;
j) Não condizente Com ganâncias, desonestas- não cobiçoso de torpe ganância (1 Tm 3.3); moderado ( 1 Tm 3.3), ou cordato, que é uma tradução melhor, no sentido de que deve ser uma pessoa gentil, amável, tolerante ( com as pessoas, não com o pecado), amável ( 1 Tm 3.3), não contencioso ( 1 Tm 3:3), não avarento ( 1 Tm 3.3), conforme o grego e algumas traduções, não deve amar ao dinheiro, que governe bem a sua casa, deve cuidar da igreja como se estivesse cuidando da sua própria família ( 1 Tm 3.4,5); 
k) Não neófito (1 Tm 3.6), que tenha um bom testemunho dos que estão de fora ( 1 Tm 3.7), que tenha os filhos fiéis ( Tt 1.6). Ou crentes, conforme outras traduções, que não possam ser acusados de dissolução (Tt 1.6).
l) Não podem ser escolhidos precipitadamente (1 Tm 5.22), que tenha boa reputação ( At 6.30), cheios do Espírito Santo ( At 6.3), todos os obreiros devem passar por um período de experiência (1 Tm 3. 10).
3- O Obreiro e a Oração
a) Devido à importância da oração na vida de um obreiro, para que o mesmo venha ter sucesso, vale enfocar as seguintes Segundo o padrão que nos dá a Bíblia, devemos orar confiadamente (Tg 1 .5,6), incessantemente ( 1 Ts 5.17; Ef 6.18), humildemente ( Mt 6.5).
b) - Devemos orar, pela manhã (Sl 3.5; 55.17), ao meio dia (At 10.9; Sl 55.17), ao anoitecer (Sl 55.17), pela madrugada (Pv 8. 17 ARC).
c) Devemos orar em nosso lar (Mt 6.6), no templo ( At 3.1), em todo lugar( 1 Tm 2.8).
d) Devemos orar pelos magistrados (1 Tm 2.2), pelas autoridades ( 1 Tm 2.2), pelos nossos inimigos ( Mt 6.28), pela cidade onde moramos ( Jr 29.7), pelos enfermos ( Tg 5.14), uns pelos outros ( Tg 5.16) e por todos os homens ( 1 Tm 2.1).
e) Devemos orar porque é pecado não orar (1 Sm 12.23), Jesus recomenda ( Mt 26.4).
III- A Conduta dos Obreiros
1- O Obreiro e Seus Compromissos
Dentre os compromissos dos obreiros, estão os seguintes:
a) O obreiro deve chegar com antecedência nos cultos, respeitando os horários;
b) Ser dizimista e ofertante, estando assim, em dia com a palavra de Deus;
c) Não é admissível ausentar-se do culto antes de seu término, exceto em casos especiais;
d) Está em condições de iniciar o culto, no impedimento do pastor local, ou da pessoa por este designada;
e) Impedir a entrada de animais, pessoas em visível estado de embriaguez, pessoas que demostrem a nítida intenção de desviar a atenção dos demais presentes, ou pessoas que demonstrem explicitamente o desejo de atrapalhar o bom andamento do culto;
f) Deve ser alguém com maturidade espiritual, pronto a respeitar e acatar ordens da liderança superior.
IV-O Obreiro e o Padrão de Conduta
1- O Obreiro Precisa Lembrar
O obreiro deve sempre lembrar, de algo, em relação à família:
 a) Criar os filhos a luz da Bíblia (Ef 6.6);
 b) Ter um lar padrão (1 Tm 3.4,5);
 c) Liderança e sujeição (Ef 5.22-30).
d) Em relação à esposa, o obreiro deve assisti-la efetivamente, a esposa do obreiro precisa de atenção, compreensão, amor e carinho, deve assisti-la moralmente, o obreiro cristão tem o dever de manter um relacionamento sexual saudável com a sua esposa, assisti-la moralmente, a esposa do obreiro jamais deve ser tratada como uma escrava, quando o papel de cada um é exercido da forma devida, tudo irá bem.
2- Quando Solteiro:
a) cuidar das coisas do Senhor (1 Co 7.32);
b) ser um exemplo aos fiéis (1 Tm 4.12);
c) fugir da prostituição (2 Tm 2.22). São muitas as tentações na vida de um obreiro, muitos pensam que um obreiro é uma pessoa isenta de tentações e problemas, estão enganados, pois o obreiro do Senhor sofre tais tentações.
3- Na Área Sexual
O sexo é uma das maiores dádivas do casamento, mas também pode ser a causa da queda de muitos obreiros do Senhor. O obreiro sofre tentações nesta área, quando está relaxando na auto disciplina, mau relacionamento com a esposa, deixandose envolver demais com o sexo oposto, dando asas a pensamentos pecaminosos, e outras coisas que poderíamos sugerir aqui, mas convém o obreiro discernir e tomar conhecimentos dos perigos.
4- Em Relação ao Dinheiro
O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6.10), por esse motivo o obreiro deve tomar muito cuidado, pois muitos caíram por causa do dinheiro, como o caso de Judas ( Mt 26.14-16), as causas deste mal é a seguinte: inveja por aqueles que prosperam; atividades lucrativas; cobiça e ambição; falta de uma verdadeira fé e confiança no seu Deus.
5- Inveja no Ministério
Muitos obreiros têm caído na cilada do maligno da inveja e cobiça. Nunca estão satisfeitos com o que estão fazendo na obra do Senhor. Se estiverem dirigindo uma igreja, acham que tem capacidade para dirigir outra maior e outra mais localizada.
6- Desejo Descontrolado de Subir
Presenciamos nestes dias o desejo exagerado de muitos obreiros de subir, Abimeleque persuadiu o povo para que ele fosse rei (Jz 9.1-6), recentemente, várias pessoas testemunharam um candidato ao cargo de evangelista ameaçando se jogar do prédio, simplesmente porque seus documentos não havia sido aprovado no conselho de nossa convenção, fiquei pensando que tipo de estrutura espiritual e emocional, este obreiro tem para apascentar o rebanho de Deus. Infelizmente há também casos de muitos querendo subir matando os outros e muitos com ações de ditador.
7- Que Tipo de Obreiro Você é?
Conformado? (Rm 12.1); deformado? (Tt 3.10; Rm 16.17); reformado? (Mt 23.27); reprovado? (2 Co 13.50; transformado? ( 2 Co 3.18; 1 Sm 10.16); consagrado? ( Rm 12.1; 1 Ts 4.7); renovado? ( Tt 3.5); edificado? ( Ef 2.20); aprovado? ( 2 Tm 2.15). 
V- Doze Exigências Éticas que Deus faz Para Escolha de Um Obreiro ( Lv 21. 16-24)
“disse mais o Senhor a Moisés: fala a Arão, dizendo: ninguém dos teus descendentes, nas suas gerações, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem em quem houver defeito se chegará: como cego, ou coxo, ou de rosto mutilado, ou desproporcionado, ou homem que tiver o pé quebrado ou mão quebrada, ou corcovado, ou anão, ou que tiver belida no olho, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo quebrado. Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o pão ao seu Deus. Comerá o pão do seu Deus, tanto do santíssimo como do santo. Porém até o véu não entrará, nem se chegará ao altar, porque tem defeito, para que não profane os meus santuários, porque eu sou o Senhor, que os santifico. Assim falou Moisés a Arão, aos filhos deste e a todos os filhos de Israel” ( Lv 21.16-24). 
1- Cego (v.18)
Refere-se a cegueira espiritual. Cego não pode guiar cego. O obreiro tem que ter visão de Deus, não a nossa visão. Ele deve ser sábio e enxergar além, de forma a não limitar a visão do Senhor.
2- Paralítico/Coxo ( v. 18)
Pessoa paralisada, acomodada na obra, não pode servir. Deus não tem plano de aposentadoria na terra para ninguém. Temos que nos desenvolver, não é possível o tempo passar e tudo continuar a mesma coisa- trabalho é movimento. Toda vez que a Bíblia menciona um encontro com Jesus e um paralítico, lê-se a frase: “levanta-te e anda”.
3- Nariz Chato (v.18)
É o obreiro chato, “resmungão”. O bom servo não tem preferências, coloca seu trabalho acima de gostos pessoais e particularidades. Um obreiro não pode detestar crianças, jovens. A alegria e a boa vontade devem ser a marca registrada de todo trabalhador do Senhor.
4- Membros Demasiadamente Compridos ( v. 18)
Deformados e não transformados. Um obreiro tem que ter equilíbrio em tudo o que faz, não pode apresentar instabilidade, um dia está muito feliz, sorridente, e no outro não. Ser uma pessoa em casa e outra na Igreja. Tudo cresce na graça e no conhecimento de uma forma equilibrada (2 Pe 3.18). Cuidado também com a tendência ao “fanatismo” e com o seu oposto, o “mundanismo”.
5- Pé Quebrado (v.19)
Quem tem o pé quebrado não consegue andar direito, precisa usar “muletas”, pernas artificiais, precisa, às vezes, de enfeites intelectuais ou ministeriais ( 2 Co 10.12,17-18). Precisa de algo externo para se locomover, usa manivelas com o povo de Deus. O obreiro que se arrasta no púlpito é presa fácil para o “lobo”, pois não terá tempo de correr e salvar a ovelha. Jesus quer restituir o “pé” dos que assim se encontram, basta que reconheçam sua limitação (1 Co 2.1-2).
6- Mão Quebrada (v.19)
A pessoa com a mão quebrada não pode estendê-la. Como pode um obreiro do Senhor não ajudar ninguém na caminhada? Também quem tem a mão quebrada não pode abri-la, portanto não contribui para a obra de Deus e pratica a avareza.
7- Corcovado/Corcunda (v.20)
Os corcundas não conseguem olhar para cima, pois estão cheios de peso nas costas. As pessoas que sabem que não estão agindo corretamente carregam o peso da culpa. O obreiro que se sente culpado não pode levantar a cabeça para falar de respeito porque não respeita, de perdão porque não perdoa, de humildade porque não é humilde.
Também existem os obreiros que estão corcundas porque carrega sozinho a Igreja nas costas. Jetro disse para Moisés dividir o serviço.
8- Anões (v.20)
Os obreiros anões nunca crescem espiritualmente, sempre têm os mesmos problemas passados. Estão estagnados no conhecimento, no famoso “eu sou assim mesmo”; em um ponto de vista antiquado, ultrapassado. Não ligam para o crescimento de sua obra, pois se prendem a uma frase incompleta que diz que “Deus não tem compromisso com quantidade, mas sim com qualidade”.
Contudo Deus tem compromisso com quantidade e com qualidade. Também se mede a qualidade pela quantidade! Nenhum obreiro deve pensar que os projetos de Deus são do tamanho dos seus sonhos próprios.
9- Belida no Olho/Catarata (v.20)
Quem tem este problema não vê direito; desta maneira, tem uma impressão errada sobre o mundo (Mc 8.24). Veem as coisas de Deus, mas não discernem.
Uma característica comum dos obreiros com esta limitação é apelar para efeitos físicos para definir os sentimentos experimentados pela presença de Deus, como “quando é de Deus eu sinto um fogo dentro de mim”.
10- Sarna (v.20)
Quem tem sarna necessita se encostar para se coçar. O obreiro que tem sarna espiritual anda se coçando nos outros, é fofoqueiro, mexeriqueiro. Acaba contaminando outras pessoas ao seu redor, com seus problemas, com suas revoltas, com sua sarna. Por fim acaba por transmitir sentimentos ruins e foge totalmente do propósito da obra de Deus.
11- Impigem/Ferida Aberta (V.20)
Uma ferida aberta não está cicatrizada, curada, é um mal que atinge a pessoa, como a amargura e a vingança. “perdoar é aceitar não somente a ferida, mas também quem feriu”. Uma atitude típica do obreiro que tem a ferida aberta é a utilização do púlpito para se vingar de um irmão. Também o preconceito, o racismo, a tolerância e a discriminação são sinais claros de feridas abertas na alma.
12- Testículos Quebrados (v.20)
Quem tem “testículos quebrados” é estéril, incapaz de reproduzir e gerar vida. Deus quer trabalhadores capazes de produzir sua obra e disseminar sua palavra, gerando frutos em sem ministério.
Considerações Finais
Aprendemos neste primeiro módulo, o verdadeiro significado do que é ser obreiro, a importância deste trabalho na igreja, e o que fazer para desenvolver um bom trabalho na casa do Senhor. O obreiro nunca deve esquecer que é um auxiliar direto do pastor local, subordinado a um líder delegado por este. Deverão primar sempre pelo o fiel cumprimento das ordens emanadas pela liderança da Igreja, auxiliando da melhor forma possível o pastor local na condução da obra de Deus. Nunca devemos esquecer, que o nosso bom Deus nos recompensará grandiosamente, por tudo o que fielmente fizermos para o crescimento de sua obra aqui na terra. Vamos para o segundo módulo.
	
CPPO- Centro Preparatório Para Obreiros
 Módulo II- O Obreiro e o Púlpito
“Procure apresentar-te a Deus aprovado, comoobreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, (2 Tm 2:15).
Introdução
Sempre foi necessário ao ministério das Igrejas evangélicas um curso preparatório para obreiros, tudo em virtude do crescimento ministerial que tem ocorrido nas igrejas e da crescente onda de mundanismo que tenta invadir as congregações em nosso país e ao redor do mundo. Em virtude de tudo isso, algumas perguntas deverão ser feitas em relação aos obreiros, como está o seu comportamento no púlpito? Que tipo de mensagens está transmitindo aos seus ouvintes? Charles Spurgeon disse: ou coloque fogo no seu sermão, ou jogue o seu sermão no fogo. Pensando em um melhor desenvolvimento do obreiro na área da pregação, desenvolvemos este módulo que muito ensinará a respeito de como ter ética no culto, seguidos de dicas para o obreiro como pregador
I- Alguns Itens que o Obreiro como Pregador Precisa Saber
O obreiro deve ter em mente e conhecer a responsabilidade de reverenciar ao tomar o púlpito da Igreja. Muitos obreiros ficam com o ministério sujo, crítico e ruim por não saberem fazer o uso do púlpito do Senhor. Sabemos e cremos que são até chamados por Deus e são grandes homens, mas, por não saberem fazer uso do púlpito, acabam sendo negligenciados por parte do ministério e de todos. Assim entendemos porque Paulo dizia que era para nos portarmos de modo que não geremos escândalos (I Co 10.32).
Vejamos algumas regras básicas:
1- A Aparência
Roupas limpas, barba feita, as roupas em ordem, a gravata colocada corretamente, a camisa devidamente abotoada, os sapatos limpos e engraxados. Os cabelos penteados
2- A Posição do Corpo
Não se deve sentar escarrapachando-se na cadeira, nem balançar as pernas. Ao levantar-se para pregar, deve fazê-lo com serenidade, deliberação e respeito. Não convém se escorar no púlpito.
3- Os Gestos
De conformidade om as palavras não devem ser exagerados. Evitar imitações de outros pregadores. Quando estiver pregando não se deve manusear nervosamente qualquer objeto na mão, ou mexer com o lenço, abotoar ou desabotoar o paletó, olhar a todo o momento para o relógio. Estas coisas tiram a atenção do auditório, que deixa de ser abençoado com o sermão.
4- A Voz
Que as palavras soem em voz alta e suficientemente clara para serem entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural, sem serem articulados forçadamente. Deve-se evitar a tonalidade artificial, de falsa unção e efeitos estudados.
5- Deve-se Evitar a Gritaria sem Sentido
Evite gritarias sem sentido, evite também um tom baixo demais e monótono. Fazer pausas nas horas certas. Controlar o volume e tom da voz de acordo com o ambiente. O pregador deve cuidar da sua voz, conservá-la para melhor pregar a mensagem divina.
6- Hábitos Maus a Evitar
Nada de dizer que não se preparou ou é incapaz. Isso diminui a expectativa em relação a mensagem. Se o pregador não se preparou, os ouvintes logo notarão isso sem que o diga. Evitar as repetições desnecessárias de coisas já ditas. Isso é sinal de falta de assunto. E quem não tem assunto não deve se levantar para pregar.
Cuidado igual deve ser tomado para não ficar dizendo toda hora amém, ou aleluia! Só por costume. 
7- O Pregador e a Língua Portuguesa
O pregador deve procurar usar a língua portuguesa o mais correto possível. Você sabia que 42. Mil pessoas morreram porque pronunciaram uma palavra errada? (Jz 12:6).
O pastor Nestor Henrique Mesquita diz: não diga “saldo os irmãos com a paz do Senhor”. Corrija esta expressão, dizendo: “saúdo os irmãos com a paz do Senhor”. Nunca confundir “cumprimento com comprimento”. Não diga “vou na igreja” o certo é “vou a Igreja”. Não diga: “esta irmã é membra da Igreja”, membro só tem um gênero. O pastor Nestor também fala de certa ocasião em que alguém fez o apelo assim: tem alguma moça aqui para aceitar a Jesus?...como não houve resposta positiva, então completou: infelizmente, não...não tem nenhuma moça aqui.
I- As Bem Aventurança do Pregador
a) Bem-aventurado o pregador que sabe como pregar;
b) Bem-aventurado o pregador que encurta as suas introduções;
c) Bem-aventurado o pregador que sabe como e quando terminar;
d) Bem-aventurado o pregador cujos sermões constituem uma unidade, têm propósito definido, sendo cada palavra bem pensada e meditada;
e) Bem-aventurado o pregador que raramente usa o pronome “eu”;
f) Bem–aventurado o pregador que conhece e prega a palavra;
g) Bem-aventurado o pregador que vive o que prega;
h) Bem-aventurado o pregador que é Cristocêntrico.
II- As Precauções de Um Pregador
a) Não se desfaça em gritos;
b) Não exagere em provocar risos, tornando-se palhaço;
c) Não elogie a si mesmo;
d) Não ilustre com narrações longas;
e) Não se afaste do texto e do tema;
f) Não crave os olhos no chão ou no teto;
g) Não fixe o olhar demasiadamente em alguém;
h) Não fique olhando o relógio o tempo todo;
i) Não procure imitar alguém.
III- O Pregador e o Sermão
1- Estas são algumas dicas, na hora de elaborar e também de ministrar o sermão:
a) Leia cuidadosamente todo o material que conseguiu coletar na pesquisa, de informações;
b) Escreva o “esqueleto” do sermão, ou seja, as ideias principais, na sequência em que serão apresentadas;
c) Encaixe as passagens bíblicas e referências no “esqueleto”, de forma coerente, e que contribua para esclarecer o tema;
d) Leia e repasse todo o conjunto de forma cuidadosa, verificando se o assunto está exposto de forma clara, se é coerente com a palavra e Deus, e se o seu conteúdo está de acordo com o objetivo previsto.
e) Ore a Deus e agradeça pela inspiração recebida, e peça o apoio necessário para que a apresentação seja coerente com a mensagem, de modo que o objetivo escolhido seja atingido por inteiro.
IV- A Apresentação do Sermão
Sermão segundo alguns estudiosos quer dizer: discurso religioso, prédica. Conversa em tom familiar, visando a edificação dos ouvintes. Os estudiosos do assunto apresentam várias classificações dos sermões quanto á forma, sermões temáticos, neste tipo de sermão o pregador utiliza somente o tema, isto é, o assunto central do texto bíblico lido, sem contudo, apega-se estritamente ao contexto anterior e posterior da passagem bíblica. Sermões textuais, neste tipo de sermão, o pregador, ao contrário do sermão temático, apega-se estritamente a um único texto bíblico, extraindo dele de forma ordenada e lógica as lições ou verdades espirituais que o Espirito santo lhe concedeu. Existe também o sermão expositivo, que é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da escritura é interpretada em relação a um tema ao assunto. De um modo mais explícito, um sermão expositivo tem a função primária de colocar à vista o que está obscuro, de declarar a verdade que está inserida na palavra de Deus.
Na hora da ministração do sermão, o obreiro como pregador deve observar o seguinte:
a) Quando chegar a hora de falar, cumprimente os presentes com simpatia e simplicidade; evite brincadeiras e palavras desnecessárias;
b) Fale com voz clara e firme; transmita sinceridade e convicção; seja simples; use um vocabulário simples e compreensível pelos presentes;
c) Evite a gesticulação abusiva, mas igualmente evite permanecer imóvel como se fosse uma estátua, então, seja natural; se houver microfone, procure familiarizar-se com o seu uso, ajustando-o para que possa ser bem compreendido. O microfone, muitas vezes, é visto como um terrível inimigo, chegando a provocar pânico em determinados oradores, principalmente naqueles menos habituados com a tribuna.
d) Ao longo de sua exposição, para criar um clima de simpatia; encare todos os presentes enquanto fala, fitando-os nos olhos um a um; percorra com o olhar aos poucos e de forma natural, toda a assistência, alternando o olhar entre o lado esquerdo e o lado direito, entre as partes mais próximas e as mais afastadas.
e) Esqueça de si, e concentre-se na mensagem que está transmitindo; assim não terá tempo de ficar nervoso.
V- Conselhos Para um bom Uso da Voz
A voz é um instrumento da comunicação. Todos nós devemos ter um cuidado com ela, mas principalmenteos que a usam como instrumento de trabalho. 
Segundo os especialistas o aparelho fonador responsável por produzir a voz, não é um sistema próprio, depende de elementos do sistema respiratório e digestivo. Por isso, para evitar problemas e para ter uma boa voz, o pregador precisa cuidar bem de seu corpo.
Vejamos algumas dicas dos especialistas sobre os cuidados com a voz:
a) Deve-se beber em média dois (2) litros de água por dia, de preferência em temperatura ambiente;
b) Evite gritar, tossir ou pigarrear, já que favorecem o atrito nas cordas vocais, podendo lesioná-las;
c) Procure consumir alimentos fibrosos, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe estimulando a musculatura mastigatória que é a mesma que usamos para falar;
d) Procure ingerir sucos e frutas cítricas, pois o sumo destas frutas auxiliam a absorção do excesso de secreções;
e) Procure está vestido (a) o mais confortável possível, evitando as roupas apertadas junto ao pescoço e cintura, para que o seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem a postura;
f) Procure dormir 8 horas por noite e repousar nos períodos de maior trabalho vocal; evite o stress.
Um aspecto importante a ser observado em relação a voz é quanto ao volume. O pregador precisa se preocupar com a adequação do tom e volume da sua voz ao ambiente em que está sendo propagada a mensagem
Considerações finais
Esperamos ter contribuído de forma positiva a todos os obreiros com este curso. Este material , de maneira alguma encerra os direitos e deveres de todos os obreiros, mais foi elaborado com carinho para facilitar o bom desenvolvimento do obreiro fiel. Entendendo que a autoridade não se impõe, e, sim, se conquista. É fundamental a sinceridade e a imparcialidade no trato com todos, pois o serviço cristão cooperará em muito para que a Igreja seja um lugar de refúgio, onde as pessoas, sem distinção, possam ser bem recebidas e conduzidas a salvação.
“portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58).
Referências Bibliográficas
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
IBADEP, hermenêutica e homilética, Guaíra, 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. Teologia do obreiro, EETAD, Campinas, 1998.
TERÉZIO, Cid Moreira. Língua portuguesa, IBEC, Faxinal, 2011.
STPLM, Teologia pastoral, Goiânia, 1977.
PEDROSO, Claudemir. Manual do obreiro, São Paulo, 2015.
MESQUITA, Nestor H. português prático para pregadores, Teresina, 2012.
CHAGAS, José Roberto o. Curso de capacitação para pregadores. Campo Grande. 2015.
SAMPAIO, Sampaio. Meu ministério, chamas ou cinzas. Goiânia, 2014: editora visão, 2012.
 Ismael Ferreira Silva é casado com a Missionária Maria Rosirene, natural de União-(PI), Membro da Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Piauí (CEADEP), sob número 426, Membro da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), sob número 75.545, Graduado em Teologia pela FATEH-(MA), Especialista em Docência do Ensino Superior e Neuropsicologia pela Faculdade Cidade Verde (FCV-PR), Pós Graduando em Filosofia e Metodologia de História e Geografia, Universitário de Pedagogia, Diretor do Centro Preparatório Para Obreiros (CPPO), Evangelista na Assembleia de Deus em Caracol-Piauí. 89 98132 8225 (Zap), 
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Assentamento Saco, Zona Rural S/N, Caracol-PiauÍ, 86 99401-9527 (ZAP), 89 981328225 (ZAP). 
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................3
Dedicatória...................................................................................4
Módulo III, o obreiro e a liturgia................................................5
Introdução.....................................................................................6
I-Definição de liturgia....................................................................7
II-liturgia do culto Cristão nas Igrejas pentecostais......................9
III-cultos que não são aceitos pelo o Senhor...............................10
Conclusão....................................................................................12
Módulo IV, o obreiro e a interpretação bíblica.......................13
Introdução...................................................................................14
I-Definição de hermenêutica.......................................................15
II-abismos que dificultam o entendimento da Bíblia...................16
III-métodos de estudo da Bíblia...................................................17
IV-perigos do mau uso da Bíblia.................................................18
V- figuras de linguagem no texto Bíblico....................................19
VI- textos e contextos.................................................................23
Conclusão...................................................................................26
Referências Bibliográficas..........................................................27
	APRESENTAÇÃO
O Centro de preparação para obreiros, tem por objetivo contribuir no desenvolvimento do vosso ministério, pois, entendemos que no século XXI (mais do que nunca) precisamos ser um “gigante” na graça e no conhecimento para enfrentarmos os dardos inflamados do inimigo. Sabemos e cremos em se tratando de ministério é um assunto extremamente profundo e longo, mas o nosso desejo é que através deste material, o obreiro aumente a convicção de seu chamado.
Ao falarmos sobre o ministério do obreiro, não podemos nunca nos esquecer do chamado. Ninguém se torna realmente ministro sem que Deus o tenha chamado. Humanamente falando, tudo começa quando Deus nos chama, e, para muitos, o instante mais marcante em sua vida ministerial é o momento em que puderam ouvir Deus ou sentiram, de maneira muito forte, o seu chamado para algo especial.
Sabendo do grande desafio que pesa sobre os ombros dos obreiros, por esse motivo desenvolvemos mais estes dois módulos, onde falaremos no módulo III, sobre “liturgia”, ou seja, abordaremos a respeito do culto e seus elementos. A seguir no módulo IV, estaremos aprendendo sobre a “interpretação Bíblica”, e o que fazer para melhor compreendermos as sagradas Escrituras. 
Que o nosso bom Deus continue a abençoar- nos. Boa aula.
DEDICATÓRIA
A minha esposa Maria Rosirene da Luz Sousa, a todos os obreiros em geral. A toda Igreja que zela e preserva a verdadeira doutrina, que prega o evangelho Cristocêntrico.
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 Módulo III- o obreiro e a liturgia
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade, 2 Tm 2:15
INTRODUÇÃO
Desenvolvemos este terceiro módulo, com o objetivo de contribuir no desenvolvimento do nosso ministério, pois entendemos que o obreiro do Senhor deve crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus. Neste módulo falaremos sobre Liturgia, ou seja, comentaremos a respeito dos elementos que compõe o culto Cristão (At 2:42-47; I Co 14:26-40; Cl 3:16). O culto deve ser sempre um momento indispensável para nós e deve ser festivo, cheio de alegria. Mas ao longo do tempo, em virtude da pecaminosidade humana, e a busca pela satisfação própria, esse tem sofrido uma série de deturpações. Veremos a seguir a respeito do verdadeiro culto pentecostal, sua definição no antigo e novo testamento, o verdadeiro significado de cultuar a Deus, e os elementos que compõe o verdadeiro culto Cristão. Boa aula.
I-DEFINIÇÃO DE LITURGIA
Segundo o pastor Claudionor de Andrade , “liturgia [do Gr. Leiturgia, serviço divino] culto público oficiado por uma igreja. ritual. forma pela qual um culto público é conduzido”. O termo culto, tanto no Hebraico quanto no Grego, dá a ideia de serviço, por isso, na língua Inglesa, quando alguém vai ao culto, usa o termo “ service ”. Na língua portuguesa,a ideia de culto, infelizmente, costuma ser associada ao simples fato de frequentar e assistir a uma celebração religiosa, costumeiramente evangélica. 
1- FUNDAMENTAÇÃO BIBLICA DO CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O culto de Israel no antigo testamento, era um memorial dos acontecimentos libertadores do passado, contendo um movimento de esperança, uma tensão escatológica voltada para o porvir.
É no antigo testamento que encontramos as primeiras referências ao culto:
a) CULTO NA FAMÍLIA
As primeiras narrativas bíblicas que envolve o culto se dão na família ( Gn 4:1-5; 8: 18-21; 13:1-4; 26; Dt 6: 4-9; 11:18-21. Em Gênesis 4:3-5, lemos sobre o culto na dimensão pessoal, onde o que cultua, aquele que é cultuado e o elemento oferta estão presente.
b) O CULTO NO TABERNÁCULO 
Com a construção do tabernáculo ( Êx 25-40), em pleno deserto, Deus começa a preparar o povo para um culto no nível comunitário, com elementos e uma liturgia marcada por muitos elementos simbólicos. Além dos cultuadores, do cultuado e das ofertas, temos agora presente um espaço litúrgico definido, e os ministros (sacerdotes com uma função mediadora).
c) O CULTO NO TEMPLO
Já estabelecidos na terra prometida, é sobre o reinado de Davi que a construção do templo é idealizada (1 Cr 22: 6-19). Com o templo, um sistema de organização é estabelecido para que em nada o culto seja prejudicado. Neste sistema estão presentes os Levitas (1 Cr 23), os sacerdotes ( 1 Cr 24), os cantores ( 1 Cr 25), os porteiros (1 Cr 26), e os tesoureiros ( 1 Cr 26 :20-28).
d) O CULTO NA SINAGOGA
Não encontramos menção no antigo testamento sobre o culto na sinagoga, porém alguns historiadores dizem que os Judeus exilados criaram, para fazerem reuniões, e adorar o Senhor, através de oração, cânticos e também discutir a torá enquanto viviam em terras estranhas.
e) FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DO CULTO NO NOVO TESTAMENTO
O culto no novo testamento recebeu forte influência da sinagoga, assimilando muito de seus elementos, para posteriormente estabelecer uma característica própria.
A respeito da estrutura do culto, a partir de 1 Co 14:40, sabemos que tudo deva acontecer com decência e com ordem, para a edificação do corpo de Cristo ( 1 Co 14:26), e que esse deva ser racional (Rm 12:1). Na igreja primitiva, por não disporem de templos, os primeiros crentes se reuniam nas casas ( At 4:23-24), onde oravam e adoravam ao Senhor, oferecendo contribuições voluntárias para a obra de Deus ( 1 Co 16:2; 2 Co 9:7; Fl 4:18). Nesses encontros, havia espaço para a leitura de textos Bíblicos ( At 2:42; 17:11), e cânticos de adoração ( Ef 5: 18-21.
f) A ATITUDE DE JESUS NO CULTO
Jesus de Nazaré viveu e atuou dentro do sistema de culto de seu povo. Frequentou a reunião nas sinagogas aos, sábados “segundo o seu costume” ( Lc 4:16). Participou regularmente do culto no templo e das festas da peregrinação ( Lc 2: 41-42; Jo 2:13; 5:1; 7:2-14; 10: 22-23).
II-LITURGIA DO CULTO CRISTÃO NAS IGREJAS PENTECOSTAIS 
1-OS ELEMENTOS DO CULTO
Nas igrejas pentecostais o culto Cristão, nas suas variadas formas, dependendo da finalidade do mesmo (oração, doutrina, ação de graças, santa ceia, ordenação de obreiros, etc), a principal característica é a livre manifestação dos dons espirituais. Basicamente, os cultos acontecem da seguinte forma:
a) Abertura: com oração;
b) Louvor congregacional da harpa cristã;
c) Leitura da palavra (oficial);
d) Oração após a leitura da palavra de Deus;
e) Apresentação de visitantes;
f) Louvores através de cantores, conjuntos, banda de música, etc;
g) Palavras, testemunhos, saudações;
h) Oferta;
i) Pregação oficial (da palavra de Deus);
j) Convite as pessoas para aceitarem a Cristo em seu coração como Senhor e Salvador;
k) Avisos dos trabalhos da semana;
l) Oração final seguida de benção apostólica.
2-O VERDADEIRO CULTO SEMPRE GLORIFICARÁ SOMENTE AO SENHOR
O espírito Santo, atuando na Igreja por meio dos dons espirituais, sempre exaltará a pessoa de Cristo. Em palavras simples, Cristo é o centro do culto prestado a Deus em espírito e verdade ( 1 Co 12:1-3).
O Espírito Santo falando por meio dos crentes, por meio dos dons Espirituais, sempre guia os crentes à Cristo, a reconhecer a sua glória! O culto é voltado para Deus, é Teocêntrico- e nisso, Cristocêntrico, não Antropocêntrico.
3-A FORMA DO CULTO PROVÉM DO PRÓPRIO DEUS
O culto é a resposta do homem a Deus, com fé e gratidão. Isto indica que é Deus quem dá o primeiro passo na forma como ele deve e quer ser adorado ( Êx 29: 38-46). Devemos ter sempre diante de nós a convicção e o propósito de que o culto é oferecido a Deus. O próprio Deus estabelece os métodos de adoração em sua palavra.
4-PROPÓSITOS DO CULTO
Qual é realmente o verdadeiro propósito do culto? 
a) Adorar o Senhor;
b) Aprender a palavra de Deus ( Mt 28:19);
c) Persuadir os perdidos a confiar em Cristo ( At 2);
d) Promover a comunhão ( At 2:42);
e) Renovação espiritual;
f) Alimentar a alma e Espírito.
III-CULTOS QUE NÃO SÃO ACEITOS PELO O SENHOR
1-ESSES SÃO OS CULTOS QUE DEUS NÃO ACEITA
a) Quando não cultuamos de coração ( Is 29:13; Ez 33:31;Mt 15:8);
b) Quando usamos de hipocrisia ao cultuar ao Senhor ( Mt 23: 23-27);
c) Não reverenciamos a Deus no templo ( Ec 5:1; Êx 3:5; Sl 89:7);
d) Quando oferecemos sacrifícios de tolo ( Ec 5:1b).
2-QUAIS OS VERDADEIROS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA O VERDADEIRO CULTO CRISTÃO?
a) Reverência e santidade a Deus ( Sl 89:7; Ec 5:1)
b) Oferecer a Deus um culto racional ( Rm 12:1; 1 Pe 2:5; Sl 50:14);
c) Com os dízimos e ofertas ( Ml 3:10);
d) Si envolvendo no culto ao Senhor, quando reverenciamos ao Senhor com Espírito, corpo e alma ( Lc 18:13), porém o Fariseu não orava, apenas se exaltava e olhava para o publicano e o humilhava ( Lc 18: 11-12).
e) De todo o coração, somente o nosso Deus é digno de toda honra, glória e louvor ( Sl 29:2; 96:9).
2- TIPOS DE CULTO NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
a) Culto evangelístico
b) Culto de doutrina
c) Culto de senhoras
d) Culto de oração
e) Culto de mocidade ( jovens)
f) Culto de crianças
g) Culto de ceia
h) Culto de missões
i) Culto de ação de graças que seja: Colação de grau; aniversário de 15, anos; noivado; celebração de casamento; bodas de prata ou de ouro; posse ou despedida de obreiros; lançamento de pedra fundamental; inauguração de Igreja; culto fúnebre, etc.
CONCLUSÃO
Devemos sempre cultuar a Deus de forma racional, ou seja, com o nosso entendimento ( Rm 12:2). O sentimento de adoração é o reconhecimento dos favores de Deus sobre as nossas vidas. Os verdadeiros adoradores adoram a Deus em Espírito e em verdade ( Jo 4: 23-24). Tenhamos cuidado com os falatórios vãos, irreverência e falta de temor na hora do culto. Jesus açoitou os cambistas e vendedores de animais dentro do templo ( Mt 21: 12-16). Amados na hora do nosso culto ao Senhor sejamos reverentes ( Ec 5:1-7).
	
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Módulo IV- o obreiro e a interpretação Bíblica
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade, 2 Tm 2:15
INTRODUÇÃO
Não basta ter uma Bíblia. É necessário lê-la. Não basta lê-la. É necessário entendê-la. E poderíamos continuar dizendo que não basta entender a Bíblia. É preciso obedecê-la. Mas, geralmente, nos deparamos com textos do qual não compreendemos ou temos uma visão equivocada.
Com algumas regras em mão, podemos ampliar grandemente o nosso conhecimento das escrituras. Será de grande utilidade conhecer as regras de hermenêutica, ou seja, a “a arte de interpretar os textos”. Qual a interligação entre a hermenêutica e a exegese? O que fazer para entender a Bíblia? Neste módulo IV, estaremos transmitindo algumas dicas, para melhor entendermos a Bíblia. Boa aula.
I-DEFINIÇÃO DE HERMENÊUTICA
De acordo com o pastor Claudionor de Andrade, hermenêutica [Do gr.hermeneutikós, interprete] “ciência que tem por objetivo descobrir o verdadeiro significado de um texto”. Em seu significado técnico, a palavra em questão caracteriza- se como a ciência de interpretar (porter normas ou regras) e como arte ( pois a comunicação é flexível). 
1-A IMPORTÂNCIA DA HERMENÊUTICA
A hermenêutica é importante porque estabelece princípios, métodos e regras necessárias para elucidar palavras ou frases nas sagradas escrituras, cujo sentido não esteja bem claro.
Ela cuida da interpretação correta de um texto bíblico visando descobrir o significado original que foi pretendido. Procura ainda traduzir, interpretar e fazer compreensiva a mensagem da palavra de Deus para os crentes em épocas e em culturas diferentes.
2-DIFERENÇA ENTRE HERMENÊUTICA E EXEGESE
Um ponto importante que merece ser esclarecido é que a hermenêutica tem uma área diferente da exegese. Embora não possamos negar a interligação, ambas têm sua razão de existir.
A palavra Exegese, do grego eksegesis, tem como sentido: “explicar, interpretar, contar, descrever, relatar”. De acordo com o contexto, pode ser uma narrativa, explicação ou interpretação.
Exegese carrega a noção semântica de “a partir de dentro”. Assim sendo, o termo é usado para “trazer para fora a mensagem que está oculta”, “dobrada”. Mas, não se trata de uma explicação qualquer, como uma leitura rápida de um texto e sua consequente interpretação a partir de ideias preconcebidas e, muitas vezes, interesseiras. A exegese pressupõe uma interpretação crítica, justificada por diversos fatores, como o lexical (da língua original), o gramatical, o geográfico, o histórico, o cultural e o teológico.
Diz- se que a hermenêutica e a exegese se relacionam da mesma forma que a teoria se relaciona om a prática. Nesse sentido, escreveu Esdras Bentho: “teologicamente, a exegese é o capítulo da teologia que estuda a interpretação, utilizando-se de modos formais de explicação, que podem ser aplicados a algumas passagens das escrituras, a fim de compreender o seu sentido”. Portanto a exegese é a aplicação metodológica dos princípios técnicos hermenêuticos
II-ABISMOS QUE DIFICULTAM O ENTENDIMENTO DA BÍBLIA.
A Bíblia foi escrita em uma época diferente, povos diferentes e em contexto histórico diferente do nosso. Em meio a essa diversidade cronológica, cultural, geográfica e idiomática, vários abismos se apresentam pelo fato de termos em mão um livro tão antigo.
1-ABISMO HISTÓRICO
O fato de estarmos largamente separados no tempo dos escritores e primitivos leitores da bíblia.
2-ABISMO CULTURAL
Grande diferença cultural separa-nos dos tempos bíblicos. O mundo em que os escritores Bíblicos viveram é diferente da atualidade. Seus costumes, tradições e crenças estão num passado distante.
3-ABISMO LINGUÍSTICO
 As línguas em que a Bíblia foi escrita, varia da nossa tanto em estrutura, como em expressões idiomáticas: Hebraico, Aramaico e Grego.
4-ABISMO FILOSÓFICO
É a lacuna das opiniões acerca da vida, das circunstâncias e da natureza que variam de acordo com a cultura de quem escreveu e de quem lê
 5-ABISMO CRONOLÓGICO
 A Bíblia foi escrita há séculos. Seu último livro foi escrito no final do primeiro século da era Cristã, o que nos separa temporalmente em dois milênios. 
6-ABISMO GEOGRÁFICO
Os lugares onde ocorreram os fatos das Escrituras estão distantes da maior parte de seus leitores. Foi no oriente Médio, no Egito e nas nações mediterrâneas e meridionais da Europa, de hoje, que os personagens bíblicos viveram e peregrinaram.
7-ABISMO ESPIRITUAL
O fato de sermos pecadores impõe limites à nossa capacidade de interpretar as escrituras. Quem não é salvo está cego ( 2 Co 4:4) e morto espiritualmente ( Ef 2:1). O apóstolo Paulo escreveu sobre isso, dizendo: “ora, o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” ( 1 Co 2:14-15).
III-MÉTODOS DE ESTUDO DA BÍBLIA
Existem vários métodos de estudo da Bíblia que são os seguintes:
1-MÉTODO ANALÍTICO
Analisar algo é estudar os seus pormenores, detalhe por detalhe, tendo o cuidado de anotar todos os aspectos por mais insignificantes que eles pareçam ser, é o método, microscópico.
2-MÉTODO SINTÉTICO
Aborda cada livro como uma unidade inteira e procura entender o seu sentido como um todo. Procura analisar o livro de forma global. É o método telescópico.
3-MÉTODO TEMÁTICO
É o método de um tema específico
4-MÉTODO BIOGRÁFICO
Abordam narrativas e exposições biográficas de personagens Bíblicos
5-MÉTODO HISTÓRICO
É o método de estudo com sentido histórico de livros ou passagens Bíblicas. Considera os fatos contemporâneos, lugares, tendências, movimentos e outras questões.
6-MÉTODO TEOLÓGICO
É método de estudo em que são sistematizadas as doutrinas Bíblicas.
7-MÉTODO DEVOCIONAL
É o método de estudo da Bíblia com fins de aplicar várias passagens às necessidades particulares do crente.
IV-PERIGO DO MAU USO DA BÍBLIA
1-A BÍBLIA MAL USADA
Existe grande perigo do mau uso da bíblia quando se despreza o seu estudo sistemático e metódico, dentre os quais destacaríamos os seguintes:
a) as escrituras sagradas pode ser mal aplicada quando você ignora o que ela diz sobre determinado assunto.
b) A escritura pode ser mal aplicada quando você toma um versículo fora do seu contexto.
c) A Bíblia pode ser mal aplicada quando você lê uma passagem e faz dizer o que ela não diz.
d) A Bíblia pode ser mal aplicada quando você dá ênfase indevida a coisas menos importantes.
e) As escrituras sagradas pode ser mal aplicada sempre que você a usa para tentar levar Deus fazer o que você quer, em vez daquilo que ele quer que seja feito.
2-A IMPORTÂNCIA DE INTERPRETAR CORRETAMENTE A BÍBLIA
Interpretar a Bíblia corretamente evita:
a) DISTORÇÕES
Seitas se originam, geralmente de distorções de textos sagrados, texto fora do contexto é pretexto
b) EVITA O FATALISMO
Desconhecer as sagradas escrituras, ou não saber usá-la pode ser fatal.
V-FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO
Um sério problema de muitos ao interpretar os textos Bíblicos tem sido considerar tudo no texto de forma literal. Pelo “literalismo” muitos ensinos incorretos e incoerentes têm sido propagados, movimentos e modismos estranhos defendidos e até heresias difundidas. Também o exagero de simbolismos sem discernimentos causou sérios problemas, tanto no passado como atualmente.
Para se conhecer melhor a mensagem Bíblica, com uma correta interpretação, é imprescindível conhecer as figuras de linguagem. Vejamos algumas:
a) METÁFORA
Figura de linguagem que consiste numa comparação entre elementos utilizando-se de propriedades imaginárias. Quando Jesus diz, por exemplo: “vós sois sal da terra” ( Mt 5:13), ele não quer dizer que somos “sal” literalmente, mas nos compara ao sal em uma série de qualificações comuns entre ambos. Isto é metáfora. Ver mais : ( IS 40:6; Jo 6:48;15:1; Sl 71:3).
a) SINÉDOQUE
Faz- se uso desta figura de linguagem quando se substitui o termo que indica o todo de um ser por outro que indica apenas uma parte dele; ou seja, toma a parte pelo todo e vice-versa ou o plural pelo singular, o gênero pela espécie e vice-versa. Ex: (Sl 16:9; At 24:5), do gênero pela espécie, ( Mt 3:5), da espécie pelo gênero ( Mt 6:11)
b) METONÍMIA
É o emprego do nome de algo pelo de outro com que tem relação. Quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal, ou o símbolo pela realidade que o indica, exemplo: as pessoas pelos povos que haveriam de vir. “duas nações há no teu ventre...” ( Gn 25:23). Lucas 16:29 “...eles têm Moisés e os profetas...”. Moisés e os profetas foram os protagonistas que atuaram na história de Israel.
c) SÍMILE
O termo significa “semelhante”. A figura também afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, sendo, porém, mais explícita. Ela é diferente da metáfora por apresentar um elemento comparador com termos: “como”, “assim”, “semelhante”, e outros, exemplo: “ como um pai tem compaixão dos seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem” ( Sl 103:13). Ver mais ( 1 Pe 1:24; Lc 10:3).
d) IRONIA
É a expressão de um pensamento em palavra que literalmente entendida exprimem uma ideia oposta ao que sefala ( Gn 3:22;Jz 10:14; Jó 12:2; Mt 27:40; 2 Co 11:5; 12:11), consiste em dizer o contrário do que pensamos geralmente em tom de zombaria.
e) HIPÉRBOLE
É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas. É também chamada de exageração, exemplo: “Jesus fez também muitas outras coisas. Se cada uma delas fosse escrita, penso que nem mesmo no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos”. Ver também ( Dt 1:28).
f) PROSOPOPÉIA
É o uso atribuindo personalidade a seres que não têm vida, dando-lhes características de fala, atribuindo-lhes os feito e atitudes de pessoas (1 Co 15:55; 1 Pe 4:8; Sl 35:10; Jo 12:7; Is 55:12).
g) ANTROPOMORFISMO
É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e até órgãos e membros do corpo humano, é o caso de falar de “dedos” de Deus ( Sl 8:3), ou de seus “ouvidos” ( Sl 31:2), ou “olhos” ( 2 Cr 16:9), ou “mãos” ( Is 45:12).
h) ENIGMA
É a enunciação duma ideia em linguagem difícil de entender. Uma alegoria de difícil solução. Exemplo: “do que come, saiu comida; do que é forte saiu doçura” ( Jz 14:14).
i) ALEGORIA
É uma representação figurativa de retórica que geralmente tem várias metáforas ( comparações) unidas, por meio das quais realidades abstratas são concretizadas; uma interpretação ao pé da letra quase se faz impossível ( Sl 23; 1-4; Pv 9:1-6; Ez 13:8-16; 1 Cr 3: 10-15; Gl 4:21-31).
j) PARÁBOLA
Vem do grego “para” “ballo”. Para: lado a lado; ballo: jogar, trazer, colocar lado a lado, jogar para comparar.
É uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes.
k) PROFECIA
A profecia da escritura pode ser definitiva com a inspirada declaração da vontade e propósitos divinos ( Is 61: 1-2; Lc 4:21). Não se deve esquecer que Jesus é o tema de toda a profecia ( 1 Pe 1: 10-11).
l) ANTÍNTESE
Este vocábulo procede da palavra grega “antithesis” que significa “ colocar uma coisa contra a outra”. Ou seja, na mesma frase há duas palavras ou pensamentos que fazem oposição um com o outro.
O mal e o falso se opõem ao bom e o verdadeiro, embora estes dois últimos são realçados, Ex: Dt 30:15... “vê que te proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal”.
m) TIPO
É uma classe de metáfora que não consiste meramente em palavra, mas em circunstâncias, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, encontra-se, portanto, no antigo testamento.
Exemplo: Jesus faz referência à serpente de metal como tipo, prefigurado a crucificação do filho do Homem ( Jo 3:14).
n) SIMBOLO
É uma espécie de tipo pela qual se representa alguma coisa por algo que se identifica, tem o propósito de servir de semelhança ou representação.
Exemplo: o Leão simboliza a majestade real ( Ap 5:5); a serpente representa astúcia ( Mt 10:16); as chaves simbolizam a autoridade e as portas dos povoados antigamente serviam como uma espécie de fortaleza, por isso a linguagem veio a representar força e domínio ( Mt 16: 18-19).
o) FÁBULA
É uma alegoria em forma de história, na qual um fato ou alguma circunstância se opõe em forma de narração mediante o uso de atribuições de personalidade a objetos ou animais, Ex: “mas os animais do campo, que estavam no Líbano passaram e pisaram o cardo” ( 2 Rs 14: 9).
p) PROVÉRBIO
“sentença ou máxima expressa em poucas palavras e que se tornou vulgar e comum”
Os provérbios constantes das sagradas escrituras são adágios da sabedoria divina aplicadas às condições do povo de Deus, contêm orientação sábia e podem ser aplicados a vida prática.
Nas páginas sagradas encontramos muitos provérbios. Alguns foram proferidos pelo próprio Senhor Jesus, tais como: “médico, cura-te a ti mesmo” ( Lc 4:23); “ não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa” ( Mt 13:57).
q) PARADOXO 
Paradoxo é a proposição que, ou que parece ser contrária à opinião comum; é sinônimo de Desconchavo, de contradição.
r) APÓSTROFE
É a interrupção que o orador faz para dirigir- se a coisas ou pessoas, é a interpelação direta e repentina, o dito mordaz e imprevisto. 
VI- TEXTOS E CONTEXTOS
1-ANALISANDO ALGUNS TEXTOS E CONTEXTOS
Para compreender o texto, é preciso examinar as palavras que o precedem e as que seguem depois dele; é necessário verificar o que indica o contexto. Exemplos:
a) MÃOS IMPURAS
“comiam pão com as mãos impuras”; isto não quer dizer que comiam com as mãos sujas, por falta de higiene; o sentido é que os discípulos não cumpriam a cerimônia exigida pelos rabinos, de lavar as mãos, conforme a tradição ( Mc 7:2), compare com ( Mt 15:2).
b) MÃOS PURIFICADAS
“purificai as mãos, pecadores”; isto não quer dizer lavar as mãos; pelo contexto compreende-se que o sentido é submeter-se a Deus, manter-se leal ao Senhor, de mãos purificadas ( Tg 4:8; Sl 24: 3-4; 1 Pe 1:22; 1 Jo 3:3; Is 1:15-16).
c) PERFEIÇÃO
“o mantimento sólido é para os perfeitos”; pelo contexto, perfeito, aqui, significa apropriar-se de um claro e verdadeiro conhecimento da verdade divina ( Hb 5:14; 1 Co 2:6; Fl 3:15)
d) PERFEITO
Em Tiago 1:4, significa completo na maneira de viver; no antigo testamento, perfeição aparece como retidão, sinceridade (Sl 37: 37).
2-APLICAÇÃO
O estudo bíblico seja com o objetivo de ensinar ou de preparar sermão para pregar ou mesmo para edificação, tem uma razão de existir: a aplicação. 
O estudo bíblico deve começa com a interpretação, obtendo respostas para as perguntas que devem ser feitas ao texto, como: quem? Para quem? Onde? Quando? Como? Por quê?
No entanto, o alvo de todas essas perguntas é chegar a grande e mais importante de todas: “o que devo por em prática”?
Essa é a pergunta que vai além do conhecimento intelectual, ela chega a dimensão da “mudança de vida”, sai da esfera da teoria e vai para a prática; ela define o que de concreto eu vou fazer ao obter o conhecimento de tudo o que o texto e seu contexto, tanto histórico, como cultural, me ensinaram.
Howard e William Hendricks fazem um comentário muito interessante: 
“interpretação sem aplicação é igual aborto, em outras palavras, cada vez que você observa e interpreta, mas não aplica você faz um aborto das escrituras em termos dos seus propósitos.
 
CONCLUSÃO
Precisamos aprender a cada dia a interpretar a Bíblia sagrada, para que possamos pregar aquilo que realmente o Senhor Jesus deseja e não aquilo que os homens querem ouvir. Precisamos ter este compromisso com o nosso Deus. Leia a Bíblia diariamente, disciplinadamente, pois não basta apenas ir aos cultos. leia a Bíblia com a atitude certa, humildemente, e acima de tudo leia a Bíblia para praticá-la.
“a exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices” ( Sl 119:130).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 2013
CETADEB, hermenêutica e homilética, Apucarana, 2012.
IBADEP, hermenêutica e homilética, Guaíra, 2006.
SETADEM, hermenêutica, Fortaleza, 2010
STEIN, Robert H. guia básico para a interpretação da bíblia, Rio de Janeiro, CPAD, 1999.
OLIVEIRA, Raimundo de. Como estudar e interpretar a bíblia, Rio de Janeiro, CPAD, 2000
AUTOR: Ismael Ferreira Silva, casado há 10, anos com a missionária Maria Rosirene, natural de União- Pi. Ministro do evangelho, teólogo, Poeta, Articulista, Pedagogo (em andamento) cursando exposição bíblica intensiva, especialista em Docência no Ensino Superior e Neuropsicologia. membro da (CEADEP e CGADB), professor, escritor, cordenador do ( CETADEB) em Avelino Lopes- Pi. Diretor do (CPPO). Evangelista, atualmente trabalha em Caracol- Pi. Tel: 86 99401-9527 (claro), 89 98145-9426 (vivo), 89 99922-2794 (tim), 89 98132-8225 ( watshapp).
Caracol- Piauí, inverno de 2018
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Para Obreiros
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...........................................................................04DEDICATÓRIA...............................................................................05
MÓDULO V- O OBREIRO E O EVANGELISMO...........................06
INTRODUÇÃO...............................................................................07
I-O QUE É EVANGELISMO?...........................................................08
II-A IGREJA LOCAL E MISSÕES .....................................................10
III-EQUIPE DE EVANGELIZAÇÃO...................................................13
CONCLUSÃO.................................................................................15
MÓDULO VI- O OBREIRO E O DISCIPULADO.............................16
INTRODUÇÃO...............................................................................17
I-A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO NA IGREJA..........................18
II-A ORDEM DE JESUS .................................................................19
III-DISCIPULADO NO NOVO TESTAMENTO...................................20
IV-COMO FAZER DISCIPULADO....................................................21
V-AS BENÇÃOS DO DISCIPULADO...............................................22
VI-O QUE PRODUZ O DISCIPULADO?...........................................23
VII-DISCIPULADO FAMILIAR.........................................................25
VIII-OBJETIVOS DO DISCIPULADO NOS LARES..............................26
IX-CARACTERISTICAS DO DISCIPULADOR.....................................27
X-ORIENTAÇÕES AO CHEGAR NA CASA.......................................27
XI-CUIDADOS NA HORA DA VISITAÇÃO.......................................28
XII-PESSOAS QUE PODEM SER ALCANÇADAS PELO DISCIPULADO NOS LARES...................................................................................28
XIII-O DISCIPULADOR JAMAIS DEVE ESQUECER...........................29
XIV-RECOMENDAÇÕES FINAIS....................................................29
CONCLUSÃO.................................................................................30
REFERÊNCIAS...............................................................................31
APRESENTAÇÃO
Temos a satisfação de apresentar aos Obreiros, a exposição sistemática da doutrina e dos métodos da proclamação do Evangelho de Cristo, e a urgência da grande comissão (Mc 16.14-18). O propósito da grande comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de Cristo. A intenção de Cristo não é que o Evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias Espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da Igreja, mas sim, em fazer Discípulos que se separam do Mundo, que observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o Coração, mente e vontade ( Jo 8.31).
Até que ponto a Igreja tem obedecido ao Ide de Cristo? Enfatizaremos neste módulo V, que toda a Igreja deve estar empenhada com a obra da Evangelização, usando métodos para alcançar os pecadores a Cristo. 
No módulo VI, falaremos a respeito da Missão da Igreja de Discipular os novos convertidos.
Que o nosso bom Deus continue a abençoar-nos. 
Boa aula!
DEDICATÓRIA
A Minha esposa Maria Rosirene da Luz Sousa, a todos os Obreiros em Geral, que trabalha na Seara do Senhor.
CPPO
Centro preparatório
Para Obreiros
Módulo V- Obreiro e o Evangelismo
“procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”, ( 2 Tm 2.15).
INTRODUÇÃO
Evangelizar é a Missão mais importante da Igreja. Jesus antes de voltar aos céus enviou os seus Discípulos a pregar o Evangelho a toda Criatura e a ensinar sua palavra a toda as nações da Terra. 
Fazer Missões é uma ordem e não uma recomendação. Pregar a palavra de Deus ao Mundo perdido é algo que não depende mais de um mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus. Essa ordem está na Bíblia (1 Co 9:16). Essa mensagem de Salvação é para ser pregada a “todo o Mundo” (Mc 16: 15), até aos confins da Terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1:8). Essa incumbência foi dada a Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito Santo para saber como Realizar esta tarefa.
Deus tem o propósito de salvar o Mundo. Ele traçou um plano perfeito para a redenção da humanidade. Enviou seu Filho para morrer por nossos pecados. O Evangelho é a mensagem que o Mundo tanto carece. Cada Igreja deve elaborar um projeto, com metas bem definidas para alcançar os pecadores. Até que ponto a Igreja tem obedecido esta ordem cumprindo a sua responsabilidade? Toda Igreja precisa está envolvida com a obra da Evangelização, porém isto exige Fé, visão Espiritual, paixão pelas almas e, sobretudo, investimento. O que é Evangelismo? Quem deve Evangelizar? Esta obrigação é só do Pastor ou de toda a Igreja? Neste módulo responderemos estas perguntas.
I-O QUE É EVANGELISMO?
Evangelismo é a arte de fazer Discípulos (Mt 28. 19-20). Envolve princípios Bíblicos, métodos Bíblicos, estratégias e técnicas empregadas na ação de Evangelizar. Evangelizar é apresentar Cristo no poder do seu Espírito Santo, para que os Homens possam colocar-se debaixo de sua autoridade, entregando a sua vida a ele.
1- DEFINIÇÃO DA PALAVRA EVANGELISMO
A palavra Evangelismo vem do Grego “euaggelion”- que quer dizer Boas novas. Então, em que consistem estas Boas novas? O Evangelho é as Boas novas de Deus- por intermédio de Jesus- para toda a Humanidade.
Definindo Evangelismo, escreveu William Hall:
a) “É o soluço de Deus”
b) “É o brado angustiado de Jesus sobre uma cidade condenada”
c) “É o brado de John Wesley: o Mundo é minha paróquia”
d) “É o brado de John Knox: dá-me Escócia ou morrerei”
e) “É a súplica de Moisés: o povo cometeu grande pecado... agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”
f) “É o soluço altas horas da noite, da Mãe, do Pai, pelo filho perdido”
g) “É o segredo de uma grande Igreja”
2-TRÊS ESTÁGIOS DA PALAVRA EVANGELHO
Existem três estágios da palavra Evangelho:
a) No mundo Grego, tinha o sentido de recompensa por trazer Boas Novas.
b) No Antigo Testamento (Septuaginta), o vocábulo indica as próprias Boas-novas. Aparece em termos proféticos com o mesmo sentido que encontramos no Novo testamento: “quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as Boas-novas, que faz ouvir a Salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina!” ( Is 52.7). Veja o seu cumprimento em (Rm 10.15).
c) No novo Testamento são as Boas Novas que falam do Reino de Deus, da Salvação e do perdão dos pecados na pessoa de nosso senhor Jesus Cristo. É o Evangelho da Graça de Deus (At 20.24).
2- O QUE É EVANGELIZAÇÃO?
É a proclamação da palavra de Deus através do Evangelismo. É a ação de Evangelizar, que consiste em levar os perdidos a Cristo, para serem salvos por ele. Evangelização é:
a) “Falar da salvação em Cristo”.
b) “É publicar a Salvação”.
c) “É empenhar-se apaixonadamente a propagação do Evangelho (Lc 4.18; At 8.25,40; Ef 2.17; 1 Pe 1.25).
4-O EVANGELISMO NO ANTIGO TESTAMENTO
Em Gênesis 12.3 diz: “e abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as Famílias da terra”, isto fala do Evangelho de Deus pré-anunciado em Abraão. Veja Gl 3. 8,9: “... anunciou primeiro o Evangelho a... Abraão, dizendo: todas as Nações serão Benditas em ti...”.
Só no livro de Gênesis Deus repetem cinco vezes as palavras todos os povos:
a) “... em ti serão Benditas todas as Famílias na terra”... (Gn 12.3b).
b) “... e nele serão Benditas todas as nações da Terra”... (Gn 18.18b).
c) “... em tua semente serão Benditas todas as nações da Terra”... (Gn 22.17,18).
d) “... serão Benditas todas as Nações da Terra”... (Gn 26.4b).
e) “... em ti e na tua Semente serão Benditas todas as Famílias da Terra”... (Gn 28. 14b).
II-A IGREJA LOCAL E MISSÕES
O “ide” de Jesus é um imperativo, repetindo em cada Evangelho e Atos, a Igreja precisa ser obediente a esta ordem de Jesus:
a) Mt 28.18-20... “ide...”.
b) Mc 16.15... “ide...”.
c) Lc 24.47... “em todas as nações...”.d) Jo 20.21... “como o Pai me enviou, eu também vos envio...”.
e) At 1.8... “testemunhas em toda a Terra...”.
1-A IGREJA TEM QUE SE MOBILIZAR
Cada crente deve trabalhar. Há trabalho pronto específico, para cada crente, qualquer que seja o seu estilo. Em geral há sempre alguns crentes na Igreja que permanecem imóveis. Por menor que seja, nenhuma Igreja pode negar a sua responsabilidade. Há três tipos de Igrejas atualmente:
a) As Igrejas cegas, que nada veem, senão a si mesmas.
b) As Igrejas míopes, que somente veem as coisas de um ponto de vista falso e distorcidamente.
c) As Igrejas de visão, que possuem visão perfeita, visão total. Que visão é esta? A visão de um Mundo em perplexidade. A visão de Cristo crucificado. A visão de Cristo prestes a voltar.
2-UMA IGREJA VIVA EVANGELIZA
Tenho certeza que uma Igreja avivada, jamais perderá o seu foco. É através da Evangelização que ela crescerá. O crescimento deve ser:
a) O crescimento deve ser “integral”, não um crescimento unicamente numérico.
b) Ela cresce debaixo do manto ungido do Espírito Santo.
c) As pessoas experimentam de fato uma nova vida em Cristo.
3-O FOCO SÓ É CRISTO
Vejamos os exemplos dos Apóstolos:
a) Pedro o dia de Pentecostes (At 2.14,36).
b) Pedro no templo (At 3. 8-26).
c) Pedro e João o Sinédrio (At 4.8-12).
d) Os Apóstolos novamente no Sinédrio (At 5.29-32).
e) Paulo em Antioquia da Pisídia ( At 13.14-41).
f) Paulo numa Praça de Atenas (At 17.17).
4- A SITUAÇÃO DO PECADOR
A situação do pecador é tão crítica, que Biblicamente, podemos apresenta-los das seguintes maneiras:
a) Com a Bíblia na mão, sem entendê-la, e esperando que alguém o ensine (At 8.31; Jo 2.20-21).
b) Com fome, sem ter o que comer esperando de alguém o pão Espiritual (Mc 6.35-37; Jo 6.35).
c) Caído na estrada, como morto, esperando que alguém o ajude (Rm 3.23; Lc 10.30-35).
d) No charco de lodo, sem poder sair, esperando que alguém o retire (Sl 40.2; 2 Tm 2.26; Jo 8.34; Cl 1 .13).
e) Levado pela matança, sem poder sair, esperando que alguém o livre (Pv 24. 11-12).
f) Sem refúgio esperando alguém cuidar da sua alma (Sl 142.4).
5- PORQUE A IGREJA DEVE EVANGELIZAR?
Entre tantas razões, o crente deve Evangelizar devido:
a) Um mandamento que o Senhor os deu (Mt 28.19-20; Mc 16. 15-18).
b) Uma obrigação de todo salvo (1 Co 9.16).
c) Um dever de todo Cristão (2 Tm 7.1-2).
d) Um privilégio de cada salvo (1 Tm 10.32).
e) Uma responsabilidade de cada Salvo (1 Tm 2.4).
f) Uma dívida de todo crente (Rm 1 .14-15;13.8).
g) Um sinal de que somos salvos ( Jo 4.39; Lc 19.8-9; Jo 1.39-43).
6-DESCULPAS USADAS PARA NÃO EVANGELIZAR
Sempre que a Igreja se mobiliza para Evangelizar, surgem algumas desculpas:
a) “Não tenho tempo”
Jesus não andava tão ocupado a ponto de não ouvir o clamor das almas aflitas (Lc 18.40).
b) “Estou muito cansado”
Jesus no Sol escaldante do meio dia, junto a fonte de Jacó, não estava tão cansado a ponto de não poder atender a Samaritana perdida (Jo 4.6-7).
c) “Não sei falar”
Outros também na Bíblia Sagrada deram as mesmas desculpas, porém ao obedecerem a ordem do Senhor, foram usados por ele, exemplos: Moisés ( Êx 3.11), Gideão ( Jz 6.15), Isaias ( Is 6:5), Jeremias (Jr 1:6), Amós ( Am 7.15). Se entregue ao Senhor, e ele lhe dará a capacidade necessária ( Mt 4.19; 2 Co3.5).
7-QUALIFICAÇÕES PARA QUEM VAI EVANGELIZAR
Condições necessárias para ser um próspero ganhador de almas:
a) Ser convertido (Lc 22.32; At 16.21).
b) Ter bom testemunho (1 Tm 3.7).
c) Ter conhecimento pessoal do Salvador (Jo 3.11; At 22.15).
d) Ter ardente amor pelas Almas (1 Co 9.21).
III- EQUIPE DE EVANGELIZAÇÃO
Na maioria das vezes, você irá onde as pessoas si encontram. Na direção do Espírito Santo, iremos Evangelizar nas prisões, Hospitais, locais de trabalho e lares.
1- EVANGELIZANDO O LAR
Tomando como exemplo o Lar, por ser o lugar onde mais realizamos visitas para Evangelizar, seria bom observarmos algumas recomendações:
a) “Equipes de visita”
Duas pessoas são suficientes para a visita no lar. Para evitar constrangimentos, o Evangelizador somente irá sozinho se no lar houver pessoas do mesmo sexo. Por exemplo, o Homem somente irá sozinho visitar o lar de uma Mulher, se lá também estiver seu Esposo, irmão ou pai.
b) “Na entrada da Casa”
No portão ou porta, devemos nos identificar, dizendo o nome, e sua função. Espere o dono da Casa lhe convidar para entrar.
c) “Ao Sentar”
Procure sentar-se perto da Pessoa a ser Evangelizada. Assim você pode mostrar-lhe na Bíblia o texto que está lendo e também poderá pedir-lhe para que o leia.
d) “O motivo da visita”
Mostrar a pessoa, o plano da salvação, executado por Cristo. Anunciar as Boas novas de uma vida eterna na presença de Deus.
e) “Faça o Apelo”
Após explicar o pano da Salvação, aproveite o momento e lhe ofereça a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.
f) “Orar por esta pessoa”
Pedir que a pessoa repita o seguinte: Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e suficiente Salvador, perdoa os meus pecados, escreva o meu nome no livro da vida, amém.
g) “Informe o endereço do templo”
Informe o endereço do templo e os dias de culto.
2- RECEBENDO A SALVAÇÃO
O pecador pode perguntar o seguinte, o que fazer para alcançar a Salvação? Falaremos o seguinte:
a) “Crer em Jesus”
Quando o carcereiro de Filipos perguntou: “o que devo fazer para que seja salvo?”, Paulo e Silas deram a resposta de Deus: “crer no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa” (At 16.31).
b) “Arrepender- se do pecado”
O Arrependimento é uma mudança de atitude, uma mudança de direção na vida. Devemos esclarecer isto ao pecador.
c) “Pedir perdão e confessar os pecados”
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). O arrependimento do pecado e o pedido de perdão podem ocorrer ao mesmo tempo. A Deus deve o pecador recorrer em busca de perdão (Sl 51; LC 18.13; Mt 6.12).
d) “Reconhecer que é um pecador e aceitar a Jesus”
Não basta crer que Jesus morreu para salvar o mundo. Devo aceita-lo como meu Salvador e Senhor (Jo 1.12).
CONCLUSÃO
Podemos concluir, portanto, que a grande comissão é uma prioridade na vida de cada Discípulo de Cristo. O alvo é alcançar o Mundo inteiro com a mensagem do Evangelho, dando as informações necessárias para que cada pecador tenha, de forma clara, condições de optar, positiva ou negativamente, pela sua própria salvação. O agente de Evangelização mundial é a Igreja de Cristo, orientada, capacitada e impulsionada pelo Espírito Santo de Deus. Cristo de a ela sua autoridade, para que possa, sem temor de fracasso, expandir o Evangelho a todos os Homens de todas as Raças e em qualquer lugar.
Aprendemos neste módulo, que temos a obrigação de anunciar a Jesus a outras pessoas, quantos há perdidos sem a Salvação, esperando um enviado de Deus para lhe mostrar a solução, que só se encontra em Jesus. Toda a Igreja deve se envolver com este trabalho de Evangelização, procurando estratégias para cumprirmos o Ide de Cristo, que é levar o seu Evangelho ao mundo Inteiro.
CPPO
Centro preparatório
Para Obreiros
Módulo VI- o Obreiro e o Discipulado
			
“procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade” (2 Tm 2.15).
INTRODUÇÃO
Em sua despedida, Jesus afirma a missão da Igreja que é fazer Discípulos de todas as Nações (Mt 28.19). Fomos chamados para conquistar Pessoas a Cristo e promover o seu aperfeiçoamento através do Discipulado. Discipular não é uma questão de dom, mas de missão. Pensando nisso, desenvolvemos este módulo, onde algumas perguntas serão respondidas. O que é Discipulado? De quem é a função de Discipular os novos Crentes? Responderemos estas, e outras perguntas neste módulo.
 Boa aula!
I-A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO NA IGREJA
O Discipulado é uma das formas mais rápidas de aumentar o número de Batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que foram alcançados para Cristo. É através do Discipulado que os novos convertidos, se transformam emDiscípulos de Cristo. Podemos dizer que o discipulado é a sequência da obra do Evangelismo, o recém-convertido precisa de acompanhamento e de instruções, para o seu fortalecimento Espiritual, para que venham tornar capazes de ganhar outras pessoas a Jesus (At 14.22). O Discipulador precisa saber de antemão o que significa ser Discípulo. Quem não é Discípulo não pode fazer Discípulos. O pastor Billy Graham disse: “A Salvação é de Graça, mas o Discipulado custa tudo o que temos”.
1- O QUE É DISCÍPULO?
A palavra “Discípulo”, Mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa “ensinada” ou “treinada”, aluno, Aprendiz (Mt 28.19-20).
Nos Evangelhos, Jesus define a palavra Discípulo de cinco maneiras:
a) Discípulo é aquele que está envolvido com a Palavra de Deus de maneira contínua (Jo 8.31).
b) Discípulo é aquele que ama abundantemente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1 Jo 3.16).
c) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com Cristo (Jo 15.8).
d) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a Cristo (Lc 14.27).
e) Discípulo é aquele que renuncia tudo o que tem (LC 14.33).
2-REQUISITOS PARA SE TORNAR UM DISCÍPULO DE CRISTO
Os novos convertidos precisam saber que, ser Discípulo de Cristo è:
a) “Negar a si mesmo”
Negar o egoísmo que é a patologia do Eu. É a morte do Eu, que significa uma entrega absoluta a Deus. (Lc 9.23).
b) “Identificar-se com o Mestre”
Identificar-se com o Mestre, é a marca do verdadeiro Cristianismo. É morrer para o mundo (Gl 2.19-20).
c) “Deixar pai, mãe, irmãos, Mulher e Filhos
d) “Renunciar a tudo o que tem”
Não significa abandonar tudo quanto temos, mas tudo quanto temos, deve ser colocado a serviço de Cristo e sob sua direção ( Lc 14:33).
3- REQUISITOS PARA SER UM DISCIPULADOR
Estes são alguns requisitos para quem quer se tornar um grande Discipulador:
a) Ser Salvo ( Lc 10.20).
b) Conhecer o público alvo ( Lc 10.3).
c) Estar sob autoridade ( Lc 10.17).
d) Reconhecer a necessidade de Discipular.
II- A ORDEM DE JESUS 
Analisando a ordenança de Cristo:
1- “... PORTANTO, VÃO...”
Jesus fala de um estilo de vida. Ação contínua. Ele fala de um modelo sem tréguas e sem qualquer desculpa. Sempre estamos indo, anunciando, testemunhando, pregando e conclamando os pecadores ao arrependimento e a fé ( Mc 19.14-15)
2- “... E FAÇAM...”
É um imperativo, é uma obrigação que não aceita desculpa ou transferência. É o resultado da nossa intimidade com ele: “vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” ( Mt 4.19).
3- “... DISCÍPULOS...”
Os Discípulos são de Jesus e devem ser feitos para ele. O corpo é de Cristo. Não gere Discípulos para você. Jesus não tem concorrentes na liderança de sua Igreja.
4- “... DE TODAS AS NAÇÕES...”.
Consideremos a amplitude de At 1.8: “... e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra”. a vontade de Deus é recrutar para si adoradores de todas as Tribos, Línguas e Nações.
5- “... BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO...”.
A Igreja local deve Batizar todas as pessoas arrependidas e convertidas a Jesus Cristo, em nome da Trindade divina.
6- “... ENSINANDO-OS A OBEDECER A TUDO O QUE EU LHES ORDENEI...”.
O Discipulador deve sempre obedecer a Jesus, e ensinar os novos convertidos a fazer o mesmo.
III O DISCIPULADO NO NOVO TESTAMENTO
O discipulado pode ser embasado, ainda, em três exemplos do novo testamento.
a) O Discipulado De Paulo
O principal discipulador do apóstolo dos gentios foi Barnabé ( At 9.27,28; At 11.25). Depois, em Gl 1.15,18, o próprio Paulo deixa implícito o tempo de duração de seu discipulado, antes de iniciar o ministério apostólico.
b) O Discipulado de João Marcos
Aqui, mais uma vez, o responsável pelo discipulado foi Barnabé (At 15. 36-39), e veja que Paulo tinha razões para não levar novamente João Marcos em sua segunda viajem missionária. No entanto, Barnabé tinha também as suas razões. Faltava ao rapaz um discipulado mais profundo. Foi o que fez o “filho da consolação”. Mais tarde, o apóstolo reconheceu os frutos do trabalho de Barnabé junto a João Marcos (2 Tm 4.11).
c) O Discipulado de Timóteo 
Aqui, os principais discipuladores foram sua avó, Lóide, e sua mãe, Eunice (2 Tm 1.15). O texto revela também outra verdade: o quanto os pais são importantes no discipulado dos filhos. É um erro pensar que esta tarefa cabe somente à Igreja ensinar os filhos nos caminhos do Senhor é dever dos pais.
IV-COMO FAZER DISCIPULADO
Duas formas de fazer discipulado
a) O Discipulado Individual 
Aqui o crente “adota” um novo convertido e o acompanha até que ele ande com seus próprios pés. É o método de maior resultado, se os crentes o levam a sério. Se cada um assumisse o compromisso de ganhar uma alma e discipulá-la, o crescimento da Igreja seria vertiginoso. E com qualidade. Poderia, inclusive, ser criado em cada Igreja local um programa com o slogan “adote um novo convertido”, com propósito de estimular os crentes a assumirem o seu papel como células que se multiplicam no corpo de Cristo.
b) O Discipulado Coletivo
Neste caso o discipulador se responsabiliza por um grupo, que pode ser a classe de novos convertidos, na escola dominical, ou mesmo durante a semana, ou aina um núcleo de estudo bíblico no lar. Cabe à Igreja local escolher a melhor forma. O importante é que haja o discipulado.
V-AS BENÇÃOS DO DISCIPULADO
São várias as bênçãos do discipulado, podemos destacar:
a) Colheita mais Produtiva
Além da semeadura, o lavrador toma todas as medidas para que a colheita seja mais produtiva. Todavia, muito do que se colhe no Brasil, é depois jogado fora por falta de cuidado no transporte entre o produtor e o consumidor. O mesmo principio é válido no sentido espiritual. Almas se convertem, mas depois são lançadas fora. Um bom discipulado mudará as estatísticas, aumentando o percentual dos que darão frutos para o reio de Deus. Se os números da parábola do bom semeador forem alcançados, os resultados serão promissores.
b) Crentes Enraizados 
Outra benção do discipulado é que ele produzirá crentes com raízes profundas, que substituirão com firmeza aos ventos da tempestade. Foi o que Paulo questionou quanto aqueles que deveriam já ser considerados mestres e viviam ainda como meninos.
c) Redução do Número de Desviados
Outra constatação das pesquisas é que a “porta dos fundos” é maior do que a “porta da frente”. Ou seja, há mais pessoas que se desviam do as que se convertem. Por quê? Falta de discipulado. Com a mudança de mentalidade, este quadro também mudará.
d) Avivamento
Avivamento é a vida dinâmica da Igreja em crescimento, no poder do Espírito. Não se trata meramente de barulho, fruto de emoção. É algo mais além. É óbvio que o discipulado prestará também sua contribuição ao avivamento, pois almas que permanecem firmes na fé, depois de discipuladas, são potenciais ganhadores de outras almas, que viverão o dia-a-dia das realidades de fé cristã: batismo no Espírito Santo, fruto do Espírito, dons espirituais e outras experiências que edificam e tornam a Igreja viva.
e) Obreiros bem Preparados 
Sabe-se, através da experiência, que os melhores obreiros são os que receberam boa formação quando novos crentes que frequentaram a escola dominical. Se quisermos obreiros dedicados amanhã, temos que discipular hoje, os novos convertidos.
f) Antidoto Contra as Heresias
Muitos crentes acabam presos as heresias porque não conhecem os fundamentos da fé. Não estão preparados para “responder com mansidão” acerca de sua esperança ( 1 Pe 3.15). O que não ocorre com os seguidores das seitas, que recebem treinamento intensivo e só saem às ruas quando se revelam devidamente preparados. Apenas o discipulado tornará os novos crentes coluna da verdade.
VI 0 QUE PRODUZ A FALTA DE DISCIPULADO?
A falta de discipulado produz:
a) Crentes Enfraquecidos
Há muitos, em nosso meio, que não sabem a razão de sua fé. Quando confrontados com seu comportamento austero, o máximo que afirmam é que “a Igreja proíbe”, ou o “pastor não deixa”. A culpa não é deles, é da Igreja que não osensinou de maneira correta, faltou com certeza o discipulado Bíblico.
b) Aumento do Número de Desviados
Este é o quadro que hoje se verifica, consequência natural da falta de discipulado. É óbvio que um bebê, se não for alimentado, morre. Ninguém jamais conseguiu alterar esta lei biológica. No entanto, é assim que muitos tratam os novos crentes: não lhes dão alimento. Por isso, morrem.
 c) Presas fáceis das Heresias 
Se não tem como explicar as razões de sua fé, como poderão fazer frente às heresias que batem todo o dia à sua porta? Infelizmente, muitos crentes têm sido tragados pelas seitas falsas por não terem sido bem ensinados na fé.
d) Obreiros Inconsequentes 
A desnutrição na infância se reflete por toda a vida, mesmo que na juventude sejam tomadas medidas para suprir as deficiências. Crentes antigos e mal formados tiveram origem na falta de discipulado. Por isso, continuarão agindo como crianças na fé, sempre dependendo de “leite”. Isso é a causa de tantos obreiros neófitos, inconsequentes e desleixados.
 e) Igrejas sem paixão pelas Almas
O maior mal da falta de discipulado é que, em razão da ausência de novos crentes, a vida dinâmica da Igreja no poder do Espírito Santo vai perdendo sentido, esgota-se o interesse pela salvação das almas e o avivamento morre. Não havendo novos crentes não haverá, consequentemente, batismos no Espírito Santo, manifestação dos dons Espirituais, novas experiências e crescimento na fé.
VII- DISCIPULADO FAMILIAR
A família é o sistema social básico, instituído no éden por Deus, para a constituição da sociedade e prossecução da raça humana. A família aparece mais de 470 vezes na bíblia, ou seja, cerca de sete vezes em cada livro da bíblia; como, na simbologia bíblica o número sete representa perfeição, isto denota que a família é uma instituição Divina perfeita. Sabendo da importância da família na sociedade, desenvolvemos métodos de discipulado que alcançará todo o lar.
1-JESUS VISITOU OS LARES
A Bíblia mostra que Jesus visitou as famílias em suas casas, ele foi até um casamento ( Jo 2 .1,2), casa de Pedro (Mc 1.29-31), casa de Levi ( Lc 5.27-29), de Jairo ( mc 5.38-42), do Fariseu ( Lc 7.36-38).
2-OS DISCIPULOS DE CRISTO OBEDECERAM A ORDEM DE CRISTO
Após a ascensão de Cristo ao céu os discípulos tiveram a preocupação em dar continuidade ao trabalho de visita aos lares, Pedro, por exemplo, visitou os lares de:
a) Enéias ( At 9. 32,330;
b) Dorcas (At 9.36-42);
c) Cornélio( At 10. 33,34).
3-Mais Visitas nos Lares
Os Cristãos visitavam e ensinavam de casa em casa (At 5.42), Paulo pregava e levava o ensino de Jesus Cristo em todas as residências que se lhe abriam as portas para ensinar (At 20.20,21; 15.36).
4-EQUIPES DE DISCIPULADO NAS IGREJAS
a) seria bom que a Igreja tivesse um programa sistemático de discipulado nos lares. Listagem com nomes e endereços; treinamento dos visitadores; oração coletiva e individual; supervisão e relatório.
b) A liderança da Igreja deve motivar e treinar a equipe de discipulado. Toda Igreja deve se mobilizar, sendo motivada para essa missão de está cooperando na instrução bíblica as famílias.
c) Essa equipe de discipuladores deve está preparada (2 Tm2.1), tento tato, sabedoria, discernimento, precaução, paciência, compromisso e amor.
VIII-OBJETIVOS DO DISCIPULADO NOS LARES
1. Estabelecer relacionamentos de amizade;
2. Descobrir a condição espiritual e esclarecer as dúvidas segundo as suas necessidades;
3. Ouvi-los;
4. Estudar a bíblia com eles;
5. Ajudá-los em suas necessidades;
6. Responder suas objeções e ajudando-os a aceitar a verdade;
7. Levá-los a tomar a decisão de seguir a Cristo, o aceitando como Senhor e Salvador.
8. Estimular a criatividade, usando metodologias didáticas e criativas, despertando o interesse das pessoas no aprendizado do conteúdo do tema do discipulado.
IX-CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADOR
1. Manter boa aparência pessoal;
2. Ser simpático, atencioso;
3. Demonstrar interesse por todos na família;
4. Ser prestativo quando necessário;
5. Ter boa postura e boas maneiras;
6. Ser pontual;
7. Ter entusiasmo e convicção;
8. Conhecer a bíblia e o material de trabalho;
9. Ter vida consagrada;
10. Ser amigo e confiante;
11. Ter certeza de sua salvação;
12. Ser breve.
X-ORIENTAÇÕES AO CHEGAR NA CASA
1. Ao chegar na casa cumprimente os visitados pelo nome;
2. Apresentar a equipe;
3. Conversa amigável para criar um ambiente favorável;
4. Faça uma breve oração;
5. Cante uns hinos da harpa cristã;
6. Falar e ouvir;
7. Fazer uma breve oração;
8. Convide-os a aceitar a Jesus e ir aos cultos no templo.
XI-CUIDADOS NA HORA DA VISITAÇÃO
1. Não lançar olhares curiosos;
2. Não critique as religiões;
3. Não divergir, nem discutir;
4. Não envergonhar as pessoas;
5. Não fazer perguntas indiscretas;
6. Não falar demais;
7. Não ir apenas pessoas do mesmo sexo;
8. Não visitar em horários impróprios;
9. Evitar assuntos desnecessários;
10. Ganhar a amizade de toda a família;
11. Evite fugir do tema.
XII-PESSOAS QUE PODEM SER ALCANÇADAS PELO DISCIPULADO NOS LARES
1. Não crentes;
2. Novos convertidos;
3. Desviados (distanciados).
XIII-O DISCIPULADOR JAMAIS DEVE ESQUECER
1. De convidar a família aos cultos no templo;
2. De procurar eliminar da mente das pessoas na hora do discipulado, insatisfações com membros, centralizando a mensagem apenas em Cristo;
3. Doar bíblias aos que aos novos discípulos de Cristo.
4. Prestar assistência contínua as famílias;
5. Influenciá-las com seu testemunho;
6. Jamais desistir das pessoas, tendo Cristo como nosso maior exemplo.
XIV-RECOMEDAÇÕES FINAIS
1. Levar poucas pessoas da Igreja, para não movimentar muito o lar visitado;
2. O discipulado não deve passar de 40 minutos;
3. Não recolher ofertas;
4. O ensino deve ser transmitido em tom moderado;
5. Anotar o nome das pessoas que querem oração e apresentar nas reuniões da Igreja;
6. Ao final, distribuir material com o endereço da Igreja, como livretos, folhetos e convites.
	
CONCLUSÃO
Portanto, devemos entender a importância do discipulado na Igreja. Jesus nos deu o exemplo e mostrou como fazer, nos deixando essa tarefa, que é de discipular. Os discípulos de Cristo entenderam e cumpriram essa ordenança. Hoje a Igreja de Deus é a responsável em dar continuidade a essa tão nobre obrigação que pesa em nossos ombros, que é de levar o ensino aos novos convertidos, e também aos descrentes, usando métodos efetivos que, certamente preparará uma Igreja mais instruída na palavra. O pastor e a Igreja deve se preocupar em discipular, caso contrário, não haverá crescimento em todas as áreas. 
Referências
CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas de Jovens e Adultos, Primeiro Trimestre de 2007, CPAD, Rio de janeiro.
FERREIRA, Ismael. Como Está a Sua Casa? (Apostila), 2013, Avelino Lopes.
CPPO
 Centro Preparatório
 Para Obreiros
CPPO- Centro Preparatório Para Obreiros
Assentamento Saco, Zona Rural, S/N, Caracol-Piauí. (86) 9401 9527 (Zap), (89) 981328225 (Zap).
DEDICATÓRIA
Dedico A Igreja Assembleia de Deus em todo o Mundo. A minha esposa Maria Rosirene da Luz Sousa, companheira de lutas e vitórias. 
 A Assembleia de Deus no Assentamento Saco, Caracol-Piauí.
A Igreja em geral.
	
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por todas as dádivas concedidas, pelo seu esmero e constante amor. 
A minha esposa Maria Rosirene da Luz Sousa, companheira de todas as horas. 
Ao meu pai José Guilherme pela seu incentivo, a minha mãe Maria do Carmo ( In Memoriam).
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................02
AGRADECIMENTOS...............................................................03
INTRODUÇÃO.........................................................................06
CAPITULO -1 A HISTÓRIA DA IGREJA.................................07
CAPITULO- 2 A NATUREZA DA IGREJA..............................10
CAPITULO-3 A IGREJA APOSTÓLICA.................................12
CAPITULO -4 OS PRIMEIROS PAIS DA IGREJA..............16
CAPITULO-5 A PRÉ REFORMA.............................................20CAPITULO -6 AS CAUSAS DA FEFORMA...........................22
CAPITULO- 7 A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL..........26
CONCLUSÃO..........................................................................34
REFERÊNCIAS.......................................................................35
1
INTRODUÇÃO
A Igreja é o maior projeto de Deus revelado aos homens. É um conjunto de Pessoas que aceitaram a Jesus como seu salvador e seguem a Deus. Cada crente é a Igreja, na Bíblia Igreja não é um edifício; é um conjunto de pessoas. A Bíblia diz que a Igreja é todos os salvos de todo o mundo, do passado, presente e futuro e estão eternamente ligados através de Jesus Cristo (1 Co 1.2). Quando duas ou mais pessoas se reúnem no nome de Cristo, formam uma Igreja local, que é uma pequena parte da igreja geral. 
 Em que a Igreja está edificada? Quando a Igreja surgiu? O que é reforma? Quais as causas da reforma? Quando e quais surgiram outras denominações, quando a Assembleia de Deus chegou ao Brasil? Essas e outras respostas, responderemos neste trabalho.
CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DA IGREJA
Este capítulo está dividido em tópicos principais, onde será mostrado a definição de Igreja
1. Etimologia da palavra “Igreja”
O vocábulo “Igreja” se traduz do grego ekklesia e significa “os chamados para fora” para constituir um agrupamento de pessoas comprometidas com Cristo e a proclamação do evangelho.
Segundo o pastor Claudionor de Andrade, Igreja [do hb qahal, assembleia do povo de Deus; do gr.ekklesia, assembleia pública] é um organismo místico composto por todos os que aceitam o sacrifício vicário de Cristo, e têm a palavra de Deus como aa sua única regra de fé e conduta (Ef 5.30-33).
Na Grécia antiga, identificava uma “assembleia”, em que o arauto convocava as pessoas para uma reunião, que podia ser realizada ao ar-livre, numa praça, com finalidade religiosa, política ou de outra ordem. Na realidade, fomos tirados “para fora” do mundo e Deus “nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 5.30-33).
2. A ordenação da Igreja por Deus
Segundo Norman Geisler, como todas as obras de Deus, a Igreja não é uma ideia tardia; ele ordenou a Igreja desde a eternidade. Uma vez que Deus é eterno e imutável, o que quer que ele deseje, ele desejou, imutavelmente, desde a eternidade: “[ele] nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1.4; 2 Co 5.17). Os decretos de Deus são eternos e finais (Rm 11.29); ele é a origem e o iniciador de toda a salvação, inclusive dos crentes da Igreja do novo testamento, pois somos “eleitos segundo a presciência de Deus pai” ele conhecia, não somente a Igreja em geral, mas também cada pessoa em particular que faria parte dela. A sua presciência é infalível, e a sua providência é específica e detalhada (GEISLER, 2010).
	
3. Quando a Igreja nasceu?
A Igreja sempre existiu na mente e no coração de Deus, ou seja, a Igreja foi projetada no coração de Deus, depois formada através do ministério de Cristo e, finalmente, confirmada, no pentecostes, com poder glorioso, pelo Espírito Santo.
O Dr. Merril F.Unger concorda que o pentecostes sinalizou o nascimento da Igreja. Ou seja, a Igreja de Deus veio a existir, como Igreja, no dia de pentecostes, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êx 40.34), assim os primeiros membros da Igreja foram congregados no cenáculo e consagrados como Igreja pela descida do Espírito Santo.
4. Um projeto de Deus revelado aos homens	
Segundo o livro teologia Bíblica pentecostal, a Igreja veio à existência na “plenitude dos tempos” (Ef 1.10, no momento exato determinado por Deus. A sobrenatural humanização do verbo—também na “ plenitude dos tempos”—constituiu-se no início da revelação desse glorioso mistério ao mundo (Gl 4.4). Ali o Emanuel, o Deus irmanado conosco, começou a transpor-se da mente de Deus para realidade humana, posto que, em Cristo, todos os que recebem, quer Judeus, quer gentios, formam um só corpo mediante a promessa do Evangelho.
5. A Igreja está fundamentada em Jesus Cristo
Em Mt 16.18, vemos a promessa da edificação da Igreja sobre o próprio Cristo. Ele é a nossa rocha. Somente ele satisfaz essa condição, conforme lemos em (1 Co 3.11;10.14; Rm 9.33; Mt 21.42; Mc 12.20; Lc 20.17). Sem dúvida, Pedro foi um dos dos líderes da Igreja primitiva, o lado de Tiago e de João (At 12.17; 15.13; Gl 2.9). Contudo, não há base bíblica para afirmar que a Igreja teria Pedro como a Rocha sobre a qual seria edificada. Jesus é o fundamento da Igreja (1 Co 3.11). Se alguém tem dúvida, basta ler o que o próprio Pedro disse em (1 Pe 2. 4,5; At 4.8,11).
CAPITULO 2- A NATUREZA DA IGREJA
No segundo capítulo, abordaremos a respeito Da natureza da Igreja, que está divido em tópicos principais.
1. Palavras que descrevem a Igreja
A palavra grega no novo testamento para Igreja é “Ekklesia”, que significa “uma assembleia de chamados para fora”. O termo aplica-se a: todo o corpo de Cristãos em uma cidade ( At 11.22; 13.10; uma congregação ( 1 Co14.19,35; Rm 16.5), e todos os crentes na terra (Ef 5.32).
2. Palavras que descrevem os Cristãos
a) Irmãos. A Igreja é uma fraternidade ou comunhão espiritual, no qual foram abolidas todas as divisões que separam a humanidade. “não há grego nem judeu” –a mais profunda de todas as divisões baseadas na história religiosa é vencida; “não há grego nem bárbaro – a mais profunda de todas as divisões culturais é vencida; “não há servo ou livre”- a mais profunda de todas as divisões sociais e econômicas é vencida; “não há macho nem fêmia” – a mais profunda de todas as divisões humanas é vencida ( Cl 3.11; Gl 3.28).
b) Crentes. Os cristãos são chamados ‘crentes’ porque sua doutrina característica é de fé no Senhor Jesus.
c) Santos. São chamados “santos” (literalmente “consagrados ou piedosos”) porque estão separados do mundo e dedicados a Deus.
d) Os eleitos. Refere-se a eles como “eleitos”, ou “escolhidos”, porque Deus os escolheu para um ministério importante e um destino glorioso.
e) Discípulos. São “discípulos” (literalmente “aprendizes”), porque estão sob preparação espiritual com instrutores inspirados por Cristo.
f) Cristãos são “Cristãos” porque seguem a Cristo.
g) Os do caminho. Nos dias primitivos muitas vezes eram conhecidos como “os do caminho” (At 9.2) porque viviam de acordo com uma maneira especial de viver.
h) O Templo de Deus. (1 Pe 2.5,6). Um templo é um lugar em que Deus, que habita em toda parte, se localiza a si mesmo em determinado lugar, onde seu povo o possa achar “em casa” (Êx 25.8; 1 Rs 8.27). Assim como Deus morou no tabernáculo e no templo, assim também vive, por seu Espírito, na Igreja ( Ef 2.21,22; 1 Co 3.16,17). Neste templo espiritual os Cristãos, como sacerdotes, oferecem sacrifícios espirituais, sacrifícios de oração, louvor e boas obras.
i) A noiva de Cristo. Essa é uma ilustração usada tanto no antigo como no novo testamento para descrever a união e comunhão de Deus com seu povo (2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7; 21.2; 22.17). Mas devemos lembrar que é somente uma ilustração, e não se deve forçar sua interpretação. O propósito dum símbolo é apenas iluminar um determinado lado da verdade e não o de promover o fundamento para uma doutrina.
CAPITULO 3- A IGREJA APOSTÓLICA
1) O crescimento da Igreja
Atos 5.14 diz; e a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.
Atos 6.7: e crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
A arma usada pela Igreja, através da qual a Igreja crescia demasiadamente, era o testemunho de seus membros. Enquanto aumentava o número de membros aumenta o número de testemunhas, pois cada membro era um mensageiro de Cristo. Os motivos desse crescimento foram;
-Perseveravam na doutrina dos apóstolos;
-Perseveravam na comunhão e no partir do pão;
-Perseveravam na oração;
-Possuíamtemor;
-Muitos sinais e maravilhas se faziam;
-Muita alegria e sinceridade
At 2. 41-47.
A Igreja pentecostal era uma Igreja poderosa na fé e no testemunho, pura em seu caráter, e abundante no amor. Entretanto, o seu defeito era o zelo missionário. Foi necessário o surgimento de severa perseguição, par que se decidisse a ir a outras regiões.
2. A expansão da Igreja
At 8.4: mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.
Na perseguição iniciada com a morte de Estevão, a Igreja em Jerusalém dispersou-se por toda a terra. Alguns chegaram até damasco e outros, até a Antioquía. Por qual motivo sobreveio então as perseguições? A partir desta perseguição, os Cristãos fugiam, porém pregavam o evangelho e testemunhavam das maravilhas que Jesus operava.
Segundo a Bíblia explicada, os efeitos da perseguição espalhou os crentes e resultou em propagação do evangelho, separou os genuínos dos meramente “interessados”, despertou os corações dos verdadeiros crentes e fortaleceu esses crentes no seu testemunho do evangelho.
O crescimento da Igreja foi tão rapidamente que, numa carta de Plinio, governador da Bitínia, escreveu a Trajano, declarou que os templos dos deuses estavam abandonados, lançados às moscas, enquanto os Cristãos em toda parte reuniam multidões.
3) Inicio da decadência da Igreja
Especialistas em história da Igreja dizem que do edito de Constantino, em 313 d.C., até a queda de Roma em 476 d.C. é a fase da igreja imperial. Foi, sem dúvida, um período de “crescimento aparentemente miraculoso” observou o respeitado sociólogo Rodney Stark. No entanto, apesar da bonança e das conquistas materiais, foi também um período trágico para a espiritualidade das comunidades da fé.
A igreja, naquela época, alterou o culto, a adoração e o testemunho; já era, então, bem diferente da comunidade Cristã primitiva. A Igreja outrora perseguida conquistou o império. Nessa época, iniciaram-se ainda as perseguições aos pagãos, ocorrendo assim muitas conversões falsas. O Cristianismo, por outro lado, se tornou a religião do status. Todos queriam ser membros da Igreja e quase todos eram aceitos. Gente mundana e ambiciosa desejava postos da Igreja para, assim, obter influência social e politica. Com a demanda frenética par aderir a fé estatal, o clero logo viu que tinha nas mãos um grande nicho e passou a explorá-lo, não raro em benefício pessoal.
4. As primeiras perseguições contra a Igreja
A Igreja, sempre sofreu perseguições, ora com maior ora com menor intensidade. Geralmente essas perseguições eram provocadas pelos judeus fanáticos e nunca por uma autoridade Romana. Até os gentios se levantaram algumas vezes contra os seguidores de Cristo, mas, antes do ano 64 d.C., não encontramos nenhuma referência histórica, indicando as autoridades Romanas responsáveis por perseguição aos Cristãos.
5) Nero, o perseguidor
Nero, porém, veio quebrar essa linha de procedimento mantida pelos seus antecessores, embora nos primeiros anos de seu reinado, o evangelho gozasse de relativa liberdade, possuindo até seguidores entre os altos funcionários do império, e até mesmo entre os membros da própria casa imperial. Porém, no ano 55 d.C., Nero começa a sua escalada de violência. Nesse ano, por ocasião duma festa, Nero envenenou a britânico, seu irmão adotivo. No ano 60 d.C., mandou matar Agripina, sua própria mãe. Ordenou a morte de otávia, sua esposa, para casa-se com pompéia.
6. Perseguição aos Cristãos
No verão do ano 64 d.C., como fim de reedificar Roma, fez lançar fogo a um bairro da cidade, acusando os Cristãos como responsáveis por tão grosseiro crime. O que os Cristãos sofreram em decorrência dessa falsa acusação, é narrado pelo célebre historiador Tácito: em primeiro lugar forma interrogados os que confessaram; então, baseado nas suas afirmações, uma vasta multidão foi condenada, não tanto pela culpa de incendiários, como pelo ódio para com a raça humana. Alguns foram vestidos de peles e despedaçados pelos cães; outros morreram numa cruz ou nas chamas; ainda outros foram queimados depois do pôr do sol, para assim iluminar as trevas. Nero mesmo cedeu os seus jardins para o espetáculo; deu uma exibição no circo e vestiu-se de cocheiro; ora associando-se com o povo, ora guiando o próprio carro. Assim, ainda que culpados e merecendo a pena mais dura, tinha-se compaixão deles, pois parecia que estavam sofrendo a morte não para beneficiar o estado, mas para satisfazer a crueldade de um individuo (Anais, XV,44).
CAPITULO 4- OS PRIMEIROS PAIS DA IGREJA
Os primeiros quatro séculos da Igreja, santos homens de Deus destacaram-se pela piedade e devoção a Cristo, qualidades essas que revelavam se de maneira especial em meio às tribulações e perseguições. Esses homens foram chamados de “pais da Igreja”, pela vivência mais direta com as coisas da Igreja, e pelo relacionamento que mantiveram com alguns discípulos e apóstolos que conheceram e gozaram da companhia de Jesus Cristo. Entre os mais ilustres pais da Igreja destacamos os que seguem.
1) Inácio de Antioquia - ( 67-110 d.C.).
Piedoso discípulo do apóstolo João e bispo de Antioquia, Inácio foi preso por ordem do imperador Trajano quando visitava essa cidade. O próprio Trajano presidiu seu julgamento e sentenciou que Inácio fosse lançado às feras em Roma. De viagem para esta cidade, escreveu uma longa carta aos Cristãos Romanos, pedindo-lhes que evitassem conseguir o seu perdão junto ao imperador, pois ansiava ter a honra de morrer pelo seu Senhor. Nessa sua carta, dizia ele: “ as feras atirem-se com avidez sobre mim. Se elas não se dispuserem a isto, eu as provocarei. Vinde multidões de feras! Vinde! Laceram-me, estraçalhai-me, quebrai-me os ossos, triturai-me os membros! Vinde cruéis torturas do Demônio! Deixai-me apenas que eu me una a Cristo! Sentiu grande gozo enquanto era martirizado.
2). Policarpo - ( 69-156 d.C.). 
Foi outro piedoso discípulo do apóstolo João e bispo de Esmirna. Na perseguição ordenada pelo imperador Antonino, foi preso e levado à presença do governador. Ofereceram-lhe a liberdade, se amaldiçoasse a Cristo, mas ele respondeu: “oitenta e seis anos faz que só me tem feito o bem. Como poderei eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo ele meu Senhor e Salvador?” não muito depois disto foi queimado vivo por ordem do imperador.
3) Papias -(70- 155 d.C.).
Outro discípulo do apóstolo João, e bispo de Hierapólis, uns 160 quilômetros a leste de Éfeso. Papias e Inácio, formam o elo de ligação entre a era apostólica e a seguinte.
4). Justino - ( 100-167 d.C.).
Nasceu em Neápolis, antiga Siquém, mais ou menos na época da morte do apóstolo do apóstolo João. Estudou Filosofia quando ainda era jovem, testemunhou muitas perseguições movidas contra os Cristãos. Converteu-se. Viajou como um dos primeiros missionários itinerante do período pós- apostólico, na conquista de almas para Cristo. Como um dos mais respeitados apologistas da época, escreveu uma de suas apologias e a enviou ao imperador Antonino e a seus filhos adotivos. Foi um dos, homens mais cultos e piedosos da sua época e morreu martirizado em Roma. Revelando o crescimento do Cristianismo, disse ele que já no seu tempo não havia “raça de homens que não fizesse oração em nome de Jesus”
5). Irineu – (130-200 d.C.).
Viveu seus primeiros anos em Esmirna. Foi discípulo de Policarpo e Papias. Viveu muito e veio a ser bispo da Igreja em Lião, na Gália. Foi notável, principalmente por causa dos livros de apologia que escreveu contra o Gnosticismo. Foi martirizado.
6. Tertuliano – (160-220 d.C.).
Nascido em Cártago, na África, Tertuliano é considerado o “pai do Cristianismo Latino”. De advogado Romano, pagão, que era, converteu-se ao Cristianismo. Era portador de dons extraordinários, de pensamento fértil, de linguagem vigorosa, elegante, vívido e satírico. Esses dons, aliados a um elo profundo por Cristo e um profundo senso de moralidade, deram-lhe notável e poderosa influência. Em muitos dos seus escritos refutou falsas acusações contra os Cristãos e o cristianismo, salientando o poder da verdade Cristã.7) Orígenes – ( 185-254 d.C.).
O homem mais ilustre da Igreja antiga. Empreendeu muitas viagens proclamando o evangelho. Escreveu muitos livros com milhares de cópias, empregando as vezes vinte copistas. Dois terços do novo testamento estão citados em seus escritos. Viveu por muitos anos em Alexandria, onde seu pai, Leônidas, sofreu martírio. Habitou depois na Palestina, onde foi preso e martirizado por ordem do imperador Décio.
8. Eusébio – (264-340 d.C.).
Conhecido como “o pai da história eclesiástica”, Eusébio foi Bispo de Cesaréia ao tempo de Constantino. Teve muita influência junto a este imperador. Escreveu uma “história eclesiástica”. Indo de Cristo ao concílio de Nicéia.
9. Jerônimo – (340-420 d.C.).
Considerado “o mais ilustre dos pais da Igreja”, Jerônimo foi educado em Roma. Viveu muitos anos na cidade de Belém da Judéia. Traduziu a Bíblia para o latim, chamada “vulgata”, ainda hoje usada como texto oficial da Igreja católica Romana.
10. João Crisóstomo –( 345-407 d.C.).
Ficou conhecido como “o boca de ouro”, por haver se revelado um orador inigualável e o maior pregador de seu tempo. Suas pregações eram expositivas. Nasceu na cidade de Antioquia e veio a ser patriarca de Constantinopla. Pregou a grandes multidões na Igreja de santa sofia. Como reformador, caiu no desagrado do rei; foi banido e faleceu no exílio.
11. Agostinho ( 354-430 d.C.).
Foi bispo de Hipona, ao norte da África, tornando-se conhecido como grande teólogo da Igreja antiga. Mas do que qualquer outro, moldou as doutrinas da Igreja da idade média. Quando jovem, brilhou por sua cultura, mas vivia em dissolução. Tornou-se crente por influência de Mônica, sua piedosa mãe.
CAPITULO 5- A PRÉ REFORMA
Cinco grandes movimentos de reformas surgiram na Igreja; contudo, o mundo não estava preparado para recebê-los, de modos que forma reprimidos com sangrentas perseguições. Neste capítulos falaremos a respeito do inicio da reforma religiosa e dos movimentos que surgiram.
1) Os Albigenses
“puritanos” surgiram em 1170 no sul da França. Eles rejeitavam a autoridade da tradição, distribuíam o novo testamento e opunham-se às doutrinas Romanas do purgatório, à adoração as imagens e às pretensões sacerdotais. O Papa Inocêncio III promoveu uma grande perseguição contra eles, e o movimento terminou com o assassinato de quase toda a população da região.
2) Os Valdenses
Apareceram ao mesmo tempo, em 1170, com Pedro Valdo, que lia, explicava e distribuía as escrituras, as quais contrariavam os costumes e as doutrinas dos católicos Romanos. Foram cruelmente perseguidos e expulsos da França; apesar das perseguições, eles permaneceram, e atualmente constituem uma parte do pequeno grupo de protestante na itália.
3) João Wyclif
Nascido em 1324, recusava-se a reconhecer a autoridade do Papa e opunha-se a ela. Era contra a doutrina da transubstanciação, considerando o pão e o vinho meros símbolos. Traduziu o novo testamento par o inglês e seus seguidores foram exterminados por Henrique V.
4) João Hus
Nascido em 1369, foi um dos leitores de Wyclif, pregou as mesmas doutrinas, e especialmente proclamou a necessidade de se libertarem da autoridade Papal. Foi excomungado pelo papa, e então retirou para algum esconderijo desconhecido. Ao fim de dois anos voltou a convite da Igreja para participar de um concílio católico-Romana de Constança, sob a proteção de um salvo-conduto. Entretanto, o acordo foi violado sob o pretexto de que “não se deve ser fiel a hereges”. Assim João Hus foi condenado e queimado.
5) Jerônimo Savonarola
Nascido em 1452, foi monge Dominiciano, em Florença. A grande catedral enchia-se de multidões ansiosas, não só de ouvi-lo mas também para obedecer aos seus ensinos. Pregava contra os males sociais, eclesiásticos e político de seu tempo. Foi preso, condenado e enforcado e seu corpo queimado na praça de Florença em 1498.
CAPÍTULO 6- AS CAUSAS DA REFORMA
A Europa estava cansada da tirania eclesiástica que afligia a todos e impedia o desenvolvimento que seus líderes almejavam, o sacro império Romano-Germânico no qual a Alemanha estava situada sofria o fato da Igreja ser detentora de um terço de suas terras e isso começara a incomodar os nobres que almejavam um estado separado da Igreja e a tomada das terras, ou seja a reforma protestante não tem apenas o ingrediente religioso mas também o político já que se desvincular de Roma traria esta dupla libertação que não si era útil com rentável.
O que veremos neste capítulo são as principais causas que culminam na reforma na Alemanha tanto no campo político como no religioso.
1) Causas políticas
O sacro império Romano-Germânico no início do segundo milênio controlava as ações da Igreja escolhendo cléricos e os nomeando conforme seu interesse, este tinha pretensões audaciosas, no entanto, após alguns anos a história se reverteu e a Igreja começou a dominar todo o território.
Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.) que foi um grande teólogo e filósofo a serviço da Igreja, foi criador do tomismo que dentre outras coisas era contra a “ambição do lucro”, que segundo a Igreja era pecado. Isto era um incômodo muito grande para os nobres que desejavam participar do grande crescimento comercial que o mundo atravessava, a atividade bancária que começava a se desenvolver também era ameaçada devido à proibição de negócios que dessem lucro alto. Todas as atividades capitalistas eram combatidas pela Igreja não porque esta se importava com a desigualdade social já que o grande lucro ia para uma minoria, mas sim porque ela temia que os governos se fortalecessem a ponto do papado perder o domínio. A terça parte de toda Alemanha pertencia à Igreja e o restante que sobrava para os Alemães sofria a direta intromissão do papa.
2) As descobertas de Lutero
Após o retorno de Lutero de Roma a Witenberg, ele fez a descoberta de sua vida, ao ler as escrituras no livro de Romanos “o justo viverá pela fé” (Rm 1:17), e sobre isso relatou: “ noite e dia eu ponderei até que vi a conecção entre a justiça de Deus e a afirmação de que o justo viverá pela fé. Então eu compreendi que a justiça de Deus era aquela pela qual, pela graça e pura misericórdia, Deus nos justifica através da fé. Com base nisto eu senti estar renascido e ter passado através de portas abertas para dentro do paraíso. Toda a escritura teve um novo significado e, se antes, a justiça me enchia de ódio, agora ela se tornou para mim inexprimivelmente doce em um maior amor, Essa passagem de Paulo se tornou para mim um portão para o céu...
Sua vida mudaria, ele que, até então buscava uma resposta que o justificasse diante de Deus, entendeu pela revelação do Espírito Santo que o homem não é justificado por suas ações, pagamento de indulgências ou a adoração das relíquias da Igreja mas tão somente por crer no sacrifício vicário de Jesus Cristo.
3) A corrupção do clero
Não bastante à distância entre os ensinos bíblicos e os da Igreja, esta vivia tempo de plena imoralidade, o Papa desta época era Leão X, que foi arcebispo aos oito anos de idade, chegou ao papado depois de galgar vinte e sete cargos eclesiásticos, sua corrupção chegou aos extremos. Quando Francisco I da França invadiu a Itália, porém, Leão X apoiou as tropas do imperador Carlos V. Para financiar os vultosos gastos militares e santuários, Leão X aumentou a venda de indulgências. Vendia cargos por preços altos e chegou a ordenar Crianças de sete anos como cardeais, confirmou a “ unam sanctam” a qual declarava que todas as pessoas deviam se submeter ao sumo pontífice para serem salvas.
4) As indulgências
Em 1517 Lutero ainda residia em Wittenberg e próximo à sua cidade veio um frade chamado Johann Tetzel que enviado pelo arcebispo Alberto da Mongúncia trazia indulgências para serem vendidas, o dinheiro serviria para construção da basílica de São Pedro. As indulgências davam direito para os mortos que estivessem no purgatório serem enviados diretamente para o céu. Dizia Tetzel, para os parentes de pessoas mortas: “ quando o dinheiro cair no cofre da Igreja a alma vai diretopara o céu”. Vinham pessoas de todas as localidades para comprar as indulgências que davam direito ao perdão de todos os pecados cometidos e vindouros. Chegando ao conhecimento de Lutero, este ficou indignado e decidiu enfrentar tamanha mentira. Esta provavelmente foi à gota d’água para que a reforma eplodisse na Alemanha.
5) A reforma
Por causa de tudo isso, Lutero iniciou a reforma, onde criticou as várias ações da Igreja Católica, e propôs novos caminhos para o Cristianismo e resultou na criação da Igreja Luterana. Este movimento teve forte apoio da nobreza da Alemanha, desaprovou o capitalismo e a utilização do dinheiro.
6) As 95 teses de Lutero
Em 1517, Lutero fixou as 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg. Essas teses criticavam a venda de indulgências, questionava o poder papal e algumas práticas católicas, além de propor uma ampla reforma religiosa. Estas teses circularam pela Alemanha conquistando, principalmente, a simpatia de nobres ( príncipes e senhores feudais).
Em 1520, o papa Leão X exigiu a retratação de Lutero. Este, queimou em praça pública o documento Papal. Foi excomungado e considerado herege. Protegido pelo príncipe de Saxônia se refugiou no castelo de Wartburg. Neste local, passou a traduzir a bíblia para a língua Alemã.
7) Princípios religiosos da doutrina Luterana
Em 1530, Lutero divulgou os principais princípios da doutrina Luterana:
Salvação pela fé; presença da verdade somente na bíblia; extinção do clero regular (ordens religiosas); livre interpretação da bíblia, sem a necessidade de pregadores, Padres ou intermediários; eliminação de tradições e rituais nos cultos religiosos; fim do celibato (proibição do casamento de Padres, por exemplo); proibição do uso de imagens na Igreja; uso do Alemão nos cultos religiosos ( não mais o Latim como a única língua); eucaristia e batismo como únicos sacramentos válidos.
CAPÍTULO 7- A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL
Neste capítulo discorreremos sobre a chegada da Igreja evangélica no Brasil, no primeiro tópico analisaremos a chegada dos huguenotes no Brasil, no segundo tópico, falaremos sobre a chegada dos holandeses, nos demais tópicos veremos as demais denominações chegando ao nosso país, e por último analisaremos a chegada da Assembleia de Deus na nossa nação Brasileira.
1) A chegada dos Huguenotes no Brasil
Nicolau Durand de Villegaignon, vice- almirante Francês, rumou para o Brasil, depois de conseguir apoio do almirante Gaspar de Coligny, chegando ao solo Brasileiro em 1555.
Ao desembarcar os Huguenotes no Rio de Janeiro, no dia 10 de março de 1557, realizou-se o primeiro culto em terras Brasileiras, onde o pastor Peter Richer pregou o Salmo 27 e verso 4.
Os Portugueses, entretanto, não ficaram passivos diante do surgimento do primeiro movimento evangélico e como tinham o monopólio do governo local, pressionaram Villegaignon, na tentativa de extinguir o recém-trabalho evangélico. Como Villeigagnon apesar de ter fé, tinha mais interesses pessoais e comerciais do que profunda convicção religiosa, preferiu acomodar-se às ordens dos portugueses, Manoel de Nóbrega e Anchieta, que determinaram a execução dos pastores Jean du Bourdel, Matthiel Verneuil e Pierre Bourdon em 1558, e ainda mandaram enforcar em 1567 o pregador Jean de Bolés que pregava o evangelho aos índios Tamoios em São Vicente- Sp.
2) A chegada dos holandeses
O Brasil foi invadido pela Holanda, cujos navios aportaram primeiramente em Salvador, Bahia em 1624, e em 1630 em Recife (Pb), estabelecendo nestes estados, a fé evangélica, pelo fato de ser a Holanda, na ocasião, um dos países onde a reforma protestante logrou grande êxito.
Os Holandeses em curto espaço de tempo de ocupação em alguns pontos do Brasil iniciaram posteriormente alguns movimentos de evangelização. Os Morávios foram até as Guianas em 1735, onde se dedicaram a evangelizar os nativos.
Com a expulsão dos Holandeses por parte dos portugueses, as portas para a pregação do evangelho no Brasil, foram mais uma vez fechadas e aqueles que receberam a nova religião, passaram a ser perseguidos. Há o registro do primeiro culto evangélico realizado pelos Holandeses em Recife, no dia 14 de fevereiro de 1630, a bordo de um navio da missão Holandesa, ministrado pelo reverendo João Baers.
Devemos admitir que o principal motivo da frustação destas primeiras iniciativas para evangelizar o Brasil, deveu-se pelo fato de que tanto os Franceses como os Holandeses, tinham outros interesses além da evangelização da nação Brasileira, que eram interesses políticos e econômicos.
Quando as portas se fecham e as dificuldades aumentam, Deus interfere na história. Tem sido assim desde o princípio. Em 1810, Lord Strangford, que era crente em Jesus Cristo, foi designado como embaixador da Inglaterra para o Brasil, pelos relevantes serviços prestados ao rei de Portugal, pois, como comandante da esquadra Inglesa, garantiu a segurança da esquadra que trouxe o rei D. João VI. Assim que chegou ao Rio de Janeiro, Strangford começou a realizar cultos de adoração a Deus, despertando a reação adversa dos padres católicos, que solicitaram a sua expulsão do país, mas não conseguiram. Em 1819, foi inaugurado o primeiro templo evangélico do país, da Igreja Anglicana, à Rua dos Bourdons, que hoje se chama rua Evaristo da Veiga, no Rio de Janeiro.
3) Igreja Luterana
Por volta de 1800 quando os Alemães emigraram para o sul, ali se instalou a primeira Igreja Luterana no Brasil.
Os Luteranos, embora sejam reformados, seguindo a ideia de Martinho Lutero, batizam crianças recém-nascidas, conforme a Igreja católica.
Os cultos Luteranos no Brasil durante alguns anos foram celebrados na língua Alemã, mas depois, passaram também a ser celebrados em Português.
No ano de 1846 realizou-se um seminário em são Leopoldo (RS), com o intento de preparar Luteranos Brasileiros para o pastorado das Igrejas.
4) Igreja metodista
A Igreja metodista marcou seu inicio em solo Brasileiro à partir de 1835, quando Fountain Pitts, foi enviado à américa do sul em viagem missionária, e como observador, nas principais cidades do continente.
Os metodistas do sul dos Estados Unidos em 1874 comissionaram Newman na qualidade de missionário episcopal metodista do sul para o Brasil. Três anos depois, Ranson também foi enviado para o Brasil, dedicando seus esforços missionários no Rio de Janeiro, São Paulo e Piracicaba.
5) Igreja Congregacional
Iniciada em 1855 pelo reverendo Roberto kalley. Pelo vulto e expressão do seu trabalho, alguns associam a ele o inicio da Igreja evangélica Brasileira, porém, esta informação não é verídica. Organizou a primeira escola bíblica dominical, voltada especificamente à evangelização de Brasileiros, marcando o evangelismo pátrio, com seus abençoados 21 anos de serviços prestados à causa do evangelho e à medicina em nosso país.
6) Igreja Presbiteriana
 	Foi iniciada em 1862 no Rio de Janeiro pelo reverendo A.G.Simonton, enviado pela junta de missões estrangeiras da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Logo depois outros missionários, inclusive seu cunhado Alexandre Blackford, chegaram para ajudar expandir a obra, sendo feito notório a conversão do Padre católico José Manoel da Conceição, cuja repercussão alcançou os jornais e se tornou um ministro presbiteriano exemplar, que muito contribuiu para a causa evangélica no Brasil
7. Igreja Batista
 	Um missionário norte Americano (1859) chegou ao Rio de Janeiro onde trabalhou por pouco tempo, pois teve que retornar ao seu país natal, por motivos de doença.
Em Santa Bárbara (SP), os colonos Norte-Americanos que viviam ali fundaram a Igreja de Santa Bárbara em 10 de setembro de 1871. Mas por serem celebradas suas reuniões em Inglês, acabou se extinguindo.
A primeira Igreja Batista Brasileira foi fundada no dia 15 de outubro de 1882, Salvador (Ba), por William e Ann Bagby, Zacary e Kate Taylor, e Antônio Teixeira de Albuquerque.
8) Assembleia de Deus no Brasil
Em solo Brasileiro, a Assembleia de Deus foi oficialmente estabelecida no ano de 1911, em Belém do Pará através de dois pentecostaisSueco-Americanos Daniel Berg e Gunnar Vingren que atribuíam suas motivações missionárias as revelações recebidas “diretamente de Deus”. Gunnar Vingren, era ex-pastor da Swedsh baptist church ( Igreja Batista Sueca), Michigan, EUA. Vingren nasceu no dia 08 de Agosto de 1879, em Ostra Husby, Suécia. Vingren e Daniel Berg, outro jovem Sueco nascido na aldeia de Vargon, foram os apóstolos comissionados por Deus para lançarem os fundamentos da Assembleia de Deus no Brasil.
A aproximação dos pioneiros deu-se por ocasião da convenção de Igrejas Batistas reavivadas, em Chicago, quando sentiram o chamado para as terras distantes. Na cidade de South Bend, pouco tempo depois, o Senhor lhes falou profeticamente:
“num dia, no verão, Deus pôs no coração que deveríamos nos reunir no sábado à noite para a oração. Quando orávamos, o Espírito do Senhor veio de uma forma poderosa sobre nós [...] um irmão, Adolfo Ulldin, recebeu pelo o Espírito Santo palavras maravilhosas e mistérios escondidos que foram revelados. Entre muitas coisas, o Espírito Santo falou por meio desse irmão que nós deveríamos ir a um lugar chamado “Pará”, onde o povo a quem testificaríamos de Jesus era de um nível social simples. Nós iríamos ensinar-lhes os primeiros rudimentos do Senhor. Também escutamos pelo Espírito Santo a linguagem daquele povo o idioma português [...]. nenhum dos presentes conhecia o lugar. Após a oração, fomos a uma livraria a fim de consultar um mapa que nos mostrasse onde estava localizado o Pará. Descobrimos então que se tratava de um estado do norte do Brasil. A chamada divina então estava confirmada [...].”.
Convictos da chamada de Deus, os dois missionários Berg e Vingren empreenderam sua viagem missionária, sem o apoio de nenhuma agência missionária, ou denominação evangélica, pois já que não quiseram seguir para índia, conforme os planos da convenção Batista, não receberam nenhum apoio ao projeto missionário para o Brasil. O que o irmão Vingren conseguiu juntar para o empreendimento missionário no Brasil foi 90 dólares. Além de se ter pouco dinheiro, Vingren sentiu pelo Espírito Santo de doar aquele dinheiro para o pastor Durham, para ajudá-lo na publicação de uma revista.
Ao invés de receberem o necessário para a viagem, tiveram que doarem os poucos pertences que possuíam. Porém, havia uma voz interior que os confortava dizendo: “se fores, nada vos faltará”.
Envolvidos pelas chamas que ardiam em seus corações e sem nenhuma dúvida quanto à chamada de Deus, deixaram a próspera América do norte e rumaram para o Brasil.
Ao iniciarem a viagem de Trem para Nova Yorque, não possuíam dinheiro nem para suas necessidades pessoais. Numa parada para troca de composição, andando pela cidade, carregando duas pequenas malas, enquanto aguardavam o horário de partida, resolveram passar na Igreja do pastor B.M. Johnson para se despedirem. Chegando lá, receberam uma oferta missionária, quatro vezes maior do que os 90 dólares que havia ofertado.
Chegando ao Brasil, após 14 dias de viagem a bordo do vapor “Clement”, onde uma alma aceitou a Jesus durante o longo percurso, desembarcaram no Brasil no dia 19 de novembro de 1910, indo residir e congregar na pequena Igreja Batista na rua Balby, 406 em Belém do Pará, onde iniciaram o ministério em terras Brasileiras, pregando o evangelho com simplicidade dizendo: “Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo, porque: Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e eternamente”.
Logo , começou a reação de um grupo de conservadores que começaram lhes chamarem de fanáticos e cobraram do pastor uma atitude em relação aos novos missionários, que segundo os Batistas, oravam demais e ensinavam doutrinas que só foram válidas para os dias dos apóstolos, resultando na expulsão dos dois missionários e dos que aceitaram as doutrinas ensinadas por eles
No dia 08 de julho de 1911, a irmã Celina Albuquerque recebeu o batismo com o Espírito Santo, no dia seguinte sua irmã Maria Nazaré teve a mesma experiência. O resultado da experiência pentecostal entre aqueles irmãos culminou na revolta do evangelista Raimundo que fez um motim para tentar inibi-los. Por falta de compreensão talvez, ou não provar a experiência do batismo com o Espírito Santo, o irmão Raimundo fez uma reunião como nos conta Vingren:
“ todos os demais que tinha vindo da Igreja Batista crerão então que isto era obra de Deus, todos menos dois, o Evangelista Raimundo Nobre e a mulher de um Diácono...na terça-feira seguinte ele (Raimundo) convocou os membros da Igreja para um culto extraordinário e não permitiu que o pastor falasse. Ele ( o evangelista) somente disse: todos os que estão de acordo com a nova seita, levantem-se. Dezoito irmãos levantaram se e foram imediatamente cortados da comunhão da Igreja. Estes dezoito irmãos saíram então da Igreja Batista para nunca mais voltar. Isto aconteceu no dia 13 de junho de 1911”.
No dia 18 de junho de 1911 passaram a congregar na rua Siqueira Mendes, número 67, em Belém, que ficou posteriormente conhecida por toda parte, por ser o primeiro endereço da maior denominação evangélica do país.
No ano de 1913 os missionários Suecos consagraram os primeiros pastores Brasileiros, devido o avultamento da Obra: Absalão Pinto, Isidoro Filho, Crispiniano de Melo, Pedro Trajano e Adriano Nobre. Até então a Assembleia de Deus continua sendo a Igreja que mais cresce no país presente em todas as cidades Brasileiras.
9) Outras Igrejas
 	Em 1950, com a chegada de dois missionários, o pastor Americano Harold Edwin Willians e o seu auxiliar, pastor Jesus Hermínio Vasques Ramos do Peru, fundaram a Igreja do evangelho Quadrangular.
No seu rastro, surgiu a Igreja pentecostal o Brasil para Cristo, uma denominação fundada por Manoel de Melo em 1956. Depois veio a Igreja Deus é amor, fundada em 1962 pelo missionário David Martins de Miranda.
Em 1964, foi fundada a Igreja casa da Benção pelo Apóstolo Doriel, depois, em 1960 foi organizada pelo bispo Robert Mcalister a Igreja de Nova vida no Rio de Janeiro.
Na segunda metade dos anos 70 surge no Brasil o movimento Neopentecostal. Surge a Igreja Universal do reino de Deus em 1977, fundada pelo Bispo Edir Macedo, depois a Igreja Internacional da Graça de Deus em 1980, e Igreja Renascer em Cristo em 1986 e por último, a Comunidade Evangélica Sara nossa Terra em 1992.
Além das grandes denominações pentecostais, existem outros milhares de ministérios independentes surgindo anualmente no Brasil e no Mundo.
CONCLUSÃO
	Chegando ao fim deste estudo observou-se a história da Igreja bem como a sua definição. Estudamos o significado de Igreja, e asseveramos que, Cristo é o fundador da Igreja.
Falamos também que a Igreja é um projeto divino projetada por Deus antes da fundação do mundo e sua natureza e sua importância. Afirmamos que a Igreja si iniciou no Pentecostes que, seu crescimento si expandiu por todo o mundo.
Mostramos a Igreja antes e depois da reforma, os motivos que levaram Lutero a propor a Reforma, as Igrejas que surgiram após a reforma e a chegada da Assembleias de Deus no Brasil, juntamente com novas denominações.
A Igreja permanecerá de pé, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, pois, está fundamentada sobre a Rocha que, é Cristo Jesus, o nosso Senhor.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor. Dicionário teológico, CPAD, Rio de Janeiro: 2013. 
GEISLER, Norman, Teologia sistemática, CPAD, Rio de Janeiro: 2010
MCNAIR, S.E. Bíblia explicada, Rio de Janeiro: CPAD, 1994
UNGER. Merril. F. Manual Bíblico Unger, São Paulo: Vida Nova, 2006.
GILBERTO, Antônio. Teologia sistemática Pentecostal, Rio de Janeiro: 2006.

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