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GEFREC ALFENAS -MG 2022 CARTILHA EDUCACIONAL EXERCÍCIOS PARA REABILITAÇÃO DE PACIENTES PÓS COVID-19 José Roberto Sostena Neto; Adriele Ponciano; Clara Barros da Silva; Joyce de Souza Fernandes; Kelly Cristina da Silva; Laura Elisa Maranho; Jovana Maria de Carvalho; Aline Roberta Danaga; Juliana Bassalobre Carvalho Borges ALFENAS -MG 2022 CARTILHA EDUCACIONAL EXERCÍCIOS PARA REABILITAÇÃO DE PACIENTES PÓS COVID-19 José Roberto Sostena Neto; Adriele Ponciano; Clara Barros da Silva; Joyce de Souza Fernandes; Kelly Cristina da Silva; Laura Elisa Maranho; Jovana Maria de Carvalho; Aline Roberta Danaga; Juliana Bassalobre Carvalho Borges Reitor: Sandro Amadeu Cerveira. Vice-reitor: Alessandro Antônio Costa Pereira. Sistema de Bibliotecas da UNIFAL-MG / SIBI/UNIFAL-MG Autor(es): José Roberto Sostena Neto; Adriele Ponciano; Clara Barros da Silva; Joyce de Souza Fernandes; Kelly Cristina da Silva; Laura Elisa Maranho; Jovana Maria de Carvalho; Aline Roberta Danaga; Juliana Bassalobre Carvalho Borges. Capa e contracapa: Adriele Ponciano, Jovana Maria de Carvalho. Apoio à editoração: Juliana Bassalobre Carvalho Borges, José Roberto Sostena Neto, Jovana Maria de Carvalho, Adriele Ponciano. Imagens: Joyce de Souza Fernandes, Laura Elisa Maranho. Comunicação: Kelly Cristina da Silva, Clara Barros da Silva. ©2022 Direito de reprodução do livro de acordo com a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Titulo: EXERCÍCIOS PARA REABILITAÇÃO DE PACIENTES PÓS COVID-19: CARTILHA EDUCACIONAL. Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG Endereço: Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 Centro – Alfenas – Minas Gerais – Brasil – CEP: 37.130-001 Agradecimentos Gostaríamos de agradecer, em primeiro lugar, a todas as pessoas que tornaram-se pacientes nessa pandemia, sabemos que as dificuldades foram muitas e o aprendizado ainda continua a se construir... Agradecemos à Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL/MG) e ao Instituto de Ciências da Motricidade (ICM) pelo apoio nos atendimentos aos pacientes. Ao Grupo de Estudo em Fisioterapia Respiratória e Cardiovascular (GEFREC) do Grupo UNIS/MG pela parceria no desenvolvimento deste conteúdo. À equipe da Biblioteca da UNIFAL/MG, pela atenção nos serviços prestados. Agradecimento especial aos nossos colaboradores e aos discentes da UNIFAL/MG e do Grupo UNIS/MG. "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." Cora Coralina, 1997 APRESENTAÇÃO......................................................................................... 7 1 CORONAVÍRUS............................................................................................ 8 1.1 ONDE SURGIU O NOVO CORONAVÍRUS?................................ 8 1.2 O QUE É O NOVO CORONAVÍRUS?............................................... 8 1.3 QUADRO CLÍNICO...................................................................................... 9 2 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA E DA REABILITAÇÃO PARA OS PACIENTES PÓS-COVID................................................. 12 3 PROGRAMA DE EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS .................................. 14 3.1 MONITORIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DURANTE OS EXERCÍCIOS............................................................................................ 15 3.2 RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES.............................................................. 16 4 PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS........................................................... 17 4.1 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS............................................................ 18 4.2 AQUECIMENTO E MOBILIDADE.............................................................................................. 20 4.3 EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO................................................................... 22 4.4 EXERCÍCIOS AERÓBICOS................................................................................................ 26 4.5 ALONGAMENTOS.................................................................................................................... 27 5 INTERRUPÇÃO DOS EXERCÍCIOS......................................................................... 29 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E ORIENTAÇÕES GERAIS............. 30 REFERÊNCIAS............................................................................................... 31 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Esta cartilha foi desenvolvida com objetivo de informar e orientar exercícios terapêuticos, após o treinamento presencial, para pessoas que foram contaminadas pelo novo coronavírus (COVID-19). Sendo o seu desenvolvimento, o resultado final de pesquisas em diferentes bases de dados e diretrizes atualizadas sobre a COVID-19. Reforçamos que a avaliação inicial realizada por um fisioterapeuta é importante para determinar a prescrição de tratamento individualizada para cada caso. Esta cartilha não deverá ser utilizada para substituir o tratamento fisioterapêutico, mas sim, como continuidade dos exercícios em casa, após seu treinamento por um fisioterapeuta. Desta forma, acreditamos que poderemos contribuir com a melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida destas pessoas. 1 CORONAVÍRUS Na cidade de Wuhan, na China em dezembro de 2019, começaram a acontecer casos de uma pneumonia de causa desconhecida, logo foi identificado que se tratava de um novo tipo de coronavírus altamente contagioso que foi denominado como SARS-CoV-2, uma vez que causa uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). A doença que hoje impacta o mundo com uma pandemia e é originada por esse vírus foi denominada COVID-19. 1.1 ONDE SURGIU O NOVO CORONAVÍRUS? Primeiramente vamos entender que: os coronavírus fazem parte de uma grande família de vírus comuns em diferentes espécies de animais, incluindo nós, seres humanos. No entanto, raramente os coronavírus de animais têm capacidade de infectar pessoas e posteriormente se espalhar entre elas, porém com a MERS-CoV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), SARS-CoV (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e o atual SARS-CoV-2, ocasionaram surtos ao longo da história. Desse modo, a COVID- 19 nada mais é do que a infecção respiratória aguda, potencialmente grave, altamente transmissível ocasionada justamente pelo SARS-CoV-2. O vírus se espalha por meio de gotículas de saliva ou secreção nasal quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o período de incubação (refere-se ao tempo entre a infecção do indivíduo pelo vírus até o início dos sintomas), varia de 1 a 14 dias, normalmente ficando em torno de 5 dias. 1.2 O QUE É O NOVO CORONAVÍRUS? 8 O quadro clínico de uma pessoa que se infectou pode ser muito variado, desde casos assintomáticos e sintomas leves até casos críticos, com necessidade de ventilação mecânica invasiva e não invasiva. Além disso, há registros de acometimento em diversos órgãos e sistemas: → cardiovascular; → neurológico; → hematológico; → musculoesquelético; → ocular; → gastrointestinal; → dermatológico. Os sinais e sintomas iniciais da doença lembram um quadro gripal comum, mas variam de pessoa para pessoa. A maior parte dos infectados apresenta a forma leve da doença, com alguns sintomas como mal-estar, febre, fadiga, tosse, dispneia leve, anorexia, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça ou congestão nasal, sendo que algumas também podem apresentar diarreia, náusea e vômito. Idosos e imunossuprimidos podem ter uma apresentação atípica e agravamento rápido, o que pode causar a morte, principalmente dos idosos e indivíduos com comorbidades preexistentes. 1.3 QUADRO CLÍNICO 9 Febre (temperatura ≥37,8ºC),tosse, dispneia (dificuldade respiratória), mialgia e fadiga são sinais e sintomas considerados como casos suspeitos. Para um melhor entendimento dos sintomas, pode-se definir: 10 Geralmente dura até 4 semanas a partir do início dos sintomas. COVID-19 AGUDO COVID-19 PÓS-AGUDO Apresenta-se com sintomas persistentes e/ou complicações tardias ou de longo prazo da infecção por SARS-CoV-2 além de 4 semanas do início dos sintomas. COVID-19 SINTOMÁTICO SUBAGUDO OU CONTÍNUO Inclui sintomas e anormalidades presentes de 4 a 12 semanas além do COVID-19 agudo. SÍNDROME CRÔNICA OU PÓS COVID-19 Inclui sintomas e anormalidades persistentes ou presentes além de 12 semanas do início. Dor no peito Dipneia Tosse Fadiga Artralgia Dinapenia Redução da capacidade funcional Piora da qualidade de vida Na figura 1 estão apresentados os danos sistêmicos e os sintomas persistentes, comumente encontrados à longo prazo na COVID-19. SINTOMAS DANOS SISTÊMICOS Cefaleia Perda de memória Ansiedade/ Depressão Distúrbio do sono Redução da capacidade pulmonar Desordem mentais e psicológicas Fibrose pulmonar Disautomia cardíaca Cardiomiopatia Miopatia Insuficiencia renal crônica Tromboembolismo 11 Figura 1- Danos sistêmicos e sintomas persistentes comumente encontrados à longo prazo na COVID-19. Adaptado de ASSOBRAFIR, 2021. Fonte: ASSOBRAFIR (2021). 2 Pessoas que já se recuperaram, mas desenvolveram o quadro moderado, especialmente, e mais grave da doença, tendem a apresentar algumas limitações físicas e funcionais após a recuperação, onde há necessidade de atendimento fisioterapêutico domiciliar ou ambulatorial para uma recuperação efetiva, bem como preservação e manutenção de competências adquiridas. É importante ressaltar que, no contexto da pandemia, a atuação dos fisioterapeutas não se restringe apenas aos cuidados respiratórios dos pacientes infectados com COVID- 19, graves ou não, mas precisa também proporcionar intervenções com foco cardiovascular, metabólico e osteomioarticular, através de técnicas terapêuticas. Pode-se dizer que o fisioterapeuta tem um papel importante, não só na fase aguda da COVID-19 em UTIs e em pacientes hospitalizados, mas também é fundamental sua participação juntamente com uma equipe multidisciplinar para a recuperação das sequelas que esta doença deixa em termos de função pulmonar e capacidade funcional. Dentro da Fisioterapia existem várias especialidades, que tratam disfunções de todos os sistemas. A fisioterapia cardiopulmonar, se concentra no gerenciamento de condições cardiovasculares e respiratórias agudas e crônicas, para as quais visa promover a recuperação funcional e tem mostrado potencial benefício na reabilitação de pacientes com COVID-19. 12 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA E DA REABILITAÇÃO PARA OS PACIENTES NO PÓS-COVID A maioria dos sobreviventes podem apresentar prejuízos em suas atividades rotineiras e precisam de uma reabilitação global, podem sofrer de redução da função pulmonar, polineuropatia crítica e miopatia crítica e descondicionamento cardiorrespiratório. A Reabilitação Cardiopulmonar é uma intervenção que proporciona treinamento físico, controle de sintomas e educação para uma mudança de comportamento visando melhorar a funcionalidade e qualidade de vida de pessoas com doenças cardiorrespiratórias. Com treinamento físico há mais disposição para se continuar a praticar exercícios fora do ambiente de reabilitação, há redução dos sintomas e das variações de humor, além de melhorar a função cardiovascular como um todo. Através da reabilitação com ênfase nos exercícios físicos, há melhora dos componentes da aptidão física (força/potência muscular, flexibilidade e equilíbrio), reduzindo riscos de eventos cardiovasculares, culminando com a redução da mortalidade em geral. Em alguns casos a reabilitação com de treinamento físico pode estar contraindicada por apresentar risco de agravamento no caso clínico5, devido a isso destaca-se a importância de uma avaliação detalhada. 13 3 O programa de exercícios que foi desenvolvido nesta cartilha é direcionado para promover o ganho de funcionalidade, alívio dos sintomas e consequentemente uma melhora na qualidade de vida. Sabe-se que na síndrome Pós COVID-19 as alterações funcionais envolvem com frequência fadiga e redução de força muscular global, além de sintomas respiratórios e quadros álgicos diversos com possibilidade de dessaturação ao esforço. Sendo assim o programa preconiza exercício físico modulado, supervisionado e monitorizado, abordando treino neuromotor, exercício aeróbico de leve a moderada intensidade e estratégias terapêuticas especificas para queixas e sintomas. Inicialmente esse Programa deve ser supervisionado e ajustado pelo fisioterapeuta, que depois irá avaliar se a pessoa tem condições de realizar sozinha em casa ou com acompanhamento de algum familiar. Recomenda-se que a cada sete dias o paciente seja reavaliado pelo Fisioterapeuta e, caso seja possível, a intensidade e a duração dos exercícios podem ser aumentadas gradualmente de modo a manter o esforço em um nível confortável e seguro até que seja atingido o objetivo desejado. 14 PROGRAMA DE EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS Fonte: Calavazzi, et al. (2005) Para a realização dos exercícios, recomenda-se a monitorização de esforço, por meio da escala de BORG, (índice 3 como referência para utilizar no momento do exercício) (Quadro 1), e da saturação de oxigênio (se possível, utilizar um oxímetro de pulso), sendo importante, pois o indivíduo pode apresentar hipoxemia durante o exercício. Esta monitorização deve ser acompanhada antes, durante e logo depois dos exercícios . 3.1 MONITORIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DURANTE OS EXERCÍCIOS 15 Quadro 1- Escala de BORG adaptada. Intensidade de Referência: 3 - Moderada Utilize a Escala de BORG para dosar a intensidade do exercício, de acordo com a sua percepção de fadiga e de esforço. De acordo com os sintomas, podemos determinar a frequência e duração dos exercícios, conforme orientações abaixo, essa orientação deve ser realizada e ajustada conforme avaliação prévia do fisioterapeuta: → Sintomas leves: sugestão para realizar os exercícios de três a cinco vezes na semana, com duração de 20 a 30 minutos. → Sintomas moderados/ acentuados de fadiga: sugestão 3.2 RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES - Comece o exercícios devagar; -Realize o exercícios 2 x ao dia, durante 30 min por vez; -Respiração: inspire e expire profundamente entre cada repetição do exercício; -Beba água entre os exercícios; -Apenas aumente a intensidade caso você se sinta melhor e mais confiante; -Aguarde pelo menos 1 hora após as refeições para iniciar os exercícios; -Não realize os exercícios caso esteja com febre, dor de cabeça intensa, palpitações e coração acelerado 16 para realizar os exercícios de duas a três vezes na semana, com 20 minutos de prática diária, pausa entre os exercícios de um minuto ou mais a depender da necessidade. 4 PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS 17 4.1 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS Sentado na cadeira, pés apoiados no chão, relaxe os ombros, coloque uma das mãos sobre o peito e a outra sobre a barriga. Sentindo o movimento de sua respiração. Puxe o ar bem fundo pelo nariz, “estufando” a barriga. Em seguida, solte o ar pela boca, “encolhendo” a barriga. (Repita 10 vezes) Sentado na cadeira, pés apoiados no chão, puxe o ar pelo nariz pausadamente até encher totalmente os pulmões enquanto eleva os dois braços esticados para frente. Em seguida, solte o ar lentamente pela boca, enquanto abaixa os braços. (Repita 10 vezes) 18 1 2 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). Sentado na cadeira, pés apoiados no chão, braços ao lado do corpo, puxe o ar pelo nariz até encher totalmente os pulmões. Em seguida, faça um "biquinho" com a boca e solte o ar lentamente. (Repita 10 vezes)Sentado, com os pés apoiados no chão, braços ao lado do corpo, puxe um pouco de ar pelo nariz segura 3 segundos, puxe mais uma vez segura 3 segundos, puxe o ar mais profundamente segure 3 segundos. Em seguida solte o ar lentamente pela boca. (Repita 10 vezes) 19 3 4 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). 4.2 AQUECIMENTO E MOBILIDADE 20 Em pé, mantenha o corpo alinhado, levante os ombros em direção às orelhas. Em seguida, deixe os ombros descerem ao máximo relaxando. (Repita 2 vezes com 10 séries) 1 Em pé, mantenha o corpo alinhado, faça movimentos circulares para frente com os ombros. Em seguida, rotacione os ombros pata trás. (Repita 2 vezes com 10 séries) 2 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). Em pé, coloque os braços junto ao tronco, incline o tronco para uma das laterais puxando o ar. Volte a posição inicial soltando o ar e repita o movimento para o lado oposto. (Repita 2 vezes com 10 séries) Em pé, cruze os braços na frente do corpo, puxando o ar gire o tronco para um dos lados, soltando o ar volte a posição inicial e repita o movimento para o outro lado. (Repita 2 vezes com 10 séries) 21 3 4 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). 4.3 EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO Sentado, levante-se da cadeira ficando completamente de pé. Depois sente-se novamente devagar. Se sentir necessidade, apoie-se em uma superfície estável. (Repita 2 vezes de 10 séries) 22 1 Fonte: Autores (2022). 23 Sentado ou em pé. Segure o peso (garrafa de água 500 ml) com a mão ao lado do quadril oposto, nesta posição puxe o ar. Solte o ar entre os lábios e leve o peso na diagonal. Volte à posição inicial. Faça o mesmo movimento com o outro lado. (Repita 2 vezes de 10 séries) 2 Fonte: Autores (2022). 24 Sentado, com as costas apoiadas, segure os pesos, com os ombros elevados, cotovelos fletidos e mãos em posição neutra puxe o ar. Soltando o ar estique lentamente o antebraço em direção ao teto. Volte a posição inicial. (Repita 2 vezes de 10 séries) 3 4 Sentado, com as costas apoiadas segure os pesos, com os braços ao longo do corpo puxe o ar. Soltando o ar, abra lentamente os braços em direção ao teto, volte a posição inicial. (Repita 2 vezes com 10 repetições) Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). Em pé, na frente da parede posicione os braços estendidos com as palmas das mãos apoiadas e realize movimentos de aproximação da parede, dobrando os braços e retornando para a posição inicial. (Repita 2 vezes de 10 séries) Em pé, apoiado em uma cadeira, posicione-se com os pés afastados na largura do quadril e alinhados. Eleve os calcanhares ficando em meia ponta dos pés. Em sequência volte lentamente a posição inicial. (Repita 2 vezes com 10 repetições) 25 6 5 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). Posicione-se de pé, com ou sem apoio das mãos, conforme dificuldade de equilíbrio. Realize uma caminhada sem sair do lugar, elevando a perna como em uma marcha. Fique marchando durante 2 minutos, descanse durante 40 segundos e retorne a marcha. (Repita 2 vezes) 4.4 EXERCÍCIO AERÓBICO 26 1 Fonte: Autores (2022). 4.5 ALONGAMENTOS Fique em pé, pés afastados na largura do quadril, abra os braços com a mão em direção ao teto, encaixe os dedos. Puxe o ar. Soltando o ar faça uma inclinação para a lateral, mantenha-se na posição e volte lentamente puxando o ar. Repita o movimento para o outro lado. (Permaneça por 30 segundos) Segure seu pé com a outra mão, puxando-o para trás levemente. Permaneça na postura e então volte à posição inicial. Reveze as pernas. (Permaneça por 30 segundos). 1 Fique em pé com uma mão apoiada. Flexione um dos joelhos, levando o pé em direção ao glúteo. Relaxe ligeiramente o joelho da perna de apoio. 2 27 Fonte: Autores (2022). Fonte: Autores (2022). 28 3 Sentada, com uma das pernas dobrada e o pé apoiado no chão estique a outra perna, com a ponta do pé voltada para cima. Puxe o ar. Com a mão oposta fazer uma leve inclinação do tronco para frente alcançar a ponta do pé. Permaneça na posição. Volte a posição inicial e repita o movimento com a outra perna. (Permaneça por 30 segundos) Fonte: Autores (2022). Em caso de aparecimento de qualquer um dos sintomas listados no quadro abaixo, será necessária a interrupção imediata dos exercícios, caso os sintomas persistirem, deve- se procurar um serviço médico. 5 INTERRUPÇÃO DOS EXERCÍCIOS a) Náusea ou sensação de enjoo; b) Tontura; c) Falta de ar e/ou fadiga intensa; d) Queda de 4% da saturação de oxigênio em relação ao valor de repouso e valores menores que 88%; e) Sudorese excessiva; f) Crise de ansiedade; g) Palpitações; h) Dor ou sensação de aperto no peito. 29 Mesmo as pessoas que já se contaminaram ou já estão vacinadas, é importante se proteger e evitar a transmissão com cuidados simples como: → → Manter-se a pelo menos um metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando; → → → Use máscara (cobrindo nariz e boca). Quando possível, VACINE-SE! A vacinação evita uma propagação em massa da COVID-19, além de reduzir drasticamente as chances de óbito e sequelas graves. 6 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS E ORIENTAÇÕES GERAIS Lavar as mãos com água e sabão e utilizar álcool gel sempre que possível; Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus; Evite aglomerações e lugares fechados com pouca ventilação; REFERÊNCIAS CARVALHO, T.; et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. v. 114, n. 5, p. 943-987, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.36660/abc.20200407. Acesso em: 6 set 2021. WORLD HEALTH ORGANIZATION (OMS). Coronavírus. 2021. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/coronavirus#tab=tab_1. Acesso em: 3 set 2021. DIRETRIZES DE REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME PÓS- COVID-19. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região (Crefito 4). 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