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Várias secreções ocorrem em todo o trato GI. Esta secreção fornece a cavidade intestinal como um local adequado para uma digestão eficaz e fornece muco para lubrificar e proteger todas as partes do sistema digestivo. A maioria das secreções digestivas é produzida em resposta à presença de alimentos no sistema digestivo, produzindo secreções em quantidades muito próximas às necessárias para a digestão normal. ((“Fisiologia do trato gastrointestinal: mecanismos básicos e aplicados | Colunistas - Sanar Medicina”, [s.d.]) O muco é uma secreção pegajosa produzida em todo o trato digestivo e composta por uma mistura de água, eletrólitos e vários mucopolissacarídeos. O muco é pegajoso e pode revestir os alimentos em uma camada fina. Isso evita o contato direto entre os alimentos e as membranas mucosas. O muco também desliza facilmente, facilitando a ingestão de alimentos e o processo de evacuação. Outras secreções digestivas são ajustadas de acordo com as necessidades locais de enzimas digestivas e regulação do pH no lúmen intestinal. (BERNE & LEVY. Fisiologia, 2009). Além de muco e algumas substâncias bacterianas, as glândulas salivares produzem enzimas amilase poderosas. O pH da saliva varia entre 6,0 e 7,4 , o que coincide com o pH ótimo da amilase. O estômago produz o pepsigênio, uma proteína importante que funciona em um pH ácido de 2,0. As células parietais do estômago também secretam íons H+, que aumentam a acidez do ambiente e convertem a pepsigênio em sua forma ativa, a pepsina. (BERNE & LEVY. Fisiologia, 2009). O pâncreas produz uma secreção complexa que contém enzimas digestivas como amilase, tripsina, quimotripsina e lipase. Essas enzimas viajam através do ducto pancreático e são ativas no intestino delgado em pH 8,0 sendo alcalino. O pH desta área é ajustado pela secreção de bicarbonato do pâncreas e do fígado. Desta forma, as substâncias ácidas no estômago começam a apresentar um pH mais elevado. A vesícula biliar armazena e secreta sais biliares produzidos pelo fígado, que são importantes emulsificantes para as enzimas lipolíticas que atuam sobre as gorduras e seus produtos de absorção de subsequentes.(BERNE & LEVY. Fisiologia, 2009). As secreções integram aquelas sintetizadas em órgãos associados ao TGI e aquelas produzidas pelo estômago e intestinos; eles hidrolisam enzimaticamente os nutrientes e criam um ambiente com pH, tonicidade e composição eletrolítica adequados para quebrar os nutrientes orgânicos. A digestão refere-se à hidrólise enzimática de nutrientes orgânicos, que os transforma em moléculas que podem passar pelas células do trato gastrointestinal e ser absorvidas pela mucosa. A absorção consiste em processos resultantes do transporte de nutrientes hidrolisados, água, eletrólitos e vitaminas do trato digestivo através do epitélio intestinal para a circulação linfática e sistêmica. A absorção ocorre por excelência no intestino delgado, que absorve todos os produtos da hidrólise de nutrientes orgânicos, vitaminas e a maior parte da água e eletrólitos. A absorção no intestino delgado ocorre principalmente no duodeno e na parte proximal do jejuno (primeiros 100 cm). O ceco absorve alguns substratos como sais biliares e vitamina B12. O intestino grosso absorve uma quantidade menor de água, todos os eletrólitos que chegam até ele, alguns produtos da fermentação bacteriana e carboidratos não digeridos e absorvidos no intestino delgado transformados em ácidos graxos voláteis. O intestino grosso secreta K- e HCO3- e atua como um reservatório de fezes em preparação para a excreção. A glicose plasmática é muito importante. A mastigação ativa os mecanorreceptores que acionam o centro da saciedade.(BERNE & LEVY. Fisiologia, 2009).
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