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Laringites, disfonia e corpo estranho

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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Laringites, Disfonia e Corpo estranho de Faringolaringe 
 
 
Laringites 
 Laringites são todos os processos inflamatórios que acometem a mucosa laríngea. 
 Agudas ou Crônicas (sintomas há mais de 3 meses). 
 Crupe = difteria, mas se usa como sinônimo de laringites. 
 Sintomas: 
– Disfonia, Dispneia, Disfagia, Tosse, Dor local. 
– Podem ser urgências em crianças (insuficiência respiratória aguda). 
– Maioria dos casos tem boa evolução. 
 
1) Laringotraqueobronquite viral 
 Crianças (3 meses a 5 anos). 
 Parainfluenza, Adenovirus, Rinovírus, Coxsakie, Influenza. 
 Região mais acometida à Subglote (um pouco abaixo das cordas vocais). 
 Principais sintomas: tosse rouca persistente e estridor. 
 Diagnóstico: Clínico + RX (sinal da torre de igreja), pode ser solicitado, mas não é necessário para o diagnóstico + 
laringoscopia (?). 
 Sinal da “torre de igreja” causado 
pelo estreitamento da infraglote. 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Tratamento – Determinar gravidade do quadro respiratório: 
– Casos leves (apenas tosse sem sinais de obstrução das VAs) 
• Tratamento de suporte de nasofaringites 
• Hidratação 
• Corticosteróides orais ou inalatórios 
 
– Casos moderados (sinais discretos de desconforto respiratório – batimento de asa nasal e retração de fúrcula) 
• Observação 
• Nebulização com adrenalina 
 
– Casos graves (desconforto respiratório evidente) 
• Internação 
• Avaliar IOT 
 
2) Laringite Catarral 
 Adultos e crianças. 
 Branhamella catarrhalis e Haemophilus influenzae. 
 Região mais acometida à Glote (e supraglote). 
 Principais sintomas: Disfonia, tosse seca  produtiva, dor no pescoço, globus faríngeo (sensação de algo parado na 
garganta), odinofagia. 
 Diagnóstico: quadro clínico + laringoscopia. 
 
 
 Tratamento: 
– Repouso vocal 
– Tratamento de Alergias ou Refluxo 
– Umidificação do ar e hidratação 
– Antibioticoterapia: Penicilinas, Cefalosporinas, Quinolonas, Macrolídeos (resist. Bacteriana) 
– Corticosteroides oral e inalatório. 
 
3) Epiglotite / Supraglotite 
 Crianças (2 a 7 anos). 
 Haemophilus influenzae tipo B, S. penumoniae/S. pyogenes, S. aureus, Pseudomonas, Klebsiella. 
 Região mais acometida  Supraglote. 
 Principais sintomas: Disfagia (sialorreia), odinofagia intensa, Dispneia ao deitar, febre persistente, voz abafada ou sem 
voz. 
 Postura típica: hiperextensão cervical, boca aberta, corpo e pescoço anteriorizados, respiração lenta. 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
 
 
 Quadro de evolução rápida (horas). 
 Diagnóstico: Clínico + RX (sinal do polegar pelo espessamento da epiglote) + Laringoscopia (pode deixar a criança mais 
agitada)***. 
 Não se deve fazer qualquer manobra diagnóstica que aumente a agitação da criança sob risco de desencadear uma 
insuficiência respiratória imediata. 
 Diagnóstico Diferencial: corpo estranho laríngeo. 
 
 Tratamento = manutenção de Via aérea 
– Material de IOT e cricotireoidostomia à disposição 
– Nebulização com adrenalina 
– Corticoteróides EV e inalatórios 
– Antibioticoterapia: Cefalosporina de 2ª geração (cefuroxima), Cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona), 
Ampicilina+Cloranfenicol 
– Decisão sobre IOT deve ser tomada antes da insuficiência respiratória. 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
4) Laringite Estridulosa 
 Crianças. 
 Estridor/sufocamento/tosse rouca de início súbito durante a noite. 
 Dura pouco tempo (minutos/horas) e melhora espontaneamente. 
 Pais ficam desesperados. 
 Quadro benigno, normalmente associado a refluxo, alergia, infecção viral… 
- Acredita-se que a etiologia dessa afecção é multifatorial, podendo ser atribuída à origem infecciosa viral ou 
bacteriana, alérgica, refluxo faringolaríngeo, ou obstrutiva. 
 Diagnóstico: história típica, exame físico quase normal. 
 
 
 Tratamento: 
– Acalmar os pais. 
– Confirmar diagnóstico. 
– Caso criança chegue com desconforto – tratamento semelhante à Laringotraqueobronquite aguda 
– Caso criança chegue sem desconforto: Hidratação, nebulização com soro fisiológico, Avaliar tratamento de refluxo 
e de alergia e corticosteroides inalatórios. 
 
Disfonia 
 Qualquer comprometimento na Voz  "qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural e 
harmoniosa da voz”. 
 Disfonia ≠ Rouquidão (mas podem ser usados como sinônimos na maioria das vezes). 
 
- toda disfonia crônica precisa de uma laringoscopia!!!! 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
2. Laringites Agudas 
 
 
 
 3. Causas sistêmicas 
– Refluxo gastroesofágico 
– Neurológicas (parkinson, neuromusculares, distonias, paralisias de PV) 
– Autoimunes 
– Granulomatosas 
– Infecciosas (candidíase laríngea, TB, fungos) 
– Hormonais (hipotireoidismo, hiperandrogenismo, anabolizantes) 
– Psicogênicas 
 
 4. Traumas 
– IOT 
– Enforcamento/estrangulamento/traumas diretos 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
Tratamento 
 Em traumas vocais agudos 
– Repouso vocal (3-7 dias) 
– Hidratação 
– Corticosteróides VO por 05 dias 
– Avaliar Corticosteróides inalatórios 
– Checar refluxo ou alergias concomitantes. 
 
 Hidratação. 
 Cessar etilismo e tabagismo (principais fatores de risco para neoplasia de laringe). 
 Terapia Vocal – com fonoaudióloga. 
 Cirurgias Vocais. 
 
Corpo estranho de Faringolaringe 
 1. Início súbito de sintomas. 
 2. Disfonia, Dispneia, Disfagia. 
 3. Sialorreia é um sintoma típico. 
 4. Desafio: quando não se consegue uma história clínica decente. 
 5. Risco: migrar para traqueia. 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 6. Se estiver na língua ou tonsila, pode-se tentar remover. 
 
 7. Anestesia com lidocaína a 10% spray. 
 
 8. Se não for possível visualizar, RX (80% dos CE não são radiopacos). 
 
 9. Checar pulmão (ausculta e avaliar RX). 
 
 10. Se insuficiência respiratória, via aérea definitiva. 
 
 11. Se não conseguir visualizar, encaminhar ao ORL ou Cirurgia geral. 
 
 12. Checar onde é o desconforto – se for abaixo da laringe – corpo estranho de esôfago ou de traqueia. 
 
 13. Complicações: 
– Abscesso e hematoma parafaríngeo 
– CE traqueobrônquico 
– Pneumonia aspirativa 
– Migração do CE pelo tecido subcutâneo. 
 
 14. O que acontece na maioria das vezes? 
– Paciente engole algo que machuca a mucosa e fica com sensação de corpo estranho (globus) 
– Odinofagia leve/moderado 
– Desconforto local 
– Sem sialorreia, dispneia, disfonia 
– Sem alterações ao exame físico 
– Tratamento: AINE + protetor gástrico + analgésicos locais.

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