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DRGE Dispepsia Funcional Acalásia Gastrite Doença Ulcerosa Péptica Infecção por H. pylori Doença de Crohn Retocolite Ulcerativa Síndrome do Intestino Irritado Cirrose Hepática Hipertensão Portal Pancreatite Aguda Pancreatite Crônica Doença Celíaca TEMA: DRGE DEFINIÇÃO Doença cronica secundária ao refluxo patológico de parte do conteúdo gástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, faringe, laringe e árvore traqueobrônquica, que acarreta sinais e sintomas esofágicos e/ou extraesofágicos que podem ser acompanhados ou não de lesões teciduais. FATORES DE RISCO Obesidade, gravidez, hérnia de hiato, tabagismo, asma, DM2, atraso no esvaziamento do estomago, esclerodermia e outros distúrbios do tecido conjuntivo, uso de betabloqueadores, broncodilatadores, bloqueadores dos canais de cálcio para HAS, sedativos e antidepressivos tricíclicos. Alimentação: chocolate, pimenta, frituras, café, bebidas alcoólicas se consumidos em excesso favorecem o refluxo. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Sintomas típicos da DRGE: pirose + regurgitação Disfagia (presente em 1/3 dos pacientes) Sintomas extraesofagianos: erosão dos dentes, faringite, rouquidão, sinusite cronica, otite média, tosse cronica, broncoespasmo, pneumonite aspirativa, casos mais graves podem cursar com anema ferropriva, devido a presença de esofagite erosiva grave. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) Anamnese bem-feita + exame físico Presença de pirose em mais de 1x/semana durante 8 semanas Exames complementares: EDA Deve ser indicada em casos de pacientes com mais de 45 anos de idade, presença de sinais de alarme: disfagia, emagrecimento, odinofagia, sangramento gastrointestinal e anemia, presença de longa história de pirose mais de 5-10 anos, aumenta o risco de esôfago de Barrett, presença de náuseas e vômitos, história familiar de câncer e sintomas intensos ou noturnos, bem como a presença de esofagite de refluxo. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) Medidas antirrefluxo-individualizada -elevação da cabeceira do leito ( 15-20 cm); -evitar alimentos que causam irritação ao esôfago: gorduras, cítricos, café, bebidas alcoólicas e gasosas, menta, hortelã, molho de tomate, chocolate, condimentos em excesso (alho, cebola, pimenta; -evitar deitas após as refeições, indicado esperar de 2 a 3h, quanto maior a quantidade de gordura maior o tempo a se esperar; -evitar refeições copiosas, indicado fracionar a dieta; -suspender o tabagismo; -evitar líquidos durante as refeições; -indicado a perda de peso, se obesos; Tratamento farmacológico Bloqueadores de H2 Ranitidina 75- 150 mg 2x/dia IBP= são os mais eficazes Omeprazol 20-40 mg 1-2x/dia Pantoprazol 20-40 mg 1-2x/dia Indicado tomar 30 min antes do café da manhã e antes do jantar Pacientes com menos de 40 anos sem sinais de alarme é indicado Omeprazol 20mg (28cp) tomar 2 cp antes do café da manhã. TEMA: Acalasia/Megaesôfago DEFINIÇÃO: O termo acalasia significa “NÃO RELAXAMENTO”, sendo um distúrbio motor no EEI. Pode ser primaria (idiopática), a forma mais comum ou secundaria (em nossa região causada pela doença de chagas). Alterações encontradas na acalasia são em consequência da degeneração de neurônios do plexo Auerbach e Meissner, nessa caso a perda do Inter neurônio inibitório que secretam oxido nítrico ( em caso extremos pode afetar os neurônios colinérgicos). FATORES DE RISCO: Acalasia primária ha não os fatores de risco bem conhecidos ainda, coloca como possíveis gêneses vírus da herpes e sarampo, doenças autoimunes, antígenos leucocitários humanos (HLA) classe II - Acalasia Secundaria principalmente em locais onde a incidência do inseto triatomíneo. Afeta mais o sexo masculino em idade (25-60 anos). SINTOMATOLOGIA: - Dificuldade para engolir? Sólidos? Líquidos? - Há necessidade da ingestão de agua concomitante alimentação? -halitose? Regurgitação? -Perda de peso? Tempo? -Tosse, cônica principalmente no período noturno? - Dor retroesternal? Como e essa dor? Melhora com a ingestão de água? Em geral o paciente com acalasia/megaesôfago chagásico alimenta devagar associado a grandes volumes de água. Podendo apresentar regurgitações e halitose. E comum que o paciente apresente dor retroesternal na forma de cólica com irradiação para dorso e mandíbula, tendo como fato de melhora a ingestão de água (principalmente gelada) Na fase mais avançadas da doença apresenta disfagia acentuada, relacionada à perda de peso ao longo dos meses associados. Sendo comum a tosse crônica com apresentação principalmente noturna. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO - EDA pode confirma a dilatação esofágica -Estudo radiológico contrastado, nesse exame e bastante comum a classificação de REZENDE : Diâmetro esofágico (cm) Grau <4 I 4-7 II 7-10 III >10 IV -Manométrica ( alto grau de certeza mesmo em estágios iniciais da doença). A qual possui a classificação de Chicago. Tipo EEI Corpo esofágico I Relaxamento incompleto ausência de pressurização esofágica II Relaxamento incompleto pressurização >20% ao deglutir III Relaxamento incompleto contrações prematuras contratilidade distal > 450mmhg.s.cm TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: - nitratos sublinguais -antagonistas dos canis de cálcio nifedipina 10mg 6/6h ( responsável pela dilatação dos vaso e consequente redução da resistência , assim reduzindo a pressão. Pode apresentar com efeitos colaterais perda de sono cefaleia e ansiedade.) -toxina botulínica duração de 3-6 meses com eficácia de 95% dos casos. Atua pela inibição de neurônios excitatórios parassimpáticos. -Dilatação pneumática -Tratamento cirúrgico indicado em casos refratários ao tratamento ou recidivas ( realizada através da secção das camadas longitudinais da musculatura lisa ( miotomia de Heller) pode ser realizada por toracotomia ou VDL sendo que essa possui mais vantagens no pós cirúrgicos. Importante informa o paciente sobre os efeitos da cirurgia a qual pode ocasionar DRGE. TEMA: DISPEPSIA FUNCIONAL DEFINIÇÃO A Dispepsia Funcional (DF) é definida pela presença de dor e/ou desconforto, persistente ou recorrente, localizada na região central e superior do abdome (epigástrio), na ausência de anormalidades estruturais ou irregularidades metabólicas e bioquímicas que justifiquem a sintomatologia. FATORES DE RISCO Os sintomas dispépticos podem surgir em qualquer idade e são mais prevalentes no sexo feminino. A intensidade da dor e/ou do desconforto e a ansiedade (incluindo o medo de doenças mais graves) se constituem nos principais motivos de procura ao clínico. SINTOMATOLOGIA: 1) Síndrome do Desconforto Pós-prandial Empachamento pós-prandial, que acontece necessariamente após refeições habituais, ocorrendo várias vezes por semana, nos últimos 3 meses. o Saciedade precoce, que impossibilita o término normal das refeições, ocorrendo várias vezes por semana, nos últimos 3 meses 2) Síndrome da Dor Epigástrica: É fundamental a presença de todos os critérios seguintes: dor ou queimação localizada no epigástrio, pelo menos moderada, e que ocorre, no mínimo, 1 vez/semana, nos últimos 3 meses; dor intermitente; dor não generalizada ou localizada em outras regiões do abdome ou tórax; dor não aliviada pela defecação ou eliminação de flatos. Outros sintomas que, se presentes, reforçam o diagnóstico: a dor pode ter características de queimação, mas sem irradiação retroesternal;a dor é comumente induzida ou aliviada pela ingestão de alimentos, podendo, porém, ocorrer em jejum; a síndrome do desconforto pós-prandial pode coexistir. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO Roma III – 1 - Queixas dispépticas durante os últimos 3 meses e que se iniciaram, no mínimo, 6 meses antes. 2- É fundamental a presença de um ou mais dos seguintes sintomas: a) empachamento pós-prandial; b) saciedade precoce; c) dor epigástrica; d) queimação epigástrica. 3. 3- É fundamental a ausência de lesões estruturais (incluindo a realização de endoscopia digestiva alta) que possam justificar os sintomas. A realização da endoscopia digestiva alta durante um período sintomático e, preferencialmente, sem terapia antissecretora é fundamental para o diagnóstico. As biopsias devem ser realizadas rotineiramente durante o procedimento endoscópico, visando também a detectar o H. pylori. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: É necessário que os pacientes sejam esclarecidos de que seus sintomas são decorrentes de distúrbios funcionais e não caracterizam nenhuma doença grave ou risco de vida, assegurando-lhes que o problema será tratado de forma interessada e racional. Recomendar hábitos dietéticos saudáveis (comer devagar, mais vezes/dia, menor quantidade), evitando-se alimentos gordurosos, condimentados, ácidos, café, cigarro e álcool em excesso. Placebo é melhor que o tratamento farmacológico. A utilização de medicamentos está indicada para as fases sintomáticas: Amitriptilina 12,5 mg VO 24/24h. Síndrome do Desconforto Pós-prandial: domperidona 10 mg 12/12h. Síndrome da Dor Epigástrica: TEMA: GASTRITE DEFINIÇÃO: o diagnóstico verdadeiro de gastrite é pela histopatologia que demonstre inflamação da mucosa gástrica, sintomática ou não. Entretanto, é comum o termo ser usado, incorretamente na endoscopia (quando se observa uma região hiperemiada na mucosa gástrica) e na clínica (quando o paciente tem sintomas dispépticos). FATORES DE RISCO: idade avançada, uso de AINEs, tabagismo, etilismo, choque, sepse, trauma grave, queimaduras, ingestão de substâncias cáusticas, radioterapia, quimioterapia, corticoterapia, más condições de higiene. A gastrite pode aparecer no contexto da DRGE, doença de Crohn, hérnia de hiato e pós gastrectomia. SINTOMATOLOGIA: a gastrite pode se acompanhar, principalmente, de desconforto epigástrico, epigastralgia, náuseas e vômitos. A dor pode se irradiar para dorso, tórax e abdome superior, pode piorar à noite e melhorar com a alimentação. Pode haver pirose. Sinais graves incluem hematêmese, melena, sinais de hemorragia maciça, sinais de peritonite, perda de peso, e incapacidade de ingerir alimentos. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO: Clínica de síndrome dispéptica POSITIVA: teste não invasivo de H. pylori Teste não invasivo de H. pylori NEGATIVO = prova terapêutica com supressores de ácido Clínica de síndrome dispéptica POSITIVA + idade > 55 anos OU sinais de alarme OU evolução com piora OU história familiar de câncer = endoscopia digestiva alta + biópsia com pesquisa de H. pylori Prova terapêutica com RESPOSTA INADEQUADA = endoscopia digestiva alta + biópsia com pesquisa de H. pylori Pelo exame clínico pode ser definida gastrite aguda ou crônica. Raramente há gastrite aguda no contexto ambulatorial, e sim no de medicina interna. A endoscopia seguida de exame histopatológico de biópsia, com pesquisa de H. pylori, pode indicar: gastrite por H. pylori, gastrite atrófica autoimune e gastropatia química crônica (por álcool, por AINE, por refluxo biliar). Há formas raras de gastrite, como infecciosa por outros agentes, eosinofílica, granulomatosa, linfocítica, doença de Ménetriér, etc. A principal complicação das gastrites é a ulceração com hemorragia, que pode causar perdas maciças de sangue e levar ao óbito. Por isso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: Inibidor de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol), 20-40 mg, 2 vezes ao dia, por 2-4 semanas Erradicação do H. pylori: antibioticoterapia + supressão ácida por 4-8 semanas (ver resumo sobre H. pylori) Interromper uso de AINEs Orientação alimentar: evitar alimentos ácidos, condimentados, refrigerante, evitar dormir logo após se alimentar Tratamento de eventuais doenças de base TEMA: DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA DEFINIÇÃO: o diagnóstico é histopatológico: solução de continuidade na mucosa do estômago ou duodeno com diâmetro maior ou igual a 0,5 cm, que penetra profundamente na parede do tubo digestivo. FATORES DE RISCO: sexo masculino, más condições de higiene, uso de AINEs, uso de drogas ilícitas, tabagismo, idade 20-50 para úlcera duodenal, idade >50 anos para úlcera gástrica, familiar de primeiro grau com doença ulcerosa péptica, radioterapia. Doenças que predispõem doença ulcerosa péptica: doença pulmonar crônica, insuficiência renal crônica, cirrose, nefrolitíase, deficiência de alfa-1-antitripsina, mastocitose sistêmica A hérnia de hiato pode causar a úlcera de Cameron. SINTOMATOLOGIA: síndrome dispéptica (dor ou desconforto epigástrico, epigastralgia em queimação, náuseas, plenitude pós-prandial) Úlcera duodenal = epigastralgia 2-3h após alimentação e durante a noite, que melhora com antiácidos e com a alimentação, irradia para o dorso, com fenômeno de clocking Úlcera gástrica = epigastralgia piora com a alimentação, há perda de peso, há náuseas. Sinais de alarme = perda ponderal, anemia, sangramento, vômitos recorrentes, disfagia, sinais de peritonite, massa abdominal, adenopatia, história de câncer gástrico, gastrectomia parcial prévia DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO: Clínica de dispepsia POSITIVA = teste não invasivo de H. pylori (teste respiratório da urease, sorologia, pesquisa de antígeno fecal) Clínica de dispepsia POSITIVA em paciente maior de 45 anos OU paciente com sinais de alarme = endoscopia digestiva alta com biópsias com pesquisa de H. pylori Teste não invasivo de H. pylori NEGATIVO = prova terapêutica com supressores de ácido Prova terapêutica com supressores de ácido NEGATIVO = endoscopia digestiva alta com biópsias com pesquisa de H. pylori É mais comum que o paciente tenha úlcera duodenal. Úlceras gástricas devem ser sempre investigadas para câncer TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: Terapia supressora de ácido = inibidor da bomba de prótons (omeprazol 20mg/dia, pantoprazol 40mg/dia), em jejum, por 14 dias Terapia supressora de ácido alternativa = bloqueador H2 (cimetidina 800 mg/dia, ranitidina 300 mg/dia) por 4-8 semanas Erradicação do H. pylori = antibioticoterapia (ver resumo de H. pylori) por 14 dias + terapia supressora de ácido por 4-8 semanas Reorientação alimentar = evitar alimentos que exacerbem os sintomas, como comidas ácidas, condimentadas, apimentadas, refrigerante, comidas muito quentes, etc. Interrupção do uso de AINEs, tabagismo, etilismo Endoscopia digestiva alta de controle em pacientes com úlcera gástrica = após o fim do tratamento farmacológico Úlcera complicada = tratamento cirúrgico (vagotomia, antrectomia) TEMA: Gastrite por H. Pylori DEFINIÇÃO É a infecção da mucosa gástrica pelo bacilo gram-negaivo H. pylory. Ele sobrevive no meio acido do estomago graças a enzima uréase que transforma ureia em amônia (básica). Pode ser Aguda ou crônica. Porém é a infecção crônica mais comum gerealmente adquirida na infância. Pode ser uma gastrite antral ou pangastrite (atrófica ou não) FATORES DE RISCO É inversamente proporcional ao nível socioeconômico. (mais comum em países em desenvolvimento) Fatores higienodietétios são preponderantes. Transmissão oro-oral / fecal-oral / gastro-oral SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Pode evoluir de forma assintomática (maioria dos casos) Sintomas dispépticos (dor ou desconforto na região epigástrica, pirose, náuseas, vômitos) pois a gastrite antral crônica associa-se com hipercloridriae a úlcera péptica principalmente duodenal (H. pylori danifica célula D produtora de somatostatina inibindo o feedback negativo). Perguntas Semiologia da dor, cronologia, vômitos, regurgitações? HDA? Tem historia de CA gástrico na família Usa Anti-inflamatórios cronicamente (gastropatia pelos aines) Faz uso de álcool? (Gastropatia alcoolica) Teve perda de peso? (CA gástrico), Hábitos higiênicos? DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) Quando pesquisar? 1. Doença ulcerosa péptica 2. Linfoma MALT 3. Dispepsia não ulcerosa 4. Síndrome dispéptica sem indicação para EDA 5. História de CA gástrico em parente de 1 grau 6. Lesões pré-neoplasicas (gastrite atrófica e metaplasia intestinal) 7. Usuários crônicos de AINES, ou AAS 8. Após tratamento de adenocarcinoma gástrico 9. PCT com Púrpura trombocitopênica, ferropenia inexplicada e deficiência de B12 Exames: Histopatológico: gastrite neutrofílica (forma aguda), gastrite linfocítica (forma crônica) dividida como gastrite crônica leve, gastrite antral crônica ou pangastrite crônica grave ou atrófica. Pesquisa de antígeno fecal (obs suspender IBP 7-14 dias antes) (Stool Antigen Test SAT) útil no controle da erradicação 4 semanas após o tratamento. Teste respiratório da ureia (obs. Suspender IBP 7-14 dias antes) útil no controle do da erradicação 4 semanas após o tratamento. Obs.: saber pois já pediu pra explicar EDA com teste rápido da uréase ou histopatológico (padrão ouro) nos casos de presença de sinais de alarme (> 40 anos, HDA, Sintomas refratários, Perda de peso, disfagia, odinofagia, anemia ferropriva, linfadenopatia ou massa palpável, historia familiar de CA gastrointestinal) Teste sorológico: ELISA (cuidado com a cicatriz sorologia ) pct pode ter tido e não ter mais. Não é bom no brasil. Cultura não é indicada TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) Tratamento por 14 dias Antibióticos: Claritromicina500mg 12/12hs + amoxicilina 1g 12/12hs (Efeitos adversos: Diarreia, náuseas vômitos e Rash cutâneo como reação de hipersensibilidade). IBP: Omeprazol 40 mg 1x ao dia pela manha (Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, dor abdominal). Obs. Alérgicos a penicilina troca a amoxicilina por furazolidona 200mg 12/12hs. Obs. Retratamento trocar claritromicina por levofloxacino 500mg 1xd. Não esquecer de informar o Controle do tratamento 2 meses após. TEMA: DOENÇA DE CROHN DEFINIÇÃO: • A Doença de Crohn é estudada dentro das Doenças Inflamatórias Intestinais. • Ela possui um acometimento muito importante do intestino. • Ela teve relatos e descrições que a caracterizavam desde aproximadamente 1913 e posteriormente teve conceito e caracterização definidos. • É uma doença crônica e inflamatória que pode acometer de maneira transmural, ou seja, acomete, às vezes, todas as camadas da mucosa e qualquer parte do tubo digestivo, de causa não totalmente elucidada, e que pode levar a inúmeras complicações gastrointestinais e extraintestinais. FATORES DE RISCO • A Doença de Crohn tem uma distribuição bimodal, sendo mais comum de acontecer em jovens adultos, entre 20 e 30 anos, e outro pico de incidência, este um pouco menor, é a partir dos 60 anos. • Há uma discreta preferência pelo sexo feminino, ao contrário da Retocolite, em que 60% das ocorrências acometem o sexo masculino. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) • A Doença de Crohn apresenta-se, grande parte das vezes, com dor abdominal. Como o principal local de acometimento da doença de Crohn é o íleo terminal. • Ele é uma parte absortiva muito importante, e esse acometimento pode se apresentar, principalmente na disabsorção e perda ponderal associada que pode acabar com o desenvolvimento de desnutrição. • O quadro de diarreia nem sempre é de diarreia invasiva como na Retocolite e não necessariamente o paciente vai apresentar o quadro diarreico como a principal característica. • A hematoquezia está presente em apenas 20 a 30% dos casos. Assim, a ausência de queixas predominantemente diarreicas invasivas, não exclui a Doença de Crohn. • O paciente pode evoluir com sintomas obstrutivos, visto que pode haver um acometimento transmural da mucosa, uma inflamação importante, estenose e assim os sintomas obstrutivos, com dilatação a montante. • O paciente que evolui com doenças perianais/fístulas é muito sugestivo de Doença de Crohn. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) • Ao avaliar um paciente com quadro clínico sugestivo de doença inflamatória, solicita-se marcadores inflamatórios, sendo que PCR e VHS vão estar elevados. • Pode haver também anemia, tanto por doença crônica quanto por quadro disabsortivo que também leva a hipoalbuminemia. • A calprotectina fecal é uma proteína presente no citoplasma dos neutrófilos intestinais. Quando há inflamação intestinal, a migração desses neutrófilos com a degranulação deles no intestino permite a mensuração dessa proteína nas fezes. • Essa proteína é muito utilizada principalmente para o seguimento da Doença de Crohn, pois ela consegue prever se o intestino está inflamando quando o valor está aumentando. Também está aumentada ao momento do diagnóstico. • Na colonoscopia, o padrão visualizado no exame são lesões descontínuas com padrão salteado, diferente da Retocolite, cujas lesões são ascendentes e contínuas. São encontradas ulcerações, enemas salteadas, entremeadas por mucosa normal. No entanto, em quadros mais graves, com atividade mais importante, há áreas com muitas alterações. • Pode haver úlceras aftoides, serpiginosas ou longitudinais, dependendo da gravidade do paciente. Há, ainda, um padrão em "pedra de calçada • Para completar o diagnóstico é realizada a biópsia, após a visualização de alterações, principalmente do íleo terminal, durante a colonoscopia. É realizada biópsia de íleo terminal e o padrão mais típico da Doença de Crohn é a formação de granuloma. É encontrada também a inflamação transmural, agregados linfoides, glândulas de formatos irregulares, ramificadas e encurtadas. • O prognóstico é variável e depende da gravidade da doença. Pacientes com doença grave, com fístulas e estenoses, possuem prognóstico ruim com chances de complicação. Por fim, a doença pode levar a inúmeros prejuízos na qualidade de vida, cirurgias e complicações. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) • Corticoterapia: O corticoide IV é uma opção para pacientes com Doença de Crohn mais grave, com atividade mais franca, que geralmente está internado. Os pacientes com doença leve a moderada podem receber corticoide VO, geralmente não se usa a Prednisona, mas sim a Budesonida, que é um corticoide não absorvível e com efeito tópico na mucosa intestinal. • Imunossupressores: Os mais utilizados são: Azatioprina, 6-mercaptopurina, Ciclosporina e Metotrexato. Todos vão imunossuprimir o paciente e ajudar a controlar a atividade inflamatória que o paciente apresenta. • Terapia biológica: Os imunobiológicos mais utilizados no Brasil são: Anti-TNF (infliximabe e adalimumabe) e Anti- integrina (vedolizumabe). São drogas imunossupressoras mais potentes, sendo a última linha de ação clínica com relação a Doença de Crohn, que necessita de cautela na prescrição tendo em vista o estado imunológico do paciente. Por isso, é importante lembrar de solicitar o perfil sorológico, conferir vacinação e solicitar PPD em áreas endêmicas para Tuberculose. A cirurgia é uma opção na Doença de Crohn, mas deve ser evitada, se possível. No local da operação, há risco de formar uma nova fístula, estenose e deiscência de anastomose. Além disso, os pacientes sendo desnutridos e com hipoalbuminemia podem complicar a cicatrização das mucosas. TEMA: RETOCOLITE ULCERATIVA DEFINIÇÃO: • A retocolite ulcerativa inflamatória é uma doença idiopáticacaracterizada por episódios recorrentes de inflamação que acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. • A doença afeta o reto e também variáveis porções proximais do cólon, em geral de forma contínua, ou seja, sem áreas de mucosa normais entre as porções afetadas. • Ao contrário da doença de crohn, onde o acometimento é transmural, na retocolite ulcerativa é limitada à mucosa. FATORES DE RISCO • A doença pode iniciar em qualquer idade, sendo homens e mulheres igualmente afetados. • O pico de incidência parece ocorrer dos 20 aos 40 anos e muitos estudos mostram um segundo pico de incidência nos idosos; • É associada a vários fatores, tendo por base um componente hereditário e imunológico importantes. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) • Diarreia com sangue de intensidade e duração variadas se alterna com intervalos assintomáticos. • Em geral, uma crise começa discretamente, com urgência evacuatória crescente, discretas cólicas em hipogástrio e flanco direito com sangue e muco nas fezes. • Os sinais e sintomas sistêmicos, mais comuns na retocolite ulcerativa grave, incluem mal-estar geral, febre, anemia, anorexia e perda de peso; • Apresenta em seu quadro clínico uma série de sintomas extradigestivos como artrite de quadril e joelhos que podem preceder o aparecimento dos sintomas digestivos • Acomete somente o reto e o colon, com padrões de acometimento continuo; DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) • O diagnóstico é baseado no quadro clínico, endoscópico e histológico. Devem ser inicialmente excluídas infecções e parasitoses, mas lembrar que um paciente pode ter RCUI mais uma infecção e/ou parasitose. • O diagnóstico é sugerido por sinais e sintomas típicos, em particular quando acompanhados de manifestações extraintestinais ou história de crises anteriores similares. A colite ulcerativa deve ser diferenciada da doença de Crohn; • Assim como na doença de Crohn, o PCR estará elevado, bem como a calprotectina fecal; • COLONOSCOPIA: Demostra acometimento contínuo sem área de mucosa normal. Dependendo do comprometimento da mucosa, os achados endoscópicos podem ser normais (embora a biópsia possa demonstrar já algum grau de lesão histológicas), ou detectar aspectos como edema, friabilidade, granulações e ulcerações superficiais ou profundas com secreção muco purulenta. Nas fases mais avançadas, podem ser visíveis redução da mobilidade cólica, estreitamentos luminais e também pseudopólipos. Na fase quiescente, o aspecto de mucosa é seco, irregular, com granulações puntiformes • A RCUI por ser doença recorrente apresenta um prognóstico imprevisível para cada caso individualmente. De um modo geral, é de um prognóstico preocupante, exigindo vigilância constante nos casos mais benignos e controle medicamentoso nos de evolução mais grave, tornando-se algumas vezes incapacitante. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) • Na RCU e DC ativas, de intensidade moderada a grave, a prednisona oral (0,75-1mg/kg/dia, em geral, sem necessidade de ultrapassar 60mg/dia) está indicada para induzir a remissão clínica da doença, mas deve ser evitada por longos períodos (> 2-3 meses), ainda que em doses baixas; • Em casos graves, internados, pode ser administrada hidrocortisona, 100 mg IV, a cada 6 ou 8 horas, e, em seguida, substituída por prednisona oral (em doses equivalentes sem necessidade de ultrapassar 60 mg/dia), tão logo o estado do paciente permita • Os imunossupressores são eficazes na manutenção da remissão na DC e RCU e auxiliam na retirada do corticoide em pacientes corticoide-dependentes (A dose de AZA e 6-MP é de 2-3 mg/kg/dia e 1-1,5 mg/kg/dia, respectivamente.) • Ciclosporina age reduzindo a produção de interleucina-2 (IL-2) pelas células T auxiliadoras (“T-helper”). Mostrou-se eficaz no tratamento de resgate na RCU grave, não responsiva após 5-10 dias de corticoterapia intravenosa. A dose atual recomendada é de 2 mg/kg/dia, IV, infusão contínua, por 1 a 2 semanas, seguida da administração oral de outra droga de manutenção; • A dose recomendada de infliximabe é de 5 mg/kg nos tempos 0, 2 e 6 semanas, por via intravenosa, seguida de manutenção a cada 8 semanas • - Mesalazina: 2,4 a 4,8g/dia – na fase ativa 1,5 a 3,2g/dia – manutenção • Sulfassalazina: 3 a 6g/dia – na fase ativa. 2 a 4g/dia – manutenção. • O tratamento cirúrgico pode ser empregado e apresenta bons resultados; TEMA: SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL DEFINIÇÃO: • A Síndrome do intestino irritável (SII) é caracterizada por desconforto ou dor abdominal recorrente que é acompanhada por pelo menos 2 dos seguintes: alívio com a defecação, mudança na frequência de evacuação ou alteração na consistência das fezes. • A causa é desconhecida, e a fisiopatologia não é completamente compreendida. • O diagnóstico é clínico. • O tratamento é sintomático, consistindo em manejo dietético e tratamento farmacológico, incluindo anticolinérgicos e agentes que atuam nos receptores de serotonina. FATORES DE RISCO • Pacientes submetidos a níveis maiores de estresse; • Alguns pacientes têm distúrbios de ansiedade, depressão ou um transtorno de somatização. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) • Obstipação intestinal ou diarreia (ou alternância entre os quadros) • Dor ou desconforto abdominal, geralmente cólicas, geralmente ocorre alívio com defecação. • Os pacientes também podem ter sintomas anormais de passagem das fezes (esforço, urgência ou sensação de evacuação incompleta), passagem de muco ou queixar-se de inchaço ou distensão abdominal. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) HISTÓRIA: Os critérios de Roma são critérios padronizados com base em sintomas para o diagnóst ico de SII. Os critérios de Roma requerem a presença de dor ou desconforto abdominal durante pelo menos 3 dias/mês nos últimos 3 meses, juntamente com ≥ 2 dos seguintes: • Melhora com a defecação • Início (de cada episódio de desconforto) associado com uma alteração na frequência de defecação • Mudança na consistência das fezes TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) • Apoio e compreensão • Dieta normal, evitando alimentos produtores de gases e diarreia • Aumento da ingestão de fibras para constipação • O tratamento farmacológico é direcionado aos sintomas principais. TEMA: CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES DEFINIÇÃO: É um processo patológico irreversível do parênquima hepático. É o estágio terminal de todas as doenças hepatocelulares. Após a morte celular e a deposição de tecido fibroso no parênquima hepático, há perda de sua arquitetura lobular e vascular normal e formação de nódulos de regeneração. Geralmente, há diminuição do tamanho e aumento da consistência do fígado. Todas as funções do órgão são dimunuídas, e, assim, advêm complicações como perda de massa proteica, desnutrição, ginecomastia, ascite, hipertensão portal, tendência a hemorragia, encefalopatia hepática, síndrome hepatorrenal, icterícia etc.. FATORES DE RISCO: - Homens acima de 55 anos - Histórico familiar (deficiência de alfa-1-antitripsina, Doença de Wilson, hemocromatose, fibrose cística, talassemia) - Etilismo - Episódios pregressos de hepatite - Hiperlipidemia, diabetes, obesidade - Doenças autoimunes (Hepatite autoimune, cirrose biliar primária) - Uso crônico de medicamentos (hepatite induzida por drogas) SINTOMATOLOGIA: 1) Sinais do complexo “Hiperestrogenismo-Hipoandrogenismo”: - Eritema palmar, telangiectasias (aranhas vasculares), Ginecomastia, Atrofia testicular, Perda da libido, lisfunção erétil, Rarefação de pelos 2) Sinais de Hipertensão Portal: - Ascite, Varizes de esôfago e fundo gástrico – sangramento digestivo, Esplenomegaliacongestiva – hiperesplenismo – pancitopenia; Circulação portal visível (“cabeça de medusa”); Síndrome da Hipertensão Portopulmonar. 3) Sinais de Insuficiência Hepatocelular Descompensada (estágio muito avançado): - Icterícia; Encefalopatoa hepática; Coagulopatia; Hipoalbuminemia – anasarca; Desnutrição; Imunodepressão; Síndrome hepatorrenal e hepatopulmonar. Alguns dados importantes: GLA: albumina sérica – albumina do líquido ascético GLA> 1,1 g/dL = Hipertensão Portal. GLA< 1,1 g/dL = ausência de Hipertensão Portal. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO: - Anamnese e exame físico; - Exames laboratoriais: AST (TGO), ALT (TGP) – podem estar normais. Fosfatase Alcalina, Gama-GT, Bilirrubinas, Albumina, TP, TAP, gamaglobulina, Sódio sérico, Hemograma (pancitopenia) - Exames de imagem: USG, TC, RM. - Biópsia hepática: padrão ouro (evitar realizar quando exames de imagem e laboratoriais somados à clínica sejam sugestivos de cirrose avançada, porque a biópsia torna-se desnecessária ou até prejudicial). Classificação de Child-Turcotte modificada por Pugh PARÂMETRO PONTOS 1 2 3 Ascite Ausente Facilmente controlável Mal controlada Bilirrubina (mg/dL) < 2 2 a 3 > 3 Albumina (g/dL) > 3,5 3,5 a 3 < 3 T. de Protrombina - seg prolongados 0-4 4 a 6 > 6 - INR < 1,7 1,7 a 2,3 > 2,3 Encefalopatia Ausente Graus I a II (mínima) Graus III a IV (avançada) PONTUAÇÃO GRAVIDADE Sobrevida em 1 e 2 anos 5 a 6 Grau A Cirrose compensada 100% a 85% 7 a 9 Grau B Dano funcional significativo 80% a 60% 10 a 15 Grau C Cirrose descompensada 45% a 35% TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: O tratamento depende da sintomatologia e da presença de complicações. Sendo assim, o tratamento da cirrose hepática pode ser didaticamente dividido em cinco pontos: - Terapia antifibrótica - Terapia nutricional - Tratamento específico da causa - Tratamento das complicações da cirrose - Transplante hepático Colchicina, propiltiouracil, interferon, lecitina poli-insaturada e o S-adenosil- metionina podem ser usados no sentido de retardar a fibrose ou mesmo revertê-la. - Se tiver ascite: Dieta hipossódica, uso de diuréticos nos pacientes com função renal comprometida (100 mg de espironolactona pela manhã), podendo combinar um diurético de alça, como 40 mg de furosemida. Paracentese de alívio indicada em casos refratários ao uso de diuréticos. Descompressão portal com TIPS: alternativa em casos que não respondem ao tratamento clínico. - Síndrome hepatorrenal: o tratamento mais efetivo é o transplante de fígado. É importante salientar as medidas comportamentais. Abandonar o etilismo e dieta são essenciais e tem grande valia. TEMA: HIPERTENSÃO PORTAL DEFINIÇÃO: Representa a complicação de várias doenças. Afecções que podem cursar com hipertensão portal: cirrose, forma hepática ou esplênica da esquistossomose, neoplasias do fígado, das vias biliares ou do pâncreas; fenômenos tromboembólicos de veia porta e moléstias supra-hepáticas (insuficiência cardíaca direita e oclusão da veia cava inferior). Pressão vascular é resultado da interação entre o fluxo sanguíneo e a resistência do vaso. Pressão portal pode aumentar por: aumento do fluxo sanguíneo; aumento da resistência vascular; ou ambos. FATORES DE RISCO: Uso abusivo de álcool Contato prévio com vírus da hepatite ou residência em área endêmica; Transmissão de sangue; Uso de drogas injetáveis; “Preferência” sexual; Uso de drogas hepatotóxicas; Importante lembrar: hipertensão portal é mais frequentemente causada por cirrose hepática (em países desenvolvidos) e pela esquistossomose (em áreas endêmicas); SINTOMATOLOGIA: Usualmente assintomática (sinais e sintomas decorrentes de complicações); Principais consequências: varizes gastroesofágicas, ascite e hiperesplenismo. Pacientes podem apresentar: sangramento gastrointestinal, ascite associada a edema periférico ou a esplenomegalia associada a plaquetopenia e leucopenia. Outros sintomas: encefalopatia hepática, baqueteamento digital; taquicardia de repouso, ictus impulsivo e redução nos níveis de PA; taquipneia, dispneia de esforço. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO: Critérios clínicos Realizar anamnese completa; Perguntar sobre antecedentes pessoais e hábitos de vida (uso de álcool, sorologia para vírus B e C da hepatite; moradia, transfusões sanguíneas, entre outros); Exame físico com identificação de desvio de sangue pela veia umbilical recanalizada, em direção às veias epigástricas (“cabeça de medusa” na região umbilical); Exames de imagem Endoscopia digestiva alta: presença de varizes gastroesofágicas, possível sangramento no mesmo local; Ultrassonografia: presença de esplenomegalia, ascite, circulação colateral portossistêmica (achado mais importante); Ressonância magnética: permite visualização do sistema porta, inclusive, processos trombóticos, direção de fluxo sanguíneo (exame seguro e confiável); Métodos invasivos Arteriografia de tronco celíaco Portografia transparieto-hepática Supra-hepatografia Prognóstico: relacionado ao grau de reserva do paciente; medicamentos e procedimentos endoscópicos diminuem risco de sangramento, todavia, a longo prazo, não interferem na mortalidade. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: Uso de medicamentos com o objetivo de manter o gradiente de pressão da veia hepática abaixo de 12 mmHg: beta-bloqueadores não seletivos (propranolol 20 a 40 mg/dia, duas tomadas; nalodol: 40 mg em dose única;); Pacientes que não respondem ao tratamento: TIPS ou shunt portocava cirúrgico; Tratamento de doença base; PANCREATITE AGUDA Processo inflamatório agudo de etiologia variada, cuja principal causa é a colelitíase. Fatores de Risco: Alcoolismo, litíase biliar, cirurgia abdominal, certos medicamentos e tabagismo. Sintomatologia - Dor abdominal de intensidade variável (epigástrio + hipocôndrio direito) com irradiação para o dorso. - Dor continua que pode durar horas a dias e pode ser precipitada por ingestão de álcool ou alimentos. - A melhora pode ser obtida por decúbito lateral e a flexão das coxas sobre o abdome, além de aspiração gástrica e jejum. - Náuseas e vômitos podem acompanhar. - Observa-se também parada de eliminação de gases com distensão abdominal – instalação do íleo paralitico. - Na forma branda, que inclui grande maioria dos casos, as manifestações cursam com mínima repercussão sistêmica que melhora com reposição de líquidos e eletrólitos. - Exame físico: taquicardia, sudorese, desidratação e palidez cutaneomucosa. Hipersensibilidade e dor localizada a palpação profunda. Em casos graves, pode se observar icterícia e cianose. - Pode haver sinais de SIRS e sinais de disfunção orgânica e levar a instalação de quadro de choque. - Hiperglicemia leve e transitória é frequente. - Hipocalcemia pode ser notada no segundo ou terceiro dia de instalação. - Sinais de hemorragia retroperitoneal: Sinal de Cullen e Sinal de Grey-Turner. Diagnóstico 1. Dor 2. Amilase/lipase > 3x o limite superior 3. Exame de imagem Conduta - Investigar se há etilismo, litíase biliar e medicações - Solicitar exames A) LABORATORIAIS 1. Hemograma 2. Amilasemia 3. Lipasemia – após terceiro dia da doença 4. Calcemia 5. Glicemia 6. Enzimas hepáticas (AST/ALT, FA) B) RX simples do abdome (alça sentinela ou/e sinal do colón amputado) C) RX do tórax – avaliar a possibilidade de derrame pleural D) USG- fazer de início clínico e para investigação da litíase – pode demonstrar áreas de hipoecogenicidade (necrose ou hemorragia ou apenas aumento da glândula), cistos, abscessos e alterações das vias biliares. E) TC – dúvida e estadiamento– não é necessário na forma branda, mas está indicada para análise das complicações da PA grave F) Colangiopancreatografia retrograda endoscópica (CPRE) – benéfico na PA biliar com colestase e colangite - deve ser feita nas primeiras 24 horas quando em urgência na colangite. G) Colangiorressonância – suspeita de coledocolitíase sem icterícia e/ou colangite. Tratamento e recomendações 1. Analgesia 2. Monitorização das funções orgânicas 3. Reposição de fluidos – em casos de vômitos, febre, sudorese... 4. Jejum 5. Cirurgia é indicada para resolver condições associadas – necrose infectada, abscessos, fistulas, urgência na colecistite (toda pancreatite aguda biliar é indicada a colecistectomia na mesma internação) e pseudocistos. 6. Promoção de saúde: Álcool, tabagismo e medicações. PANCREATITE CRÔNICA Lesões progressivas ao parênquima pancreático Fatores de risco • Uso abusivo de bebida alcoólica • Idoso do sexo masculino • Desnutrição proteico-calorica • Fator hereditário • Câncer associado Sintomatologia • Emagrecimento • Desnutrição • Esteatorreia • Dor • Diabetes Mellitus • Avitaminose – KADE • Icterícia • Dependência de opioides para controle da dor • Dor a palpação epigástrica Diagnóstico • Calcificações à nível de L1 no RX/TC de abdome • USG/TC pode demonstrar pâncreas alterado • CPRE também pode ser indicado • Elastase fecal negativo Tratamento • Cessar uso de álcool • Analgésicos (atentar para a dependência com opioides) • Redução do volume alimentar (bem como quantidade de gordura) • Pancreatina: extrato pancreático suíno para reposição de enzimas • Tratar diabetes Cirurgia • Em casos complicados (pseudocistos, ascite pancreática...) • Quando há câncer associado (pancreatotectomia e pancreatojejunostomia) • Litotripsia de cálculos pancreáticos TEMA: Doença celíaca DEFINIÇÃO Representativa da Síndrome de má absorção, a doença celíaca é uma afecção difusa e crônica da mucosa do intestino delgado proximal, constituindo o exemplo mais representativo de comprometimento global do epitélio de absorção, pois provoca má absorção de todos os nutrientes. FATORES DE RISCO A doença se desenvolve devido a fatores genéticos que predisponham a uma reação inflamatória da mucosa intestinal ao glúten presente em vários cereais, principalmente no trigo e seus derivados. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Nas manifestações intestinais os sintomas que classicamente sugerem o diagnóstico de doença celíaca são distensão abdominal, diarreia crônica e perda de peso. Em crianças com idade inferior a 2 anos, geralmente, é possível uma forma mais agressiva da doença e podem ocorrer diarreia crônica, atraso de crescimento, distensão abdominal e vômitos. Com relação a malabsorção, temos sinais e sintomas frequentes: as deficiências nutricionais subclínicas e a densidade mineral óssea pode estar alterada, mesmo na infância. Poderá estabelecer-se um grande espectro de malabsorção, incluindo anemia devido à deficiência de ferro e/ou de ácido fólico e, menos frequentemente, de cobalamina. Os níveis de cálcio sérico e das vitaminas lipossolúveis D e, menos frequentemente, K podem ser baixos. As alterações neurológicas são frequentes na doença celíaca do adulto e incluem a presença de neuropatia periférica, perdas de memória e ataxia. Podem ocorrer alterações no sistema reprodutor; na mulher encontram-se perturbações específicas, tais como menarca tardia, amenorreia, menopausa precoce e, eventualmente, infertilidade; no homem, a impotência sexual, diminuição da atividade sexual e alterações morfológicas e funcionais dos espermatozoides são também frequentes. -O senhor(a) vem apresentando diarreias? -O senhor(a) vem apresentando tremores paralisias e dores musculares (tetania)? -O senhor(a) sabe me dizer se houve algum problema no seu desenvolvimento quando jovem? DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) O diagnóstico definitivo repousa na positividade de testes sorológicos, particularmente a determinação do anticorpo antitransglutaminase tecidual, no achado das alterações morfológicas do epitélio intestinal através da biópsia e na constatação da melhora rápida que se segue à retirada completa do glúten da dieta. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: O tratamento da doença celíaca baseia-se nos seguintes pontos: iniciar uma dieta sem glúten, monitorizar o progresso clínico, assegurar apoio regular com dietista, fornecer suplementos de nutrientes, se necessário ferro, ácido fólico, cálcio, monitorizar adesão à dieta com testes seriados com anticorpos e repetir biópsia intestinal se a evolução clínica não for adequada. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Doença Hemorroidária Fístulas, fissuras e abcessos anais Doença Diverticular do Colón Obstrução Intestinal Megacolón ChagásicoTEMA: HEMORRÓIDAS DEFINIÇÃO A doença hemorroidária surge quando há congestão, dilatação e aumento dos corpos cavernosos do canal anal formando grandes emaranhados vasculares, submucosos e/ou subcutâneos, flexíveis, que se enchem de sangue, constituindo os mamilos hemorroidários. FATORES DE RISCO • Veia varicosa • Fator degenerativo • Excessivo esforço defecatório pela dieta pobre em resíduos (fibras) e pouca ingestão de líquidos • Presença de hiperplasia vascular • Presença das comunicações arteriovenosas, muito calibrosas, na submucosa do canal anal. • constipação intestinal •abuso de laxativos (em especial, os catárticos) •diarreia crônica •gravidez (pelo aumento da pressão intraabdominal) •posição bípede do ser humano. •hereditariedade (fragilidade dos vasos) •idade • uso frequente de lavagens •obesidade • cirrose hepática •trombose da veia porta. SINTOMATOLOGIA: •Assintomática • Sintomática: • Sangramento – mais frequente, e, às vezes, o primeiro a manifestar-se. O sangue pode ser observado somente no papel higiênico durante a higiene anal e/ou gotejando ou ocorrendo em jato no vaso sanitário durante e/ou imediatamente após a evacuação. Esporádico, vermelho-vivo, pouco volumoso e relacionado com a evacuação. • Prolapso – durante o ato evacuatório ou durante as atividades físicas. • Exsudação perianal – corresponde à umidade da pele perianal causada pela presença de muco nessa região, decorrente, sobretudo, da irritação da mucosa dos mamilos hemorroidários internos prolabados. Acompanha-se, em geral, pela dermatite e pelo prurido anal. • Desconforto anal – sem dor anal, porque a simples presença de doença hemorroidária não dói. O que dói são as complicações. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO Anamnese + exame físico + anuscópio + retossigmoidoscopia flexível Avaliação dos hábitos evacuatórios e alimentares dos pacientes, do uso de laxativos, da existência de doenças anteriores ou de cirurgias no trato digestivo. Deve-se questionar, também, a existência de doenças gastrintestinais nos familiares. Classificação: -Mamilo hemorroidário interno – Em todos os graus há sangramento • 1° GRAU. Mamilo hemorroidário interno que não prolaba pelo canal anal quando da evacuação ou aos esforços; • 2° GRAU. Quando ele prolaba através do canal anal durante o esforço evacuatório, exteriorizando-se pelo ânus, porém retraindo-se, espontaneamente, cessado esse esforço; • 3° GRAU. Mamilo que prolaba à evacuação e/ou aos esforços e não retoma espontaneamente, necessitando ser recolocado digitalmente para o interior do canal anal; • 4° GRAU. Mamilo interno permanentemente prolabado pelo canal anal (lado externo), sem possibilidade de ser recolocado para o interior do canal anal. -Mamilo hemorroidário externo – Caracteriza-se por dilatações dos vasos subcutâneos do anoderma, formando um abaulamento de consistência mole, indolor e, às vezes, de coloração vinhosa. -Mamilo hemorroidário misto - existência, concomitante, de mamilos internos e externos TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: • Depende dos sintomas e de seu tipo e gravidade • Assintomática – não necessita de tratamento específico, somente de cuidados higiênico- dietéticos • Sintomas discretos e esporádicos (grau 1 e início do 2) – tratamento clínico - Manejo higiêno-dietético: evacuar sempre que sentir desejo, provocar amolecimento das fezes e diminuição do tempo de trânsito intestinal, proibição do uso de laxativos, em especial dos catárticos, dieta rica em fibras (essa medida deve ser adotada até mesmo naqueles pacientes que precisam de intervenção mais agressiva), indicar a ingestão abundante de líquidos e evitar AINE e evitar uso de bebidas alcoólicas, pimentas e condimentos pela ação irritante sobre a mucosa do canal anal. - Cuidados locais: deve-se proibir a utilização de papel higiênico para limpeza anal, substituindo-o por banhos de assento com água morna. - Medicação tópica: para aliviar o desconforto local, fazendo-se uso de pomadas e/ou supositórios à base de anestésicos e anti-inflamatórios. - Drogas vasoativas: indicada para complementar o tratamento clínico. - Tratamento ambulatorial de hemorroidas internas: Uma opção de abordagem: • 1° grau: crioterapia ou fotocoagulação; • 2° grau: fotocoagulação ou ligadura elástica; • 3° grau: ligadura elástica; • 4° grau: hemorroidectomia (grampeamento) OBS.: Quando a manipulação da dieta não funciona, o tratamento mais agressivo pode ser necessário; essas medidas podem ser aplicadas a graus 1, 2 e 3 de hemorroidas internas. A menos que o paciente tenha o quarto grau de hemorroidas internas, normalmente se tenta. •Tratamento cirúrgico – é o tratamento curativo. Pacientes que apresentam mamilos hemorroidários externos ou mistos – hemorroidectomia. Uso de antibioticoprofilaxia. Deve-se tomar cuidado com o esfíncter anal interno, pois sua lesão poderá acarretar graus variáveis de incontinência fecal. o Hemorroidectomia aberta – mantem-se a área de dissecção aberta para a sua cicatrização por segunda intenção o Hemorroidectomia fechada – fechamento das feridas operatórias com sutura contínua TEMA: FISSURA ANAL DEFINIÇÃO: Uma fissura anal é uma lesão ulcerada linear situada no anoderma do canal anal. Raramente ultrapassa a linha pectínea e a anocutânea. Sua localização predominante é na região posterior do canal anal, correspondendo a 85,5%. A fissura anterior ocorre em cerca de 10,5% dos enfermos e a simultaneidade de ambas, anterior e posterior, em 4% deles, sendo sua localização lateral rara. "Tríade fissurária" → fissura anal + plicoma sentinela na borda da pele + papila anal hipertrófica na linha pectínea Obs.: Qualquer fissura que não esteja localizada na posição anterior ou posterior ou que não cicatriza e múltiplas fissuras deve alertar o médico para a possibilidade de outros diagnósticos, tais como doença de Crohn, tuberculose, sífilis, câncer de células escamosas, úlcera leucêmica ou uma úlcera relacionada ao HIV, que pode ser de origem virai ou neoplásica. FATORES DE RISCO: • Fator traumático: esforço evacuatório, constipação intestinal crônica, passagem de fezes endurecidas ou diarreicas, uso de papel para higiene local • Fator anatômico: "espaço de Brick" – quando o ânus se abre para a passagem das fezes, é nesse ponto onde há a menor distensibilidade, tornando-o mais vulnerável ao trauma • Fator vascular: a comissura posterior é menos vascularizada, quando comparada às outras regiões do ânus • Hipertonia esfincteriana SINTOMATOLOGIA: A fissura anal, em geral, é única → Dor anal - principal sintoma. É intensa, penetrante e aguda, do tipo latejante ou em queimação, apresenta intensidade máxima durante ou imediatamente após a evacuação ou a distensão do canal anal. Produz a sensação de estar rasgando ou cortando o ânus de forma aguda durante a passagem das fezes. Muitas vezes, essa dor se estende de forma espasmódica até a região genital, às costas ou aos membros inferiores, podendo manter-se por horas depois da evacuação. → Obstipação intestinal → Sangramento – vermelho vivo, sempre relacionado com a evacuação → Irritação perianal devido a secreção de muco associada ou não ao prurido local → Infecção local – ver complicação abaixo. É classificada de acordo com a duração de seu quadro clínico, em aguda ou crônica: Fissura anal aguda: Caracteriza-se por uma lesão em forma de fenda, estreita e superficial, sem elevação das bordas e com curto período de sintomas, variando de dias a 2 ou 3 meses. Fissura anal crônica: A lesão torna-se mais profunda, com bordos bem definidos e salientes, caracterizando sua fase crônica, em geral com mais de 6 meses de duração. DIAGNÓSTICO: Anamnese + Exame proctológico. Ao exame proctológico: Inspeção anal mostra a fissura. Afastamento das nádegas pode já ser doloroso. O exame digital do ânus é muito doloroso e o toque retal, com frequência, só é possível apósanalgesia local. Ao realizá-lo, deve-se observar a presença ou não de papila hipertrófica e verificar a intensidade do espasmo esfincteriano. Complicações: Lesão fissurária vai se aprofundando no anoderma, até alcançar o músculo esfíncter anal interno. Isso agrava a dor local, acarretando o espasmo esfincteriano reflexo contínuo e responsável pela dificuldade evacuatória subsequente. A infecção da lesão pode ocorrer em qualquer momento e estender-se para os tecidos adjacentes, formando um abscesso interesfincteriano ou perianal. Quando esse abscesso drena espontaneamente, produz uma fístula baixa. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: Na presença de fissura anal aguda, quando a hipertonia do músculo esfíncter anal interno não é muito intensa → Tratamento clínico • Dieta rica em fibras, boa ingesta de líquidos, atividade física • Proíbe-se o uso de papel higiênico na limpeza local, condimentos, bebidas alcoólicas e a utilização de laxativos catárticos • Banhos de assento em água morna • Pomadas cicatrizantes – Vitamina A • Pode-se associar o uso de cremes anestésicos • Analgésico simples/ AINE Tratamento farmacológico: “esfincterotomia química” • Óxido nítrico - Utiliza-se a pomada tópica de glicerila trinitrato (GTN) a 0,2%, 2 vezes/dia, durante o mínimo de 4 semanas, ou a solução cremosa do dinitrato de isossorbida a 1 ou 2%, 3 vezes/dia, também durante 4 semanas. Complicações: cefaleia, hipotensão ortostática • Bloqueadores do canal de cálcio – nifedipino tópico, uso oral não é eficiente, ou creme de diftiazem • Toxina botulínica Tratamento cirúrgico: Quando há falha do tratamento farmacológico ou fissura crônica. Deve ser feita avaliação pré-operatória. • O tratamento padrão para as fissuras anais crônicas, cujo componente fisiopatológico principal é a hipertonia intensa do músculo esfíncter anal interno, é a esfincterotomia interna lateral. Melhor resposta quando há hipertonia. • Avanço de retalho de anoderma – indicada em pacientes com pressão de repouso normal ou diminuída. Pós-operatório: igual tratamento clínico TEMA: ABCESSO ANORRETAL DEFINIÇÃO: Os abscessos são processos infecciosos agudos, supurativos, caracterizados por coleções purulentas na região anorretal. Sua etiologia principal é a criptoglandular, pela infecção de uma cripta anal e consequente contaminação glandular. FATORES DE RISCO: - Qualquer lesão anal que predispõe à infecção, como fissura, trauma. SINTOMATOLOGIA: • Dor - é o sintoma mais importante e característico, sendo, em geral, contínua e latejante, de intensidade variável de acordo com o volume da coleção purulenta, piorando à deambulação, ao sentar-se e até mesmo à evacuação, • Edema, • Eritema, • Sensibilidade acentuada, • Nos superficiais – dor, calor e hiperemia, • Febre, • Calafrios, • Tenesmos retal e urinário • Tumoração perianal DIAGNÓSTICO: Inspeção + Palpação + toque retal Exames: - Retossigmoidoscopia deve sempre ser realizada para avaliação de doenças concomitantes - - Ressonância magnética pélvica – pacientes com diagnóstico difícil ou duvidoso. É exame padrão ouro para demonstrar a presença de abscessos e/ou trajetos fistulosos TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: Tratamento é cirúrgico – drenagem o Drenagem simples A ferida cirúrgica na pele deverá permanecer aberta até a total limpeza pós-operatória da cavidade do abscesso. o Drenagem e fistulotomia – faz-se drenagem do abscesso e a pesquisa da cripta infectada ou do seu orifício interno para evitar fístula Pós-operatório: antibiótico profilático, analgésicos e anti-inflamatórios orais, dieta rica em fibras, banhos de assento com permanganato de potássio após evacuações nos primeiros 7 dias pós- operatórios, cuidados locais (curativos diários, inicialmente até 5 vezes/dia, com limpeza exaustiva da ferida operatória de drenagem, mediante sua lavagem com água corrente e sua proteção com gazes e pomadas analgésicas e anti-inflamatórias, até sua cicatrização total). TEMA: FÍSTULA ANAL DEFINIÇÃO: São caracterizadas por um ou mais trajetos que comunicam o canal anal e/ou o reto (mucoso) ao períneo (cutâneo). No canal anal, é onde se localiza o orifício interno do trajeto da fístula e, no períneo, o orifício externo. FATORES DE RISCO: - Drenagem de um abscesso SINTOMATOLOGIA: • Pela abertura externa pode-se ver sangue, pus (mais comum) e, às vezes, drenagem de fezes • Dor anorretal latejante, com a presença ou não de um abscesso anorretal prévio • Prurido perianal • Quando o pus se acumula se desenvolve dor • Dor ou a febre poderão estar presentes nos casos de fístulas com recidiva do processo infeccioso supurativo • Ao exame: presença de um ou mais orifícios externos, com bordas endurecidas, que, em geral, localizam-se próximo ao canal anal. DIAGNÓSTICO: Anamnese e Exame Físico Exames: Ressonância magnética da pelve – padrão ouro Se mais de 45 anos faz colonoscopia para rastreamento de câncer, se menos de 45 faz retossigmoidoscopia TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: • Para abordagem conservadora, podemos utilizar a cola de fibrina (selante) injetada no seu trajeto • Tratamento cirúrgico – preferência o Fistulotomia o Outros: avanço de retalho A identificação cuidadosa do trajeto fistuloso é fundamental, podendo ser realizada com estilete ou, mais raramente, com injeção, em seu orifício externo, de água oxigenada ou de corante como o azul de metileno. TEMA: DIVERTICULITE DEFINIÇÃO Inflamação ou infecção de um ou mais divertículos pode cursar com abscesso ou perfuração. O que pode favorecer maior risco de resíduos intestinais escaparem para a cavidade abdominal e provocarem peritonite. FATORES DE RISCO Paciente com mais de 60 anos, dieta rica em alimentos processados e carboidratos, com pouca quantidade de fibras, sedentarismo, obesidade , tabagismo e AINES. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Dor infraumbilical, que irradia para fossa ilíaca esquerda, a dor piora após a defecação e presença de febre. Nas fases iniciais é comum dor e ardor ao urinar e diarreia branda, raramente com sinais de sangue. Dor e sensibilidade são comuns em QIE, local onde os divertículos são mais numerosos. Exame físico: a palpação é comum notar mecanismos de defesa após descompressão brusca do abdome, indicando irritação peritoneal, é comum também a presença de massa em QIE, se a massa for próxima ao reto, é possível notar massa dolorosa via toque retal. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) TC de abdome e pelve com contraste IV. TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) Diverticulite não complicada ✔ Paciente com sintomas mínimos e poucos sinais de inflamação podem ser tratados em casa- dieta líquida sem resíduos e antibióticos orais Ciprofloxacina 500 mg VO 12/12h + Metronidazol 500 mg VO 6/6h 7-10 dias ✔ Paciente com sinais de inflamação: febre, leucocitose com desvio, dor a descompressão brusca em flanco e FIE devem ser internados- dieta zero, hidratação venosa e antibiótico parenteral Imipenem 500 mg EV 6/6 h ou Meropenem 1 g EV 8/8 h Após 4-6 semanas do fim do tratamento é indicado avaliar o intestino grosso para descartar neoplasia colorretal via colonoscopia. Diverticulite complicada- abscesso, obstrução, formação de fístulas e perfuração livre com peritonite generalizada ✔ Tratamento cirúrgico de URGÊNCIA : peritonite generalizada por ruptura de abscesso ou divertículo ou obstrução intestinal total refratária; Feita em 2 tempos: Sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do colo retal-Cirurgia de Hartmann ✔ Tratamento cirúrgico ELETIVO: os demais Ressecção do sigmóide com anastomose primária terminoterminal por sutura manual ou grampeador cirúrgico. TEMA: Obstrução intestinal DEFINIÇÃO Interrupção do conteúdo luminal do intestino de forma habitual. FATORES DE RISCO Cirurgiaabdominal ou pélvica anterior, hérnia de parede abdominal ou inguinal, doença inflamatória intestinal, história ou presença de neoplasia intestinal, radioterapia local prévia e ingestão de corpo estranho. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Dor abdominal em cólica, borborigmo audível, vômitos, devido a obstrução ileal alta ocorre episódios de vômitos com bile e muco, já a obstrução ileal baixa ocorre vômitos com fecaloides. Obstrução completa: constipação, parada de eliminação de gases; Obstrução parcial: diarreia paradoxal Obstrução por estrangulamento: taquicardia e taquipneia, alteração no nível de consciência, oligúria, febre e leucocitose. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) Anamnese + exame físico Avaliar presença de cicatrizes antigas, febre, durante a ausculta é possível notar peristalse exacerbada intercalados com silencio abdominal. Exames complementares Rx de abdome-tórax, abdome em pé e deitado TC de abdome Proctossigmoidoscopia- suspeita de obstrução colônica Colonoscopia é contraindicada pois pode ocasionar perfuração intestinal TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) Tratamento clínico Obstrução de delgado com presença de vômitos repetivos = sucção nasogástrica + hidratação venosa com soro fisiológico para aumentar a pressão venosa central, monitoramento da diurese Tratamento cirúrgico Laparotomia TEMA:Megacólon chagásico DEFINIÇÃO O agente etiológico da Doença de Chagas, triatomíneos após serem alojados favorecem a destruição em massa das células ganglionares levando a distúrbios da motilidade intestinal, mais exuberantes nos segmentos distais, principalmente no reto, cursando com incoordenação motora entre sigmoide e reto, que acarreta estase fecal e consequente hipertrofia das camadas musculares e dilatação colônica. FATORES DE RISCO História pregressa de moradia em local endêmico, consumo de bebidas como açaí e caldo de cana-de-açúcar contaminados com triatomíneos. SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) • Obstipação, de caráter insidioso e progressivo, que leva o paciente a ficar de dias a meses sem evacuações satisfatórias. • Meteorismo, distensão abdominal e gases com dificuldade de eliminá-los. • Dor abdominal cronica, tipo cólica, com intensidade variável, acompanhada de náuseas e vômitos. • Fecaloma, que leva o paciente ao PS Questionar sobre disfagia, alterações na fisiologia cardíaca, podem sugerir presença de outras forma chagásicas. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) História do paciente + exame físico Exame físico: distensão abdominal com timpanismo, podendo ser possível palpar fecaloma em flanco esquerdo. Toque retal: dilatação da ampola com grande quantidade de fezes e por vezes fecaloma de consistência pétrea. Exame de imagem: RX abdome Enema baritado Eletromanométrio do reto TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) • Paciente e fases inicias, de alto risco cirúrgico ou oligossintomático: dietas laxativas, restrição de alimentos obstipantes, uso de lactulose e polietilenoglicol, associado com clisteres evacuadores. • Pacientes com indicação cirúrgica: Único tempo: sigmoidectomia com anastomose colorretal via abdominal (alto índice de recidiva) Dois tempos: Técnica de Duhamel- Haddad 1º tempo: cólon é abaixado via abertura da parede posterior do reto logo acima da linha pectínea, depois é seccionado ao nível da reflexão peritoneal. 2º tempo: ressecção do cólon excedente (realizada 10-14 dias após 1º tempo) TEMA: CA COLORRETAL DEFINIÇÃO É resultado da acumulação de mutações no epitélio intestinal. 95% dos casos é de adenocarcinoma relacionados com os pólipos séssil ou pediculado. É um processo insidioso e lento (geralmente 10 anos). Displasia -> adenoma -> carcinoma Pode disseminar linfaticamente (linfonodomegalia perirretal), sanguínea (hepatomegalia ou derrame pleural), peritoneal (ascite) ou por continuidade (sintomas urinários). Tipos de lesões: Polipoides (Direito) lesão anular (Esquerdo) FATORES DE RISCO Mais comum em Idade superior a 60 anos, tende acometer mais homens que mulheres. Herança familiar (indivíduos abaixo de 50 anos) Síndromes hereditárias: 1. Polipose adenomatos familia (PAF) que pode apresentar como: Gardner (CA colorretal + doenças de tecido mole) ou Turcot (CA colorretal + CA SNC). 2. Síndrome de Lynch (CA Colorretal não poliposo hereditário) tem predileção pelo lado Direito. Pode associar com CA ginecológico, Prostata, Gástrico ... Fatores ambientais: dieta pobre em fibras e ricas em carne vermelha e carboidratos, obesidade, etilismo, tabagismo, infecção por Streptococcus bovis (endocardite). SINTOMATOLOGIA: (Incluir sintomas e perguntas obrigatórias na investigação) Alteração do hábito intestinal crônico (obstipação (E) , diarreia (D) ou intercalar os 2 (E)) Perda ponderal: principalmente em homem idoso. Dor abdominal localizada ou inespecífica, dor pélvica. Anemia (descorado), astenia, diminuição do apetite (queixas inespecíficas) Sangramento intestinal (oculto lado E) hematoquezia e enterorragia (retal) Fezes finas (E); hemorragia digestiva baixa. OBS. Pct pode ser assintomático diagnosticado no rastreio. 3 D: descorado, desnutrição e Dor abdominal Obs. Com esses sintomas tem q fazer diferencial com diverticulose e DII. Idade avançada é grande marcador para CA. Perguntas: Perdeu peso? Em quanto tempo? Alterou o habito intestinal? Como esta as fezes? Afilamento? Diarreia? Constipação? Tem dor abdominal Tem sangramento nas fezes? Melena? Hematoquezia? Tem sintomas urinários? (invasão de ureter, bexiga) Tem dor abdominal? Decálogo Tem historia de CA intestinal na família? DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO (exame clínico e complementares, se necessário) Exame físico: Massa palpável, sangue na ponta da luva. Exame proctológico (inspeção + anuscopia `+ toque retal) Exames de imagem: RX de abdome com contraste (Enema baritado): sinal da maçã mordida TC de abdome e pelve (+ tórax). RN: melhor para CA de reto para ver os linfonodos. PET para avaliar metástase e acompanha a resposta ao tratamento. Colonoscopia com biópsia Exames laboratoriais: Hemograma, sangue oculto nas fezes, bioquímica básica, antígeno carcinoembrionário (CEA) tem valor de acompanhamento não tem valor diagnóstico. OBS Rastreio do CA esporádico: a partir do 50 anos colonoscopia a cada 10 anos. Paciente recusou devo pelo menos pesquisar sangue oculto nas fezes anual se + colono. Se historia familiar positiva faz colono a partir dos 40 anos de 5 em 5 anos.se colono não disponível pode ser retosigmoidoscopia flexível, enema baritado o colonografia tomográfica a cada 5 anos TRATAMENTO E RECOMENDAÇÕES: (medicamentos dose e posologia) Ressecção endoscópica (mucosectomia) indicada no estadiamento M1 (epitélio) M2 (n passa a lamina própria). Cirurgia aberta ou videolaparoscópica: Hemicolectomia direita com ileotransverso anastomose terminoterminal Hemicolectomia esqueda com transversosigmoide anastomose terminoterminal Retosigmoidectomia com colorreto anastomose se margem de 5cm da borda anal. Se acometimento do esfíncter indico amputação abdomino-perineal. Colectomia total com anastomose ileorretal ou bolsa ileal se ressecar boa parte do reto: indicada para em pct com síndrome de Lynch, PAF e tumores sincrônicos Radiação endocavitaria:em lesões precoce distante no mínimo 10 cm da borda anal. Tratamento neoadjuvante: antes da cirurgia (diminuir o tamanho da lesão, estadiamento e aumentar sobrevida). Quimioterapia. Radioterapia (CA de reto) para tentar preservar o esfíncter. Tratamento adjuvante (após a cirurgia). Quimioterapia : Folfox ou CapeOx de 3 a 6 meses em Pct estádio T3 ou T4 ou tem linfonodo acometido. Radioterapia em CA de reto. Terapia complementar: Cesar tabagismo, etilismo, evitar obesidade. Dieta rica em fibras (evidência de aumento da sobrevida em estádio I e III) e prevenção. Paliativo: cirurgia para tratar complicações com Ostomia, quimio, radio, imunobiológicos. Acompanhamento: consulta a cada 6 meses por 2 anos, dosar CEA a cada 6 meses por 2 anos, TC tórax e abdome anual por 5 anos, colono no 1º e 3º ano depois a cada 5. Prognóstico: boa sobrevida em estadiamento iniciais . Mal prognostico se obstrução, perfuração, ulceração e CEA >200ng/mL ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Atendimento Inicial ao Paciente Grave Suporte Básico de Vida Insuficiência Respiratória Aguda Sepse Coma Dor torácica Cetoacidose Hemorragia Digestiva Alta TEMA: ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE GRAVE PRIORIDADE NO ATENDIMENTO NA EMERGÊNCIA: 1) Rebaixamento agudo do nível de consciência; 2) Alterações importantes nos sinais vitais: • FR > 30 ou < 8 irpm ou uso de musculatura acessória; • SatO2 < 90% • FC > 100 ou < 50 bpm • PAS < 90 mmHg • TEC > 4,5 s 3) Pacientes com achados potencialmente emergenciais: • Precordialgia ou dor torácica; • Febre com suspeita de neutropenia; • Suspeita de obstrução de via aérea; • Alterações neurológicas agudas: afasia, convulsões, delirium • Hematêmese, enterorragia ou hemoptise; • Dor intensa; PROCEDIENTOS INICIAIS: • MOV(E) o M: Monitorização cardioscópica, PA não invasiva e oximetria de pulso; o O: oxigenioterapia, se SatO2 < 90%; o V: acesso venoso calibroso (jelco 16 ou 18); o E: ECG, em caso de dor torácica com suspeita de SCA; • QUEIXA E DURAÇÃO DE FORMA OBJETIVA: o Objetividade é o principal determinante neste ponto; o Deve perguntar ativamente “O que o senhor está sentido agora?” “A que horas começou?” “Já sentiu isso antes?”, “Como é a dor: um aperto, uma queimação, uma pontada?” o Além disso, é fundamental esclarecer fatores associados, antecedentes patológicos relevantes e se o paciente utilizou medicamentos; • EXAME FÍSICO: OXIGÊNIOTERAPIA: DISPOSITIVO FiO2 Principais indicações: Cateter nasal de O2 Cada L/min aumenta em 3 a 4% a FiO2; Uso de baixos fluxos: 5 L/min Casos menos graves; IRpA sem shunt como mecanismo predominante; Máscara facial de Venturi Mistura ar-oxigênio FiO2 precisa (24 a 50%) Uso em altos fluxos Necessidade de precisão de titulação de FiO2 Exacerbação de DPOC ou IRpA mista Máscara fácil de aerossol Combinações variáveis de O2 e fluxos moderados; Qualquer IRpA hipoxemica não refratária a O2 Mascara facial com reservatório Alta concentração (90 a 100%) de O2 e altos fluxos IRA hipoxêmica com predomínio de shunt TEMA: SUPORTE BÁSICO DE VIDA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA EXTRA HOSPITALAR: CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA INTRA HOSPITALAR: TEMA: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA DEFINIÇÃO: • A insuficiência respiratória (IR) pode ser definida como a condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2 ) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica; DIAGNÓSTICO: • Para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial, como se segue: PaO2 < 60 mmHg e PaCO2 > 45 mmHg; TRATAMENTO: • Os objetivos do tratamento de pacientes com IRpA incluem: alívio do desconforto respiratório com resolução dos sinais e sintomas relacionados à hipoxemia e/ou hipercapnia, reversão da acidose respiratória e da hipoxemia, além de uma oferta de oxigênio adequada aos tecidos do organismo. O tratamento é essencialmente de suporte enquanto “se ganha tempo” para correção do fator precipitante e a terapia da doença de base. TEMA: SEPSE DEFINIÇÃO: • A sepse pode ser definida como sendo uma disfunção fatal, causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à uma infecção; • Para analise clínica, é importante caracterizar a disfunção por meio do uso de SOFA (maior ou igual 2) • Choque séptico deve ser definido como um subgrupo de sepse no qual anormalidades circulatórias, celulares e metabólicas particularmente profundas estão associadas a um risco maior de mortalidade do que com sepse isolada. • Pacientes em choque séptico são clinicamente identificados pelo seguinte critério: o Necessidade do uso de vasopressores para manter uma pressão arterial média de 65 mmHg ou mais e um nível de lactato sérico maior que 2 mmol/L (> 18 mg / dL) na ausência de hipovolemia. FATORES DE RISCO • Pacientes submetidos a cirurgias contaminadas; • Pacientes com ITU, pneumonias e infecções abdominais; • Pacientes em uso de aparelhos invasivos, como sondas e cateteres; SINTOMATOLOGIA:
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