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Doença Renal Crônica (DRC)Doença Renal Crônica (DRC)Doença Renal Crônica (DRC) É definida como a diminuição do ritmo de filtração glomerular (RFG) abaixo de 60 mL/min/1,73m² e/ou a presença de anormalidades na estrutura renal, com duração acima de 3 meses Na DRC não ocorre regeneração do parênquima renal, por isso a perda de néfrons é irreversível irreversível irreversível O risco de piora da função renal está intimamen- te ligado à quantidade de albuminúria, de modo que ela foi incorporada na classificação Albuminúria: presença de albumina na urina Proteinúria: presença de proteínas na urina A presença de proteinúria é um fator de risco adicional e independente do conferido pela DRC Etiologia No BrasilNo BrasilNo Brasil Primeira causa de DRC: hipertensão arterial sis-hipertensão arterial sis-hipertensão arterial sis- têmicatêmicatêmica (nefroesclerose hipertensiva) Segunda causa: diabetesdiabetesdiabetes (glomeruloesclerose dia- bética) Terceira causa: glomerulonefrite crônica (doenças glomerulares primárias) A DRC é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, sendo considerado um “equivalente de risco cardiovascular”“equivalente de risco cardiovascular”“equivalente de risco cardiovascular” A doença cardiovascular se associa com a diminui- ção da filtração glomerular e com a ocorrência de DRC Fisiopatologia Caracteriza-se por dois amplos grupos gerais de mecanismos lesivos: 1. Mecanismos desencadeantes específicos da etio- logia subjacente 2. Conjunto de mecanismos progressivos que envol- vem hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viá- veis remanescentes Essas adaptações de curto prazo (hiperfiltração e hipertrofia) tornam-se mal adaptativas As elevações da pressão e do fluxo sanguíneo dentro do néfron predispõem à distorção da ar- quitetura dos glomérulos, função anormal dos po- dócitos e rompimento da barreira de filtração Isso leva a glomeruloescleroseglomeruloescleroseglomeruloesclerose e destruição dosdestruição dosdestruição dos néfronsnéfronsnéfrons remanescentes Doença Renal Crônica Quadro clínico Síndrome urêmicaSíndrome urêmicaSíndrome urêmica Nome que se dá ao conjunto de sinais e sintomas que aparece na insuficiência renal grave, quando a filtração glomerular está < 30 mL/min (G4 e G5) Os pacientes só vão apresentar tais sintomas com a doença avançada, pois a hiperfiltração adaptativa evita que sinais clínicos sejam notados Consequências da hipervolemia:Consequências da hipervolemia:Consequências da hipervolemia: HAS e edema ge- neralizado Consequências da acidose metabólica:Consequências da acidose metabólica:Consequências da acidose metabólica: aceleração do catabolismo proteico, contribui p perda de massa muscular Balanço de PotássioBalanço de PotássioBalanço de Potássio A retenção de potássio é comum apenas quando a filtração glomerular está MUITO baixa O débito urinário é um fator determinante: quan- to mais oligúrico (pouca urina) for o paciente, mai- or sua propensão a reter potássio A uremia inibe a entrada de K+ nas células Por isso, o paciente urêmico não tolera uma car- ga aguda de potássio Diabéticos apresentam maior propensão à hiper- calemia Hipertensão arterial sistêmicaHipertensão arterial sistêmicaHipertensão arterial sistêmica Pode ser a causa (nefroesclerose hipertensiva) ou a consequência da insuficiência renal Causada pela retenção renal de sódio e água, mas também pela participação do sistema renina-angi- otensina-aldosterona (hiperativado) Frequentemente é acompanhada por complica- ções cardiovasculares Complicações cardiovasculares são a principal causa de óbito no portador de DRC Sempre que possível, os IECA ou BRA devem ser usados Esses medicamentos reduzem a pressão arterial (pela inibição do sis. renina-angiotensina-aldostero- na), a pressão intraglomerular e a proteinúria Deve-se manter a PA abaixo de 140x90 e se possível abaixo de 130x80 AnemiaAnemiaAnemia É uma das primeiras manifestações da síndrome urêmica Responsável por uma série de sintomas: astenia, indisposição física e mental, depressão, deficit cognitivo, insônia, cefaleia, anorexia, tendência ao sangramento Pode exacerbar o comprometimento cardiovascu- lar Principal fator é a deficiência de eritropoietina: hormônio glicoproteico que atua na produção das células vermelhas do sangue Tratamento: reposição desse hormônio Manifestações cutâneasManifestações cutâneasManifestações cutâneas Pele seca (xerose urêmica) e hiperpigmentada, devido à redução da vitamina A e ao acúmulo de urocromos Neve urêmica: espécie de pó branco, pode rever- ter com diálise Desnutrição proteico-calóricaDesnutrição proteico-calóricaDesnutrição proteico-calórica Catabolismo proteico acelerado Ingesta proteica pequena, devido à anorexia Distúrbios do metabolismo de cálcio e fosfatoDistúrbios do metabolismo de cálcio e fosfatoDistúrbios do metabolismo de cálcio e fosfato As principais complicações ocorrem nos ossos e vasos sanguíneos, com envolvimento grave dos tecidos moles extraósseos Tratamento Fase precoce (G1, G2, G3a)Fase precoce (G1, G2, G3a)Fase precoce (G1, G2, G3a) Controle da hipertensão arterial e proteinúria Uso de iECA ou BRA Restringir proteínas na dieta (reduzir a sobrecar- ga de filtração glomerular) Fase inicial (G3b, G4)Fase inicial (G3b, G4)Fase inicial (G3b, G4) Controle da hipertensão, mais grave nessa fase Utilização de diuréticos de alça (furosemida) em altas doses (inibem a bomba que joga Na+, K+ e Cl- para dentro da célula) Cuidado com a utilização de iECA ou BRA Controle da anemia, osteodistrofia renal e meta- bolismo cálcio-fósforo Causas mais comuns de agudização da DRCCausas mais comuns de agudização da DRCCausas mais comuns de agudização da DRC Hipovolemia: níveis baixos do plasma sanguíneo Aminoglicosídeos Nefropatia obstrutiva Doença Renal em fase terminal (G5)Doença Renal em fase terminal (G5)Doença Renal em fase terminal (G5) Indicação de método de substituição renal O melhor é o transplante, mas a maioria vai para diálise Restrição proteico menos acentuada Restrição de sódio, potássio e água Reposição de bicarbonato de sódio, ferro e ácido fólico
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